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EDITORES-CHEFE Prof. Dr. Raimundo Fonseca, FAI, Brasil Prof. Me. Jefferson Eduardo Silveira Miranda, UESC, Brasil

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EDITORES-CHEFE

Prof. Dr. Raimundo Fonseca, FAI, Brasil

Prof. Me. Jefferson Eduardo Silveira Miranda, UESC, Brasil

EDITORA CONVIDADA

Prof. Ma. Bianca Christofoli Freitas Queiroz, FAI, Brasil

CONSELHO EDITORIAL

Dr. Isaac de Matos Ponciano, FAI, Brasil Dr. Daniel Blamires, UEG, Brasil

Dra. Thaiomara Alves Silva, FAI, Brasil Me. Mycke Richard Guntijo, UNL, Portugal Ma. Rosenilda Maria de Moraes Silva, FAI, Brasil

CONSELHO CIENTÍFICO

O conselho científico é composto por diversos pesquisadores com mestrado e doutorado, com produção ativa nos últimos cincos anos, que fazem as revisões às cegas dos trabalhos enviados à Revista Inovação & Sociedade, da Faculdade de Iporá.

EDITORA E REVISORA DE TEXTO

Beatriz Souza Martins

CAPA

Foto de Felipe de Sousa Gomes – Obra em Iporá, Goiás.

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Sumário Pág.

Editorial 03 - 04

As múltiplas perspectivas da atuação da Engenharia no oeste goiano

- Instalação de sistema fotovoltaico na Faculdade de Iporá - FAI 05 – 12

- Estudo comparativo da viabilidade entre casas de alvenaria com blocos

cerâmicos e casas com paredes de concreto moldada in loco em Iporá-GO 13 – 21 - Aplicabilidade da logística reversa em pneus inservíveis na cidade de

Iporá-GO 22 – 32

- Aceitação de uma usina de reciclagem de resíduos sólidos da construção civil

para a cidade de Iporá-GO 33 – 42

- Patologias em residências de pequeno porte na cidade de Piranhas-GO 43 – 57

- Análise da ocupação de áreas de riscos de inundações em uma seção do

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EDITORIAL: UMA PERSPECTIVA SOBRE A PLURALIDADE DA ENGENHARIA

Bianca Christofoli Freitas Queiroz1*

1. Coordenação do Departamento de Engenharia, Faculdade de Iporá - FAI. * biachristofolifreitas@hotmail.com

Engenharia é a ciência, a arte e a profissão de adquirir e de aplicar os conhecimentos matemáticos, técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades, que realizem uma determinada função ou objetivo. É o estudo e a aplicação do conhecimento econômico, científico, social e prático no que diz respeito a tecnologia.

A Engenharia é a aplicação de métodos do conhecimento científico e tecnológicos destinados à utilização de recursos materiais e naturais para o benefício do ser humano. Sendo a área do conhecimento que aborda os conceitos de projeção, desenvolvimento, construção, análise e manutenção de alternativas que auxiliem e facilite a vida da sociedade nas atividades cotidianas. Tendo como princípio, a busca por soluções de problemas a fim de atender as necessidades da sociedade e das organizações.

Muitas vezes, as soluções exigem a criação de novos sistemas ou a introdução de melhorias em processos e produtos já existentes. Assim, a engenharia trabalha com o desenvolvimento de projetos, com diferentes níveis decomplexidade, que precisam ser estruturados e planejados para o alcance dos objetivos e metas.

Portanto pode-se perceber a pluralidade desta área de formação e a abrangência da engenharia. O profissional dessa recebe a designação de engenheiro, e tem como função a materialização de uma ideia em realidade. Em outros termos, através de técnicas, desenhos e modelos, e com o conhecimento proveniente das ciências e tecnologias, a engenharia pode resolver problemas e satisfazer necessidades humanas.

As atividades de um engenheiro geralmente se iniciam com a identificação de problemas e necessidades que são resolvidas com a aplicação de conhecimentos técnicos e científicos de diversas áreas. Ao aplicar essas técnicas, é fundamental que o profissional se atente ao bem da sociedade e do meio ambiente, trazendo inovações em suas pesquisas e produtos.

Por fim, espera-se que os artigos aqui publicados, produzidos por profissionais engenheiros e colaboradores da área, atendam as demandas da sociedade, apresentando processos, ideias, aperfeiçoamentos, ações de implementação e ferramentas tecnológicas, que

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promovam mudanças significativas nos problemas oriundos das vivências atuais. É uma honra para o departamento de engenharia da FAI, ter suas produções publicadas na revista Inovação e Sociedade, mostrando a qualidade e desenvolvimento dos cursos dessa área.

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INSTALAÇÃO DE SISTEMA FOTOVOLTAICO NA FACULDADE DE IPORÁ – FAI

Felipe de Sousa Gomes1*; Ana Paula Cardoso Sousa¹; Leidiane Costa De Carvalho Avelino¹; Raffael Ferreira Gomes¹; Jefferson Eduardo Silveira Miranda1,2

1. Departamento de Engenharia, Faculdade de Iporá - FAI. * felipe.engcivil@hotmail.com

Resumo: O estudo teve por objetivo analisar a viabilidade econômica da implantação do sistema fotovoltaico na

Faculdade de Iporá – FAI, bem como apresentar as etapas de elaboração de um projeto de Sistema Fotovoltaico. Constatou-se que pode ser viável a instalação do sistema fotovoltaico no prédio da faculdade de Iporá FAI, tendo em vista o projeto e orçamentos elaborados e analisados pela equipe, que teve como foco principal o custo financeiro, meio ambiente e sustentabilidade. A instalação do sistema fotovoltaico de energia elétrica proposto reduzirá anualmente em torno de R$ 118.649,88 na fatura de energia em relação ao consumo médio. Conclui-se que através da relação custo–benefício, o tempo de retorno do investimento demonstrado na pesquisa é favorável financeiramente, pois o investimento inicial do projeto é pago ao longo de sua vida útil. Isso influenciará nas condições financeiras da instituição, bem como possibilitará uma melhoria em relação aos padrões sustentáveis.

Palavras-chave: Energia Solar ; Viabilidade econômica; Sustentabilidade.

INSTALLATION OF PHOTOVOLTAIC SYSTEM AT FACULDADE DE IPORÁ-FAI Abstract: The study aimed to analyze the economic viability of photovoltaic system in College of Iporá-FAI, as

well as presenting the stages of development of a Photovoltaic system design. It was noted that can be viable photovoltaic system installation in the building of the Faculty of Iporá FAI, in view of the project and budget prepared and analyzed by the team, which had as its main focus the financial cost, environment and sustainability. The installation of photovoltaic power system proposed will reduce annually around £ $118,649.88 in the making of energy compared to average consumption. It is concluded that through the cost-benefit ratio, return on investment demonstrated in research is favourable financially, because the initial investment of the project is paid throughout your lifetime. This will influence the financial terms of the institution, as well as enable an improvement in relation to sustainable standards.

Keywords: Solar Energy; Eeconomic viability; Sustainability.

INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos experimentados pela humanidade, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, com o desenvolvimento de um número cada vez maior de equipamentos e aparelhos eletrônicos, redes de comunicações e armazenamento digital de todo conhecimento, demanda uma capacidade de geração e fornecimento de energia elétrica crescente e ininterrupto. Na contemporaneidade, a energia elétrica tornou-se requisito fundamental para a vida em sociedade. A escassez, afeta o modo com que a humanidade construiu e transformou sua forma de sobrevivência (REIS, 2014).

Por outro lado, a capacidade de suporte do planeta está à beira do limite. O próprio planeta nos alerta dessa realidade com catástrofes naturais mais e mais frequentes, nos

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cobrando urgente mudanças de comportamento, sobretudo em nossos hábitos de produção e consumo de bens. A geração de energia que, em grande parte, ainda utiliza combustíveis fósseis, está no topo das prioridades das atividades que não podem permanecer como se encontram no cenário atual. A gravidade dos impactos ambientais vai depender em grande parte da fonte de energia usada na geração da eletricidade (BRASIL, 2005). Assim, alternativas à atual matriz energética vem sendo buscadas por pesquisadores de todos as nações do mundo, e a utilização da irradiação solar se mostra como promissora tanto pela abundancia do recurso, quanto na busca por minimizar nossa pegada ecológica (FIRMINO et al., 2009).

Conforme Marinoski et al. (2014), diariamente novas pesquisas vêm apresentam diferentes tecnologias para utilização e aproveitamento desta fonte de energia, e a energia solar fotovoltaica tem provido energia elétrica para qualquer aplicação e em qualquer localização na terra e no espaço, sendo que o meio urbano começou a se destacar como um grande absorvedor desta tecnologia ecológica. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no sentido de cumprir as exigências da agenda 21, ratificado pelas Nações Unidas, alerta para o uso de fontes alternativas para geração de energia. Destaca entre outros o uso de geração solar fotovoltaica de energia (BRASIL, 2014).

Neste sentido, é importante e necessário que se invista em fontes alternativas de geração de energia elétrica para adequar a matriz elétrica brasileira, e também ampliar a capacidade energética das referidas fontes no sentido de atender a capacidade estimada (EPE, 2016). Assim, o uso da energia solar fotovoltaica se apresenta como uma das principais alternativa por utilizar fonte abundante e limpa, e por, tanto na montagem quanto na geração, ser não poluente, compacta e ter baixo custo de manutenção.

De acordo com Mesquita (2017), no Brasil o sistema elétrico é subdividido em quatro setores distintos: geração, transmissão, distribuição e comercialização. Tal complexidade eleva o custo de manutenção, encarecendo esse item para o consumidor final. Assim, a principal razão ao se optar pelo uso de sistemas fotovoltaicos é a redução do custo da produção de energia, associado ao fato de ser uma fonte limpa e renovável.

Neste trabalho objetiva-se analisar qual a viabilidade econômica da implantação do sistema fotovoltaico na Faculdade de Iporá – FAI, bem como apresentar as etapas de elaboração de um projeto de Sistema Fotovoltaico. Parte-se da hipótese que há viabilidade na implantação do sistema fotovoltaico na Faculdade de Iporá.

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METODOLOGIA

Para verificar a viabilidade de implantação de um sistema fotovoltaico optamos pela Faculdade de Iporá – FAI, localizada em Iporá – GO. O edifício da instituição é composto por três blocos, sendo o bloco I composto de dois pavimentos e os blocos II e III com apenas um pavimento. Pela facilidade de implantação escolhemos o bloco III para analisar possibilidade de instalação das placas fotovoltaicas.

Para realizar os estudos começamos com uma revisão bibliográfica para dar sustentação ao projeto, oportunidade em que optamos pela implantação do sistema de geração fotovoltaica do tipo on grid. Esse sistema transmite a energia gerada pelo sistema na rede de distribuição da concessionária, sem a utilização de baterias (NBR-11704, 2008).

Posteriormente realizamos levantamento in loco para reconhecimento das características da instituição. Assim, analisamos dados de posicionamento geográfico e de irradiação solar com apoio de imagens de satélite disponibilizadas pelo aplicativo Google Earth.

A cobertura do bloco III apresenta uma área total de aproximadamente de 1.477,6 m², sendo composta por um telhado com queda única, feito com telhas de cimento amianto. A inclinação da cobertura é de aproximadamente 10% (Figura 1).

Figura 1. Planta de cobertura do bloco III.

A análise foi elaborada através do histórico das faturas da unidade consumidora no ano de 2018, utilizada para calcular o consumo médio anual. Após esse cálculo, os valores foram repassados a três empresas do setor, que ficaram responsáveis pela elaboração dos orçamentos. A utilização de três diferentes orçamentos foi feita para aumentar a confiabilidade dos resultados e também se adequar aos padrões técnicos de elaboração de orçamento.

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RESULTADOS

A área escolhida para implantação possui cobertura suficiente e não possui nenhum tipo de sombreamento, o que melhora a captação de irradiação solar. Através de medições feitas in loco, observou-se que a área de cobertura e a estrutura do bloco III tem possibilidade para instalações de painéis fotovoltaicos, conforme a divisão apresentada na (Figura 1). A somatória destas áreas totaliza aproximadamente 1.477,6 m².

O consumo total anual no ano de 2018 foi de 139.017,7 kWh. O consumo médio mensal foi de aproximadamente 11.584,81 kWh (Tabela 1). Para solicitar os orçamentos da execução do sistema, as empresas utilizaram o valor do consumo médio mensal.

Tabela 1. Consumo em kWh da faculdade de Iporá no ano de 2018.

Após analisar as propostas, foi escolhido o orçamento elaborado pela empresa 03, que mesmo não sendo o orçamento com menor valor de investimento (Tabela 2), apresenta a melhor relação custo/benefício das três propostas recebidas. Esse orçamento está com economia projetada de R$ 7.432.294,61 em 25 anos.

Tabela 2. Dados dos orçamentos elaborados conforme consumo médio da faculdade.

Orçamentos Investimento Economia (em 25 anos) Payback do negócio Número de painéis Número de inversores 01 R$ 461.230,77 R$ 8.250.739,76 3,3 anos 258 04 02 R$ 337.873,38 R$ 6.016.875,93 * 270 03 03 R$ 364.505,97 R$ 7.432.294,61 2,8 anos 300 03

* A empresa não forneceu Payback.

Período Consumo Faturado Total (kWh)

Dez./18 11.291,49 Nov./18 15.637,02 Out./18 19.188,86 Set./18 15.320,81 Ago./18 7.861,88 Jul./18 7.130,91 Jun./18 9.034,36 Mai./18 12.392,64 Abr./18 15.600,3 Mar./18 13.053,41 Fev./18 5.713,54 Jan./18 6.792,48 Consumo Médio 11.584,81

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As placas deverão ser posicionadas ao norte geográfico (Figura 2). Essa escolha se deve pelo fato de ser necessário, para um correto dimensionamento de um projeto fotovoltaico, levar em consideração o potencial solar do local de instalação, além de inclinar e orientar o módulo solar na posição correta.

Figura 2. Trajetória do Sol em relação ao bloco que será instalada o sistema.

