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JEFERSON DA SILVA NUNES INDICAÇÕES E PROGNÓSTICOS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA

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Macapá 2017

JEFERSON DA SILVA NUNES

INDICAÇÕES E PROGNÓSTICOS EM CIRURGIA

ORTOGNÁTICA

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Macapá 2017

INDICAÇÕES E PROGNÓSTICOS EM CIRURGIA

ORTOGNÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Macapá (FAMA), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Odontologia.

Orientador: Larissa Vieira

JEFERSON DA SILVA NUNES

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JEFERSON DA SILVA NUNES

INDICAÇÕES E PROGNÓSTICOS EM CIRURGIA

ORTOGNÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Macapá (FAMA), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

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Dedico este trabalho a meus pais, os anjos que Deus pôs em minha vida, sem eles eu não teria e nem seria NADA.

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NUNES, Jeferson da Silva. Indicações e prognósticos em cirurgia ortognática. 2017. p.01-26. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Faculdade de Macapá (FAMA), Macapá, 2017.

RESUMO

Este trabalho busca informar de forma clara e concisa aspectos que dizem respeito às indicações e os prognósticos encontrados no ramo da cirurgia ortognática, bem como suas mais conhecidas técnicas e sua importância no tratamento das desordens dentofaciais. A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico realizado por uma equipe multidisciplinar que busca a correção das desordens esqueléticas ao mesmo tempo em que busca corrigir a oclusão dentária, obtendo resultados estéticos e funcionais. Esta cirurgia pode envolver reposicionamento mandibular, maxilar ou de ambos, dependendo do nível da desordem. No fim, é possível citar inúmeros benefícios de sua realização no tratamento destas desordens, sendo talvez o principal, a melhora na qualidade de vida dos pacientes. Este trabalho é uma revisão de literatura, onde se buscaram fontes fidedignas, utilizando artigos de diferentes datas publicados oficialmente.

Palavras-chave: Cirurgia ortognática; Desordens dentofaciais; Tratamento

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NUNES, Jeferson da Silva. Indications and prognostics in orthognathic surgery. 2017. p.01-26. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Faculdade de Macapá (FAMA), Macapá, 2017.

ABSTRACT

This paper aims to inform in a clear and concise manner aspects related to the indications and prognoses found in the field of orthognathic surgery, as well as its better known techniques and its importance in the treatment of dentofacial disorders. Orthognathic surgery is a surgical procedure performed by a multidisciplinary team that seeks the correction of skeletal disorders while at the same time seeking to correct dental occlusion, obtaining aesthetic and functional results. This surgery may involve repositioning of the mandibular, maxillary or both, depending on the level of the disorder. In the end, it is possible to cite innumerable benefits of its accomplishment in the treatment of these disorders, being perhaps the main one, the improvement in the quality of life of the patients. This work is a literature review, where reliable sources were searched, using articles from different dates published officially.

Key-words: Orthognathic surgery; Dentofacial disorders; Ortho-surgical treatment;

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...07

1. A CIRURGIA ORTOGNÁTICA E SUAS INDICAÇÕES...09

1.1 OS PROBLEMAS DAS DESORDENS DENTOFACIAIS...09

1.2 As indicações da cirurgia ortognática...10

2 OS TIPOS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA ...14

2.1 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DAS CIRURGIAS...16

3 A IMPORTÂNCIA DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA NO TRATAMENTO DE DESORDENS DENTOFACIAIS...18

3.1 A IMPORTÂNCIA DO PREPARO PSICOLÓGICO PRÉ-CIRÚRCIO DO PACIENTE...19

3.2 AS VANTAGENS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM RELAÇÃO AO AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA...21

CONSIDERAÇÕES FINAIS...23

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INTRODUÇÃO

Atualmente, muito se preza a harmonia facial, e sabe-se que esta depende de uma relação boa entre os diversos componentes do sistema estomatognático, tais como músculos, órgãos, articulações e etc. Nesse sentido, no que tange ao tratamento das desordens dentofaciais, aliar estética a função é prioridade, e é nesse contexto que se insere a indicação e realização das cirurgias ortognáticas, que por sua vez, entram em cena quando o tratamento ortodôntico feito isoladamente não é o suficiente para sanar os problemas oclusais, ou ainda quando há desproporção dos ossos ortognáticos, dentre outros problemas similares que afetam a estética facial e impedem a normalidade fisiológica do sistema estomatognático.

Muitas são as queixas relacionadas à influência das desordens dentofaciais na qualidade de vida dos paciente, tanto em relação à saúde bucal como em outros aspectos da vida, tal como do ponto de vista social. Dessa forma este projeto buscou esclarecer questões relacionadas à cirurgia ortognática e suas indicações, dando destaque à sua importância no tratamento das desordens dentofaciais, e seus impactos na qualidade de vida dos pacientes a ela submetidos. Assim, sabendo-se que várias são as deformidades dentofaciais encontradas na população, tornou-se fundamentalmente importante a realização deste estudo sobre o tema proposto.

