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Anno III Rio de Janeiro, 9 de Abril de 1904 Num. 82. Redacção: F(ua JMova do Ouvidor, 7 e 9 MERO AVULSO 200 Ra

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(1)

Anno III

Rio de Janeiro, 9 de Abril de 1904

Num. 82

(2)

IOJA DO POVO

a umca casa que ppcx"

tica a divisa

vendei bat»ato paí*a

<^!^ vender* maito

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Jfc mil cobertores

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\) Tinte mil capas a.

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gírias coloml sortimento peça.. 4)000 Í4

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^^Êà\ Mi E e conhecido ua homceopathia, pnrem ^ l /S**'^^^PI/3P^ pouco ou raramente usalo. J. COKI.HO \ 1 I JUf BARBOSA preparou ha cinco annos. de uma \ 1 1/ ,Amm* mwflmWà i-órma. especial, um especifico para curar a \

y 4^-Wjk INFLUENZAe CONSTIPAÇÕES-ie ia 3 \

^/é^ ÊP dias. Apparecendo agora vendedores do AT.1MUM' 1

sff^ST" .y prevenimos ao publico que. se quizer u-x a cer- ffl

^ti^*JMjí.. ,í teza de levar para casa um remédio especial- ^Ê ^L^Sí-í*.^ meMt e preparado para estas moléstias, devera •jA\ ^KaiiSsPsak e.\iSjt o que traz um COEU10 pintado. ,vjH

BilbfiiiJiiiiiB

(3)

CALIXTO CORDEIRO

director-artistico

N.82

REDACÇAO E ESCRIPTORIO

RUA NOVA DO ouvidor 7 e 9

O &UCCE3S0 DA CENTRAL

K^aa^^sW- ^Y ^V ^— í^^^ " ~~,*^-0Ni

«¦¦¦Mil """

(4)

fe?

ÜH, MrHinntf

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Am'gcs' T>to não vai bem. O ncs>o Brasil. outr'ora denominado essencialmente agrícola, o paiz do c?fd, a terra da preciosa rubiacea, está aqui está a fazer jus ao titulo de paiz essencialmente prestimano, terra da gjtunice, morada do desfalque, escola do latrocínio.

O caso geral é o roubo ou o furto, mas o farto eu o roubo, — em grande. O desfalque assola, como uma epidemia pavorosamente alas-trante, todt esta região bellissima co nprehendi^a entre os dominies do Sr. Borges de Medeiros do Nasci-mento, ao sul, e cs da firma social Nery, Irmãos & Comp., ao norte.

Abre-se um jornal qualquer e com a mesma certeza que se tem de que elte nos vai dará noticia exacta de quantas rezes foram hontem sacrificadas para o consumo publico no matadouro de Santa Cruz, contamos certo alli encontrar, para a edificação, regalo e divertimento do mesmo pubMo,— a relação justa e aetalhada de quantas centenas de contos de réis foram na véspera surrupiades aos cofres públicos pelos encarregados de os receber ou de os guardar. E' como quem diz : todes os dias carne de vacca e roubos ; furtos e o bife quotidiano. A f irmula usual é a do pilhe quem puder, e já ninguém estranha, cotnmove-se ou lamenta um caso desses. O chefe A- • • de tal repartição deu desfalque ; o thesoureiro B--- fugiu com o cofre... isto é, c m o que se achava no cofre— si é que elle não fugiu precisamente parque já ahi nada mais havia ; C-* • fal-ificou títulos que o habilitaram a pôr mão nos dinhiros do Estado confiados á sua própria guarda ; tudo isto nada é, nada vale, nada exprime.

A mais ninguém oceorre qualificar de ladroeira ou de gatunice um facto dessa natureza. E' uma simples pilhéria ou um simples caso.

E o «caso» de Fulano ?

E aquella «pilhéria» do Beltrano ?

Apura se a que se refere a pergunta e o resultado é que se trata de um avultado desfalque ou de um roubo impor-tant'ssimo em repartições publicas, e cuja auetoria 6 fran-camente, claramente, publicamente attribuida a funeciona-rios superiores das mesmas repartições, homens até entío considerados sérios, honestos, probos, incapazes de «uma as-neira dessas».

Ahi meus amigos ! Isto decididam.-nte não vai bem.

NSo vai bem porque, em primeiro legar os habeis-corpus ahi estão como uma protectora cápsula de sulfato de quinina, sempre prompta e apta para corrigir os effeitos do impalu-dismo moral que de Marajó á Lagoa dos Patos intoxicou o organismo &o%pessoaes, invadindo-lhes o baço, o fígado e outras vísceras circumjacentes, com umretlexo assás palus-tre sobre o caracter delies pessoaes. E não vai bem porque, em segundo logar,—e a freqüência dos suecessos da natureza desses assim o patenteia—existe em um largo circulo de nossa sociedade, e tem foro. de principio solidamente es*.a-belecido, a mais falsa noção do que é a houra.a honestidade, a probidade, neste ponto restricto das relações do funecio-nario publico com o Estado que lhe paga o trabalho.

Para tal indivíduo, de uma integridade e de uma hon-radez geralmente reconhecidas e proclamadas, serio, bom, sisudo e caritativo, sonegar dinheiros aos cofres públicos não é roubar, nem é furtar, nem é faltar aos deveres da honesti-dade. — Si não se dá prejuízo a determinada pessoa, si a ninguém directamente se prejudica, si não ha um indivíduo que se lastime por ser victima mediata ou immediata do in-suecesso, — finalmente, si aquillo não é do governo, «mas do povo, isto é. nosso de nós todos »? !

E' com esta theoria—que o alcaide do Pi de Cabra con-cluiria logo que o Buraco do Rezende é o Olho da Provi-dencia—com esta theoria estão justifica.os todos os

des-falques, roubos e latrocínios havidos e por haver, existentes e esperados, presentes e futuros.

O desapparecimento do caixote, contendo elevada som-ma, de urna das dependências a a sala do agente da estação inicial da E. F. C. do Brj.su é mais uma prova do que fica d'to.

Certamente não foi gente estranha á repartição, nem funecionarios des-a reparuçã-j pert=ncentes a classe iafe-rior, que se metteram dentro do caixote ou metteram os 805:000:5 dentro do bolso. Evidentemente, pessoal de boa collocação.

Mas, como bem disse a Gazeta de Noticias, isso « já não escandalisa a opinião publica, habituada como está aos de-lictos dessa natureza, e á força de os ver praticados, repeti-dos .. e impunes ».

A policia e a directoria da Central do Brasil,empenhadas ambas era tratar de saber como foi ou como é, ou quem comeu no estranho caso, já conseguiram chegar a uma con-clUíão : em verdade desappareceu urn caixote contendo 805 contos de réis em boas pel.egas...