A instituição não terá dificuldades em relação as condições climáticas. O local possui características favoráveis para o tipo de energia, em razão da grande presença do sol em todas as estações do ano conforme apresentado na (Figura 2), clima e ventos que favorecem a eficiência das placas receptoras. Assim, o projeto elétrico foi elaborado seguindo as orientações da NBR 11704/08, instalações elétricas conectadas a rede (Figura 3).

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DISCUSSÃO

A viabilidade financeira será constatada se o valor gasto para instalar os painéis mostrar-se inferior aos gastos que o consumidor incorre com a compra de energia elétrica de sua distribuidora (CABELLO; POMPERMAYER 2013). No entanto, a viabilidade de implantação de um sistema de produção de energia solar, através de painéis fotovoltaicos, não é determinada apenas pelo custo da venda do produto, mas também pela produtividade do sistema, ou seja, pela área e exposição solar e custo do investimento inicial (DASSI et. al., 2015).

O sombreamento é um fator que pode influenciar negativamente na captação da radiação solar (DIDONÉ et al., 2017). Nesse sentido, temos uma área favorável, tendo em vista que não temos sombreamento no edifício trabalhado. No entanto, cada projeto deve ser pensado individualmente para cada residência ou estabelecimento (BONILLA-GÁMEZ, 2017).

Mesmo com a dependência de alguns fatores, a energia fotovoltaica é competitiva, pois as placas não precisam de combustíveis (BELTRÁN-TELLES et al., 2017). Isso é de grande importância para demonstrar a viabilidade, já que as mesmas não precisam de manutenção frequentemente. Porém, especialistas concordam que painéis solares sujos não produzem tanta energia quanto painéis limpos. Essa perda pode chegar até 25% em alguns casos, de acordo com o laboratório Nacional de Energias Renováveis dos Estados Unidos (NREL).

Com a instalação do sistema fotovoltaico a instituição economizará energia, pois o sistema se pagará em até 3 anos, de acordo com o orçamento. Assim, ressaltamos que a instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica é um investimento com retorno à médio/longo prazo, dependendo do local que for instalado.

O impacto ambiental mais significante do sistema fotovoltaico para geração de energia solar é provocado durante a fabricação de seus materiais e construção, e também relacionado a questões de área de implantação (INATOMIU; DAETA, 2011). Assim, vale ressaltar que não teremos problemas ecológicos quanto à implantação, uma vez que o sistema será instalado sob o telhado da instituição.

CONCLUSÃO

Com o crescente aumento da preocupação em relação aos aspectos ambientais, maior eficiência energética e a busca de novas soluções para geração de energia, cada dia mais

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empresas que se preocupam com a sustentabilidade se destaca no mercado e na sociedade, ganhando credibilidade da população e liderando suas áreas de atuação, com boa vantagem frente a concorrência. Assim, é de suma importância que uma instituição, de representatividade regional, como a FAI, se adeque como forma de ser modelo quanto ao uso sustentável de energias na região.

Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética é viável para o período analisado, considerando os dados projetados. Com base nesses resultados conclui-se que, além de reduzir custos e de apresentar viabilidade econômica para a Instituição de Ensino analisada, a energia solar, uma das mais importantes dentre as fontes de energias renováveis, gerará benefícios também ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-11704: Sistemas

Fotovoltaicos - Classificação. Rio de Janeiro, 2008.

BELTRAN-TELLES, A. MORERA-HERNANDEZ, M; LOPEZ-MONTEAGUDO, F. E.; VILLELA-VARELA, R. Prospectiva de las energías eólica y solar fotovoltaica en la producción de energía eléctrica. CienciaUAT, Ciudad Victoria , v. 11, n. 2, p. 105-117, jun. 2017. Disponible en

<http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2007-78582017000100105&lng=es&nrm=iso>. accedido en 03 jun. 2019.

BONILLA-GÁMEZ, N. Propuesta de diseño de una microred en la comunidad de Santa

Elena, Pérez Zeledón, basada en Whites Lane Smart Micro Grid. Tecnología en Marcha.

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BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Educação. CONSUMO

SUSTENTÁVEL: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/

MEC/IDEC, 2005.

CABELLO, A. F.; POMPERMAYER, F. M. Energia Fotovoltaica ligada à rede elétrica:

atratividade para o consumidor final e possíveis impactos no sistema elétrico. Texto para

Discussão. IPEA, Brasília, Fevereiro de 2013.

DASSI, J. A.; ZANIN, A.; BAGATINI, F. M.; TIBOLA, A.; BARICHELLO, R.;MOURA, G. D. Análise da viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica em uma

Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil. XXII Congresso Brasileiro de Custos –

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DIDONÉ, L. E.; WAGNER, A.; PEREIRA, F. O. R. Avaliação da influência do contexto

urbano na radiação solar para geração de energia urbe. Revista Brasileira de Gestão

Urbana (Brazilian Journal of Urban Management), v, 9, n.1, p. 408-424, 2017

EPE, EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Demanda de energia 2050. 2. ed. Rio de Janeiro, 2016. 257 p. (Estudos da demanda de energia). 2016.

FIRMINO. A.M.; SANTOS, H. N. PINA J. H. A. RODRIGUES P. de O.; FEHR M. A

relação da pegada ecológica com o desenvolvimento sustentável / cálculo da pegada ecológica de Toribaté. Caminhos de geografia. Uberlândia, dez/2009 p. 41 – 56.

INATOMI, T. H. I.; UDAETA, M. E. M. Análise dos impactos ambientais na produção de

energia dentro do planejamento integrado de recursos. Universidade de São Paulo – USP,

São Paulo, (2011),14p.

MARINOSKI, D. L.; SALAMONI. I. T.; RÜTHER. R. Pré-dimensionamento de sistema

solar fotovoltaico: estudo de caso do edifício sede do crea-sc. I CONFERÊNCIA

LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL. X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO 18-21 julho 2004, São Paulo.

MESQUITA, R. de B. Regulação de custos de distribuição de energia elétrica uma análise

comparativa das abordagens de benchmarking utilizadas em países europeus e latinoamericanos/ Roberto de Barros Mesquita. Biblioteca da FACE/UFMG – 2017.

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ESTUDO COMPARATIVO DA VIABILIDADE ENTRE CASAS DE ALVENARIA COM BLOCOS CERÂMICOS E CASAS COM PAREDES DE CONCRETO

MOLDADA IN LOCO EM IPORÁ-GO

Taíza de Jesus Melo¹; Rogério Alves de Oliveira¹

1. Departamento de Engenharia, Faculdade de Iporá – FAI. * rogerioalvesphs@gmail.com

Resumo: No decorrer do tempo o Governo Federal decidiu investir no setor imobiliário proporcionando as

pessoas de baixa renda a condição da casa própria. Com isso houve uma demanda significativa a qual despertou o interesse das construtoras a buscar por processos que garantisse a produtividade, qualidade do produto e rapidez na execução, a fim de atender a essa demanda. Diante dessa situação que gerou um ambiente competitivo, a casa de concreto moldada in loco foi saída mais popular entre as construtoras, que apesar de ser pouco difundida é aplicada em larga escala no Brasil, assumindo o segundo lugar. Em virtude disso, esse artigo tem por objetivo verificar a viabilidade econômica sob a implantação deste método construtivo em Iporá-GO, comparando-a com a casa de alvenaria com blocos cerâmicos. O estudo foi desenvolvido mediante a elaboração do orçamento e comparação entre eles. Foi verificado que construções de casas com paredes de concreto moldada in loco apresenta custo mais elevado, porém menor tempo de execução quando comparada a casa de alvenaria de blocos cerâmicos.

