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Processo: / Pós Doutorado Júnior. Vigência: 01/12/2012 até 30/10/2013. Marisílvia Donadelli 1 Supervisão: Marco Aurélio Lisboa Leite 2

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Academic year: 2021

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Relat ´orio de Atividades de Pesquisa de P ´os-Doutoramento Desenvolvidas At´e o

Momento

Processo: 160042/2012-7

P ´os Doutorado J ´unior

Vigˆencia: 01/12/2012 at´e 30/10/2013

Maris´ılvia Donadelli

1

Supervis˜ao: Marco Aur´elio Lisboa Leite

2

Laborat ´orio de Instrumentac¸ ˜ao e Part´ıculas

Departamento de F´ısica Geral e Experimental

Instituto de F´ısica

Universidade de S ˜ao Paulo

S˜ao Paulo, SP, 05508-090, Brasil

Outubro de 2013

1marisilvia.donadelli@gmail.com 2leite@usp.br

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1 Atividades programadas e efetivamente realizadas 1

1

Atividades programadas e efetivamente realizadas

Este relat ´orio de atividades compreende o per´ıodo de 01/12/2012 at´e 30/11/2013. Durante o per´ıodo de vigˆencia desta bolsa, destacamos as seguintes atividades:

1. Participac¸˜ao no IX Simp ´osio Latino Americano de F´ısica de Altas Energias SILAFAE 2012 (10 -14 de Dezembro de 2012)com apresentac¸˜ao oral de trabalho: Heavy ion physics with ATLAS. URL: http://www.ictp-saifr.org/?page id=3100

2. Viagem ao CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), de 15/01/2013 a 16/02/2013. Como parte de nossas atribuic¸ ˜oes junto ao grupo de trabalho da Colaborac¸˜ao ATLAS denominado Heavy Ions Working Group, fomos destacados para participarmos do ´ultimo per´ıodo de coleta de dados do LHC (Large Hadron Collider), antes do in´ıcio das atividades de manutenc¸˜ao do colisor denominado LS 1, de Fevereiro de 2013 a Marc¸o de 2015. O referido per´ıodo de coleta de dados foi reservado para colis ˜oes p+Pb a√sN N =5.02 TeV. Desde nossa chegada ao CERN, participamos da fase inicial

do per´ıodo de coleta de dados, validando o menu de triggers usado nas an´alises que usam o canal de dim ´uons, al´em de auxiliarmos na operac¸˜ao e monitoramento do ZDC Zero Degree Calorimeter na sala de controle do ATLAS. Al´em do trabalho com o ZDC, fomos destacados para particparmos da an´alise de dados de produc¸˜ao de J/ψ e ψ0 . Todas estas atividades e os resultados produzidos at´e agora ser˜ao detalhados no relat ´orio cient´ıfico a seguir (Sec¸˜ao 2). Neste per´ıodo fizemos uso do valor da taxa de bancada para pagamento das 6 di´arias de manutenc¸˜ao no CERN (regi˜ao de Genebra).

3. Participac¸˜ao em atividades de divulgac¸˜ao cient´ıfica na Colaborac¸˜ao ATLAS (URL http://atlas-live-virtual-visit.web.cern.ch/atlas-live-virtual-visit/2012/PastEvents.html) com visitas virtuais `a sala de controle nas seguintes datas:

• 23 e 24 de Janeiro de 2013. Simp ´osio Nacional de Ensino de F´ısica que acontece h´a mais de 40 anos, tendo por um de seus principais objetivos discutir os diferentes projetos em Ensino de F´ısica no Brasil e no exterior e que possam influenciar e aperfeic¸oar o ensino no pa´ıs. A visita virtual ao detector ATLAS foi conduzida pelo Dr. Helio Takai (BNL/USA) que fez a trans-miss˜ao do Instituto de F´ısica da Universidade de S˜ao Paulo, Dr. Denis Damazio (BNL/USA), Profa. Yara do Amaral Coutinho (UFRJ) e Dra. Maris´ılvia Donadelli (USP), que fizeram a transmiss˜ao da sala de controle do experimento ATLAS. Tais visitas podem ser utilizadas como instrumento de est´ımulo ao aprendizado das ciˆencias da natureza pelos professores em suas instituic¸ ˜oes de origem. URL: http://atlas-live-virtual-visit.web.cern.ch/atlas-live-virtual-visit/2013/SaoPaulo-2013-Pt.html.

• 03 de Julho de 2013. Programa Interdisciplinar de P ´os-Graduac¸˜ao em Educac¸˜ao em Ciˆencia na Universidade de S˜ao Paulo. Este programa compreende as seguintes ´areas : Ensino de F´ısica, Ensino de Qu´ımica e Ensino de Biologia. A visita virtual ao detector ATLAS foi con-duzida pela Dra. Maris´ılvia Donadelli (USP) que fez a transmiss˜ao do Instituto de F´ısica da Universidade de S˜ao Paulo, pelo Dr. Denis Damazio (BNL/USA), e pela Profa. Yara do Amaral Coutinho (UFRJ), que fizeram a transmiss˜ao da sala de controle do experimento ATLAS. Os espectadores deste tour virtual pertencem ao curso ”Complementos ao Eletro-magnetismo”da ´area de Ensino de F´ısica. Um total de 21 estudantes e a Profa. Suzana Sal´em Vasconcelos, respons´avel pela disciplina, participaram. Estes estudantes s˜ao, na sua maioria, professores de ensino m´edio em escolas p ´ublicas e privadas do estado de Estado de S˜ao Paulo. URL: http://atlas-live-virtual-visit.web.cern.ch/atlas-live-virtual-visit/2013/SaoPaulo2013-Pt.html.

• 05 de Setembro de 2013. Visita destinada a um grupo de 10 alunos do 1◦ano do ensino m´edio

do Col´egio Novo Rumo em Guarulhos, S˜ao Paulo. Ao final do ano letivo, estes alunos orga-nizar˜ao uma apresentac¸˜ao sobre o LHC, e qual o impacto de suas descobertas para a humani-dade. Esta apresentac¸˜ao ser´a destinada aos demais alunos do referido col´egio e `a comunidade em geral. Os mesmos alunos estiveram no Instituto de F´ısica da USP fazendo um minicurso sobre aceleradores de part´ıculas no Pelletron, o acelerador do Instituto. A visita virtual ao detector ATLAS foi conduzida pela Dra. Maris´ılvia Donadelli (USP) que fez a transmiss˜ao

(3)

2 Relat ´orio cient´ıfico 2

do Instituto de F´ısica da Universidade de S˜ao Paulo, pelo Dr. Denis Damazio (BNL/USA), e pela Profa. Yara do Amaral Coutinho (UFRJ), que fizeram a transmiss˜ao da sala de controle do experimento ATLAS. URL: http://atlas-live-virtual-visit.web.cern.ch/atlas-live-virtual-visit/2013/Guarulhos-2013-Pt.html.

4. Participac¸˜ao no XXXIV Encontro Nacional de F´ısica de Part´ıculas e Campos (26-30 de Agosto de 2013)promovido pela Sociedade Brasileira de F´ısica, com apresentac¸˜ao oral de trabalho: J/ψ and ψ0Production in p+Pb Collisions at√sN N =5.02 TeV with the ATLAS Detector.

5. Viagem ao CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), de 25/10/2013 a 25/11/2013, para participar de reuni ˜oes de trabalho com o grupo de an´alise de m ´uons Muons Combined Performance Group para tratar dos resultados de validac¸˜ao da 3a. cadeia de m ´uons, que ser´a abordada neste relat ´orio. Neste per´ıodo faremos uso do valor da taxa de bancada para pagamento das 6 di´arias de manutenc¸˜ao no CERN (regi˜ao de Genebra).

