• Nenhum resultado encontrado

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Nutrição Trabalho de Conclusão de Curso. Relato da elaboração de um manual de preparações para pacientes com APLV

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Pró-Reitoria de Graduação Curso de Nutrição Trabalho de Conclusão de Curso. Relato da elaboração de um manual de preparações para pacientes com APLV"

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Nutrição

Trabalho de Conclusão de Curso

Relato da elaboração de um manual de preparações para pacientes

com APLV

Autor: Selma Rodrigues do Nascimento

Orientador: Fernanda Lima Avena Costa

Brasília - DF

2014

(2)

Selma Rodrigues do Nascimento

Relato de elaboração de um manual de preparações para pacientes com ALPV

Artigo apresentado ao curso de graduação em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Nutrição.

(3)

Artigo de autoria de Selma Rodrigues do Nascimento, intitulado de “Manual de preparações para paciente com APLV”, apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, em 19/11/2014, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

___________________________________________ Prof. Esp. Fernanda Lima Avena Costa

Orientador Nutrição – UCB

___________________________________________ Prof. Mcs. Marcus Cerqueira

Nutrição – UCB

___________________________________________ Prof. Esp. Jennifer Lacerda

Nutrição – UCB

Brasília, DF 2014

(4)

Dedico este trabalho aos meus mestres, amigos e ao meu esposo pelo incentivo e carinho de sempre.

(5)

Manual de preparações para pacientes com APLV

RESUMO

O leite é produto da secreção da glândula mamária dos mamíferos e possui alto valor nutritivo, constituindo em um alimento complexo que contém água, carboidratos (basicamente lactose), gorduras, proteínas (principalmente caseína), minerais e vitaminas em diferentes estados de dispersão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005), a amamentação exclusiva no seio nos primeiros seis meses de vida seria o ideal e um gesto que pode evitar problemas futuros para criança como é o caso da alergia a proteína do leite de vaca (APLV). A alergia alimentar é uma reação do organismo a um determinado alimento. O grupo dos leites e derivados está entre os principais causadores de alergias em crianças e é um problema que afeta não só a qualidade de vida, mas também a saúde nutricional dos portadores da doença. É importante o consumo de hortaliças, frutas e oleoginosas diariamente na dieta do paciente com APLV, uma vez que esses alimentos são ricos em nutrientes e necessários principalmente durante o tratamento da doença. A principal conduta é a retirada total do leite e seus derivados da dieta.

Palavras-chave: Alergia a proteína ao leite de vaca, carências nutricionais, fontes alimentares de cálcio e ferro, leites e derivados, hortaliças e frutas.

(6)

ABSTRACT

Milk is product of secretion from the mammary gland of mammals and it has high nutritional value as constitutes a complex food containing water, carbohydrates (mainly lactose), fats, proteins (mainly casein), minerals, and vitamins in different stages of dispersion. Accordingly to the World Health Organization (WHO, 2005), the exclusive breastfeeding within the first six months of life would be ideal and a gesture that can prevent future problems for children, as the case of cow's milk protein allergy incidence (CMPA – APVL in Portuguese). Food allergy is the body's reaction to a particular food. The group of milk and derivative products is among the leading causes of allergies in children and it is a problem that affects not only the quality of life, but also the nutritional health of patients. The consumption of vegetables, fruits and oilseeds in the daily diet of patients with CMPA is important, since these foods are rich in nutrients and are required mainly during the treatment of the disease. The main recommendation is the complete avoid of milk and its derivative products in the diet.

Keywords: Cow’s Milk Protein Allergy, nutritional deficiencies, dietary sources of calcium and iron, milk and derivative products, vegetables and fruits.