Mas em que ocasiões pode-se escolher a cirurgia ortognática como opção de tratamento? E como avaliar a necessidade e as consequências de sua realização em cada caso? Sabendo-se da importância de responder a essas questões, e tendo em mente que é fundamental conhecer as necessidades que levam à escolha de tal forma de tratamento, bem como quais suas possíveis consequências, estes foram os principais problemas elencados para a realização deste estudo.

Assim, esta pesquisa teve como objetivo principal apontar quais as indicações da Cirurgia Ortognática e a sua importância como tratamento de escolha. E para deixar o conteúdo claro e se alcançar tal objetivo principal, elencaram-se mais três objetivos específicos, sendo eles: realizar uma revisão bibliográfica sobre a Cirurgia Ortognática e suas indicações e vantagens; dissertar sobre os principais tipos de cirurgia ortognática e suas técnicas; e, destacar a importância da cirurgia ortognática para a odontologia no reparo de desordens dentofaciais.

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Fundamentando-se através de estudos, artigos e monografias, esta pesquisa se constituiu a partir de um problema pré-estipulado e que se buscou solucionar; de objetivos gerais e específicos anteriormente propostos que salientam a importância de sua realização; de uma justificativa para sua realização, de uma metodologia específica e de fontes adquiridas para realização do referencial teórico. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica que busca trazer informações úteis sobre este tema em específico. E para a realização deste artigo, foram reunidas referências através de meio eletrônico, sendo feito uso apenas de trabalhos do tipo artigo, publicados em periódicos e disponibilizados via web, sendo priorizados inicialmente aqueles publicados a partir de 2013, posteriormente abrangendo obras mais antigas, cujas informações foram essenciais. Para aquisição dos artigos foram utilizados buscadores eletrônicos, sendo escolhidos o BIREME, Scielo e o Google acadêmico,

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1 A CIRURGIA ORTOGNÁTICA E SUAS INDICAÇÕES

A cirurgia ortognática é o ramo da cirurgia bucomaxilofacial que se preocupa com o tratamento das desordens dentofaciais, sendo sintetizada por uma equipe pluridisciplinar que é coordenada pelo cirurgião bucomaxilofacial e pelo ortodontista. Este tratamento busca a harmonia entre as dimensões faciais e as posições dentárias, também resolvendo problemas oclusais. (LAUREANO et al., 2002 apud GUIMARÃES et al., 2014, p.243)

Tais desordens podem ainda influenciar negativamente na saúde do individuo, provocando desequilíbrio miofuncional orofacial, sejam tais desordens causadas por fator de desarmonia óssea e/ou dentária. Assim, trata-se de um problema que tem interferência em vários aspectos, podendo interferir na funcionalidade, na estética facial e até mesmo no estado psicológico e social do paciente. (RIBEIRO, 1999 apud COUTINHO et al., 2009, p.275)

Dessa forma, quando há alterações oclusais e de tipo facial, associando-se às desproporções esqueléticas, a cirurgia ortognática apresenta-se como o principal tratamento de escolha, uma vez que sem esta intervenção não há como se chegar a uma mudança das características das funções e da musculatura bucofacial do paciente, o que é essencial para que se consiga uma reabilitação. Por conta de tal complexidade é necessária uma abordagem pluridisciplinar para a realização de tal tratamento. (RIBEIRO, 1999 apud COUTINHO et al., 2009, p.275)

1.1 OS PROBLEMAS DAS DESORDENS DENTOFACIAIS

Em muitos casos, as alterações oclusais não são tratadas na infância, chegando o indivíduo na fase adulta ainda com a mesma alteração. Em outras ocasiões, mesmo realizando tratamento ortodôntico na infância, este não é suficiente para resolução dos problemas do paciente. Nas duas situações, devido à insuficiência do tratamento ortodôntico na resolução das alterações esqueléticas, recorre-se à cirurgia ortognática. (LURENTT, 2012 apud GRAZIANI et al., 2016, p.582)

Além disso, outros sérios problemas funcionais que tem como fator de origem as desordens dentofaciais são causas para que se recorra a esse tratamento,

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estando entre tais problemas a falta de contato dentário; a mudança do espaço anatômico do ambiente bucal com posicionamento errôneo lingual, que por sua vez, provoca a mudança na voz e na forma de pronunciar determinadas sílabas, como as sílabas linguodentais, as labiais e outras. Outro problema comum é a alteração na respiração, o que pode contribuir para a apneia do sono. (COUTINHO et al., 2009, p.276-277)

