Critérios de análise da Legitimidade
1) Quem pode criar?
2) Como deve ser criado?
3) Sobre o que pode incidir?
4) Quais os condicionantes positivos? 5) Quais os condicionantes negativos? 6) Quais são as regras gerais?
Critérios de Análise da Apuração
1) Que torna o tributo devido? 2) Onde o tributo se torna
devido?
3) Quando ele se torna devido?
4) Quem deve pagar? 5) Quem deve receber?
6) Como se calcula o que deve ser pago?
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS E HIERARQUIA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
LEGALIDADE IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ISONOMIA TRIBUTÁRIA ANTERIORIDADE NÃO CUMULATIVIDADE PROGRESSIVIDADE SELETIVIDADE
REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA
TRIBUTÁRIA
• Hipótese de Incidência Tributária -Descritor
.Critério material .Critério espacial .Critério temporal
CRITÉRIO MATERIAL VERBO POSSUIR/DETER COMPLEMENTO PROPRIEDADE DOMÍNIO ÚTIL POSSE DE IMÓVEL URBANO CRITÉRIO QUANTITATIVO BASE DE CÁLCULO VALOR VENAL (PLANTA GENÉRICA DE VALORES) ALÍQUOTA PROGRESSIVA-ART. 156 §1º, I DIFERENCIADAS LOCALIZAÇÃO E USO-ART. 156, § 1º,II
TRIBUTOS: CONCEITOS, ESPÉCIES E ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
Conceito:
“Art. 3 — Tributo é todo prestação pecuniária compulsória. em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
-
Portanto, tributo é GÊNERO, sendo classificados como IMPOSTOS,TAXAS, CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. Alguns autores incluem também como tributo as contribuições sociais / econômicas
Tributo
IMPOSTOS:
Diz o Artigo 16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa aos contribuintes”.
TAXA:
Está no Artigo 77 do CTN: “as taxas (...) têm como fato gerador o exercício do poder de polícia ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte, ou posto à sua disposição”. Seu parágrafo único completa: “a taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico ao imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA:
Pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária para o contribuinte
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: INSS; PIS; Cofins; CSLL CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS:
Contribuições compulsórias, determinadas por lei, que são arrecadadas não pelo poder público, mas diretamente por entidade beneficiária – CRC (anuidade)
Fonte:
Classificação dos Tributos conforme sua incidência
– Esta classificação seria dividida em tributos sobre a renda, sobre o patrimônio e sobre o consumo.
Sobre a Renda, são considerados os cobrados sobre o produto do capital, do trabalho e da combinação de ambos. Enquadram-se nesta categoria a CSLL e o IR.
Sobre o Patrimônio, são considerados os cobrados sobre o patrimônio das pessoas físicas e jurídicas. Os principais tributos cobrados sobre o patrimônio são o IPTU, o IPVA; e
Sobre o Consumo, são considerados os que incidem sobre a cadeia produtiva. Enquadram-se o IPI, o ICMS, o PIS, o ISS e a Cofins.
Espécies Tributárias por categoria econômica X Competência Tributária dos Entes Federativos
Entes Federativos / Fatos Geradores
União (artigos 153 e 154 CF) Estados (art. 155 CF) Municípios (art. 156) Renda - Renda (IR)
- Contr. Previdenciária
- Contr. ao Seguro de Acidente do Trabalho
- Contr. ao Salário Educação - Contr. ao Sistema S
Patrimônio - Imposto Propriedade territorial Rural (ITR)
- Grandes Fortunas - Contribuição de Melhoria
- Imposto Transmissão Causa Mortis e Doações de Quaisquer Natureza (ITCMD) - Imposto Propriedade Veículos Automotores (IPVA) - Contribuição de Melhoria
- Imposto de Propriedade predial e territorial Urbano (IPTU)
- Imposto de Transmissão de bens Imóveis (ITBI) - Contribuição de Melhoria Atividade Econômica
(consumo)
- Imposto Produtos Industrializados (IPI) *
- Imposto de Operações Financeiras (IOF) *
- Imposto de Importação (II) * - Imposto Exportação (IE) *
- Contr. Social da Seguridade Social (COFINS)
- Programa de Integração Social (PIS) - Contr. Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
- Contr. de Intervenção do Domínio Economico (CIDE)
- Imposto Circulação Mercadorias e Serviços (ICMS)
- Imposto de Serviços de Quaisquer Natureza (ISS)
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DOS TRIBUTOS Fato Gerador:
É o que faz nascer a obrigação tributária, podendo esta obrigação ser principal ou acessória. O CTN define fato gerador, nos artigos 114 e 115.