(7)

SUMÁRIO

1. Introdução ... 8

2. Metodologia ... 9

3. Revisão teórica ... 10

3.1. Histórico da doença ... 10

3.2. Incidência e prevalência da APLV ... 10

3.3. Orientações nutricionais ... 11

3.4. Mecanismo imunológico ... 11

3.5. Classificações nas manifestações clínicas das doenças alérgicas ... 12

3.5.1.Pesquisa realizada ... 13

3.5.2.Diagnóstico da APLV ... 14

3.5.3.Conduta nutricional na APLV ... 14

3.5.4.Alimentos que não podem faltar na dieta do paciente com APLV ... 15

3.5.5.Objetivo ... 16

4. Resultados e discussão ... Erro! Indicador não definido. 5. Conclusão ... 18

6. Referências bibliográficas ... 19

ANEXO 1 ... 21

(8)

1. INTRODUÇÃO

O leite é o produto da secreção da glândula mamária dos mamíferos, é um alimento que possui um alto valor nutritivo, constituindo em um alimento complexo que contém água, carboidratos (basicamente lactose), gorduras, proteínas (principalmente caseína), minerais e vitaminas em diferentes estados de dispersão. Possui um valor nutritivo considerável e é considerado o único alimento que satisfaz às necessidades nutricionais e metabólicas do recém- nascido de cada espécie. Entre os diversos alimentos causadores de alergias, o do grupo dos leites e derivados, tem chamada à atenção nas ultimas décadas, uma vez que a população de um modo geral está tendo mais acesso a esses alimentos, a alergia alimentar é um problema que afeta não só a qualidade de vida, mas também a saúde nutricional dos portadores da doença (SGARBIERI, 2004).

A alergia alimentar é uma reação do organismo a um determinado alimento. Essa reação pode acontecer de várias maneiras como problemas gastrointestinais, dermatites, vômitos entre outros. A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma é doença muito comum na infância, onde crianças nos primeiros meses de vida já podem desenvolver a doença, porém a maior incidência é entre crianças de até 5 anos de idade e na maioria dos casos já tem uma predisposição genética (WANDALSEN et al, 2003).

As consequências da doença na vida da criança têm influencia direta no seu estado nutricional, pois pode levar a um quadro de desnutrição energético-proteico, déficit do crescimento e desenvolvimento da criança entre outras deficiências. Entre as várias condutas e métodos de avaliação para confirmar a alergia da criança à proteína, a mais utilizada é a exclusão total do leite de vaca e seus derivados. A importância de um acompanhamento nutricional para essa criança é um fator indispensável a partir desse nesse momento, pois a criança irá precisar de uma dieta que supra as necessidades nutricionais adequadas para sexo e idade, evitando assim problemas que interfiram a longo prazo, na sua saúde, pois uma vez feito a retirada do leite da dieta, o paciente terá uma oferta menor de nutrientes necessários para seu crescimento e desenvolvimento (CORTEZ & MEDEIROS,2007).

(9)

9

2. METODOLOGIA

Trata-se de pesquisa transversal, realizada em 4 etapas: a) Histórico da doença

b) Busca de receitas

c) Preparo das receitas e suas respectivas fichas técnicas d) Elaboração do manual

A primeira etapa foi a pesquisa e leitura dos artigos sobre o assunto em questão. Na segunda, objetivo de procurar, escolher e separar as receitas sem a presença de leite e seus derivados em sua composição, e também aquelas que teriam possibilidade de fazer as trocas desses ingredientes por outros, pensando na melhoria do seu valor nutricional sem perder a qualidade da receita. Essas buscas foram feitas em livros e em sites, tendo sempre o cuidado de olhar a composição dos ingredientes de todas elas. Na terceira etapa, depois de escolhidas às receitas, os alimentos foram pesados e tirados seu peso líquido e seco. Depois de pronta as receitas foram novamente pesadas e nesse momento tirado uma porção e contabilizado seu rendimento total.

O manual foi elaborado contendo informações nutricionais, passo a passo com nome da receita elaborada, rótulos, fotos de todas as receitas, o valor calórico de cada porção, rendimento total, fotos das receitas e dados nutricionais dos macronutrientes (carboidrato, proteína e lipídio), fibras e sódio. Foi utilizada como referência a quantidade de 100g da preparação essas informações que servirão de consulta a respeito da alimentação adequada e alimentos importantes para criança portadora de APLV,

O manual trará além de dicas de lanches saudáveis, informações que servirão aos cuidadores de crianças e pais a importância dos alimentos e seus respectivos nutrientes principalmente durante o tratamento da doença.

