14
15
MAR
Presto
Veloce
F O R T I S S I M O N º 2 / 2 0 1 9P R O G R A M A
CLAUDIO SANTORO
Brasiliana
Allegro moderato e deciso Adagio
Allegro
ALBERTO ROUSSEL
Baco e Ariadne, op. 43: Suíte nº 2
Prelúdio: o sono de Ariadne O despertar de Ariadne Baco dança sozinho O beijo
Dança de Ariadne
Dança de Ariadne e Baco Bacanal
A coroação de Ariadne
I N T E R V A L O
ANTONÍN DVORÁK
Concerto para violoncelo em si menor, op. 104
AllegroAdagio ma non troppo Finale: Allegro moderato
Ministério da Cidadania e
Governo de Minas Gerais
A P R E S E N T A M 1 4 / 0 3 1 5 / 0 3
Presto
Veloce
F A B I O M E C H E T T I , R E G E N T E A S I E R P O L O , V I O L O N C E L ODiretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orques-tra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns, sendo quatro para o selo interna-cional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atual-mente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sin-fônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é Regente Emérito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez
sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello. Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-lia, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, re-geu todas as importantes orques- tras brasileiras.
Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
CAROS AMIGOS
E AMIGAS,
FABIO
MECHETTI
Bem-vindos a mais uma temporada da nossa Filarmônica. Temos duas celebrações importantes neste primeiro concerto: os 100 anos de um dos mais importantes músicos brasileiros, o amazonense Claudio Santoro, e os 150 anos do francês Albert Roussel.
Santoro transitou com igual maestria e competência entre várias estéticas ao longo do século XX, demonstrando grande facilidade de adaptar correntes musicais díspares à sua linguagem exploradora e múltipla. Dentre suas obras de cunho nacionalista salien-ta-se a Brasiliana, repleta de ritmos e referências melódicas de nosso inconfundível folclore. Já Roussel segue numa linha traçada no final
do século XIX para o início do XX, quando compositores, especialmente franceses, se utilizaram da fértil tra-dição clássica grega como fonte de inspiração. Junto a Daphnis e Chloé de Ravel, Baco e Ariadne demonstra essa afinidade típica do francês com a dança e com a capacidade sugestiva do impressionismo que se consolidava na época.
É com grande prazer que recebemos uma vez mais o violoncelista basco Asier Polo, um dos mais completos músicos da atualidade, que traz ao nosso palco o mais adorado dos concertos para o seu instrumento, o de Dvorák.
Uma noite que certamente encantará nossos ouvintes e ditará as trajetó-rias a serem realizadas ao longo da temporada.
A todos, um bom concerto.
FA B I O M EC H E T T I
D I R E T O R A R T Í S T I C O E R E G E N T E T I T U L A R
Considerado pela crítica especializada o violoncelista espanhol mais desta-cado de sua geração, Asier Polo foi solista com importantes orquestras, como as filarmônicas de Dresden, BBC, Bergen, Israel e Louisiana; sinfônicas Nacional da RAI, de Berlim, de São Paulo e da Basileia; orques-tras de Paris, Nacional do México, Nacional da Espanha e Philharmonia, sob direção de Pinchas Steinberg, Christian Badea, Rafael Frühbeck de Burgos, Claus Peter Flor, Carlos Miguel Prieto, Günther Herbig, Juanjo Mena, Antoni Wit e Anne Mansoni. Polo realizou quatro apresentações com a Filarmônica de Minas Gerais e Fabio Mechetti.
Convidado dos festivais Schleswig- Holstein, Nantes, Ohrid, Biennale di Venezia, Roma, Lisboa, Morelia, Granada e San Sebastián, colaborou com artistas como Silvia Marcovici, Nicolás Chumachenco, Sol Gabetta, Isabelle van Keulen, Josep Colom, Eldar Nebolsin, Gerard Caussé, Cuarteto Janácek, Cuarteto Casals e Alfredo Kraus.
