O método de investigação
ESTUDO DE CASO
Mestrado em Gestão de Sistemas de informação
2008/2009
Cristiane Drebes Pedron, Ms
Rua Miguel Lupi, 20 – Gab 612
cdpedron@gmail.com Outubro de 2008.
AGENDA
• Insvestigação Científica
– Questão de investigação – Objectivos
– Método de investigação
• Método quantitativo X Método qualitativo • Estudo de Caso
– Framework para a Análise do Estudo de Caso
Processo de Investigação
• Ideias de temas para a investigação – teorias, observações, papers, etc.
• Procurar conhecer os trabalhos já
desenvolvidos sobre determinado assunto • Gerar ideias
– Interesse pessoal
– Questões inovadoras
(novos e relevantes contextos)
Estrutura de uma Investigação
• Questão de investigação – PROBLEMA!!
• Objectivo(s) da investigação
• Justificação da investigação
Justificação da Investigação
• Razões que motivam o estudo
• Critérios de avaliação
– Relevância – Conveniência
– Implicações práticas – Valor teórico
Investigação
• Quantitativo:
“preocupa-se com a medição objetiva e quantificação dos resultados” (GODOY, 1995, p.58)• Qualitativo:
“implica uma ênfase nosprocessos e significados” (GARCIA; QUEK, 1997, p.451)
-análises em profundidade, obtendo-se até as percepções dos elementos investigados.
Estudo de Caso
• Como uma estratégia de investigação, o estudo de caso é usado em muitos campos:
– ciência política, e investigação de gestão pública; – psicologia e sociologia;
– organizações e estudos de gestão;
– cidade e investigação de planeamento regional, como estudos de planos, bairros, ou agências públicas.
Estudo de Caso – Quando usar?
• Yin (1984)
– o "como" e/ou o "porque" são as perguntas centrais
– o investigador tem um pequeno controle sobre os eventos – um fenómeno contemporâneo
– contexto de vida real
• Halinen e Tornroos (2005)
– conhecimento existente sobre o fenómeno é pequeno – as teorias disponíveis para explicá-lo não são adequadas • Macnealy (1997)
– necessidade de explorar uma situação que não está bem definida • Exemplos: processos organizacionais, mudança
organizacional, relações internacionais, maturação de indústrias, entre outros.
Estudo de Caso - Características
• fenómeno examinado em seu contexto natural
• dados recolhidos em múltiplas fontes
• um ou poucos elementos sendo examinados
• sem utilização de controles ou manipulação
• questão de investigação é do tipo “porque?” ou “como?”
• foco em um evento contemporâneo
• resultados dependem fortemente da capacidade de integração do investigador
Classificação do Estudo de Caso quanto ao
objectivo da investigação -
Yin (1993)• Descritivo - descreve o fenómeno dentro de seu contexto;
• Exploratório – trata com problemas pouco conhecidos, objetiva definir hipóteses ou proposições para futuras investigações;
• Explanatório - possui o intuito de explicar
relações de causa e efeito a partir de uma teoria.
• Embora os três tipos possam ser claramente definidos, existe uma área de sobreposição entre eles.
Fases do Estudo de Caso
Dubé e Paré (2003)
• Planeamento - aspectos relacionados
com a concepção da investigação;
• Recolha de dados
• Análise dos dados
TIPO DE ESTUDO DE CASO PLANEAMENTO RECOLHA DE DADOS ANÁLISE DE DADOS RESULTADOS Técnica de recolha, Validade constructo, Múltiplas fontes, Tipo de dados, Triangulação, Base de dados, Confiabilidade. Procedimentos, Anotações de campo,
Codificação, Validade do constructo,
Encadeamento lógico, Citações, Revisão do relatório, Comparação dos Casos, Estratégias/Técnicas de análise,
Validade interna, Comparação com literatura, Flexibilidade. Questão de investigação, Teoria, Constructos, Desenho de investigação, Casos, Replicação, Validade externa, Unidade de análise,
Piloto, Contexto, Equipa, Protocolo, Confiabilidade. Descritivo, Exploratório,
Explanatório. Incremento do
conhecimento.