(10)

10

3. REVISÃO TEÓRICA

3.1. HISTÓRICO DA DOENÇA

Até a década de 50, a incidência da APLV no primeiro ano de vida era bem baixa cerca de 0,1% a 0,3% das crianças. Entre os anos de 1970 e 1988 estudos realizados já demonstrou um aumento de 1,8% a 7,5%. Em 2011, outro estudo mostra que houve uma variação com maior prevalência durante o primeiro ano de vida cerca de 2% a 6% de crianças apresentou APLV. A alergia alimentar pode ser definida por toda reação adversa ao componente proteico do alimento e envolve mecanismos imunológicos sendo na maioria das vezes por imunoglobulinas da classe IgE. As alterações de ordem nutricional que ocorrem nas crianças com APLV precisam ser conhecidas para que o monitoramento do seu tratamento possa ser otimizado. Os estudos publicados nos últimos 30 anos com referência a essas alterações destacam, entre outras: déficit de peso e estatura, déficit de proteínas, minerais - cálcio, fósforo e zinco; vitaminas B2, C, A e folato. Isso costuma ser agravado com algumas substituições utilizadas no manejo da alimentação como, por exemplo, a substituição do leite de vaca por fórmula de proteína isolada de soja que muitas vezes resulta em reações alérgicas também a essa nova proteína. Mesmo sendo a substituição adequada, muitas vezes o custo, paladar e a aceitação ao novo alimento impedem que haja uma resposta nutricional adequada (MACITELLI, 2013).

3.2. INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DA APLV

No Brasil, em 2008, foi realizado um estudo epidemiológico por especialistas em nutrição clínica em consultórios de gastroenterologistas pediátricos da cidade São Paulo. O estudo mostrou a existência de suspeita de alergia alimentar em 7,3% das 9.478 crianças consultadas. O leite de vaca foi identificado como o principal causador de alergia em cerca de 540 crianças, ou seja, em 7,7% de indivíduos com suspeita de alergia. A incidência e prevalência da suspeita de APLV nesse estudo foram, respectivamente, 2,2% e 5,7%. O estudo identificou que as principais e mais frequentes manifestações foram a irritabilidade e a dificuldade para se alimentar. Em torno de 25% das crianças tinham perdido de peso (SILVA, 2008).

(11)

11

3.3. ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) a amamentação exclusiva no seio nos primeiros seis meses de vida seria o ideal e um gesto que pode evitar problemas futuros para criança como é o caso da ALPV. O aleitamento materno promove crescimento e nutrição adequada, proteção contra doenças e infecções, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Infelizmente verifica-se que o número de crianças amamentadas exclusivamente com leite materno ainda é pequeno e que a introdução precoce de outros tipos de leite é comum (PEREIRA, 2008).

3.4. MECANISMO IMUNOLÓGICO

Existem alguns mecanismos imunológicos envolvidos nas reações de hipersensibilidade aos alimentos classificadas em mediadas por IgE, mistas e não mediadas por IgE. As reações mediadas por IgE são de fácil diagnóstico, por apresentarem reações rápidas, até 30 minutos após a ingestão do leite e pela formação de anticorpos específicos da classe de IgE. Um contato futuro com o mesmo alimento e a consequente fixação do alérgeno as duas moléculas de IgE próximas provocam a liberação de mediadores vasoativos que induzem hipersensibilidade imediata, que tem como manifestações comuns reações cutâneas como (dermatite atópica, urticária, angioedema) os sintomas gastrintestinais (vômitos e diarreia), respiratórias (asma, rinite) e as reações sistêmicas (anafilaxia com hipotensão e choque). As reações não mediadas por IgE ocasionam 20 manifestações tardias, podendo ocorrer horas ou dias após a ingestão do leite. As reações mistas são mediadas por anticorpos IgE e por células linfócitos T e citocinas pró-inflamatórias e geralmente as reações são esofagite eosinofílica, gastrite eosinofílica, gastroenterite eosinofílica, dermatite atópica, asma e hemossiderose. (PEREIRA, 2008).

