Grupos de Poupança e Crédito GPC e Associações Financeiras Rurais AFR
10 anos depois João Carrilho Sophie Teyssier Outubro, 2010 Realizações, Desafios e Perspectivas
UMA REALIDADE,
DUAS MODALIDADES
Os serviços financeiros com base comunitária incluem os GPC e as AFR (ASCAs e RFA em inglês).
Os GPC têm uma media de 15 membros ; as AFR podem ter muito mais membros (até 5.000)
Os GPSc iniciaram com a captação de poupança ; as AFR com a concessão de crédito (em base a linhas de crédito ext.) •
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REALIZAÇÕES: RFAs
4 instituições promovem OPEs: IRAM 14 OPE Progresso 15 OPE, GAPI ? , LWF 1 OPE.
Uma União autónoma (UNACREDITO: 13 OPE) As OPEs mais estruturadas se encontram nas províncias de Maputo, Gaza, Nampula e Cabo Delgado
Aprox. 24.000 clientes activos; Carteira de 131 Milhões Mts. • • • • •
RFAs: o modelo original
* CA: Conselho de administração * CF: Conselho Fiscal
Corpo técnico Corpo técnico União Provincial
CA* e CF* eleitos União Provincial
CA* e CF* eleitos União Nacional: CA* e CF* eleitos Corpo técnico Associações de Crédito (e Poupança) : 300 – 1.000 membros CA* e CF* eleitos Associações de Crédito (e Poupança) 300 – 1.000 membros CA* e CF* eleitos
RFAs: evolução IRAM-CCOM
Caixa (distrito) até 5000 membros União Nacional: CA* e CF* eleitos Corpo técnico Corpo técnico Ponto de serviços Provedores: quase-assalariados
* CA: Conselho de administração * CF: Conselho Fiscal
Ponto de serviços Provedores: quase-assalariados
Caixa (distrito) até 5000 membros
REALIZAÇÕES: GPCs
O país conta com pelo menos 21 operadores de GPC, ONGs ou instituições financeiras,
cobrindo
todas as províncias do país, 89 distritos e 196 postos administrativos,
enquadrando mais de , com cerca de
a maioria mulheres Os depósitos são da ordem de •
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Fonte: Zaqueu in Forum dos Operadores de ASCAs
5.300
grupos 100.000
membros,
REALIZAÇÕES: GPCs (2)
Utilizado essencialmente para a melhoria da habitação, aquisição de bens domésticos e de produção, desenvolvimento de pequenos
negócios cobertura de despesas correntes e outros investimentos como em educação.
dos membros, que começam a acreditar que com“50,00MT”
podem iniciar uma caminhada rumo a erradicação da pobreza. . • • • Melhoria na auto-estima Educação financeira
DESAFIOS
A metodologia incorpora insustentabilidade: recomeça de zero ao fim de cada ciclo
Só um produto crédito de muito curto prazo Elevada taxa de juros
Insegurança dos depósitos Risco de elevada liquidez Vulnerabilidade a fraude e má-fé
Falta de sustentabilidade do apoio externo ligação limitada com instituições financeiras e sem garantia de sustentabilidade.
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PRESPECTIVAS : expansão,
estruturação e formalização dos GPC
OS GPCs vão continuar a sua expansão
Os GPCs estão a estruturar-se em organizações de 1º nível :
- Associação de Animadores (Ophavela)
- Fusão de Grupos:
Pre-Cooperativa de Poupança e Crédito (ADEM) Organização de Poupança e Empréstimo (GAPI, LWF).
Nota: GPC = nível 0; OPE/CCP = 1º nível; União de OPE/CCP = 2º nível
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Evolução possível dos GPCs
* CA: Conselho de administração * CF: Conselho Fiscal
Corpo técnico Corpo técnico
União
Provincial ProvincialUnião
Corpo técnico
União Nacional:
Associação/Cooperativa de Crédito e Poupança 300 – 5.000 membros
Evolução possível dos GPCs
A legislação bancária permite varias opções de figuras jurídicas , cada uma com suas
oportunidades e desafios •
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Cooperativa , Associação ou outro?
