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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A LOGÍSTICA REVERSA COMO FORMA DE MINIMIZAR O IMPACTO AMBIENTAL ANA PAULA DE OLIVEIRA VIEIRA

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A LOGÍSTICA REVERSA COMO FORMA DE MINIMIZAR O IMPACTO AMBIENTAL

ANA PAULA DE OLIVEIRA VIEIRA

ORIENTADOR : JORGE TADEU RIO DE JANEIRO

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SUMÁRIO

1. Introdução...4

2.Metodologia...5

3. Fundamentação Teórica...6

3.1 A importância da logística reversa...8

3.2 Alguns fatores para aplicação da logística reversa...10

3.3 Logística reversa: objetivos econômicos e ambientais...12

3.4 O processo de logística reversa e o conceito do ciclo da vida...14

3.5 Caracterização da logística reversa...16

4. PRM – Administração da recuperação dos produtos...20

5. Logística reversa no Brasil ...22

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1. INTRODUÇÃO

Pode-se definir logística como a função sistêmica de otimização do fluxo de materiais, informações e recursos de uma organização que integra duas ou mais atividades gerenciais e operacionais, planejando, implementando e controlando o fluxo eficiente de materiais, informações e recursos, do ponto de origem ao ponto de destino, com o princípio de adequá-los às necessidades dos fornecedores e clientes (NHAN, 2002). Tradicionalmente a logística é tratada como um fluxo unidirecional, desde a aquisição da matéria-prima até o consumidor final. Nos últimos anos, entretanto, aumentou expressivamente as atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e embalagens. Fabricantes de bebidas que têm que gerenciar o retorno das garrafas, siderúrgicas que utilizam como insumo de produção a sucata gerada por clientes, indústrias de latas de alumínio que fazem uso de matéria-prima reciclada e, mais recentemente, indústrias de eletrônicos, varejo e automobilística que passaram a lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devolução de clientes ou reaproveitamento de materiais para produção, são exemplos de empresas que passaram a ter necessidade de gerenciar o fluxo do ponto de consumo até o ponto de origem (LACERDA, 2002). Esse fluxo logístico inverso, ou seja, a logística de trás para frente, é denominado Logística Reversa.

A importância da Logística Reversa pode ser dimensionada pelo exemplo dos Estados Unidos onde estima-se que os custos logísticos totais representem 10,7% do PIB, sendo a Logística Reversa responsável por 3 a 4%. Para alguns setores como o de distribuição de livros e CDs,a taxa de retorno de mercadorias chega a patamares entre 20 e 30%, fazendo com que a Logística Reversa se transforme em uma questão de sobrevivência para essas empresas (SARIAN, 2003).

Questões ambientais, comerciais e econômicas, necessidade de redução de custos e o aumento da concorrência fazendo com que as empresas invistam na diferenciação dos serviços, são fatores que têm pressionado as empresas a cada vez mais adotarem a Logística Reversa. Conforme Sarian (2003) vários aspectos da Logística Reversa relativos à Logística Reversa podem ainda ser considerados como tendências existindo um vasto campo a ser explorado no Brasil.

Efetivamente no país não existe nenhuma legislação que abranja a questão da Logística Reversa, sendo este um processo em difusão. O que existe são algumas Resoluções que são utilizadas como, por exemplo, a Conama nº. 258 de 26/08/99, que estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas desta Resolução. Esse tipo de instrumento legal acaba praticamente obrigando as empresas à sustentarem políticas de Logística Reversa (BARBIERI e DIAS apud BARBOSA, 2003).

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A investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica em livros, monografias, artigos de revistas e internet.

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A logística reversa é o processo de planejamento, implementação, e o controle eficiente do fluxo da matéria-prima, estoque em giro e de produto acabado e seu fluxo de informação desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o intuito de reutilizar ou refugar (Rogers,1998). Pode também significar o processo pelo qual as empresas podem se tornar ambientalmente mais eficientes através da reciclagem, reuso e redução os materiais utilizados

(Carter e Ellram, 1998).

Stock (1998) também a define como o termo mais usado para as atividades de logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparo e remanufatura de produtos nas atividades de aquisição, transporte, estocagem e movimentação.

Para Radrigán (2000), a logística reversa é a logística inversa ou simplesmente a gestão de devoluções, intitulando-a como um elo fundamental, porém ainda desconhecido. As atividades envolvidas na logística reversa podem ser definidas de acordo com três áreas críticas:

- O motivo do retorno (devolução ou desistência); - A origem do retorno (cliente final ou empresa), e; - O tipo de material retornado (produto ou embalagem).

