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BARUERI-SP. Agente de Inclusão Escolar. Prefeitura Municipal de Barueri do Estado de São Paulo JN020-19

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Texto

(1)

Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco, Bruno Chieregatti, Joao de Sá Brasil, Ovidio Lopes da Cruz Netto,

Ana Maria B. Quiqueto, Bruna Pinotti

Prefeitura Municipal de Barueri do

Estado de São Paulo

BARUERI-SP

Agente de Inclusão Escolar

(2)

Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.

Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br.

www.novaconcursos.com.br sac@novaconcursos.com.br

OBRA

Prefeitura Municipal de Barueri do Estado de São Paulo Agente de Inclusão Social

Concurso Público - Edital PMB Nº 03/2018 AUTORES

Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Matemática - Prof° Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil Conhecimentos Específi cos - Parte 1 - Profª Ana Maria B. Quiqueto

Conhecimentos Específi cos - Parte 2 - Profª Bruna Pinotti Conhecimentos Específi cos - Parte 3 - Prof° Ovidio Lopes da Cruz Netto

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Elaine Cristina Erica Duarte Leandro Filho DIAGRAMAÇÃO Elaine Cristina Thais Regis Danna Silva CAPA

(3)

SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretação de texto. ...01

Significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos, sentido próprio e figurado das palavras. ...03

Ortografia Oficial. ...06

Pontuação. ...09

Acentuação. ...12

Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção (classificação e sentido que imprime às relações entre as orações). ...15

Concordância verbal e nominal. ... 56

Regência verbal e nominal. ... 62

Colocação pronominal. ...68

Crase. ...68

Sintaxe. ...70

MATEMÁTICA

Resolução de situações-problema. Números Inteiros: Operações, Propriedades, Múltiplos e Divisores; Números Racionais: Operações e Propriedades. ...01

Razões e Proporções, Divisão Proporcional, ...22

Regra de Três Simples. ...28

Porcentagem. ...30

Juros Simples. ...33

Sistema de Medidas Legais. ...34

Conceitos básicos de geometria: cálculo de área e cálculo de volume. ...34

Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. ...39

Raciocínio Lógico. ...50

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - PARTE 1

A construção de uma escola democrática e inclusiva que garanta o acesso, a permanência e aprendizagens efetivas, significativas e relevantes ...01

Fundamentos da Educação Especial. ...03

A Política educacional e a Educação Especial ...03

Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. ...10

A educação escolar - aprendizagens e ensino. ...18

Alfabetização. ...18

Educação Psicomotora. ...24

Aquisições da Linguagem Oral e Escrita...27

Currículo nas salas de aula inclusivas. ...32

Aprendizagem nas escolas inclusivas ...32

Acessibilidade. ...40

Recursos e Adaptações. ...40

A ludicidade no processo de ensino e aprendizagem para os com necessidades educacionais especiais ...42

O trabalho com as diferentes necessidades educacionais especiais ...44

(4)

SUMÁRIO

Atuação Prática do Professor; ...44

Fatores de Crescimento; ...44

O desenvolvimento das potencialidades físicas e intelectuais; ...46

A ajuda na aquisição da estabilidade emocional; ...50

O desenvolvimento das possibilidades de comunicação; ...50

A redução das limitações provocadas pela deficiência ...50

O apoio na inserção familiar, escolar e social de crianças e jovens deficientes ...50

O desenvolvimento da independência a todos os níveis em que se possa processar; ...50

Repensando a deficiência à luz de novos pressupostos ...63

O contexto psicológico; ...63

O Clima sócio-afetivo. ...63

Sugestão Bibliográfica: ARANHA. M. S. F. Projeto escola viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos - construindo a escola inclusiva. 2. ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. ...68

ARANHA. M. S. F. Projeto escola viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos - adaptações curriculares de grande porte. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2000. ...72

ARANHA. M. S. F. Projeto escola viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos - adaptações curriculares de pequeno porte. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2000 ...78

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/ superdotação. Brasília: MEC, Secretaria de Educação especial, 2003. ...86

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes educacionais sobre estimulação precoce: o portador de necessidades educativas especiais. Brasília: MEC, SEESP, 1995. ...90

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil: estratégias e orientações para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, 2000. ... 100

DELPRETTO, Bárbara Martins de Lima. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: altas habilidades/superdotação. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 108

ROPOLI, Edilene Aparecida. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 119

BELISÁRIO FiLHO, José Ferreira. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 133

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, Secretaria de Educação especial, 2006. ... 150

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, Secretaria de Educação especial, 2003. ... 161

GOMES, Adriana Leite Lima Verde. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 164

SARTORETTO, Mara Lúcia.; BERSCH, Rita de Cássia Reckziegel. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação alternativa e aumentativa. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 174

GIACOMINI, Lília. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar) ... .208

(5)

SUMÁRIO

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Intelectual ... 231

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Visual ... 231

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado. Pessoa com Surdez ... 242

- A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: Deficiência Física ... 245

- Programa De Capacitação De Recursos Humanos Do Ensino Fundamental: Deficiência Múltipla. ... 262

- Orientação e Mobilidade - Conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual. ... 283

- Ideias para ensinar português para alunos surdos. ... 288

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - PARTE 2

Constituição Federal/88 – art. 205, 206 e 208. ...01

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069 de 1990. ...03

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. ...26

Lei Federal nº 7853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. ...47

Lei Federal nº 10.098/00 – Lei da Acessibilidade. ...52

Lei Federal nº 12.764/2012 – Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera § 3º do art.98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. ...57

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência/ONU, 2006. ...59

Resolução CNE/CEB nº 02/2001 – Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. ...62

Resolução CNE/CEB nº 04/2009 – Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional na Educação Básica, modalidade Educação Especial. ...67