As desordens dentofaciais podem ainda gerar distúrbios miofuncionais característicos, que por sua vez, determinam mudanças no sistema estomatognático para que este se adapte às respostas musculares, o que pode gerar sobrecarga funcional e até mesmo distúrbios na articulação temporomandibular, tornando tais desordens fatores de risco para o desenvolvimento de desordens articulares. (PEREIRA; BIANCHINI, 2011, p.1086)

Ademais, segundo Marques, Maniglia e Molina (2010, p.601), atualmente uma grande porção populacional apresenta algum desvio morfológico e/ou funcional do sistema estomatognático, gerando assim um aumento notável da demanda pelos serviços de correção de deformidades dentofaciais em nosso país, o que além de tudo, cria também a necessidade de estudos de prevalência dessas desordens, para que se possa planejar e efetuar tratamentos de maneira adequada.

1.2 AS INDICAÇÕES DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA

O termo Cirurgia ortognática se refere ao “alinhamento da maxila e mandíbula”, buscando corrigir desordens faciais e maxilomandibulares. Muitos benefícios podem ser obtidos através da realização de tal procedimento, como por exemplo, a melhoria nas habilidades mastigatória, fonética e respiratória, e também a melhora da aparência e da estética facial, como consequência da melhora da relação maxilomandibular. (LIMA et al., 1999, p.273)

O diagnóstico para que se aponte ou não a necessidade de realização de cirurgia ortognática se inicia por um exame clinico detalhado, orientado não somente por bases dentais, mas levando em conta também bases ósseas e de tecidos moles nos planos ântero-posterior, vertical e transversal. Alem disso é importante que se faça uma analise radiográfica (panorâmica e telerradiografia de norma lateral), e análise de modelo. Além disso, realiza-se uma avaliação facial, esta pode revelar

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características de desarmonia esquelética presente, sendo um importante fator para se levar em consideração. Essa avaliação deve ser feita com o paciente posicionado como se estivesse olhando para o horizonte, e o profissional deve observar de frente e de perfil os terços faciais, a região do zigomático, o comprimento da linha mento-pescoço, o sulco mento-labial e o ângulo naso-labial. É importante também observar a relação dos incisivos superiores com o lábio superior em repouso e sorrindo. Deve-se também destacar a necessidade de interação entre o cirurgião e o ortodontista no estabelecimento do diagnóstico. (CARDOSO, 2009, p.95)

É possível que através de uma analise facial minuciosa se tenha uma ideia dos componentes causadores da desordem ou ma oclusão. A deficiência maxilar, por exemplo, pode ser detectada por uma projeção ausente da região zigomática, bem como ausência do sulco geniano e ainda uma sensação de projeção do globo ocular para fora de sua órbita, o que pode prejudicar a expressão facial. A protrusão mandibular causa um aumento na linha queixo-pescoço, uma altura facial excessiva no terço anterior inferior, e verticalização do lábio inferior, que pode até se apresentar à frente do lábio superior e causar redução ou ausência do sulco mento-labial. Nos casos de prognatismo pode ser que o sulco nasogeniano apresente-se aplainado, por conta de um deslocamento anterior do tecido moleque recobre a área, impedindo a percepção da projeção zigomática, nesses casos, deve-se observar também a evidência ou não de depressão infraorbitária. Deve dar-se importância também na avaliação frontal para a altura facial anterior inferior, que é aumentada quando o prognatismo é o agente causal, provocando impacto estético bastante relevante. (COQUE et al., 2014, p.352)

Segundo Lima et al (1999, p.273, 274) dentre as pessoas que podem beneficiar-se da cirurgia ortognática, incluem-se aquelas com oclusão alterada e também aquelas com mau posicionamento maxilar, mandibular ou de ambos. Em seu estudo citou também que o crescimento maxilomandibular se dá de forma lenta, sendo que em alguns momentos estes podem se desenvolver em diferentes níveis entre si, gerando desde problemas mastigatórios até alteração da aparência. Ele também afirma que um ortodontista pode resolver um problema de oclusão de forma satisfatória quando só dentes estão envolvidos, porém se houver necessidade de reposicionamento ósseo pode-se recorrer à cirurgia ortognática, estando dentro das possíveis indicações para cirurgia ortognática: Dificuldade mastigatória, problemas

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fonéticos, dor crônica da mandíbula ou maxila, apinhamentos dentários acentuados, trismo, mordida aberta, aparência facial desbalanceada, injúrias da face ou defeitos congênitos, mento retraído, mandíbula proeminente, dificuldade de manter os lábios em contato quando em repouso, respiração bucal crônica e apnéia do sono.

Coutinho et al (2009, p.276) afirmam que para que se indique uma cirurgia ortognática devem-se levar em conta características específicas, sendo elas: más formações Classe I, II ou III com excesso maxilar vertical; más formações Classe II com deficiência maxilar transversa; deformidades Classe III severas com desproporção maior que 12mm; más formações Classe II ou III com deficiência maxilar vertical; más formações Classe I com protusão bimaxilar e excesso maxilar vertical e casos de faces assimétricas por conta de hipoplasia ou hiperplasia condilar, hipertrofia hemifacial e assimetria mista maxilo-mandibular.

