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Associação Brasileira de Observadores de Estrelas Binárias

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Academic year: 2021

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Associação Brasileira de O bservadores

de Estrelas Binárias

(2)

Associação Brasileira de Observadores de Estrelas

Biná,ria,s

A B O E B

-1

E D IT O R IA L

C o m p l e t a m o s u m a n o de e xis tê n cia e c o m ele n o sso BI c o m p l e t a o p rim e ir o v o l u m e c o m três n ú m eros. P o r t a n t o é c o m s a tisfa çã o que e d it a m o s este p rim e ir o BI de v o lu m e 2, n ° 1 de 1994.

A g r a d e c e m o s ca rt a r e c e b id a de Mr. Ladányi T a m á s o qual m u ito g e n tilm e n t e nos e n vio u u m a c ó p ia da circular d a “ I l u n g a r i a n A s t r o n o m i c a l A s s o c i a t i o n D o u b l o S t a r O b s e r v e i ' S e c t i o n além de u m e x e m p la r d a p u b l ic a ç ã o “ M e t e o r ” o n d e vários artigos de interesse s ã o c o m e n t a d o s , p o r é m a m b o s es tã o escritos e m Ilu n g aro .

T a m b é m a c u s a m o s c a rta d o Dr. E d g a r Soulié o qual nos envia có p ia d o a rtigo L a D ó t e r m i n a t i o n d e L ’ o r b i t e d ’ u n e E ’ t o i l e D o u b l e V i s u a l l e P a r l e C a l c u l M é t l i o d e e t P r o g r a m m e s ( P r e m i è r e P a r t i e ) , S A F , C o m m i s s i o n des Etoilles D o u b le s , O b se r v a tio n s et T r a v a u x n ° 35, Troisiene T rim estre 1993. J u n t a m e n te c o m este tr a b a lh o foi e n v ia d o u m a su je s tã o de p r o p o s t a n o r m a l iz a n d o o f o r m a t o de d e s c riçã o de o b s e r v a ç õ e s de estrelas d uplas visuais.

I n f o r m a m o s aos m e m b r o s a ss o cia d o s q ue a a nuidade p a r a o a no de 1994 p assa ser de $ 6.00 dólares, a qual p o d e ser c o n v e r t id a e p a g a através de rem essa b a n cá ria para: B a n c o I T A Ú , a g ê n c i a : 1 G 13 , c o n t a : 0 3 G 9 9 —3 , S ã o J o s é d o s C a m p o s , S P , e m n o m e d a A B O E D . A s anu idad es p ara m e m b ro s n o e x te r io r fica fix a d a em $ 10.00 dólares. Esta a nuidade ve m co b rir cu sto s de p u b l ic a ç ã o dos três b o le t im s p re visto s para o a n o de 1994. T a m b é m s o licita m o s aqueles fo ra de S ã o José dos C a m p o s que nos envie um x e r o x d o r e c ib o para que p o ss a m o s rem eter o c o m p r o v a n t e de p a g a m e n t o .

A in d a e s t a m o s a g u a r d a n d o co n tr ib u iç õ e s de artigos de autores p ara a p r ó x i m a e d iç ã o d o BI. S o m e n te c o m a a ju d a in te g ra d a de t o d o s , a A B O E B p o d e r á enfrentrar e superar suas dificu ld ad es que, aliás, a única m a n e ira é s o m a n d o esforços.

(3)

2

Estrelas Duplas—Generalidades IV

A q u e s tã o d e ix a d a n o BI Vol. 1, n° 3, 1993, a qual p assam o s n o va m en te: - “c o m o es tab elecer a massa

individual dos c o m p o n e n t e s ? ” .

A n te s de dissertar sobre tal q ue s tã o e s t u d e m o s o que venha ser “ llc la çã o E m p írica M a s s a - L u m i n o s i d a d e ” . P o r m e io d essa relação, p o d e m o s o b t e r as massas de certas estrelas. O b s e r v a n d o suas m a g n i t u d e s b o l o m é t r i c a s 1, iremos e n c o n tr a r u m a relação entre estas ( e m p ír ic a ), ver íigura n° 1.

