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Acordam no Tribunal da Relação do Porto.

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Academic year: 2021

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(1)

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PN 175.021; Ap.: TC. V. Castelo;

Ap.es2: José Júlio Lopes Pinheiro, cc Maria Filomena Silva dos Santos Pinheiro, Urbanização Sudeste, casa 16, Esposende;

Ap.os3: António José Cardoso Teixeira Soares, cc Maria Arminda Laranjeira de Areia Soares, Largo de Outeiro de Baixo, Marinhas, Esposende.

________________________________________________________________________

Acordam no Tribunal da Relação do Porto.

1. A sentença recorrida, absolvendo, julgou improcedente o pedido inicial (condenação dos Ap.os a demolirem um muro que construíram na divisória de prédios vizinhos4); contudo, ao condenar os Ap.es a demolir a cornija e o beiral de um dos prédios urbanos do litígio5, julgou parcialmente procedente o pedido da reconvenção.

2. Inconformados estes, concluíram:

(a) Há manifesta contrariedade entre a matéria dada como provada e a parte decisória da sentença;

(b) Na matéria dada como provada consta: [υ]6- marco que assinalava o limite entre os prédios dos AA e dos RR, apontando no sentido em que agora corre o muro assinalado no croquis7 junto com a Contestação;

(c) Mas na decisão diz-se: II- declaro que a linha divisória entre os prédios

urbanos dos AA e o prédio dos RR corresponde a uma linha recta que coincide com a face externa da parede Sul destes últimos;

1 Vistos:

Des. Ferreira de Sousa (443) Des. Paiva Gonçalves (1247).

2 Adv.: Dr. Borja Serafim, Rua da Picota, 87 2º, 4900-539 V. Castelo. 3

Adv. Dr. Antonino Antunes, Avª dos Combatentes, 133, 4900-544 V. Castelo.

4 Pertença cada um (dos conjuntos prediais em jogo) de uma e outra das partes.

5 Sit. Lugar de Paço, Mujães, V. Castelo, insc. mat. art. 338, desc. C. Reg. P. nº 0065/230885. 6 Vd. 4.(24).

(2)

(d) Da oposição [entre uma e outra das fórmulas] resulta a existência de duas linhas divisórias a delimitar as propriedades de AA e RR, não permitindo ter a certeza de qual será a verdadeira demarcação;

(e) Ora, a referida contrariedade determina a nulidade da sentença, art. 668/1c. CPC, e acarreta a nulidade do julgamento que, por isso mesmo, deverá ser repetido;

(f) Contudo, o tribunal decidiu valorizar a prova testemunhal em detrimento das provas pericial e documentais, que contradizem os depoimentos: o relatório do perito e as certidões matriciais juntas comprovam, pelo contrário, que o prédio dos AA tinha dois alpendres, um com 28 m2 e outro com 54 m2, a partir da reconstrução de 1948, registada em 1951;

(g) Aliás, o prédio dos AA foi inscrito na matriz por António Ribeiro Torres, pai de José e Armando Torres8, vendedores tanto aos AA, como aos RR, e a composição dele mesmo, art. 338 (Mujães), nunca foi posta em causa;

(h) Em todo o caso, Palmira Manso Ribeiro9 possuía apenas 14/30 partes do artigo rústico de onde foi desanexado o prédio dos AA: parcela de terreno com

a área de 199,5 m2, Paço, Mujães, V. Castelo, correspondente a 2/30 partes do artigo rústico 1168 (Mujães);

(i) Assim, não é verdade que António Ribeiro Torres, pai de José e Armando, tenha negociado com ela o acesso à estrada, como disseram as testemunhas, e depoimento motivador da sentença10;

(j) Nos termos do disposto no art. 389 CC, por outro lado, a força probatória da resposta dos peritos é fixada livremente pelo tribunal, mas que não o poderá fazer arbitrária ou discricionariamente: para decidir em oposição à perícia impunha-se fundamentar as razões da discordância;

(k) Deste modo, o tribunal deixou de pronunciar-se sobre questões que deveria ter apreciado, e a sentença é nula, art. 668/1d. CPC;

7 Vd. anexo. 8 Vd. 4.1 (c). 9 Idem. 10 Idem.

(3)

(l) Para além do mais violou, por errada interpretação o disposto nos arts. 388 e 389 CC;

(m) Mas deve, pelo primeiro motivo, ser declarada nula e anulado o julgamento.