*

* a

Ora. eis ahi ! Si soubéssemos quem fui o vivorio !... Íamos arredondar a conta, pediado-lhe a fracção dos cinco contos, e ficávamos caladinhus, mudos como peixe. Si não se roubou a ninguém ... — F.

ooooooooooooooo o "o oooo~õoooooo A redacção d'«0 Malho» transferiu-se agora para a rua Mova do cuvidor ns. 7 e 9.

O caixote contendo oitocentos e cinco pelegões graúdos que estava posto em socego na casa forte da estação Central-até hoje bateu a linda plumaçem e a estas horas está rega laudo o seu raptor com boas doses de bom passadio,presunto, vinho do Poito e charutos.

A p jticia má esfalfa-se e até agora apurou uma rousa : que não ha nada apurado.

Depurado, pôde haver...

A Imprensa Nacional precisa mudar de typos.

Não nos referimos aos typos de impressão, que são bons como ouro e têm estylo.

Queremos faliar de o itros typos que têm causado pessi-ma impressão cá fora, á vista de uns inquéritos e relatórios que appareceram sobre desvios de estampilhas e outras bel-lezas criminosas...

Precisa, pois, a Imprensa Nacional mudar de typos, quanto antes.

O Vugalume não dorme !

Pudera, elle fica acordado toda a noite !

Choveu a potes, choveu a cântaros eai reclamações contra o péssimo serviço de escoamento das águas choveram em penca

Lsoé chover no molhado. Por muitos annos e bons te-remos a grande dose periódica do aguaceiro a estragar-nos o capitulo, a encher-nos de lama os acalcanhados sapatos.

Inda si fos»e a poética lama doa caminhos de que nos falia Fontoura Xavier...

Emfim, resignem.-nos. E' a resignação um beneficio grosso...

Inaugurou-se «olemnemente o Conselho Municipal, que promette novas e senaacionaei scenas dramáticas, mímicas, cômicas, trágicas, bombásticas e peripateticaa.

Oi pri icipaes papeis c-tlo confiados aos principaes co-mediantes do casara , do largo da Mãi do Bispo, si o Carijó não os fôr buscar antes.

Bom divertimento; barato é que não podemos garantir. Na rua do Ouvidor :

Ah 1 meu caro ! Não posso deixar de amal-a... Um agente de policia, assarapantado :

Esteje preso I Hein ? I

S<ga. deixe de partes ! Ha de deixar a mala na cen. trai do Lavradio e dar conta do caixote lá da outra Central, do Campo... Siga I

A regortagem da madrugada, de Vafulum*, leiam a'A Tribuna.

No Amazonas voltou á carga governamental o ineffavel Nery, quasi homonymo do regulo romano do Quo Vadis f

Agora é que o pessoal vai ver-se mettido em fogo. Fogo é o termo.

E' o termo de muito jornal que por lá apparece com von-tade de endireitar aquellijoça.

(5)

ECHOS DAINAUGURAÇAO DAS OBRAS DO PORTO

¦3* wfl \W^à±^SWm\Wx3 \

Que diabo ! Todos os teus conh cidcs dizem : cá vou para a barca Primei.n ! Cá vou para o Desterro ! Cá vou para a Petropolis l

Pois é isso me»mo : cá vou, tá vou, quer dizer estão cavantíopara o uva riça...

L-ioiiiB'./ Tribuna os Ecàts Nocluirios por Vagalurne. Por mar, pi.r terra e por todos os h gares encontra-te o «Allium», que cura constii>ações e influenza em 1 a 3 dias. O legitimo traz um coelhj pintado.

Recebemos dos Srs. Nobrega & Queiro7, estabelecidos á rua do Hospício 71, uma quantidade de cigarros tspeciaes, de sua fab icação, denominados «Elegantes», trazendo uma linda collecção de ntratinhos coloridos, dando a mesma como brinde uma valiosa bol-a do prata j.ara senhora.

Agiadecidcs, recoinineiitlaino, a especialidade dos ei-garros.

Casino Nacional.grande succes.o do insuperável cyclista Sidney. Magnífica pai te de concerto e 2? estréa da CEI.E11RK oiADRiLHA natukali.sta du Mculin RougedeIaris. Amanhã grande

matinée-LYKI.O

— Neste recanto benançoso, é sompre uma delicia não fazer nada ; veidade é que sempre Unho vontade dé fazer alguma cousa.

Leiam A 'Iribuna e os Echi s Noiturncs do Vogciun.e

DESENHO INFANTIL,

Am

c?Hm

A cara do cntEmendador que, ao voltar á noite da moço-«una, esbarra 1 o tond com o Vagalurne. «

— Que diabo de historia é essa de Vagalurne f —LLeia os Ecl.os Ncctun.es ú'A Tribuna e saberás. ~

Averieucu-se afinal que a igreja de F, Joaquim per-tence ao arct bis:'ado."'- 7~*~

C Ora giaças a Deus. Si pertencesse ao governo, a cousa havia de esbarrir alli na ma do Sacramento e o aiarga-mento da rua Marechal Floriano ficaria adiado j;araa época remota em que o mercado da Gloiia ha de vir abaixo.

Paios de Villarinha — excelíemes e de delicioso sa-bor |Depositários: Confeitaria Vaz. ttua S. Pedro 154.

Chi ! Por estas bandas, a estas horas 11

Que queres, tilho ! Fui á maçtnaria e demorei-me um pouco.'.'.

Toma cuidado com a\Vagalume, que s; te bispa põe te a maçonaria na,rua !

O caixote com os 805:f O0SCO0 bifado na Central conti-nha garrafas do Pakaty Excelivente, a maravilhosa bebida da «ctualidade.

A respeito do Oswaldo Cruz em Buenos Aires...$•>!?" Como ? Está em Buenos Aires o no; so amado dire-ctor de saúde publica ?

Está.sim: na berlinda onde o puz< ram os médicos bra-sileiros que alli foram em ccmmissão representar o Brasil no Congresso de Hygiene.

Hom'essa !

A reportagem nocturna do Vagalurne—leiam n'A 1riburia. O sol quando nasce é para todos.

""51 O pessoal da Hygiene Mcsquneiral desinfectou a casa de um deputado e foi como si tivtsse mexido mi uma dita de maribondos. O homemzinho ficou damnado !| . *;;¦>¦¦" ,L

U illustre pai da pátria ! Ardeu ? E' oimenta.' ;c*\»^. * Agoi a deve estar V. Ex. convencido da bella c lia que fez com a culicidica lei dos 5.000 contos.

Chucha, que é canna doce !

Continuam no Parque Fluminense a causar "verdadeiro suecesso o arrejado cyclista Broka, no sensacional salto do abysmo ; Mr. Lecturt, o mais comprido dos cômicos ; Ida íris, cantora ; e o tttior Villi. Amanhã, grande matinée familiar.

Leiam os;lampejos!do Vagalurne p.' A ^Tribuna.

Lá pelas terras do norte, Rio C.rande, Ceará e Ma-ranhão, as victimas da secca que assola taes Estados, re-lativamente ao conflicto russo-japonez têm uma opinião unanime. Ninguém por alli quer saber Cos russos. O que se ouve por toda a parte é o brado único de :—Haja pão !