Palavras-chave: Parede de concreto, custos, tempo de execução, comparativo, viabilidade.

COMPARATIVE STUDY OF THE ECONOMIC VIABILITY BETWEEN MASONRY HOUSES WITH CERAMIC BLOCKS AND HOUSES WITH MOLDED

CONCRETE WALLS AT THE PLACE OF THE HOUSE IN IPORÁ-GO.

Abstract: Over time the Federal Government has decided to invest in real estate by providing low-income

people with the condition of home ownership. With this there was a significant demand which aroused the interest of builders to search for processes that would guarantee productivity, product quality and speed in execution, in order to meet this demand. Given this situation that generated a competitive environment, the cast-in-place concrete house was the most popular outlet among construction companies, which despite being little widespread is widely applied in Brazil, taking second place. Because of this, this article aims to verify the economic viability under the implementation of this construction method in Iporá-GO, comparing it with the masonry house with ceramic blocks. The study was developed by budgeting and comparing them. It was found that constructing houses with cast-in-place concrete walls has a higher cost, but a shorter execution time when compared to a ceramic block masonry house.

Keywords: Concrete wall, costs, runtime, comparative, viability.

INTRODUÇÃO

Devido ao aumento dos investimentos do Governo Federal na construção civil com Programas Habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida criado em 2009, tendo como objetivo de tornar mais acessível a moradia para população de baixa renda, as construtoras se viram pressionadas a buscarem por novas técnicas que agilizassem o processo construtivo e

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com isso atendesse a demanda do mercado.

No brasil o método construtivo dominante ainda consiste em estruturas de concreto armado em conjunto com alvenarias de vedação. A alvenaria de vedação é um processo construtivo tradicional, bastante utilizado destinado a compartimentar espaços, preenchendo os vãos da estrutura, formando assim a geometria da construção (SANTOS, 2014). Apesar de ser um processo construtivo mais lento se comparado aos demais, Unama (2009) relata que a alvenaria tem vantagens como um bom isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo e dura mais de cem anos sem necessitar de proteção e manutenção.

Segundo Corsini (2011) as desvantagens da alvenaria de vedação estão diretamente relacionadas ao desperdício de materiais, mão de obra pouca qualificada, improvisações na execução devido à falta de compatibilização de projeto e planejamento, dentre outros inúmeros fatores que causam futuras patologias, como os problemas de ligação da estrutura com a alvenaria de blocos cerâmicos.

Uma alternativa à alvenaria convencional é o método construtivo de casas de concreto moldada in loco, o qual segue uma filosofia de ―industrialização‖ que surgiu na década de 70, com a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) em 1966. Logo nos anos 80, o BNH foi extinguido e a política habitacional redirecionada, tomando uma nova postura no mercado das edificações, então surge o interesse das empresas e fabricantes a buscarem por processos construtivos não convencionais, dando início a importação de novas tecnologias (SACHT, et al, 2011).

Esse processo construtivo normatizado pela NBR 16.055 (Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações — Requisitos e procedimentos) de 2012, é amplamente utilizado nos países da América do Sul, como Chile e Colômbia. Faria (2009) conta que no início de 2007, a Rodobens Negócios Imobiliários adere a essa técnica e começa a construir no Brasil. Obtendo sucesso um grupo de pessoa das instituições ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), ABESC (Associação Brasileira de Serviços de Concretagem) e IBTS (Instituto Brasileiro de Tela Soldada) foram liberados para realizarem uma visita técnica na capital de dois países sul-americanos, Bogotá e Santiago. Ao conhecerem os detalhes das respectivas obras visitadas, concluíram que o sistema é bastante popular e oferece resultados satisfatórios tanto em construções populares, quanto em construções de médio e alto padrão (FARIA,2009).

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A parede de concreto maciça pode ser definida como um subsistema de vedação moldada no local da sua utilização. Que para esse caso Dória (2007) caracteriza a parede não apenas como vedação, mas sim como parte dos elementos estruturais que transmite os esforços para a fundação. Destaca por ser uma edificação mais resistente e segura, e também por eliminar processos construtivos como o reboco e o emboço, necessitando apenas do emassamento interno. O seu valor está relacionado à qualidade do material a ser utilizado na edificação.

O método de casas de concreto moldada in loco sobressai-se pela rapidez na execução e por ser industrializado tem um índice quase zero de desperdício (SACHT,2008). Ocupa o segundo lugar dos métodos construtivos mais utilizado de acordo com Braguim (2013) com 19,5% dos empreendimentos de trinta e nove construtoras de grande porte.

Figura 1. Métodos construtivos mais utilizado por trinta e nove construtoras de grande porte.

Fonte: Adaptação de Braguim, 2013.

Devido a tradição brasileira de casas em alvenaria, esse método ainda é pouco propagado, fazendo com que não haja muitas obras, teses ou artigos sobre o referido tema. Dessa forma este trabalho visa apresentar um comparativo entre a viabilidade dos dois métodos construtivos apresentados anteriormente na cidade de Iporá-GO, buscando contribuir no conhecimento e disseminação de diferentes métodos construtivos.

METODOLOGIA

Para avaliar a viabilidade dos dois métodos construtivos em Iporá foram elaborados quantitativos de custo e tempo de execução. O estudo foi embasado na idealização da construção de uma edificação utilizando dois métodos construtivos diferentes na cidade de

Porcentagem

80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00

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Iporá- GO.

Para a casa de concreto moldado in loco tanto o prazo de execução quanto o orçamento foram fornecidos pelo Grupo RTC, localizado no Setor Industrial na cidade de Firminópolis-GO. Trata-se de uma empresa familiar fundada pelo Joeval João Soares em 1991. A qual logo em 2001 iniciou uma nova composição social, surgindo então a Rio Turvo Construções e Eletricidade, com a produção de artefatos de concreto.

A fim de garantir a paridade foi seguido o projeto arquitetônico padrão fornecido pelo Grupo RTC, o qual é utilizado por eles nas construções de casas de concreto moldado in loco. Esse projeto foi usado como referência para elaboração dos projetos hidráulico, sanitário e elétrico da casa de alvenaria com blocos cerâmicos.

O projeto padrão é uma residência popular de padrão médio, totalizando área de 74,8 m². A mesma possui três quartos, sala, cozinha, dois banheiros, copa, sala de estar e área de serviço.

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Os projetos elétrico, hidrossanitário e estrutural foram elaborados a partir dos softwares respectivos: Alto Qi Lumine V8, Alto Qi Hydros V4, e Alto Qi Eberick V8. Após a elaboração dos projetos, foram retirados os quantitativos de materiais fornecidos pelos programas para elaboração do orçamento e cronograma.