Decreto Federal nº 3298/99 – Regulamenta a Lei nº 7853 de 24/10/89 e dispõe sobre a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de deficiência, consolida normas de proteção e dá outras providências. ...70

Decreto Federal nº 7611/2011 – Dispõe sobre a Educação Especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. ...72

Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – MEC/2008. ...75

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - PARTE 3

MS-Windows 7 ou versões mais recentes: área de trabalho, área de transferência, ícones, barra de tarefas e ferramentas, comandos e recursos; unidades de armazenamento; conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos; visualização, exibição e manipulação de arquivos e pastas; uso dos menus, programas e aplicativos; painel de controle; interação com o conjunto de aplicativos MS-Office 2010 ou versões mais recentes. ...06

MS-Word 2010 ou versões mais recentes: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos; editoração e processamento de textos; propriedades e estrutura básica dos documentos; distribuição de conteúdo na página; formatação; cabeçalho e rodapé; tabelas; impressão; inserção de objetos/imagens; campos predefinidos; envelopes, etiquetas, mala-direta; caixas de texto. ...18

MS-Excel 2010 ou versões mais recentes: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos; funcionalidades e estrutura das planilhas; configuração de painéis e células; linhas, colunas, pastas, tabelas e gráficos; formatação; uso de fórmulas, funções e macros; impressão; inserção de objetos/imagens; campos predefinidos; controle de quebras e numeração de páginas; validação de dados e obtenção de dados externos; filtragens e classificação de dados. ...18

Correio Eletrônico: comandos, atalhos e recursos; uso do correio eletrônico; preparo e envio de mensagens; anexação de arquivos; modos de exibição; organização de e-mails, gerenciador de contatos. ...69

Internet: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos dos principais navegadores; navegação e princípios de acesso à internet; downloads; conceitos de URL, links, sites, vírus, busca e impressão de páginas. ...51

(6)

LÍNGUA PORTUGUESA

ÍNDICE

Interpretação de texto. ...01

Significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos, sentido próprio e figurado das palavras. ...03

Ortografia Oficial. ...06

Pontuação. ...09

Acentuação. ...12

Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção (classifica-ção e sentido que imprime às relações entre as orações). ...15

Concordância verbal e nominal. ... 56

Regência verbal e nominal. ... 62

Colocação pronominal. ...68

Crase. ...68

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1

LÍNGU

A

POR

TUGUESA

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio-nadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli-gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

Intertexto - comumente, os textos apresentam referên-cias diretas ou indiretas a outros autores através de cita-ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-tir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamen-tações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, em uma prova, o candidato deve:  Identificar os elementos fundamentais de uma

ar-gumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

Comparar as relações de semelhança ou de diferen-ças entre as situações do texto.

Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade.

Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Parafrasear = reescrever o texto com outras

pala-vras.

1. Condições básicas para interpretar

Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio.

2. Interpretar/Compreender Interpretar significa:

Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que...

É possível deduzir que... O autor permite concluir que...

Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa

Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que...

É sugerido pelo autor que...

De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...

O narrador afirma...

3. Erros de interpretação

Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido.  Contradição = às vezes o texto apresenta ideias

contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-clusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão.

Observação:

Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a óti-ca do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblí-quo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na in-terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.

qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa)

cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo:

Falou tudo QUANTO queria (correto)

Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

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TUGUESA

4. Dicas para melhorar a interpretação de textos Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral

do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor-mação você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as questões.

Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom-pa a leitura.

Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias.

Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão).

Volte ao texto quantas vezes precisar.

Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor.

Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão.

Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão.

 O autor defende ideias e você deve percebê-las.  Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo

geralmente mantém com outro uma relação de con-tinuação, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem essas relações.

 Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante.

Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para

In-terpretação de Texto, mas para todas as demais ques-tões!

Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.  Olhe com especial atenção os pronomes relativos,

pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque remetem a outros vocábulos do texto.

SITES http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-gues/como-interpretar-textos http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melho-rar-a-interpretacao-de-textos-em-provas http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para--voce-interpretar-melhor-um.html http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-tao-117-portugues.htm EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Cespe – 2017)

Texto CG1A1AAA

A valorização do direito à vida digna preserva as duas faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimen-são plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, singulariza-se em sua individualidade. O direito é o instrumento da fraterni-zação racional e rigorosa.

O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável de justiça social.

Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a reve-lação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana.

Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com adap-tações).

Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano tem direito

a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da so-brevivência das espécies.

b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessá-rio para defender seus interesses.

c) de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos.

d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros.

e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos.

Resposta: Letra E.

O ser humano tem direito a uma vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, edu-cação, segurança – e exercer seus deveres plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...).

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LÍNGU

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TUGUESA

2. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Cespe – 2017)

Texto CG1A1BBB

Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de sua inves-tidura é legitimada pela compatibilidade com as regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos agentes do poder popular, que o Estado polariza e exerce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em nome do qual é pronunciada.

Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com adaptações).

Conforme as ideias do texto CG1A1BBB,

a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos

pelo voto popular, como ocorre com os representan-tes dos demais poderes.

c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais.

d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magis-tratura e o sistema democrático.

e) os magistrados brasileiros exercem o poder consti-tucional que lhes é atribuído em nome do governo federal.

Resposta: Letra A.

A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de

representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que

o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido (...).

3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – SUPERIOR – CESPE – 2017 – ADAPTADA) No texto CG1A1BBB, o vo-cábulo ‘emana’ foi empregado com o sentido de

a) trata. b) provém. c) manifesta. d) pertence. e) cabe. Resposta: Letra B.

Dentro do contexto, “emana” tem o sentido de “pro-vém”.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS: SINÔNI-MOS, ANTÔNISINÔNI-MOS, PARÔNISINÔNI-MOS, HOMÔNI-MOS, SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS.