3. Nas contra-alegações disse-se:

(a) Não há obviamente qualquer oposição entre a matéria de facto dada como

provada e a decisão;

(b) Não há nada que aponte para a existência de duas linhas divisórias; (c) E a matéria de facto dada como assente não merece qualquer censura; (d) Nada omitiu o tribunal, e nenhum preceito legal se mostra violado;

(e) Por conseguinte, nenhuma censura merece a decisão de mérito, que deverá ser confirmada.

4. Ficou provado:

(1) Os Ap.es são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios:

(a) prédio urbano, Paço, Mujães, V. Castelo, insc, mat. art. 338, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00065/230885 (Mujães), composto de casa de R/C, 1º andar, anexo e dois alpendres;

(b) prédio rústico, Paço, Mujães, V. Castelo, insc. mat. Mujães, art. 1169, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00067/230885 (Mujães), composto de leira de lavradio, vinha, e árvores de fruto;

(c) prédio rústico, Rouques, Mujães, V. Castelo, insc. mat. Mujães, art. 1435, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00068/230885 (Mujães), composto de leira de mato e pinheiros;

(d) parcela de terreno, Paço, Mujães, V. Castelo, correspondente a 2/30 partes do artigo rústico 1168 (Mujães), de onde foi desanexada;

(4)

(a) prédio urbano, Paço, Mujães, V. Castelo, insc, mat. art. 117, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00479 (Mujães), composto por casa de habitação de R/C;

(b) prédio rústico, Rouques, Mujães, V. Castelo, insc. mat. Mujães, art. 1433, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00480 (Mujães), composto por leira de mato; (c) 28/30 partes indivisas de prédio rústico, Paço, Mujães, V. Castelo, insc, mat. art. 1168, desc. C. Reg. P. V. Castelo nº 00066 (Mujães), composto de leira de vinha, oliveiras, árvores de fruto e terreno de lavradio, cfr. N. José Ribeiro Torres, S. caminho público, Nasc. Manuel dos Santos Barbosa, Po. Manuel Marques de Sousa;

(3) Há mais de 10 e 20 e 30 anos que a divisão de 2/30 partes e 28/30 partes do art. rústico 1168 (Mujães) se encontra concretizada: as 2/30 partes, pertença dos Ap.es, destinam-se a permitir o acesso aos prédios deles que se encontram encravados; a partir da data da divisão, passaram a estar devidamente definidos e delimitados;

(4) O alpendre do prédio urbano pertença dos Ap.es é composto por uma construção em alvenaria de pedra coberta a telha e dividida entre um telheiro amplo e uma dependência fechada, situada esta a N. da construção, na parte mais próxima da parede S. da casa dos Ap.es; tem uma abertura de janela voltada para o logradouro, bem como uma abertura com porta que deita directamente para o interior do coberto; este, por sua vez, tem a fachada de Nasc. toda aberta, apenas com duas grandes colunas, e uma pequena abertura de janela na parede S.; (5) A construção em causa encosta à parede S. da casa dos Ap.es, aquela que antes da reconstrução dessa casa se vê na fotografia (de antes) junta com a Contestação e que depois dessa reconstrução se vê na outra fotografia (de

depois) também junta11;

(6) Não existe qualquer intervalo entre a fachada S. da casa dos Ap.es, o alpendre e a área descoberta, terreno situado em frente deste;

(7) Há cerca de 2 anos, os Ap.es fizeram na casa deles obras de reconstrução e de remodelação;

(5)