Os quantitativos de materiais da casa de alvenaria com blocos cerâmicos foram levantados a partir do projeto padrão e os custos dos serviços foram retirados da tabela SINAP (Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da construção Civil) do mês de Janeiro de 2019 e também da tabela de composição da AGETOP (Agência Goiana de Transportes e Obras) do mês de novembro de 2018. As tabelas mencionadas já fornecem os valores de custos de material e mão de obra em conjunto.

Figura 3. Fluxograma metodológico

RESULTADOS

No quadro 1 mostra o custo de cada etapa da casa de alvenaria de bloco cerâmicos, enquanto o quadro 2 apresenta os custos totais de ambos os métodos construtivos. Vale ressaltar que o orçamento fornecido pelo grupo RTC engloba todas as fases da construção, sendo a casa já entregue em condições de moradia, dessa forma visando paridade, no orçamento da casa de alvenaria em blocos cerâmicos foram incluídas todas fases da obra.

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Quadro 1. Custo por etapa de serviço de alvenaria com blocos cerâmicos. Etapa de execução Custo material (R$) Custo mão de obra (R$) Total (R$) Material + mão de obra Locação de obra 433,05 2590,03 3023,08 Estrutura 22338,30 5144,28 27482,58 Alvenaria 3070,93 4145,15 7216,08 Instalações elétricas 2998,04 2321,55 5319,59 Instalações Hidrossanitárias 7118,71 5683,54 12802,25 Acabamento 10073,22 12845,94 22919,15 Outros serviços 994,33 1173,22 2167,56 Total 47026,58 33903,71 78931,46

Quadro 2. Custo total de cada edificação.

Tipo de edificação Custo por

m² (R$/m²)

Custo total(R$)

Casa de alvenaria com blocos

cerâmicos 1055,23 78931,46

Casa de concreto moldada in loco

1080,00 80784,00

Conforme o quadro 2, observa-se que a casa de concreto moldada in loco tem um custo mais elevado quando comparado a alvenaria com blocos cerâmicos, apresentando um valor total de R$ 80784,00. Em comparação ao método construtivo convencional, para o caso estudado esse método construtivo é 4,64% mais caro.

Percebe-se que os orçamentos possuem valores relativamente próximos, apesar de teoricamente o método construtivo de alvenaria de concreto utilizar materiais mais caros, esse excedente de valor é diluído pela repetição de projetos, infraestrutura necessária para execução das casas já adquiridas pela empresa e tempo de execução. Esses fatores também são citados por Santos (2013), que concluiu em sua pesquisa que a casa de concreto moldada in loco se torna viável economicamente a partir de um elevado número de repetições, devido ao reduzido tempo de execução.

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Analisando pesquisas já realizadas percebe-se que os resultados para esse tipo de estudo são muito relativos. Pois os custos da casa de concreto moldada in loco variam muito quanto ao tipo do empreendimento e a repetição das execuções. Junior e Rodrigues (2017) obtiveram um valor parcial da casa de concreto de R$ 11284,68 e para a casa de alvenaria de R$ 4895,15. Já Macedo e Oliveira (2018) confrontando os resultados durante uma análise de 50 unidades de concreto moldadas in loco, obtiveram uma economia de 10,8% no orçamento, quando comparado a alvenaria com blocos cerâmicos.

Outro fator a ser analisado é o tempo de execução de ambos métodos. Os gráficos 1 e 2 a seguir apresentam o cronograma de execução de cada um dos métodos construtivos em estudo:

Gráfico 1. Tempo de execução da casa de concreto moldada in loco pelo Grupo RTC.

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Analisando o gráfico 1 que se trata do tempo de execução da casa de concreto moldada in loco, observa-se que os dados são em dias trabalhados, porém devido a fatores como o tempo de espera da cura do concreto e outros serviços, teremos o tempo de execução total dessa técnica construtiva de quarenta dias. Ao compararmos os dois gráficos nota-se que há uma redução expressiva de 14 dias trabalhados entre ambos. Como afirma Braguin (2013), a principal característica da produtividade desse sistema é a velocidade da execução, o qual fica provado em ambos os gráficos.

Por mais que a alvenaria com blocos cerâmicos tem um custo menor, há algumas etapas na execução que gera uma quantidade expressiva de resíduos que na maioria das vezes são depositadas em algum espaço da natureza. Por isso Junior e Rodrigues (2017) afirmaram que o método construtivo de alvenaria com blocos cerâmicos causa um grande impacto ambiental, já que esses resíduos dos blocos se dissipam com facilidade no oxigênio. Dessa forma nota-se que o processo construtivo de casas moldadas in loco é mais rápido e limpo que o método construtivo convencional.

CONCLUSÃO

Como comprovado em orçamento, a casa de concreto moldada in loco tem maior custo quando comparado com a alvenaria de blocos cerâmicos, porém apresenta menor tempo de execução. Percebe-se que a casa de concreto moldada in loco é um processo construtivo limpo e rápido quando comparado ao método construtivo convencional.

A disseminação desse método construtivo esbarra na falta de empresas que executam esse tipo de edificação, devido ao investimento inicial ser alto e a sua viabilidade estar relacionada a quantidade de unidades executadas, o que contribui para que a alvenaria em tijolos cerâmicos ainda seja predominante na região e no país.

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vertical em alvenaria. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Engenharia Civil) Escola

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APLICABILIDADE DA LOGÍSTICA REVERSA EM PNEUS INSERVÍVEIS NA CIDADE DE IPORÁ-GO

Danillo Galvão Leal¹; Larissa Rodrigues Dos Santos Barbosa¹; Lanna Kamila Araújo Pereira¹; Daiana de Oliveira Borges¹*

1. Departamento de Engenharia da Faculdade de Iporá - FAI. * daianaborgesgoias@gmail.com

Resumo: O uso da logística reversa se fez necessário, ao longo dos anos, devido ao acúmulo de resíduos sólidos

que se tornou volumoso e prejudicial ao meio ambiente. A preocupação com a sustentabilidade é um problema que necessita de ações rápidas e eficazes. O quantitativo de pneus encontrados sem destinação correta se torna um problema para a população, com diversas consequências a saúde e ao bem estar, impactando não somente a atual geração, como as futuras. A indagação acerca do grande volume dos pneus inservíveis serviu de questão chave para a concepção deste trabalho. Foi aplicado um questionário em empresas que trabalham com segmento de serviços de borracharias e comércio a varejo de pneumáticos no município de Iporá no Estado de Goiás, com o objetivo de quantificar os valores de destinação dos pneus inservíveis do município, mensurando a importância do ciclo completo da logística reversa. A conclusão permite perceber que nenhuma das empresas pesquisadas realizam a logística reversa em seus pneus inservíveis, porém, reflete a importância da prática sendo imprescindível para a sustentabilidade, para o bem-estar da população e para a manutenção do meio ambiente. Os dados apontam uma pequena parcela que realiza a reciclagem e uma grande parte destina-se incorretamente ao lixão do município.

Palavras-chave: Descarte; Pneus inutilizados; Resíduos; Sustentabilidade.

