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Unidade I SERVIÇO SOCIAL: SURGIMENTO E. Profa. Luciana Lopes

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Unidade I

SERVIÇO SOCIAL: SURGIMENTO E

INSTITUCIONALIZAÇÃO NO BRASIL

INSTITUCIONALIZAÇÃO NO BRASIL

(2)

O contexto histórico que se

introduziu o serviço social no Brasil

 O serviço social surgiu na década de 1930 no seio da igreja juntamente com a implantação das leis sociais.

 As leis sociais nada mais eram do que a regulamentação das leis trabalhistas, vista a expansão do sistema capitalista.  Surgiu como uma resposta via Estado e

igreja para o aumento da classe trabalhadora e de sua existência desigual.

(3)

O contexto histórico que se

introduziu o serviço social no Brasil

 A questão social é fruto da relação de desigualdade entre as classes, questão de sua formação enquanto classe, de seu reconhecimento pelo Estado e em seu relacionamento com este.

 Década de 1930 – Estado Novo –

executava uma política de massa, porém com determinado controle.

 Quanto à ação profissional, era de cunho educativo a fim de uma reforma moral, dirigida aos pobres ou desajustados com o objetivo de “ajustá-los” à ordem social vigente – pobreza era caso de polícia.

(4)

O contexto sociopolítico da

Primeira República

 Era a política do café com leite que marcava a Primeira República, política pela qual São Paulo e Minas Gerais eram os responsáveis.

 Os outros estados ficavam à margem, porém, buscavam romper com tal situação política.

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O contexto sociopolítico da

Primeira República

 Na busca de mudanças, os outros

estados lançaram um movimento político de oposição chamado de Reação

Republicana.

 Tal movimento defendia maior

independência do Poder Legislativo

frente ao Executivo, o fortalecimento das forças armadas e alguns direitos sociais ao proletariado urbano.

 Para tal, formaram uma chapa forte, realizaram comícios populares, o que acirrou a disputa.

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O contexto sociopolítico da

Primeira República

 Mesmo com todo este movimento, a vitória foi do mineiro Artur Bernardes, resultado não aceito pela oposição.

 Em 1922 algumas unidades militares do Rio de Janeiro e do Mato Grosso se levantaram contra o governo, marcando o início do movimento tenentista.

 Dois anos mais tarde, mais um levante contra o governo se apresenta, o que fora chamado de Coluna Prestes.

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O contexto sociopolítico da

Primeira República

 No governo seguinte, os ânimos se acalmaram. O presidente Washington Luís decretou o Estado de Sítio com a promessa de reduzir a repressão política.  A fim de que fossem continuados os

planos de governo, o atual presidente, Washington Luís, indica para suceder o paulista Júlio Prestes e não um mineiro, o que veio a romper com a aliança

política entre Minas Gerais e São Paulo.  O rompimento deste pacto resultou no

reagrupamento da oposição, formando a Aliança Liberal que lança como

(8)

O contexto sociopolítico da

Primeira República

 Mesmo sendo favorito, fora eleito Júlio Prestes, sob suspeita de nova fraude eleitoral.

 Teve como desfecho, para derrubar o governo, a Revolução de 1930.

 Um movimento à parte também se expressava, composto pela classe

trabalhadora e que reivindicava direitos e garantias, tais como o Código de

Trabalho, a Lei de Férias e a Lei de Regulamentação do Trabalho de Menores.

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Interatividade

O surgimento do Serviço Social no Brasil remonta os primeiros anos da década de 30, como fruto da iniciativa particular a fim de ofertar respostas quanto às expressões da questão social.

a) Na organização do campesinato. b) No interior das elites brasileiras. c) No bloco anárquico-sindical. d) No seio do bloco católico. e) Na laicização.

(10)

Aspectos históricos e sociais para

a implantação do serviço social

 A institucionalização do serviço social no Brasil ocorre, portanto, num contexto contraditório em que os processos

sociais, políticos e econômicos marcam a evolução das relações sociais no

processo de consolidação do processo de consolidação do capitalismo monopolista.

 Economia brasileira (1920-30) – agroexportadora que abastecia o

mercado europeu, adotando um perfil mais industrial no período da Primeira mais industrial no período da Primeira Guerra.

(11)

Aspectos históricos e sociais para

a implantação do serviço social

 Período político – Primeira República, marcada pela repressão, repressão

policial – pobreza caso de polícia – a fim de conter a classe trabalhadora e seu movimento.