As atividades mais comuns na logística reversa, segundo Rogers (1999) são: - Retorno ao vendedor;

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- Liquidação; - Recuperação; - Recondicionamento; - Refugo; - Reforma; - Reciclagem; - Reutilização; - Descarte;

Para tratar todas as atividades de logística reversa, Fleischamm et al. 2000 destacou os seguintes processos:

A.Coleta

A coleta abrange todas as atividades necessárias para o recolhimento de um produtousado. Em geral inclui a compra, transporte e estocagem dos materiais recolhidos. Em alguns casos existe a imposição legal para a coleta de produtos, como por exemplo, as embalagens na Alemanha ou os produtos eletro-eletrônicos na Holanda.

B. Inspeção/Separação

Esta fase determina se o produto pode realmente ser reutilizado e qual será o processo

para isto. Evidentemente se o produto não for reaproveitado indicará também qual será a sua melhor disposição final. As atividades incluem a desmontagem/desmanche, teste, separação e armazenagem.

C. Reprocessamento

Consiste na transformação de um produto usado de diversas formas incluindo a reciclagem, reparação e remanufatura transformando-o em um item reutilizável. Pode também envolver as atividades de limpeza, substituição ou remontagem.

D. Disposição Final

A disposição final é necessária quando um produto não pode ser reutilizado seja por motivos técnicos seja por motivos econômicos. No processo de triagem podem ser identificados itens que necessitariam de uma quantidade excessiva de reparos, produtos com pouco potencial de vendas, obsoletos ou produtos perigosos.

E. Redistribuição

Esta fase é a responsável por direcionar o produto a um mercado potencial e entrega-lo fisicamente aos seus novos consumidores. As atividades envolvem as vendas, transportes e armazenagem.

O reaproveitamento de produtos descartados será então realizado com a construção de um modelo de logística reversa, mas para isto devem ser considerados os aspectos econômicos e ambientais.

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O avanço tecnológico acelerou a introdução de novos produtos no mercado, levando a maiores condições de consumo e ao crescimento do descarte de produtos usados, aumentando o lixo urbano, principalmente em países com menor desenvolvimento econômico e social. Isto ocorre porque os canais reversos de distribuição, normalmente, não estão estruturados, havendo desequilíbrio entre as quantidades de material descartado e reaproveitado. Como exemplo, pode-se citar o Brasil, onde a coleta seletiva do lixo urbano não é prática comum, dificultando o estabelecimento de um canal de distribuição reverso, porque produtos recicláveis, como as embalagens de PET, vidro, papelão, são descartados junto a quaisquer outros tipos de lixo, inviabilizando parte destes produtos para reaproveitamento. Os produtos descartados no meio ambiente trazem o que denomina-se poluição, fato gerador dos custos para a sociedade em termos de gastos para destinação final e, para as empresas como custo da repercussão negativa em sua imagem corporativa. Mas, para LEITE (2003), em uma análise mais profunda, revela um custo que ultrapassa essas duas dimensões: os custos ecológicos, gerados pelo impacto dos produtos no meio ambiente. O autor discorre sobre a revalorização ecológica dos bens de pós-consumo, como “a eliminação ou a mitigação desse somatório de custos dos impactos no meio ambiente provocados pela ação nociva de produtos perigosos à vida humana ou pelos excessos desses bens”. De modo que se agrega valor ecológico ao bem em fim de vida, através da logística reversa, no intuito de resgatar o valor correspondente a esses custos. Valor este nem sempre tangível.

Para controlar este cenário de grande impacto ambiental, as empresas, o governo e a sociedade devem somar esforços para aplicar programas de reciclagem e, deste modo, conscientizar a população sobre sua importância.

O governo vale-se de legislações ambientais que regulamentam o descarte e depósitos em aterros sanitários e, ainda, o regulamentam o uso de matérias-primas secundarias, entre outros. Os consumidores estão mais sensíveis a problemas ecológicos, principalmente em países desenvolvidos, onde consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos manufaturados com tecnologias que não agridam o meio ambiente. Enquanto as empresas

procuram elaborar canais reversos, no intuito de adequarem-se as exigências legislativas e dos consumidores, além de visarem um diferencial estratégico para imagem corporativa e alcançar novos mercados.