Ainda sobre as indicações à cirurgia ortognática Coque et al (2014, p.351) afirmam que o diagnóstico para indicação à cirurgia ortognática deve priorizar a face, visto que o tratamento visa corrigir principalmente a desarmonia facial, devendo-se assim identificar a gravidade e a localização do problema dando maior importância à queixa principal do paciente.

Em concordância, Laureano et al (2004, p.45) dizem que o diagnóstico correto deve-se basear na queixa principal do paciente, estudo oclusal, análise da face e achados cefalométricos. Em seu artigo afirma-se que na análise facial deve-se observar simetria, contorno e harmonia de estruturas como área paranasal, relação lábio-dente, projeção do mento e distância mento-cervical. Conhecer as possíveis alterações da face se faz necessário para o melhor diagnóstico, planejamento e previsão do pós-operatório.

Segundo Laureano et al (2005, p.46) a decisão de se fazer a cirurgia deve ser baseada no exame clínico ( avaliação oclusal e facial), estudo dos modelos em gesso e achados cefalométricos. A análise facial feita pelo cirurgião irá orientá-lo de forma que este levante uma série de opções cirúrgicas com objetivo de melhoria da estética. Estas opções devem ser analisadas lado a lado com os dados cefalométricos e os da oclusão, de forma que no final se determine o procedimento ou os procedimentos mais apropriados para o tratamento da desordem em questão tendo sempre em mente o maior ganho em estética possível.

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Segundo Cardoso (2009, p.95) as indicações da cirurgia ortognática dependem fundamentalmente do grau de severidade da alteração esquelética e da influência negativa dessa alteração na face do paciente, uma vez que existem casos em que o nível de possibilidade de movimentação dentária foge ao nível de ação da intervenção ortodôntica. Assim, é aconselhável na maioria das deformidades, esperar o término do crescimento ósseo, aconselhamento que pode ser ignorado em casos onde o comprometimento estético e psicológico é muito grande, casos em que a cirurgia necessita de mais de um tempo.

Nóia et al. (2015, p.22) ressaltam que no cotidiano, sempre estiveram presentes as preocupações com saúde e beleza, e que com o passar dos anos, os avanços científicos e tecnológicos possibilitaram resultados muito favoráveis tanto em relação à função quanto à estética. Assim a cirurgia ortognática pode ser vista como uma opção terapêutica bastante oportuna para o tratamento de pacientes com deformidades dento-esqueléticas, uma vez que traz resultados funcionais tanto quanto proporciona uma melhor harmonia facial ao paciente.

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2 OS TIPOS DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Moreira e Leal (2013, p.46, 47) em seu artigo sobre planejamento virtual em cirurgia ortognática afirmam ainda que os avanços tecnológicos no ramo da imaginologia vêm permitindo a utilização de protocolos 3D na área da cirurgia maxilofacial, e que alem disso, o fácil acesso e uso dessa tecnologia permitem sua ampla utilização no diagnóstico e plano de tratamento. Estes atentam também para o fato de os modelos em gesso e as radiografias sofrerem distorções ao longo do tempo de sua confecção, apresentando também algumas limitações, prejudicando a precisão de suas mensurações, em especial nos casos de assimetria facial. Assim, as ferramentas virtuais que auxiliam na análise, diagnóstico e planejamento devem ganhar espaço, isso porque o diagnóstico seria facilitado pela obtenção de modelos tridimensionais do crânio a partir da tomografia computadorizada.

Tais afirmações trazem à tona o relevante fato de que é importante mensurar da forma mais precisa possível o nível da discrepância óssea existente. Isso não se vale somente para a indicação de intervenção cirúrgica, mas torna-se fundamental também para que se eleja qual tipo de cirurgia adequada para o caso. Essa importância se reforça se evidenciamos o fato de que existem diferentes técnicas cirúrgicas, estando entre as principais as de avanço ou recuo da maxila, retrusão ou protrusão mandibular, segmentação e impactação da maxila e a mentoplastia, podendo ainda recorrer-se a mais de uma técnica em um só caso. (GUIMARÃES et al., 2014, p.245)

Segundo Bell (1992, apud GUIMARÃES et al., 2014, p.245), o reposicionamento anterior de mandíbula, ou avanço mandibular é um dos procedimentos mais comuns realizados na cirurgia ortognática, e normalmente se indica para pacientes portadores de oclusão classe II de Angle. Tal método, também conhecido como Osteotomia Le fort I, trata-se de uma osteotomia associada à mobilização da maxila, sendo um método eficaz para que se sobrepuje a resistência dos tecidos moles, o que favorece o reposicionamento maxilar.

