Esp. Bruno Leandro Ribeiro da Cunha Accorsi Psicomotricidade / Educação Física Escolar
Graduando em Pedagogia
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM
BERÇÁRIOS E CRECHES
INFORMAÇÕES GERAIS
• Formado em Educação Física pela Faculdade Ranchariense (2012)
• Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade do Oeste Paulista (2014) • Especialista em Psicomotricidade pela Faculdade de Educação São Braz (2016)
• Ex-aluno Especial do Curso de Mestrado em Educação da Universidade do Oeste Paulista (2014) • Graduando em Pedagogia (2017)
• Professor na Rede Municipal de Rancharia/SP desde 2013 (específico em creche desde 2015) • Colaborador Colunista na pág. Brincadeiras e Jogos e Palestrante em eventos e feiras.
ESTIMULAR PARA DESENVOLVER: COM QUEM
ESTAMOS LIDANDO?
• Conceito de Criança
• Uma criança (do latim creantia) é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até doze anos de idade
(WIKIPEDIA, 2017).
• Conceito de Estimulação
• O próprio nome já diz, tem como objetivo desenvolver e potencializar, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos, as funções do cérebro do bebê, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade. Um bebê bem estimulado aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma
ESTIMULAÇÃO PSICOMOTORA
• A estimulação psicomotora visa em suaessência, desenvolver habilidades com maior destreza e precisão, objetivando na
fase de 0 a 2 anos a aquisição de competências motoras hábeis para o
desenvolvimento global do aluno, evidenciando suas potencialidades e fazendo com que a aquisição do movimento
seja mais ampla e compatível com a faixa etária. Nessa perspectiva, o estimulo
precoce se insere como um recurso pedagógico de grande valia para o trabalho
FASES SENSÍVEIS DE ESTIMULAÇÃO
• Desenvolvimento motor é um processo evolutivo sequencial que é influenciado pela maturação e pela aprendizagem, isto é, por fatores genéticos e ambientais (PEREIRA, 2016)
• A evolução da motricidade do bebê decorre de acordo com a sua maturação e as suas aprendizagens provenientes das suas experiências, mas vale ressaltar que se poderá não observar todos os marcos do desenvolvimento motor no mesmo bebê, uma vez que nem todos são obrigatórios, mas por outro lado poderá ser possível observar-se a coexistência de marcos
de desenvolvimento motor como, por exemplo, o bebê engatinha e anda ao mesmo tempo (PEREIRA, 2016).
FASES SENSÍVEIS DE ESTIMULAÇÃO
• Os primeiros quatro estágios de desenvolvimento psicomotor definidos por Wallon para descrever o desenvolvimento motor infantil nos dois primeiros anos de vida são:
• IMPULSIVO (do nascimento aos 3 meses)
• Logo após o nascimento, surge o primeiro estágio, o estágio impulsivo, em que todas as reações tónicas e cinéticas estão meramente associadas às necessidades biológicas do bebê, como a
fome, a sede e o desconforto
• EMOCIONAL (dos 3 meses a 1 ano)
• Estágio emotivo, sugere que os movimentos têm uma componente expressiva e não só biológica. Por exemplo, o choro poderá ser a expressão de uma necessidade biológica, mas também a forma
que o bebê tem de pedir ajuda. Para além da componente expressiva do movimento nesta idade, este também poderá estar associado às primeiras imitações do bebê (PEREIRA, 2016).
FASES SENSÍVEIS DE ESTIMULAÇÃO
• Sensório-motor e o Projetivo (dos 12 meses aos 3 anos)• No estágio sensório-motor, o bebê repete várias vezes um movimento que desencadeie um efeito sensorial diferente, uma vez que, por volta desta idade, a percepção sobre a
sensação associada a um movimento é cada vez maior, assim neste estágio o bebê começa a desenvolver a noção corporal, através das sensações referidas anteriormente,
e também a desenvolver a preensão, a partir dos 4 meses (PEREIRA, 2016). • O estágio projetivo, no início dos primeiros 24 meses, caracteriza-se pelo movimento
como forma de se relacionar com o mundo exterior, onde o bebê explora o objeto tendo em conta a sua estrutura e relacionando-os com outros objetos, o que lhe permite representar mentalmente algumas das suas ações associadas às atividades que realiza
PORQUE ESTIMULAR?
• A criança deve viver o seu corpo atravésde uma motricidade não condicionada, em que os grandes grupos musculares participem e preparem os pequenos músculos, responsáveis por tarefas mais precisas e ajustadas. Antes de pegar num
lápis, a criança já deve ter, em termos históricos, uma grande utilização da sua
mão em contato com inúmeros objetos. (GONÇALVES, 2008).
QUAL A IMPORTÂNCIA DE ESTIMULAR A CRIANÇA?
• A criança se desenvolve a partir das mediações que lhes são ofertadas, todavia há que se conhecer as características de cada fase para que seja possível
dialogar e trabalhar com atividades que estejam relacionadas com os interesses e
necessidades de cada criança (SOUZA, 2011).
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM BERÇÁRIOS
• CIRCUITO PSICOMOTOR COM BRINQUEDOS
•
• Faixa Etária: de 4 meses a 1 ano
• Objetivos: Desenvolver a autonomia para ficar em pé com apoio e engatinhar em superfícies
diversas, manipulando brinquedos
• Materiais: Colchonetes, Sólidos Almofadados, Brinquedos Emborrachados e Tapetes
Emborrachados
• Desenvolvimento: Na montagem da atividade deve-se colocar os sólidos almofadados no
meio dos tapetes emborrachados, e nas extremidades dos sólidos colocar os colchonetes, finalizando com os brinquedos emborrachados por todas as superfícies, tanto em cima dos sólidos, como nos colchonetes e no tapete.