Cabe mencionar que as atividades da LR para obter o reaproveitamento de produtos usados por meio da utilização do fluxo reverso podem agregar valor ao produto no mercado,pela imagem corporativa associada ao respeito ao meio ambiente, além de captar oportunidades econômicas para o processo produtivo, como a redução de compra de matéria-prima virgem. Outros pontos a serem lembrados e que podem impulsionar a aplicação da Logística Reversa são:

_ Os custos de descarte em aterros sanitários têm aumentado;

_ Considerações econômicas e ambientais estão forçando as empresas a utilizarem embalagens retornáveis;

_ Maior consciência das empresas com relação a todo o ciclo de vida de seus produtos, ou seja, ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega

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dos produtos ao cliente, evitando a geração de impacto negativo ao meio ambiente;

_ A matéria-prima nova está se tornando menos abundante, e conseqüentemente, mais cara;

_ Economias geradas para a empresa devido ao reaproveitamento de materiais e componentes secundários. Além de apresentar diferenciação em serviço ao cliente a medida que o fabricante tem políticas mais liberais de retorno de produtos, apresentando uma vantagem em relação a concorrência;

_ Eliminação de produtos que se tornam obsoletos devido ao alto grau de desenvolvimento tecnológico.

_ Face as regulamentações, muitas empresas são obrigadas a recolherem seus produtos quando os mesmos atingem o final da vida útil;

_ As empresas devem desenvolver produtos “amigáveis ao meio ambiente”; _ Técnicas para recuperação de produtos e gerenciamento do desperdício devem ser desenvolvidas.

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Existem alguns fatores que levam à aplicação da logística reversa. FULLER & ALLEN (1995) apresentam cinco:

_ Econômicos: relacionam-se com o custo da produção, por necessidade de adaptação dos produtos e processos para evitar ou diminuir o impacto ao meio ambiente;

_ Governamentais: relacionam-se à legislação e à política de meio ambiente;

_ Responsabilidade Corporativa: relacionam-se ao comprometimento das empresas fabricantes com a coleta de seus produtos ao final da vida útil;

_ Tecnológicos: ligam-se aos avanços tecnológicos da reciclagem e projetos de produtos com finalidade de reaproveitamento após descarte pela sociedade;

_ Logísticos: relacionam-se aos aspectos logísticos da cadeia reversa, como por exemplo, a coleta de produtos.

Além destes fatores, existem, ainda, os fatores sociais, que abrangem o governo, as empresas, os intermediários no processo e as pessoas em geral.

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Em 1994, COOPER destacou a importância dos impactos ambientais nas atividades logísticas de uma empresa. A redução do desperdício foi a primeira iniciativa tomada pelos países industrializados, pois o incremento do uso de aterros e incineradores e as políticas de proteção ambiental, fizeram com que as industrias também se preocupassem com o reaproveitamento de produtos nos processos industriais. A responsabilidade das industrias consistia na entrega do produto ao cliente final, mas hoje essa visão mudou e elas são

responsáveis por todo o ciclo de vida do seu produto, desde a compra de matérias primas até o último rejeito produzido pelo seu produto.

O interesse pela logística reversa pode ser tanto econômico quanto ambiental (González-Torre et al., 2003). No âmbito econômico pode significar uma revalorização do produto e o reaproveitamento de materiais e componentes. A reciclagem da sucata de alumínio demonstra a importância econômica da logística reversa, pois segundo Andrade et al. (2001) além de

proporcionar a produção de alumínio na qualidade semelhante ao metal primário possibilita também uma economia de 95% de energia. Já em termos econômicos a compra da matéria prima secundária é realizada por um preço inferior ao da matéria-prima primária, segundo BNDES (1995), o custo final do metal reciclado varia entre US$ 1.300 e 1.450/t, inferior portanto, ao do metal não reciclado, da ordem de US$ 1.800/t.

A criação de novos empregos além de ser considerado um aspecto econômico está ligada a aspectos sociais, pois para a implantação da logística reversa é necessária a criação de novos postos de trabalho para o recolhimento dos produtos descartados, a separação dos materiais e o seu beneficiamento permitindo, com isso, a reutilização destes materiais como insumos na

manufatura de novos produtos acabados.

Mundialmente são processados mais de 600 milhões de toneladas de materiais reciclados, correspondendo a um faturamento US$ 160 bilhões e empregando mais de 1,5 milhões de pessoas. Nos Estados Unidos, a remanufatura representa US$ 53 bilhões anuais, gerando aproximadamente 480.000 empregos diretos (RENNER, 2000). No Brasil existem somente

341 empresas de reciclagem registradas, com 7.020 empregos com uma receita líquida de 271.962.000 reais. Comparando com a receita líquida de toda a atividade industrial brasileira a participação deste tipo de indústria corresponde a 0,4% do PIB (IBGE, 2001).

