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Edição 338 Ano XXV Setembro de 2017 Viçosa-MG CANA DE AÇÚCAR: MANEJO E TRATOS CULTURAIS

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Academic year: 2021

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Edição 338 Ano XXV Setembro de 2017 Viçosa-MG

Informativo do Leite

Veja também nesta edição

DICA DO ZOOTECNISTA Como interpretar o indicador econômico: TRC Pág. 02 VISITA DA BEATRIZ AO PRODUTOR: Antônio Maria Fazenda Nô da Silva Pág. 03 SORO CASEIRO NO BEZERREIRO QUALIDADE DO LEITE Mastite em primíparas: Um risco à reposição. Pág. 06

CANA DE AÇÚCAR: MANEJO E TRATOS CULTURAIS

Patrícia Moreira e Igor Oliveira

Estudantes de Agronomia e Zootecnia

O fornecimento de cana-de-açúcar na alimentação de bovinos de leite tanto na forma “in natura” quanto em silagem tem aumentado cada vez mais, pois a época de escassez natural das pastagens coincide com o período de maior produtividade da cultura, tornando-se um grande atrativo para os produtores de leite da região.

O potencial forrageiro da cana no Brasil é decorrente da alta capacidade de produção de matéria natural (80 a 150 ton/ha) e baixo custo por Kg de matéria seca. Apesar de exigir maior mão-de-obra se comparada à silagem de milho, o fornecimento da cana tem se tornado um grande aliado nos últimos tempos, pois a cada ano que passa a diminuição dos índices

pluviométricos têm “assombrado” os produtores, exigindo que os mesmos optem por alternativas que tolerem mais o déficit hídrico.

Na Fazenda Boa Vista, o produtor Antônio Moreira e seu filho Fabrício já estão cientes da grande importância da cana-de-açúcar na alimentação do rebanho e estão se empenhando cada vez mais no manejo e tratos culturais, obtendo no 5º ano de corte do canavial uma produtividade de 110 ton/ha.

Geralmente, a colheita inicia-se em Maio e termina em Novembro, período em que a cultura apresenta seu maior valor nutritivo. Para se programarem melhor, é realizado a mensuração da porcentagem de sólidos solúveis (BRIX) com o auxílio do refratômetro (sacarímetro), afim de saberem quando a cana encontra-se madura. O corte é realizado rente ao solo para preservar a longevidade do canavial.

Após o período de fornecimento, é feito a adubação da cana soca pelo método de extração:

· Fósforo: 0,4 Kg/ton de MN de cana retirada da área; · Potássio: 1,5 Kg/ton de MN de cana retirada da área; · Nitrogênio: 1,2 Kg/ton de MN de cana retirada da área.

Também vale frisar a extrema importância do controle das plantas daninhas e de pragas para o bom desenvolvimento da rebrota.

De posse dessas informações, os produtores podem seguir o exemplo do Sr. Antônio Moreira e caprichar nos tratos culturais para cada vez mais obter boas produtividades e, consequentemente, manter um bom desenvolvimento do rebanho.

Sr. Antonio Moreira e os filhos Vinicius e Fabricio

Canavial da propriedade

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Veja também nesta edição

2

PDPL Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira PCEPL Programa de Capacitação de Especialistas em Pecuária Leiteira

Ed. Arthur Bernardes Subsolo/Campus da UFV Cep: 36570-000 - Viçosa/MG (31) 3899-5250 (31) 3885-1156 pdpl@ufv.com www.pdpl.ufv.br

PDPL Minas Gerais pdpl_pcepl_ufv Diagramação

Regiane Magalhães

Adriano Provezano Gomes

Coordenador Geral

André Navarro Lobato

Médico Veterinário

Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius Castro Moreira

Médico Veterinário

Regiane Magalhães

Auxiliar Administrativa

Renato Barbiere Shinyashiki

Zootecnista

Rita Maria M. de Jesus

Auxiliar Administrativa

Thiago Camacho Rodrigues

Engenheiro Agrônomo Equipe PDPL/PCEPL-UFV

Dica do Zootecnista

No dia 28 de setembro de 2017 os estagiários do PDPL/PCPL-UFV assistiram a uma palestra sobre genômica na pecuária leiteira, uma nova tecnologia de genotipagem introduzida atualmente no gado leiteiro, ministrada pelo zootecnista Cleocy Fam de Mendonça Júnior, responsável nacional pela genômica da Zoetis (denominada Clirifide).