(6)

NO NORTE

— E' isso t Trata-se agora de endireitar a cousa, mas vamos ter depois a secca de pessoal.

Quereis gosar boa saúde? Ide respirar oi ares puros e salinos da Copacabana, verdadeiro samtoriurn do Rio de Janeiro, sempre fora. da barra, desde o Leme até Ipaiema.

Bonds electricos até alta noite. Temos sobre a mesa :

O n. S do uBrasil Elegante», jornal de modas, numero correspondente ao corrente mez de abril e portador de lin-dissimos figurinos para senhoras e crianças, moldes e três bellas imagens dos santos de abril, maio e junho ;

«Revista policial» n. 8, do anno 2?, trazendo na primeira pagina o retrato do tenente-coronel Carlos Alberto da Cunha ; «Archivos de Assistência á Infância», órgão ofll :ial do instituto fundado pelo Dr. Moncorvo, nunuros de outubro a dezembro de 1903 ;

«Estatutos» do Instituto de Protecção e Assistência á Infância da Bahia <

«Bras.lian Mining Review». n. 8.

«Nova Cruzada», de S. Paulo, pjrtador de um bandão de retratos de pessoas do governo daquelle Estado, com os respectivos traços biographicos e laudatorios.

Jota P- ou morte immediata do pjrcevejo, pulga, cupim, bicho do pé, pulga e lepra dos animaes. Ultima palavra.

Recife.

PORTO DO RECIFE

«... Prestes serálresolvida essa muito justa aspiração dos habitan-tes de Pernambuco...»

(De uma carta) Brevemente... brevemente...

E o tempo se vai passando ; Uma promessa «innocente» Nos vai assim embalando. Mas não desespere o povo, Mantenha a djce esperança Que o proloquio não é novo : « Quem espera sempre alcança. »

Legrand

A IMAUGURAÇAO... Com os comes e bebes as do porto Tão celebradas obras comsçaraTi ; Aquellcs a quem ellas dão conforto, E»se facto ditoso festejaram.

No avança (orno sempre, nunc i morto) Até nucas também se associaram ; Ante os comes o olbar estava absorto, E o peru, salvo seja, devoraram. O cake-walk, essa dança muita honesta, Dançado por meninas foi na festa... Emfim moça bonita lá se via P'ra consolo de araras e barrados Que não são di s arames embolsados Na cjrnilavça que ora principia.

Mar por io.

PhOtOgraphia — Na redacção do Malho recebem-se encommendas de grupos, casas commerciaes, retratos, am-pliaçSese reproducçôes.

Dirijam-se a A. LBax'.

Constou ao governo que a bordo de um dos vapores do Lloyl, o Maranhão, onde t nham embarcado na cidade do Naía' 232 enrgrarftes victimas da secca, desappareceram muit>sd;ll s, de maneira que ao chegar aqui o paquete só foram encontrados a bordo 133 adultos e 40 menores.

Si a arithmetica na.) men e, faitam 59 retirantes entre menores e adultos.

Mas como explicar isso, que o Sr. Seabra quer que o di-rector do Lloyd explique ?

Si fossem outros passageiros 'que levassem sumiço a bordo, compreaeniler-se-ia : com a f une que as victimas da secca traziam, era natural, explicava, justificável e até lou-vavel, que <> s ret rantes se atirassem ais demais companheiros de viagem e os passass mi ás engulideiras, sem cerimonias nem duvida», que isto de fome é, como o amor, — uma c.usa que o diabo a'iça.

M s que os engulidos fossem os retirantes, magros, de-bilitidos e esquálidos ? !

Dar-se-á caso que o próprio LI )yd jí ande tio por baixo e tão esfoni ado q-ie devore os seus passageiros, mesmo os acossados pe a fome, e de uma só assentada e sem enontrar uma espinia engula 59 gentes, entre meninos e marmanjos ? !

Safa ! Ou-guélas I

DIALOGANDO

Eu, por mim, não me incommodavac jm a tal historia do desvio na linha da Central.

Desvio ? Foi cousa que não houve nem ha. ?

Si n. Pois si não descobriram até hoje a chave da cousa...

(7)

CÔRO... DE TIRAR DITO E CABEEEO is <?tr K J^;~ Jw^ " _-p-T" ~ bj~/ ^ ^c~~ ^.S-A- ^^...^*S. * g. ^ A

— Cadê o cobre que te dei para guxrdá ?... Azeite Villarinha — o mais puro e o mais saboroso,

á venda nas principaes casas de molhados.

O'Sr. J. F. Sintos offereceu-nos um band2o de cigarros assim,— mas uma porçSo mesmo de verdade, de vários ta-manhos, feitios e denominações re todos com a sublime e extra-phílantropica marca Cigarros Mai.ho.

A gentileza penhorou-nos até á fibra mais intima do nosso coraçSo. E releva notar que o coração d' O Malho tem esca-minhos profundos, profundíssimos, profunderrimos...

Muchas gradas ao Sr. Santos, que é mesmo um homem dos diabos para ser gentil e amavel com a gente. Fique certo que pela'vez primeira em nossa vida nós fumámos... de prazer. C.Z

Agora, si o Sr.*Santo3 quizer, pode repetir a dóse. Aqui em casa ninguém é pobre soberba, isto é —nem soberbo nem pobre.

Por mar, por terra e por todos os logares encontra-se o «Allium»,' que cura constipações einfluenza em 1 a 3 dias. O legitimo traz um coelho pintado.

MENINO PRODÍGIO

Grupo de famintos do norte, á espera do banquete po-licial, depois do inquérito do caixote na Estrada.

Que respondeu você ao professor ?

Respondi como deputado: coai umi grossa descom poUura...

(8)

WmLfJ

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i—i Sr. P. de Almeida (Boia fogo. Conde de Irajá) — Rfce-bido o seu soneto Primavera, e pois que pede que no mf smo re-conheçamos algum mérito, aqui siaceramente o reconhecemos: sim. O seu soneto tem o rrerito de ser portador de varias novi-dades.

A primeira 6 que, quando alvorece e vem a. luz da madru-gada, cessam cs passos na calçada ; todo mundo suppunha que ao raiar do dia o pessoal sai para a roa, para o trabalho ; mas lá pelo Conde de Irajá parece que é o contrario, — é quando se recolhe a dormir.

Também na sua opinião é nesse momento que o orvalho rorejando vai abotoando as rosas, o que até agora parecia ser exactamente o opposto, isto é, os botões é que se desaboto-avam em rosas, pela manha.

Por fim, diz o seu verso :

« Rescendem llores no vergel. Sequiosas a As mariposas v3o de galho em galho ii Sugando o mel das llores perfumosas...

No gênero— descoberta,Sr.Almeida, esta é a melhor. Lá pelos seus lados, as mariposas sahem pela manhãzinha a sugar o mel das flores, de galho em galho : na véspera, á noitinba, naturalmente as borboletas andaram a esvoaçar em redor da lamparina e queimaram-se...

