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MINISTÉRIO DA CULTURA E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM. natureza dos sons CONCERTOS SINFÔNICOS. 20, 21 e SSP23.indd 1 14/09/18 09:51

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Academic year: 2021

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n a t u r e z a

d o s s o n s

MINISTÉRIO DA CULTURA E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM

20, 21 e 22.9

CONCERTOS SINFÔNICOS

(2)

20.9 quinta 20H30 21.9 sexta 20H30 22.9 sábado 16H30 —

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESP

ARVO VOLMER REGENTE

LUKÁS VONDRÁCEK PIANO

CARL NIELSEN [1865-1931]

Sinfonia nº 4, Op.29 - A Inextinguível [1914-16]

ALLEGRO

POCO ALLEGRETTO

POCO ADAGIO QUASI ANDANTE ALLEGRO

36 MIN

/INTERVALO

LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]

Concerto nº 3 Para Piano em Dó Menor, Op. 37 [1800-2]

ALLEGRO CON BRIO LARGO

RONDO

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NIELSEN Sinfonia nº 4,

Op.29 - Inextinguível

Para os hindus, a deusa Kali representa a essência da destruição e ao mesmo tempo da reestruturação, do recomeço, do princípio renovador. De certa maneira, apesar de não ter qualquer conexão com a filosofia ou a música da Índia, a Sinfonia

nº 4 de Nielsen reflete essa noção em

música. Escrita em tempos tenebrosos, em plena 1ª Guerra Mundial, ela é pa-radoxalmente afirmativa, poderíamos dizer até mesmo otimista. É música de energia peculiar e contrastes radicais, em que muitos motivos parecem inter-romper ou se sobrepor a outros, cada ideia sobrevivendo em meio a um caos sonoro, cheio de gritos, declamações, ameaças, explosões e conflitos, com tonalidades diferentes brigando pela predominância, em luxo contínuo, com um movimento desembocando no outro, sem interrupção.

Ao escrever sobre sua obra, o próprio Nielsen definiu-a melhor do que qual-quer teórico musical: “Música é vida. Assim que uma única nota soa no ar ou através do espaço, é resultado de vida e movimento; é por isso que a música e a dança são as expressões mais imediatas da vontade de viver. A sinfonia evoca as fontes de vida mais primitivas e a fonte do sentimento da existência; isto é, o que está por trás de toda a vida humana, animal e vegetal, tal como a percebe-mos ou a experimentapercebe-mos. Não é um relato musical, do tipo programático, do desenvolvimento de uma vida dentro de um escopo limitado de tempo e espaço, mas um mergulho sem programa, até as camadas emocionais que ainda são

(4)

LAURA RÓNAI

é doutora em Música, responsável pela cadeira de flauta transversal na UNIRIO e professora no programa de Pós-Graduação em Música. É também diretora da Orquestra Barroca da UNIRIO.

meio caóticas e totalmente elementares. Em outras palavras, o oposto de todas as músicas de programa, apesar do fato de que isso soa como um programa. A sinfonia não é algo com um conteúdo de pensamento, exceto na medida em que a estruturação das várias seções e a ordenação do material musical são fruto da deliberação do compositor da mesma maneira pela qual um engenheiro configura diques e represas para a água durante uma inundação. É de certa forma uma expressão completamen-te irreflexiva do que faz os pássaros chorarem, os animais rugirem, balirem, correrem e lutarem, e os humanos ge-merem, grunhirem, exultarem e gritarem sem qualquer explicação. A sinfonia não descreve tudo isso, mas sim a emoção básica que fica subjacente a isso tudo. A música pode fazer exatamente isso, essa é a sua qualidade mais profunda, seu verdadeiro domínio [...] porque, simplesmente sendo, desempenha sua tarefa. Pois é a vida, enquanto as ou-tras artes apenas representam e para-fraseiam a vida. A vida é indomável e inextinguível; a briga, a luta, a geração e o desperdício acontecem hoje como ontem, amanhã como hoje, e tudo se repete. Mais uma vez: a música é vida e, como ela, é inextinguível.”

(5)

BEETHOVEN

Concerto nº 3 Para Piano em

Dó Menor, Op.37

A utilização dos elementos mais simples do sistema tonal como te-mas está no âmago do estilo pes-soal de Beethoven desde o início. No entanto, foi apenas gradualmente que ele se deu conta das implicações dessa opção.