Segundo Scartezini et al. (2007, p.268), a osteotomia Le fort I é uma manobra cirúrgica capaz de corrigir deformidades verticais, transversais ou Ântero-posteriores da maxila, de forma concomitante ou não. Nesta técnica, realizam-se osteotomias de pilares ósseos e pequenas fraturas nos suportes remanescentes com o objetivo de

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mobilizar o osso a uma posição mais adequada ou aquela necessária para o sucesso do tratamento. Pode-se ainda, nos casos necessários, expandir transversalmente a maxila através de sua segmentação, reposicionando-a e fixando seus segmentos em um novo padrão oclusal.

Segundo Turvey et al. (1988, apud GUIMARÃES et al., 2014, p.249), em alguns casos, o paciente pode apresentar discrepâncias que impossibilitem a sua resolução apenas com mobilização de um segmento, nesses casos é indicado um procedimento combinado. Nesse sentido, a mentoplastia é descrita como um refinamento da técnica por alguns autores, isso se dá pelo ganho estético adicional na projeção do mento, no sentido latero-lateral, crânio-caudal, e anteroposterior.

Outro tipo de cirurgia ortognática existente é a de expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente. Esta se trata de um procedimento que visa expandir transversalmente a maxila através da fragilização da resistência óssea fazendo-se uso de osteotomias dos pilares maxilares. A separação dos suportes ósseos se dará com o auxílio de um aparelho expansor, este liberará a força necessária para realização deste procedimento. Esta cirurgia pode ser considerada também uma distração óssea. (SCARTEZINI et al., 2007, p.268)

Esta cirurgia esta indicada para pacientes que já apresentam maturidade óssea, onde há somente um problema transversal, e pela idade, somente o tratamento ortodôntico não consegue obter sucesso, seja por atresia maxilar maior que 5mm, ou quando há atresia unilateral, caracterizando um caso de assimetria maxilar. A expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente apresenta ainda outras indicações, entre elas, quando houver fracasso no tratamento ortodôntico ou na expansão ortopédica; quando há presença de recessão gengival anterior ao tratamento; quando o segmento anterior for estreito e não se desejarem extrações dentárias; nos casos onde há excessos transversais mandibulares, já que a redução da mandíbula é um procedimento complexo e quando há necessidade do aumento do arco em pacientes fissurados. (SCARTEZINI et al., 2007, p.270)

É importante se observar que há muitas comparações entre o uso das técnicas Le fort I e da expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente, bem como há também discussões sobre qual delas e mais eficaz ou mais indicada para determinado caso. Segundo Bailey et al. (1997, apud SCARTEZINI et al., 2007, p.269-270) a decisão na escolha do tipo de tratamento se dará dependendo se o

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paciente irá ou não precisar de cirurgia extra pós expansão maxilar transversal. Portanto nestes casos, opta-se pela realização da osteotomia Le Fort I para que o paciente passe por um só procedimento cirúrgico. Existem poucas indicações para a realização de um segundo procedimento cirúrgico, um exemplo é em casos de pacientes com face alongada com deficiência maxilar transversal. Nestas ocasiões para se corrigir a deformidade se realiza a segmentação maxilar em dois a quatro segmentos, dependendo do tipo de correção buscada. As segmentações em mais de quatro partes são contra indicadas devido ao alto grau de morbidade do ato cirúrgico.

A cirurgia do prognatismo mandibular, ou o Recuo de mandíbula, é também um tipo de procedimento cirúrgico encontrado sobre a cirurgia ortognática. Esta indica-se para pacientes que apresentam oclusão classe III Angle, posição anterior do mento e a distância mento-cervical aumentada dentre outros sintomas. (LAUREANO FILHO et al., 2005, p.47).

2.1 POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DAS CIRURGIAS

Por mais que a Osteotomia Le fort I possa corrigir discrepâncias dos planos ântero-posterior e vertical e um só procedimento cirúrgico, esta trata-se de um procedimento complicado que requer uma maior tempo de cirurgia e que ocasiona maior morbidade, uma vez que pode comprometer as estruturas vasculares, podendo levar a necrose de segmentos maxilares e dos dentes adjacentes às osteotomias. Outras complicações que também podem ocorrer são: hemorragias; posicionamento inadequado da maxila, principalmente nas situações em que se fazem reposicionamentos superiores concomitantes; sinusite maxilar; fístulas bucosinusais e buconasais que são, principalmente, causadas por perfurações da mucosa palatina durante o processo de expansão maxilar (expansões maiores que 10 mm, também podem levar a fístula devido à tensão na mucosa palatina); desvios de septo nasal; pseudoartrose da maxila e desvios de septo nasal. (SCARTEZINI et al., 2007, p.270)

Segundo Ozturk et al. (2003, apud SCARTEZINI et al., 2009, p.270) é notável que a polpa possa isquemizar após os procedimentos da Osteotomia Le Fort I, mas isto vai estar ligado ao nível da osteotomia, porém, se as osteotomias forem

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realizadas a 5 mm acima dos ápices dentários, atentando-se para a separação da sutura intermaxilar, não deve haver qualquer efeito sério na polpa ou no fluxo sanguíneo.