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

Semântica é o estudo da significação das palavras e das suas mudanças de significação através do tempo ou em determinada época. A maior importância está em distinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e homôni-mos e parônihomôni-mos (homonímia / paronímia).

1. Sinônimos

São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto -

abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.

Duas palavras são totalmente sinônimas quando são substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quando, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar).

Observação:

A contribuição greco-latina é responsável pela exis-tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e

antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.

2. Antônimos

São palavras que se opõem através de seu significado:

ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.

Observação:

A antonímia pode se originar de um prefixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e

an-tipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico.

3. Homônimos e Parônimos

Homônimos = palavras que possuem a mesma gra-fia ou a mesma pronúncia, mas significados diferen-tes. Podem ser

A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-rentes na pronúncia:

rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e de-nuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).

B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-ferentes na escrita:

acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmoni-zar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (ar-reio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo (andar).

C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:

caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo).

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Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-rém de formas relativamente próximas. São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta (recep-táculo de vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o almoço), eminente (ilustre) e

imi-nente (que está para ocorrer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/ou verbo “ser” no

imperativo) e cede (verbo), comprimento (medida) e

cumprimento (saudação), autuar (processar) e atuar

(agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar),

defe-rir (atender a) e difedefe-rir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir som), aprender (conhecer) e apreender

(assimilar; apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, afundar).

4. Hiperonímia e Hiponímia

Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hipô-nimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperôni-mo, mais abrangente.

O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipônimo, criando, assim, uma relação de dependência semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hiperonímia com carros, já que veículos é uma palavra de significado ge-nérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. Veículos é um hiperônimo de carros.

Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita a repetição desnecessária de termos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa

Sac-coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja,

Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.

Português: novas palavras: literatura, gramática, redação

/ Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua

Por-tuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000. SITE

http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an-tonimos,-homonimos-e-paronimos

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Exemplos de variação no significado das palavras: Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido

li-teral)

Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido

fi-gurado)

Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)

As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (co-notação) das palavras.

A) Denotação

Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original, independentemente do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.

A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca-ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor-nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medica-mentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de madeira. Outros exemplos:

O elefante é um mamífero.

As estrelas deixam o céu mais bonito! B) Conotação

Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes inter-pretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação me-diante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico. Como no exemplo da pala-vra “pau”: em seu sentido conotativo ela pode significar cas-tigo (dar-lhe um pau), reprovação (tomei pau no concurso).

A conotação tem como finalidade provocar sentimen-tos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu-blicitários, entre outros. Exemplos:

Você é o meu sol!

Minha vida é um mar de tristezas. Você tem um coração de pedra!

Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que consta no dicio-nário.

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FicaDica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa

Sac-coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.

Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto

Ce-reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.

SITE

http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-cao/

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MATEMÁTICA

ÍNDICE

Resolução de situações-problema. Números Inteiros: Operações, Propriedades, Múltiplos e Divisores; Números Racionais:

Operações e Propriedades. ...01

Razões e Proporções, Divisão Proporcional, ...22

Regra de Três Simples. ...28

Porcentagem. ...30

Juros Simples. ...33

Sistema de Medidas Legais. ...34

Conceitos básicos de geometria: cálculo de área e cálculo de volume. ...34

Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. ...39

Raciocínio Lógico...50

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RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA. NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES,

PROPRIEDADES, MÚLTIPLOS E DIVISORES; NÚMEROS RACIONAIS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES;

NÚMEROS NATURAIS E SUAS OPERAÇÕES FUN-DAMENTAIS

1. Definição de Números Naturais

Os números naturais como o próprio nome diz, são os números que naturalmente aprendemos, quando estamos iniciando nossa alfabetização. Nesta fase da vida, não esta-mos preocupados com o sinal de um número, mas sim em encontrar um sistema de contagem para quantificarmos as coisas. Assim, os números naturais são sempre positivos e começando por zero e acrescentando sempre uma unida-de, obtemos os seguintes elementos:

ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, … .

Sabendo como se constrói os números naturais, pode-mos agora definir algumas relações importantes entre eles: a) Todo número natural dado tem um sucessor (número

que está imediatamente à frente do número dado na seqüência numérica). Seja m um número natural qualquer, temos que seu sucessor será sempre de-finido como m+1. Para ficar claro, seguem alguns exemplos:

Ex: O sucessor de 0 é 1. Ex: O sucessor de 1 é 2. Ex: O sucessor de 19 é 20.

b) Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números que estão imediatamente ao lado do outro são considerados como consecutivos. Vejam os exemplos:

Ex: 1 e 2 são números consecutivos. Ex: 5 e 6 são números consecutivos. Ex: 50 e 51 são números consecutivos.

c) Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo for sucessor do primeiro, o terceiro for sucessor do segundo, o quar-to for sucessor do terceiro e assim sucessivamente. Observe os exemplos a seguir:

Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. Ex: 5, 6 e 7 são consecutivos.

Ex: 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

d) Analogamente a definição de sucessor, podemos definir o número que vem imediatamente antes ao número analisado. Este número será definido como antecessor. Seja m um número natural qualquer, te-mos que seu antecessor será sempre definido como m-1. Para ficar claro, seguem alguns exemplos: Ex: O antecessor de 2 é 1.

Ex: O antecessor de 56 é 55. Ex: O antecessor de 10 é 9.

FIQUE ATENTO!

O único número natural que não possui ante-cessor é o 0 (zero) !