Bem vê que o seu soneto n3o tem algum, — tem muito mérito.

Sr. B. de Mello (Meyer) — N3o presta o seu verso. Veja si offerece melhor cousa ao seu amigo I. A. de C.

Sr. Jac (Gávea) — O senhor assim .caba tisico. Si a moça já casou, ponha o coração á larga e nao passe as noites como diz :

ii Cedendo aos gozos da final vertigem « Tantas vezes em horas de deleite, « Em meus sonhos de amor eu apertei te « Que p'ra mim já nao podes ser mais virgem. Sr. M. B. de Figueiredo (Bahia) — Bellissima a defi-niçao do Amor, no seu soneto :

« O amor é um velho mar profundo u Onde o poeta bebe suas inspirações « Submergindo, depois, a residir no fundo.

De maneira que já sabemos, quando os quizermr s visitar, onde residem o Bilac, o Alberto de Oliv ira, o Raymundo Corrêa, o Guimarães Passos e demais pe&soaes escovados : estão todos de pagodeira, submergidos no fundo do velho mar.

Com e-sa theoria...

Sr. Max ü'Avila (') — Recebidas as «Fábulas electricas». Vamos ler.

Sr. S. Martins (S. Paulo) — Tem versos errados os teus alexandrinos do Caüello Antigo. Exemplo :

ir Em solemne ostentar de porte vaidoso. Corrija e mande.

Sr. Ira Lop (Rio)—Aqui nao se acanalha cousa nenhuma. Talvez sr ja publicado.

O. P. N. (S. Paulo).— Estão magníficos, sahem no proxi-mo numero. Ficaproxi-mos agradecidos e ás suas ordens.

Sr. Nelson feilva (Rio) — Nao pôde ser.

Sr. Augusto Barreto (Aldeia Campista) — Acceito, «Ave mysteriosa». No ultimo verso de «Nós» falta urra palavra:

¦i Como fogem do os passarinhos ? Do, que ?

Sr. Déga (Rio) — Nao amole.

D. Elvira Gama (Rio) — Sabiamos que nao era Eeu. Era Emilia. Com prazer receberemos o que trouxer ou mandar.

Sr. Edmond Ricard (Petropolis) — Nao pôde ser. Sr. Antoine (Rio) Em papel limpo, com tinta preta. Sr. J. V. Ribeiro (Areai) —Muito bonitas as suas poesias A Cascavel e o viajante, éa outra sobre as obras do porto e sua emnauguração. Infelizmente esta é muito longa e por isso só publicamos as duas primeiras de suas trese quadras :

11 Viva as obras do porto, ir Viva o prezidenti, que está « Viva á alma do marechal morto ii Viva quem vai dominar. ii Bravo o dia 29 com alegria it Bravo a dacta que vai agradar « Bravo o englez que nos ademetia « Bravo o governo quer trabalhar.

Bravo ! bravo ! e bravo também o Sr. Ribeiro, que sabe bem poetar !

Sr. Altair (Campos) — Foi apenas aproveitada a idéajdo conto. O verso «Tentativa» nâo presta.

D. Lygia (Campos) — Está combinado.

Sr. João Martins (Rio)—O seu »sonnetto» nao presta.nem mesmo assim com aquellas consoantes dobradas.

Sr. Arnaldo Velloso íCajurú) — Recebidos Dolencias e o

outro sem titulo. ^-j^jiü

Sr. Octavio L. Tavares (Rio) — Serão publicadas as quadras.

Sr. B. Vianna (Petropolis) — Tem raz3o, as suas mu-sicas estão acceitas e serão publicadas opportunamente.

Sr. Incandescente (Rinj — O senhor diz no seu soneto (?) que já ha um grupo formado por um rapaz delicado, que viu o

—Segundo me dizem, o tercetto foi no quarto eo quinto I foi para o cesto...

(9)

fantasma da Tijuca todo vestido de roupa alvadia ; e entSo « Abriu-se um curso nocturno

¦Num casebre taciturno « De phantasmitologia.

E o senhor é o discipulo mais aproveitado desse curso ; e a prova 6 que já viu um grupo formado de um rapaz só, comquanto muito delicado.

ar. J. Ramos (Paulicéa) — As rimas gaze e quasi nSo s«£o forçadas, por certo ; o que vinha mettido á força no primitivo s jneto era o quasi só para rimar cotn o outro vocubulo. Sinão, vejamos :

« e que mostrand > o seio e as pernas quasi...»

Ora, si quem mostra o seio mostra muito, quem quasi mostra as pernas n2o mostra nada, porque, si não nos trahem os ouvidos, parece que já ouvimos dizer que as pernas co-meçamlogo acima do tornozello e que este fica alli mesmo juntinho ao pé.

Seu «Porqu: te qu;ro» assim refundido está melhor, creia ; e será publicado na primeira opportunidade.

Sr. Castanheira Júnior (Rio) — Acceito o seu «Sonho de müi», o qual será publicado com uma pequena alteração. tr-üSr. Pajot-mirim (Rio) — Foi pjr i_alpite, isto é, porque, nío havendo razlo para se envergonhar da producçJo, nada explica par que a assignou com um pseudonymo e nío com o seu nome proprio.

•«^Será publicado, mas nSo julga melhor com sua própria assignatura ? Responda com tempo, para nosso governo.

Sr. Olympio Avellar (Formiga) — Nos seus versos «Na Roça» conta-nos o cavalheiro :

« As espigas v2o granando « Desta linda milharada; « Já se ouve a gralharada « De papagaios chegando.

Depois vem um bando de passaros pretos (de certo são urubus) e fazendo uma barulhada dio também na milharada ; por fim vem uma t'oça de macacos, atiram-se ao milho, com uma gana de mil diabos, e comem tudo.

Forte pena n2o terem comido também os versos «Na roçan e o proprio auctor, de quebra !

Sr. Arieicam (Rio; — Nlo presta.

Sr. Raul de Guimarães (S. Paulo dos Ajudos) —. A mu-sica vai ser examinada pela nossa commissao de philarmonica, e si agradar figurará nas nossas paginas.

PROVÉRBIO XLEUSTRADO

Uma mSo lava a outra...

Quanto á sua resolução de brevemente tomar uma assi gnatura do Malho, julgamol-a uma idéa felici&sima, pátrio" tica mesmo, digna até de encontrar grande numero de imi-tadores, ahi, como em todo o Estado.

Sr. F. Pereira de Souza (Rio) — O seu «Anjo loiro» rima loiro com loiro, o que n3.o é uma rima muito difficil de ser encontrada e tem o ultimo verso com falta de uma syl-laba, o que não é defeito fácil de ser tolerado.