• Observação/Avaliação: Estimular os bebês a manipularem e buscarem os brinquedos
emborrachados, engatinhando e ficando em pé com apoio sob as superfícies e estruturas. Objetiva-se ainda que os maiores possam subir e descer dos sólidos desenvolvendo força nos membros e equilíbrio. A manipulação dos brinquedos emborrachados possibilita o
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM BERÇÁRIOS
• O QUADRO•
• Faixa Etária: a partir dos 8 meses
• Objetivos: Manipulação de texturas
• Materiais: Papel e tinta
• Desenvolvimento: Forrar o chão com camadas de papel e derramar tinta (cores
variadas) sob a superfície colocando o bebê perto da mesma e incentivando-o a manipular a tinta, fazendo diversos tipos de movimento com a mão e/ou pés. Ao final deixar secar e expor o quadro em ambiente visível.
• Observação/Avaliação: Observar o interesse e reações do bebê durante a manipulação
da tinta sob o papel. É importante a observação constante para não ingestão da tinta, lembrando que o bebê leva tudo à boca.
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM BERÇÁRIOS
• PASSEIO DO URSINHO•
• Faixa Etária: a partir de 1 ano e 6 meses
• Objetivos: Noção Espacial, Força, Direção e Coordenação Motora
• Materiais: Cadeira e Urso de Pelúcia
• Desenvolvimento: Disponibilizar uma cadeira e um urso de pelúcia para cada criança,
num espaço plano que permita a movimentação. Em seguida incentive a criança a se deslocar e locomover a cadeira empurrando como se fosse um carrinho de bebê, em diversas direções. Caso o urso caia, motive a criança a recolocá-lo na cadeira e continuar o trajeto.
• Observação/Avaliação: Observar a força que a criança faz no deslocamento, a
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM BERÇÁRIOS
• TEIA DA ARANHA•
• Faixa Etária: a partir dos 2 anos
• Objetivos: Equilíbrio, Orientação Espaço-Temporal, Agilidade, Dimensões de Espaço
• Materiais: Cadeiras, Elástico, Prendedores (Aranha)
• Desenvolvimento: Entrelaçar o elástico em meio a duas fileiras de cadeira, fazendo com
que fique com alturas e espaços diferentes, em seguida prender os prendedores (aranha) por todo o elástico em toda a estrutura da teia, e pedir para que os alunos transpassem a teia sem relar nas aranhas e sem ficar preso na teia.
• Observação/Avaliação: Observar o equilíbrio durante o trajeto e as diversas
movimentações que a criança faz por cima e por baixo. É importante observar como a criança soluciona os problemas durante a atividade.
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM MATERNAIS
• VARAL DE BOLINHAS•
• Faixa Etária: a partir dos 3 anos
• Objetivos: Coordenação Motora Fina, Coordenação Óculo-Manual, Orientação Espacial,
Força
• Materiais: Fita Plástica, Bola Colorida
• Desenvolvimento: Fixar a fita plástica de modo a ficar estendida na altura em que a
criança possa alcançar, em seguida espalhar as bolinhas pelo chão e pedir para que a criança fixe as bolinhas na fita suspensa.
• Observação/Avaliação: Observar a força que a criança faz para fixar a bolinha. A
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS EM MATERNAIS
• CAÇAPA•
• Faixa Etária: a partir dos 3 anos
• Objetivos: Direção e Orientação Espacial
• Materiais: Copos, Mesa e Bolinhas Coloridas
• Desenvolvimento: Colocar na borda da mesa fixada com fita vários copos na altura da
linha da mesa. Colocar a criança do outro lado e dar a ela 3 bolinhas coloridas e incentivá-la a arremessar essa bolinha rolando sobre a mesa para acertar o copo que está na outra extremidade.
• Observação/Avaliação: Observar a força que a criança faz no arremesso da bola,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A educação psicomotora é, sobretudo, a educação da criança através de seu corpo e de seu movimento, onde a aquisição das habilidades básicas como pegar, jogar, pinçar,
arremessar, subir, descer, rolar, entre outras, são fundamentais para o crescimento humano, assim a criança é vista na sua totalidade e nas possibilidades que apresenta em
relação ao meio ambiente. Comprovar a importância do desenvolvimento da psicomotricidade no contexto escolar é valorizar o ser uno e total, indivisíveis em suas
REFERÊNCIAS
• ACCORSI, Bruno Leandro Ribeiro da Cunha Accorsi. A Estimulação Precoce no
Desenvolvimento Psicomotor de 0 a 2 anos. 2016. Faculdade São Braz. Curitiba/PR.
Monografia curso de Psicomotricidade.
• Conceito de Criança. 2017. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Crian%C3%A7a.
• Conceito de Estimulação. 2015. Disponível em:
https://br.guiainfantil.com/estimulacao-infantil/72-a-estimulacao-precoce-em-bebes-e-criancas.html.
• GONÇALVES, Fátima. Do Andar ao Escrever – Um Caminho Psicomotor. 2008. Disponível em: http://www.edutec.unesp.br/images/stories/pdf/resumo_do_andar_ao_escrever.pdf.
• PEREIRA, Beatriz Guilherme. A Dimensão Preventiva da Intervenção Precoce: Intervenção
Psicomotora na Creche. 2016. Disponível em:
http://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/11936/1/Relatorio%20de%20Est%c3%a1gio%20V ers%c3%a3o%20Final.pdf.
• SOUZA, Vânia de Fátima Mathias de. Desenvolvimento Psicomotor na Infância. Centro Universitário de Maringá. Núcleo de Educação a distância. Maringá – PR, 2011.