[…]

O desenvolvimento contínuo per-ceptível na carreira de Beethoven é tão importante quanto suas descon-tinuidades, mesmo que estas sejam mais fáceis de descrever. É apenas quando se comparam obras distantes no tempo que as descontinuidades assumem um sentido demonstrável e convincente.

O retorno de Beethoven aos prin-cípios clássicos pode ser medido por essa descontinuidade quando se com-para o Concerto Para Piano nº 3 em

Dó Menor, de 1800, com o Concerto Para Piano nº 4 em Sol Maior, de 1808.

Ambos baseiam-se fortemente em Mozart, mas de maneiras totalmen- te diferentes.

O Concerto nº 3 está cheio de remi-niscências mozartianas, em especial de um concerto no mesmo tom, o

nº 24 KV 491, sabidamente admirado

por Beethoven. O mais impressionan-te é a imitação da coda do KV 491, com o seu uso excepcional do instrumento solo tocando arpejos no final do pri-meiro movimento. Beethoven omite um ritornelo final após a cadenza e salta diretamente para a coda; os

CHARLES ROSEN

(1927-2012), The Classical Style (W.W. Norton, 1971). Tradução de André Fiker.

arpejos mozartianos são feitos de modo quase melodramático, com tímpanos tocando parte do tema principal. Nessa coda de magnífico efeito, apenas os arpejos não são temáticos, e isso torna seu caráter de empréstimo ainda mais evidente. Na seção de desenvolvimento, uma bela passagem que, curiosamente, não é temática, também se reve- la inspirada em Mozart, desta vez o Concerto Para Piano nº 15 em Si

Bemol Maior KV 450. Mas é realmente

o KV 491 que predomina nos deta- lhes temáticos, pelo menos no primei- ro movimento.

Não há, no entanto, nada mozar-tiano nesse movimento, exceto os empréstimos e as menções talvez inconscientes. O tutti orquestral que abre o movimento é interrom-pido por uma fermata dramática, antes da entrada do solo de piano; e é quase uma obra completa por si só, autossuficiente. Essa separação exagerada, que permite um relaxado desprendimento estrutural, tende a tornar a exposição solo uma forma ornamental do tutti, e não uma con-cepção nova e mais espetacular do material, como em Mozart.

(6)

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO —

Fundada em 1954 e hoje reconhecida internacionalmente pela excelência, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Com mais de 80 álbuns lançados, realiza transmissões digitais, radiofônicas e televisivas. Em 2012, Marin Alsop assumiu o posto de regente titular e, em 2013, foi nomeada diretora musical (até o fim de 2019). Em 2016, a Osesp apresentou-se como convidada dos maiores festivais da Europa (Proms, Edimburgo, Lucerna). A Temporada 2017 recebeu os maiores prêmios da crítica em São Paulo.

ARVO VOLMER REGENTE

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM MAIO 2018

Nascido na Estônia, Arvo Volmer estreou na Ópera Nacional local aos 22 anos. Atuou como regente e diretor artístico na Sinfônica de Oulu (1994-2005) e da Sinfônica de Adelaide (2004-13). Convidado regular da Osesp, já esteve à frente da Filarmônica da BBC e das Orquestras de Birmingham, Nacional da França e NDR de Hamburgo, entre outras. Em sua extensa discografia, destaca-se o registro integral das sinfonias de Jean Sibelius com a Sinfônica de Adelaide.

LUKÁS VONDRÁCEK PIANO

ÚLTIMA VEZ COM A OSESP EM DEZEMBRO DE 2014

Ganhador em 2016 da reconhecida competição Internacional de Piano Rainha Elisabeth. Recentemente esteve em importantes salas de concerto do mundo, como o Suntory Hall em Tokyo e o Concertgebouw em Amsterdã. Já se apresentou com a Orquestra Nacional da Bélgica, as Sinfônicas da Baltimore e Sidney e a Filarmônica de Oslo. Também participou de grandes festivais, como o PianoEspoo na Finlândia.

