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A EXECUÇÃO CIVIL DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADA

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Academic year: 2021

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A EXECUÇÃO CIVIL DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADA

José Raimundo dos Santos Costa

RESUMO

Não é incomum no meio jurídico as vítimas de crimes ou seus sucessores, mesmo após a sentença penal condenatória do autor do crime ter transitado em julgado, buscar a reparação pelos danos suportados em razão do delito na esfera cível via ação de conhecimento de responsabilidade civil. Ocorre que segundo o inciso II, do artigo 475-N do CPC, a sentença penal condenatória transitada em julgada é um título executivo judicial, o que possibilita o manejo da ação de execução, pelo procedimento do cumprimento de sentença (artigo 475-J do CPC), para buscar a reparação dos danos cíveis decorrentes do crime praticado pelo condenado.

O presente artigo visa demonstrar que a via executiva para buscar a reparação cível de crimes, após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória pode ser mais eficaz e, para isso, busca-se fazer uma análise do sistema processual da execução de títulos executivos judiciais, introduzido pela Lei nº 11.232/2005, passando a explicação do princípio da segurança jurídica e do conceito de coisa julgada penal. Em seguida explanamos sobre os efeitos da sentença penal condenatória, notadamente no que diz respeito ao dever do autor do delito indenizar a vítima ou seus sucessores os danos decorrentes do delito. Por fim, explicaremos o procedimento para a execução da sentença penal condenatória transitada em julgada, que pode ser iniciado pelo procedimento previsto no artigo 475-J do CPC, se a sentença já vier líquida da jurisdição criminal – possibilidade prevista no inciso IV do artigo 387 do CPP – ou quando ilíquida, a sentença deve inicialmente passar pelo procedimento de liquidação, na forma do artigo 475-A e seguintes do CPC. PALAVRA-CHAVE: Execução. Sentença. Penal. Condenatória.

INTRODUÇÃO

Com a entrada em vigor da Lei nº 11.232/2005 um novo sistema processual foi instituído para a execução dos títulos executivos judiciais1. Ao estabelecer o procedimento para o cumprimento de sentença2, o artigo 475-I remeteu para o artigo 461 o rito a ser observado quando a obrigação de fazer ou não fazer e para o artigo                                                                                                                          

1 Os títulos executivos judiciais estão relacionados no artigo 475-N do CPC: “Art. 475-N: São títulos

executivos judiciais: I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;IV – a sentença arbitral;V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal”.

2 Cumprimento de sentença é a denominação dada pela lei no procedimento de execução de títulos

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461-A o rito quando a obrigação for a de dar coisa. Quando, se tratar de obrigação de pagar quantia certa o procedimento veio estabelecido nos artigos 475-J ao 475-M do CPC3.

É de se observar, entretanto, que os procedimentos descritos nos artigos acima indicados são próprios para as sentenças produzidas no processo civil.4 Em relação aos demais títulos executivos judiciais: a sentença penal condenatória transitada em julgado; a sentença arbitral e a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.5

Sobre o processamento dos títulos acima mencionado, apenas um dispositivo estabelece uma única regra. É o parágrafo único do artigo 475-N do CPC, que estabelece ser a citação o ato inicial para o procedimento de liquidação ou de execução.6

O presente trabalho pretende apresentar uma proposta para o procedimento de execução da sentença penal condenatória, haja vista a falta de previsão expressa na lei.

1. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E A COISA JULGADA

O princípio da segurança jurídica consiste no “conjunto de condições que tornam possível às pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das consequências diretas de seus atos e seus fatos a luz da liberdade reconhecida". Assim, o valor da segurança jurídica está especialmente relacionado com a necessidade de assegurar a estabilidade dos direitos subjetivos de cada cidadão7.

Diante destas premissas, podemos afirmar que, quando uma pessoa provoca o Estado-juiz, há a presunção de que o litígio seja analisado e julgado, sendo garantido pela Constituição Federal que o processo será regido com imparcialidade pelo magistrado, que será dado o direito de resposta às ações praticadas pelas                                                                                                                          

3 Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou,

tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005).

4 São os títulos executivos judiciais previstos nos incisos I, III, V e VII do artigo 475-N do CPC. 5 São os títulos executivos previstos nos inciso II, IV e VI do artigo 475-N do CPC.