APPLICABILITY OF REVERSE LOGISTICS IN INSERVIBLE TIRES IN THE CITY OF IPORÁ-GO

Abstract: The use of reverse logistics is necessary, over the years the accumulation of solid waste has become

bulky and harmful to the environment. The concern with sustainability is a problem that requires quick and effective actions. The number of tires found without proper destination becomes a problem for the population, with several consequences for health and well-being, impacting not only the current generation, but the future ones. The question about the large volume of waste tires served as a key issue for the design of this work. A questionnaire was applied to companies that work with tire service and retail tire retailers in the city of Iporá in the state of Goiás, in order to quantify the disposal values of waste tires in the city, measuring the importance of the complete cycle reverse logistics. The conclusion shows that none of the surveyed companies perform reverse logistics on their waste tires, however, it reflects the importance of the practice being essential for sustainability, for the well-being of the population and for the maintenance of the environment. The data indicate a small portion that performs recycling and a large part is incorrectly sent to the municipal dump.

Keywords: Disposal; Disused tires; Waste; Sustainability.

INTRODUÇÃO

Com o advento da revolução industrial a popularização dos veículos automotores se tornou eminente. O carro se tornou item indispensável para o ser humano, pois, possibilita o deslocamento de pessoas por grandes espaços em pouco tempo, trazendo conforto aos passageiros. Por isso, as empresas automobilísticas têm se preocupado cada vez mais em

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modernizar e inovar os seus automóveis, incentivando a compra, e com isso aumentando cada vez mais a quantidade de veículos no mundo.

O quantitativo de veículos em circulação é preocupante, visto que, todos geram diversos tipos de poluentes para o planeta. A emissão de gases, as peças em desuso e os pneus, são alguns dos causadores de contaminação e geração de resíduos maléficos para o meio ambiente (BALLOU, 1993).

Pensando nos efeitos negativos causados na natureza, é necessário reutilizar alguns componentes dos veículos sempre que possível, dando a eles uma destinação ambientalmente correta.

Em 1999 foi aprovada uma Resolução no CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de nº 258/99, que sujeita as empresas fabricantes e importadoras de pneus a destinarem corretamente seus pneus em desuso. De acordo com Lagarinhos e Tenório (2013), antes da aprovação desta resolução apenas 10% dos pneus eram reciclados.

A partir da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, as empresas fabricantes, distribuidoras, importadoras e comerciantes passaram a ser obrigadas a criar um plano de logística reversa com destino para os pneus que já foram utilizados e não servem mais para a sua aplicabilidade principal (BRASIL, 2010).

De acordo com Faria e Costa (2005), a logística é como o gerenciamento do fluxo de materiais e informações de um processo, levando-se em conta a partir do ponto de origem até o seu ponto de consumo. No entanto, também existe uma preocupação com o fluxo logístico reverso, partindo do ponto de consumo e voltado para o ponto de origem, sendo que nesse processo se faz necessário o seu gerenciamento (LEITE, 2017).

O ciclo representado na figura 1 mostra a ordem da logística reversa e seu desdobramento dentro das empresas, mostrando o fluxo de materiais que volta às organizações para o reaproveitamento ou descarte.

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Para os autores Zikmund e Stanton (1971), Guiltinan e Nwokoye (1974) e Fuller (1978), a logística reversa aparece como um conceito à redução de resíduos sólidos, para processos de forma inversa, com o simples objetivo de atender as necessidades de recolhimento de materiais provenientes do pós-venda.

De modo geral, diversos autores definem logística reversa como sendo o processo que envolve um produto ou serviço desde a origem até o consumidor final, com objetivos definidos da destinação correta dos mesmos. O que melhor se define é a de Ballou (2006), que a retrata como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e eficaz de forma integrada dos produtos, serviços e das informações relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências dos clientes.

De acordo com Guarnieri (2011), muitas empresas veem a logística reversa como um dificultador e não como um diferencial, por acreditarem que irão lhe trazer mais gastos. Isso se dá pela falta de conhecimento da importância deste processo e por não se responsabilizarem pela destinação final de seus produtos.

Segundo Pereira, Boechat e Tadeu (2011), as empresas precisam pensar na logística reversa como fator estratégico de modo lucrativo, considerando os motivos essenciais para adotá-la. Para Leite (2017), existem cinco motivos, a competitividade, que é o motivo mais relevante; respeito às legislações; limpeza de estoque; revalorização econômica; recuperação de ativos.

O artigo 30 da Lei 12305/2010 para a Política Nacional de Resíduos Sólidos informa que a responsabilidade da logística de descarte será compartilhada por todos que fazem parte do ciclo de vida do produto, sendo eles: fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os responsáveis pelos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

De acordo com o artigo 33 da Lei 12305/2010, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de Logística Reversa, mediante retorno dos produtos após a inutilização do consumidor final, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

A fim de conhecer como o processo de destinação dos pneus inservíveis vem sendo realizado no município de Iporá, cidade brasileira que esta situada no Estado de Goiás, localizado na região centro-oeste, com população de 31.531 habitantes. Apesar de não possuir

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uma população acima de 100 mil, vale ressaltar que, o município de Iporá é referência comercial para a microrregião no centro-oeste Goiano, composto por 10 cidades (IBGE, 2019).

Este trabalho se concentrará em analisar e mensurar os pontos positivos e negativos envolvidos nesse processo, identificando se há uma aplicação da logística reversa nas empresas pesquisadas, verificando suas formas de aplicabilidade e conhecendo como as empresas revendedoras e borracharias estão trabalhando na destinação final dos pneus inservíveis.

Como hipótese, a observação dos dados das lojas pesquisadas considera que o município utiliza as técnicas de logística reversa dos pneus que estão inutilizados, realizando a coleta e entrega aos órgãos de reciclagem. Examinar também, a viabilidade econômica da reciclagem do material pela própria empresa revendedora, não retornando esses pneus as empresas fabricantes ou distribuidoras que são responsáveis, de acordo com a resolução do CONAMA nº 258/99.

O maior objetivo a ser atingindo é avaliar a Logística Reversa de pneus inservíveis na cidade de Iporá/GO. Levando em consideração alguns objetivos específicos, como identificar se há e quais são os processos de logística reversa existente nas empresas pesquisada, além de saber se os processos de descarte dos pneus são feitos pelas próprias empresas ou pela fabricante. Também é de interesse identificar qual o melhor método de logística que pode ser implementado, de maneira geral.

METODOLOGIA

O método para realização da pesquisa se deu por meio de investigações bibliográficas em livros, trabalhos de conclusão de cursos e artigos científicos com publicações online ou impressas, e sites governamentais, como IBGE, IBAMA, ANIP (RECICLANIP). Todas essas fontes foram estudadas, visando captar as informações necessárias para maior entendimento e compreensão, além da melhor facilitação das ideias propostas na pesquisa. Dessa forma é possível conceituar as problemáticas da logística reversa, assim como discorrer e apontar os principais aspectos encontrados na aplicação ou da não aplicação do descarte de pneus de maneira correta.

Após o levantamento geral da pesquisa bibliográfica de logística reversa, foi realizado um estudo sobre a aplicabilidade nas empresas da cidade de Iporá, levando em conta como é feita e quais os resultados obtidos pela empresa. Foi mantido sigilo quanto à

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identificação das empresas e colaboradores responsáveis, a fim de preservá-los em relação às informações que foram divulgadas neste trabalho.