Asier Polo tem forte compromisso com a música atual, especialmente de seu país, e os compositores Gabriel Erkoreka, Jesús Torres,
FOTO: EUGÊNIO SÁVIO
ASIER
POLO
Luis de Pablo, Jesús Villa-Rojo e Antón García Abril lhe dedicaram obras. Ele combina a música nova com os repertórios clássico, român-tico e contemporâneo.Possui quatorze gravações com obras que se destacam na criação espanhola para violoncelo – Usan-dizaga, Rodrigo, Escudero, Marco, Bernaola e Rueda –, além de Sofía Gubaidulina e Cristóbal Halffter.
Asier Polo estudou em Bilbao, Madri, Colônia e Basileia com Pascu, Kliegel e Monighetti; participou de masterclasses com Starker, Gutman e Rostropovich. Premiado ao longo da carreira, atualmente é professor no Centro Superior de Música do País Basco “Musikene” e diretor artístico na Universidade Afonso X e do Forum Musikae.
O artista se apresenta com o violon-celo Francesco Rugieri (Cremona, 1689), cedido pela Fundação Banco Santander.
SANTORO
Brasiliana
M A N AU S , B R A S I L , 1 9 1 9 B R A S Í L I A , B R A S I L , 1 9 89Claudio
I N ST RU M E N TA Ç ÃO 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas. E D I TO R A Edition Savart PA R A O U V I R LP Claudio Santoro – Orquestra Sinfônica Brasileira – Claudio Santoro, regente – Sinter/MRE/Rádio MEC – 1957DVD Música Viva – Série Música Brasileira no Tempo – Orquestra Sinfônica Nacional-UFF – Ligia Amadio, regente – 2007 PA R A A S S I ST I R Orquestra Sinfônica Nacional-UFF – Ligia Amadio, regente Acesse: fil.mg/sbrasiliana
PA R A L E R
Vasco Mariz – Claudio Santoro – Civilização Brasileira – 1994
PA R A V I S I TA R
claudiosantoro.art.br
A música do compositor e regente amazonense Claudio Santoro navegou pelas mais variadas e até mesmo diver-gentes correntes estéticas do século XX. Sua primeira fase como compositor corresponde ao período da Segunda Guerra Mundial. Nela percebe-se a utilização de técnicas composicionais da vanguarda estética internacional, como o dodecafonismo e o serialismo – que estudara com Koellreutter no Rio de Janeiro. Em 1947 estuda em Paris com Nadia Boulanger e, em 1948, participa do II Congresso de Compositores e Músicos Progressistas, em Praga. Desde então, assume deliberadamente os preceitos artísticos apregoados pelo Realismo Socia-lista e abandona os rumos da estética expressionista: “o artista que marcha ao lado do proletariado deve estar na linha do progresso e não ao lado das tendências da última fase da burguesia”, escreveu Santoro à época. Em 1962, levado por Darcy Ribeiro, cria o Departamento de Música da Universidade de Brasília. Em 1964 afasta-se para lecionar na Universidade de Heidelberg, Alemanha. Retornou a Brasília em 1978, assumindo a direção da Orquestra do Teatro Nacional, onde veio a falecer.
Nos anos 1950, guiado pelo Informe Zhdanov, Santoro se propôs a aplicar na música nacionalista brasileira os fundamentos da produção cultural dos países socia-listas. A essa fase pertence a Brasiliana, iniciada em novembro de 1954, em São Paulo, e concluída em 1955 em Bucareste, na Romênia. Foi estreada pelo autor em
1958, frente à Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nela, Santoro aplica premissas da política prescritiva expostas nas resoluções do Congresso de Praga, em suma: uma arte simples, direta e popular, baseada em elementos folclóricos e facilmente assimilável. Para isso, apresenta os temas logo no início da obra, reforçados por diversos instru-mentos em uníssono.