(12)

12

3.5. CLASSIFICAÇÕES NAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS DOENÇAS ALÉRGICAS

Quadro:

Mecanismo Imunológico Síndromes Características Clínicas

Mediado por IgE

Urticária/angioedema Rinoconjuntivite/Asma

Anafilaxia

Anafilaxia induzida pelo exercício

Síndrome da alergia oral

Desencadeada pela ingestão ou contato direto Acompanha as reações alérgicas induzidas por alimentos, mas raramente como sintoma isolado. Pode ser desencadeada por inalação de proteínas alimentares

Rapidamente progressiva, envolve muitos sistemas.

A anafilaxia é desencadeada pelo alimento se há ingestão seguida de exercício

Prurido, leve edema confinado a cavidade oral. Raramente avança para além da boca (<10%) ou anafilaxia (1-2%)

Mistos

Dermatite atópica (DA)

Esofagite eosinofílica Gastroenteropatia eosinofílica

Asma

Associada com alergia alimentar em 30-40% das crianças com DA moderada/grave

Sintomas variam de acordo com o local e o grau de inflamação eosinofílica

Rara como sintoma isolado, mas está presente na maioria das reações sistêmicas

Não Mediadas por IgE

Coloproctite alérgica

Enterocolite induzida por proteína

Hemossiderose pulmonar

Fezes com muco e sangue, sem comprometimento do estado nutricional.

Exposição crônica: vômitos, diarreia e baixo ganho pôndero estatural

Reexposição após restrição: vômitos, diarreia, desidratação até 2 horas após ingestão

Anemia, pneumonias e infiltrados pulmonares recorrentes

(13)

13

3.5.1. PESQUISA REALIZADA

Em uma pesquisa (Zeppone, 2008) realizada no período de abril a novembro de 2007, em creches e consultórios de pediatras do município de Araraquara, pacientes foram encaminhados para uma avaliação clinica diagnostica de APLV e preencheram o protocolo de pesquisa, as informações colhidas pelo pesquisador continham a história da queixa atual e manifestações clinicas como o inicio dos sintomas, a sua duração, o ganho de peso adequado, as náuseas e vômitos, a doença do refluxo gastroesofágico, diarreia, dermatite atópica, urticaria aguda, rinite alérgica, o broncoespasmo (chiado), síndrome de alergia oral, anafilaxia gastrintestinal e as evacuações com estrias de sangue, sempre relatados pela mãe ou responsável. Foram colhidas informações a respeito da relação entre a introdução do leite de vaca e seus sintomas, sua melhora no processo com exclusão do leite de vaca e derivados e, por fim, qual leite foi introduzido.

O teste se dividiu em 4 fases, onde a primeira foi eliminado o leite e seus derivados da dieta, por um período de 6-8 semanas, onde obteve uma boa evolução clinica. Na fase seguinte foi aplicado uma gaze umedecida em fórmula láctea sobre a pele e mucosa oral, com observação de reação cutânea ou edema labial, confirmando o teste do desencadeamento positivo, imediato, na terceira teve a ingestão oral de 10 ml de fórmula láctea e aumento do volume a cada 20 minutos por 2 horas; caso apresente sintomas, o teste era considerado positivo imediato, na quarta e última fase, se após as 2 horas, o paciente for assintomático continua o teste em casa até se tomar o volume normalmente consumido, e observar se houve manifestações no período de 7 a 30 dias, teste do desencadeamento negativo, mas se tiver reações e ou sintomas o teste e considerado positivo tardio.