2

Relat ´orio cient´ıfico

2.1

Motiva¸c˜ao

O ATLAS apresenta um rico programa de f´ısica de quarks pesados (charm e bottom) com resultados que podem contribuir para um melhor entendimento da QCD. Usando dados de colis ˜oes p+p , e Pb+Pb desde o in´ıcio das operac¸ ˜oes do LHC, muitos resultados previstos, e tamb´em provenientes de novas buscas foram produzidos [1–9], trazendo importantes elucidac¸ ˜oes aos modelos te ´oricos com renovadas pers-pectivas para a f´ısica de colis ˜oes p+A [10].

Sendo assim, o ´ultimo per´ıodo de coleta de dados do LHC, reservado para colis ˜oes p+Pb a√sN N =5.02

TeV, tem por uma de suas motivac¸ ˜oes o estudo das propriedades relacionadas `a produc¸˜ao e absorc¸˜ao de estados de quarkonium tais como J/ψ e ψ0na mat´eria nuclear fria em energias de colis˜ao sem preceden-tes quando comparadas a resultados de outros experimentos [11]. Neste relat ´orio tamb´em destacaremos o desempenho do ZDC neste per´ıodo.

2.2

O Detector ATLAS

O experimento ATLAS [12] ´e um detector de prop ´osito geral, que consiste de um detector interno - Inner Detector (ID), um sistema de calorimetria com sec¸ ˜oes eletromagn´etica e hadr ˆonica e um espectr ˆometro de m ´uons - Muon Spectrometer (MS). O ATLAS utiliza um sistema de coordenadas (x, y, z) com origem no ponto de interac¸˜ao nominal. O eixo z situa-se ao longo do tubo de feixe, o eixo x aponta para o centro do anel do LHC e o eixo y aponta para cima. Coordenadas cil´ındricas ( r, φ ) s˜ao usadas no plano transverso, sendo φ o ˆangulo azimutal em torno do tubo de feixe e a vari´avel pseudorapidez definida como η = -ln tan(θ/2), onde θ ´e o ˆangulo polar.

O detector interno (ID) que circunda diretamente o ponto de interac¸˜ao ´e formado pelo Silicon Pixel Detector (Pixel), pelo Silicon Microstrip Detecor (SCT) al´em de um detector de radiac¸˜ao de transic¸˜ao -Transistion Radiator Tracker (TRT), todos imersos num campo magn´etico axial de 2 T. A cobertura em pseudorapidez do detector interno abrange |η| < 2.5 sendo cercado por um sistema de calorimetria com sec¸ ˜oes eletromagn´etica e hadr ˆonica.

O sistema de calorimetria do ATLAS ´e um dos mais sofisticados j´a concebidos. Aproximadamente 200 mil canais [12] comp ˜oem os calor´ımetros eletromagn´etico e hadr ˆonico, proporcionando alta segmen-tac¸˜ao e hermeticidade com cobertura azimutal completa na regi˜ao |η| < 5. Al´em de fornecer medidas de energia e posic¸˜ao das part´ıculas, os calor´ımetros est˜ao presentes no n´ıvel 1 de trigger (L1) do A-TLAS. Na regi˜ao central ou ’barril’, o ATLAS utiliza o calor´ımetro de arg ˆonio l´ıquido (LAr) para a sec¸˜ao eletromagn´etica e o calor´ımetro de ’telhas’ cintilantes (Tile) para a sec¸˜ao hadr ˆonica. As altas doses de radiac¸˜ao na regi˜ao dianteira requerem o emprego de arg ˆonio l´ıquido nos calor´ımetros eletromagn´eticos, nos calor´ımetros hadr ˆonicos da ’tampa’ e nos dianteiros (LAr hadronic end-cap and FCal).

Os Minimum Bias Trigger Scintillators (MBTS) s˜ao constitu´ıdos por dois conjuntos de 16 cintiladores instalados face a face com os criostatos do calor´ımetro de ’tampa’ (end-cap), e s˜ao utilizados como trigger de eventos de atividade m´ınima ou minimum-bias, al´em de medirem o tempo e a energia depositada por trac¸os de part´ıculas carregadas.

(4)

2.3 In´ıcio das colis ˜oes p+Pb no LHC 3

O calor´ımetro ´e cercado por um grande espectr ˆometro de m ´uons (MS) imerso num sistema magn´etico de geometria toroidal e que ´e composto por uma combinac¸˜ao de tubos de arrasto (Monitored Drift Tubes - MDTs) e cˆamaras Cathode Strip Chambers (CSCs), sendo projetado para fornecer medidas precisas de posic¸˜ao no plano de deflex˜ao para |η| < 2.7 . Al´em disso, as cˆamaras Resistive Plate Chambers (RPCs) e as cˆamaras Thin Gap Chambers (CTGs) com uma resoluc¸˜ao de posic¸˜ao menos precisa, mas com um tempo de resposta r´apido, s˜ao utilizadas para trigger de m ´uons na faixa de |η| < 1.05 e 1.05 < |η| < 2.4 respectivamente. As RPCs e as CTGs s˜ao tamb´em utilizadas para fornecer medidas de posic¸˜ao na regi˜ao do plano sem deflex˜ao, al´em de melhorar a reconstruc¸˜ao de trac¸os. Medidas de momento no MS s˜ao baseadas em segmentos de trac¸os fomados em pelo menos duas das trˆes estac¸ ˜oes das MDTs e das CSCs. O ATLAS tamb´em emprega um conjunto de detectores denominados ’dianteiros’ (em func¸˜ao de sua localizac¸˜ao em regi˜ao de pseudorapidez elevada) respons´aveis pela medida de luminosidade, identifica-c¸˜ao dos processos difrativos (em colis ˜oes p+p ) e determinaidentifica-c¸˜ao da centralidade da colis˜ao (em Pb+Pb e p+Pb ), al´em de participarem da selec¸˜ao de eventos integrando o n´ıvel 1 de trigger L1. Cobrindo o intervalo 5.6 < |η| < 6.0 encontra-se o LUCID (Luminosity Cerenkov Integrating Detector) localizado a 17 m do ponto de interac¸˜ao e o Calor´ımetro a Zero Grau ou ZDC (Zero Degree Calorimeter), a 140 m do ponto de interac¸˜ao. O ZDC cobre uma regi˜ao de pseudorapidez |η| > 8.3 e a posic¸˜ao deste calor´ımetro permite medir apenas part´ıculas neutras (f ´otons e nˆeutrons) produzidas nas colis ˜oes, sendo sua sua instalac¸˜ao motivada pelo programa de ´ıons pesados do ATLAS.

O sistema de trigger do ATLAS apresenta trˆes n´ıveis: o trigger de n´ıvel 1 (L1) baseado em hardware e o High Level Trigger (HLT) com dois est´agios: o trigger de n´ıvel 2 (L2) e o filtro de eventos Event Filter (EF). Em particular, para a an´alise de produc¸˜ao de J/ψ e ψ0no n´ıvel 1, o trigger de m ´uons procura por padr ˜oes

de hits que satisfac¸am diferentes limiares de momento transverso usando as RPCs e as TGCs. A regi˜ao de interesse (Region of Interest - RoI) em torno destes hits de n´ıvel 1 serve ent˜ao como uma semente para a reconstruc¸˜ao de m ´uons via HLT, quando algoritmos dedicados s˜ao usados para incorporar as informac¸ ˜oes tanto do MS como do ID, alcanc¸ando posic¸˜ao e resoluc¸˜ao de momento pr ´oximos daqueles fornecidos pela reconstruc¸˜ao de m ´uons feita online.

