IPI – Vendas da
Zona Franca de Manaus
No artigo de hoje, você vai saber mais sobre como funciona a aplicação desse imposto na Zona Franca de Manaus (ZFM).
O IPI, ou Imposto sobre Pro-dutos Industrializados, é um dos impostos mais
impor-tantes do Brasil e incide sobre todos as mercadorias que
passam por qualquer proces-so de industrialização, desde uma bebida alcoólica até um automóvel, sejam nacionais ou importadas. O imposto é de âmbito federal, por isso, todo o dinheiro arrecadado por ele é direcionado para o Tesouro Nacional.
No artigo de hoje, você vai saber mais sobre como fun-ciona a aplicação desse im-posto na Zona Franca de Manaus (ZFM).
A Zona Franca de Manaus é
uma região de grande
im-portância econômica e
es-tratégica para o país.
Tra-ta-se de uma zona industrial,
localizada no norte do Brasil,
distribuída em uma área de
aproximadamente 10 mil
quilômetros quadrados. Foi
instituída em 1967, como
parte do projeto de
industri-alização do país proposto pelo
então presidente Juscelino
Kubitschek.
Entre as vantagens
ofereci-das para fomentar o
desen-volvimento econômico da
região norte estão a redução
de taxas alfandegárias, livre
comércio de importação e
exportação e, é claro, os
incentivos fiscais nos quais a
questão do IPI se enquadra.
Um benefício fiscal da Zona Franca de Manaus é a isenção do IPI. Isso significa que esse imposto não é cobrado sobre as mercadorias produzidas na ZFM para serem comercial-izadas em qualquer lugar do Brasil. Essa iniciativa teve como objetivo baratear os custos dos produtos para in-centivar a produção e comér-cio nacomér-cional.
Em relação aos insumos, a isenção do IPI, até então, sempre gerou créditos fictos para os empresários. Ou seja,
Desoneração
tributária
na Zona
Franca
de Manaus:
a questão
do IPI
o valor correspondente ao IPI ficaria armazenado para uso do próprio adquirente, é como se o governo estivesse devendo para ele. Aconteceu que o STF reviu a determinação do RE nº
212.484/RS, entendendo que os insumos isentos de IPI não geram esse crédito para o ad-quirente, o que faria com que a isenção fiscal perdesse grande parte do benefício que oferece para o empreendedor.
A empresa Nokia moveu uma ação e a Corte voltou a discutir o assunto, trazendo à tona o seguinte: a retirada desses
créditos sobre insumos também seria válida para a Zona Franca de Manaus? O Decreto-Lei 1.435/75, em seu artigo 6º, determina que: “Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados os pro-dutos elaborados com matérias-pri-mas agrícolas e extrativas vegetais de produção regional, exclusive as de origem pecuária”.
Ou seja, a lei defende a isenção fiscal de IPI e o crédito tributário para a Zona Franca de Manaus, desde que sejam seguidos esses req-uisitos e o projeto seja aprovado pela Suframa, a Superintendência da ZFM. No entanto, mesmo
assim, as divergências entre a Re-ceita Federal e a Suframa ainda não foram plenamente resolvidas e isso tem feito com que empresas que estão recorrendo à prerrogativa legal do crédito tributário sejam autuadas injustamente.
O aproveitamento de créditos de IPI está previsto no Decre-to 7.212/2010, que garante a sua legitimidade. No caso da Zona Franca de Manaus, para a maioria das empresas, esse procedimento é válido pela operação de industrial-ização própria. Isso significa que o direito ao crédito é con-cedido na aquisição de insu-mos, podendo ser
matéria-prima, mercadoria intermediária ou material de embalagem, destinados à in-dustrialização dos produtos tributados.
Como
funciona o
aproveitamento
de crédito
tributário
sobre produtos
isentos?
Funciona da seguinte forma: supondo que uma empresa localizada na Zona Franca de Manaus fabrique móveis. A
matéria-prima e outros insumos são tributados, mas o produto final será vendido dentro do território brasileiro e, portanto, é isento. Todos esses tributos pagos são registrados e o crédito fica acumulado na escritura fiscal. A cada três meses, esse crédito tributário acumulado pode ser usado para o pagamen-to de outros impospagamen-tos, com ex-ceção aos relacionados à impor-tação.
Portanto, a cada três meses, a empresa pode fazer o requeri-mento desse benefício fiscal junto à Receita Federal, por meio do Programa
PER/D-COMP, que possibilita o pedido eletrônico de restituição, ressar-cimento ou reembolso.
O crédito tributário, portanto, normalmente não é pago em dinheiro ao empresário, mas fica disponível para cobrir outros impostos dos quais ele não é isento. Mesmo assim, vale muito a pena, porque o Brasil tem uma
carga tributária de fato bastante carga tributária de fato bastante elevada. Por isso, qualquer re-curso que proporcione a elisão fiscal é bem-vindo para otimi-zar os recursos financeiros das empresas.
Se a empresa tiver qualquer dificuldade para requerer o benefício ou até mesmo para identificar se ela preenche os requisitos necessários para ter direito a ele, a melhor medida é o planejamento tributário elab-orado e executado por profis-sionais de contabilidade.
Especialistas no segmento terão mais facilidade para entender como a legislação se aplica em cada caso específico. Inclusive, é possível que a sua empresa possa aproveitar a desoneração tributária sem nem saber disso, o que significa que está gastando mais com impostos do que seria necessário.
E para os empreendedores da Zona Franca de Manaus que estão sendo autuados por gozar do crédito
tributário respeitando a legislação, uma boa assessoria contábil
também é o melhor caminho. Espe-cialmente pelo fato de que esse assunto ainda não está bem re-solvido judicialmente, diferentes entidades estão brigando em defesa dos seus posicionamentos com
relação a ele. Enquanto esse confli-to prossegue, para evitar que o seu negócio seja prejudicado, recorra a um especialista.
O planejamento tributário é a base da saúde fiscal de qualquer empre-sa. Mesmo as que estão sediadas na Zona Franca de Manaus, que por si só já é uma região de benefícios tributários, precisam adotar esse tipo de planejamento. É a única forma de garantir que o empreendi-mento está usufruindo de todas as desonerações das quais tem direito e de se proteger desses conflitos legais que provavelmente vão con-tinuar acontecendo.
Por isso, tão importante quanto planejar a sua estratégia de negócio é programar de que forma a em-presa vai lidar com a carga
tributária que incide sobre a sua atividade. Afinal, isso também tem um lado estratégico, já que ao
economizar nos impostos é possível investir mais em infraestrutura e mão-de-obra para ampliar a sua participação de mercado.
Fundado por Francisco Arquilau de Paula, o escritório abriu suas portas na Rua José de Alencar, no Edifício Simeão, no Centro de Porto Velho, em março de 1971. Em 1980, mudou-se para o primeiro edifício de Porto Velho, primeiro centro empresarial da capital, o
Edifício Rio Madeira, localizado na Travessa Guaporé, também no centro da cidade. Com o aumento das áreas de atuação e do número de profissionais,
no início da década de 90, mudou-se para o bairro do Caiari, bairro mais tradicional de Porto Velho, onde possui sua sede própria.
Sócio fundador, Arquilau de Paula formou-se bacharel em Direito pela Universidade Federal do Estado do Pará, em 1970, sendo Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Fede