- J o

s

H

i z íS <r o %) ~TÍ Ê— s i <1 5 •lo* » 6 -ô- / ^ &Ga*JCA<> + !

i____í_____ i____ i--- 1---1—

<fi> 0 w 10 ^ 00* 4 . « -QíZ/wcaS 1 o .i «.«■ o . r 4. ? . r S l o j o A o

f OVl//vv\Q

F igu ra 1.

Esta relação p o d e ser u sad a para a d e t e r m in a ç ã o de massas de estrelas que n ão são n ecessariam en te c o m p o n e n t e s de binários. N o gráfico vem os que q u a n t o m a ior a m assa d a estrela, ta n to mais lum in osa clá será, à exessão das anãs brancas.

V a m o s dar u m a base te ó r ic a à re lação m a s s a -lu m in o s id a d e , p a r tin d o de estrelas que t e n h a m a m e sm a estru tu ra interna, isto é, co n s tr u íd a s de a c ô r d o c o m o m e s m o m o d e lo . C o m o a m a ior parte das estrelas de n ossa ga lá xia p e r te n c e m à s e g u n d a seqü ên cia p rincipal, d e v e m ter u m a estru tu ra igual à d o Sol, e p o r t a n t o o b d e c e r à m e s m a relação m a s s a -lu m in o s id a d e ( o que n ã o é ve rda d e para o ca so das anãs b ra n c a s ). O a fa sta m e n to d a estrela d a curva m a s s a -l u m in o s id a d e in d ica que esta d eve ter estrutura diferente d a d o Sol. A seguir serão d a d a s duas form u las m a te m á tic a s que m e lh o r se a d a p t a m à curva d a figura n° 1 s ã o elas:

M h = 4.71 - 3 .blo g{ — ) + I C (1)

iuq '

Mb sig nifica magnitude absoluta b o lom étrica e I C é c h a m a d o índice de c o r s e g u n d o [1],

l o g ( - ) = —ü.151 M v + 0 . 0 0 3 3 3 M 2 + 0.05 (2)

m o v '

(4)

% *

M v sig nifica em m a g n it u d e a b s o lu t a visual s e g u n d o [2], m e m 0 são r e s p e ctiv a m e n te a m a ss a d a estrela

e a m a ssa d o Sol.

A lu m in o s id a d e total d e u m a estrela é um d a d o im p o r ta n t ís sim o a cê rca de u m a estrela, m a s não c o n t é m t o d a a in f o r m a ç ã o q ue se p o d e e xtrair d a r a d ia çã o p roven ien te d a estrela. P o d e m o s analizar a luz proven ien te e d e te rm in a r as suas c o m p o n e n t e s . A s côres das estrelas v ã o d e sd e o v e r m e lh o até o azul. P o d e m o s t a m b é m introduzir u m a d efin ição n u m érica p ara a co r de u m a estrela, d o m e s m o m o d o que se faz p ara a lu m in o s id a d e . U sa m os p ara isso in stru m en tos f o t o m ê t r ic o s tais c o m o o ô lh o e chapas fo to gráficas. O ô l h o é mais sensível ao v e r m e lh o e ao am are lh o , e n q u a n t o que a c h a p a fo t o g á íic a é ao azul. Dessa f o r m a , u m a estrela a zu lad a e u m a estrela ve rm e lh a de m e s m a lu m in o s id a d e à m e sm a distâ ncia de nós, v ã o ter m a g n it u d e s aparentes visuais distintas. U m a estrela a zulada vai ter u m a m a g n it u d e visual m a io r que u m a estrela vermelha(/emí>rar se m p r e que quanto m a i o r a magnitude,

m e n o s brilhante a estrela). V a m o s usar essa d iferen ça de m a g n it u d e s a parentes p a r a definir a co r de

u m a estrela. P o r t a n t o p o d e m o s definir: 0 índice de c o r s e r á a d iferença entre as m a gn itu d es definidas

p o r duas cores d iferen tes, ou seja, medidas p or dois aparelhos distintos. A d efinição I = T3 - V é m uito usada para m e d ir 1) (b in e ) c o l o c a - s e diante do t e les có p io um filtrv que s ó deixa passa r o azul, e para m ed ir V (m a g n itu d e visual) u s a - s e um filtro com a sensibilidade do ôlho). T a m b é m se define c o m o :

A ss im , q u a n t o mais v e r m e lh a a estrela, M ,n-Slia; será m e n o r e m a ior q u a n to m a is azul a estrela. C o m o