 Cenário internacional – Crise da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, que

refletiu profundamente na estrutura econômica brasileira.

 Tal situação representava o fim do investimento internacional e o declínio da produção cafeeira.

(12)

Aspectos históricos e sociais para

a implantação do serviço social

 Este período representou um divisor de “águas” para a trajetória da sociedade brasileira, demonstrando a necessidade de um deslocamento para outra atividade econômica.

 Neste período, o Brasil vivia um período marcado pelo aprofundamento do

modelo de Estado intervencionista sob a égide do capitalismo internacional e uma política nacional que visa ao crescimento industrial Com este perfil crescia o

industrial. Com este perfil, crescia o proletariado e a necessidade de respostas que absorvessem este segmento.

(13)

Aspectos históricos e sociais para

a implantação do serviço social

 A Revolução de 1930 pôs fim a Primeira República, iniciada com a posse de

Getúlio Vargas.

 Seu governo tinha como característica ser centralizador e forte, fomentando o crescimento e desenvolvimento

industrial a fim de garantir a expansão do capitalismo.

 Porém, devido a este aceleramento

industrial, crescia a classe trabalhadora, que se aglutinava nos centros urbanos em condições insalubres, precárias e desumanas, crescendo nesta mesma escala, a miséria e a pobreza

(14)

Aspectos históricos e sociais para

a implantação do serviço social

 Não haviam leis, aposentadoria, algo que protegesse estes trabalhadores.

 A educação era elitizada e a saúde era vista com certa estranheza, pois a população não via com bons olhos a iniciativa dos sanitaristas. Estas

estratégias modificaram a relação entre a sociedade e o Estado.

(15)

A questão social na

Primeira República

 A questão social surge com a

generalização do trabalho livre, que se torna mercadoria. Não tinham benefícios, nem regalias e trabalhavam, muitas vezes, apenas para comer.

C P l ã d R úbli

 Com a Proclamação da República,

ocorrida em 15 de novembro de 1889, um importante processo de transformação e de questões sociais, políticas e

econômicas ocorreu por meio da união de duas forças: o exército e os fazendeiros duas forças: o exército e os fazendeiros de café.

Estas forças tinham interesses distintos:  Extinguir o governo do Império

(16)

A questão social na

Primeira República

 Uma de suas primeiras iniciativas foi banir a família Real do país, separar

Estado de Igreja, instituir o casamento, a grande nacionalização e a criação da bandeira republicana com o lema positi ista “Ordem e Progresso” positivista “Ordem e Progresso”.  Em 1891 foi promulgada a primeira

Constituição Republicana dos Estados Unidos do Brasil, com um sentido mais administrativo e não social.

É

 É apenas em 1919 que se implantam medidas para a primeira Legislação Social.

(17)

A questão social na

Primeira República

 Em 1923 foi criada as Caixas de

Aposentadorias e Pensões, a Lei Eloy Chaves, primeira lei da previdência social e proporcionava ajuda médica, aposentadoria, pensões para

dependentes e a ílio f nerário dependentes e auxílio funerário.  A questão social começa a ser

contemplada como alvo de intervenção.  Para a igreja é vista como uma questão mortal, individual e de responsabilidade de quem a vivencia.

(18)

A questão social na

Primeira República

 Os referenciais orientadores do

pensamento e da ação do emergente Serviço Social brasileiro têm sua fonte na doutrina social da Igreja, no ideário franco-belga de ação social e no

pensamento de São Tomás de Aq ino pensamento de São Tomás de Aquino (séc. XII): o tomismo e o neotomismo (retomada, em fins do século XIX, do pensamento tomista por Jacques

Maritain na França e pelo Cardeal Mercier na Bélgica, tendo em vista "aplicá-lo" às na Bélgica, tendo em vista aplicá lo às necessidades de nosso tempo).

 Perfil do assistente social: humanista, conservador.

(19)

As primeiras respostas

quanto à questão social

 A partir das mudanças políticas,

econômicas e sociais a partir de 1930, o Estado entra na relação entre capital X trabalho, assumindo responsabilidades.  E aí que o Estado verifica que a questão

social deve ser resolvida no campo social deve ser resolvida no campo político.

 Para tal, apresenta como meio a ação do assistente social através do

desenvolvimento da nova técnica social e na operacionalização da política de p ç p

assistência.

 A origem do Serviço Social se atrela ao processo de responsabilização

do Estado no campo da assistência.

(20)

As primeiras respostas

quanto à questão social

 O Estado é visto como benfeitor,

benevolente, as leis não como direito, mas benfeitorias.