O estatuto de Associação Organização de Poupança e Empréstimo (OPE)
O estatuto de Cooperativa Cooperativa de Crédito e Poupança (CCCP)
à à
Evolução possível dos GPCs:
Legalização relativamente simples de obter (Distrito ou Província). Min 10 membros Processo de registo no BM simples
Não tem “dono (s)”. 1 membro = 1 voto
150.000 Mts fundo de trab. Pode realizar operações de crédito com o publico
Pode captar depósitos com limites de 10.000 Mts/p e 200 depositantes
Legalização a nível nacional; Min. 3 membros
Processo de licença pelo BM complexo
Membros são donos (acções) Podem receber dividendos Capital mínimo 200.000 Mts Pode realizar operações de crédito e de captação de deposito
Obrigações quase = bancos. (reporting, infra-estructuras,
Cooperativa , Associação ou outro?
Associação : OPE Cooperativa : CCP (SACCO)
1 membro = 1 – 7 votos dos membros • • • • • • • • • • • • •
Evolução possível dos GPCs
Legalização como Sociedade Anónima de Resp. Limitada Processo de autorização complexo
Os Accionistas são os donos. 1 acção = 1 voto
Capital mínimo a partir de 360.000 Mts (70% de 1.200.000 Mts nas províncias)
Pode realizar operações de crédito e captar depósitos do público
Obrigações legais = banco
Maior leque de actividades possíveis (cheques, ATM, …)
E porque não ?
Sociedade comercial : Micro Banco
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CONCLUSÕES
. GPC servem na “educação financeira” da população rural pobre
Os GPC enfrentam limitações de sustentabilidade e de serviços prestados
Associações ou Cooperativas? Escolha dos interessados e dos
operadores. •
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A promoção de GPC deve continuar como prioridade
A evolução dos GPC em estruturas de nível superior (1º nível : OPE ou CCP) é uma necessidade e já é uma realidade.
As estruturas de 1° nível hoje promovidas devem caminhar para a sua legalização.
CONCLUSÕES (2)
foi um grande passo tomado pelo Banco de Moçambique na facilitação da
inclusão financeira. Todavia,
estruturas APEX (uniões) para
promoção e supervisão das organizações criadas na base dos GPC. Um papel para os operadores ?
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A legislação referente às poupanças e créditos numa base comunitária
não está adequada à actual realidade e requer ajustes.
A estruturação para um 2° nível é também uma necessidade:
RECOMENDAÇÕES
Para o Governo e os Doadores : Encorajar e promover a criação de GPC com os parceiros técnicos adequados. Promover a estructuração dos GPCs em estructuras de âmbito maior.
Para o Banco de Moçambique: rever os limites máximos de depositantes, valor de depósito por
depositante nas OPE (Decreto nº 57/2004 de 10 de Dezembro) e
limite de mínimo de capital social ou fundos iniciais de OPE/CCP (Aviso 4/GGB/2005, de 25 de Maio)
Rever obrigações legais para cooperativas (reporting, infra-estruturas, habilidades dos gestores, etc.)
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RECOMENDAÇÕES (2)
Para os Operadores :apoiar o reforço das estruturas emergentes dos GPCs (formação, organização, gestão)
Iniciar o processo de legalização como associação, ou cooperativa, solicitando posteriormente o registo como OPE /licença como CCP no Banco de Moçambique.
assumir a promoção de Apex das organizações de 1º nível (uniões Provinciais)
Evolução do Fórum de OpAs como estrutura nacional ?
Orgânica (tipo Federação), de representação e apoio (tipo AMOMIF), ou manter informal ?
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OBRIGADA
Qualquer informação adicional :
Favor contactar o FARE , a DNPDR ou sophie.teyssier@gmail.com