Com a utilização do teste de desencadeamento aberto com leite de vaca, segundo o protocolo da Sociedade de Gastroenterologia, mostrou-se pratico para o diagnostico de APLV em lactentes no dia-a-dia de um consultório de pediatria. Na determinação da IgE total houve uma maior presença no grupo APLV, porem não significante e encontraram IgE específica positiva para as Lactoglobulina e Lactoalbumina para APLV.

(14)

14

3.5.2. DIAGNÓSTICO DA APLV

Segundo Paiva (2012), da SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição) para o diagnóstico da APLV é fundamentado em quatro pilares: anamnese e exame físico; dieta de restrição; testes para detecção de IgE específica (in vivo e in vitro) e teste de provocação oral.

É necessário também um estudo detalhista do perfil e dos sintomas relatados da criança no seu primeiro ano de vida, a fim de reduzir suas possíveis manifestações. Pouco se conhece sobre os mecanismos imunológicos e tratamentos da APLV em lactentes. Seria necessário um aprofundamento nas investigações em crianças que aparentemente tem a doença, e essa pesquisa inclui investigar familiares próximos com diagnósticos dessa ou de outras patologias relacionadas a outras alergias (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia,2012).

3.5.3. CONDUTA NUTRICIONAL NA APLV

O tratamento da APLV, não é uma tarefa fácil e requer muita atenção. Com diagnóstico comprovado de APLV o primeiro passo é eliminar o leite de vaca e seus derivados da dieta. Um acompanhamento médico e nutricional é de extrema importância para que uma criança portadora da alergia possa ter saúde e qualidade de vida além de crescimento adequado. Um cuidado especial dos pais com as crianças menores também é importante um grande número de alimentos contém traços de proteínas do leite em sua composição, é importante manter uma atenção dobrada para leitura dos rótulos dos produtos e no manejo de suas preparações (PEREIRA, 2008).

Segunda informações do manual prático de diagnóstico e tratamento da alergia às proteínas do leite de vaca de 2012, existem hoje no mercado várias opções de fórmulas para lactentes acima de 6 meses de idade. Dentre elas à base de soja, fórmulas extensamente hidrolisadas à base de aminoácidos, e parcialmente hidrolisadas, que podem suprir essas necessidades e carências nutricionais garantindo sucesso no tratamento (PEREIRA, 2008).

(15)

15

3.5.4. ALIMENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR NA DIETA DO PACIENTE COM APLV

 Vegetais verdes escuros – Consumir diariamente agrião, brócolis, couve, espinafre, mostarda, rúcula, entre outros, são ricos em vitaminas, minerais e fibras, que auxiliam na promoção da saúde, são excelentes fontes de ferro, que previne a anemia ferropriva; de magnésio, que auxilia na produção de energia pelo organismo e de cálcio, que atua na contração muscular e forma os ossos e dentes. O consumo adequado desses vegetais é consumi-los os frescos e na forma de saladas, pois o armazenamento e o cozimento ou o processamento pode reduzir o teor desses nutrientes (PARREIRA, 2013).

 Grãos - a ervilha contém alto teor de proteínas, as frescas são uma boa fonte de pectina e outras fibras solúveis, que ajudam a controlar os níveis do colesterol no sangue. Os feijões contêm mais proteína que qualquer outro alimento, de origem vegetal, ricos em amido, vitaminas do complexo B, ferro, potássio, zinco e outros minerais essenciais (FRANCO, 2008).

Frutas – Frutas como pera, abacaxi, manga, maçã, laranja, mamão, morango são frutas ricas em vitaminas A, B, C, E, proteínas, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, ferro, carboidratos, fibras, betacaroteno, vitaminas A, B, C, potássio, magnésio, fósforo, cálcio, ferro (FRANCO, 2008).

 Hortaliças – A mandioca é excelente fonte de carboidratos, cálcio e fósforo e vitamina C. O Inhame é rico em amido, beta-caroteno, vitaminas C e do complexo B, além de cálcio, fósforo e ferro. A beterraba é uma boa fonte de folato e vitamina C, além de possuir poucas calorias. As suas folhas são ricas em potássio, cálcio, ferro, beta-caroteno e vitamina C podem ser cozidas e servidas como o espinafre (FRANCO, 2008).