A genômica é uma tecnologia que já vem sendo utilizada em grandes fazendas com o objetivo de conhecer geneticamente os animais que possuem o potencial para expressar características desejadas, como produção leiteira, capacidades reprodutivas, morfologias, etc, através de marcadores moleculares no DNA do animal obtido através do pelo da cauda, que pode ser retirado quando ainda bezerra. Após enviada a amostra para o laboratório, o resultado vem para o produtor como uma prova de catálogo de touros, com os valores de seus animais.

A ferramenta pode ser muito útil para produtores que desejam tomar decisões sobre suas novilhas, como por exemplo uso de sêmen sexado, uma vez que a genômica permite diferenciar dentro de um mesmo rebanho (até mesmo entre irmãs) quais animais serão bons para leite, permitindo ao produtor investir mais nesses animais gastando mais doses de sêmen, pois produzirão filhas melhores. Também é uma boa opção antes do uso de

A GENÔMICA NA PECUÁRIA LEITEIRA

transferência de embriões ou FIV, uma vez que o proprietário terá certeza que estará aspirando suas melhores vacas ou novilhas geneticamente, fato que já vem sendo utilizado pelo produtor Antônio Maria na fazenda Nô da Silva, no município de Cajuri.

Em resumo, a tecnologia permite um ganho em tempo e dinheiro para o produtor, podendo selecionar para manter no seu plantel seus melhores animais com potencial genético evidenciado, lembrando que para total expressão do potencial deve-se fornecer manejo, nutrição, sanidade e ambiente adequado para a vaca leiteira. O sistema é semelhante ao já usado para touros em centrais de sêmen, os chamados “Touros genoma”.

Durante a palestra, os estudantes aproveitaram para tirar todas suas dúvidas a respeito da tecnologia e tiveram uma visão do futuro da pecuária leiteira e para onde ela caminha, onde a vaca terá que ser cada vez mais eficiente em produtividade, com menor custo, menor espaço e menor tempo, e para isso a genética sempre será uma grande aliada do produtor.

João Victor Campo

Estudante de Medicina Veterinária

COMO INTERPRETAR O INDICADOR

ECONÔMICO TRC

Débora Brinatti

Estudante de Zootecnia

A produção de leite é também afetada pelas variações do mercado, o que pode acarretar no aumento ou diminuição das margens pagas ao produtor.

O gerenciamento das empresas rurais é um instrumento indispensável na busca pelo desenvolvimento sustentável das propriedades, independente-mente de seu nível tecnológico ou tamanho. O acompanhamento de seus indicadores zootécnicos e econômicos proporciona a análise do desempe-nho da atividade, cria fundamento para as tomadas de decisões, estabelece metas de crescimento e torna os produtores mais competitivos no mercado.

Dentre os indicadores zootécnicos e econômicos para a gestão da ativi-dade leiteira, a Taxa de Remuneração do Capital (TRC) é de maior relevân-cia, pois demonstra a rentabilidade do capital investido. O TRC pode ser avaliado sem ou com a terra, no primeiro caso usado geralmente quando se trabalha em arrendamentos, já no segundo caso inclui-se o valor da terra avaliando assim o investimento como um todo. Todo o capital investido pre-cisa ser bem remunerado e, utilizando a TRC com ou sem a terra, permite-se a avaliação da atratividade econômica, quando comparada com outras opções aplicação financeira da atividade.

Estudos mostram que sistemas de gerenciamento que visam o aumento da taxa de retorno do capital com terra devem buscar o aumento da produti-vidade do rebanho e da área, juntamente com o equilíbrio da estrutura de rebanho.

A Taxa de Remuneração do capital é: TRC=(ML/C)100 resultado da divisão da margem líquida(ML) pelo capital investido(C), multiplicado por 100. Sendo a margem líquida igual à renda bruta menos os custos diretos (custo operacional efetivo), menos os custos correspondentes às deprecia-ções de benfeitorias e máquinas e menos os custos referentes à mão-de-obra familiar.