C B é a c o r r e ç ã o b o lo m é t r ic a , e d e p e n d e d a t e m p e r a t u r a superficial d a estrela. A títu lo de e lu c id a çã o

(3)

u m a estrela b r a n c a r e s p o n d e d a m e s m a form a ta n to ao ô l h o corno à c h a p a fo to g r á fic a , foi e s co lh id o o valor 7 = 0 p ara estrela dessa cor. E n t ã o p o d e - s e escrever a seguinte classificação:

I I I I I I M j o t — M vi, = 0 —► e s t r e l a b r a n c a M j o t — M v tS M j o t — M vis >

0

— * e s t r e l a v e r m e l h a M j 0t 7> M vis M j ot — M v{s <

0

— *■ e s t r e l a a z u l M f o t M vis ( ‘1) A m a g n itu d e v is u a l se re fe re

h

in te n s id a d e n a fa ix a d o c o m p r im e n t o v is ív e l ao p a s s o q u e a m a g n itu d e b o lo m é t r ic a se re fe re

h

in te n s id a d e to ta l in te g r a d a so b r e t o d o s os c o m p r im e n t o s de o n d a . A s s i m p o d e m o s ter: M b o iM v is

4

- C B

o b o l ô m e t r o é um t e r m ô m e t r o elétrico. O s valores de C B p o d e m ser o b t id o s nas c o n h e c id a s tabelas de K u iper.

B em , p o s t o isto, p o d e m o s dissertar so b r e P a r a la x e D in â m ic a . C o m auxílio das leis de K ep ler, na form u la

/3

e d a re lação m a s s a -l u m in o s id a d e , p o d e - s e d eterm in ar a p aralaxe de estrelas binárias visuais cujas órb ita s seja m co n h e c id a d s . O b t é m - s e a d e n o m in a d a p aralaxe d iâ m ic a d o s is te m a binário. H. Russel e

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C h a r lo tte M o o r e , p o r e x e m p l o , p or este m é t o d o , o b t iv e r a m a p aralaxe de mais de 2000 binárias visuais, ou soja o valor de p na e q u a ç ã o anterior.

C o n h e c id a a ó r b i t a d a binária p o d e m o s d eterm in ar c o m precisão o seu p e r ío d o ; e m e d in d o o valor de

a p o d e - s e o b t e r e n tã o p. C o n s t a t a - s e que 10% de erro na in c d id a d a p aralaxe significam 3 0 % de erro na

m e d id a da, m assa ( a s o m a das massas aparece n u m a raiz c ú b ic a ) . U sa -s e a re la çã o m assa—lum in osid ad e, o b s e r v a n d o que a m assa d e muitas estrelas que o b e d e c e m à relação m a s s a -l u m in o s id a d e não difere m uito da d o Sol, p o r t a n t o na e q u a ç ã o a cim a c o l o c a m o s

m i + m 2 = 2 (7)

Esta relação não é em geral correta, mas vai introd uzir um erro que é ^ d o erro em m | + 1 7 1 2 ( d e v id o a raiz c ú b ic a ).

S u p o n d o que a m a g n itu d e visual aparente d a estrela princip al d o par b in ário tenha sid o m e d id a cu id a d o s a m e n t e , in t r o d u z im o s o p o b t i d o pela relação d a e q u a ç ã o d a p a r a la x e -r n a s sa 1 1 a form ula2 :

M ab - Mvís + 5 + 5 lotj(p) (8)

e o b t e m o s o valor de M , que levam os na relação de m a s s a -l u m in o s id a d e para o b t e r o valor d a massa corrigido. O n o v o valor o b t i d o de m\ -f ni'2 não é em geral igual a 2, mas difere m uito p o u c o de 2. P o d e m o s e n t ã o u s á - l o na form ula d a p a r a l a x c - m a s s a e o b t e r 1 1 1 1 1 n ovo valor para ]>, rep etin do n ova m en te o p ro c e ss o . E assim p o r diante p or um p ro c e s s o de interação, va m os o b t e r novas correções. A p ó s três ou q u a tr o co rre çõ e s , o b t e m o s um valor a u t o -c o n s i s t e n t e para as massas. O erro é em geral, de 5 % , raram ente c h e g a n d o à 15%.