O valor do produto na cadeia logística aumenta até o momento de venda ao cliente, porém depois que houver o consumo projeto, de acordo com a figura 2, vai perdendo o seu valor econômico sendo até mesmo necessário o investimento de recursos para dispô-lo de maneira correta.

Já os motivos ambientais são a poluição provocada pelos resíduos, a saturação de aterros e a escassez de matérias-primas. Sarkis (2002), aponta que o número das organizações que contemplam a integração de práticas ambientais em suas plantas estratégicas e operações diárias está aumentando continuamente. As empresas vêem que a implantação de programas ambiental é uma alternativa para ganhar ou manter uma vantagem competitiva no mercado.

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Fleischman et al. (2000) também enfatizam que o aumento do interesse em reusar produtos é uma das conseqüências da preocupação ambiental.

Nos Estados Unidos 9,2% dos produtos introduzidos no mercado em 1992 eram anunciados 'verdes', enquanto em 1985, estes constituíam apenas 0,5%. Para que as empresas possam demonstrar aos consumidores que estão produzindo produtos ecologicamente corretos, surge pela primeira vez em 1978, um padrão de referência aos consumidores de alguns países, feito mediante a certificação do produto por um rótulo ambiental ou selo verde.

3.4 O PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSA E O CONCEITO DO CICLO DA VIDA

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Por traz do conceito de logística reversa está um conceito mais amplo que é o do “ciclo de vida”. A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente. Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e deve retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.

Do ponto de vista financeiro, fica evidente que além dos custos de compra de matéria-prima, de produção, de armazenagem e estocagem, o ciclo de vida de um produto inclui também outros custos que estão relacionados a todo o gerenciamento do seu fluxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esta é uma forma de avaliar qual é o impacto de um produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida.

Esta abordagem sistêmica é fundamental para planejar a utilização dos recursos logísticos de forma contemplar todas etapas do ciclo de um produto.

Neste contexto, podemos então definir logística reversa como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado. O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição. Este processo é geralmente composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou de descarte

Existem variantes com relação ao tipo de reprocessamento que os materiais podem ter, dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa. Os materiais podem retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido. Podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Podem ser recondicionados, desde que haja justificativa econômica. Podem ser reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto. Em último caso, o destino pode ser a seu descarte final

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3.5 CARACTERIZAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA

A natureza do processo de logística reversa, ou seja, quais as atividades que serão realizadas dependem do tipo de material e do motivo pelo qual estes entram no sistema. Os materiais podem ser divididos em dois grandes grupos: produtos e embalagens. No caso de produtos, os fluxos de logística reversa se darão pela necessidade de reparo, reciclagem, ou porque simplesmente os clientes os retornam.

Na tabela 1 abaixo mostra taxas de retorno devido a clientes, típicas de algumas indústrias. Note que as taxas de retorno são bastante variá indústria e que, em algumas delas, como na venda por catálogos, o gerenciamento eficiente do fluxo reverso é fundamental para o negócio.

Indústria Percentual de retorno Vendas por Catálogo 18-35% Computadores 10-20% Impressoras 4-8% Peças automotivas 4-6% Produtos Eletrônicos 4-5%

O fluxo reverso de produtos também pode ser usado para manter os estoques reduzidos, diminuindo o risco com a manutenção de itens de baixo giro. Esta é uma prática comum na indústria fonográfica. Como esta indústria trabalha com grande número de itens e grande número de lançamentos, o risco dos varejistas ao adquirir estoque se torna muito alto. Para incentivar a compra de todo o mix de produtos algumas empresas aceitam a devolução de itens que não tiverem bom comportamento de venda. Embora este custo da devolução seja significativo, acredita-se que as perdas de vendas seriam bem maiores caso não se adotasse esta prática.

No caso de embalagens, os fluxos de logística reversa acontecem basicamente em função da sua reutilização ou devido a restrições legais como na Alemanha, por exemplo, que impede seu descarte no meio ambiente. Como as restrições ambientais no Brasil com relação a embalagens de transporte não são tão rígidas, a decisão sobre a utilização de embalagens retornáveis ou reutilizáveis se restringe aos fatores econômicos.

Existe uma grande variedade de containeres e embalagens retornáveis, mas que tem um custo de aquisição consideravelmente maior que as embalagens oneway. Entretanto, quanto maior o número de vezes que se usa a embalagem retornável,

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menor o custo por viagem que tende a ficar menor que o custo da embalagem oneway.

