DEMIN/EM/UFOP
MIN 746
Estabilidade de Escavações
Subterrâneas
Prof. José Margarida da Silva
junho/2010
Sumário
• Geomecânica
• Mecânica das Rochas
• Definições e terminologia
• Tensões em maciços rochosos
• Impactos das escavações subterrâneas
• Suportes naturais e artificiais
• Monitoramento
• Seleção de suporte
Introdução:
Geomecânica
• Estuda o comportamento de todos os
materiais presentes na crosta terrestre.
• Mecânica das Rochas
: estuda o
comportamento dos maciços rochosos em
relação a forças externas; na mineração:
escavações.
• Mecânica dos Solos, Geologia de
Engenharia,...
Introdução
Trabalhos em minas subterrâneas - grandes aspectos de segurança:
• segurança estrutural (técnica) das aberturas, envolvendo tetos, pisos, paredes e pilares;
• segurança ambiental, que se refere à criação e manutenção de um ambiente de trabalho
confortável e adequado à execução das tarefas pertinentes ao empreendimento.
• A preocupação ambiental, em sentido amplo, inclui a preocupação com a segurança.
Princípios éticos fundamentais
• Segurança,
• Economia,
Mecânica de Rochas
• A Mecânica de Rochas está relacionada com as propriedades mecânicas e o comportamento
das rochas, isto é, como a rocha responde quando sujeita a um campo de forças.
• Este campo pode ser induzido pela escavação de uma abertura produzida por meios
mecânicos.
• Isto é de fundamental importância em
mineração porque a rocha é o principal material de construção e também o principal produto do processo de escavação.
Mecânica de Rochas
• Engenharia de Minas: interessada no comportamento mecânico do maciço rochoso quando se realizam
escavações no mesmo, isto é, parte deste é aliviado.
• Engenharia Civil: interessada nas modificações que se introduzem quando o maciço é carregado pela presença de uma barragem, edifício etc.
• Esses problemas quase opostos podem ser equacionados conforme:
• quais as tensões atuantes no maciço original?
• quais as alterações das tensões introduzidas pela escavação ou obra?
Mecânica de Rochas
• A rocha constitui um caso particular de material de engenharia.
• Nas construções com materiais artificiais, a
resistência dos materiais é composta em função das necessidades de resistência aos esforços que lhe serão aplicados.
• Já na rocha, a resistência lhe é intrínseca e as tensões existem independentemente de outras cargas externas que lhe sejam aplicadas.
• Diante desta limitação e mais os custos
proibitivos em que incorreria obter-se um projeto de construção pronto na prancheta, existirão
fases de projeto, e mesmo de produção, que
Mecânica das Rochas
Estabilidade das escavações subterrâneas: • se os maciços rochosos têm determinadas
características de resistência;
• se as aberturas possuem certas formas
geométricas e não excedem determinadas dimensões.
Mesmo em tais casos, deve ser considerado: • a expansão da rocha no sentido dos vazios,
• devido às respectivas características reológicas, as deformações correspondentes
Mecânica das Rochas
• Ações de suportes artificiais e de revestimentos das cavidades podem ser muito variadas,
dependendo dos tipos de solicitações que sobre eles exercem os terrenos.
Solicitações:
• que resultam de simples ações de peso do material descomprimido, correspondente às zonas aliviadas de tensões da vizinhança dos vazios – em geral, susceptíveis de serem
controladas,
• que provêm diretamente dos campos de
tensões instalados - controladas, em regra,
quando os campos de tensões, instalados nos terrenos antes da abertura das cavidades, têm intensidades reduzidas.
Mecânica das Rochas
• Indispensável conhecimento do intervalo
de tempo
durante o qual se pretende que
escoramentos ou revestimentos exerçam
convenientemente suas funções.
• Desse tempo depende, geralmente, a
importância da deformação dos terrenos
a
que se aplicam e, portanto,a intensidade
máxima das reações que têm de suportar.
Definições; terminologia
• “escoramento” ou
“sustentação”
-engloba uma série de técnicas que utilizam elementos de madeira, metálicos ou de concreto (armado ou não), destinados a aumentar a segurança de cavidades.