 Oleoginosas – As castanhas de caju e do Brasil, macadâmia, nozes, amêndoas, e avelãs são ótimas fontes de vitaminas e minerais, como fósforo, cálcio, zinco, vitaminas A e B (FRANCO, 2008).

 Frutos do mar – A sardinha é rica em cálcio, fonte de vitamina D, de fósforo, triptofano e vitamina B12,que asseguram o estado de bem-estar cerebral. O atum além de ser extremamente nutritivo é rico em selênio, minerais, potássio, vitaminas do complexo B (PARREIRA, 2013).

(16)

16

3.5.5. OBJETIVO

Elaborar um manual com receitas que orientem pais e/ou cuidadores de criança com APLV. Mostrar que é possível trocar o leite de vaca em preparações e que existem outros alimentos que podem substituí-lo o com eficácia no caso da dieta de exclusão total do leite e seus derivados, atentando para valor nutritivo das receitas evitando possíveis carências nutricionais que possam aparecer.

4. METODOLOGIA E DESENOLVIMENTO

A alergia à proteína do leite de vaca não é uma doença comum e tão pouco fácil de lidar por diversos motivos, um dos maiores e principais problemas é a dificuldade de chegar ao diagnóstico e o tratamento correto que muitas vezes é bem radical e pode trazer consequências graves para as crianças.

A eliminação do leite de vaca e seus derivados da dieta podem favorecer carências nutricionais importantes, como cálcio, ferro e vitaminas e como consequência desnutrição energético proteico. Uma alimentação que atenda as necessidades e recomendações, segundo sexo e idade é fundamento para uma criança com APLV.

O diagnóstico clínico, uma anamnese cuidadosa, a realização de exames clínicos e laboratoriais é importante e pode ajudar, entretanto em alguns casos não são suficientemente precisos.

É necessário que haja um estimulo ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, orientar mães para uma alimentação complementar somente à partir desse período, e que essa alimentação seja adequada para atender as suas necessidades nutricionais, variedade de frutas, verduras e legumes evitando uso exagerado de doces e guloseimas, pratos coloridos, quanto maior a variedade mais maior a disponibilidades de nutrientes, essas condutas certamente irão melhorar a qualidade de vida dessa criança.

(17)

17

As doenças alérgicas são complexas e multifatoriais. Seu aparecimento e expressão clínica dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. Estima-se que os fatores genéticos exerçam papel fundamental na expressão da doença alérgica. Até o momento embora não haja testes genéticos disponíveis para identificar indivíduos com risco de alergia alimentar, a história familiar, incluindo alergia alimentar, ainda e o melhor indicativo de risco para o seu aparecimento.

A realização de um diagnóstico incorreto da alergia a proteínas do leite de vaca leva, muitas vezes, a dietas de evicção desnecessárias e até prejudiciais ao seu crescimento e desenvolvimento. Neste artigo é revista a marcha diagnóstica na suspeita de alergia a proteínas do leite de vaca e a abordagem terapêutica de acordo com a gravidade das manifestações e a idade das crianças.

É necessário que haja novos estudos e técnicas de pesquisa para APLV. Os rótulos dos alimentos precisam ser melhorados e a composição dos ingredientes também, as informações sobre a existência de proteínas nos alimentos precisam ser mais fácil de serem identificadas.

Todas as receitas foram testadas com o propósito de verificar a aceitação, paladar e textura, pois as que tinham leite de vaca e seus derivados em seus ingredientes foram substituídos por suco de fruta ou água. A manteiga foi substituída por óleo de milho ou canola. Também para enriquecer as receitas foram usados alguns ingredientes fontes de cálcio, ferro e vitaminas, como por exemplo, a uva passa que é fonte de cálcio, ferro, vitamina do complexo B, vitamina A, potássio e fibras.