As empresas, que foram objeto de pesquisa, são as que exercem atividade econômica, de acordo com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que é um registro utilizado pelos órgãos federais, estaduais e municipais, composto por código de 7 dígitos que identifica qual a atividade econômica exercida por um negócio.

A partir do código de pesquisa da atividade econômica, especificado pelo CNAE 4530-7/05 - Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras-de-ar e o CNAE 4520-0/06 - Serviços de borracharia para veículos automotores; cedidas pela prefeitura do município de Iporá, com o intuito de obter a localização e fazer o mapeamento das empresas ativas.

As empresas que prestam serviço registrado pela CNAE, conforme a prefeitura de Iporá, foram contabilizadas no total de 21 empresas, 14 dessas são do seguimento de venda e troca de pneus, com apenas 10 em atividade, e de 7 serviço de borracharias, apenas 5 em atuação, com endereços fixos, que atendem com cadastros ativos.

Após a análise dos dados obtidos junto à Prefeitura Municipal de Iporá, foi realizada uma visita in loco, com o objetivo de aplicar a entrevista para a coleta dados sobre a forma de atuação de cada empresa quanto ao descarte de pneus em desuso. A entrevista contará com questionário com perguntas objetivas e discursivas, conforme o quadro 1.

Quadro 1. Questionário.

QUESTIONÁRIO

Esta pesquisa, de caráter científico, visa a obtenção de informação sobre

Aplicabilidade da Logística Reversa em Pneus Inservíveis, desta forma, este

questionário foi elaborado pelo autor do trabalho do curso de Engenharia de Produção da Faculdade de Iporá-FAI, com intenção de levantamento de informação, sendo assegurado o sigilo dos entrevistados.

Nome: ________________________________________________________________ Função: _______________________________________________________________ 1- A empresa realiza troca ou venda de pneus para motos, carros e outros veículos

automotores?

( )Troca ( )Venda ( ) Troca e venda 2- Em média quantos pneus são trocados ou vendidos por dia? Especifique:____________________________________ 3- Como é realizado o descarte dos pneus inservíveis? ( ) Armazenado na empresa

( ) Lixão ( ) Reciclagem

( ) Retornado para a empresa fabricante ( ) Outros

Especifique:_______________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 4- Há algum custo para a sua empresa na logística de descarte ou coleta, seja por parte do

fabricante ou de sua empresa? ( ) Sim ( )Não

5- A sua empresa tinha conhecimento da existência dos serviços de descarte oferecidos pelos fabricantes?

( ) Sim ( )Não

6- Os custos com o processo de descarte dos pneus são significativos para o orçamento da sua empresa?

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Essa pesquisa é tanto qualitativa como quantitativa, analisando os aspectos do descarte dos pneus inservíveis em oficinas de automóveis e borracharias na cidade de Iporá – GO, de forma numérica e por meio de opiniões.

A execução da entrevista foi realizada presencialmente nas empresas e, levando em conta o atual cenário do Brasil e do mundo, por causa da crise pandêmica causada pelo Corona vírus (COVID-19), foram adotados todos os padrões de controle, partindo das recomendações do Conselho Nacional de Saúde, na utilização de máscaras, álcool, e sem contato físico, mantendo um distanciamento de mais de um metro do entrevistado.

Após a análise dos dados obtidos através da aplicação das entrevistas, as informações foram transcritas e reformuladas em forma de gráficos, com demonstrações estatísticas dos resultados quantitativos encontrados, a fim de compor o banco de dados da pesquisa, os resultados quantitativos serão abordados no decorrer do texto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa se direcionou a cidade de Iporá no Estado de Goiás, situada na região oeste do estado, localizada a 227 km da capital Goiânia. Analisando as informações obtidas nas entrevistas, entende-se o papel de cada agente dentro do processo de Logística Reversa. Com estas informações foi possível elaborar e quantificar os gráficos, mostrando o grau de conhecimento da logística reversa e realidade da destinação dos pneus inservíveis.

A partir do questionário foi obtida uma quantidade média total de pneus trocados por dia, de aproximadamente 85 unidades, com base nas experiências vivenciadas pelas as empresas entrevistadas no seu dia a dia. Entretanto, este dado não possui uma forma de registro formal, mas ainda assim serve de base para a análise dados pesquisados. O gráfico 1 representado abaixo retrata os tipos de serviços prestados no comércio de pneus em Iporá - GO.

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A princípio, a pesquisa demostra o percentual de empresas que atuam na área de vendas ou prestam serviços de troca dos pneus. A maioria das empresas realiza a troca e venda de pneus com a margem de 64%, apenas 36% realizam especificamente a troca desses. Não foram encontradas empresas que praticam somente a venda dos pneus. O gráfico 2 menciona a destinação que as empresas utilizam em seus pneus inservíveis.

Gráfico 2. Destinação dos pneus inservíveis que se faz pelas empresas.

Apenas 24% das empresas entrevistadas realiza a destinação para reciclagem. O reaproveitamento trata-se do repasse dos pneus para empresas que processam integralmente ou parcialmente para o reuso. Outros 24 % faz diferentes tipos de destinações para os resíduos pneumáticos e 52% faz o descarte no lixão. A pesquisa apontou que nenhuma empresa entrevistada devolve os pneus inservíveis para as empreses fabricantes, ou seja, não é realizada a logística reversa.

Isso demostra a baixa quantidade de reaproveitamento em comparação com a quantidade de pneus trocado ou vendidos quantificados anteriormente, se mostrando um processo prejudicial ao meio ambiente. O gráfico 3 demonstra o conhecimento das empresas em relação ao descarte que é de responsabilidade da empresa fabricante ou distribuidora de pneus.

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Apenas 27% das empresas entrevistadas tem os conhecimentos dos serviços de retorno e descarte pelo o fabricante, porém não é colocado em prática, e 73% delas não conhece sobre esse processo.

A Resolução CONAMA nº 258/99, fixam as metas e obriga os fabricantes e importadores a realizar a coleta e a darem destinação final aos pneus inservíveis. Além disso, os distribuidores, revendedores, reformadores e consumidores finais são co-responsáveis pela coleta dos pneus usados.

De acordo com a pergunta 6, do questionário apresentado no Quadro 1, 80% responderam que não tiveram impactos significativos com custo de logística de descarte desses pneus, declarando que o munícipio realiza a coleta e destinam para o lixão. Apenas 20% informaram que pela a irregularidade das coletas tiveram que arcar com os custos de transporte para o lixão. O gráfico 4 expõe a viabilidade da coleta pela parte do fabricante.

Gráfico 4. Viabilidade da coleta pelo Fabricante.

O gráfico 4, demostra que 13% afirmaram que seria viável a coleta ser feita pelo fabricante pela comodidade deste tipo de serviço oferecido, 7% disseram que não seria viável utilizar esse tipo de serviço e 80% não souberam informar essa possibilidade de responsabilidade dos fornecedores.

A incumbência dos fabricantes e distribuidores não se torna presente pela a distância do ponto mais próximo de coleta se encontrar na cidade de Montes Claros de Goiás, situada a 65,5 Km de distância do município de Iporá. O Estado de Goiás possui outros 65 pontos de coletas espalhados, com cadastros vinculados com a RECICLANIP (Entidade Gestora do Sistema de logística Reversa de Pneus Inservíveis).