Contribuinte:
Quem tem relação direta com sujeito ativo e pratica operação ou a lei estabelece responsabilidade de que não tem relação mas participa da operação
Base de Cálculo:
É o valor sobre o qual será aplicada a alíquota para apuração do valor do tributo a pagar.
Alíquota:
É o percentual definido em Lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o valor do tributo que deve ser pago.
– FATO GERADOR
• Instantâneo
– O fato gerador ocorre no momento da transação
– Por exemplo: Pago o ICMS no momento que adquiro determinada mercadoria
• Periódico
– O fato gerador só ocorrerá depois de apurados os valores
– Por exemplo: Só vou pagar o Imposto de Renda depois de fazer a declaração referente ao ano que passou.
• Continuado
– São permanentes
– Por exemplo: IPTU, vou pagar todos os anos enquanto perdurar a propriedade
– Fato gerador é a materialização da hipótese de
incidência.
Obrigação principal e acessória
Principal = pagamento do tributo
A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
Acessória = deveres administrativos, não é pagamento de tributo, mas seu descumprimento gera o pagamento de multa
A obrigação acessória decorrente da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas
ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos
Exemplos: inscrever-se no CNPJ; escriturar
Quem pode criar o ITBI?
Enunciado Constitucional
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Efeitos imediatos A União e os Estados não
podem isentar (isenções heterônomas);
Cada município tem o seu ITBI; Há normas gerais, com especial
destaque para o CTN, para imprimir uniformidade na tributação do ITBI entre os vários entes tributantes.
Como o ITBI deve ser criado?
Diplomas fundamentais do ITBI
Constituição Federal de 1988
Regulamentos municipais
Leis Municipais (Ex. Lei Municipal SP 11.154/91 Código Tributário Nacional
Sobre o que pode incidir o ITBI?
Enunciado Constitucional
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Que torna o ITBI devido?
i) transmissão inter vivos de bens imóveis;
ii) transmissão de bens reais sobre imóveis, exceto
garantia;
iii) cessão de direito à sua aquisição.
Sobre o que pode incidir o ITBI?
Direitos reais (art. 1225, CC) I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso.
Modalidade de transmissão
i. Compra e venda;
ii. Dação em pagamento; iii. Permuta;
iv. Adjudicação v. Arrematação vi. Uso
vii. Usufruto
viii. Direito de superfície; ix. Cessão de direitos do
Sobre o que pode incidir o ITBI?
• Súmula 111 do STF:
É legítima a incidência do Imposto de Transmissão "Inter
Vivos" sobre a restituição, ao antigo proprietário, de imóvel
que deixou de servir à finalidade da sua desapropriação.
• Súmula 326 do STF :
É legítima a incidência do Imposto de Transmissão "Inter
Sobre o que pode incidir o ITBI?
• Súmula STF :
O Imposto de Transmissão "Inter Vivos" não incide sobre a transferência de ações de sociedade imobiliária.
O Imposto de Transmissão "Inter Vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda.
Quais os condicionantes positivos
à criação do ITBI?
Princípios gerais da tributação:
- Legalidade (art. 150, I, CR)
-
Anterioridade (art. 150, III, “b” e “c”, CR)
-
Irretroatividade (art. 150, III, “a”, CR)
- Capacidade contributiva (art. 145, §1º)
- Isonomia (art. 150, I)
Quais os condicionantes negativos
à criação do ITBI?
Imunidades tributárias
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
Quais os condicionantes negativos
à criação do ITBI?
Imunidades tributárias
Súmula 75 do STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o Imposto de Transmissão "Inter Vivos", que é encargo do comprador.
Imunidades tributárias
156 § 2º - O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
Quais os condicionantes
negativos
Atividade preponderante
CTNArt. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
Imunidades tributárias
Art. 184 (...)
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Quais os condicionantes
negativos
Critério Material
Art. 1º O Imposto sobre Transmissão "inter vivos" de bens imóveis e de direitos reais sobre eles tem como fato gerador:
I - a transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso:
a) de bens imóveis, por natureza ou acessão física;
b) de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia e as servidões.