Sr. José Rodrigues (6. Paulo)—O verso castelhano que o senhor copiou (mal) e que pretend; impingir por seu, é bonito. Quando fizer outra copia lembre-se que em hespanhol nâo se escreve em e sim en ; nSo se escreve bessos e sim besos ; não se escreve a hora. e sim ahora, e o mais pelo mtsmo conse-guinte.

Sr. Eduardo Vidal (Rio) — Acceito, seu Paizagem. Sr. Ribeiro Júnior (Rio) — NSo é má vontade ; é que está á espera da vez. O publicado, logo logj, de Lydia Pinto, tinha a opportunidide do a&sumpto que era da semana santa. Aqui n2o ha preferencias em favor de quem quer que seja. Recebido «Tarde romantica».

Sr. Juventino C. Andrade (Rio) — Relativamente aos seus tercettos 'lalvez, temos a responder : talvez.

Sr. Guerreiro Branco (Rio) — O seu soneto Gloria hu-mana tem errados os dous últimos versos : num falta uma syllaba, no outro sobra uma, e o diabo é que esta sobra n5o compensa aquella falta.

Sr. A. de Miranda (Bahia) — O caso do gatuno Kablé já era conhecido. Quanto a «O teu desprezo» é muito fraquinho ; mas como o ultimo tercetto nSo é máo, aqui o publicamos como uma ficha de consolação para o cavalheiro :

a Pouco importa... Feliz sempre tu sejas « Mas si Deus te der tudo que desejas <( Um outro nSo dará que te ame tanto !...

Sr. Sjlvio Simas (Rio)—Recebidos agora, tanto o soneto como a traducçlo de Stechetti. Serão ambos publicados.

Sr. M. de Eeo (S. Christov2o)—Sim.

Sr. Cordel no Cordeiro. (Bahia)—Na «cesta» ? Jamais : nas nossas columnas, e com muito prazer. Quando tiver mais hutnilissimos trabalhos como esse do « Autobiographia », mande.

Agora, qual o pseudonymo ? N2o o conseguimos decifrar, pois o senhor tem boa a poesia, mas a calligraphia... vôte

Sr. B. B. (Rio)— Suas iniciaes parece dizerem bem bom; e por isso mesmo o senhor deveria ter usado de outras, — por exemplo: M. M.

Seu «Túmulo» vai direitinho para aquelle tumulo que é aquella cesta que sabe...

Sr. A. Moura (Campinas)— Latim, inglez, portuguez, francez, arithmetica, algebra, geometria, philosophia, his-toria, geographia, physica e historia natural. S2o parcel-lados.

Sr. Trinca-Espinha (Rio) — E' seu o chromo ?

Exma. Sra. D. E. Gama (Rio) — Obedecemos á sua or-dem, mas pezarosos.

Sr. J. C. (Rio)—O cavalheiro pede-nos uma cousa e outra a D. Cecilia : a nós que lhe publiquemos assuasqua-dras, a ella o que se segue :

Nas,ondas do alto mar, Quando a noite fôr formosa, Me manda de teu piano Uma nota harmoniosa.

Nós podemos servil-o e publicar as quadras ; mas,quanto a D. Cecília, que complicação! como é que ella ha de con-duzir o piano para cima das ondas do alto mar, embora numa noite formosa, para dalli mancar lhe uma nota har-moniosa ? FrancameutnSo sabemos como D. Cecilia po-derá descalçar esta bo'a.. .perdão : esta nota.

Sr. Pajot-mirim (Rio)—Recebido Pechéducceur.

Sr. Raul (Icarahy)— Muito gratos pelos versos que nos dedicou. Agora diga cá : o senhor nlo tem que fazer lá em casa?

Sr- Armando de Souza (Nictheroy) — Recebemos e agra-decemos o seu soneto De tarde, composto de versos de 9, 8, 11, 10, 13 e 12 pés.

Só n5o tem nenhum.—e parece impossível ! —nenhum de 4 T :*

Sr. Argos 2? (Rio)—Sim, corrigido, como o faremos sahir.

Sr. L. P. A. (Rio) — Recebido o "Soneto".

Aa Indlgeatões ae allivlam em dez ml-nutoa tomando duas obreias e curam-se radicalmente antes de acabar o primeiro estojo do Digestivo Mojarrieta. A» dyspepsias desapparecem radicalmente, tomando tres on quatro estojos. Nas doenças chronicas mais graves, gastro-intestinaes, deve-se tomar tres mezes o Digestivo Mojarrieta fantasma da Tijuca todo vestido de roupa alvadia ; e entSo Quanto a sua resolu^ao de brevemente tomar uma assi

« Abriu-se um curso nocturno gnatura do Malno, julgamol-a uma id<5a felicissima, patrio* uNum casebre taciturno tlca mesm°; d1?113- ate de encontrar grande numero de imi-« De phantasmitologia. tadores, ahi, como em todo o Estado.

E o senhor 6 o discipulo mais aproveitado desse curso; Sr. F. Pereira de Souza (Rio) — O seu «Anjo loiro» e a prova 6 que jd viu um grupo formado de um rapaz s6, rima loiro com loiro, o que nJo 6 uma rima muito difficil de comquanto muito delicado. ser encontrada e tem o ultimo verso com falta de uma

syl-Sr. J. Ramos (Paulic^a) — As rimas gaze e quasi nSo s«£o laba, o que nSo 6 defeito facil de ser tolerado.

forjadas, por certo ; o que vinha mettido 4 forja no primitivo JosS Rodrigues (tj. Paulo)—O verso castelhano que o sjneto era o quasi so para rimar com o outro vocubulo. SinSo, senhor copiou (mal) e que pretend : impingir por seu, 6 bonito. vejamos Quando fizer outra copia lembre-se que em hespanhol n«lo se « e que mostrand > o seio e as pernas quasi...» escreve em e ,sim '! n5toise escreve b^os « *im besos ; nao Ora, si quem mostra o seio mostra muito, quem quasi ^escreve a e sxm e o mais pelo mtsmo conse-mostra as pernas nao conse-mostra nada, porque, si nao nos trahem , .... , . ... „ .

osouvidos, parece que ja ouvimos dizer que as pernas co- ®d"ardo Yldal <?'?> ~ A«eito' se.u

mefamlogo acima do tornozello e que este fica alii mesmo ,, ,r" 1 e'ro UI"°r ( 1(?) NSo <5 ma vontade ; 6 que juntinho ao p£ 4 esPeri da vez- ° publicado, logo log^., de Lydia Pinto, Seu «Porqu-J te qu;ro» assim refundido esta melhor, tmhaa oppjrtunidide do as-sumpto que era da semana santa. creii ; e seri publicado na primeira opportunidade. T,f'Ui n o aP^ecrenclas em favor de quem qrer que seja.