3.6 Fatores críticos que influenciam a eficiência do processo de logística reversa

Dependendo de como o processo de logística reversa é planejado e controlado, este terá uma maior ou menor eficiência. Alguns dos fatores identificados como sendo críticos e que contribuem positivamente para o desempenho do sistema de logística reversa são comentados abaixo:

§ Bons controles de entrada

No início do processo de logística reversa é preciso identificar corretamente o estado dos materiais que retornam para que estes

possam seguir o fluxo reverso correto ou mesmo impedir que materiais que não devam entrar no fluxo o façam. Por exemplo, identificando produtos que poderão ser revendidos, produtos que poderão ser recondicionados ou que terão que ser totalmente reciclados.

Sistemas de logística reversa que não possuem bons controles de entrada dificultam todo o processo subseqüente, gerando retrabalho. Podem também ser fonte de atritos entre fornecedores e clientes pela falta de confiança sobre as causas dos retornos. Treinamento de pessoal é questão chave para obtenção de bons controles de entrada.

§ Processos padronizados e mapeados

Um das maiores dificuldades na logística reversa é que ela é tratada como um processo esporádico, contingencial e não como um processo regular. Ter processos corretamente mapeados e procedimentos formalizados é condição fundamental para se obter controle e conseguir melhorias.

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Tempo de ciclo se refere ao tempo entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu efetivo processamento. Tempos de ciclos longos adicionam custos desnecessários porque atrasam a geração de caixa (pela venda de sucata, por exemplo) e ocupam espaço, dentre outras aspectos.

Fatores que levam a altos tempos de ciclo são controles de entrada ineficientes, falta de estrutura (equipamentos, pessoas) dedicada ao fluxo reverso e falta de procedimentos claros para tratar as “exceções” que são, na verdade bastante freqüentes.

§ Sistemas de informação

A capacidade de rastreamento de retornos, medição dos tempos de ciclo, medição do desempenho de fornecedores (avarias nos produtos, por exemplo) permite obter informação crucial para negociação, melhoria de desempenho e identificação de abusos dos consumidores no retorno de produtos. Construir ou mesmo adquirir estes sistemas de informação é um grande desafio. Praticamente inexistem no mercado sistemas capazes de lidar com o nível de variações e flexibilidade exigida pelo processo de logística reversa.

§ Rede Logística Planejada

Da mesma forma que no processo logístico direto, a implementação de processos logísticos reversos requer a definição de uma infraestrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. Instalações de processamento e armazenagem e sistemas de transporte devem desenvolvidos para ligar de forma eficiente os pontos de consumo onde os materiais usados devem ser coletados até as instalações onde serão utilizados no futuro.

Questões de escala de movimentação e até mesmo falta de correto planejamento podem levar com que as mesmas instalações usadas no fluxo direto sejam utilizados no fluxo reverso, o que nem sempre é a melhor opção.

Instalações centralizadas dedicadas ao recebimento, separação, armazenagem, processamento, embalagem e expedição de materiais retornados podem ser uma boa solução, desde que haja escala suficiente.

§ Relações colaborativas entre clientes e fornecedores

No contexto dos fluxos reversos que existem entre varejistas e indústrias, onde ocorrem devoluções causadas por produtos danificados, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. São comuns conflitos relacionados à interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados aos produtos.

Os varejistas tendem a considerar que os danos são causados por problemas no transporte ou mesmo por defeitos de fabricação. Os fornecedores podem suspeitar que está havendo abuso por parte do varejista ou que isto é conseqüência de um mal planejamento. Em situações extremas, isto pode gerar

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disfunções como a recusa para aceitar devoluções, o atraso para creditar as devoluções e a adoção de medidas de controle dispendiosas.

Fica claro que práticas mais avançadas de logística reversa só poderão ser implementadas se as organizações envolvidas na logística reversa desenvolverem relações mais colaborativas.

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A base de uma vantagem é a diferença entre uma empresa e seus concorrentes. Neste sentido, a estratégia é “a busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa” (HENDERSON, 1998, p. 5). Uma empresa deve criar e sustentar uma vantagem competitiva para que, através da elaboração e implementação de uma estratégia competitiva, ela consiga atingir uma posição competitiva favorável na indústria.