6 Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de

citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005).

 

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partes, e que aquilo que foi determinado, após o trânsito em julgado da decisão, será respeitado.

Assim as emitidas pelo Poder Judiciário devem exprimir confiança a quem o procurar para resolução do litígio, configurando que há a prática do princípio da moralidade, boa-fé e da lealdade.

Destarte, a segurança jurídica é o mínimo preciso de previsibilidade que o Estado deve oferecer a todo cidadão, a respeito de quais são as normas de convivência que ele deve observar e com base nas quais pode travar relações jurídicas válidas e eficazes, de modo a ter garantida a proteção dessa relação.

2. COISA JULGADA

A coisa julgada é, de certo modo, um ato jurídico perfeito. Dessa forma, sua proteção já estaria sendo realizada pelo inciso XXXVI do artigo 5º quando da proteção deste último, mesmo que não fosse expressamente prevista.

Essa garantia constitucional à coisa julgada, além do que é disciplinado pelo ordenamento infraconstitucional, recebe legitimidade política e social, uma vez que conferem segurança as relações jurídicas atingidas pelos efeitos da sentença8.

O instituto da coisa julgada, por sua vez, é o grau máximo de estabilidade dos atos estatais, sendo definida por parte doutrina como a imutabilidade do conteúdo da sentença e de seus efeitos [20]. Há, no entanto, doutrinadores que entendem que a coisa julgada recai apenas sobre o conteúdo da sentença. Sobre a questão trataremos posteriormente neste trabalho.

Diante disto, a sentença, como vontade da lei sendo aplicada ao caso concreto, quando acobertada pela coisa julgada não mais poderá sofrer transformações, a princípio. A ressalva apresentada se dá em razão da coisa julgada, ainda que seja verdadeira autoridade de lei entre as partes, poder ser ameaçada pela propositura de Ação de Revisão Criminal no juízo criminal ou de Ação Rescisória no juízo cível.

3. SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL

                                                                                                                         

8DINAMARCO, Cândido Rangel. Relativizar a coisa julgada material. In: NASCIMENTO, Carlos Valder do (coord.). Coisa julgada inconstitucional. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2004. p. 34.

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A sentença penal é um título executivo judicial previsto em nosso Código de Processo Civil dentro o rol de provimentos jurisdicionais que ensejam a execução no juízo cível, sendo, em verdade, um reconhecimento do disposto no art. 91, I do Código Penal Brasileiro.

Quanto às sentenças penais absolutórias podemos dizer que nos termos do artigo 386 do Código de Processo Penal - CPP, estas irão ocorrer quando: restar provada a inexistência do fato descrito pela acusação e do qual o réu se defendeu; não haver prova da existência do fato; em caso de não ser um ilícito penal, em verdade, não ser um fato típico, antijurídico e culpável; quando o agente não tiver concorrido para o delito; haja causa excludente de antijuridicidade, ou isenção do réu da pena; e por fim, quando não houver prova suficiente para que haja a condenação.

A sentença absolutória tem natureza declaratória e seu efeito mais expressivo é colocar o réu em liberdade, declarando não existir o direito de punir do Estado, o jus puniendi,além dos efeitos previstos no parágrafo único do art. 386 do CPP.

Por sua vez, a sentença condenatória é a sentença que julga total ou parcialmente a pretensão punitiva, impondo ao réu uma sanção, ao se atestar ser o fato delito, ter ele acontecido e ser o réu o seu autor. Além disso, após a Reforma sofrida pelo Código de Processo Penal por meio da Lei nº. 11.719 de 20 de junho de 2008, o juízo criminal, entendendo haver comprovação suficiente de dano sofrido pela vítima, pode determinar quantum mínimo a título de reparação.

3.1 DOS EFEITOS DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA

O pronunciamento final no processo pelo magistrado esgota o seu poder jurisdicional, não podendo este realizar qualquer outro ato no processo, a não ser a correção de erros materiais. A saída do juiz da relação processual é obrigatória após o transito em julgado da sentença penal.

A produção da sentença penal condenatória deverá observar o disposto no art. 387 e seus incisos do CPP. Pois o juízo deve mencionar as causas agravantes ou atenuantes; mencionar todas as circunstâncias outras que devam ser levadas em conta na aplicação da pena; aplicar as penas de acordo com as conclusões obtidas;

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fixar o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, levando-se em conta os prejuízos sofridos pela vítima.