Sr. Castanheira Junior (Rio) - Acceito o seu «Sonho de Recebido «Tarde romantica..

m2i», o qual sera publicado com uma pequena alterafSo. r' in en,.1°° ¦ f race (^Rio) Relat.vamente aos fc- ASr. P-jot-mirim (Rio) - Foi p.r .alpite, isto d, porque, seus tercettos latvez temos a responder : talvez.

nio havendo razlo para se envergonhar da producflo, nada Sf" Guerr,f,ro Branco (Rio) - O seu soneto Gloria hu-explica p,r que a assignou com um pseudonymo e nSo com ma™!tein errados 0SK dous ulumo,s T.er®os : nl"n falJa uma .p. nonip^rnnrin^ pivunu.syllaba, no outro sobra. uma, e o diabo e que esta sobra n2o_ £ «, w^Serd publicado, mas n5o julga melhor com sua propria compensa aque a

^ta-assignatara ? Responda com temoo, para nosso governo. Sr\A" de M'randa (Ba^lf) T ° caso do Satu"° Ka.blf J sr. Olympio Avellar (Formiga) - Nos seus versos «Na era conhecido. Quanto a ,<0 teu desprezo» 6 muito fraquinho ; Roca» conta-nos o cavalheiro mas como 0 ultlmo tercetto nSo <5 m£o, aqui o publicamos

como uma licha de consolafao para o cavalheiro : « As espigas v2o granando _ .

« Desta linda milharada; " Pouco imP°rta... Feliz sempre tu sejas « J4 se ouve a gralharada " Mas si Deus te der tudo 1ue desejas « De papagaios chegando. " Um outro nSo dar4 que te ame tanto !-- •

Depois vem um bando de passaros pretos (de certo s3Lo Sr. Sjlrio Simas (Rio)—Recebidos agora, tanto o soneto urubiis) e fazendo uma barulhada dio tambem na milharada como a traduc9lo de Stechetti. SerSo ambos publicados. por fimvem uma t'Ofa de macacos, atiram-se ao milho, com Sr. M. de Eeo (S. Christov2o)—Sim.

uma gana de mil diabos, e comera tudo. Sr. Cordel no Cordeiro. (Bahia)—Na «cesta» ? Jamais : Forte pena nSo terem comido tambem os versos «Na nas nossas columnas, e com muito prazer. Quando tiver mais rofa» e o proprio auctor, de quebra kumtlissimos trabalhos como esse do « Autobiographia »,

Sr. Arieicam (Rio^ — Nlo presta. mande.

Sr. Raul de GuimarJes (S. Paulo dos Ajudos) —• A mu- Agora, qual o pseudonymo ? NSo o conseguimos decifrar, sica vai ser examinada pela nossa commiss£o de pliilarmonica, pois o senhor tem boa a poesia, mas a calligraphia... vote ! e si agradar figurard nas nossas paginas. Sr. B. B. (Rio)— Suas iniciaes parece dizerem bem bom;

__ e por isso mesmo o senhor deveria ter usado de outras, — PROVERBIO ILLUSTRADO por exemplo: M. M.

Seu «Tumulo» vai direitinho para aquelle tumulo que 6 aquella cesta que sabe...

/ Sr. A. Moura (Campinas)— Latim, inglez, portuguez, / / francez, arithmetica, algebra, geometria, philosophia, his-j Jy ^ toria, geographia, physica e historia natural. S2o parcel-/Jj JJ lados.

J ff~\ ®r- Trinca-Espinha (Rio) — E' seu o chromo ?

\y J/ fj Exma. Sra. D. E. Gama (Rio) — Obedecemos i sua or-/ J Jj ~\y ^ dem, mas pezarosos.

/ / "v u J Sr. J. C. (Rio)—O cavalheiro pede-nos uma cousa e / V \ Jf "y outra a D. Cecilia : a n6s que Ihe publiquemos assuasqua-/ 1 N {/ dras, a ella o que se segue:

( ^\ Nas.ondas do alto mar, | i y

~~

Quando a noite for formosa, v I / Me manda de teu piano

\ // Uma nota harmonioaa.

N. ^ N6s podemos servil-o e publicar as quadras; mas,quanto i a D. Cecilia, que complica(<lo ! como 6 que ella ha de con-yf\ N 1 duzir o piano para cinia das ondas do alto mar, embora s i \ ' JV ! nuina noite formosa, para dalli manc'ar lhe uma nota har-J ^\/ \ •(/derl moniosa ? FrancamentnSo sabemos como D. Cecilia

po-descalfar esta bo'a.. .perdao : esta nota. Sr. Pajot-mirim (Rio)—Recebido Pech/ducceur.

ff [ A? vnV\ ®r- ®aul (Icarahy)— Muito gratos pelos versos que nos dedicou. Agora diga ci : o senhor nlo tem que fazer 14 em ®r'

Armando de Souza (Nictheroy) — Recebemos e agra-decemos o seu soneto De tarde, composto de versos de 9, 8, I 1 r j ][( P ^ S6 nao tem nenhum.— e parece impossivel !—nenhum j ^Jjl| jj| Sr. Argos 2? (Rio)—Sim, corrigido, como o faremos

— Recebido o "Soneto".

^ ¦ V ( \ Aa Indlgeatdea ae allivlam em dez ml-/" ~ \ nutoa tomando duas obreias e curam-se radicalmente ,i antes de acabar o primeiro estojo do Digestivo Mojarrieta. A» dyspepsias desapparecem radicalmente, tomando tres on quatro estojos. Nas doenfaa chronicas mais graves, gastro-Uma mSo lava a outra... intestinaes, deve-se tomar tres mezes o Digestivo Mojarrieta

(10)

(O. D. e C. á grande confraria) Andam sem razão murmurejando

Contra o pobre do Avança, E os que não sabem vão insinuando Que isso é cousa de nossa actualidade. E' mentira ! Pois desde a antigüidade

Que encher a magra pur.çi Caso é de toda a naturalidade.

Desde que o mundo fez-se mundo, é certo Que se entrou num avança :

Adão e Eva, ainda que encoberto, Mal se viram bem sós no Paraíso Que fizeram, mostrando ter juizo ? Foi um avarça em regra na maçã ! — Uma excellente idéa e boa herança,

Concordar é preciso,

A do pai — Adão e a de Eva — a mama...