Para isso, é essencial que a empresa conheça profundamente a estrutura industrial do setor de atuação. Assim, a vantagem competitiva é utilizada por ela para se defender contra as forças competitivas básicas (ameaça de entrantes, poder de negociação dos fornecedores, poder de negociação dos compradores, pressão dos produtos substitutos e a intensidade da rivalidade entre os concorrentes já existentes) ou influenciá-las a seu favor (PORTER, 1986, p. 22). Uma forma de sobreviver num mercado de acirrada concorrência é a diferenciação de produtos e serviços como vantagem competitiva e também para dominar diferentes tipos de mercados. A diferenciação dos serviços em logística é uma forma de oferecer uma vantagem competitiva frente aos concorrentes, por proporcionar mais valor ao cliente. Com isso uma empresa pode diferenciar sua marca e fidelizar clientes por oferecer um nível de serviço mais elevado.

A logística contribui para o sucesso das organizações não somente por propiciar aos clientes a entrega precisa de produtos, mas também por promover suporte ao produto após sua venda ou consumo. Uma meta comum a vários negócios é conquistar os clientes de forma que eles não queiram o risco e a incerteza da troca de fornecedor. Há muitos modos para desenvolver vínculos que dificultem esta troca. Um deles é o fornecedor oferecer a seus clientes um serviço de retorno rápido e eficaz de mercadoria não vendida ou defeituosa e a habilidade de creditar os clientes de forma justa.

A logística reversa é estrategicamente utilizada para permitir aos participantes do elo seguinte da cadeia, tais como varejistas e atacadistas, reduzir o risco de comprar produtos que podem não ser "de venda quente", ou seja, de venda rápida. O uso estratégico da capacidade de logística reversa aumenta os custos de mudança de fornecedores. Este aumento no nível de serviço fortalece a cadeia de valor de uma empresa que, se bem configurada, reforça sua vantagem competitiva.

Para ser visualizada e compreendida, a vantagem competitiva não pode ser analisada sob o ponto de vista da empresa como um todo, pois ela se origina nas atividades segmentadas como produção, projeto, marketing, logística, dentre outras. Cada atividade pode fornecer uma vantagem competitiva à empresa. Assim, a logística reversa pode ser utilizada estrategicamente por fornecer outras oportunidades que, muitas vezes, interagem entre si visando sempre um incremento nas vantagens estratégicas. São eles:

• Adequação às questões ambientais: A conscientização sobre a conservação não é só uma questão de moda e, sim, uma reorientação da produção e do consumo para o crescimento sustentável. Para isso, a logística deve minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos oriundos das etapas de produção e do pós- visão voltada para o desenvolvimento sustentável e,

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com isso, garante vantagem competitiva aos produtos e projeta as empresas em mercados mais exigentes.

• Redução de custo: O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis fornecem ganhos que estimulam novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria dos processos de logística reversa. Na reciclagem de latas de alumínio há uma economia de 95% da energia elétrica que é expressivo quando se considera que a energia elétrica representa 70% do custo de fabricação do alumínio (LEITE, 2003, p. 121).

• Razões competitivas: Uma forma de ganho de vantagem competitiva frente aos concorrentes é a garantia de políticas liberais de retorno de produtos que fidelizam os clientes. Dessa forma, empresas que possuem um processo de logística reversa bem gerido tendem a se sobressair no mercado, uma vez que podem atender aos seus clientes de forma melhor e diferenciada do que seus concorrentes, isto é, ganham competitividade por oferecerem um serviço valorizado pelo cliente.

• Diferenciação da imagem corporativa: Muitas empresas estão utilizando logística reversa estrategicamente e se posicionando como empresa cidadã, contribuindo com a comunidade e ajudando as pessoas menos favorecidas. Com isso, as empresas conseguem um aumento do valor da marca e muitas vezes de seus produtos também. Estas políticas podem não ser a razão pela qual todos os clientes compram seus produtos, mas elas são consideradas um forte incentivo de marketing.

• Elevação do nível de serviço oferecido ao cliente: A logística reversa é uma estratégia para agregar valor ao produto de várias formas, desde fornecer uma ferramenta de apoio ao marketing de relacionamento com o consumidor após a compra até oferecer um serviço orientado para a preservação ambiental. Esta elevação no nível de serviço deve ser no sentido de desenvolver uma vantagem competitiva sustentável para as empresas, visto que as melhorias introduzidas no serviço ao cliente de uma empresa não são facilmente copiadas pelos competidores como o são as mudanças no produto, no preço e na promoção.