Quando comparada com a taxa real de juros, o resultado indica se é conveniente, ou não, continuar a produção de leite ou vender a propriedade, aplicando o dinheiro no mercado financeiro ou outra opção que remunere melhor. Em análises dessa natureza, tem sido comum considerar 6% ao ano como em comparação da TRC. Este valor corresponde a taxa real de juros de aplicação financeira de baixo lucro, e que não deve ser confundida com a taxa nominal de juros, correspondente à taxa real de juros mais a inflação. Ou seja, se ultrapassar os 6% de rendimento a atividade estará sendo atrativa, caso contrário, a atividade não estará sendo atrativa.

Comparando os valores dos produtores que alcançaram maiores rentabilidades da atividade, constata-se que a atividade leiteira é bastante atrativa, quando se considera o retorno sobre o capital, desconsiderando a terra, superior a 15% a.a. Já quando o estoque de capital investido em terra entra na conta, acima de 10% a.a., o que pode ser explicado pela grande quantidade de área necessária para produzir leite.

A pecuária leiteira opera um papel socioeconômico e cultural importante, não somente à popula-ção brasileira, mas também à popu-lação mundial. Contudo, sabe-se que é uma atividade difícil de ser condu-zida. Sendo ela altamente dependen-te de insumos e com alto emprego de recursos para sua realização.

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PDPL/PCEPL-UFV, desde 1988,

aliando teoria à prática!

Visita da Beatriz ao Produtor...

Olá!

Eu sou Beatriz, faço parte da equipe do PDPL/PCEPL-UFV.

Esse mês vou levá-los para conhecer a fazenda Nô da Silva, no

município de Cajuri-MG.

Ele firmou a parceria com o PDPL/PCEPL-UFV em 1988. Hoje a fazenda está produzindo 7.300 L/dia, com 250 vacas em lactação com uma

média por vaca de 29 L/dia.

Na companhia dos estudantes Letícia Resende e Lucas Fonseca.

Esse é o Sr. Antônio Maria, dono da

propriedade. Ele é produtor de leite desde 1982, quando ele tinha uma produção de

200L/dia.

1988

A fazenda possui dois sistemas de produção, sendo que 180 vacas estão confinadas no free

stall e 70 vacas confinadas no sistema de Compost Barn. A média

de produção no free stall está 28 L/vaca/dia e a do Compost Barn

está 30 L/vaca/dia.

Free Stall

Compost

Taxa de Concepção

29%

52%

Média de Produção de Leite

28 L/dia

30 L/dia

Uma das últimas inovações da fazenda é a construção do Compost Barn em modelo túnel de vento, um dos primeiros nesse modelo no Brasil. O

sistema está funcionando há 4 meses e os primeiros números já demonstram um ganho no reprodutivo e na produtividade dos animais.

A fazenda conta com 8 funcionários (Maurício, Josemar, Caetano, Brener, Laerte, José Martins, Toninho e Ronildo). Conta também com o apoio de

sua esposa Maria do Carmo e de seus três filhos, Rodrigo, Antônio Maria Junior e Vinícius.

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4

Letícia Resende

Estudante da Medicina Veterinária

Lucas Fonseca Estudante de Agronomia Até a próxima! Um forte abraço. No plantio do milho, Sr . Antônio

conta com o serviço do tratorista Silvano e do ajudante Deí, conseguindo ano após ano altas produtividades. No milho grão em torno de 9 toneladas por hectare, já no milho para silagem

ele conta com uma produtividade média de 60 toneladas por hectare. O que faz a fazenda

ter ótimos números em produtividade.

Buscando uma melhor nutrição do

rebanho, o produtor fornece na propriedade silagem de milho para todas as categorias. Na safra 2017-2018

a fazenda irá plantar 128 hectares destinados a milho silagem e 28 hectares destinados a silagem de grão

úmido.

Indicador

Un.

2017

Litros/hectare/ano

Litros

16.800,00

Vacas em Lactação/hectare

Cabeças por Hectare

1,6

Obrigada Sr. Antônio por nos receber sempre com tanta atenção. Sempre pensando no aumento da produção, o produtor se orgulha em ter excelente números na fase

do aleitamento e na fase de recria, que serão as futuras vacas da propriedade.