2.3

In´ıcio das colis ˜oes p+Pb no LHC

O in´ıcio do ano de 2013 trouxe um novo tipo de colis˜ao no LHC: aquela entre pr ´otons e n ´ucleos e que permitiu ao experimento ATLAS acessar o estudo da mat´eria nuclear fria. As primeiras colis ˜oes assim´etricas p+Pb que ocorreram em setembro de 2012 durante a fase-piloto trouxeram dados valiosos, tanto do ponto de vista da f´ısica, como para o preparo dos subsistemas para as 4 semanas de coleta de dados que viriam em 2013. A pequena amostra de dados de 2012 j´a revelou fen ˆomenos interessantes, com resultados que desperataram ainda mais interesse e que sem d ´uvida validaram o pr ´oximo per´ıodo de coleta de dados em colis ˜oes p+Pb [13, 14].

Em Janeiro de 2013, o detector ATLAS foi colocado em operac¸˜ao com atividades de recomissio-namento tendo in´ıcio em 4 de Janeiro. No dia 7 de Janeiro, o sistema de refrigerac¸˜ao j´a estava em funcionamento e os primeiros dados com m ´uons c ´osmicos j´a estavam sendo tomados.

Um dos principais focos de trabalho do Heavy Ions Working Group do ATLAS residiu na adequac¸˜ao do menu de triggers, j´a que comparada com as colis ˜oes n ´ucleo-n ´ucleo, a assimetria da colis˜ao p+Pb re-sulta numa f´ısica com diferentes intensidades de feixes, o que representa lidar com menus de trigger dedicados. Existem aproximadamente 4000 interac¸ ˜oes por segundo das quais 200 s˜ao gravadas quando se colide Pb+Pb . Entretanto, em colis ˜oes p+Pb existem 2 000 000 de interac¸ ˜oes por segundo, das quais 1000 s˜ao gravadas. Por este motivo, a fase-piloto de Setembro de 2012 foi fundamental para que todos estes estudos de trigger pudessem ter in´ıcio, pois forneceu uma id´eia das taxas que seriam encontradas quando das colis ˜oes a partir de Janeiro.

Ao longo deste relat ´orio mostraremos que nossa an´alise utiliza os dados de colis ˜oes p+Pb que ocorre-ram em duas orientac¸ ˜oes de feixe. A primeira, denotada ’per´ıodo A’ ou ’orientac¸˜ao p+Pb ’, com bunches de pr ´otons de energia E = 4 TeV no feixe 1 (com sentido do lado A para o lado C do ATLAS) colidindo com bunches de energia E = Z × 4 TeV para o n ´ucleos de Pb no feixe 2. A energia do feixe por-n ´ucleon para o n ´ucleo de Pb ´e (Z/A) × 4 TeV = 1.58 TeV. A energia do referencial do centro de massa resultante para o pr ´oton ´e√sN N =5.02 TeV e sofre um boost com respeito ao referencial do laborat ´orio com um

deslocamento em rapidez de ∆y = -0.465. Ou seja, y∗= 0 coincide com y

lab= -0.465. O LHC operou com

esta configurac¸˜ao a maior parte do mˆes de Janeiro.

O segundo modo de operac¸˜ao, denotado ’periodo B’ ou configurac¸˜ao Pb+p, apresenta a mesma cinem´atica para o pr ´oton e o n ´ucleo mas agora com troca entre o sentido dos feixes (pr ´otons no feixe 2,

(5)

2.4 Resultados preliminares em produ¸c˜ao de quarkonia 4

n ´ucleos no feixe 1). O LHC operou com esta configurac¸˜ao at´e meados de Fevereiro.

2.4

Resultados preliminares em produ¸c˜ao de quarkonia

Dada a excelente performance do LHC, n ´os enviamos para aprovac¸˜ao da Colaborac¸˜ao ATLAS em 25 de Janeiro, dois resultados preliminares que mostram a possibilidade de estudo de produc¸˜ao de quarko-nia em colis ˜oes p+Pb a√sN N =5.02 TeV. Este resultado culminou com a nossa dedicac¸˜ao `a an´alise da

produc¸˜ao dos m´esons J/ψ e ψ0a convite do Heavy Ions Working Group. N ´os apresentamos a distribuic¸˜ao de massa invariante de pares de m ´uons de cargas opostas no espac¸o de fase correspondendo a |ηµ| <

2.5 e pµT >3 GeV, na regi˜ao ao redor do pico do m´eson J/ψ . Para o ajuste, uma func¸˜ao Crystal Ball3foi

usada para o pico do J/ψ , e uma gaussiana para o pico do ψ0 , para o fundo, uma func¸˜ao exponencial foi usada. Para este resultado, ao menos um dos single muon triggers de diferentes limiares: EF mu2 ou EF mu4ou EF mu8 ou EF mu10 foi solicitado para cada evento. Quando a submiss˜ao deste resultado foi feita, o ATLAS j´a havia acumuladoR Ldt = 4 nb−1de luminosidade integrada, quando o resultado

foi aprovado em 31/01/2013, a luminosidade acumulada j´a atingiaR Ldt = 13 nb−1. Tamb´em

submete-mos para a Colaborac¸˜ao o resultado que submete-mostra a distribuic¸˜ao de massa invariante estendida de pares de m ´uons de cargas opostas no espac¸o de fase correspondento a |ηµ| < 2.5 e que dispararam um single

muon trigger. Detalhes a respeito do ajuste que foi usado na an´alise ser˜ao abordados na Sec¸˜ao 2.11.4. E os resultados aqui dicutidos, s˜ao encontrados na p´agina p ´ublica do ATLAS:

https://twiki.cern.ch/twiki/bin/view/AtlasPublic/HeavyIonsPublicResults#Combined Performance Plots.

2.5

O ZDC em colis ˜oes Pb+Pb e p+Pb

O ZDC ´e uma importante contribuic¸˜ao do Heavy Ions Working Group para o sistema de detecc¸˜ao ATLAS. A principal motivac¸˜ao para a sua construc¸˜ao ´e a de servir como um trigger de eventos Pb+Pb com alta eficiˆencia e baixo sinal de fundo, al´em de ser usado para caracterizac¸˜ao da centralidade da colis˜ao e para a medida da luminosidade absoluta. A centralidade da colis˜ao reflete o parˆametro de impacto evento por evento entre os n ´ucleos que colidem. Para um dado parˆametro de impacto, os nucleons partici-pantes residem na regi˜ao de superposic¸˜ao, enquanto que o resto dos nucleons continuam adiante como espectadores. Eventos centrais, com os menores parˆametros de impacto, apresentam o maior n ´umero de participantes, mas produzem menos nˆeutrons espectadores na regi˜ao dianteira mais afastada. Eventos perif´ericos, com grande parˆametro de impacto, produzem um n ´umero muito maior de espectadores. A energia total transversa depositada nos calor´ımetros do ATLAS e a amplitude de sinal proveniente do ZDC retratam este fen ˆomeno. A correlac¸˜ao corresponde ao efeito entre interac¸ ˜oes hadr ˆonicas dos n ´ucleos que colidem e as interac¸ ˜oes Coulombianas dos n ´ucleos em colis ˜oes ultraperif´ericas, UPC (Ul-traperipheral Collisions). Para valores baixos de ET, os eventos provˆem primariamente de UPC atrav´es

da troca de um ou mais f ´otons, excitando um ou ambos os n ´ucleos, que subsequentemente ´e desexci-tado atrav´es da emiss˜ao de nˆeutrons, sendo que estes ´ultimos continuam a se propagar em dierec¸˜ao `a regi˜ao de rapidez dianteira. Para estas reac¸ ˜oes, o n ´umero de nˆeutrons que impactam o ZDC pode ser elevado, e.g., at´e algumas dezenas de nˆeutrons. Neste caso, pouca energia ´e depositada no res-tante do detector ATLAS. Sinais com valors elevados de ET indicam interac¸ ˜oes hadr ˆonicas dos n ´ucleos,

que geram dep ´ositos de energia no restante do ATLAS, e que podem ser bastante elevados. Colis ˜oes perif´ericas que envolvem interac¸ ˜oes hadr ˆonicas (distinguindo-se daquelas inteiramente Coloubianas) ocorrem para valores menores de ET e estas tamb´em depositam elevado n ´umero de nˆeutrons no ZDC.