Definições; terminologia
Sistemas de escoramentos:
• desde simples elementos isolados (destinados a segurar blocos
individualizados) até
revestimentos completos da
periferia dos vazios (se a rocha que os circunda é pouco coerente ou se encontra muito fraturada).
• Rock support: elementos externos;
• rock reinforcement: elementos internos.
Terminologia
Estrutura
todo arranjo espacial de elementos físicos, compostos de qualquer material, capaz de
resistir a esforços solicitantes em um horizonte previsto de tempo, com um dado fator de
segurança e sofrendo deformação entre limites pré-determinados;
Terminologia
Dimensionamento de uma estrutura:
definição das dimensões elementos que a
compõem, para que possam resistir aos
esforços solicitantes, conhecendo-se:
• os valores destes esforços,
• os limites aceitáveis de deformação,
• o tempo
previsto de
sua utilização,
• o fator de segurança desejado ou
Tensões em maciços rochosos
• Maciço rochoso
: rocha + descontinuidades
+ água.
Tensão:
• relacionada à tendência de deslocamento
relativo das partículas de um corpo, em
função de solicitações externas;
• grandeza que
depende do plano
considerado
;
Tensões
• Maciços rochosos
: comportam-se como
descontínuos; meios anelásticos.
• Müller (1963): redução de até 1/30 na
resistência da rocha devido à existência
de planos de fraqueza.
Estado de tensões
• O estado de tensões no interior de um
maciço rochoso varia, geralmente, de
ponto a ponto: valor e direção das
componentes principais que o definem.
• maciço virgem
: não está submetido
somente a esforços verticais, mas a um
sistema triaxial de tensões.
• antes de ser escavado: tensões naturais
ou tensões “in situ”.
Tensões induzidas
• Escavação: ocorre modificação no estado natural de tensões, com redistribuição de tensões no maciço circunvizinho (tensões induzidas) .
• Limite: “arco de pressão”.
• Ruptura: no caso geral, devida a esforços de flexão ou de cisalhamento, porque a resistência da rocha a estes tipos de solicitação é muito menor do que à
Tensões em maciços
• Maciço regular e homogêneo: pode ser adaptado a
modelo clássico da Mecânica de Rochas (fornece, pelo menos, o sentido e a ordem de grandeza dos
fenômenos); o mais simples é o modelo elástico. • Rocha não homogênea: pode se tentar assimilar o
maciço rochoso a um outro modelo teórico (plástico, elasto-plástico etc).
Regra de Heim
• Heim, em 1912: maciços rochosos seriam
incapazes de suportar grandes diferenças de tensões.
• Associando-se aos efeitos de deformação
dependentes do tempo, levaria a um campo de tensões naturais, onde as componentes vertical e lateral tenderiam a se igualar (campo uniforme de tensões), ao longo do tempo geológico.
• Hoek & Brown (1980): sugestão de Heim é aplicável a rochas incompetentes, como é o caso de carvão e evaporitos.
Impactos ambientais
Impactos ambientais da lavra subterrânea:
• impactos no depósito mineral e rochas encaixantes,
• impactos nas escavações no subsolo, • impactos na superfície do terreno.
• impactos lavra subterrânea-drenagem ácida, subsidência, rock bursts.
Drenagem Ácida
Lavra de materiais sulfetados - pode
ocasionar
formação de águas ácidas,
pela oxidação dos sulfetos
; estas
águas
devem
ser
tratadas
e
neutralizadas (aumento do pH),
antes de serem lançadas ao meio
ambiente.
Uma das formas de mitigação:
produção de ácido sulfúrico.
Subsidência
• Subsidência: conjunto de movimentos
descendentes do maciço rochoso, dependente do tempo, em direção ao centro de uma
abertura subterrânea;
• deve-se principalmente à tendência das rochas de preencherem os vazios criados pelas
aberturas, principalmente após o seu colapso. • É um problema potencial que, não controlado,
pode levar a um dano superficial de grande escala.
Subsidência
• Para que ocorra subsidência na superfície, é necessário que determinadas dimensões
críticas das aberturas subterrâneas sejam ultrapassadas;
• A região afetada pode ser esquematicamente relacionada a um tronco de cone invertido que se alarga do interior do maciço rochoso para a superfície.