(8) O prédio urbano, pertença dos Ap.es, tem uma superfície coberta de 98 m2, e um alpendre de 31 m2; cfr. N./Nasc. Manuel António de Sousa Barbosa, S./Po. José Ribeiro Torres;

(9) O prédio rústico pertencente aos Ap.es, Paço, Mujães. V. Castelo, art. mat. 1169 cfr. N./Nasc. Manuel António Santos Barbosa; S./Po. José Ribeiro Torres; (10) O prédio rústico, pertencente aos Ap.es, Rouques, Mujães, V. Castelo, art. mat. 1435, cfr. N./Po. Maria Rosa Rodrigues; S. José Ribeiro Torres; Nasc. Manuel dos Santos Barbosa;

(11) Desde há mais de 10 e 20 e 30 e mais anos que os Ap.es retiram todas as utilidades da parcela de terreno, Paço, Mujães, V. Castelo, correspondente a 2/30 partes dos art. rústico 1168, fazendo por ela, desde sempre, o acesso aos prédios referidos em 4.(1);

(12) O que é feito à vista de toda a gente, sem oposição de ninguém, de forma ininterrupta, e na plena convicção de que exercem direito próprio e não ofendem o de outrem;

(13) Os prédios identificados em 4.(1) formam actualmente uma unidade; (14) De há uns tempos a esta parte os Ap.os alegam que o alpendre com a área de 54 m2, e que se situa a S. do prédio urbano dos Ap.es, art. mat. 338, e o terreno em frente ao mesmo12 lhes pertencem;

(15) Em 99.06.30, o Ap.e Júlio Pinheiro, tendo-se deslocado ao local, constatou que ali se encontravam operários da construção civil a construir um muro que procurava integrar no prédio dos Ap.os, art. mat. 117, quer o alpendre que acaba de se referir quer parte do terreno em frente do mesmo, pertença dos Ap.es13; (16) Posteriormente, os Ap.es vieram a constatar que, apesar do embargo extra-judicial, as obras haviam continuado e se apresentavam como de vê das fotografias juntas com a ratificação de embargo14;

(17) A construção do muro em questão impede os Ap.es de utilizarem o alpendre situado a Sul do prédio urbano que lhes pertence, art. mat. 338, e bem assim de utilizarem o terreno em frente do mesmo alpendre;

12 Vd. croquis (anexo), assinalados a verde. 13 Vd. croquis (anexo), assinalados a vermelho. 14 Documentos 9/12 da peça; em anexo.

(6)

(18) O que não lhes permite cultivo, designadamente nele plantando árvores de fruto, arbustos e flores;

(19) A construção referida em 4.(4) e o terreno indicado em 4.(14) [alpendre e terreno em frente do mesmo] são parte integrante do prédio identificado em 4.(2);

(20) Tendo os Ap.os, por si e ante-possuidores, guardado lá bens móveis e alfaias agrícolas, cuidando da conservação e limpeza dela, fazendo obras de restauro, reparando e substituindo o telhado, zelando pela limpeza e cultivo do logradouro e, de um modo geral, retirando dessa área coberta e da questionada área do logradouro, todas as utilidades que são susceptíveis de produzir ou proporcionar;

(21) Praticando todos estes actos há mais de 15 e 20 e 30 e 50 e mais anos, sem interrupção temporal, sem oposição de quem quer que seja (inclusivamente dos Ap.es, e dos antecessores destes na titularidade do direito de propriedade sobre os imóveis que hoje lhes pertencem), na convicção de quem exerce um direito próprio e todos os poderes correspondentes ao direito de propriedade plena e exclusiva, crentes de não prejudicarem ninguém;

(22) Nas proximidades do local onde os Ap.os construíram o muro de vedação e de demarcação referido em 4.(15) existiu até há uns dois anos uma oliveira que os Ap.es arrancaram;

(23) E ao arrancarem esta árvore, os Ap.es arrancaram também um marco centenário que ali existia desde tempos imemoriais;