A cirurgia ortognática pode ainda resultar em algumas outras complicações no momento de sua realização mesmo estas não sendo frequentes. Graziani et al (2016, p.582) destacam a perda da sensibilidade orofacial, que se dá devido ao local da osteotomia que é próximo aos ramos periféricos dos nervos maxilar e mandibular, o que pode ocasionar trauma a essas estruturas. Coutinho e Moreno (2016, p.5-10) citam também hemorragia e malposicionamento da maxila, além de outras complicações mais raras como necrose isquêmica, fraturas indesejadas, fístulas, desvio de septo, sinusite maxilar, fístulas arteriovenosas e danos aos sistemas nasolacrimal e ocular.

Lima et al (1999, p.275-276) também citam algumas possíveis complicações, tais como edema, náuseas e vômitos, dor pós-cirúrgica, infecção, complicações sinusais, injúrias a dentes ou raízes, trismos, dor ou funções anormais das articulações temporomandibulares, além daquelas já citadas com sangramento e perda da sensibilidade.

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3 A IMPORTÂNCIA DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA NO TRATAMENTO DE DESORDENS DENTOFACIAIS

As cirurgias ortognáticas apresentam-se como uma opção fundamental de tratamento nos casos de desordens dentofaciais. Além de auxiliar nas correções das relações intermaxilares juntamente com a ortodontia, esta auxilia também nos ganhos estéticos e na melhora dos perfis faciais, sendo um tratamento muito eficaz tanto no sentido funcional quanto no quesito de melhoria das proporções faciais, sendo importante também, muitas vezes, no auxílio do tratamento de problemas psicológicos obtidos pelos pacientes ao longo da vida por conta da deformidade dentofacial.

A aparência facial influencia de forma relevante na formação da imagem corporal, da identidade e da autoestima pessoal. Nesse sentido, a cirurgia ortognática relaciona-se intimamente com os aspectos psicossociais do paciente, uma vez que além de sanar os problemas oclusais, busca também alcançar uma harmonia facial. (NICODEMO, PEREIRA & FERREIRA, 2007)

Em geral as cirurgias ortognáticas apresentam prognóstico bastante favorável, além de corrigir os problemas oclusais, consegue-se uma melhor harmonia facial. Beluci e Genaro (2016, p.220) em um estudo sobre a qualidade de vida pré e pós-cirurgia ortognática, demonstraram um impacto positivo da condição da saúde oral na qualidade de vida após a correção da desordem dentofacial, uma vez que os pacientes entrevistados relataram maior domínio físico, psicológico e de questões gerais pós-cirurgia, evidenciando uma influencia da correção dessas alterações nos aspectos psicossociais do indivíduo.

Guimarães et al (2014, p.249-250) em seu artigo sobre qualidade de vida em pacientes submetidos a cirurgia ortognática afirma ainda que o resultado deste tipo de tratamento tem impacto direto na qualidade de vida do paciente, uma vez que os benefícios por ela gerados são inúmeros. Em seu estudo, evidenciou-se que os pacientes operados apresentaram maior autoestima além de melhora nas relações interpessoais e melhor integração social. Além disso, os pacientes que passaram pelo tratamento apresentaram menor impacto dos problemas bucais na sua qualidade de vida, demonstrando a importância desta cirurgia como forma de tratamento para tais desordens.

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3.1 A IMPORTÂNCIA DO PREPARO PSICOLÓGICO PRÉ-CIRÚRCIO DO PACIENTE

Porém, além do diagnóstico e da correta indicação, faz-se necessário um adequado planejamento cirúrgico. Para Matos et al (2015, p.22) é importante um adequado preparo do paciente, concedendo-lhe informações que lhe possibilitem refletir sobre a possibilidade da cirurgia, sendo interessante levar em conta as expectativas e a condição psicológica do paciente, bem como suas necessidades estéticas e funcionais, pois estas poderiam ser de alta importância na determinação de um prognostico. Segundo o autor, seria importante ainda um acompanhamento psicológico, uma vez que muitas vezes o paciente se dirige à sala de cirurgia almejando recuperar-se de traumas do passado que têm relação com sua aparência, fazendo-se importante este acompanhamento e a devida preparação.