• A forma na superfície é geralmente uma elípse, com eixo maior paralelo à direção do avanço da lavra.
a = ângulo de máxima influência
Perfil de subsidência
A profundidade e a extensão da bacia desubsidência dependem:
• da potência e do mergulho do corpo lavrado, • da profundidade e das dimensões da
escavação,
• dos tipos de suporte empregados,
• da velocidade de avanço das frentes de lavra, • do tempo,
• do condicionamento geológico presente no maciço rochoso.
Subsidência máxima
e Largura crítica
Peng (1992) relaciona a subsidência máxima (S), a
potência do corpo (m), o fator de subsidência (a) e o ângulo da direção da abertura com a horizontal (a):
S = a m cos a
Se cos a = 1 ---S = a m
Largura crítica:
wc = 1,4 h
Mina de Kiruna (Suécia)
Sismicidade em minas
Dos 5 tipos de atividade humana que podem afetar a sismicidade, três estão ligados à mineração: explosão subterrânea, lavra de pedreiras, extração de líquidos (obsis.unb.br, 2009).
Algumas minas começaram a enfrentar este problema, realizando trabalhos de
Rock bursts
• À medida que as escavações subterrâneas atingem determinadas dimensões críticas, as
intensidades dos novos campos de tensões que se instalam nos seus contornos podem exceder os limites de resistência da rocha, levando o
maciço à cedência ou ruptura, do que resultarão
deformações locais e a correspondente dissipação das mesmas.
• Fenômenos semelhantes a céu aberto
(Pomeroy et al, 1976; Cook, 1976;Silveira, 1987)
Caracterização do fenômeno
• Quando a dissipação (liberação) de energiaarmazenada num maciço rochoso se processa
de maneira relativamente rápida e violenta, o fenômeno é designado, genericamente, por “explosão de rocha”.
• Este fenômeno se caracteriza pela influência acentuada de ações de corte e ocorre, quando da abertura de escavações subterrâneas.
Efeito de “escorva”
O “efeito de escorva” pode se originar através de: • ondas de choque decorrentes de detonação de
explosivos;
• elevação de temperatura das rochas; • presença de água;
• ruptura de um suporte; • explosão de gases;
• execução de uma abertura;
• as próprias ondas de uma outra explosão de rocha.
Projeto de suporte
Escolha do suporte
fatores fundamentais:
• custo,
• comportamento do subsolo,
• método de lavra a ser empregado.
O principal objetivo no projeto de um suportesubterrâneo é ajudar o maciço a se auto-suportar.
Classificação de estruturas
Suporte: conjunto de elementos resistentes que se empregam para controlar a deformabilidade e
contrariar os fenômenos de ruptura localizada em aberturas subterrâneas.
• provisórios ou definitivos; • contínuos ou descontínuos;
• compressíveis ou praticamente indeformáveis (rígidos).
Exemplos de suportes descontínuos: pilares naturais,
esteios, pilhas, quadros,
Revestimentos
Revestimento: obra de recobrimento de zonas mais ou menos extensas da periferia das
escavações, com finalidade de impedir o
desprendimento de pequenos blocos de rocha e de regularizar e mesmo impermeabilizar os seus contornos.
Exemplos de suportes contínuos: revestimento contínuo de galeria em maciço fraturado por concreto projetado ou pré-moldados de
concreto armado; pranchões de madeira (entre quadros ou arcos); concreto projetado e tela
(associados a tirantes); quadros justapostos; chapas unindo quadros, com a estrutura
resultante exercendo em alguns casos funções de suporte e revestimento.
Tratamento ou reforço
Tratamento ou reforço: técnica de consolidação do maciço rochoso pela melhoria de sua:
• resistência,
• deformabilidade
• e/ou impermeabilidade.
Exemplos: Injeções, congelamento de terrenos e, para alguns, as ancoragens.
Últimas décadas: aperfeiçoamento das
ancoragens, substituição progressiva da madeira e outras técnicas ou materiais;
aparecimento dos cartuchos, “cable bolt” e
associação de concreto reforçado, parafuso e telas.