Isto ocorre porque a maioria dos nˆeutrons continuam a se mover em direc¸˜ao `as regi ˜oes de rapidez dian-teira com praticamente a mesma energia que antecedia a colis˜ao, como quase espectadores da colis˜ao. Colis ˜oes hadr ˆonicas mais centrais tendem a ter muito menos espectadores, deixando pouco na direc¸˜ao dos fragmentos nucleares que se dirigem para as regi ˜oes dianteiras. Desta maneira, a deposic¸˜ao de energia no ZDC diminui com o aumento de ET.

Com uma luminosidade integrada acumulada de aproximadamenteR Ldt = 9 nb−1 durante o run

de p+Pb em 2013, procedemos com o estudo da correlac¸˜ao entre a energia depositada nos lados A e C do ZDC com a energia depositada no FCal 3.2 < |η| < 4.9. Para este resultado, os eventos foram selecionados com os dados do Minimum Bias stream, usando o trigger de atividade m´ınima L1 MBTS 1 1

3Assim denominada segundo a colaborac¸˜ao de mesmo nome, ´e uma func¸˜ao de densidade de probabilidade comumente

em-pregada para modelar v´arios processos de perda de energia em f´ısica de altas energias. Ela consiste de uma gausiana para o pico e uma exponencial para a ’cauda’.

(6)

2.5 O ZDC em colis ˜oes Pb+Pb e p+Pb 5

e o trigger de n´ıvel 1 do lado A do ZDC: L1 ZDC A e L1 ZDC C para o ’per´ıodo A’ de orientac¸˜ao do feixe. Efeitos de g´as do feixe e interac¸ ˜oes fotonucleares s˜ao suprimidos com o requisito de pelo menos um hit nos contadores MBTS em cada lado do ponto de interac¸˜ao com uma diferenc¸a temporal m´axima de 10 ns: MBTS timing < 10 ns. As Figuras 1 (a) e 1 (b) mostram os resultados para feixes est´aveis com configurac¸˜ao de 8 × 8 bunches. Podemos perceber a diferenc¸a no valor de deposic¸˜ao para a correlac¸˜ao descrita por conta da assimetria do sistema que colide.

(a) (b)

Figura 1:Correlac¸˜ao da distribuic¸˜ao de energia (a) no lado A do ZDC (lado do Pb) com a soma de energia no FCal A e (b) no lado C do ZDC (lado do p) com a soma de energia no FCal C. Os dados correspondem a feixes est´aveis com configurac¸˜ao de 8 × 8 bunches.

Com o mesmo conjunto de dados e luminosidade integrada acumulada de aproximadamenteR Ldt = 9 nb−1 durante o run de p+Pb em 2013, procedemos com o estudo da distribuic¸˜ao de energia no lado A do ZDC (lado do Pb), que pode ser visto na Figura 2(a) depois de corrigir os pesos dos m ´odulos por conta da assimetria da colis˜ao que origina diferentes respostas dos mesmos. Em preto est˜ao os eventos selecionados a partir do trigger de minimum bias MBTS 1 1 e do corte MBTS timing < 10 ns. Em vermelho, os eventos minimum bias selecionados, mas que tamb´em passaram pelo trigger de n´ıvel 1 do ZDC, L1 ZDC A. O quadro em destaque na Figura 2(a) mostra a amplificac¸˜ao dos sinais de mais baixa amplitude, onde pode-se perceber at´e 3 picos vis´ıveis na distribuic¸˜ao, correpondendo a medidas de um, dois e trˆes nˆeutrons (1N, 2N e 3N) emitidas na direc¸˜ao dianteira. Na Figura 2(b) pode-se ver a distribuic¸˜ao de energia no lado C do ZDC (lado do p). Em preto est˜ao os eventos selecionados a partir do trigger de minimum bias MBTS 1 1 e do corte MBTS timing < 10 ns. Em vermelho, os eventos minimum bias selecionados mas que tamb´em passaram pelo trigger de n´ıvel 1 do ZDC, L1 ZDC C. Para operar eficientemente no lado do pr ´oton, ´e necess´ario manter o lado C do ZDC com maior ganho, de tal forma que as escalas de energias do lado A e do lado C sejam diferentes. Os dados correspondem a feixes est´aveis com configurac¸˜ao de 8 × 8 bunches.

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2.5 O ZDC em colis ˜oes Pb+Pb e p+Pb 6

(a) Lado A do ZDC (b) Lado C do ZDC

Figura 2:Medidas de amplitude de sinais nos lados do ZDC. Em (a) (lado do Pb) pode-se ver a amplificac¸˜ao dos sinais de mais baixa amplitude, com at´e 3 picos vis´ıveis na distribuic¸˜ao, correpondendo a a medidas de um, dois e trˆes nˆeutrons (1N, 2N e 3N) emitidas na direc¸˜ao dianteira. (b) Lado C (lado do p), que operou com maior ganho para se adequar `a assimetria da colis˜ao em termos de energia.

(8)

2.6 Identifica¸c˜ao de m ´uons no detector ATLAS 7

2.6

Identifica¸c˜ao de m ´uons no detector ATLAS

O espectr ˆometro de m ´uons (MS) do detector ATLAS pode ser visto em mais detalhes em [12]. A configurac¸˜ao inicial mostra o espectr ˆometro com seus 4 subsistemas ou cˆamaras: as de medidas de precis˜ao de trac¸os, Monitored Drift Tubes, Cathode Strip Chambers (MDT’s e CSC’s) e as cˆamaras de trigger, Resistive Plate Chambers, Thin Gap Chambers (RPC’s e TGC’s).

O detector ATLAS faz uso de pelo menos quatro classes de m ´uons reconstru´ıdos [15]. Em nossa an´alise usaremos a classe m ´uon Combined (CB). Nela, a reconstruc¸˜ao do trac¸o ´e feita independentemente no detector interno ID e no espectr ˆometro de m ´uons MS, e um trac¸o combinado ´e formado com cober-tura |η| < 2.65.

O ATLAS apresenta trˆes objetos e colec¸ ˜oes de m ´uons no n´ıvel do desenvolvimento do software de an´alise de dados:

staco: o momento do m ´uon ´e obtido a partir de uma combinac¸˜ao estat´ıstica de trac¸os reconstru´ıdos pelo ID e pelo MS;

muid: o momento do m ´uon CB ´e resultado de um ajuste simultˆaneo do trac¸o com os hits do ID e do MS. Os crit´erios de hits s˜ao menos rigorosos.

mu: combinac¸˜ao otimizada das colec¸˜es staco e muid. Ser´a a colec¸˜ao default do ATLAS no Run II.