II - a cessão, por ato oneroso, de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
Parágrafo único. O imposto de que trata este artigo refere-se a atos e contratos relativos a imóveis situados no território deste Município.
Lei Municipal SP nº 1.154/91
Art. 156 da Constituição:
II - transmissão "inter vivos", a
qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Que torna o ITBI devido?
Constituição, art. 156:
§ 2º - O imposto previsto no inciso II: (...)
II - compete ao Município da situação do bem.
CTN:
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
OBS: a competência para instituição do ITBI foi atribuída pela CR/88
aos Municípios. Aplicam-se as disposições do CTN, portanto, apenas no que nao forem incompatíveis com a atual Constituição.
Lei Municipal nº 11.154/91:
Art. 12. Ressalvado o disposto nos artigos seguintes, o imposto será pago antes de se efetivar o ato ou contrato sobre o qual incide, se por instrumento público e, no prazo de 10 (dez) dias de sua data, se por instrumento particular.
Súmula do STF:
É legítima a incidência do Imposto de Transmissão "Inter Vivos" sobre o valor do imóvel ao tempo da alienação e não da promessa, na conformidade da legislação local.
MANDADO DE SEGURANÇA – Birigui – ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. Ocorrência do Fato gerador. Momento de registro perante o Registro Imobiliário. Cobrança de Juros, Multa e Correção monetária indevida. Recursos não providos.
(TJSP - Apelação/Reexame Necessário: 00086147420118260077, Rel. Des. Jarbas Gomes, 08/08/2012)
APELAÇÃO CÍVEL – Mandado de Segurança – ITBI – Lei Municipal nº 14.256/06. (…) O fato gerador do ITBI só ocorre com a transferência efetiva da propriedade, com o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Precedentes do STJ. Sentença mantida. Recursos improvidos.
(TJSP - Apelação/Reexame Necessário: 00132352620108260053, Rel. Des. Eutálio Porto, 05/06/2012)
O ITBI pode ser exigido antes do registro da transferência do imóvel?
Critério Pessoal (CTN) Lei Municipal SP nº 1.154/91
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação
tributada, como dispuser a lei.
Art. 6º São contribuintes do imposto: I - os adquirentes dos bens ou direitos transmitidos;
II - os cedentes, nas cessões de direitos decorrentes de compromissos de compra e venda.
III - os transmitentes, nas transmissões exclusivamente de direitos à aquisição de bens imóveis, quando o adquirente tiver como atividade preponderante a compra e venda desses bens ou direitos, a sua
locação ou arrendamento mercantil. IV - os superficiários e os cedentes, nas instituições e nas cessões do direito de superfície.
Quem deve pagar o ITBI?
Constituição, art. 156:
• § 2º - O imposto previsto no inciso II: (...)
II - compete ao Município da situação do bem.
CTN:
• Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
Critério Quantitativo (CTN) Lei Municipal SP nº 1.154/91
Art. 7º Para fins de lançamento do Imposto, a base de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos, assim considerado o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado à vista, em condições normais de mercado. § 1º. Não serão abatidas do valor venal quaisquer dívidas que onerem o imóvel transmitido.
§ 2º. Nas cessões de direitos à
aquisição, o valor ainda não pago pelo cedente será deduzido da base de cálculo.
Arts. 8º, 9º e 10: base e alíquotas
Art. 38. A base de cálculo do
imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado
Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação.
Progressividade do ITBI
Súmula do STF
É
inconstitucional
a
lei
que
estabelece
alíquotas progressivas para o imposto de
transmissão "inter vivos" de bens imóveis
-ITBI com base no valor venal do imóvel.
Diplomas fundamentais do IPTU
Constituição Federal de 1988 Código Tributário Nacional
Leis Municipais Regulamentos municipais Portarias, Resoluções, comunicados, etc.
IPTU
CRITÉRIO MATERIAL
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana
LEI MUNICIPAL DE SP 6989/66
Art. 2º Constitui fato gerador do imposto predial a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel construído, localizado na zona urbana do Município.
COMPETÊNCIA
MUNICÍPIOS E DF ART.156, I DA CF
“Art.156 – compete aos municípios
instituir imposto sobre
I – imposto sobre a propriedade
prediale territorial urbana (...)”