Segundo Nicodemo, Pereira & Ferreira, (2007) as deformidades faciais ou dentofaciais podem ter potencial psicológico e social destrutivo, podendo causar impactos negativos na vida do paciente, influenciando não somente a autoconfiança do paciente, mas também os seus relacionamentos pessoais, causando problemas sociais e psicológicos. Assim deve-se ter em mente que o paciente que apresenta esse tipo de deformidade procura também enfrentar estes problemas psicossociais, esperando que a sua mudança física resolva seus problemas pessoais e sociais através da melhora de sua aparência pela cirurgia.

Dessa forma, o processo de correção da deformidade envolverá aspectos não somente técnicos, mas também psicossociais, necessitando-se da cooperação do paciente e exigindo do profissional uma conduta que facilite e agregue um trabalho multidisciplinar. Desconsiderando tais aspectos, o paciente pode se apresentar insatisfeito com os resultados do tratamento, e até mesmo apresentar problemas psicológicos pós-operatórios, bem como poderá ser tarde demais até que o cirurgião e a equipe se deem conta de que o insucesso (se ocorrer) aconteceu por conta da falta de avaliação psicológica preliminar ou falta de orientação apropriada. (NICODEMO, PEREIRA & FERREIRA, 2007, p.47)

Nesse sentido, é de fundamental importância que se avalie a percepção que o paciente tem sobre as alterações que acontecerão por conta do procedimento

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cirúrgico, em relação aos seus desejos, padrões e preocupações, uma vez que a percepção do indivíduo acerca de si mesmo, das suas condições físicas e emocionais, é importantíssima para direcionar o tratamento e correlacionar saúde bucal, saúde geral e qualidade de vida. (GUIMARÃES, 2014, p.244)

É importante também saber como o paciente define a sua deformidade, o conhecimento dessa definição esclarecerá também o motivo pelo qual o paciente buscou a cirurgia. Saber disso levará a outras respostas como o quê o paciente quer modificar o porquê e como ele acha que vai ficar depois da cirurgia. Esses questionamentos são imprescindíveis pois neste momento de conhecimento das expectativas e motivos do paciente é que se poderão fazer esclarecimentos sobre o quão reais essas expectativas são, e o quão próximo das expectativas a cirurgia pode chegar, evitando assim insatisfações dos pacientes em relação ao resultado obtido, mesmo que tecnicamente os procedimentos tenham sido bem sucedidos. (NICODEMO, PEREIRA & FERREIRA, 2007, p.50)

Nicodemo, Pereira & Ferreira (2007, p.50) afirmam ainda que é preciso se conhecer o paciente antes de qualquer intervenção estética, e assim, relacionam outras perguntas que devem ser feitas também, como: o que o paciente espera obter após a cirurgia (seja em nível real ou fantasioso); qual o porquê de o paciente achar que aquele é o momento adequado para se realizar a cirurgia; se houve a influência de alguém para que o paciente busca-se o tratamento; se a própria aparência do paciente o faz se lembrar de alguém conhecido, em caso de resposta afirmativa, de quem; como a pessoa acha que as pessoas importantes para ela reagirão com o resultado, como as pessoas menos importantes possivelmente reagirão; e ainda se o paciente pode imaginar alguma possível desvantagem com o procedimento a ser realizado.

Matos et al. (2015, p. 22-23) defendem ainda que é importante que haja um acompanhamento psicológico do paciente no processo de preparação para a cirurgia ortognática. Isso se deve ao fato de haver uma notável valorização das expectativas relacionadas aos benefícios psicológicos da realização da cirurgia, podendo tais expectativas não estarem de acordo com a realidade. Pode haver também um desconhecimento dos custos emocionais da cirurgia ou mesmo perturbações psicopatológicas. Além disso, os autores afirmam que muitas vezes os pacientes que recorrem à cirurgia procuram uma recuperação de traumas existentes

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devido a problemas com chacotas e falhas ou dificuldades nos relacionamentos pessoais. Assim com o aumento da demanda e de questões psicológicas envolvidas com essa busca por cirurgia ortognática, seria necessária a inserção de um psicólogo na equipe de tratamento, com o objetivo de que este profissional auxilie nas questões referentes às necessidades emocionais desses pacientes.

3.2 AS VANTAGENS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM RELAÇÃO AO AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA

Segundo Klages et al. (2004, apud GUIMARÃES et al., 2014, p.244-245) a qualidade de vida esta ligada à percepção do indivíduo em relação a sua posição na vida, seu lugar no mundo. Tem relação com sua saúde física e mental, seus objetivos, expectativas, planos e preocupações. Relacionando tal conceito à saúde bucal, a ausência de disfunções ou deformidades bucofaciais não pode ser considerada uma boa saúde bucal. Dessa forma, ao se realizar uma cirurgia ortognática, deve-se levar em conta a saúde em geral, tornando-se necessário avaliar o impacto que a deformidade causou na saúde física, mental e social do paciente, para assim, se compreender as melhoras funcionais, estéticas, psicológicas e sociais obtidas por meio da cirurgia.