A in d a te m o s u m a q u e s t ã o á re sp on der, “c o m o cslab cleccr a massa individual dos c o m p o n e n t e s ? ” . É pelo j e i t o a q u e s tã o a in d a persiste. O que a c a b a m o s de ver foi a q ue s tã o d a d e t e r m i n a ç ã o iterativa da s o m a das massas u tiliza n do d o c o n c e i t o de paralaxe d in â m ic a que por sua vez foi d e te rm in a d a pela relação e n v o l v e n d o m a gn itu d e s visuais c absolu ta. Porém nos n e ce ssita m o s de m ais um c o n c e it o , e este será fo r n e c id o pela m ecân ica . Esta q u e s tã o irem os tratar e m o u t r o a rtig o 1 1 0 p r ó x im o BI.

D .C . L o b ã o S ó c io - A B O E B

llcfcrcncms

1 - Barros, A . L . R . , Fernandes, N . C .,In trod u ção à A strofísica, USP, In stituto de Física, 1971.

2 - Jaschek, C. and Jasc.hck M .C ., A strofísica, P r o g r a m a R egional de D e sarro llo C ie n tífico y T e c ­ n o ló g ic o . D e p a r t a m e n t o de A s u n to s C ientíficos, S e cretaria Gen eral de la O r g a n iz a c ió n de los E stados A m e r ic a n o s , W a s h in g t o n , D . C . - 1 9 7 T

~Voltaremos a esta relação oportunamente, pois trata-se da mais importante relação na determinação das distâncias das estrelas pelo m étodo Espcctroscópio. No momento é apresentada sem demost.ração.

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3

O Sistema de Beta M onoceros

G e r a lm e n te , a o o b s e r v a r m o s algu m o b j e t o através de um te le sc ó p io , nos se n tim o s m o t i v a d o s a co n h e c e r mais sobre o que e s t a m o s v e n d o . A tra v é s de p esq u isa e m livros e c o m a a ju d a de relações m a te m á tic a s , p o d e m o s am plia r nossos c o n h e c im e n to s sobre o U niverso no qual e s ta m o s inseridos. C o m u m te le scó pio m é d io , de 1 60 m m de d iâ m e t r o f / 8 , p o d e m o s “ resolver” , isto é separar R e ta M o n o c e r o s ( A R : 06h ‘2 6 .8 ’ ; D e c: - 0 7 ° 0 0 ’ , 1950.00), u m a d entre inúm eras estrelas m ú ltiplas, em três c o m p o n e n t e s , am areladas, de m a g n it u d e visual se m e lh a n te e p ra tic a m e n te em linha reta de v iz a d a . A referencia [1] nos fornece algum s d a d o s básicos. U tiliza nd o de algu m a s relações m a t e m á t ic a s [2], p o d e m o s m o n ta r a seguinte tabela: C o m p o n e n t e W / W 0 R/RO D i s t . M A 6.6 16.5

---

- 1 . 1

n

5.5 19.0 107817. A - 0 . 6

c

4.8 21 43 U M . - 0 . 2 o n de: U .A : U n id ad e A s t r o n ô m i c a [3]: M , m a g n it u d e a b s o lu t a [2]

W /V V 0 , massa d a estrela em re la çã o a massa d o Sol; R /R O , raio d a estrela e m relação ao raio d o Sol; D ist., d is tâ n cia c o m re lação a c o m p o n e n t e A e m U .A .

C o m os d a d o s a cim a, p o d e m o s inferir sobre algum as questões:

• A s três c o m p o n e n t e s s ã o b e m maiores que o Sol, c h e g a n d o a ser até 21 vêzes m a io r e m d iâ m e tro ;

• A m a ssa d a c o m p o n e n t e A , mais pesada, 6 vêzes a d o Sol. N o t e - s e que a c o m p o n e n t e C , c o n t e n d o quase 5 vêzes mais m a ssa que o Sol, a m a io r das três, s e n d o p o r t a n t o a m e n o s densa e m en os brilhante;

• N o e s p a ç o entre as c o m p o n e n t e s A e R, ca b e ria m quase 18 sistem as sola res iguais ao nosso, se c o n s id e r a r m o s até a o r b i t a de P lu tão , e entre A e C , 7 sistem as solares;

• Se a T e rra orb ita s s e a c o m p o n e n t e A , teria que estar a u m a d is tâ n cia de 14 U .A ., ou seja, a u m a d is tâ n cia m a io r que a de S a t u rn o ao Sol, para que ela tivesse o m e s m o d iâ m e t r o e brilh o d o Sol q u a n d o v is t o d a Terra.