* *

Tudo neste mundo avança, De avançar ninguém tem dó ; Avança o pai, avança o filho. Avança o neto, avança a avó, Avança o velho e a criança ; Avançam com muito brilho O rico bem como o pobre ; Quem nada tem, quem tem cobre Cai sempre no mesmo avança. Tudo esti na oceasiao, Pois todos entram na dansa, De muito bom coração, — O discípulo e a met trança I No Congresso os deputados Sempre avançam no orçamento, E os senadores, coitedos, Embora contrariados, Ttndo hesitado um momento, Entram também na lambança E no avança também vão... Ninguém dirá ser sinistro Que até o próprio ministro, Si pode, caia no avarça, Visto que mesmo o Chffâo Entra ás vezes na papança..'. Assim, temos de convir

Que o avança 6 sempre um conforto, Não havendo, pois, razão

Na grita que fez-se ouvir Contra o das Obras do Porto :

E' muito ir jus to dizer, Tratando de comilança, (E de muito bom comer) Que tivesse sido um erro O avança alli no Desterro Nem o do 5. Salvador, Mais o da barca Primeira E mais baicas a vapor 1 A verdade verdadeira E' que nunca, jamais carça, Nem nos faz callos nos dtntcs. O cahir num bom avança ; Com isso aos impei tine ntes O hábil governo amansa, Pois sendo o avança geral, A ninguém dahi vem mal... Quer no mar ou quer em terra, Maja borrai ca ou benança, No Japão, na Rússia, em Frarça, O avança é sempre na berra, Quer em paz ou quer em guerra : No avarça vai todo mundo : O fidalgo e o vagabundo, O lambão e o peralvilho, O « ftlizardo » e o coió... O gallo avança no milho, A moça no pão-de-ló, E até mesmo nos casórios Os noivos, sem palavrorios, Cahem devoras no avarça Quando é hora da papança, No que são muito finórios. —O ganso, esse vai p'ra a gansa, No gramado avança o bode, O cabrito no que alcança. Não avança quem não pôde Ou a tal não se abalança...

# *

Portanto, rapaziada Da confiaria do avarça, Diabo ltve a vergonha E nada de ser pamonha, Avança que não ha nada ; E' trincar com confiança : Eia ! Avança ! Avança ' Avança I

(11)

A INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DO PORTO

A grande draga Lauro Miüler.

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TirT irrMTi (mm

Uma parte da esquadrilha Walker, ancorada proximo das officinas da Ponta d'Areia O Vaga lume e os Ecàos Noclumos : leiam A Tribuna.

Referem os serviços telegraphicos de toda a nossa im-prensa que o governo e a policia de Hespanha tomaram to-das as precauções possíveis e maU algumas para assegurar a pacifica entrada de Affonso XIII em Barcelona, que pela vezjprimeira o joven monarcha visita.

*. A's portas da ciíade, bem como por todas as ruas e pra-ças foram postados soldados, guardando a passagem do real visitance e garantindo-lhe a tranquillidade e a integridade physica...

Deus do Céo ! Quantos luxos e quantos cuidados por uma cousa tSo simples: entrar em Barcelona ! Si o governo hespanhol deixasse o seu rei á vontade, faria melhor : a apostar que o rapaz não erraria o caminho...

A policia sergipana, animada do mesmo zelo que tao caro custou á policia daqui, deitou energia e prendeu tres bicheiros. O resultado nSo se fez esperar. Veiu lego sob a forma amavel e legal de um ha^eas cotput.

E' provável que em homenagem á sua policia ideal Aracaju passará a se chamar Ararajú.

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A INAUGUR A£ AO DAS OBRAS DO PORTO

A grande draga Lauro Mitller.

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Uma parte da esquadrilha Walker, ancorada proximo das officinas da Ponta d'Areia

O Vagalume e os Ec/ios Nocturnos : leiam A Tribuna. Deus do C£o I Quantos luxos e quantos cuidados por , uma cousa tSo simples: entrar em Barcelona ! Si o governo Referem os servifos telegraphicos de toda a nossa im- hespanhol delxasse o seu rei d vontade, faria melhor : a prensa que o governo e a policia de Hespanha tomaram to- apostar que o rapaz nSo crraria o caminho...

das as precauySes possiveis e mai* algumas para assegurar

a pacifica entrada de Affonso Xltl em Barcelona, que pela A policia serglpana, animada do mesmo zelo que tao caro vezjprimeiia o joven monarcha vislta. custou 4. policia daqui, deitou energia e prendeu tres ». A's portas da cicade, bem como por todas as ruas e pra- bicheiros. O resultado n«Co se fez esperar. Veiu logo sob a (as foram postados soldados, guardando a passagem do real forma amavel e legal de um habeas cotfiui.

visitance e garantindo-lhe a tranquillidade e a lntegridade E' provavel que em homenagem & sua policia ideal physica... Aracajii passari a se chamar Araraju.

(12)

A INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DO PORTO

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O navio Madero e outros pertencentes á esquadrilha dp Sr. Walker\t C, na Ponta d'Areia

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Na Ponta d'Areia, a casa do engenheiro Bctinet e uma visla das oflicinas Azeite Villarinha — fem rival em pureza.

Deposita-rios: Rua de S. Pedro 154.

Mas por que é que o chamam de Vagalume f

Ora essa ! Isso é palavra que vira do grego e do latim : vaga—falta ; lume—luz ; vagalume : falta de luz, istoé, noite escura.

Ora bolas 1 Vaga-lume, luz que vaga, é que é ou deve ser.

— Homem, ausência de luz, ou luz que vaga, o Vagalume vagueia por toda a parte, e o tal dos Echos Nocturnos é um sacco roto de marca registrada !

I.ér n'_í Tribuna os Echos Nocturnos.

Na E-posiçJo de S. Euiz a nota vai ser dada pelo Pa-raty Exchllknte," que para lá já foi no buchxo do Fer-nande, do Zé Carlos e no de outros illustres commissarios.

(13)

A INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DO PORTO

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Vista de trapiches e morro do Livramento, tirada no mar no dia da inauguração das obras do porto

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A,grande cabrea que vai ser empregada nas^ obras do porto, fundeada perto da Armação

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(14)

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A officina da Ponta d'Areia dos Srs. Walker & C.

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Aspecto da bali ia no dia da inauguração idas obras do porto

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-AUX DAMES ELEGANTES

1 Ruia do TTh-eatro 1

E' incontestavelmente uma das casas de^modas desta capital que mais capricham em apresentar á sua elegante c nu merosa'clientela tudo que ha de mais extraordinário, mais fino, mais «chie» e supremo em modas, desde as «toilettes» até Os formosos e magníficos chapéos.

Ntsta casa encontra a gentil d. moiselle, bem como a senhora mais exigente, tudo que existe de novidades nos a'cliers de Paris e das outras grandes capitães da Europ-, em tecidos de 12, de sedae outras preciosas draperies, robes, em confecções, os mais distinetos e requintados, e os mais modernos chapéos para senhoras e senhoritas.

Um supremo bom gosto presidiu á escolha deste phenomcnal sortimento de raras novidades.

Espoeialisa-se esta casa;em enxovaes paia noivas

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-CR-para o que tem um inrgualavel sortimento de tecidos brancos de peregrina sumptuosidade, assim como tudo o que ha de mais delicado e tino em roupa branca.

As Dames Ele°ante3, o a( reditado estabelecimento da rua do Theatro n. 1, possue ateliers inoomparaveis para fabri o de vestidos e chapéos e suas cliicinas sio dirigidas por duas artistas de itnpeccavel bom gosto e que em assumptos de modas têm batido todos os records, conquistando iatxcedivel fama para

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(20)

OS RETIRANTES

— Chegaram um bocadinho tirde... Si viessem alguns dias antes, pilhariam metade do avança das inaugurações...