2.7

Sele¸c˜ao de eventos para an´alise de J/ψ e ψ

0

O grupo de qualidade do ATLAS (data quality group) monitora a funcionalidade do detector como um todo, seja durante a tomada de dados (online), ou ap ´os a reconstruc¸˜ao (offline). Baseada nestes crit´erios de funcionalidade, uma lista de per´ıodos de tomada de dados que s˜ao considerados de qualidade para serem usados nas an´alises ´e gerada e ´e denominada como GoodRunsList (GRL). O GRL para o per´ıodo completo de tomada de dados p+Pb , extra´ıdo a partir do arquivo de extens˜ao xml:

data13 hip.periodAllYear DetStatus-v60-pro15 DQDefects-00-01-00 PHYS HeavyIonP All Good.xml. Efeitos de g´as do feixe e interac¸ ˜oes fotonucleares s˜ao suprimidos com o requisito de pelo menos um hit nos contadores MBTS em cada lado do ponto de interac¸˜ao com uma diferenc¸a temporal m´axima de 10 ns:

MBTS timing < 10 ns

A sec¸˜ao de choque p+Pb inel´astica apresenta contribuic¸ ˜oes significativas de processos eletromagn´e-ticos e difrativos, e para a remoc¸˜ao destas contribuic¸ ˜oes, uma an´alise de gap de rapidez, similar `aquela feita em medidas de difrac¸˜ao em colis ˜oes p+p [16] foi aplicada aos dados de p+Pb , e os detalhes podem ser encontrados em [17]. O gap de rapidez ∆ηPbno lado da fragmentac¸˜ao nuclear tem que ser menor

que 2.1 na selec¸˜ao de eventos, o que reduz o n ´umero de eventos consistentes com excitac¸˜ao difrativa ´unica ou dissociac¸˜ao eletromagn´etica do pr ´oton:

∆ηPb<2.1.

Al´em dos requisitos anteriores, em cada evento ao menos um v´ertice reconstru´ıdo foi selecionado: vx n ≥1,

mas com rejeic¸˜ao de empilhamento: vx n <2.

2.8

Centralidade em colis ˜oes p+Pb

Em colis ˜oes p+Pb a geometria da colis˜ao ´e classificada em termos do n ´umero de nucleons participantes no n ´ucleo de Pb (Npart, contando o pr ´oton como um dos participantes). Em [17] uma correlac¸˜ao ´e feita

com a atividade de soft underlying event que ´e caracterizado pela soma das energias transversas medidas na direc¸˜ao seguida pelo chumbo,P EPb

(9)

2.9 Trigger para a produ¸c˜ao de J/ψ e ψ0 8

Bin de centralidade intervaloP EPb T [GeV] 0-10 % >53.69 10-20 % [40.01,53.69] 20-40 % [24.07,40.01] 40-90 % [2.555,24.07] Tabela 1: Intervalos deP EPb

T para selec¸ ˜oes de classes de centralidade.

atividade de evento, denominados centralidade, obedecendo a crit´erios similares a aqueles discutidos na Sec¸˜ao 2.5, em colis ˜oes Pb+Pb . Por convenc¸˜ao, eventos centrais apresentam pequeno percentual % e maior atividade, ou seja, maior quantidade de energia depositada no FCal, enquanto que eventos perif´ericos apresentam grande percentual de centralidade e menor atividade.

Em nossa an´alise utilizamos 4 bins de centralidade: 40-90%, 20-40%,10-20% e 0-10% a partir da an´alise feita em [17]. O bin mais perif´erico, correspondendo a 90-100%, foi exclu´ıdo da an´alise devido a incertezas com relac¸˜ao `a sua composic¸˜ao e eficiˆencia de reconstruc¸˜ao. A Tabela 1 mostra os intervalos de energia depositados no FCal para cada classe de centralidade que utilizamos em nossa an´alise.

2.9

Trigger para a produ¸c˜ao de J/ψ e ψ

0

Como j´a descrito na Sec¸˜ao 2.6, o ATLAS apresenta trˆes objetos e colec¸ ˜oes de m ´uons no n´ıvel do desen-volvimento do software de an´alise de dados: staco, muid e mu. Para podermos dar in´ıcio `a validac¸˜ao da colec¸˜ao mu, recentemente implementada, procedemos com a an´alise desta no n´ıvel do L1MU0, o mais baixo limiar de pT , e que corresponde `a conectividade limite nas cˆamaras de trigger, usando o stream

Minimum Bias de todo o per´ıodo de coleta de dados.

Em seguida, procedemos com a an´alise em quatro limiares de trigger no n´ıvel do filtro de eventos EF, usando os dados do stream Hard Probes. Para cada um dos limiares de trigger, o candidato a m ´uon e o container do objeto trigger eram associados ao filtro de eventos EF correspondente dentro de um cone de resoluc¸˜ao espacial ∆R =p(∆φ)2+ (∆η)2<0.2 . Os limiares de p

T = 2GeV e 4 GeV apresentavam

fatores de atenuac¸˜ao vari´aveis ao longo de todo o run, considerando as diferentes orientac¸ ˜oes do feixe, como descrito na Sec¸˜ao 2.3, enquanto que os limiares pT = 8 GeV e 10 GeV n˜ao apresentavam fator

algum para o mesmo per´ıodo. Os trˆes ´ultimos limiares de trigger n˜ao s˜ao relevantes para a an´alise de produc¸˜ao de J/ψ e ψ0. Mas ´e parte de nossas atribuic¸ ˜oes junto ao Heavy Ions Working Group a validac¸˜ao da colec¸˜ao mu no menu de triggers de m ´uons usados nas an´alises do grupo.

Ap ´os a comparac¸˜ao entre as colec¸ ˜oes de m ´uons em diferentes configurac¸ ˜oes de trigger, limiares de pT e stream de dados para a validac¸˜ao da colec¸˜ao mu, passamos `a determinac¸˜ao da eficiˆencia de trigger

para a an´alise de J/ψ e ψ0. Os eventos s˜ao selecionados com um trigger de pares de m ´uons no n´ıvel do EF (Event Filter) denominado full-scan dimuon trigger que n˜ao apresentava fator de atenuac¸˜ao ao longo de todo o per´ıodo de coleta de dados. O requisito no n´ıvel 1 L1, ´e o de que um ´unico m ´uon dispare o trigger sem limiar de pT . O requisito no n´ıvel do EF ´e o de pelo menos dois m ´uons com pT >2GeV.

N˜ao h´a trigger de n´ıvel 2 L2, e no n´ıvel do EF, uma reconstruc¸˜ao do m ´uon com full-scan ´e realizada. O EF n˜ao apresenta associac¸˜ao com o n´ıvel 1 L1.

2.10

M ´uons

Os candidatos a m ´uons s˜ao formados por trac¸os reconstru´ıdos do ID e que s˜ao associados com trac¸os reconstru´ıdos no MS. O algoritmo de reconstruc¸˜ao que utilizamos ´e o da colec¸˜ao mu. Cada m ´uon ´e selecionado com os requisitos mais restritivos: |η| < 2.4 e pT >3 GeV considerando os per´ıodos A e B

de orientac¸˜ao do feixe. Como os eventos s˜ao selecionados por um trigger de pares de m ´uons (dimuon trigger), ambos os m ´uons reconstru´ıdos devem ser consistentes com um objeto m ´uon no trigger de mais alto n´ıvel. O trac¸o do m ´uon offline deve estar associado com um trac¸o de uma part´ıcula que disparou o trigger dentro de um cone de dR =p(∆η)2+ (∆φ)2<0.2.