Dimensionamento
de pilares e das câmaras (Hoek e Brown, 1980)
Tirante expansivo Swellex
• Características: ancoragem interna, mecânica, coluna total, ativa;
• Vantagens: alta capacidade de ancoragem,
rapidez e simplicidade de instalação, dá suporte imediatamente após a instalação, provê alguma protensão;
• Desvantagens: requer dispositivos para
instalação, a corrosão é crítica, custo relativo elevado;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem –
13tf; diâmetro do tubo- 26mm; diâmetro do furo – 33 a 39mm; comprimento- 1,5 a 8m, pressão da água – 300bar (~ 306kgf/cm2).
Parafuso expansivo Hydrabolt
• Características: ancoragem interna, mecânica, coluna total, ativa;
• Vantagens: média capacidade de ancoragem, instalação é feita com equipamento próprio da mina, ganhando-se em rapidez;
• Desvantagens: corrosão é crítica, menor faixa de comprimentos disponíveis;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem – 7 a 11tf; diâmetro da haste – 16, 17,19,21,25mm; diâmetro do furo – 33 a 39mm;
Cavilha Split-set
• Características: ancoragem interna, mecânica, coluna total, passiva;
• Vantagens: simplicidade e facilidade de
instalação, dá suporte imediatamente após a instalação;
• Desvantagens: baixa capacidade de
ancoragem, não provê protensão, diâmetro do furo é crítico, a corrosão é crítica, custo relativo elevado;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem – 3,8 a 5,5tf; diâmetro do tubo – 32 a 41mm; diâmetro do furo – 33 a 39mm; comprimento-0,4 a 3,6m.
Tirante com cimento
• Características: ancoragem interna, química, coluna total, passiva;
• Vantagens: custo moderado (equivale ao
split-set), alta capacidade de ancoragem,
simplicidade de instalação, não há perda de protensão com vibrações de detonações, alta resistência à corrosão, facilidade de
preparação da barra, não exige rigor no diâmetro do furo;
• Desvantagens: tempo de cura maior que 2h, necessidade de armazenagem adequada, tempo de estocagem limitado;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem – acima de 14tf; diâmetro da haste – a partir de 13mm; diâmetro do furo – 32 a 38mm;
Tirante com resina
• Características: ancoragem interna, química, coluna total, ativa ou passiva;
• Vantagens: flexibilidade, alta capacidade de ancoragem, não há perda de protensão com vibrações de detonações, alta resistência à corrosão, suporte imediato (PUR/PR);
• Desvantagens: custo relativo alto, requer
treinamento prévio de mão-de-obra, necessita de armazenagem adequada, tempo de
estocagem limitado;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem – acima de 17tf; diâmetro da haste – 17 a 25mm; diâmetro do furo – 26 a 34mm, comprimento – variável; pegas: PUR, PR, PM, PL.
Cable bolt
• Características: ancoragem interna, química, coluna total, passiva ou ativa;
• Vantagens: custo baixo, alta capacidade de ancoragem, elevada resistência à corrosão, variedade de
comprimento, de altura da escavação, do tipo de escavação – temporária ou permanente;
• Desvantagens: tempo de cura 24h, tensionamento não é simples;
• Dados técnicos: capacidade de ancoragem – acima de 17tf; diâmetro do cabo – ¾” a 5/8”; diâmetro do furo – 40 a 45mm; comprimento - variável.
Aplicação de cable bolt prévio à lavra - a colocação em alargamentos de corte e enchimento na Mina Campbell (Borchier e outros, 1992 apud Hoek e outros, 1995).
Classificações geomecânicas
• De uma forma geral, dão, em função da classe definida para o maciço, a partir de determinados parâmetros, indicativos do vão máximo sem suporte, do tempo de auto suporte e da estrutura mais adequada de
sustentação.
• O objetivo é processar informação sobre propriedades do material rochoso, características de descontinuidades e geometria de escavação para obter valores
representativos que propiciem uma base racional para decisões acerca da engenharia de rochas.
• Os sistemas mais utilizados são o RMR - Rock Mass Rating, proposto por Bieniawski (1973) e o Q,
desenvolvido por Barton e outros (1974).