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HISTORIA PARA CRIANÇAS

Pobres ; elle, o marido, inutilisado para o trabalho, victimado por uma cccurrencia desastrcsa na officina ; ella, a mulher, muito fraca e muito doente, mal podendo olhar para os arranjos da casa ; — Roberto e Margarida estavam quasi ás portas da miséria e vendo a todo momento a fome fazer a horrorosa entrada no seu lar.

Foi então que, dos três filhos que tinham, o mais velho, Manuel, pediu aos pais que o deixassem partir e ir por esse mundo fora tentar fortuna, trabalhar, ganhar muito di-nheiro e vir depois assegurar a felicidade dos seus.

Roberto e Margarida deixaram-no ir, não sem relu-ctancia : Manuel contava apenas 18 annos, nenhuma expe-riencia tinha da vida e, embora trabalhador, que ia elle fazer por esse mundo, sem auxilio, sem protecção de nin-guem ? Foi nessas condições que o Manuel se despediu uma madrugada de seus queridos pais, abraçou-os e partiu, pro-mettendo volver dentro de alguns mezes.

A família, agora desfalcada de um de seus membros, continuou para alli, luctando com a sorte. E assim decor-reram mezes sem que recebessem noticias do Manuel nem do destino que tomara ; aos mezes succederam mezes, passou um anno e mais outro e do ausente nada se sabia.

No dia em que se completaram dous annos da partida de Manuel, o segundo filho de Roberto,de nome João, appro-ximou-se dos pais e lhes declarou que queria igualmente sahir e ir por esse mundo procurar o irmão e tentar fortuna... Margarida oppoz-se formalmente, mas á vista da insistência do filho e das ponderaçõ.-s de Roberto, não teve remédio sinão ceder e concordar.— E foi banhado em lagrimas que ella viu sahir de casa o segundo pedaço de sua alma, sctt filho João, uma criança ainda, pois apenas contava 16 annos 1 Como seu irmto Manuel, João promettera voltar dentro em breve ; trabalharia, ganharia dinheiro, procuraria Ma-nuel e o descobriria.

Depois viriam ambos para a casa e com elles a felicidade inteira.

Entretanto, aos mezes succederam os mezes ; pastou o primeiro anno e o segundo já estava quasi a completar-se, da pirtlía de João, c sem que d'elle se tivissc a raioima noticia, quando uma noite Pedir, o mais novo dos filhos, acercou-se dos pais e lhes pediu que o deixassem ir procurar os dous irmãos ausentes, saber que fim tinham levado, ai eram ricos e haviam olvidado os seus ou si eram pobres e não queriam vir aggravar a miséria da casa ; si eram, emfim, mortos ou si eram vivos.

Desta vez não foi só de Margarida, mas também do invalido Roberto que partiu a opposição a esse desarrazoado projecto.

Pedrinho era um menino de 14 annos apenas : astuto, activo, inteligente, corajoso, hábil, atirado e expedito, bom e meigo, — mas um menino. Como permittir que elle fosse por ahi fora, sem rumo e sem norte, sem dinheiro e sem arrimo, só, desacompanhado e ignorante das cousas do mundo ? Depois, Pedrinho era a fibra mais sensível do corarTo de Margarida, era o seu filho predilecto, o seu anjo da j,r arda, dizia ella. Os irmãos mais velhos foram-se e não voltaram : como deixar que o seu derradeiro filho se attsen-tasse e os deixasse sem o consolo único que a sua presença lhes dava ?

Definitivamente Roberto e sua mulher recusaram

ac-quiescer á proposta de Pedriuho, mas este, teimoso e va-lente, não se deixou dominar pelo temor que os pais pro curavam infundir em seu espirito, pit-tando com cores negras o que elle iria passar, e de si para si resolveu tahir mesmo contra a vontade de Margarida e Roberto ; o que executou na madrugada seguinte, partindo oicultameute e deixando apenas um bilhete escripto em que se despedia di-zendo : « Dentro de stis mezes estarei de volta, rico, feliz e com meus irmãos. Adens, abençoai vosso, Pedrinho »

A pobre mãi ficou inconsolavel e o pai profundamente abatido quando tiveram conhecimento de ter Pedrinho le-vado por deante o seu dtsignio.

Pedro logo que sahiu de casa e antes de entrar na estrada larga foi ao centro da lloresta despedir-se da tia Felicia e pedir-lhe que o abençoasse.

Tia Felicia era uma velha muito boa e caritativa e que morava sozinha naquella casa.

Assim que Pedrinho bateu á porta a tia Felicia veiu abril-a, e como adivinhava tudo foi logo dizendo :

— Já sei, Pedrinho, que abandonaste oceultamente a casa e que vais por esse mundo fora tentar fortuna e pro-curar teus irmãos. Fazes bem : vai tranquillo quanto a teus pais, porque nada lhes faltará. Para a tua viagem leva isto que te dou : um pão que nunca conterás inteiro, este bordão que te auxiliará em tudo e ettis embrulho de sal, de que hó te servi) ás no momento do maior perigo. Para ga-rantir te a vida teus no ultimo extremo a cruz que levas pendurada ao pescoço e que eu te dei no dia em que nasceste. Parte. Adeus. »

»

Pedrinho recebeu tudo quanto a velha lhe doou e seguiu viagem.

Quando cançava de andar, montava no bordão, uma es-pede de bengala t. meada, e este seguia a trote como um animal ensinado, fei tinha fume,tirava do bolso o pão e comia-o, guardando um pedaço; no outro dia punha a mão no bolso e lá encontrava de novo o pio lnteirinho.

Logo que chegou a uma cidade, Pedro teve noticias de seus irmãos : ambos estavam encarcerados no palucio do Rei da lMlera, onde elles soffriam os maiores martyrios e tor-tur.ts.

Mas quem rra e onde morava esse Rei da Bellesa ? per. guntou Pedrinho

Informaram-n'o que era o homem mais feio e ao mesmo tempo mais poderoso e mais cruel que havia sobre a terra. Assistido pelo diabo, elle fazia quanto queria e todos os temiam, estremecendo só so ouvir pronunciar o seu nome. Todos os annos, por oceasião de seu anniversario nata-licio, o rei dava uma grande festa no seu palácio, á qual de-viam comparecer todas as donzellas existentes no paiz : a que não comparecessem < lie as mandava matar bem como as suas mais, queimando-lhes as casas com tudo que estava dentro. De soite que, atterrados, eran. os próprios pais que levavam as suas filhas todos os annos ao Kei da Belleza. Este, no meio das festas, escolhia três das donzellas que mais lhe «tfradafscm e com ellas ficava durante um anno, obri-gando-as a serem suas amantes. No anno seguinte é que dava liberdade ás três desgraçadas, substituindo-as por outras três ; e em todo o paiz o povo se sujeitava a esta tyrannia e a todas as crueldades do Rei da Belltza,porque todos sabiam do que elle era capaz e não tinham coragem de expor-se i sua cólera.

Referências

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