(24) Marco que assinalava a demarcação entre prédios dos Ap.os e dos Ap.os, apontando no sentido em que agora corre o muro assinalado no croqui junto com a Contestação15;

(25) Os Ap.os protestaram contra o arrancamento do marco e os Ap.es voltaram então a colocá-lo sensivelmente no sítio onde estava;

(26) Esse marco é aquele que à data da apresentação da Contestação se encontrava no terreno e que se alcança da fotografia junta com a mesma peça16;

15 Vd. anexo. 16 Idem.

(7)

(27) A extrema Sul do prédio dos Ap.es, na parte ocupada pela implantação da casa de habitação, coincide com a face externa da respectiva parede exterior (aquela que na fotografia junta com a Contestação se vê com uma abertura a deitar directamente para o anexo ou alpendre descrito em 4.[15]17);

(28) Não existe qualquer intervalo entra a fachada S. da casa dos Ap.es e o alpendre e a área descoberta situada em frente a este e indicada em 4.(15); (29) Antes de levarem a cabo as obras referidas em 4.(6), a vertente S. do telhado da casa dos Ap.es ultrapassava a linha de demarcação ou a extrema dos dois prédios, invadindo o espaço aéreo do prédio dos Ap.os em aprox. 0,15m; (30) Os Ap.es demoliram a estrutura do telhado antigo e construíram uma estrutura nova que na vertente S. passou a ser acrescida de uma cornija em cimento, e que ultrapassa aquela linha de demarcação (ou a face externa da parede S. da casa) em cerca de 0,40m;

(31) Para além disso, por cima dessa cornija, colocaram telhas novas, de forma que o novo beiral, correspondente à última fiada da vertente S. da casa ainda se prolonga e sobressai mais para S. dessa cornija, sensivelmente tanto quanto antes sobressaía o primitivo beiral;

(32) Na Parede S. da casa dos Ap.es existia há mais de dois anos uma única abertura de janela a deitar directamente para o telhado do alpendre dos Ap.os; (33) Nessa parede S., os Ap.es fizeram agora uma outra abertura com cerca de 0,60m de altura, por 0,60m de largura, na qual colocaram uma janela de abrir, e com 6 vidros transparentes incorporados numa armadura de madeira;

(34) Essa janela deita directamente para o telhado do alpendre dos Ap.os, sendo certo que também aí os Ap.es não deixaram entre a extrema do prédio dos outros e essa obra qualquer intervalo, e muito menos 1,5m;

(35) Entre o soalho da dependência da casa dos Ap.es (sita ao nível do 1º andar), que é servida por essa janela e o parapeito desta também só vai uma distância, em altura, que é inferior a 1,80m.

(8)

4.1 A convicção do tribunal adveio-lhe da análise dos documentos juntos aos autos, das conclusões periciais e dos depoimentos, nomeadamente:

(a) José da Cunha, topógrafo que elaborou o croquis18 já referido, mas com

base nas indicações que o Ap.e lhe forneceu;

(b) Baltazar Coutada e Lúcia da Silva, anteriores proprietários do prédio

que hoje pertence aos Ap.es: os Ap.os contribuíram para a construção do

caminho de acesso à casa que hoje é dos Ap.es, caminho esse construído sobre a faixa de terreno em discussão;

Baltazar: a extrema dos prédios passa sobre a lagareta que atravessa o alpendre

reivindicado, a cerca de 2/3m da parede do prédio urbano que pertence aos Ap.es;

(c) José Silva Torres e Armando Ribeiro Torres, sobrinhos de Palmira, ante-possuidora do prédio que hoje pertence aos Ap.os: nasceram e cresceram

na casa que hoje pertence aos Ap.es; a ocupação da loja, do coberto (alpendre) e do terreno em frente, foi levada a cabo pela tia; descreveram as alterações

verificadas no telhado e na parede da nova construção; identificaram com segurança a localização e as características dos marcos;