FRAMEWORK PARA A ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO
Desenho de Investigação
Material de trabalho – Tese de doutoramento Cristiane Pedron
Estudo de Caso: regras de qualidade
Condição Descrição Procedimentos
• Validade do Constructo
• Estabelecer uma
operacionalização correcta da mensuração dos
conceitos que estão sendo estudados.
- Usar múltiplas fontes de evidência
- Estabelecer uma cadeia de evidências
- Ter revisores chave para
revisar a versão provisória do trabalho
• Validade Interna
• Estabelecer uma relação causal (para estudos explanatórios e causais).
- Construir um estudo explanatório
- Usar modelos lógicos • Validade
Externa
• Estabelecer o domínio na qual os resultados do estudo podem ser generalizados.
- Usar teoria nos estudos de caso único
- Usar a lógica de replicação em estudos múltiplos
• Confiabilidade • Demonstrar que as
operações do estudo
podem ser repetidas com os mesmos resultados.
- Usar protocolo de recolha de dados
- Desenvolver base de dados para o estudo de caso
CAQDAS
CAQDAS
Computer-aided qualitative data analysis software
• Sigla - programas de computador orientados para o auxilio na análise de dados qualitativos • Surgem nos anos 70 para os 80
– países de língua inglesa – vários fabricantes
• The Ethnograph, Alceste, Kwalitan, Hyper Research, WinMax, Atlas/TI e NUD*IST
• The NVivo product line incorporates the NUD*IST software range which was first released in 1981.
Como
Como
funciona
funciona
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• Princípio – codificação de textos• Organizar dados não numéricos e não estruturados • São providos com ferramentas de recuperação
automática de dados
• Mecanismos de exploração • Relacionamento entre dados • Software permite
• Classificar
• Organizar pedaços de informação • Examinar relações complexas
O processo central do Software de Análise
Qualitativa de Dados:
Coding and Retrieving
Três documentos com codificações A, B e C
O texto de todos os
documentos codificados são reformulados em novos documentos (um para cada código).
Quando
Quando
usar
usar
o
o
NVivo
NVivo
?
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Tipos de materiais passíveis de análise
• Entrevista • Observação
• Diário (anotação de campo) • Análise de Documentos (fonte secundária) • Focus Group • Apontamentos Reflexivos • Diagramas • Variáveis Demográficas • Vídeos, áudios, mapas
NVIVO: Estrutura geral
NVIVO: Estrutura geral
• Há três instâncias de gestão das
informações num projecto do NVivo:
• fontes
• nós e codificação • casos e atributos
• Todas estas instâncias podem ser
utilizadas para as pesquisas e podem ser
representadas em modelos.
NVIVO: Estrutura geral
NVIVO: Estrutura geral
• Há três instâncias de gestão das
informações num projecto do NVivo:
• FONTES
• nós e codificação • casos e atributos
• Todas estas instâncias podem ser
utilizadas para as pesquisas e podem ser
representadas em modelos.
Sources/Fontes
– termo colectivo referente aos materiais da investigação• Documents: materiais como notas de campo, transcrições, entrevistas, revisão de literatura e outros.
• Externals: são os materiais que não se pode importar para o
NVivo (artigos, livros, vídeos,
tapes) – mas alguns deles podem estar no computador e indica-se aqui o caminho. (Isso muda na versão do NVivo 8)
• Memos: registos dos seus pensamentos e observações.
Fontes
Fontes - Documentos
• Podem conter formatação (DOC ou RTF, mas também é aceito TXT – na versão NVivo 8 tb aceita pdf).
• Uma vez importados podem ser ligados a outros
documentos externos, como páginas da Internet, bem como imagens e sons desde que digitalizados.
• Qualquer parte de um documento pode ser codificada tantas vezes quanto necessário em diferentes nós.
• As passagens de texto não são “destruídas” ou
“recortadas” no processo de codificação e análise, o que sempre permite um refinamento na pesquisa.