1.1. Operações com Números Naturais

Agora que conhecemos os números naturais e temos um sistema numérico, vamos iniciar o aprendizado das operações matemáticas que podemos fazer com eles. Mui-to provavelmente, vocês devem ter ouvido falar das quatro operações fundamentais da matemática: Adição, Subtra-ção, Multiplicação e Divisão. Vamos iniciar nossos estudos com elas:

Adição: A primeira operação fundamental da Aritmé-tica tem por finalidade reunir em um só número, todas as unidades de dois ou mais números. Antes de surgir os al-garismos indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio de ábacos. Esse método é o mais simples para se aprender o conceito de adição, veja a figura a seguir:

Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) foram reunidas após o passeio no quintal. Essa reunião das pedras é definida como adição. Simbolicamente, a adição é representada pelo símbolo “+” e assim a historinha fica da seguinte forma:

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𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 +𝑃𝑒𝑔𝑢𝑒𝑖 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑖𝑛𝑡𝑎𝑙 =2 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜5 Como toda operação matemática, a adição possui algu-mas propriedades, que serão apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A adição no conjunto dos números na-turais é fechada, pois a soma de dois números natu-rais será sempre um número natural.

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b) Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de números na-turais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números nana-turais, somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro. Apresentando isso sob a forma de números, sejam A,B e C, três números naturais, temos que:

𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 𝐴 + (𝐵 + 𝐶)

c) Elemento neutro: Esta propriedade caracteriza-se pela existência de número que ao participar da operação de adi-ção, não altera o resultado final. Este número será o 0 (zero). Seja A, um número natural qualquer, temos que:

𝐴 + 0 = 𝐴

d) Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a segunda parcela com a primeira parcela. Sejam dois números naturais A e B, temos que:

𝐴 + 𝐵 = 𝐵 + 𝐴

Subtração: É a operação contrária da adição. Ao invés de reunirmos as unidades de dois números naturais, vamos re-tirar uma quantidade de um número. Voltando novamente ao exemplo das pedras:

Observando a historinha, veja que as unidades (pedras) que eu tinha foram separadas. Essa separação das pedras é defini-da como subtração. Simbolicamente, a subtração é representadefini-da pelo símbolo “-” e assim a historinha fica defini-da seguinte forma:

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𝑇𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 −𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜 =3 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜2 A subtração de números naturais também possui suas propriedades, definidas a seguir:

a) Não fechada: A subtração de números naturais não é fechada, pois há um caso onde a subtração de dois números naturais não resulta em um número natural. Sejam dois números naturais A,B onde A < B, temos que:

A − B < 0

Como os números naturais são positivos, A-B não é um número natural, portanto a subtração não é fechada. b) Não Associativa: A subtração de números naturais também não é associativa, uma vez que a ordem de resolução é

im-portante, devemos sempre subtrair o maior do menor. Quando isto não ocorrer, o resultado não será um número natural. c) Elemento neutro: No caso do elemento neutro, a propriedade irá funcionar se o zero for o termo a ser subtraído do

número. Se a operação for inversa, o elemento neutro não vale para os números naturais:

d) Não comutativa: Vale a mesma explicação para a subtração de números naturais não ser associativa. Como a ordem de resolução importa, não podemos trocar os números de posição

Multiplicação: É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parce-la, tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador. Veja o exemplo:

Ex: Se eu economizar toda semana R$ 6,00, ao final de 5 semanas, quanto eu terei guardado? Pensando primeiramente em soma, basta eu somar todas as economias semanais:

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Quando um mesmo número é somado por ele mesmo repetidas vezes, definimos essa operação como multiplicação. O símbolo que indica a multiplicação é o “x” e assim a operação fica da seguinte forma:

6 + 6 + 6 + 6 + 6

𝑆𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 =𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠 = 306 𝑥 5 A multiplicação também possui propriedades, que são apresentadas a seguir:

a) Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto dos números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais números naturais, o resultado será um número natural.

b) Associativa: Na multiplicação, podemos associar três ou mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo segundo. Sejam os números naturais m,n e p, temos que:

𝑚 𝑥 𝑛 𝑥 𝑝 = 𝑚 𝑥 (𝑛 𝑥 𝑝)

c) Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais também existe um elemento neutro para a multiplicação mas ele não será o zero, pois se não repetirmos a multiplicação nenhuma vez, o resultado será 0. Assim, o elemento neu-tro da multiplicação será o número 1. Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:

𝑛 𝑥 1 = 𝑛

d) Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o segundo elemento pelo primeiro elemento. Sejam os números naturais m e n, temos que:

𝑚 𝑥 𝑛 = 𝑛 𝑥 𝑚

e) Prioridade sobre a adição e subtração: Quando se depararem com expressões onde temos diferentes operações matemática, temos que observar a ordem de resolução das mesmas. Observe o exemplo a seguir:

Ex:

2 + 4 𝑥 3

Se resolvermos a soma primeiro e depois a multiplicação, chegamos em 18.

Se resolvermos a multiplicação primeiro e depois a soma, chegamos em 14. Qual a resposta certa?

A multiplicação tem prioridade sobre a adição, portanto deve ser resolvida primeiro e assim a resposta correta é 14. FIQUE ATENTO!

Caso haja parênteses na soma, ela tem prioridade sobre a multiplicação. Utilizando o exemplo, temos que: . Nesse caso, realiza-se a soma primeiro, pois ela está dentro dos parênteses

f) Propriedade Distributiva: Uma outra forma de resolver o exemplo anterior quando se a soma está entre parênteses é com a propriedade distributiva. Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos. Veja o exemplo:

2 + 4 x 3 = 2x3 + 4x3 = 6 + 12 = 18

Veja que a multiplicação foi distribuída para os dois números do parênteses e o resultado foi o mesmo que do item anterior.