TRIBUTOS ESTADUAIS – IPVA e ITCMD
Competência
CF Art. 155 – Compete aos Estados e Distrito Federal instituir impostos sobre:
II- transmissão causa mortis e doações de quaisquer bens e direitos III – propriedade de veículos automotores
IPVA - ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
CF Art. 146 – Cabe a lei complementar:
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) Definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
Ausência de Lei Complementar instituidora de normas gerais relativas ao IPVA
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO IPVA
Legalidade tributária _ Estado de São Paulo Lei nº 13.296/2008 Anterioridade tributária
Exceção anterioridade nonagesimal Isonomia tributária
Irretroatividade tributária Vedação ao confisco
Progressividade (alíquotas diferenciadas em função do tipo de veículo e utilização)
IPTU E PROGRESSIVIDADE
Duas funções
Fiscal
Progressividade da base de cálculo Instrumento
de política fiscal para realização do princípio da capacidade contributiva Evita a concentração de riqueza imobiliária
Extrafiscal
Função social
Progressividade no tempo
• Capacidade contributiva
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PROGRESSIVIDADE
Obrigatória para impostos pessoais Facultativa para impostos reais
Mínimo isento ou mínimo existencial Aplicável ao IPTU
Vedação do confisco
VEDAÇÃO DO CONFISCO
Art. 150, IV da C.F
Confisco
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO
A razoabilidade da imposiçãoCada caso concreto
Segundo os fins econômicos e sociais de cada imposto Aferição pela alíquota
Razoável
Não pode ser tão pequena a ponto de se tornar insignificante Não pode ser tão grande a ponto de absorver a propriedade
Questão valorativa que será definida segundo as circunstâncias
PROGRESSIVIDADE
CONFISCATÓRIO
IPTU cuja alíquota seja superior a renda que possa ser produzida pelo
IMUNIDADES
Templos de qualquer culto
Instituições de Educação e Assistência social
IMUNIDADES
IMUNIDADE RECÍPROCA
Imóveis pertences às pessoas políticas que formam a federação
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal)
Inclusive aqueles objeto de concessão
O poder concedente outorga o direito de utilização do bem público,
IMUNIDADES
IMUNIDADE RECÍPROCA
Imóveis pertences às pessoas políticas que formam a federação
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal)
Inclusive aqueles objeto de concessão
O poder concedente outorga o direito de utilização do bem
CRITÉRIO MATERIAL
VERBO
POSSUIR/DETER COMPLEMENTO PROPRIEDADE/DOMÍNIO ÚTIL OU POSSE DE IMÓVEL RURAL• COMPETÊNCIA art 153, VI da C.F. Compete à União instituir impostos sobre: (…)
VI - propriedade territorial rural
• NORMAS GERAIS CTN – Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizada fora da zona urbana do Município.
•Lei 9.393 de 19 de dezembro de 1996
“
Art. 1º - O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.”CRITÉRIO ESPACIAL
• Zona Rural
• Art. 1º , § 2º da Lei 9.393 art. 32 - Para os efeitos desta Lei,
considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural do município
CRITÉRIO PESSOAL SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO UNIÃO MUNICÍPIOS- CONVÊNIO (PARAFISCALIDADE) CONTRIBUINTE-PROPRIETÁRIO/ POSSUIDOR RESPONSÁVEL-Art. 5º. É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a qualquer título, nos termos dos Arts. 128 a 133 do CTN
• Base de Cálculo + Alíquota • BASE DE CÁLCULO
• Art. 30 do CTN “A base de cálculo é o valor fundiário”. “Considera-se valor fundiário o valor da terra nua,
declarado pelo proprietário e não impugnado pela repartição ou por fiscal ou por esta determinado, através de avaliação cadastral.”
Alíquotas progressivas
Art. 153, § 4º, I, da C.F.
“O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; “
– não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel
•Art. 191.
– Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
•Art. 2º da Lei 9.393
– Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
•
IMUNIDADE
S
Art. 153, § 4º, II, da C.F.