Para a selec¸˜ao offline do m ´uon, utilizamos a cadeia combined - CB. Os parˆametros de impacto longi-tudinal e transversal no v´ertice prim´ario devem ser menores que 6 mm, (d0<6mm , z0senθ < 6 mm) e

(10)

2.11 Produ¸c˜ao de J/ψ e ψ0 9

2.11

Produ¸c˜ao de J/ψ e ψ

0

A massa invariante do par de m ´uons ´e constru´ıda a partir da combinac¸˜ao de m ´uons carregados da colec¸˜ao mu que passam pelo crit´erio de selec¸˜ao descrito em 2.10. O intervalo de massa invariante se localiza entre 2.0 e 4.2 GeV. Os pares de m ´uons cuja massa invariante est˜ao entre 2.9 e 3.2 GeV s˜ao os candidatos a J/ψ , enquanto que os pares que se encontram entre 3.5 e 3.8 GeV s˜ao os candidatos a ψ0 . Outras fontes poss´ıveis inlcuem m ´uons de cargas opostas provenientes de decaimento de sabor pesado, pares provenientes de processos Drell-Yan, al´em de combinac¸ ˜oes rand ˆomicas de m ´uons que podem gerar uma massa invariante na regi˜ao de interesse.

2.11.1 Simula¸c˜ao Monte Carlo

Simulac¸ ˜oes foram feitas para a obtenc¸˜ao da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao de m ´uons, a partir do m´etodo tag & probe que discutiremos na Sec¸˜ao 2.11.3. O gerador de eventos PYTHIA 8 foi usado para pro-duzir decaimentos J/ψ no canal de dim ´uons tanto para a produc¸˜ao denominada prompt como para a aquela proveniente de decaimentos b-hadron. A implementac¸˜ao de subprocessos na produc¸˜ao prompt de J/ψ foi feita obedecendo ao formalismo do Modelo Octecto de Cor NRQCD. Esta produc¸˜ao inclui interac¸ ˜oes ’duras’ (hard interactions), assim como contribuic¸ ˜oes radiativas provenientes do decaimento de χc→ J/ψ γ que juntas podem ser distintas daquela proveniente da produc¸˜ao de J/ψ via decaimento

b-hadron. As func¸ ˜oes de densidade part ˆonica que foram usadas s˜ao: CTEQ61L [18], como mostra a selec¸˜ao a seguir:

mc12 5TeV.147748.Pythia8B AU2 CTEQ6L1 pp Jpsimu2mu2.recon.NTUP HI.e2086 s1675 s1586 r4893; mc12 5TeV.147748.Pythia8B AU2 CTEQ6L1 pp Jpsimu2mu2.recon.NTUP HI.e2080 s1675 s1586 r4893; mc12 5TeV.147749.Pythia8B AU2 CTEQ6L1 bb Jpsimu2mu2 pth4.recon.NTUP HI.e2086 s1675 s1586 r4893; mc12 5TeV.147749.Pythia8B AU2 CTEQ6L1 bb Jpsimu2mu2 pth4.recon.NTUP HI.e2080 s1675 s1586 r4893.

A resposta do detector ATLAS foi simulada usando GEANT4 [19]. Os eventos s˜ao reconstru´ıdos com os mesmos algoritmos usados nos dados reais. O sinal ´e gerado em colis ˜oes p+p , e as part´ıculas simuladas sofrem o boost ap ´os a gerac¸˜ao. Como os dados foram tomados com duas orientac¸ ˜oes do feixe, duas amostras de Monte Carlo para validac¸˜ao foram criadas, com boost de magnitude ∆y = 0.465, com diferente sinal. A Tabela 2 mostra o resumo das amostras de validac¸˜ao. No momento da elaborac¸˜ao deste relat ´orio n˜ao h´a ainda amostras de MC de validac¸˜ao prontas para o m´eson ψ0, e no caso do m´eson

J/ψ , amostras com um total de 50 M de eventos foram solicitadas para produc¸˜ao com as mesmas caracter´ısticas das amostras de validac¸˜ao. Ambas ainda est˜ao em fase de produc¸˜ao com sobreposic¸˜ao de dados p+Pb .

Categoria Per´ıodo A (eventos) Per´ıodo B (eventos)

J/ψ → µ+µ1 M 1 M

B → J/ψ → µ+µ0.5 M 0.5 M

Total 1.5 M 1.5 M

Tabela 2: Amostra de validac¸˜ao de dados Monte Carlo para o m´eson J/ψ , com o n ´umero de eventos gerado para cada per´ıodo de configurac¸˜ao do feixe.

Para o c´alculo da aceitˆancia no espac¸o de fase completo do detector faz-se necess´ario amostras de MC do gerador PYTHIA 8 acopladas a total simulac¸˜ao GEANT 4 da resposta do detector ATLAS para a gerac¸˜ao dos m´esons J/ψ e ψ0 . Portanto, as correc¸ ˜oes aplicadas at´e o momento de elaborac¸˜ao deste relat ´orio s˜ao de eficiˆencia de trigger e de eficiˆencia de reconstruc¸˜ao de m ´uons. A cada candidato de J/ψ e ψ0foi aplicado o seguinte peso:

w−1 = reco( pT , η) ×  µ+

trig( pT +µ, η+µ) ×  µ−

trig( pT −µ, η−µ) (1)

O primeiro termo ´e a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao expressa em func¸˜ao de pT e η utilizando-se as

vari´aveis de pares de m ´uons. O segundo e o terceiro termos ser referem `a eficiˆencia de trigger, para cada m ´uon, de carga positiva e carga negativa. Cada termo ser´a descrito nas pr ´oximas sec¸ ˜oes.

(11)

2.11 Produ¸c˜ao de J/ψ e ψ0 10

2.11.2 Eficiˆencia de trigger

A selec¸˜ao de eventos requer que um dimuon trigger seja disparado, de tal forma que somente pares de m ´uons onde ambos os m ´uons sejam consistentes como sendo a part´ıcula que disparou o trigger s˜ao considerados.

A eficiˆencia de trigger usada para corrigir os dados ´e fatorizada como o produto da eficiˆencia do L1 e do EF. O trigger de n´ıvel 1 L1, requer pelo menos um m ´uon:

L1= (1 − µ +

L1MU0) × (1 −  µ−

L1MU0) (2)

A eficiˆencia L1MU0 ´e obtida usando-se eventos do stream de Minimum Bias, e ´e definida como a raz˜ao entre os m ´uons offline que podem ser associados a um objeto de trigger L1MU0 num cone com dR =p(∆η)2+ (∆φ)2 <0.2. O resultado ´e expresso em bins de p

T versus q × η onde q ´e a carga do

m ´uon. A correc¸˜ao para o EF ´e aplicada novamente para cada m ´uon: EF 2mu2 EFFS= 

µ+

EF 2mu FS×  µ−

EF 2mu FS. (3)

O termo EF mu2 FS ´e obtido usando o stream de dados Hard Probes e em eventos onde o L1MU0 foi disparado. A eficiˆencia full-scan de cada termo EF mu2 FS ´e obtida como a raz˜ao entre o n ´umero total de m ´uons offline que podem ser associados a um objeto L1MU0 e aqueles que podem ser asso-ciados com trac¸os que foram selecionados pelo full-scan dimuon trigger (trac¸os no container do objeto EF 2mu2 EFFS), dentro de um cone dR =p(∆η)2+ (∆φ)2<0.2.