 Década de 1940 – Estado Novo e instalação de um período repressor.  A implantação e o desenvolvimento das

grandes instituições sociais e

assistenciais criarão as condições para a existência de um crescente mercado de trabalho para o campo das profissões de cunho social, permitindo um

desenvolvimento rápido do ensino especializado de Serviço Social.

(21)

As primeiras respostas

quanto à questão social

 Dentro da lógica que se apresentava, a questão social não se apresentava só como desigualdade, mas resistência e luta da classe trabalhadora.

 Segundo essa perspectiva, a reprodução das relações sociais é a reprodução de determinado modo de vida, do cotidiano, de valores, de práticas culturais e

políticas e do modo como se produzem e se expressam as ideias nessa sociedade.

(22)

Interatividade

O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão legitimada no seio da

divisão social e técnica do trabalho, tendo como contexto conjuntural:

a) A influência tecnicista europeia.

b) O desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana.

c) A institucionalização da caridade, da benesse e da filantropia social.

d) A consolidação do neoliberalismo d) A consolidação do neoliberalismo.

e) Aplicação, na realidade institucional, dos conhecimentos teóricos.

(23)

A Igreja Católica no Brasil face ao

contexto histórico e sua reação

renovadora

 Após os movimentos que emergiram no pós-guerra, a questão social é posta enquanto demanda, foco da intervenção do Estado e do Serviço Social.

 Tal processo é acelerado, também, pela mobilização da Igreja Católica, através do movimento católico leigo.

(24)

A Igreja Católica no Brasil face ao

contexto histórico e sua reação

renovadora

 Numa análise da Rerum novarum, a dimensão que se dá à questão social, reconhecida como tempos de crise marcados pela decadência moral e dos costumes cristãos (AGUIAR, 1995, p. 17), e igindo posicionamento da Igreja

exigindo posicionamento da Igreja.

Tratando a questão social como questão operária, os apelos do papa Leão XIII na encíclica Rerum Novarum foram

reeditados na encíclica Quadragésima Anno (1931), por meio da qual o papa Pio Anno (1931), por meio da qual o papa Pio XI conclama os operários cristãos a se unirem pela restauração dos costumes e pela reforma social sob a égide

(25)

A Igreja Católica no Brasil face ao

contexto histórico e sua reação

renovadora

 É neste meio que o Serviço Social surge como um departamento da ação social, embasado em sua doutrina social.

(26)

A Igreja Católica no Brasil face ao

contexto histórico e sua reação

renovadora

 O serviço social no Brasil surgiu na década de 1930 – por iniciativa da Igreja Católica – juntamente com a implantação das Leis Sociais, após os grandes

movimentos sociais, colocando definiti amente a q estão social na definitivamente a questão social na sociedade.

 A presença da Igreja se dá face ao seu engajamento quanto ao antagonismo de classes na sociedade, evidenciada como uma “reação” sua perante os rumos que uma “reação” sua perante os rumos que a sociedade trilhava.

(27)

A Igreja Católica no Brasil face ao

contexto histórico e sua reação

renovadora

 Sua presença também se dava pelo “readquirir de seu papel de partido, reformulando seu papel político-religioso”.

 Esta tem um caráter ainda mais amplo, como Instituição Social de caráter

religioso, portadora de uma doutrina universalizante e preocupada com a desigualdade entre as classes sociais.

(28)

A reação católica

 A Igreja Católica inicia um percurso, um processo a fim de reinserir-se enquanto organização política. Este movimento está demarcado nos primeiros anos da década de 1920, sendo a primeira manifestação, desen ol ida pelo padre Júlio Maria

desenvolvida pelo padre Júlio Maria. Direcionado pelos textos de Leão XIII, pregava a recatolização da nação e que a Igreja assumisse a questão social.

 Maior repercussão reativa foi expressa pela pastoral de Dom Sebastião Leme pela pastoral de Dom Sebastião Leme, lançando base para a mobilização católica rumo ao restabelecimento da Nação

(29)

A reação católica

 A Igreja Católica começa a colocar em prática as premissas anunciadas pelos Papas Leão XIII, Pio X e Pio XI, através de Dom Sebastião Leme, com a finalidade de recristianilização da sociedade. Para isso f ndo a Confederação Católica isso, fundou a Confederação Católica.  A revista “A Ordem”, criada em 1921, e o

Centro Dom Vital de 1923, apresentaram-se como os principais aparatos de

mobilização do laicato a fim de combater o anticlericalismo o positivismo e o

o anticlericalismo, o positivismo e o laicismo das instituições republicanas, expressões perigosas para a Igreja.