No primeiro movimento, o autor realiza variantes sobre um motivo melódico de apenas sete notas, com pregnância das três notas ascendentes iniciais. Aliás, material idêntico ao da 3ª Sonata para Piano — outra obra de tendên-cia nacionalista composta em 1955. Tal motivo melódico de sete notas, enérgico, evocado repetidamente, se torna uma unidade simbólica, espécie de metáfora do brado do proletariado sobre a burguesia. A batalha das vozes populares, representada pelo contraponto orquestral, dá lugar ao entendimento mútuo, à consonância dos ideais, representada pelo acorde
final. Segundo os preceitos do Realismo Socialista, adotados por Santoro à época, uma obra sinfônica deve trans-mitir um conteúdo positivo, otimista e encerrar-se vitoriosamente.
No Adagio da Brasiliana, o material temático do primeiro movimento parece camuflar-se: as três notas iniciais, antes enérgicas, surgem juntas, num suave acorde, e o tema prossegue com um lírico solo de oboé acompa-nhado de leve dança sincopada. No Allegro final, Santoro utiliza a rítmica e o modalismo da música nordestina, fornecendo à composição elementos idiossincraticamente nacionais. Nesse movimento, o compositor abre mão da nova estética simplificada e pro-duz um desenvolvimento amplamente sinfônico, contrapontístico, expressivo e dinâmico.
M A RC E LO C O R R Ê A Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
1 9 5 4 1 3 M I N U TO S
Última apresentação: 19 de agosto / 2008 Fabio Mechetti, regente
ROUSSEL
Baco e Ariadne, op. 43: Suíte nº 2
TO U R C O I N G , F R A N Ç A , 1 8 69 R OYA N , F R A N Ç A , 1 9 3 7Alberto
I N ST RU M E N TA Ç ÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, 2 harpas, celesta, cordas.
E D I TO R A
Edition Durand-Salabert-Eschig — Representante: Melos Ediciones Musicales S. A.
PA R A O U V I R
CD Milhaud, Honegger, Roussel – Orchestre
Lamoureux – Igor Markevitch, regente – Deutsche
Grammophon – 1997
PA R A A S S I ST I R
Brussels Philharmonic – Stéphane Denève, regente Acesse: fil.mg/rbaco
PA R A L E R
Basil Deane – Albert Roussel – Barrie & Rockliff – 1961
Em 1894, fazendo contraponto e frente ao Conservatório de Paris, é fundada na França a Schola Cantorum. O fato é que a importância que o Conservatório dava à ópera levou alguns compositores, dentre eles Vincent D’Indy, a buscarem um ambiente diferente para o desenvolvimento dos processos criativos. No entanto, a Schola nasceu paradoxalmente de uma defesa da ordem tonal, associada a uma admiração sem disfarces pela música de Wagner. Esse paradoxo não surtiu frutos muito viçosos, mas um se destaca: Albert Roussel.
Roussel foi oficial da marinha francesa e começou rela-tivamente tarde seus estudos de música e, por isso, sua obra gerou severas divergências. De um lado, havia quem o considerasse um amador, ou havia quem o admirasse, mas o achasse demasiado rebuscado. De outro lado, havia, entre os jovens compositores da geração entre as duas grandes guerras, quem o visse como um inovador. Fato é que ele foi mais apreciado fora da França que por seus compatriotas.
Sua obra e sua linguagem se dividem em duas partes. Na primeira delas, a ascensão de César Franck, através de D’Indy, associa-se às inovações de Debussy e Ravel (que, aliás, foram estudantes do Conservatório, rival da Schola). Disso desponta uma paradoxal conciliação entre o formalismo e uma liberdade quase sensual, da qual Debussy é a maior fonte. Na segunda fase, Roussel se engaja em uma estética neoclássica, pela qual foi
duramente criticado, inclusive por Stravinsky, que foi impiedoso.