Para determinação da oferta de nutrientes, foram elaboradas as fichas técnicas de preparação (FTP). Todas as etapas de pré-preparo e do preparo foram acompanhadas verificando-se as técnicas de manipulação dos ingredientes utilizados para cada preparação, possibilitando calcular exatamente a quantidade de cada ingrediente que foi utilizado, para posterior cálculo da composição nutricional.

Para o cálculo da composição nutricional das refeições ofertadas foi utilizado o software Avanutri sistema de avalição e prescrição nutricional versão 4.0 e por meio da utilização da base de dados da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Guilherme Franco, 2008). Para os alimentos que não constavam na base de dados da referida tabela, foi utilizado o rótulo do ingrediente utilizado na preparação.

Todas as receitas foram testadas e tiveram uma simples modificação no momento do preparo, alguns ingredientes foram trocados e substituídos por outros não contendo proteínas

(18)

18

de leite. No bolo de banana foi adicionado as uvas passas que é fonte de cálcio e ferro, na panqueca a utilização do brócolis enriqueceu seu valor nutritivo por ser esse ingrediente rico em vitaminas e mineras como ferro e vitaminas do complexo B. No pão sem queijo a utilização da mandioquinha rica em vitamina C e de vitaminas do complexo além das fibras, trouxe sabor e deixou a receita mais saudável.

5. CONCLUSÃO

A alergia a proteína do leite de vaca pode trazer vários problemas de saúde para a criança. A eliminação total do leite e seus derivados trás carências importantes de cálcio, vitaminas e ferro. É importante que haja um acompanhamento dessa criança, do seu desenvolvimento e crescimento para que ela não tenha um déficit energético proteico importante, comprometendo seu estado geral de saúde, uma dieta adequada, de acordo com sexo e idade e com aporte de nutrientes e energia que supra suas necessidades diárias.

Se houver prosseguimento da pesquisa sobre o relato da elaboração do manual de preparações para pacientes com APLV, sugiro teste das receitas com objetivo de testar a aceitabilidade das mesmas com todos cuidadores de crianças ou com quem tenha interesse pela APLV.

(19)

19

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Wellington Gonçalves. Utilização do leite de cabra em crianças com alergia ao leite de vaca. Rev. bras. alergia imunopatologia, v. 18, n. 2, p. 46-9, 1995.

CORREA, Fernanda Ferreira et al. Teste de desencadeamento aberto no diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca; Open challenge for the diagnosis of cow's milk protein allergy. J. pediatria.(Rio J.), v. 86, n. 2, p. 163-166, 2010.

COSTA, Christiane; TAKAHASHI, Ruth; MOREIRA, Tereza. Segurança alimentar e inclusão social. 2002.

DE MORAIS, Mauro Batista; SPERIDIÃO, Patrícia da Graça Leite; DE SILLOS, Marcela Duarte. Alergia à Proteína do Leite de Vaca.

DE SOUZA ALMEIDA, Gisella; TOFOLI, Marise Helena Cardoso; DE OLIVEIRA, Valdirene Alves. ALERGIA ALIMENTAR COMO UMA DAS DIMENSÕES DA INCLUSÃO NA PRÁTICA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. RENEFARA, v. 5, n. 5, p. 205-224, 2014.

FERREIRA, FÁBIO, and CARVALHO JUNIOR. "Apresentação clínica da alergia ao leite de vaca com sintomatologia respiratória." J Pneumol 27.1 (2001)

FRANCO, Guilherme. Tabela de composiçäo química dos alimentos. In: Tabela de

composiçäo química dos alimentos. Atheneu, 1995.