3.1

C onclusão

C o m estas questões, o b t id a s através de d a d o s básicos, e q u a çõ e s m a te m á tic a s e tabelas, p o d e m o s ter u m a idéia a p r o x im a d a de q u ã o diferente este sis te m a f o r m a d o p o r estas três estrelas deve ser tio nosso, f o r m a d o p o r a pe n a s uma. P o d e r í a m o s ainda, im aginar c o m o seria a v id a em um p la n e ta deste sis­ tem a. Pa ra c o m e ç a r , j á seria m u ito difícil, senão im possível, um p la n e ta m a n te r u m a ó r b i t a estável e d u r a d o u r a a o red or de u m a das c o m p o n e n t e s , d e v id o as m ares o c a s io n a d a s pelas forças grav ita cio n ais de t o d o o sistem a, o que p o d e r ia p r o v o c a r a d e sin te gração ou o e je ç ã o d o p la n e t a para fo r a de órb ita. D e p o is , a ra d ia çã o das três c o m p o n e n t e s so b r e o planeta, varian d o a m p la m e n t e , d e p e n d e n d o d a p o s iç ã o

(7)

relativa entre os c o r p o s , p r o v o c a r ia gran d es variações de te m p e r a t u r a na a tm o s fe ra , p r e ju d ic a n d o o d e se n v o lv im e n to d a vida, p e lo m en os c o m o a c o n h e c e m o s . M e s m o que tal p la n e ta tivesse u m a ó rb ita estável a o redor das três c o m p o n e n t e s , teria que estar tã o a fa stad o, p ara n ão ser influen cia do pelas m ares grav ita cio n ais o c a s io n a d a s pela a tra çã o m ú t u a das três c o m p o n e n t e s que p rova velm en te seria m u ito frio para abrigar vida. E m b o r a tu d o d e s c u t id o aqui seja m esp e cu la çõ e s , m e s m o que basead os c m d a d o s reais, o i m p o r t a n t e e n o t a r m o s o q u a n t o p o d e m o s aprender, e o q u a n to tería m os ainda pela frente p ara estudar, levados apen a s p e la cu r io s id a d e d e s p e rt a d a p o r três p e q u e n o s e p r ó x i m o s , m as brilhantes, p o n t o s de luz, que o b s e r v a m o s através de um te le scó p io , m e s m o m o d e s t o . E estas são apenas três entre u m a infinidade de estrelas. R e f e r ê n c i a [1]: “ A F i e l t l G u i d e t o t l i e S t a r s a n d P l a n e t s ” , d e D . M e n z e l ( E f e m é r i d e s p / 1 9 5 0 . 0 0 ) : c o m p o n e n t e M vis A . P . s e p . D i s t . ( a . 1 A 4 . 7 4 7 0 1) 5 . 2 1 3 0 7 . 5 ---C 5 . 6 1 0 5 3 . 0 ---onde: A/tiin, m a g n it u d e visual A .l \ , â n g u lo de p o s i ç ã o (grau s) sep., s e p a ra çã o angula r (se g u n d o s de a rco ) D i s t .(a .L ), d istâ n cia e m a n o luz d o sistem a ao Sol.

R e f e r ê n c i a [2]: E q u a ç õ e s utilizadas:

A / 0 t = M v i a + 5 + 5 l o t j ( \ / d ) ( 1 1 )

o nde:

M ab, m a g n it u d e absolu ta; Mvia, m a g n it u d e visual;

d, d is tâ n cia c m p a r s e c s = 144.2.

l o g ( R / l l Q ) = ( 5 9 0 0 0/ T ) - 0 . 2 0 M a f > - 0 . 0 2 ( 1 2 )

onde:

it/ItO , raio d a estrela e m relação a o raio d o Sol;

M ab, m a g n it u d e a b s o lu ta d a estrela;

T , T e m p e r a t u r a de cor, que assum e os seguintes valores a p r o x im a d o s p o r c o m p o n e n t e :