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Por meio de convênio, a RECICLANIP se responsabiliza pelo controle da logística de retirada dos pneus inservíveis do Ponto de Coleta e pela destinação sustentável em empresas liberadas pelos órgãos ambientais competentes e validadas pelo IBAMA.

De acordo com a figura 2 os pontos de coleta são espaços adequados regidos pelas Prefeituras Municipais que estocam os pneus recolhidos pelo serviço municipal de limpeza pública ou aqueles levados diretamente por empresas automobilísticas, recapadores, borracheiros e descartados voluntariamente pelos cidadãos. Cumprindo as normas de segurança e higiene.

Figura 2. Pontos de coleta de Pneus. Fonte: Adaptado da RECICLANIP, 2020.

O gráfico 5 mostra o conhecimento das empresas sobre o processo de logística reversa e sua importância no ciclo completo do produto, mesmo após o seu consumo.

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Como ilustrado no Gráfico 5, uma pequena participação das empresas tem o conhecimento sobre a importância da logística reversa na destinação dos pneus, contabilizando 33% das empresas que detém o conhecimento e 67% não tem esse conhecimento do ciclo reverso completo do produto. A importância da logística reflete na manutenção da sustentabilidade resultando no equilíbrio do meio ambiente e da qualidade de vida.

CONCLUSÃO

Conforme a presente pesquisa foi identificada que a maneira mais utilizada no descarte dos pneus inservíveis é a destinação para o lixão, e que a maiorias das empresas não usufrui da logística reversa de forma direta. Baseada nas informações obtidas na pesquisa, conclui-se que o descarte desses pneus, quando realizada de maneira correta, traz benefícios ao meio ambiente e sustentabilidade no processo como um todo.

Entretanto, não foram contabilizados dados da utilização real e correta da logística reversa de responsabilidade direta dos fabricantes e distribuidores pneumáticos desde o pós-consumo até ao descarte. Apenas, 24 % relataram que utilizam a reciclagem destinando o material a recapadores, artesanatos, contenção de erosões, e outros, de uso não especificados.

Para utilização da logística reversa no munícipio, se faz necessário uma parceria de incentivo por parte das autoridades da prefeitura de Iporá com a entidade RECICLANIP, para a instalação de pontos de coletas com intuito de promover a destinação correta, diminuindo o índice de descarte no lixão, minimizando o impacto ambiental e maximizando a qualidade de vida e do meio ambiente local.

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ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. Publicada no DOU no 230, de 2 de dezembro de 1999. Disponível em:

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ACEITAÇÃO DE UMA USINA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA A CIDADE DE IPORÁ-GO

Evelyn Nubiane Rodrigues Pereira1; Amanda Carolyna Ferraz Da Cunha1; Bianca Christofoli Freitas Queiroz2*

1. Departamento de Engenharia da Faculdade de Iporá - FAI.

2. Coordenação do Departamento de Engenharia da Faculdade de Iporá – FAI. * biachristofolifreitas@hotmail.com

Resumo: Com o crescimento urbano e industrial, a construção civil vem se tornando extremamente importante

para a sociedade, aumentando assim a produção de entulhos provenientes dessas construções, tornando a área uma das maiores produtoras de resíduos sólidos. Fato que tem gerado uma deposição inadequada desses resíduos, isto se faz importante a implantação de uma usina de reciclagem de resíduos da construção civil na cidade de Iporá-Go, baseando se nas pesquisas realizadas, com base no questionário aplicado onde grande parte dos profissionais se fazem colaborativos e alegam estar de acordo com a usina de resíduos para Iporá com base nos benefícios que a mesma traria para a cidade.

Palavras-chave: Agregado; Reutilização; Descarte.

Acceptance of the implementation of a solid waste construction recycling plant for the city of Iporá-GO

Abstract: With urban and industrial growth, civil construction has become extremely important for society, thus

increasing the production of debris from these buildings, making the area one of the largest producers of solid waste. As a result of the inadequate deposition of these wastes, it is important to set up a construction waste recycling plant in the city of Iporá-Go, based on the research carried out, based on the questionnaire applied by most professionals. become collaborative and claim to be in agreement with the waste plant for Iporá based on the benefits it would bring to the city.

Keywords: Aggregate, Reuse, Discard.

INTRODUÇÃO

Com o crescimento urbano e industrial, a construção civil vem se tornando extremamente importante para a sociedade. Todavia com isso, tem-se gerado uma grande produção de resíduos sólidos que causam diferentes problemas ambientais, e que necessitam ser minimizados, afirma Tamura (2015).

A Lei n° 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduo Sólido determina que resíduos são todos os tipos de materiais que o ser humano produz ou descarta no meio ambiente, estando de maneira sólida ou semissólidas. Sendo estes classificados, ainda pela mesma lei como comuns, públicos e especiais.

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Os resíduos comuns são aqueles produzidos em casas, empresas e escolas, como plástico, papel, papelão, metal, entre outros. Já os resíduos públicos são aqueles gerados pela cidade, como galhos de árvores, entulhos da construção civil e outros. E por último, os resíduos especiais são aqueles que necessitam de um tratamento diferenciado, e que de certa forma causam maiores danos ao meio ambiente e a vida humana, como é o caso dos resíduos hospitalares e industriais, pilhas, baterias, lixo radioativo, metais pesados e remédios vencidos.

Dentro dos resíduos comuns encontra-se os entulhos da construção civil que são responsáveis por mais da metade dos resíduos sólidos acumulados no Brasil. Sendo assim, o conselho nacional do meio ambiente (CONAMA) estabeleceu diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão desses resíduos da construção, objetivando a diminuição dos seus impactos ao meio ambiente.

Dentro dessas definições, o CONAMA classifica os resíduos da construção civil em quatro classes, sendo que cada uma delas exigem tratamentos distintos e específicos. Os resíduos da classe A são os reutilizáveis ou recicláveis, como agregados, tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassas, concretos, tubos, meio-fio, solos de terraplanagem, e etc. Os resíduos da classe B são recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, madeiras, e etc. Já os resíduos da classe C são aqueles considerados ainda sem tecnologias ou aplicações economicamente viáveis para a sua reciclagem ou recuperação, tais como os oriundos do gesso. E por último os resíduos da classe D que são os considerados perigosos devido as substâncias que se encontram em suas composições, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados.

Pucci (2006), faz a caracterização do Resíduos de Construção e Demolição (RCD), dentro das exigências estabelecidas pelo CONAMA 307/02, dividindo-os em dois subsistemas diferentes, com tratamentos específicos. São indicados pelo autor o interno a obra, que trata do resíduo gerado por uma tarefa específica, sua segregação, seu acondicionamento no local da tarefa, seu transporte até o local de armazenamento da obra e armazenamento até sua retirada. E o externo a obra, que compreende as etapas de armazenagem do resíduo para retirada, o transporte do resíduo e sua deposição final, sendo que esse subsistema se apresenta muito mais complexo que o primeiro, visto que as responsabilidades por cada etapa pertencem a diferentes interlocutores.

A deposição irregular desses resíduos ocasiona muitos danos ao meio ambiente, uma vez que são, depositados em margens de rios, lagos, lotes baldios, calçadas, à beira de

Referências

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