Observando-se com a isenção própria do afastamento cronológico, vê-se que Roussel não é nem inovador nem reacionário, mas é inegavelmente talentoso. Abraçou o seu próprio tempo com uma única reserva: as tendências atonais. Roussel recusa-se a abandonar de completo o sistema tonal e, por isso, recorre a artifícios como a politonalidade, em que se nota uma infraestrutura contrapon-tística, ou o modalismo, que busca em escalas orientais, para garantir uma espécie de linearidade narrativa. Por isso, a música de Roussel não causa o mesmo estranhamento que a obra de seus contemporâneos ou que alguns de seus precursores.
Baco e Ariadne é um balé que pertence à fase neoclássica de Roussel. Nele, se nota claramente a ambiguidade modal, dispersa em grandes frases de uma linearidade severa, mas nem por isso pouco brilhante ou atraente. O balé foi composto em 1930 e estreado na
Ópera de Paris no ano seguinte, com coreografia de Serge Lifar. Depois da estreia, Roussel dividiu a obra em duas suítes orquestrais, estreadas respectivamente em 1933 e 1934. A segunda suíte foi ouvida sob a batuta do antológico Pierre Monteux.
Tanto no balé quanto nas suítes se podem ouvir o brilho e o virtuosismo de uma orquestração herdeira de Berlioz, a melodia franca, larga e relativamente acessível, mas ainda assim muito moderna, a ambiguidade tonal, sem, no entanto, deixar de garantir pontos de referência e, em alguns trechos, uma nítida ironia, marca da música e da cultura fran-cesa. Se Stravinsky foi tão duro com Roussel é porque estava engajado em sua própria revolução.
M O AC Y R L AT E R Z A F I L H O Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
Primeira apresentação com a Filarmônica
DVORÁK
Concerto para violoncelo em si menor, op. 104
N E L A H OZ E V E S , R E P Ú B L I C A TC H E C A , 1 8 4 1 P R A G A , R E P Ú B L I C A TC H E C A , 1 9 0 4Antonín
I N ST RU M E N TA Ç ÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 3 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
E D I TO R A
Breitkopf & Härtel
PA R A O U V I R
CD Dvorák, Saint-Saëns, Cello Concertos – London Philharmonic Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – Mstislav Rostropovitch, violoncelo – EMI Classics – 2001
PA R A A S S I ST I R
London Philharmonic Orchestra – Carlo Maria Giulini, regente – Mstislav Rostropovich, violoncelo Acesse: fil.mg/dvioloncelo
PA R A L E R
John Clapham – Antonin Dvorak, musician and craftsman – Faber & Faber – 1966
Em Praga, o jovem Dvorák trabalhou como violista, sob a regência do compositor Smetana, o grande nacionalista eslavo, de quem herdou o amor às tradições musicais de seu país. Em Viena, com uma bolsa de estudos do governo austríaco, ele tornou-se amigo de Brahms, cul-tivando grande apego às formas germânicas tradicionais. Sob essa dupla influência, a arte de Dvorák realiza uma síntese dos procedimentos composicionais clássicos com elementos característicos da música de seu país.
Filho de um humilde artesão da aldeia de Nelahozeves, Dvorák tornou-se doutor honoris causa pela Universi-dade de Cambridge, foi professor nos conservatórios de Praga e Nova York (1892-1895) e apresentou-se na Rússia, por indicação de Tchaikovsky. Sua vasta produção inclui nove sinfonias, óperas, peças para piano e para diversas formações camerísticas, grandes peças corais, além de três concertos – para piano, violino e violoncelo.