A = 5 8 0 6 . 5 1 1 = 5 0 0 0 . 0 C = 4 5 2 8 . 3

l o g ( m / m 0 ) = - 0 . 1 5 1 M + 0 . 0 0 3 3 3 M 2 + 0 . 6 5 ( 1 3 )

(8)

rn/mO, m assa d a estrela em re la çã o a m assa d o Sol; M , m a g n it u d e a b s o lu t a d a estrela.

n . o f o r ô n c i a [3]: D a d o s so b r e o sis te m a solar:

• M a g n it u d e a pa ren te visual d o Sol, visto d a Terra: -27;

• M a g n i t u d e a b s o lu t a d o Sol: a prox. 5;

• D i â m e t r o a pa ren te d o Sol, visto d a Terra: a prox. 30 m in u t o s de arco;

• D i â m e t r o d o Sol : a prox. 1200000 km;

• U .A ., U n id a d e A s t r o n ô m i c a , a prox. 149600000 km;

• D ist â n cia d o Sol a P lu tã o : a prox. 32 u.a.;

• 1 A n o Luz, a p ro x. 9 60 00 00000000 km;

• 1 Parsec, 3.26 anos luz.

W e b e r de B r i t o B a r b o s a - Eng. S ó c io - A B O E B

4

A s Estrelas Binárias, Esboço Histórico

A p rim e ira estrela d u p la foi d e s c o b e r t a a partir d o a no de 1650 p e lo a s t r ô n o m o Italiano, Jean B ap tiste R iccio li. Era £ Ursae M a jo r is ( M i z a r ) . E u m a notável c o in c id ê n c ia que M izar foi t a m b é m a p rim eira estrela d u p la a ser o b s e r v a d a fo to g r a fic a m e n t e , s e n d o d e d u z id o suas ca ra ct e rística s físicas p o r G P. B o n d , n o o b s e r v a t ó r i o d o co lé g io d e Harvard e m 1857; e q ue é a principal c o m p o n e n t e tia prim eira b in ária e s p e c t r o s c ó p i a d e s c o b e r t a , feita p o r C. Peckering e m 1889.

E m 1656, H u y g n e s viu 8 O r io n e s re s o lvid a entre estrelas p rincipais d o g r u p o que f o r m a u m familiar tr a p é z io , e e m 1664, I l o o k e n o t o u que 7 Arietis consiste de duas estrelas.

Pe lo m e n o s d ois pares a dicion ais, u m d o quais p ro v o u ser o de mais interesse p ara os a s t r ô n o m o s foi d e s c o b e r t o antes de a ca b a r o sécu lo X V II. E necessário n o ta r que estas estrelas era m vistas n o hem isfério austral, n ão visíveis nas latitudes eu rop éia s, tr a t a v a m -s e de a C ru cis d e s c o b e r t a p e lo m issioná rio je s u ít a , padre Fontenay, n o c a b o de G o o d I l o p e ( A f r i c a d o Sul) em 1685, e cr C e n tau ri, d e s c o b e r t a p e lo padre R ic h a u d , e n q u a n t o o b se r v a v a um c o m e n t a em Pondiclierry, ín d ia e m d e z e m b r o de 1689.

Estas d e s c o b e r t a s e ra m acidentais, feitas n o d e co r re r d o cu rso de o b s e r v a ç õ e s s o b r e o u t r o s p ro p ó sito s . A s estrelas d u p la s visuais eram c o n s id e r a d a s c o m o m era cu r io s id a d e , n ão h avia e s lo r ç o p ara aum entar o n ú m e r o de novas estrelas p ossive lm e n t e identificáveis, n ão era m o b se r v a d a s suas p o siçõ e s relativas.