Apesar deste trabalho não abranger o aspecto social relativo à logística reversa, vale ressaltar a sua capacidade de geração de emprego e renda. No caso do canal reverso de latas de alumínio e de papel, a atividade dos catadores é capaz até de sustentar famílias de baixa renda. Segundo estimativas do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE, 1999), existiam cerca de 200 mil catadores no Brasil em 1999. A reciclagem, que começou como um trabalho informal, atualmente se tornou uma opção de emprego estável, principalmente pela implantação de cooperativas de reciclagem.

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4. PRM – ADMINISTRAÇÃO DA RECUPERAÇÃO DOS PRODUTOS O gerenciamento das operações que compõem o fluxo reverso faz parte da Administração da Recuperação de Produtos – Product Recovery Management (PRM). PRM é definida como “o gerenciamento de todos os produtos,

componentes e materiais usados e descartados pelos quais uma empresa fabricante é responsável legalmente, contratualmente ou por qualquer outra maneira”. (Thierry et al., APUD Krikke: 1998, p.9). Algumas de suas atividades são, em parte, similares àquelas que ocorrem no caso de devoluções internas de itens defeituosos devido a processos de produção não confiáveis. PRM lida com uma série de problemas administrativos, entre os quais se encontra a Logística Reversa. As seis áreas principais do PRM são: (Thierry et al., APUD Krikke: 1998, pp. 11-20).

Tecnologia: nesta área estão incluídos desenho do produto, tecnologia de recuperação e adaptação de processos primários.

Marketing: diz respeito à criação de boas condições de mercado para quem está descartando o produto e para os mercados secundários.

Informação: Diz respeito à previsão de oferta e demanda, assim como à adaptação dos sistemas de informação nas empresas.

Organização: distribui as tarefas operacionais aos vários membros de acordo com sua posição na cadeia de suprimentos e estratégias de negócios.

Finanças: Inclui o financiamento das atividades da cadeia e a avaliação dos fluxos de retorno.

Logística Reversa e Administração de Operações: este é o foco do trabalho e será aprofundado no decorrer.

O objetivo da PRM é a recuperação, tanto quanto possível, de valor, econômico e ecológico, dos produtos, componentes e materiais. Krikke (1998, pp. 33-35) estabelece quatro níveis em que os produtos retornados podem ser recuperados: nível de produto, módulo, partes e material. A reciclagem é a recuperação ao nível de material, sendo este o nível mais baixo.

Diferentes empresas utilizam uma ou mais opções de PRM. Por conseguinte, seu sistema de Logística Reversa deverá ser desenhado de acordo com a(s) opção(ões) de PRM utilizadas. O correto planejamento e organização da Logística Reversa é fundamental para o bom andamento do PRM.

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5. Logística Reversa no Brasil

Um fator que exerceu uma grande influência na implantação do conceito da logística reversa e também na conscientização ambiental no Brasil, é o grau de organização da sociedade civil.

Neste país, reinou durante parte do século XX a ditadura militar que restringiu as liberdades individuais. Grandes projetos, implementados por governos ou grandes companhias nacionais ou multinacionais, não tiveram seus impactos ambientais avaliados em função do contexto da ocasião. A questão ambiental começou a ser discutida com mais profundidade somente a partir de meados da década de 1980. Neste período há um aumento dos problemas ambientais gerados pela concentração populacional nas grandes metrópoles, como a questão do acesso à água, o tratamento do esgoto e a coleta do lixo.

Hoje a Constituição Federal Brasileira trata de forma abrangente assuntos ambientais, reservando à união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios, a tarefa de proteger o meio ambiente e de controlar a poluição. Apesar de esta legislação ser considerada uma das mais vigorosas e atualizadas do mundo, ela ainda não contempla um dispositivo apropriado de controle dos descartes. Em alguns casos, por resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (2005), a destinação final de certos resíduos já está determinada.

Além da constituição federal, alguns estados já promulgaram normais mais rigorosas para o gerenciamento de resíduos sólidos como a lei 11.387 de 2003 de São Paulo e a lei 12.493 de999 do Paraná.

O código de defesa do consumidor, lei 8.078 do ano de 1990, garante ao consumidor Brasileiro direitos após a aquisição de bens e serviços, seja de troca, reparo ou devolução, atribuindo um prazo de sete dias para o consumidor se manifestar. Esse código encontra-se atualizado frente à questão das vendas realizadas através da rede mundial. Nesse novo relacionamento, onde há uma ausência do contato físico com o produto, o cliente encontra-se amparado através do artigo 49 desta lei, garantindo também o ressarcimento do valor monetariamente atualizado. Este regulamento garante ainda o direito de arrependimento da compra efetuada, sem entrar no mérito da qualidade do produto que, se estiver danificado, amplia os direitos de troca do cliente. Esta lei ocasionou um aumento no fluxo reverso dos produtos, exigindo que as empresas brasileiras tenham uma política de retorno bem estruturada e claramente explicitada aos consumidores e exige também que elas estejam preparadas para tratar corretamente o fluxo aleatório gerado especificamente pelas causas nela previstas. Isto significa que as empresas que se encontram neste país, de algum modo, devem ter uma estrutura mínima capaz de atender ao fluxo reverso.