GASPARIN, Fabiana Silva Rodrigues; CARVALHO, Jéssica Margato Teles; ARAUJO, Sabrina Calaresi de. Alergia à proteína do leite de vaca versus intolerância à lactose: as diferenças e semelhanças. Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 1, 2010.

http://www.saudedica.com.br/os-7-beneficios-do-atum-para-saude/-Acessado em 05/11/2014 https://www.nissin.com.br/a-nissin/vida-com-sabor/dica/por-que-e-importante-consumir-vegetais-verde-escuros/ - Acessado em 28/10/2014

(20)

20

LINS, Maria das Graças Moura et al. Teste de desencadeamento alimentar oral na confirmação diagnóstica da alergia à proteína do leite de vaca. J Pediatria(Rio J), v. 86, n. 4, p. 285-289, 2010.

MEDEIROS, Lilian CS et al. Ingestão de nutrientes e estado nutricional de crianças em dieta isenta de leite de vaca e derivados. J Pediatr (Rio J), v. 80, n. 5, p. 363-70, 2004.

MORAIS MB, Toporovski MS. Alergia à proteína do leite de vaca. In.: Morais. Gastroenterologia Pediátrica. Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). São Paulo, Atheneu (em vias de publicação).

PEREIRA, Patrícia Brazil; SILVA, Cristiane Pereira da. Alergia a proteína do leite de vaca em crianças: repercussão da dieta de exclusão e dieta substitutiva sobre o estado nutricional.

Pediatria (São Paulo), v. 30, n. 2, p. 100-106, 2008.

Sgarbieri VC. Proteínas em alimentos protéicos: propriedades-degradações-modificações. São Paulo: Varela; 1996. 517p

SOLE, Dirceu et al. Pediatricians' knowledge on food allergy: pilot study. Revista Paulista

de Pediatria, v. 25, n. 4, p. 311-316, 2007.

STRASSBURGER, Simone Z. et al. Nutritional errors in the first months of life and their association with asthma and atopy in preschool children. Jornal de pediatria, v. 86, n. 5, p. 391-399, 2010.

TOPOROVSKI, M.; CARDOSO, A. L. Terapia Nutricional no Paciente com Alergia ao Leite de Vaca.

VIEIRA MC, Spolidoro JVN, Morais MB, Toporovski MS. Guia de diagnóstico e tratamento da Alergia à Proteína do Leite de Vaca. Support, 2004.

(21)

21

ANEXO 1

MODELO DA FICHA TECNICA

INGREDIENTES

PB (g) Total

PL(g)

Total MEDIDA CASEIRA

TOTAL

Modo de preparo da receita - Aqui será colocado passo a passo da preparação

Características da Preparação

Valor calórico da porção: ____________________________ Peso da porção: ___________________________________ Medida caseira da porção: ___________________________ Nº. de porções: ____________________________________

(22)

22 Alimento per capita Quant. (g) Valor Energético (Kcal) Glíci. (g) PTN (g) Lip T (g) Gord. Satur (g) Gord. Trans.(g) Ca mg P mg Fe mg Na mg Total % VD Valor energético (Kcal)

Carboidrato (g) Proteína (g) Gorduras totais (g) Gorduras saturada (g) Gorduras Trans (g) Fibra alimentar (g) Sódio (mg)

(23)

23

NUTRIENTES Quantidade

(Gramas)

CALORIAS kcal

Per capita Per capita %

Glicídios

Proteína

Lipídios

(24)

24

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Neste tipo de situações, os valores da propriedade cuisine da classe Restaurant deixam de ser apenas “valores” sem semântica a apresentar (possivelmente) numa caixa

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três

Em janeiro, o hemisfério sul recebe a radiação solar com menor inclinação e tem dias maiores que as noites, encontrando-se, assim, mais aquecido do que o hemisfério norte.. Em julho,

Classifica os verbos sublinhados na frase como transitivos ou intransitivos, transcrevendo- os para a coluna respetiva do quadro.. Frase: Escondi três livros na estante

O processo de gerenciamento da capacidade foi desenhado para assegurar que a capacidade da infraestrutura de TI esteja alinhada com as necessidades do negócio. O

xii) número de alunos matriculados classificados de acordo com a renda per capita familiar. b) encaminhem à Setec/MEC, até o dia 31 de janeiro de cada exercício, para a alimentação de