NVIVO: Estrutura geral
NVIVO: Estrutura geral
• Há três instâncias de gestão das
informações num projecto do NVivo:
• fontes
• NÓS e CODIFICAÇÃO • casos e atributos
• Todas estas instâncias podem ser
utilizadas para as pesquisas e podem ser
representadas em modelos.
Nós
• Representam categorias ou conceitos
• Servem para armazenar a codificação do material analisado
• Códigos são índices de referência adicionados a porções de texto.
• Podem guardar suas definições, assim como
“memos” ou links (relacionamentos) para outros “nós”.
• Podem ser:
• definidos a priori ou durante a análise dos dados;
• construídos manual ou automaticamente, com vantagens e desvantagens para um e outro modo
Node
– lugar onde estão armazenadas informações relativas a um determinado tópico• Free Nodes – node sozinho que não tem nenhuma conexão lógica com outros nodes – não facilmente se pode colocar na estrutura hierárquica
• Tree Nodes – nodes catalogados na estrutura hierárquica, movem-se de uma categoria mais geral (node pai) para uma mais específica (node filho)
• Cases – node usado para referir uma pessoas ou lugar que tem atributos, como idade e género. Também podem ser organizados em hierarquias.
• Relationships – node que descreve a conexão entre dois itens do projecto. Ex: o relacionamento entre dois casos (João e Maria) ou dois nodes (Pobreza impacta Saúde)
• Matrices – colecção de nodes resultantes de uma query. Estas matrizes podem ter seus nodes “explorados” mas não codificados.
N
NVIVO: Estrutura geral
NVIVO: Estrutura geral
• Há três instâncias de gestão das
informações num projecto do NVivo:
• fontes
• nós e codificação
• CASOS e ATRIBUTOS
• Todas estas instâncias podem ser
utilizadas para as pesquisas e podem ser
representadas em modelos.
Casos e Atributos
• Casos são nós de um tipo específico – os
quais representam as unidades analíticas
em um projecto
• Atributos são informações estruturadas,
variáveis associadas aos casos.
Casos e Atributos
Relacionamentos e Modelos
• Elementos do projecto podem ser ligados
• Rede de relacionamentos = mapa
conceitual
• Modelos – formas gráficas e dinâmicas
para analisar itens do projecto
Queries
• Servem para fazer emergir questões ou
para testá-las.
• Exemplos
– Contagem de palavras – Texto – Nós – MatrizesQueries
NVIVO 8
O QUE O SOFTWARE PODE OU NÃO FAZER
• Ferramentas…
• •AuxiliamAuxiliam • •FacilitamFacilitam • •ViabilizamViabilizam • •Ajudam AjudamANÁLISE MAS NÃO FAZEM MAS NÃO FAZEM
A AN
A ANÁÁLISE POR LISE POR VOCÊ
VOCÊ
É
É imprescindimprescindíível aprender sobre vel aprender sobre m
Quais são os benefícios?
POTENCIAS E REAIS
• Consistência interna
– Os dados sustentam os conceitos
• Velocidade
– Recupera-se e localiza-se rapidamente a informação
• Representação
– Os dados são significativos e evidenciam determinadas relações
• Consolidação teórico-empírico
– Os dados sustetam determinados conceitos e interpretações teóricas
CONSISTÊNCIA
• Procurar em todos os documentos conceitos-chave
• Levantar todos os lugares onde há certos códigos ou combinações de categorias
• Comparar, unir, relacionar, interseccionar,
sobrepor dados dispersos em vários contextos • Todos as localizações acima são indícios que,
bem trabalhados, transforma-se em indicadores.
• Esses indicadores conferem consistência quando se trabalha com incontáveis e diferentes dados.
NVivo
• Força o envolvimento do investigador com as informações, leitura atenta.
• Conta com a organização do material em eixos temáticos ou outras formas de
categorização.
• Estimula pensar acerca das informações.
• Não substitui o trabalho do investigador, mas potencializa os resultados e aumenta o alcance e profundidade da análise.
Links
• http://www.qsrinternational.com/products_nvivo.aspx
• http://www.lib.unimelb.edu.au/nvivo/