De acordo com Guimarães et al. (2014, p.249) o resultado obtido por meio da realização da cirurgia ortognática tem influência direta na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, seja essa melhoria de um ponto de vista funcional, estético, psicológico ou social. Uma vez que os benefícios obtidos por meio dela são inúmeros, envolvendo melhora na autoestima, na mastigação e na fonação. Além disso, em seu estudo, estes autores constataram melhora nas relações interpessoais, nas integrações sociais e no aumento da autoestima. Outro fato observado foi a diminuição da ansiedade, da hostilidade e da depressão após a realização da cirurgia.

Beluci e Genaro (2016, p.220-221) em seu estudo sobre a qualidade de vida de pacientes pré e pós-correção das deformidades dentofaciais, constataram que após a cirurgia de correção, os pacientes apresentaram melhores níveis de domínios físicos, psicológicos, de meio ambiente e de questões gerais. Em outras palavras, domínio físico está relacionado com a satisfação do indivíduo em relação ao seu

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desempenho nas atividades do dia a dia, bem como a sua capacidade para o trabalho. O domínio psicológico se relaciona com a aceitação da sua aparência física e ao individuo estar bem consigo mesmo. Enquanto o domínio de meio ambiente está ligado ao sentimento de segurança em sua vida diária e nas oportunidades de atividade de lazer. Dessa forma, percebeu-se que na percepção do próprio indivíduo houve melhora na qualidade de vida nestes aspectos, o que pode ser associado às mudanças físicas e à alteração na aparência facial advindas da cirurgia ortognática.

Neste mesmo estudo, os pacientes apresentaram diminuição da dor física, do desconforto psicológico, da limitação psicológica, da limitação social e da incapacidade após a cirurgia, o que aponta, obviamente, para um impacto positivo da saúde oral nestes aspectos da qualidade de vida após a cirurgia corretiva da deformidade dentofacial. Estas alterações positivas, mais uma vez, podem estar associadas ao fato da cirurgia proporcionar uma melhora nos aspectos emocionais do individuo, relacionando-se com a melhora da imagem corporal, aumento da autoestima, da autoconfiança, entre outros. Sendo assim, estes resultados salientam o fato de que a correção cirúrgica das deformidades dentofaciais pode beneficiar a oclusão dentária, a estética facial e a qualidade de vida concomitantemente, o que é uma notável vantagem. (BELUCI e GENARO, 2016, p. 221)

Dessa forma, as vantagens da cirurgia ortognática no tratamento de desordens dentofaciais, bem como na melhora do quadro de qualidade de vida dos pacientes a ela submetidos são palpáveis. As correções ultrapassam o nível oclusal e se estendem à estética facial e ao auxílio na melhora do estado psicológico do paciente e de suas relações interpessoais. Suas vantagens incluem a correção das discrepâncias ósseas, auxiliar na melhora da mastigação, da fonação, diminuição das dores relacionadas a mastigação, melhora da harmonia facial e aparência estética, correção da oclusão, melhora da autoestima entre outras. Porém deve-se destacar o cuidado que se deve ter com o paciente, olhando para todos os aspectos, desde os oclusais até os psicossociais e a expectativa do paciente quanto ao tratamento, para que assim, se chegue a um resultado satisfatório para ambas as partes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cirurgia ortognática é opção de tratamento quando somente a intervenção ortodôntica não se mostra suficiente para sanar os problemas apresentados pelo paciente. Sua indicação é feita não somente para tratar problemas funcionais, mas é também grande aliada da estética, ajudando na harmonização facial. Vê-se sua grande importância no tratamento de desequilíbrios proporcionais ósseos por exemplo, onde muitas vezes, a intervenção cirúrgica ajuda a tratar problemas funcionais e estéticos concomitantemente.

No ramo da cirurgia ortognática existem diferentes tipos de intervenção, como avanço de maxila, avanço mandibular, recuo maxilar, etc., existindo ainda diferentes técnicas para cada caso, fazendo-se de grande importância uma correta anamnese e investigação clínica para que se escolha a cirurgia mais bem adequada para o caso.

Assim, pode-se concluir que a cirurgia ortognática é uma grande aliada da odontologia atual, principalmente no que diz respeito ao tratamento das deformidades dentoesqueléticas, sendo fato que sua realização pode contribuir para a melhora da autoestima e da qualidade de vida dos pacientes, estes que muitas vezes passam por diversos traumas por conta de suas desordens. Desta forma, pode-se afirmar também que a realização de estudos mais detalhados e de linguagem mais clara devem ser feitos, para que não só a comunidade científica tenha acesso as informações, mas a sociedade em geral, de forma que se torne mais fácil a relação paciente-profissionais quando for preciso recorrer-se à cirurgia.

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