Regra-matriz de incidência tributária do IPVA
Antecedente da norma
Critério material – ser proprietário de veículo automotor
Critério espacial – território do Estado do licenciamento do veículo automotor / domicílio do proprietário
Critério temporal – 1º de janeiro de cada ano
Consequente da norma
Critério pessoal – sujeito ativo – Estado do licenciamento do veículo automotor/ domicílio do proprietário
Sujeito passivo – proprietário/possuidor do veículo
Critério quantitativo – Base de cálculo – valor venal do veículo – Tabela Alíquota – de 1,5% a 4% em SP
Outros aspectos relevantes
Repartição de receitas – rateio de 50% para o Estado e 50% para o Município onde for feito o licenciamento do veículo – art. 158, III da CF
Isenções – para veículos utilizados em atividade de interesse socioeconômico específico (agroindústria, transporte público de passageiros)
Art. 94 da Lei Estadual : é isento de IPVA a propriedade dos seguintes veículos:
IV - fabricado especialmente para uso de deficiente físico ou para finalidade limitada a isenção de 1 veículo por
Questões polêmicas
1) Definição de veículo automotor: Veículos terrestres
Embarcações e aeronaves Taxa Rodoviária Única
2) O IPVA sobre aeronave
Na visão do STF, caberia à União legislar sobre direito aeronáutico e
marítimo
3) O princípio da isonomia tributária
Vedação de tributação com alíquotas diferenciadas em razão da procedência
Questões polêmicas
Lei Estadual Paraná
Art. 2º ..§ 5º - Em relação ao veículo automotor registrado ou matriculado inscrito neste Estado, independente do local ou domicílio do proprietário Lei Estadual Tocantis
Art. 69 – O imposto sobre a propriedade de veículos automotores incide sobre a propriedade de veículo automotor aéreo, aquático ou terrestre, quaisquer que sejam as suas espécies, ainda que o proprietário seja domiciliado no exterior.
ITCMD/ICD/ITCD
Imposto previsto pela CF; Art. 155, I.
Competência dos Estados e do Distrito Federal.
Envolve transmissão de bens.
Breve definição
Incide sobre a transmissão de qualquer direito, bem móvel ou imóvel, havido por sucessão legítima ou
testamentária e por doação. Neste último caso, derivado de ato não-oneroso.
Ex.: Imóveis, veículos, ações, aplicação financeira, direitos autorais, depósito bancário.
Transmissão, não onerosa, de bens imóveis, móveis ou direitos, em decorrência de morte ou doação.
Elemento Espacial
Bens imóveis e respectivos direitos: o Estado onde o bem se encontra.
Bens móveis, títulos e créditos: o Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador.
Elemento Temporal
Momento da transmissão ou como estabelecer a lei ordinária estadual competente.
O art. 155, I, da CF estabelece ser de
competência dos Estados e do Distrito
Federal a instituição do ITCMD
Sujeito Passivo
Herdeiro
ou
legatário
(transmissões
causa mortis);
Qualquer das partes adstritas a doação
(doador ou donatário), na forma de lei.
O lançamento desse imposto é feito, em princípio, por declaração.
Às entidades tributantes cabe estabelecer o procedimento a ser adotado em cada caso.
Função
Pode ser:
Fiscal: gerar recursos financeiros para os cofres públicos
Extrafiscal: consiste em desestimular o acúmulo de
riqueza, ou em outras palavras, desestimular a
Base de Cálculo
Será o valor venal dos bens ou dos direitos
transmitidos e da doação. Ou seja, o valor de
mercado.
O cálculo é feito sobre o valor dos bens na data da
avaliação, observada a alíquota vigente na data da
abertura da sucessão.
O imposto não é exigido antes da homologação do
cálculo.
Alíquotas
As alíquotas do ITCMD são fixadas livremente
pelos Estados, respeitado o máximo fixado pelo
Senado Federal por meio da Resolução n. 9/92
em 8%.
Período do óbito Alíquota Legislação
Até 1982 2% Lei nº 5.953 de 29/12/1966, Dec.
Estadual nº 3.366, de 30/12/1974, Dec. Estadual nº 5.698, de 13/03/1979
De 1983 até 1996 4% Dec. Estadual nº 8.432, de 18/02/1982, Dec. Estadual nº 12.255 de 09/03/1987, Lei nº 10.260, de 27/01/1989
De 1997 a 2000 TABELA PROGRESSIVA Lei nº 11.413, de 20/12/1996
Período do FATO GERADOR Alíquota Legislação De 1983 até 1988 4% Lei e Decreto Estadual
De 1997 a 2000 TABELA
PROGRESSIVA
Lei
De 2001 até 30 de março de 2008 5% Lei e alterações A partir de 01 de abril de 2008 2% Lei e alterações
TABELA PROGRESSIVA
Valor Total Dos Bens
Parentesco 1º 2º ou 3º
Até R$ 16.650,00 4% 6%
De R$ 16.651,00 a R$ 82350,00 6% 8% Maior que R$ 82.351, 00 8% 8%
Para a transmissão de bens ou direitos em razão de DOAÇÃO: a alíquota é a vigente na data da doação.