Toda sentença penal, assim como toda sentença, possui elementos integrantes de seu conteúdo, quais sejam: o relatório, a motivação e o dispositivo, que autorizam sua distinção dos demais atos jurídicos a ela semelhantes. A ausência de qualquer dos requisitos viciará a decisão. A falta do relatório ou da motivação importará em nulidade absoluta da sentença. Por sua vez, a falta de dispositivo implicaria na inexistência jurídica do ato, uma vez que não seria recorrível e não conteria decisão, o que obviamente é elemento constitutivo necessário para a sentença.

Estes elementos componentes do conteúdo produzem efeitos típicos dentro do mundo do direito; e essa aptidão a produzir determinados efeitos se denomina eficácia.

Além dos efeitos produzidos pelos elementos pertencentes à sentença, a lei também agrega a sentença efeitos externos a ela. Esses efeitos são impostos por força de lei, independentemente de pedido da vítima, ou mandamento da resolução judicial.

Assim, a sentença penal condenatória possui efeitos: principal e o secundário, este último também chamado de efeito anexo. Os principais são a própria aplicação da pena, o lançamento do nome do réu no rol dos culpados, a perda do produto do crime, além do previsto no artigo 393, I do CPP.

O efeito secundário da sentença penal condenatória, ou anexo é a certeza da obrigação de reparar o dano resultante da infração penal. Isto porque, a sentença penal condenatória é título executivo a ser executado também na esfera civil.

O Código de Processo civil, em seu art. 475-N, II prevê dentre o rol que títulos executivos judiciais a sentença penal condenatória transitada em julgado. Com a reforma sofrida pela Lei 11.719/08 o parágrafo único do artigo 63 do Código de Processo Penal passou a prever que "Transitada em julgado à sentença

condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido".

O Código Penal ao seu turno, no artigo 91 prevê como efeito da sentença penal condenatória tornar certa a obrigação de indenizar o dano sofrido pelo crime.

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Assim, percebe-se que no juízo penalista, o dispositivo consagra o efeito secundário e extrapenal da sentença.

Diante dos artigos destacados, percebe-se em nosso ordenamento um dinamismo efetivo entre as esferas cível e penal, possibilitando a vítima reparação do dano sofrido com a prática do delito.

Nesse cotejo é possível entender que com a sentença penal condenatória no rol dos títulos executivos judiciais a serem executados no juízo cível, e com a presença de seu efeito anexo gerado por determinação legislativa, há o acesso imediato ao procedimento executivo, o que dispensa a prévia ação de conhecimento.

Para que ocorra a execução da sentença penal condenatória são necessários os seguintes requisitos: a sentença criminal deve ser definitiva; a condenação no juízo penal deve ter transitado em julgado, de modo que não seja mais cabível, na espécie, execução provisória; e deve ser realizada pela vítima a execução do quantum mínimo da indenização determinado pelo juízo penal.

Assim, caso o lesado suporte prejuízo material ou moral decorrente de uma infração penal, pode aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e executá-la, na seara civil; ou ajuizar desde logo a ação civil para a reparação dos danos.

O parágrafo 2º do artigo 475-I do CPC normatiza da seguinte forma a situação acima exposta: "Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao

credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta".

Deste modo, e diante do previsto na parte final do parágrafo único do artigo 63, CPP, poderá, além de realizar a execução do valor já arbitrado pelo juízo penal, efetuar a liquidação do valor restante que considera devido, para depois executá-lo.

Esse assentamento do mínimo a ser indenizado à vítima, como já salientado, está prevista no inciso IV, art. 387 do CPP da seguinte forma: "o juiz ao proferir a

sentença condenatória: fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido" . Caso o crime não

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Dessa forma, o juízo penal caso não possa mensurar em pecúnia o dano causado à vítima, deve na sentença expor as justificativas por não ter fixado o valor mínimo da reparação, uma vez que em determinados caso isso não será possível.

3.2 DO PROCEDIMENTO DE LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA

Caso a sentença penal condenatória transitada em julgado, não vier com a condenação do réu ao um valor correspondente aos prejuízos sofridos pelo ofendido ou se este achar insuficiente o valor fixado na sentença deverá promover o procedimento de liquidação da sentença.9

Esse procedimento poderá ser promovido tanto para apurar o valor referente a danos materiais, incluindo aí os danos emergentes e lucros cessantes, como para apurar eventual dano moral.