O Concerto para violoncelo foi composto por enco-menda do famoso violoncelista Hannus Wihan, durante o inverno de 1894-1895. É a última obra americana de Dvorák. Retornando logo depois à Tchecoslováquia, o compositor ficou muito abalado pela notícia da morte de sua cunhada, que fora seu primeiro amor e por quem tinha profunda afeição. Para homenageá-la, fez algumas alterações em sua partitura, acrescentando (no segundo e no quarto movimentos) uma citação de um de seus Cantos, op. 82, justamente a canção predileta de
Joséphine Kounicova. Nessa versão final, Dvorák aboliu a cadência que Hannus Wihan compusera para o concerto. A estreia aconteceu em Londres, em 19 de março de 1896, com o violoncelista Leo Stern (mais tarde, o próprio Wihan tornou-se um célebre intérprete da obra).
A partitura segue a forma clássica de concerto, em três movimentos. Além dos tutti poderosos, são parti-cularmente fascinantes os diálogos do solista com timbres isolados da orquestra (principalmente os ins-trumentos de sopro).
No Allegro inicial, o tema aparece no clarinete, já no primeiro com-passo. Reapresentado por três vezes sucessivas, culmina em poderosa passagem instrumental com toda a orquestra, quando atinge sua plena dimensão. Em contraste com esse tema vigoroso, o segundo motivo, extremamente lírico, é anunciado em pianíssimo pelas trompas.
O movimento central, Adagio ma non troppo, inicia-se com uma terna melodia
dividida entre as madeiras e o violoncelo. Mas a orquestra logo intervém com a canção composta por Dvorák em homenagem à sua cunhada. A melodia do início retorna nas trompas (sobre pizzicatti das cordas) e é ampliada pelo violoncelo (Quase cadenza). O clima é de serena religiosidade.
O Finale: Allegro moderato apre-senta um ritmo de marcha, nas cordas graves. O tema principal é anunciado pelas trompas e retorna várias vezes, entremeado com outros motivos, incluindo os temas dos dois movimentos anteriores. Na coda, em pianíssimo, a canção Possa minha alma reaparece no violino e nas madeiras. Um rápido crescendo conduz a um final cintilante que conclui a obra com poderoso brilho orquestral.
PAU LO S É RG I O M A L H E I R O S D O S S A N TO S Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
Última apresentação: 31 de outubro / 2012 Fabio Mechetti, regente Antonio Meneses, violoncelo
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João Carlos Ferreira * Roberto Papi *** Flávia Motta Gerry Varona Gilberto Paganini Katarzyna Druzd Luciano Gatelli Marcelo Nébias Mikhail Bugaev Nathan Medina VIOLONCELOS Philip Hansen * Robson Fonseca *** Camila Pacífico Camilla Ribeiro Eduardo Swerts Emília Neves Lina Radovanovic Lucas Barros William Neres CONTRABAIXOS Nilson Bellotto * André Geiger *** Marcelo Cunha Marcos Lemes Pablo Guiñez Rossini Parucci Walace Mariano FLAUTAS Cássia Lima* Renata Xavier *** Alexandre Braga Elena Suchkova OBOÉS Alexandre Barros * Públio Silva *** Israel Muniz Maria Fernanda Gonçalves CLARINETES
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Mensageiro
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ORQUESTRA
FILARMÔNICA DE
MINAS GERAIS
INSTITUTO
CULTURAL
FILARMÔNICA
Regente Associado
MARCOS ARAKAKI
Diretor Artístico e Regente Titular
FABIO MECHETTI
FORTISSIMO Março nº 2 / 2019 ISSN 2357-7258 Editora Merrina Godinho Delgado Edição de texto Berenice Menegale CapaBaco e Ariadne — Titian
O Fortissimo está indexado aos sistemas nacionais e internacionais de pesquisa. Você pode acessá-lo também em nosso site. Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
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NO CONCERTO
EM MARÇO
14 E 15
2 0 h 3 0Presto e Veloce
21 E 22
2 0 h 3 0Allegro e Vivace
9
1 8 h M Ú S I C A E D A N Ç AFora de Série
30
1 8 h M Ú S I C A E T E AT R OFora de Série
26
2 0 h 3 0Filarmônica em Câmara
FOTO: BRUNA BRANDÃO
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