(30)

A reação católica

 Dentre as ações da Igreja, a Ação Católica foi a que mais efetivava os objetivos propostos.

Juntamente com o Centro Dom Vital, somado a Confederação Católica, organizou-se em:

 Juventude Católica Feminina.  Juventude Católica Brasileira.

 Liga Feminina de Ação Católica para mulheres acima de 30 anos e casadas mulheres acima de 30 anos e casadas.  Homens da Ação Católica acima de 30

(31)

A reação católica

Em síntese, a Ação Católica é a principal ação da Igreja no século XX e teve como características:

 A intenção de reconstruir a ordem social.  Divulgar a ordem social.Divulgar a ordem social.

 Formar uma igreja universal.

 Retomar uma ordem social no passado.  Formar o laicato para uma ação

catequizadora.

 Formar chefes e líderes.  Realizar reforma social.

(32)

Interatividade

A formação dos primeiros assistentes sociais brasileiros foi influenciada pela Igreja Católica e sua doutrina social que compreendia a questão social como questão moral, objeto de tratamento psicologizante e moralizador. Nessa perspectiva, a questão social é vista como um:

a) Conjunto de problemas sob a responsabilidade individual daquele que a vivencia.

b) Descompromisso do Estado frente às suas responsabilidades.

c) Assunto que diz respeito a má formação cristã dos indivíduos.

d) Problemática de ordem psicossocial oriunda do conflitos entre as classes.

e) Disfunção biopsicossocial advinda das desigualdades sociais.

(33)

A doutrina social da Igreja

 Doutrina Social da Igreja: conjunto de orientações doutrinárias e critérios de ação que têm sua fonte nas Sagradas Escrituras, na doutrina dos santos padres e dos grandes teólogos, especialmente os últimos papas especialmente os últimos papas.

 Tem como objetivo a dignidade pessoal do homem, imagem e semelhança de Deus, e a tutela de seus direitos

inalienáveis.

 Sua existência se justifica pela noção de comunidade cristã como sujeito de

evangelização, libertação e promoção humana.

(34)

A doutrina social da Igreja

 A encíclica Rerum Novarum, escrita em 1891 por Leão XIII – é considerada a primeira encíclica papal que dá início ao magistério social –, deixa claro que “não se pense que a Igreja se deixa absorver de tal modo pelo c idado das almas q e de tal modo pelo cuidado das almas, que põe de parte o que se relaciona com a vida terrestre e mortal”.

 Esta exerce um poder fundamental na construção da Doutrina Social da Igreja, sendo a primeira expressão de um

sendo a primeira expressão de um explicito magistério social da Igreja.

(35)

A carta encíclica Rerum Novarum

 refere-se a destruição do século passado e a violência das revoluções políticas.  O último quartel do século XVIII e o

século XIX foram momentos traumáticos para a Igreja Católica. Em 1789 eclode a Revolução Francesa e coloca fim ao Ancien Régime, modelo absolutista-feudal. Na Inglaterra, acelera-se o processo de industrialização, abrindo caminho para “os progressos

incessantes da indústria [ ] e para a incessantes da indústria […] e para a alteração das relações entre os

(36)

A carta encíclica Rerum Novarum

 Em 1847, na Alemanha, Karl Marx e Friedrich Engels fundam a Liga Comunista e, em 1848, publicam o Manifesto Comunista, como clara

expressão da “opinião mais avantajada q e os operários formam de si mesmos e que os operários formam de si mesmos e da sua união mais compacta”.

 A Igreja era o principal aparelho ideológico da aristocracia feudal.

 A Rerum manifesta marcas profundas do embate entre a tradição católica e a ideia de liberdade instaurada pela Revolução Francesa.

(37)

A carta encíclica Rerum Novarum

 A transformação conservadora da burguesia revolucionária e a

necessidade da Igreja de assegurar uma estratégia de sobrevivência foram fatores decisivos para um entendimento entre Igreja e Estado b rg ês

Igreja e Estado burguês.

 O conservadorismo católico assumia, progressivamente, matizes liberais, enquanto os liberais pareciam-se cada vez mais com os conservadores.

 Assim, podemos entender a carta encíclica Rerum novarum como

expressão clara dessa reação católico-liberal ao crescente movimento

(38)

A visão organicista das

relações sociais

 A encíclica Rerum Novarum se divide em duas partes: a solução proposta pelo socialismo e a solução proposta pela Igreja.