Divisão: Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro. O primeiro número é denominado dividendo e o outro número é o divisor. O resultado da divisão é chamado de quociente. Nem sempre teremos a quantidade exata de vezes que o divisor caberá no dividendo, podendo sobrar algum valor. A esse valor, iremos dar o nome de resto. Vamos novamente ao exemplo das pedras:

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No caso em particular, conseguimos dividir as 8 pedras para 4 amigos, ficando cada um deles como 2 unidades e não restando pedras. Quando a divisão não possui resto, ela é definida como divisão exata. Caso contrário, se ocor-rer resto na divisão, como por exemplo, se ao invés de 4 fossem 3 amigos:

Nessa divisão, cada amigo seguiu com suas duas pe-dras, porém restaram duas que não puderam ser distribuí-das, pois teríamos amigos com quantidades diferentes de pedras. Nesse caso, tivermos a divisão de 8 pedras por 3 amigos, resultando em um quociente de 2 e um resto tam-bém 2. Assim, definimos que essa divisão não é exata.

Devido a esse fato, a divisão de números naturais não é fechada, uma vez que nem todas as divisões são exatas. Também não será associativa e nem comutativa, já que a ordem de resolução importa. As únicas propriedades váli-das na divisão são o elemento neutro (que segue sendo 1, desde que ele seja o divisor) e a propriedade distributiva.

FIQUE ATENTO!

A divisão tem a mesma ordem de prioridade de resolução que a multiplicação, assim ambas podem ser resolvidas na ordem que aparecem.

EXERCÍCIO COMENTADO

1. (Pref. De Bom Retiro – SC) A Loja Berlanda está com promoção de televisores. Então resolvi comprar um televi-sor por R$ 1.700,00. Dei R$ 500,00 de entrada e o restante vou pagar em 12 prestações de:

a) R$ 170,00 b) R$ 1.200,00 c) R$ 200,00 d) R$ 100,00

Resposta: Letra D: Dado o preço inicial de R$ 1700,00, basta subtrair a entrada de R$ 500,00, assim: R$ 1700,00-500,00 = R$ 1200,00. Dividindo esse resultado em 12 prestações, chega-se a R$ 1200,00 : 12 = R$ 100,00 NÚMEROS INTEIROS E SUAS OPERAÇÕES FUNDA-MENTAIS

1.1 Definição de Números Inteiros

Definimos o conjunto dos números inteiros como a união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, com o conjunto dos opostos dos números natu-rais, que são definidos como números negativos. Este con-junto é denotado pela letra Z e é escrito da seguinte forma:

ℤ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, … }

Sabendo da definição dos números inteiros, agora é possível indiciar alguns subconjuntos notáveis:

a) O conjunto dos números inteiros não nulos: São to-dos os números inteiros, exceto o zero:

= {… , −4, −3, −2, −1, 1, 2, 3, 4, … }

b) O conjunto dos números inteiros não negativos: São todos os inteiros que não são negativos, ou seja, os números naturais:

+

= 0, 1, 2, 3, 4, … = ℕ

c) O conjunto dos números inteiros positivos: São to-dos os inteiros não negativos, e neste caso, o zero não pertence ao subconjunto:

ℤ∗+= 1, 2, 3, 4, …

d) O conjunto dos números inteiros não positivos: São todos os inteiros não positivos:

ℤ_ = {… , −4, −3, −2, −1, 0, }

e) O conjunto dos números inteiros negativos: São to-dos os inteiros não positivos, e neste caso, o zero não pertence ao subconjunto:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS- PARTE 1

ÍNDICE

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil: estratégias e orientações para a

educação de crianças com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, 2000. ... 100

DELPRETTO, Bárbara Martins de Lima. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: altas habilidades/superdotação. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 108

ROPOLI, Edilene Aparecida. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 119

BELISÁRIO FiLHO, José Ferreira. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 133

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: avaliação para identifi cação das necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, Secretaria de Educação especial, 2006. ... 150

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, Secretaria de Educação especial, 2003. ... 161

GOMES, Adriana Leite Lima Verde. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: o atendimento educacional especializado para alunos com defi ciência intelectual. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 164

SARTORETTO, Mara Lúcia.; BERSCH, Rita de Cássia Reckziegel. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação alternativa e aumentativa. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar). ... 174

GIACOMINI, Lília. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília: Ministério da Educação, 2010. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Educação Escolar) ... .208

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Defi ciência Intelectual ... 231

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Defi ciência Visual ... 231

- Ministério da Educação. O Atendimento Educacional Especializado. Pessoa com Surdez ... 242

- A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: Defi ciência Física ... 245

- Programa De Capacitação De Recursos Humanos Do Ensino Fundamental: Defi ciência Múltipla. ... 262

- Orientação e Mobilidade - Conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com defi ciência visual. ... 283

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1 CONHECIMENT OS ESPECÍFIC OS - PAR TE 1

A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA QUE GARANTA O ACESSO, A PERMANÊNCIA E APRENDIZAGENS EFETIVAS, SIGNIFICATIVAS E RELEVANTES.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS IN-CLUSIVAS

FIQUE ATENTO!

Nesse texto, atenção especial é dada à teoria de Vygotsky e suas implicações para o debate sobre inclusão nos campos da educação na escola e na sociedade. O artigo focaliza também as relações que defi nem a política inclusiva e a complexidade que caracteriza este processo.

Segundo a educadora Mantoan (2005) afi rma que na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida difi cilmente ensina: respeitar as diferenças. Res-salta ainda, que a inclusão é a nossa capacidade de reco-nhecer o outro e ter o privilégio de conviver com pessoas diferentes. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que rampas e banheiros adaptados.

Na perspectiva de Mantoan, um professor sem capa-citação pode ensinar alunos com defi ciência. O papel do professor é ser regente de classe e não especialista em de-fi ciência, essa responsabilidade é da equipe de atendimen-to especializado, uma criança surda, por exemplo, aprende com especialista em libras e leitura labial.

Questionam-se os valores e padrões pré-estabelecidos, os critérios de avaliação e discriminação que prejudicam o desenvolvimento e a aprendizagem das habilidades e a independência destas crianças.