A d e s c o b e r t a de Sir. Ilalley de que algu m a s estrelas mais brilhantes c o m o Sirius, A r c t u r u s , A ld e - b a r a m , estavam e m m o v i m e n t o , te n d o in q u e stio n á ve lm e n t e m u d a d o de p o s i ç ã o desde o t e m p o de P t o lo m e u , fez c o m que o interesse d o s a s t r ô n o m o s crescesse. Estas pesquisas e seus resu ltad os, p o r sua

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vez, f o r a m e m g r a n d e parte, p rovavelm en te, responsáveis pelas e s p e c u la çõ e s filosóficas que c o m e ç a r a m à aparecer lo g o a p ó s a m e t a d e d o s é cu lo X V I I I c o m o p ossibilida de da existê n cia de o u tr o s sistem as estre- lares. C é le b re entre estas o b ra s está “ C o s o lo g is c h e B r i e f ” , p u b lic a d a e m 1701 p o r L a in b ert, e m que se su sten tava que as estrelas são sois, a c o m p a n h a d o s p o r pla netas. L a m b e rt, co n t u d o , a pa re n te m e n te n ão fez c o n e c ç õ e s entre suas e s p e c u la çõ e s c o m as estrelas d u p las co n h e cid as. Seis anos d e p o is, e m 1767, Joan M ich e l e m u m relatório a p r e se n ta d o a Real S o c ie ty o f L o n d o n , apresen tou um forte a rg u m e n to b as e a d o s o b a te o ria das p ro b a b ilid a d e s que “ tais estrelas duplas, etc., c o m o a p a re c e m consistir de duâs ou mais estrelas d is p o s ta s ju n t a s , realmente co n s iste m c m estrelas d is p o s ta s ju n ta s so b a influência de a lg u m a lei geral que as m a n t é m assim, q u a n d o a p ro b a b ilid a d e é m u ito alta, p o r o u t r o lado n ão haveria tais estrelas tão p ró x im a s, se t o d a s aquelas que não s ã o m e n o s brilhantes que elas próprias estivessem sid o espa lh a da s a lea toriam en te p o r t o d o o f ir m a m e n to ” . Michell p o r t a n t o tem o cred ito de ter sido o p rim eiro a e s ta b e le ce r a p r o b a b ilid a d e d a existê n cia de sistem as físicos entre estrelas, poréin suas d e d u ç õ e s n ã o estavam sustentadas e m d a d o s de o b se r v a çõ e s p ara s u p o r ta r suas d e d u ç õ e s o que de certa fo rm a n ã o influenciaram d ir e ta m e n te o progresso d a a s tr o n o m ia na área das estrelas binárias.

A d r ia n o M arciu s Ferreira - T e c. E letrôn ica J ulia n o de S o u z a R ib e ir o - T e c . E le tr ô n ic a

S ócios - A B O E B

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N ota 1. — For mandos

R e c e b e m o s c o n v ite d os só cio s A d r ia n o M. Ferreira e J u lia n o S o u z a R ib e ir o para às s o le n ida de s de f o r m a tu r a n o cu r so de E le t r ô n ic a d o “ C o lé g io T é c n i c o Industrial - U N I V A P ” a qual será d ia 17 de m a r ç o de 1994 às 20:00 h n o A u d i t ó r i o d o I T A - C T A . D e s e ja m o s aos fo r m a n d o s sorte na fu t u ra vida profissional.

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N o ta 2. — Calendário de Reuniões para 1994

C o m u n ic a m o s que o ca le n d á rio das reuniões d a A B O E B , c o m o de c o s t u m e são realizadas n o se gu n do s á b a d o de c a d a m ês salvo co n trário : m a r ç o 12, abril 09, m a io 14, j u n h o 11, j u l h o 09, a g ô s t o 13, se te m b ro 10, o u t u b r o 08, n o v e m b r o 05 e d e z e m b r o será e m 28 de n o v e m b ro .

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P olítica Editorial

• Boletim da A B O E B - O Boletim, publica trabalhos originais nas diferentes áreas da Astronomia. Os artigos devem conter resultados relevantes, de preferêrencia expondo (ou conduzindo a) uma abordagem teórica e prática. Devem incluir demostrações completas e não apenas enunciar resultados obtidos. Em geral, resenhas só serão publicadas se previamente comissionadas pelo Comissão Editorial.

• E política expressa do Boletim publicar, pelo menos uma vez por ano, um número com posto de artigos em com putação, relevantes a área de algoritmos e processamento de imagem. A ênfase será cm dois aspectos básicos. Em primeiro lugar, na implementação de técnicas, admitindo se artigos breves que contenham experimentos computacionais, ainda que sem respaldo de demonstrações teóricas. Em segundo lugar, estes números especiais voltar-se-ão também para problemas científicos relevantes ligados à atualidade tecnólogica.