Tem legitimidade para propor a liquidação da sentença, a vítima ou seu sucessor na hipótese de crimes consumado contra a vida e a competência é do mesmo juízo competente para processar a execução e, no caso, via de regra, será no domicílio do executado.

A petição inicial deve conter o pedido de citação do devedor, uma vez que nessa hipótese o procedimento de liquidação inicia demanda cognitiva, que será seguida pela demanda executiva.

3.3 DO PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA

Sendo líquida a sentença penal condenatória, o credor deve instruir a petição inicial com cópia da sentença autenticada pelo Chefe de secretaria e por certidão do trânsito em julgado da mesma.

Segundo o artigo 475-P, inciso III, do CPC, a competência para a execução de sentença penal condenatória “é do juízo cível competente”. Em sendo assim, ao caso aplica-se a regra geral de competência cível prevista no artigo 94 do CPC, que estabelece o seguinte: “a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em                                                                                                                          

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direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu”. Nesse sentido a ação deve ser proposta no domicílio do devedor.

Recebida a petição inicial e estando presentes os requisitos do artigo 614, inciso II do CPC (demonstrativo atualizado do débito até a data da propositura da ação), conforme artigo 475-J do mesmo diploma legal, o juiz determinará a citação do devedor para que no prazo de 15 (quinze) dias efetue o pagamento sob pena de pagamento de multa de 10% sobre o valor do débito.

Entendo que mesmo sendo iniciada a demanda executiva o mandado de citação deve ser para o pagamento em 15 (quinze) dias, por se tratar de título executivo judicial de obrigação de pagar quantia certa, conforme determina o artigo 475-I, do CPC.10

Efetuado pagamento integral do débito o juiz extinguirá o processo de execução. Caso contrário, o feito obedecerá as regras contidas no art. 475-J, segunda parte, do CPC, devendo o juiz determinar a expedição de mandado de penhora e avaliação de bens, salvo se na petição inicial o credor já indicar bem determinado, cuja penhora deverá recair sobre o bem indicado. E se o bem indicado for dinheiro ou ativos financeiros e houver o requerimento de penhora on line o juiz não expedirá mandado, uma vez que a penhora será realizado pelo sistema BACENJUD.

Da penhora será o executado intimado (na pessoa do advogado se já o tiver constituído nos autos) para que possa apresentar impugnação no prazo de 15 (quinze) dias contados da juntada aos autos do mandado de intimação ou da data da publicação se a intimação for pelo Diário Eletrônico.

A partir desse momento os desdobramentos do procedimento seguirão as mesmas regras da impugnação contra o cumprimento de sentença civil, previstas nos artigos 475-L e 475-M do CPC.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho se propôs estudar o procedimento de execução da sentença penal condenatória transitada em julgado, identificando os                                                                                                                          

10 O artigo 475-I do CPC, remete o procedimento para o artigo 475-J do CPC, que impõe a concessão

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posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais acerca do tema, juntamente com a sua previsão legal no ordenamento jurídico.

Iniciamos com a conceituação da sentença penal condenatória como título executivo dentro previsto pelo CPC, para que pudessem ser traçados os efeitos a ela compreendidos, em especial, aos efeitos anexos da sentença penal, que são os efeitos que recaem sobre a esfera civil.

É notório que com o advento da Reforma do Código de Processo Penal houve uma tendência a dar novo enfoque ao tratamento da questão sobre a influência da esfera penal na esfera civil, especialmente no que diz respeito à execução da sentença penal na esfera civil como forma de reparar dano sofrido em decorrência de fato delituoso, além do fato de se ter determinação do mínimo a ser reparado, podendo já ser executado diante dessa determinação, ou propor ação própria para a devida reparação, uma vez que a esfera penal não poderá sofrer ampliações para análise do quantum realmente devido.

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REFERÊNCIAS

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DIDIER JR, Fredie. CUNHA, Leonardo José C. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 3. Bahia: Editora Jus PODIVM, 2007.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Vol. I. São Paulo: Editora Lumens Iuris, 2006.

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THEODORO JÚNIOR, Humberto. As novas reformas do Código de Processo

Referências

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