Neste sentido, observamos que Vygotsky, psicólogo russo e estudioso do tema desenvolvimento e aprendiza-gem, ao falar sobre defi ciências educacionalmente consi-deradas como uma das necessidades educacionais espe-ciais mostra a interação existente entre as características biológicas e as relações sociais para o desenvolvimento da pessoa. Segundo Vygotsky o conceito de Zona de Desen-volvimento proximal, conhecida como ZDP, que é a distân-cia entre o desenvolvimento real e o potendistân-cial.

Abordando mais especifi camente as questões da educação inclusiva temos um histórico amplo de várias signifi -cações no decorrer da história, que assinala registros de re-sistência à aceitação social dos portadores de necessidades educativas especiais. Práticas executadas como abandono, afogamentos, sacrifícios eram comuns até meados do sé-culo XVIII, quando o atendimento passa das famílias e da igreja, para a ciência, passando das instituições residenciais às classes especiais no século XX.

Conforme Cardoso (2003) os médicos passaram a de-dicar-se ao estudo dos defi cientes, nomenclatura adotada. Com esta institucionalização especializada dá se início o período de segregação, onde a política era separar, isolar e proteger a sociedade do convívio social, do contato com estas pessoas anormais, inválidas, incapazes de exercer qualquer atividade.

Espera-se que a escola tenha um papel complementar ao desempenhado pela família no processo de socializa-ção das crianças com necessidades educacionais especiais. É uma tarefa difícil e delicada, que envolve boas doses de atitudes pessoais e coletivas, caracterizadas principalmente pelo diálogo, pela compreensão, pelo respeito às diferen-ças e necessidades individuais, pelo compromisso e pela ação.

As escolas inclusivas, portanto, propõem a constituição de um sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em razão dessas necessidades. A inclusão gera uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam difi culdades na escola; mas apoia a todos: professores, alunos e pessoal administrativo para que ob-tenham sucesso na escola convencional (MANTOAN, 1997). Na inclusão, as escolas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus alunos, considerando tan-to os estilos como ritmos diferentes de aprendizagem e as-segurando uma educação de qualidade a todos, por meio de currículo apropriado, de modifi cações organizacionais, de estratégias de ensino, de uso de recursos e de parcerias com a comunidade.

Os dois modelos de escola regular e especial podem ter características inclusivas e ser o melhor para determi-nado aluno, o processo de avaliação é que vai identifi car a melhor intervenção, o mais importante salientar que mui-tos alunos têm passagens rápidas e efi cientes pela escola especial, o que acaba garantindo uma entrada tranquila e bem assessorada no ensino fundamental convencional, evitando uma série de transtornos para o aluno, para os pais e para a escola.

Segundo Coll (1995) a igualdade educacional não pode ser obtida quando se oferece o mesmo cardápio a todos os alunos; a integração escolar das crianças com defi ciências torna-se possível quando se oferece a cada aluno aquilo de que ele necessita.

Defi ciência

As crianças no século XV portadores de defi ciência eram deformadas e atiradas nos esgotos de Roma na Idade Mé-dia. Porém os portadores de defi ciências eram abrigados nas igrejas e passaram a ganhar a função de bobo da cor-te. Segundo Martinho Lutero, as pessoas com defi ciências eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purifi cados.

A partir do século XVI e XIX as pessoas com defi ciên-cias continuavam isoladas em asilos, conventos albergues, ou até mesmo em hospitais psiquiátricos como na Europa que não passava de uma prisão sem qualquer tipo de trata-mento especializado. No entanto a partir do século XX, os

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CONHECIMENT OS ESPECÍFIC OS - PAR TE 1

portadores de defi ciências começaram a ser considerados cidadãos com direitos e deveres da participação da socie-dade, mas com a Declaração Universal dos Direitos Huma-nos começaram a surgir os movimentos organizadores por familiares com críticas à discriminação, para a melhorias de vida para os mutilados na guerra em 1970 só então começa a mudar a visão da sociedade nos anos 80, 90 onde passam a defender a inclusão.

Segundo Silva (1987): anomalias físicas ou mentais, de-formações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto à própria humanidade.

Nas escolas de Anatomia da cidade de Alexandria, Se-gundo a afi rmação de Silva (1987) existiu no período de 300 a. C, nela fi cam registro da medicina egípcia utilizada para o tratamento de males que afetavam os ossos e os olhos das pessoas adulas. Pois havia passagem histórica sobre os cegos do Egito que faziam atividades artesanais.

Gugel (2008) expõe que na era primitiva, as pessoas com defi ciência não sobreviviam, devido ao ambiente desfavo-rável. Afi nal, para seu sustento, o homem primitivo tinha que caçar e colher frutos, além de produzir vestuário com peles de animais. Com as mudanças climáticas, os homens começam a se agrupar e juntos irem à busca de sustento e vestimenta. No entanto, somente os mais fortes resistiam e segundo pesquisadores, era comum nesta época desfa-zerem de crianças com defi ciência, pois representava um fardo para o grupo.

Segundo Gugel (2008), no Egito Antigo, as múmias e os túmulos nos mostram que a pessoa com defi ciência intera-gia com toda sociedade. Já na Grécia, as defi ciências eram tratadas pelo termo “disformes.” Devido à necessidade de manter um exército forte, os gregos eliminavam as pessoas com defi ciências.

As famosas múmias do Egito, que permitiam a conser-vação dos corpos por muitos anos, possibilitaram o estudo dos restos mortais de faraós e nobres do Egito que apre-sentavam distrofi as e limitações físicas, como Sipthah (séc. XIII a.C.) e Amon (séc. XI a.C.).