(d) Cândida de Sousa, empregada trabalhadora agrícola por conta de

Palmira, durante 27 anos, até 1980: confirmou os depoimentos de José e Armando Torres, e com inegável pormenor referiu a ocupação que era dada aos espaços em litígio (pipos, lagar, lenha, utensílios agrícolas); tudo decorreu

sempre de forma pacífica; apontou as alterações verificadas no telhado e nas

aberturas do alpendre;

(e) Artur Belo, agricultor que durante vários anos, desde 1962 a 1975/78, colheu as azeitonas por conta de Palmira: prestou depoimento muito vivo e

consistente a coincidir em tudo com os depoimentos de José, Armando Torres e

Cândida;

(f) Duarte Oliveira, conhecedor do prédio desde há 45 anos: idem;

(g) Manuel Correia, arrendatário rural do prédio que hoje pertence aos

Ap.es, entre 1976 e 1990: boa a divisão da propriedade definida pelo muro

(9)

construído pelos Ap.os, de acordo aliás com os marcos que existiam; sempre a respeitou ao longo do tempo em que cultivou o prédio; toda a área em causa (alpendre, lojas e terreno frontal) foi utilizada sempre por Palmira; referiu as

alterações verificadas na parede da casa que habitava (i.é, o prédio urbano pertença dos Ap.os) e no respectivo telhado.

[Estas testemunhas] depuseram de forma serena e congruente, sem esboçarem

qualquer sombra na descrição da ocupação por parte de Palmira da parcela de terreno em causa, e no modo como a mesma decorreu, e ao longo do tempo;… todos negaram a existência (no passado) de qualquer comunicação entre o prédio urbano e o alpendre questionado, contrariando assim a suspeita pericial.

5. A sentença recorrida apresentou os seguintes argumentos:

(a) A matéria de facto dada como provada dita a procedência do pedido reconvencional e inevitavelmente a improcedência da acção inicial: os Ap.es não lograram provar as áreas que indicaram como integrantes dos prédios que lhe pertencem; os Ap.os, pelo contrário, provaram que o alpendre e o terreno situado em frente integram prédio que a estes pertence;

(b) Por outro lado, está provado que a extrema das propriedades era

assinalada por um marco, e que a construção do muro de vedação actual respeita a linha divisória traçada por aquele marco, coincidindo com a face externa da parede S. da casa dos Ap.es;

(c) Ora, tal situação, além de implicar o reconhecimento do direito de propriedade dos Ap.os sobre a faixa de terreno em disputa, arts. 1287 e 1294 CC, acarreta a obrigação de os Ap.es reporem as dimensões e as características do beirado e das janelas existentes antes da intervenção que levaram a cabo no imóvel que lhes pertence, arts, 1344 e 1360 CC.

(10)

7. Nenhuma das conclusões desta Apelação pode convencer. Na verdade, a matéria provada é absolutamente clara quanto a apoiar os argumentos da sentença recorrida no sentido da coincidência entre o limite predial e o muro erguido pelos Ap.os: a direcção do marco imemorial é a mesma que topograficamente respeita o dito muro. Não se vê aliás como é que pode ser dada diferente leitura ao que ficou provado e ao que ficou decidido, num contexto de terem sido jogadas na decisão afinal linhas divisórias distintas ou divergentes.

Não há pois a pretendida contradição interna à sentença e, por conseguinte, não pode ser atendida a correspondente nulidade arguida.

Por outro lado, o tribunal justificou com suficiência a razão por que, nos pontos mais críticos, abandonou as conclusões periciais: depoimentos sérios, congruentes e demonstrados na comum experiência e razão de ser invocada, foram contra os supostos do raciocínio dos peritos19.

Assim, falece o outro motivo da discordância, e a estes dois únicos fundamentos recursivos devemos ater-nos. Portanto: improcede a Apelação.

8. Atento o exposto, vistos os arts. 388, 389 CC e 668/1c. CPC, decidem manter inteiramente a sentença de 1ª instância.

9. Custas pelos Ap.es, sucumbentes.

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