Indicador

Unidade

2017

Vacas em Lactação/Total de Rebanho

%

43%

Produção/Mão de Obra Permanente

L/Dh

730,0

%

83,7

Custo Total do Leite/Preço do Leite

Analisando os dados econômicos do produtor, vemos que ele é muito eficiente na atividade, o gasto

médio com concentrado sobre a renda bruta na propriedade é 32,3% e o gasto com mão de obra sobre a

renda bruta é 8,63%.

GPP

(Kg/dia)

Idade ao Primeiro Parto

Aleitamento

0,91

22,3 Meses

Recria

0,69

23,8 Meses

Índices esses que demonstram uma boa lucratividade da atividade para o produtor. O que possibilita ao produtor

(5)

SORO CASEIRO NO BEZERREIRO

Bianca Gallardo

Estudante de Agronomia

5

Ao contrário do que muitos acreditam, a diarreia em bezerros não se trata de doença, e sim de um sinal clínico. Bastante recorrente e muito comum nas propriedades, raramente são tratadas adequadamente. É importante destacar que a administração de antibióticos e anti-inflamatórios não corrigem o desequilíbrio e a desidratação do animal, que são as principais causas da alta mortalidade nessas situações. Exemplificando melhor a questão da desidratação como um fator crucial que deve ser corrigido, a tabela a seguir mostra o efeito da diarreia no balanço de água em bezerros:

Saudável Diarreico (sobrevivendo) Diarreico (morrendo) Consumo de água (g/d) 4185 4168 2880 Perda de água (g/d) Fezes 213 1501 239 Urina 2589 1538 462 Outros 1079 1374 1411 Perda total 2881 4413 4563 Balanço (g/d) 304 -245 -1683

Estado fisiológico

a b

Na fazenda da Onça do produtor João Bosco, localizada em Porto Firme, o funcionário Dinei sabe da importância do manejo adequado na fase de cria. Quando um animal apresenta um quadro de diarreia, antes mesmo de medicá-lo, Dinei se preocupa primeiramente em fornecer o soro caseiro, visto que a hidratação do animal proporciona à ele condições de responder e combater possíveis infecções do trato gastrointestinal. Além disso, ele sabe que não se deve interromper o fornecimento da dieta líquida (leite, por exemplo) para animais diarreicos, de forma que mantenham seu consumo de energia para seu crescimento e para atender a demanda, agora aumentada, do sistema imune. Ao notar fezes amolecidas, o fornecimento deverá ser feito duas vezes ao dia, 2 litros por vez, 2 horas após o bezerro beber leite.

Nos casos em que há depressão mais grave e temperatura elevada é indicado o uso de antiinflamatórios e analgésicos (além da hidratação), pois reduz a dor e febre (40º ou mais), melhorando o consumo de alimentos, reduzindo assim a desidratação e melhorando o aspecto das fezes. Em relação aos antibióticos, deve-se ter cautela, pois o uso indiscriminado leva a proliferação de bactérias resistentes. O uso desses medicamentos se faz necessário nos casos em que não há melhora com a hidratação e antiinflamatórios, quando o animal permanece com febre e depressivo.

2 Litros de Água 40 gr de Amido de Milho 10 gr de Sal de Cozinha 8 gr de Bicarbonato de Sódio 10 gr de Cloreto de Potássio 2 Litros de Água 18 gr de Sal de Cozinha 40 gr de Açúcar 26 gr de Bicarbonato de Sódio Receitas de soro caseiro

Não existe mágica, nem receita ou remédio milagroso. Boas práticas, cuidado e atenção redobrada na fase de cria resultam em ótimos

desempenhos e baixos índices de mortalidade de bezerros, que na fazenda em questão gira em torno de 2%, devido aos cuidados citados e

tratamento correto!

Adaptado de Davis & Dreckley (1998)

ingestão de água a partir do alimento + água metabólico perda de água sudorese e respiração

a b

Escore 0 e 1: Normal Escore 2: Momento de começar a fornecer o soro

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Letícia Resende

Estudante de Medicina Veterinária

Ord.