A construção da escola inclusiva exige mudanças nes-sa cultura e nas suas consequentes práticas. Segundo Perrenoud (2000) aponta alguns fatores que difi cultam a construção de um coletivo, no contexto educacional, na limitação histórica da autonomia política e alternativa do profi ssional da educação.

O signifi cado da inclusão escolar e que ela vem se de-senvolvendo em todos os setores sociais, não somente na escola, mas em todos âmbitos sociais:

- Educação como direito de todos; - Igualdade de oportunidades; - Convívio social;

- Cidadania;

- Valorização da Diversidade; - Transformação Social.

As mudanças da Inclusão a partir do século XXI

No Brasil a parir do ano 2000 Segundo os dados do Censo realizado pelo IBGE existem cerca de 25 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de defi ciência. Premida pela urgência de garantir o exercício pleno da cidadania a essa imensa população, a sociedade brasileira vai ganhan-do, pouco a pouco, a sensibilidade requerida para tratar do tema, ainda que seja bastante longo o caminho a percorrer.

A Constituição de 1988 dedicou vários artigos às pes-soas com defi ciência, de que é exemplo o artigo 7º, XXXI; artigo 23, II; artigo 24, XIV; artigo 37, VIII; artigo 203, V; artigo 227, p. 2º e o artigo 244. Eles tratam de pontos tão variados como a proibição da discriminação no tocante a salários e a admissão ao trabalho, saúde e assistência pú-blica, proteção e integração social, o acesso a cargos e empregos públicos, garantia de salário mínimo mensal à pessoa com defi ciência carente de recursos fi nanceiros e a adaptação de logradouros, edifícios e veículos para trans-porte coletivo.

O primeiro documento que merece menção é o decreto n. 3298, de 20 de dezembro de 1999. Ele regulamentou a Lei n. 7853, de 24 de outubro de 1989, que consolidou as regras de proteção à pessoa portadora de defi ciência. Se-gundo a Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República - SDH/PR Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Defi ciência - SNPD.

Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de bar-reiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alter-nativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comu-nicação e sinalização às pessoas portadoras de defi ciência sensorial e com difi culdade de comunicação, para garantir--lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.

Art. 18. O Poder Público programará a formação de pro-fi ssionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de si-nais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de defi ciência sen-sorial e com difi culdade de comunicação.

Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitula-ção, para garantir o direito de acesso à informação às pes-soas portadoras de defi ciência auditiva, na forma e no prazo previsto em regulamento.

Para se ter a dimensão do entendimento que a socieda-de tem sobre o indivíduo socieda-defi ciente precisamos nos repor-tar ao passado, e localizar nas diferenças épocas, o retrato que se fi xou, culturalmente, sobre a ideia das diferenças individuais e que se converteu no atual modelo de atendi-mento a este sujeito nas várias instituições, principalmente no ensino regular. (ROCHA, 2000).

Gugel (2008) expõe que na era primitiva, as pessoas com defi ciência não sobreviviam, devido ao ambiente desfavo-rável. Afi nal, para seu sustento, o homem primitivo tinha que caçar e colher frutos, além de produzir vestuário com peles de animais. Com as mudanças climáticas, os homens começam a se agrupar e juntos irem à busca de sustento e

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3 CONHECIMENT OS ESPECÍFIC OS - PAR TE 1

vestimenta. No entanto, somente os mais fortes resistiam e segundo pesquisadores, era comum nesta época desfa-zerem de crianças com defi ciência, pois representava um fardo para o grupo.

Segundo Gugel (2008), no Egito Antigo, as múmias e os túmulos nos mostram que a pessoa com defi ciência in-teragia com toda sociedade. Já na Grécia, as defi ciências eram tratadas pelo termo “disformes” e devido à necessi-dade de se manter um exército forte os gregos eliminavam as pessoas com defi ciências.

Considerações Finais

O Brasil é hoje uma referência mundial na reparação de vítimas da hanseníase que foram segregadas do convívio social no passado. E aprovou em 2008 a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Defi ciência, pela primeira vez com força de preceito constitucional, fato que balizará toda a discussão em torno de um possível estatu-to dos direiestatu-tos da pessoa com defi ciência.

O termo defi ciência para denominar pessoas com defi -ciência tem sido considerado por algumas ONGs e cientis-tas sociais inadequados, pois o termo leva consegue uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao lon-go dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos es-pecialistas da área e em especial pelos próprios indivíduos a quem se refi ra. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar as pessoas com defi ciência a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença.

Atualmente, porém, esta palavra está voltando a ser utilizada, visto que a rejeição do termo, por si só, caracte-riza um preconceito de estigmatizarão contra a condição do indivíduo revertida pelo uso de um eufemismo, o que pode ser observado em sites voltados aos “defi cientes” é que o termo defi ciente é utilizado de maneira não pejo-rativa.

Referência:

NOQUELE, A.; SILVA, A. P. da. SILVA, R. Educação Inclu-siva e o Processo de Ensino-Aprendizagem.

EXERCÍCIO COMENTADO

01. (UNIFESP - Técnico em Assuntos Educacionais - Superior - VUNESP/2016)

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação es-pecial considera que as pessoas se modifi cam continua-mente, transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, reforçando a importância dos ambientes heterogêneos para a promoção da apren-dizagem de todos os alunos. Acerca da educação especial, é correto afi rmar que esta:

a) é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades do sistema educacional.

b) está restrita à educação básica, na qual os alunos são mantidos em salas especiais, de acordo com suas de-fi ciências.

c) deve ser ministrada apenas em escolas especiais do-tadas de estrutura física e equipamentos adequados às pessoas com defi ciência.

d) considera os alunos com defi ciência iguais aos de-mais da classe, e, assim, devem-se utilizar, com eles, os mesmos instrumentos de avaliação.

e) estabelece que o aluno deve se adaptar à escola, e não há, necessariamente, uma perspectiva de que a escola precise mudar.