(7)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA SECRETÁRIO ROMILDO CAMPELLO COORDENADORA DA UNIDADE DE DIFUSÃO, BIBLIOTECAS E LEITURA

SÍLVIA ANTIBAS FUNDAÇÃO OSESP PRESIDENTE DE HONRA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE

FÁBIO COLLETTI BARBOSA

VICE-PRESIDENTE

ANTONIO CARLOS QUINTELLA

CONSELHEIROS

ALBERTO GOLDMAN ENEIDA MONACO HELIO MATTAR JOSÉ CARLOS DIAS LUIZ LARA MARCELO KAYATH MÔNICA WALDVOGEL PAULO CEZAR ARAGÃO STEFANO BRIDELLI DIRETOR EXECUTIVO MARCELO LOPES DIRETOR ARTÍSTICO ARTHUR NESTROVSKI SUPERINTENDENTE

FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR

MARIN ALSOP

REGENTE EM RESIDÊNCIA

VALENTINA PELEGGI

VIOLINOS

EMMANUELE BALDINI SPALLA

DAVI GRATON SPALLA***

YURIY RAKEVICH LEV VEKSLER*** ADRIAN PETRUTIU IGOR SARUDIANSKY MATTHEW THORPE ALEXEY CHASHNIKOV AMANDA MARTINS ANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANN CAMILA YASUDA CAROLINA KLIEMANN CÉSAR A. MIRANDA CRISTIAN SANDU

DÉBORAH WANDERLEY DOS SANTOS ELENA KLEMENTIEVA ELINA SURIS FLORIAN CRISTEA GHEORGHE VOICU INNA MELTSER IRINA KODIN KATIA SPÁSSOVA LEANDRO DIAS MARCIO AUGUSTO KIM PAULO PASCHOAL RODOLFO LOTA SORAYA LANDIM SUNG-EUN CHO SVETLANA TERESHKOVA TATIANA VINOGRADOVA VIOLAS HORÁCIO SCHAEFER

MARIA ANGÉLICA CAMERON PETER PAS

ANDRÉS LEPAGE DAVID MARQUES SILVA ÉDERSON FERNANDES GALINA RAKHIMOVA OLGA VASSILEVICH SARAH PIRES SIMEON GRINBERG VLADIMIR KLEMENTIEV ALEN BISCEVIC* VIOLONCELOS HELOISA MEIRELLES RODRIGO ANDRADE SILVEIRA ADRIANA HOLTZ

BRÁULIO MARQUES LIMA DOUGLAS KIER JIN JOO DOH MARIA LUÍSA CAMERON MARIALBI TRISOLIO REGINA VASCONCELLOS WILSON SAMPAIO CONTRABAIXOS

ANA VALÉRIA POLES PEDRO GADELHA

MARCO DELESTRE MAX EBERT FILHO ALEXANDRE ROSA ALMIR AMARANTE CLÁUDIO TOREZAN JEFFERSON COLLACICO LUCAS AMORIM ESPOSITO NEY VASCONCELOS HARPA

FLAUTAS

CLAUDIA NASCIMENTO

FABÍOLA ALVES PICCOLO JOSÉ ANANIAS SOUZA LOPES SÁVIO ARAÚJO OBOÉS ARCÁDIO MINCZUK JOEL GISIGER NATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊS PETER APPS RICARDO BARBOSA CLARINETES OVANIR BUOSI SÉRGIO BURGANI

NIVALDO ORSI CLARONE DANIEL ROSAS GIULIANO ROSAS FAGOTES

ALEXANDRE SILVÉRIO JOSÉ ARION LIÑAREZ

ROMEU RABELO CONTRAFAGOTE FRANCISCO FORMIGA TROMPAS

LUIZ GARCIA

ANDRÉ GONÇALVES JOSÉ COSTA FILHO NIKOLAY GENOV

LUCIANO PEREIRA DO AMARAL EDUARDO MINCZUK TROMPETES

FERNANDO DISSENHA GILBERTO SIQUEIRA

ANTONIO CARLOS LOPES JR.*** MARCELO MATOS TROMBONES DARCIO GIANELLI WAGNER POLISTCHUK ALEX TARTAGLIA FERNANDO CHIPOLETTI TROMBONE BAIXO

DARRIN COLEMAN MILLING

TUBA

FILIPE QUEIRÓS

TÍMPANOS

ELIZABETH DEL GRANDE RICARDO BOLOGNA

PERCUSSÃO

RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO

ALFREDO LIMA ARMANDO YAMADA EDUARDO GIANESELLA RUBÉN ZÚÑIGA TECLADOS OLGA KOPYLOVA (*) MÚSICO CONVIDADO (***) CARGO INTERINO

OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS

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/osesp osesp.art.br salasaopaulo.art.br Marina Rheingantz Araraquara, SP, 1983 Pântano, 2011

óleo sobre tela 210 x 330 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil. Doação do Banco Espírito Santo, S/A por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura - APAC, 2015 Crédito fotográfico: Isabella Matheus

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