Produtores

Município

Produção

1 Antônio Maria Araújo

Cajuri

201.600

2

José Afonso Frederico

Coimbra

97.653

3 Juninho Cabral

Dores do Turvo

84.256

4

Hermann Muller

Visc. do Rio Branco

82.025

5 Gotávio Vieira

Belo Vale

52.515

6

Rafaela Araújo

Guaraciaba

48.822

7

Paulo Cupertino

Coimbra

67.778

8 Sérgio Maciel

Coimbra

34.678

9 João Bosco Diogo

Porto Firme

32.798

10 Antônio Carlos Reis

Piranga

27.400

As 10 maiores produções do mês de AGOSTO de 2017

6

Ord. Produtores

Município

1

24,2

2

João Bosco Diogo

Porto Firme

18,2

3

Antônio Maria

Cajuri

23,1

4

Rogério Barbosa

Teixeiras

17,5

5 Antônio Reis

Piranga

18,3

6

Paulo Cupertino

Coimbra

16,8

7

Sérgio Maciel

Coimbra

21,4

8

Matheus Milagres

Canãa

9

José Afonso Frederico Coimbra

17,5

10

Rafaela Araújo

Guaraciaba

19,8

As 10 maiores produtividades do mês de AGOSTO de 2017

30,1

22,3

27,8

20,7

21,2

20,1

26,3

20,6

23,6

MASTITE EM PRIMÍPARAS: UM RISCO À REPOSIÇÃO

Produtividade por vaca em lactação

Produtividade por vaca total

Qualidade do Leite

Todo produtor de leite sabe o prejuízo da ocorrência de mastite em seu rebanho, o custo com tratamento, descarte do leite e em casos extremos, a perda de tetos.

O prejuízo é ainda maior quando em primíparas, uma vez que durante a primeira lactação é que o tecido mamário termina seu desenvolvimento, esse dano acarreta uma diminuição da produção do animal, além de elevar a CCS no período pós-parto. Estudos demonstram que a cada vez que a CCS dobrar, quando acima de 50.000 cel./ml, há uma redução de 0,4 Kg de leite/dia.

Embora muitos ainda acreditam se tratar de casos raros, a mastite em vacas de primeira cria é mais comum do que se imagina, pode estar presente em 85% das novilhas à parição de forma clínica ou subclínica, desta, a evolução para forma clínica durante a lactação atual ou às futuras lactações é praticamente certa.

Os principais micro-organismos envolvidos em mastite de primíparas são estafilococos coaulase negativos, principalmente Staphylococcus hyicus, S. xylosus, S. chromogenes , além de Streptococcus uberis, este mais relevante, capaz de causar maiores danos.

Quanto a invasão desses patógenos no organismo pode ocorrer por diversas formas, como contaminação pelo ambiente em que são recriadas, local de pré-parto inadequado, moscas capazes de atuar na disseminação dos micro-organismos e a mamada cruzada.

A mamada cruzada trata-se da forma mais discutida entre produtores e estudiosos. É o motivo pelo qual produtores optam , igualmente, por bezerreiros individuais durante o aleitamento.. Já estudos realizados indicam que ela está ligada à forma de desaleitamento, quanto mais tardio e drástico maior a ocorrência.

Entretanto, apenas o ato da mamada cruzada não acarreta a mastite, isso depende de fatores como a higiene do ambiente e a qualidade do leite fornecido aos animais, uma vez que em grande parte das propriedades é fornecido o leite de descarte como uma alternativa barata e nutritiva. Contudo, deve-se lembrar que esse leite contém grande quantidade de patógenos e toxinas provenientes de mastite, e que isso, somado á mamada cruzada, pode levar a ocorrência de mastite. Uma alternativa para o uso desse leite mastítico para o aleitamento de bezerras é a pasteurização, que reduz consideravelmente a quantidade de patógenos presente.

Cuidados também devem ser adotados quanto a nutrição durante a cria e recria, garantindo o fornecimento e consumo de quantidades adequadas de micronutrientes envolvidos com a resposta imune, como vitamina E.

Todavia, a higiene do ambiente de alocação das novilhas, principalmente durante o pré parto, é de extrema relevância. Ambientes secos e limpos, evitando alta taxa de lotação contribuem para a saúde do úbere.

São ações simples e efetivas que somadas garantem uma recria produtiva e saudável para a reposição do plantel, o que à parição, seja capaz de se pagar o mais rápido possível, visto o elevado custo dessa fase para o produtor.

Lote de bezerras em aleitamento

Úbere saudável

Referências

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