 No entanto, se importa em apontar traços importantes da matriz de análise utilizada pela encíclica papal, podendo detectar uma visão pressuposta do mundo e da pessoa humana que perpassa a

totalidade do documento de forma transversal Trata se de uma

transversal. Trata-se de uma

compreensão organicista das relações sociais.

 Ainda defendia a restauração do papel e busca um caminho de regresso.

(39)

A visão organicista das

relações sociais

 A carta encíclica define o conjunto de relações sociais como corpo social e compreende a vida social como um organismo fechado.

 Compara a vida social com o corpo

humano, que, apesar da real diversidade, compõe um todo orgânico que integra e adapta a diversidade de membros em uma maravilhosa simetria.

(40)

A visão organicista das

relações sociais

 A vida social tende naturalmente e espontaneamente a uma convivência harmoniosa e a um perfeito equilíbrio. Portanto, a desigualdade entre pobres e ricos não constitui em si um problema. Ao contrário “os pobres com o mesmo Ao contrário: “os pobres, com o mesmo título que os ricos, são, por direito

natural, cidadãos, isto é, pertencem ao número das partes vivas de que se

compõem, por intermédio das famílias, o corpo inteiro da nação.

(41)

A visão organicista das

relações sociais

 A encíclica abre seu olhar para a

condição do operário, porém se opõe a sua modificação, negando o socialismo.

(42)

Relação Igreja - Estado

 Durante o período Colonial e depois da independência, a Igreja Católica na América Latina, inclusive no Brasil, dependia economicamente do poder estatal, não lhe cabendo o direito de contestar a ordem igente

contestar a ordem vigente.

 A criação das dioceses, o recolhimento do dízimo e o pagamento do clero eram atribuições do Estado.

(43)

Relação Igreja - Estado

 Essa situação caracterizava a

subordinação do clero ao poder da monarquia portuguesa, sem

possibilidade de questionamentos, uma vez que estava estabelecida a relação de dependência econômica da Igreja

dependência econômica da Igreja Católica em relação ao Estado.

 Com o advento da República (1889), o governo provisório decretou a separação entre a Igreja Católica e o Estado.

(44)

Relação Igreja - Estado

 O rompimento marcou o começo de um novo relacionamento entre o poder civil e o religioso.

 A ala progressista da Igreja Católica brasileira acreditava que a separação do Estado poderia auxiliar na construção de uma identidade própria, desvinculada do poder político.

 Nos primeiros anos da República a Igreja ficou alienada da realidade brasileira, o que beneficiava os grupos dominantes.

(45)

Relação Igreja - Estado

 O governo republicano, em defesa do laicato na esfera estatal, procurou

quebrar o monopólio da Igreja Católica e desafiou o poder de organização, a força do catolicismo e sua influência sobre a pop lação brasileira

população brasileira.

 Apesar do esforço dos republicanos para diminuir os espaços da Igreja por meio da proibição do ensino religioso nas escolas e da quebra do monopólio católico diante da liberdade religiosa a católico diante da liberdade religiosa, a Igreja conseguiu manter boa base no meio rural, onde vivia a maioria da população brasileira.

(46)

Relação Igreja - Estado

C ã d G túli V

 Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, muda a relação entre Estado e Igreja, pois é vista sua força e penetração junto ao povo, como canal institucional.

 Marco desta união: Cristo Redentor em  Marco desta união: Cristo Redentor em

1931, a Constituição de 1934, finalizada em 1935 com a criação da Ação Católica.  A Igreja Católica respondeu a questão

social por meio das primeiras

organizações, dentre elas, a Associação g ç , , ç de Senhoras Católicas (Rio de Janeiro – 1920) e a Liga das Senhoras Católicas (São Paulo – 1923), que executavam a tarefa de socializar o proletariado

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Interatividade

A implantação do Serviço Social no Brasil não foi processo isolado. Está ligado diretamente à transformações econômicas e sociais e à ação de grupos, classes e instituições. A formação dos agentes especializados se deu, nesta fase, dentro de determinada base social que, marca dentro de determinada base social que, marca a origem do Serviço Social. Esta base social que durante um longo período, manteve não só a formação, mas o doutrinamento e a ideologia formativa, denominou-se: a) Reatualização do conservadorismo. b) Perspectiva modernizadora. c) Sanitarismo. d) Bloco católico. e) Bloco marxista.

(48)

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