• A fim de propiciar um maior intercâmbio com a comunidade internacional, os autores devem preferivel­ mente redigir em inglês. Isto ajudará também a manter o elevado padrão de qualidade desejado para o Boletim, à medida que abre mais opções na escolha de relatores para analisar os artigos. Redigindo em por­ tuguês, os autores devem procurar evitar termos estrangeiros, esforçando-se para encontrar no vernáculo os equivalentes precisos e enriquecendo assim nosso vocabulário técnico.

• E política do Boletim ter sempre os artigos analisados por dois relatores, um dos quais membro da Comissão Editorial. A decisão final da publicação ou não de cada artigo cabe ao Editor Responsável.

Instruções para os A utores

• Os artigos submetidos a publicação no Boletim da A B O E B devem ser inéditos, não podendo ser simul­ taneamente apresentados a outro pcríodico. No caso de múltipla autoria, entende-se que há concordância de todos os autores em submetê-lo ao Boletim.

• Para fins exclusivos de publicação no Bletim, os direitos serão cedidos à A B O E B , a permissão para citar comunicações de caráter pessoal sendo de responsabilidade do(s) autor(es).

• Por razões de limitação de espaço, a extensão desejável dos artigos é de ordem de 15 (quinze) páginas. O resuma deve ser suficientemente breve para ter as versões em Português e Inglês impressas na folha de rosto, juntamente com as palavras chave.

• Para facilitar a análise dos artigos, solicitamaos aos autores que encaminhem, junto com o manuscrito, cópias das referências de acesso sabidamente difícil.

• Serão fornecidas gratuitamente aos autores 02 (duas) separatas de cada artigo.

• As contribuições podem ser feitas da maneira que melhor dispor o interessado. Para os que possuem o acesso a computadores do tipo PC ou outro que possa gerar um arquivo em ASCII poderão fazê-lo. Simplesmente escreva e envie o diskete, acompanhado de uma copia xerox do trabalho para termos uma idéia global do artigo. Os usuários do T£Xe DTj^Xpodem enviar da forma que tenham custume de fazer, pois os trabalhos da A B O E B serão feitos usando esta linguagem de processamento de texto.

Editorial P olicy

• Boletim da A B O E B - The A B O E B Boletim, The scientific journal o f the Brazilian Association o f the Binary Star Observers. Publishes original works m any a rcaoi AsLrononiy. Articies shouid contam reievant resuits, preferably leading to (or using) a theoretical or praticai approach. They should be complete papers and not merely list obtained resuits. In general, surveys will only be published if previously commissioned by the Editorial Commission.

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• Eacli yearly volume o f lhe journal will feature at least one special issue on scientific computing. This issue will be devoted to articles on heuristic procedures and image processing with the aid o f computers. Implementation o f those techniques should always be emphasized and, consequently, short notes containing computcr experiments aresuitable for publication. The special issues will also lean towards to d a y ’s scientific probloms related Lo our teclmological stage.

• Authors should prefer writing in English in order to allow a better inlcraction with international math- ematical community. This will also permit a winder choice o f referees which will help to maintain the Boletim at a high standard.

• As a rule, papers will be analyzed by two experts, one o f thern, at lcasl, from the Editorial Comission. The final decision for publication or refusal will rest upon the Editor-in-Chief.

Instructions for A uthors

• The Boletim o f A B O E B will only consider for publication pares that have not been submited for publication elsewhere. Whcnever a joint paper is submited to the journal by only one o f its authors, it is understood that ali othcr authors have granted him (or her) authorized to do so.

• The A B O E B will liold th e Copyright o f ali the p apers p u b lish ed in this jo u r n a l. lle fe rcn c e to private C om m u n icatio n s will b e m a d e under a u th o r ’s sole responsab ility.

• Papers are expected tobe about fifleen (15) pages long. Its abstract should be short enougli to allow both versions, in English and in Portuguese, to be typed in the article’s first page, together with the key words and phrascs.

• If any reference is made to a paper or report that would be diíficult to obtain, then the authors are expected to enclose with their manuscript a copy o f that paper or report.

e T w o (02) free copies o f each paper will be supplied to the authors.

Inform ações e Correspondência: Inform ation and Correspondence:

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Referências

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