• Bieniawski (1989): descrição detalhada de outros sistemas de classificação de maciços rochosos. • Modificações posteriores e adaptações locais.
DIMENSIONAMENTO DE SUPORTES
• O DIMENSIONAMENTO DE SUPORTES EM MINAS NAO TEM MERECIDO O DESENVOLVIMENTO
TEORICO E PRATICO DESEJAVEL EM MUITAS ABORDAGENS CORRENTES DA MECANICA DE ROCHAS.
• SEUS PRINCIPIOS DE DIMENSIONAMENTO E
ESCOLHA ESTAO, NAO RARAMENTE, CONTIDOS EM MANUAIS OU PROGRAMAS FECHADOS DE COMPUTACAO QUE SAO, MUITAS VEZES,
CONSULTADOS SEM OS NECESSARIOS CRITERIOS
TEORICOS QUE DEVEM BALIZAR A DECISAO
Abordagens de dimensionamento
• Tempo de auto suporte (Barton);
• Malha de tirantes e cabos e comprimento
- Mathews – Potvin;
Conceitos
O que pode ser monitorado numa mina subterrânea: • ruptura da rocha no contorno da escavação;
• movimento ao longo de uma descontinuidade;
• deslocamento relativo entre dois pontos no contorno da escavação (convergência);
• deslocamentos no interior do maciço, fora do contorno da escavação;
• deslocamentos da superfície (subsidência); • mudança da inclinação de um furo (desvio); • nível de água, pressões neutras;
• mudanças (variações) de tensões (num pilar, por exemplo);
• pressões normais e de água no enchimento; • deformação do material de enchimento;
Monitoramento
• Estudo de Caso - Mina Caraíba, Jaguarari (BA), cobre
• destress blasting: alterações nos padrões de furação, nos arranjos de furos, nos explosivos,
carregamento e detalhes do desmonte, que implica transferência de carga para pilares adjacentes (De la Vergne, 2000).
• Monitoramento microsísmico (Andrade et al, 2003) - teve, entre 500 e 800m, tensões da mesma
grandeza de outras minas subterrâneas, com profundidades entre 1.500 e 2.000m. Surgiram desplacamentos.
Estudo de Caso - Caraíba
• Após estudos, foram implementadasmodificações no método de lavra,
monitoramento microsísmico de superfície e de subsolo.
Introdução de:
• enchimento (pastefill),
• monitoramento topográfico a laser,
• aumento da mecanização e automação das operações.
• Primeiros três meses – 2.237 eventos diversos; • Desde a implantação - observados 2 eventos na
escala 2 ou 3 por ano, com lançamento de material.
Subsidência (aluimento)
Fato essencial: qualquer ponto na
superfície pode continuar a subsidir por um tempo ao longo da extração dentro de uma área crítica abaixo deste ponto. Além da “subsidência ativa”, pode haver
uma subsidência algo dependente do tempo, devido a fenômenos como a consolidação ou o comportamento visco-elástico dos estratos, que
continuam a existir depois de o ponto não estar tão distante da zona de
influência da face escavada (“subsidência residual”).
Há de se prever então um monitoramento
Arrancamento (Pull test)
• medição da resistência da ancoragem, através de teste no qual o deslocamento do dispositivo de ancoragem é medido como função da carga aplicada aotirante, o que resulta na obtenção de uma curva carga –
Extensometria
• medição do deslocamento relativo entre um ponto no interior do maciço e um ponto no perímetro escavado; • aplicação de extensômetros simples ou múltiplos.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brady e Brown. Rock Mechanics for Underground Mining. 2004. Bise. Mining Engineering Analysis, p. 82-86. 2003.
Bieniawski, Z. T. Design Methodology in Rock Engineering. Balkema. 1992. Hoek, E. & Brown, E. T. 1980. Underground Excavations in Rock. p.112
-200.
Hoek et al. Support of Underground Excavations in Hard Rock, cap. 10. 1995.
Hudson e Harrison. Engineering Rock Mechanics. Pergamon. 2007.
Silveira, T. 1987. Técnicas de Sustentação em Minas Subterrâneas. UFOP. Villaescusa e Potvin. Ground Support in Mining & Underground
Construction.Balkema. 2004.