Das Não-Incidência/Isenções
Art. 2º, inciso I do Decreto Estadual nº 35.985 /10
a) à União, aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios; b) aos templos de qualquer culto;
c) aos partidos políticos, inclusive suas fundações;
d) às entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos;
Art. 3, incisos de I a XVIII do Decreto Estadual nº 35.985 /10 e Lei 14.298 de 6 de maio de 2011 I - bem móvel ou direito que componham parcela de quinhão de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
IX - bem imóvel doado pelo Poder Público à população de baixa renda, condição esta que deverá ser explicitada no instrumento de doação;
XV . terreno doado a pessoa jurídica de direito privado, para fim de instalação de unidades industriais, centrais de distribuição ou outros empreendimentos, cujas atividades sejam voltadas para o desenvolvimento econômico da região: (NR)
a) por Município deste Estado, observado o disposto no § 4º; (REN)
b) a partir de 1º de abril de 2011, pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco . AD/Diper; (ACR)
o Conceito
É um imposto de competência dos Municípios, que incide sobre operações de transmissão de bens imóveis entre vivos (“Inter Vivos”).
o Fato gerador
É a transmissão, a título oneroso, de propriedade,
domínio útil, direitos reais (com exceção das garantias)
sobre os bens imóveis.
Imposto Incidência Competência Base de Cálculo
ITCMD – “Causa Mortis
e Doação”
Transmissão de bens móveis ou imóveis de caráter não onerosa( doação)
Estado onde se localiza o bem transmitido Valor de mercado do bem transmitido ITBI – “InterVivos”
Transmissão de bens imóveis de caráter onerosa ( contrato de compra/venda) Município de localização do bem transmitido Valor de mercado do bem transmitido
O PRINCÍPIO BÁSICO É: O CONTRIBUINTE TEM DIREITO
DE ESTRUTURAR O SEU NEGÓCIO DA MANEIRA
QUE MELHOR LHE CONVIER, PROCURANDO A
DIMINUIÇÃO DOS CUSTOS DE SEU EMPREENDIMENTO,
INCLUSIVE DOS TRIBUTOS.
SE A FORMA ADOTADA É LÍCITA, A FAZENDA
PÚBLICA DEVE RESPEITÁ-LA.
UMA EFICIENTE ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, VAI DEMANDAR, PRINCIPALMENTE:
CONHECIMENTO E ACOMPANHAMENTO SISTEMÁTICO DA LEGISLAÇÃO QUE ENVOLVE OS NEGÓCIOS DA EMPRESA
SATISFATÓRIO CONHECIMENTO DE CONTABILIDADE
AMPLO CONHECIMENTO DOS NEGÓCIOS DA EMPRESA, SUAS CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS PECULIARIDADES
CONTÍNUO EXERCÍCIO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, VISANDO IDENTIFICAR A OPORTUNIDADE IDEAL PARA SUA APLICAÇÃO.
FINALIDADES DO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO ...
EVITAR A OCORRÊNCIA DO FATO
GERADOR DO TRIBUTO.
REDUZIR O MONTANTE DO TRIBUTO, ATRAVÉS DA
REDUÇÃO DA ALÍQUOTA
INCIDENTE OU DA BASE DE CÁLCULO
.
POSTERGAR O PAGAMENTO DO TRIBUTO, À LUZ DAS
DISPOSIÇÕES LEGAIS.
SONEGAÇÃO FISCAL
UTILIZAR PROCEDIMENTOS, CONSCIENTEMENTE OU NÃO, QUE VIOLEM DIRETAMENTE LEI OU REGULAMENTO FISCAL.
ELISÃO FISCAL
O CONTRIBUINTE TEM O DIREITO DE RECORRER AOS SEUS PROCEDIMENTOS PREFERIDOS, AUTORIZADOS OU NÃO
PROIBIDOS PELA LEI, MESMO QUANDO ESTE COMPORTAMENTO PREJUDICA O TESOURO.