Usando-se as equac¸ ˜oes 2 e 3, a eficiˆencia total aplicada para a correc¸˜ao dos dados com o full-scan dimuon trigger ´e:

EF 2mu2 EFFS L1MU0= L1M U 0× EF 2mu2 EFFS. (4)

O resultado da eficiˆencia total em func¸˜ao de pT e η foi aplicada a cada m ´uon e usada como peso para

corrigir os dados reais.

2.11.3 Eficiˆencia de reconstru¸c˜ao

A eficiˆencia de reconstruc¸˜ao para m ´uons CB (combined) ´e o produto de trˆes subeficiˆencias independentes:

reco = ID× MS× match (5)

ID ´e a eficiˆencia com que o sistema de tracking do detector interno ID reconstr ´oi um trac¸o do m ´uon;

MS ´e a eficiˆencia com que o espectr ˆometro de m ´uons MS reconstr ´oi um trac¸o do m ´uon;

match ´e a de associac¸˜ao dos dois trac¸os para formar um trac¸o combinado.

Para a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao empregamos o m´etodo tag & probe que utiliza qualquer correlac¸˜ao entre dois objetos reconstru´ıdos separadamente, e.g. trac¸os de um decaimento conhecido de uma par-t´ıcula inst´avel. A partir de crit´erios de selec¸˜ao restritos para o objeto tag e a correlac¸˜ao com o probe, pode-se garantir a identidade do objeto probe sem cortes diretos e muito restritivos a ele aplicados. Em nossa an´alise utilizamos o decaimento do J/ψ para a determinac¸˜ao da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao usando o referido m´etodo por conta do espac¸o de fase de momento transverso.

O primeiro passo ´e selecionar um m ´uon do tipo CB combined utilizando-se informac¸ ˜oes de hit de todo o detector al´em de um crit´erio de selec¸˜ao bastante restritivo. Este ser´a denominado o m ´uon tag. Ent˜ao, o m ´uon probe ´e selecionado dependendo da subeficiˆencia desejada. Para a eficiˆencia do detector interno (ID), o probe deveria ser um m ´uon reconstru´ıdo pelo espctr ˆometro de m ´uons MS. As eficiˆencias do MS

e a de associac¸˜ao (MS× match) podem ser medidas juntamente usando-se os trac¸os do ID como probes.

Os m ´uons tag & probe s˜ao consectivamente combinados e crit´erios posteriores s˜ao aplicados. Eles tˆem que ter cargas opostas, serem originados do mesmo v´ertice e sua massa invariante tem que coincidir com o valor nominal da massa do m´eson J/ψ . Na etapa final devemos checar se o m ´uon probe pode ser associado com um objeto, que novamente depende da subeficiˆencia.

A eficiˆencia do detecor interno ID ´e a frac¸˜ao entre o n ´umero de trac¸os do MS que s˜ao associados ao um trac¸o do ID e o n ´umero de trac¸os do MS:

ID=

# de trac¸os do MS associados a um trac¸o do ID

(12)

2.11 Produ¸c˜ao de J/ψ e ψ0 11

As eficiˆencias de associac¸˜ao match e do MS s˜ao escritas como a frac¸˜ao entre os m ´uons probe do ID que est˜ao associados a um m ´uon baseline:

MS× match=

# deprobes do ID associados a muons baseline

# deprobes do ID (7)

A associac¸˜ao entre os probes do ID e os m ´uons baseline ´e bem sucedida se a separac¸˜ao espacial entre o m ´uon probe e o objeto de associac¸˜ao for ∆R < 0.01. J´a para a eficiˆencia do ID, ∆R < 0.1. A seguir, os crit´erios de selec¸˜ao para a determinac¸˜ao da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao usando o m´etodo tag & probe, com os cortes usados para as subeficiˆencias:

sele¸c˜ao de eventos: MBTS timing & vx n >1; GRL;

rejeic¸˜ao de eventos difrativos; rejeic¸˜ao de empilhamento. tra¸co de qualidade: Pixel hits > 1; SCT hits ≥6; Pixel holes = 0 ; SCT holes ≤ 2;

para o tag: pT >4GeV;

|η| < 2.5; muon CB; z0sinθ,d0<6mm; χ2/ndof <10; trac¸o de qualidade;

associar o objeto EF do trigger com ∆R < 0.2.

para a eficiˆencia do MS: trac¸o de qualidade; pT >3GeV; |η| < 2.5; z0sinθ,d0<6mm; separac¸˜ao ∆R < 3.5; 2.2 < Mpair<3.6 GeV;

cargas de sinais opostos entre o tag e o probe; trac¸o probe - associac¸˜ao com o m ´uon CB; mesma carga;

∆R <0.01.

para a eficiˆencia do ID:

ser uma componente do trac¸o no container de m ´uons; pT >3GeV; |η| < 2.5;

z0sinθ,d0<6mm; separac¸˜ao ∆R < 3.5; 2.2 < Mpair<3.6 GeV;

cargas de sinais opostos entre o tag e o probe; m ´uon probe - associac¸˜ao com o trac¸o do ID; mesma carga;

∆R <0.1.

Com as amostras MC dispon´ıveis para o J/ψ , pudemos proceder com a comparac¸˜ao entre o m´etodo tag & probe e a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao, (embora parcial) usando as mesmas amostras de validac¸˜ao. Para isso, usamos as amostras de MC para determinar o ’MC tag & probe’ com os mesmos crit´erios e

(13)

2.11 Produ¸c˜ao de J/ψ e ψ0 12

estrat´egias usadas para os dados. Em seguida, definimos o ’MC matching’ como sendo: M C matching = # de muons truth (|η| < 2.5) associados aos muons offline

# de muons truth (|η| < 2.5) (8) Usamos o mesmo procedimento descrito para os dados reais na determinac¸˜ao da distribuic¸˜ao ∆R para a associac¸˜ao matching no MC. Os resultados para as eficiˆencias MC tag and probe para o MS e ID, em termos de distribuic¸ ˜oes resultaram em ∆R < 0.01 para a eficiˆencia MS e ∆R < 0.1 para a eficiˆencia ID. A associac¸˜ao matching do truth, MC matching apresenta uma distribuic¸˜ao ∆R < 0.02.

No pr ´oximo passo dividimos os pares de m ´uons em duas categorias: aquela em que o probe ´e re-constru´ıdo como um m ´uon (’matched’) e aquela na qual n˜ao ´e (’unmatched’). Assim, a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao ´e obtida como a raz˜ao entre o n ´umero de candidatos a J/ψ no pico da distribuic¸˜ao matched com relac¸˜ao ao n ´umero total de candidatos nas duas distribuic¸ ˜oes. Tanto para a eficiˆencia do MS como para a do ID, utilizamos o seguinte intervalo de pT : [3.0, 3.25, 3.5, 3.75, 4.0, 4.5, 5.0, 7.0, 10.0, 30.0]

produzindo o n ´umero de bins onde procedemos com o ajuste do pico de J/ψ para cada distribuic¸˜ao, matched e unmached (failed) em relac¸˜ao ao total de candidatos.

Para a eficiˆencia do MS e do ID, utilizamos uma func¸˜ao Crystal Ball para o ajuste do sinal e um polin ˆomio de grau 2 para o fundo. O ajuste de m´axima verossimelhanc¸a ao conjunto de dados ´e aplicado em ambas as amostras (total-matched) ou (total-unmatched). Em cada ajuste simultˆaneo das amostras as distribuic¸ ˜oes s˜ao forc¸adas a terem o mesmo valor m´edio e largura. Este processo foi repetido para todos os 9 bins de pT , para cada amostra e detector (MS e ID).