Cabe a ressalva de que existem outras leis que tratam de poluição ambiental e que não necessariamente estão relacionadas às práticas da logística reversa por parte das empresas brasileiras.

Um dos fatores que diminuem o interesse dos empresários em buscar o reaproveitamento demateriais descartados no seu processo de fabricação é a múltipla tributação. Qualquer objetoque hoje se encontre descartado já sofreu diversas tributações ao longo do fluxo direto.

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Quando retornado à indústria para reaproveitamento, através dos canais reversos, incidem novos impostos federais, estaduais e até municipais, como o imposto sobre produtos industrializados, o imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e o imposto sobre serviços, desde a coleta até as mãos do reciclador. Esses impostos que incidem em cascata desencorajam o bom funcionamento do ciclo de retorno de materiais às indústrias

No Brasil ainda não existe nenhuma legislação que abranja questão da logística reversa, e por isso o processo de logística reversa está em difusão e ainda não é encarado pelas empresas como um processo "necessário" , visto que a maioria das empresas não possui um departamento específico para gerir essa questão; assim, algumas Resoluções são utilizadas, como, por exemplo, a Conama nº258, de 26/08/99, que estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e a dar destinação final, ambientalmente

adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas nesta Resolução, o que praticamente obriga as empresas desse segmento a sustentarem políticas de logística reversa. Este conceito está em constante crescimento no Brasil e no mundo, e fica claro que as empresas, cada vez mais, têm se preocupado em considerar os custos adicionais e as reduções de custos que este processo pode ocasionar.

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5. CONCLUSÃO

A logística reversa, como ferramenta estratégica, vem ganhando espaço no contexto empresarial brasileiro, porém este avanço se dá lentamente. De acordo com os resultados do questionário apresentados neste trabalho, é possível observar que esta utilização se restringe ao uso dos conceitos primários de logística reversa, geralmente relacionados com serviços de pós-venda, como retorno de produtos defeituosos. A utilização da logística reversa como parte

integrante e necessária para um bom funcionamento ou como sendo capaz de interferir nos custos das empresas é pouco aplicada no Brasil, o que ocasiona uma falta de investimentos em pesquisas nessa área. Essa visão se reflete ainda na não existência, em grande parte das companhias nacionais, de uma gerência destinada ou que aborde este tema. Isto se reflete diretamente no fato de não se conhecer muito bem, portanto, quais são os reais custos e os benefícios relacionados com o uso e implantação das ferramentas de logística reversa.

Somente em países onde existe uma pressão legislativa associada a pesadas multas por agressão ambiental é que a logística reversa faz parte das prioridades empresariais. Isto não ocorre dentro do território brasileiro, apesar da existência de leis, elas não se demonstram sólidas e não são associadas a mecanismos capazes de assegurar o cumprimento.

Os recursos humanos disponíveis no mercado nacional ainda não estão familiarizados com a logística reversa. Fato semelhante ocorreu quando a estabilização da economia brasileira proporcionou o uso da logística nas práticas comerciais e fabris. Neste momento não havia mão-de-obra especializada no mercado de trabalho, pois ainda não era possível encontrar cursos técnicos, superiores e de extensão que fornecessem a devida noção a respeito de

logística. Com isso, os profissionais tiveram que se desenvolver a partir dos conhecimentos adquiridos com a vivência nesta área. Na atualidade, as instituições de ensino já visualizaram este nicho de mercado e estão passando a oferecer tais cursos. A logística reversa está passando pela etapa inicial de desenvolvimento com o uso cotidiano de suas ferramentas.

Enfim, apesar da logística reversa ainda possuir uma baixa importância no contexto empresarial brasileiro algumas corporações já conseguem ver nela uma oportunidade de alcançar um diferencial competitivo, na tentativa de fidelizar seus clientes. A defasagem da logística reversa brasileira frente às práticas internacionais, apontando uma boa oportunidade para o crescimento, é o que parece impulsionar mais fortemente o desenvolvimento, ainda que lentamente, da logística reversa no cenário nacional.

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Referências

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