01.

Em “a”: Certo- A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e moda-lidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendi-mento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular (BRASIL, 2008, p.16).

Em “b”: Errado – Os alunos são mantidos nas turmas comuns do ensino regular.

Em “c”: Errado – deverá haver a oferta de serviços de apoio complementar e suplementar especializados, nas es-colas da rede pública de ensino.

Em “d”: Errado – A avaliação é diferenciada para os alu-nos da educação especial.

Em “e” : Errado – A escola deve assegurar atendimento educacional especializado.

GABARITO OFICIAL: A

- FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. - A POLÍTICA EDUCACIONAL E A EDUCAÇÃO ESPECIAL.

Educação Inclusiva: A fundamentação fi losófi ca A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo, no reconhecimento de que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dig-nidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de frater-nidade” (Art. 1°).

A concepção contemporânea de Direitos Humanos, in-troduzida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), se fundamenta no reconhecimento da dignidade de todas as pessoas e na universalidade e indivisibilidade des-ses direitos; universalidade, porque a condição de pessoa é requisito único para a titularidade de direitos e indivisibi-lidade, porque os direitos civis e políticos são conjugados aos direitos econômicos, sociais e culturais.

A Declaração conjuga o valor de liberdade ao valor de igualdade, já que assume que não há liberdade sem igual-dade, nem tampouco igualdade sem liberdade. Neste

(20)

con-CONHECIMENT OS ESPECÍFIC OS - PAR TE 1

texto, o valor da diversidade se impõe como condição para o alcance da universalidade e a indivisibilidade dos Direitos Humanos. Num primeiro momento, a atenção aos Direitos Humanos foi marcada pela tônica da proteção geral e abs-trata, com base na igualdade formal; mais recentemente, passou-se a explicitar a pessoa como sujeito de direito, res-peitado em suas peculiaridades e particularidades.

O respeito à diversidade, efetivado no respeito às di-ferenças, impulsiona ações de cidadania voltadas ao reco-nhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por se-rem seres humanos. Suas especifi cidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades, discrimina-ções ou exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de po-líticas afi rmativas de respeito à diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos.

Princípios

A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa fi losofi a que reconhece e valoriza a diversidade, como ca-racterística inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse princípio e tendo como horizonte o cená-rio ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.

A identidade pessoal e social e a Construção da igualdade na diversidade

A identidade pessoal e social é essencial para o de-senvolvimento de todo indivíduo, enquanto ser humano e enquanto cidadão. A identidade pessoal é construída na trama das relações sociais que permeiam sua existência cotidiana. Assim, há que se esforçar para que as relações entre os indivíduos se caracterizem por atitudes de respeito mútuo, representadas pela valorização de cada pessoa em sua singularidade, ou seja, nas características que a cons-tituem. “A consciência do direito de constituir uma identi-dade própria e do reconhecimento da identiidenti-dade do outro traduz-se no direito à igualdade e no respeito às diferen-ças, assegurando oportunidades diferenciadas (equidade), tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade.” (MEC/SEESP, 2001). A Constituição Federal do Brasil assume o princípio da igualdade como pilar funda-mental de uma sociedade democrática e justa, quando reza no caput do seu Art. 5° que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no país, a inviola-bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-rança e à propriedade” (CF - Brasil, 1988).

Para que a igualdade seja real, ela tem que ser relativa. Isto signifi ca que as pessoas são diferentes, têm necessida-des diversas e o cumprimento da lei exige que a elas se-jam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as oportunidades existentes. Há que se enfatizar aqui, que tratamento diferenciado não se refere à institui-ção de privilégios, e sim, a disponibilizainstitui-ção das condições exigidas, na garantia da igualdade.

A escola inclusiva é espaço de construção de cida-dania

A família é o primeiro espaço social da crian-ça, no qual ela constrói referências e valores e a comunidade é o espaço mais amplo, onde novas referências e valores se desenvolvem. A participação da família e da comunidade traz para a escola informações, críticas, sugestões, solicitações, desvelando necessidades e sinali-zando rumos.

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FicaDica

Este processo, ressignifi ca os agentes e a prática edu-cacional, aproximando a escola da realidade social na qual seus alunos vivem. A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases de seu desenvolvimento. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e ao adolescente começam a conviver num coletivo diversifi cado, fora do contexto fa-miliar.

Exercício da cidadania e a promoção da paz

O conceito de cidadania em sua plena abrangência engloba direitos políticos, civis, econômicos, culturais e sociais. A exclusão ou limitação em qualquer uma dessas esferas fragiliza a cidadania, não promove a justiça social e impõe situações de opressão e violência.

Exercer a cidadania é conhecer direitos e deveres no exercício da convivência coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais, participar do debate permanente sobre causas coletivas e manifes-tar-se com autonomia e liberdade respeitando seus pares. Tais práticas se contrapõem à violência, na medida que não admitem a anulação de um sujeito pelo outro, mas forta-lecem cada um, na defesa de uma vida melhor para todos. Uma proposta de educação para a paz deve sensibilizar os educandos para novas formas de convivência baseadas na solidariedade e no respeito às diferenças, valores essenciais na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e de-veres e sensíveis para rejeitarem toda a forma de opressão e violência.

A atenção às pessoas com necessidades educacio-nais especiais

A atenção educacional aos alunos com necessidades especiais associadas ou não a defi ciência tem se modifi -cado ao longo de processos históricos de transformação social, tendo caracterizado diferentes paradigmas nas re-lações das sociedades com esse segmento populacional. A defi ciência foi, inicialmente, considerada um fenômeno metafísico, determinado pela possessão demoníaca, ou pela escolha divina da pessoa para purgação dos pecados de seus semelhantes. Séculos da Inquisição Católica e

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