Seguindo a equac¸˜ao 5 determinamos a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao total usando o m´etodo tag & probe para os dados reais (total+unmatched) comparando-a com os resultados do MC tag & probe e MC matching. Os valores da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao total foram determinados em func¸˜ao de η e pT para cada m ´uon

para ser aplicada como peso de correc¸˜ao aos dados reais.

2.11.4 Procedimento de ajuste

Para cada classe de centralidade (Sec¸˜ao 2.11.5) e fatia de pT ×y∗um ajuste de m´axima verossimelhanc¸a

foi realizado para os pares de m ´uons no intervalo de massa [2.0,4.2] GeV, atrav´es da func¸˜ao CB(m)L G(m) (soma de uma func¸˜ao Crystal Ball e uma func¸˜ao Gaussiana normalizadas e ponderadas). Para este pro-cedimento, usamos o framework ROOT (vers˜ao 5.34/07) e o pacote RooFit (vers˜ao 3.55) [20]. Para o pico do J/ψ usamos a func¸˜ao Crystal Ball (CB), sendo que o valor inicial da massa coincidia com o valor do PDG 3.096916 GeV [21], mantendo este parˆametro livre para variar dentro do intervalo [2.9, 3.2] GeV com os parˆametros da normalizac¸˜ao e da ’cauda’ da CB fixos. Para o ψ0 usamos a func¸˜ao Gaussiana

para o ajuste, sendo que o valor inicial da massa coincidia com o valor do PDG 3.686109 GeV, mantendo este parˆametro livre para variar dentro do intervalo [3.5,3.8] GeV. Para o fundo, usamos uma func¸˜ao exponencial.

2.11.5 Espectro de massa invariante corrigida em classes de centralidade

A Figura 3 mostra o espectro de massa invariante corrigida para pares de m ´uons selecionados a partir da colec¸˜ao mu em quatro classes de centralidade (definidas na Sec¸˜ao 2.8). Os peso para cada classe de centralidade foi aplicado segundo a equac¸˜ao 1, para pares de m ´uons com 6.5 < pT µ

+µ

(14)

3 Proposta para o pr ´oximo per´ıodo e cronograma de execu¸c˜ao 13

(a) (b)

(c) (d)

Figura 3: Distribuic¸˜ao de massa invariante corrigida de pares de m ´uons de cargas opostas no espac¸o de fase correspondendo a 6.5 < pT µ

+µ

<20 GeV para as classes de centralidade: (a) 40-90%, (b) 20-40% GeV, (c) 10-20% e (d) 0-10%.

3

Proposta para o pr ´oximo per´ıodo e cronograma de execu¸c˜ao

Os resultados deste relat ´orio de atividaddes sinalizam a possibilidade de medida de produc¸˜ao dos m´esons J/ψ e ψ0 em colis ˜oes p+Pb num espac¸o de fase e energia de colis˜ao sem precedentes se com-parados com resultados de outros experimentos [11]. Para podermos dar prosseguimento `a an´alise, entendemos que os seguintes aspectos precisam ser cumpridos:

• para a eficiˆencia de trigger, n ´os utilizamos o denominado m´etodo inclusivo, descrito no relat ´orio de atividades. Para a avaliac¸˜ao dos erros sistem´aticos, gostar´ıamos de utilizar o m´etodo tag & probe na determinac¸˜ao da eficiˆencia de trigger, principalmente na regi˜ao para pT <10 GeV, e comparar

os resultados obtidos pelos dois m´etodos;

• para a eficiˆencia de reconstruc¸˜ao, n ´os precisamos testar outras func¸ ˜oes de parametrizac¸˜ao para os ajustes dos pares tag & probe. At´e agora, os resultados tˆem se mostrado bastante sens´ıveis aos ajustes e ainda n˜ao testamos outras func¸ ˜oes al´em daquela descrita no relat ´orio de atividades. Certamente, este estudo contribuir´a n˜ao s ´o para a obtenc¸˜ao da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao, mas para uma melhor avaliac¸˜ao dos erros sistem´aticos;

• as amostras de MC com total produc¸˜ao tanto para o m´eson J/ψ como para o m´eson ψ0s˜ao

funda-mentais para a finalizac¸˜ao da eficiˆencia de reconstruc¸˜ao de m ´uons. A sua produc¸˜ao j´a foi iniciada pelo grupo do ATLAS respons´avel pelas simulac¸ ˜oes ap ´os a nossa solicitac¸˜ao;

• a aceitˆancia cinem´atica A(pT, y) ´e descrita pela probabilidade de que os m ´uons de um m´eson

J/ψ ou ψ0 com p

(15)

3 Proposta para o pr ´oximo per´ıodo e cronograma de execu¸c˜ao 14

usando-se simulac¸ ˜oes no n´ıvel do gerador de eventos, com aplicac¸˜ao de crit´erios de selec¸˜ao em pT e η dos m ´uons simulados para emular a geometria do detector. Para este c´alculo, as amostras

de MC com total produc¸˜ao s˜ao fundamentais;

• de posse dos elementos anteriores, poderemos aplicar as correc¸ ˜oes que faltam, ponderando os dados por elas. Os ajustes realizados no espectro de massa invariante por classe de centralidade tˆem apresentado valores χ2/ndofem torno de 1, dando indicac¸˜ao de que at´e o presente momento,

a parametrizac¸˜ao escolhida para o ajuste como descrito na Sec¸˜ao 2.11.4 ´e satisfat ´orio. Mas os dados de MC v˜ao nos trazer mais informac¸ ˜oes sobre as larguras dos picos de J/ψ e ψ0 , e certamente, estes resultados far˜ao com que o n ´umero de graus de liberdade dos ajustes que realizamos at´e agora venham a diminuir. A diferenciac¸˜ao dos resultados em fatias de pT ×y∗precisa ser revista,

possivelmente das 12 combinac¸ ˜oes aqui relatadas outras vir˜ao a ser testadas, tamb´em em func¸˜ao dos dados do MC, como j´a justificamos.

• com todas as correc¸ ˜oes aplicadas poderemos extrair a sec¸˜ao de choque de produc¸˜ao de J/ψ e ψ0em

func¸˜ao de pT, y∗, al´em de outros observ´aveis de interesse, como a produc¸˜ao em func¸˜ao do n ´umero

de participantes da coli˜ao Npart, e tamb´em como a raz˜ao entre colis ˜oes centrais e perif´ericas,

de-nominada Rcp[9], uma forma de se avaliar o grau de supress˜ao das distribuic¸ ˜oes normalizadas de

cada m´eson, reduzindo-se consideravelmente os erros sistem´aticos;

• a validac¸˜ao da terceira colec¸˜ao de m ´uons se mostrou bem sucedida. Mas deveremos submeter para a Colaborac¸˜ao todos os resultados discutidos no relat ´orio de atividades para cada uma das colec¸ ˜oes de m ´uons (staco, muid, mu), como parte dos erros sistem´aticos da an´alise em fase final de publicac¸˜ao.

Com relac¸˜ao aos resultados apresentados com o ZDC, h´a a necessidade de se estender o estudo para todo o conjunto de dados do run de 2013, a exemplo do que fizemos com os resultados de produc¸˜ao de charm ˆonia, dada a importˆancia do ZDC para a f´ısica de ´ıons pesados.

(16)

REFER ˆENCIAS 15

Referˆencias

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[2] ATLAS Collaboration, G. Aad et al., Measurement of the Υ1SProduction Cross-Section in pp Collisions at

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Referências

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