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MORTALIDADE NEONATAL E EVITABILIDADE: UMA ANÁLISE DO

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Academic year: 2021

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RESUMO: Estudo de corte transversal cujo objetivo foi descrever o perfil epidemiológico da mortalidade neonatal, sob a perspectiva da evitabilidade, em Recife-PE, 1999-2009. Os dados sobre nascidos vivos (NV) e óbitos neonatais são do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade e foram integrados através de linkage, apresentando elevado percentual de vinculação (93,20%). O coeficiente de mortalidade neonatal foi de 10,99 por mil NV. Quanto aos dados maternos, identificou-se idade média de 24 anos e escolaridade <8 anos. Verificou-se que 63,46% das mães tiveram <6 consultas de pré-natal. A maioria dos óbitos ocorreu no período neonatal precoce, apresen-tavam baixo peso ao nascer e prematuridade. As afecções perinatais foram a principal causa de óbito. Cerca de 80% dos óbitos foram considerados evitáveis. A classificação dos óbitos, segundo critérios de evitabilidade, constitui mais um instrumento a ser utilizado na avaliação da qualidade da atenção à saúde materno-infantil.

Palavras-chave: Saúde da criança; mortalidade neonatal; sistemas de informação; estatísticas vitais.

ABSTRACT: This cross-sectional study aimed to describe the epidemiological profile of neonatal mortality, in terms of avoidability, in Recife, Brazil, from 1999 to 2009. Data on live births and neonatal deaths came from Brazil’s Live Births Information System and Mortality Information System, and were integrated using a linkage technique. The linkage rate was high (93.20%). The neonatal mortality rate was 10.99 per thousand live births. Mothers’ mean age was 24 years, mean schooling was <8 years, and 64.46% had attended <6 antenatal appointments. Most deaths occurred during the early neonatal period, and were among low-weight and premature neonates. Perinatal conditions were the main cause of death. Around 80% of the deaths were considered avoidable. Classification of neonatal deaths by avoidability criteria offers a further instrument for use in evaluating the quality of mother-child healthcare.

Keywords: Child health; neonatal mortality; information systems; vital statistics.

RESUMEN: Estudio descriptivo de corte transversal cuyo objetivo fue describir el perfil epidemiológico de la mortalidad neonatal, desde la perspectiva de la posibilidad de su evitación, en la ciudad de Recife, capital del estado de Pernambuco, Brasil, de 1999 a 2009. Los datos sobre nacidos vivos (NV) y óbitos neonatales provienen del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos y del Sistema de Informaciones sobre Mortalidad, los cuales fueron sido integrados mediante la técnica de linkage, presentando un elevado porcentaje de vinculación (93.20%). La tasa de mortalidad neonatal fue de 10,99 por mil nacidos vivos. Cuanto a los datos maternos, se observó que la edad media es de 24 años y el nível de escolarización es <8 años. Se comprobó que 63.46% de las madres pasó por <6 consultas de prenatal. La mayoría de las defunciones ocurrió en el período neonatal precoz, con presencia de bajo peso al nacer y prematuridad. Las afecciones perinatales fueron la principal causa de los óbitos, y cerca de 80% de aquellos fueron considerados evitables. La clasificación de las defunciones neonatales, según los criterios de evitación, constituye más un instrumento a ser utilizado en la evaluación de la calidad de la atención a la salud materno-infantil.

Palabras clave: Salud del niño; la mortalidad neonatal; sistemas de información; estadísticas vitales.

M

ORTALIDADENEONATALEEVITABILIDADE

:

UMAANÁLISEDO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

N

EONATALMORTALITYAND AVOIDABILITY

:

ANEPIDEMIOLOGICALPROFILE ANALYSIS

M

ORTALIDADNEONATALYPOSIBILIDADDESUEVITACIÓN

:

UNANÁLISISDEL PERFILEPIDEMIOLÓGICO

Rogéria RochaI

Conceição OliveiraII

Daniela Karina Ferreira da SilvaIII

Cristine BonfimIV

IBolsista de Iniciação Científica da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco. Recife, Pernambuco, Brasil. E-mail: roh.santos25@gmail.com IIMestre em Saúde Pública. Sanitarista da Secretaria de Saúde de Recife. Docente da Faculdade Maurício de Nassau. Recife, Pernambuco, Brasil. E-mail: coliveira@recife.pe.gov.br

IIIDoutora em Ciências. Professora Adjunta do Departamento de Educação Física do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil. E-mail: danielakarina@hotmail.com

IVDoutora em Ciências. Pesquisadora Adjunta da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco. Recife, Pernambuco, Brasil. E-mail: cristine.bonfim@fundaj.gov.br

I

NTRODUÇÃO

A

mortalidade infantil

é um indicador clássico de saúde que mensura o risco de uma criança morrer antes de completar um ano de idade e, sobretudo, reflete a

qualidade dos serviços de saúde e as condições de vida de uma determinada população1. Classicamente, é

(2)

ano10. Estudos têm demonstrado que a análise dos

fa-tores associados aos óbitos evitáveis permite planejar intervenções mais adequadas às necessidades dos gru-pos populacionais mais vulneráveis, contribuindo para a redução das iniquidades5,11.

De fato, o conhecimento das características dos óbitos neonatais é fundamental para a elaboração de indicadores epidemiológicos que representem a rea-lidade da atenção à saúde materno-infantil, auxili-ando no planejamento de estratégias que visem à re-dução da mortalidade infantil.

M

ETODOLOGIA

A

área de estudo

refere-se à cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco, Brasil, que possui uma extensão territorial de 219.423 km2 totalmente

urbana. De acordo com o Censo 2000, a cidade pos-suía 1.422.905 habitantes. Encontra-se administra-tivamente dividida em 94 bairros e seis regiões polí-tico-administrativas12.

Trata-se de um estudo descritivo de corte trans-versal, cujas fontes de dados foram o Sistema de Infor-mação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). A Secretaria de Saúde do Recife, através do grupo técnico da vigilância do óbito infantil, investiga todos os óbitos infantis de residentes na cidade, excluindo-se os decorrentes de mal formação congênita, com o objetivo de melhorar a qualidade das informações sobre os eventos vitais na cidade. Essa investigação consta de consultas aos pron-tuários ambulatoriais e hospitalares, serviços de necropsia e entrevistas realizadas em domicílios e com profissionais de saúde que participaram da assistência à gestante e/ou recém-nascido.

A população de estudo foi constituída pelos óbitos neonatais (0 a 27 dias de vida) de residentes na cidade do Recife ocorridos entre 1999 e 2009. A vinculação dos dados de nascimentos e óbitos foi fei-ta através da técnica de linkage determinístico13. As

variáveis utilizadas no linkage foram: número da de-claração de nascimento, nome da mãe, data de nasci-mento. Obteve-se uma combinação de pares para 2.893 óbitos neonatais, resultando em um percentual de vinculação de 93,20%.

Analisaram-se as variáveis relativas às caracte-rísticas da mãe (idade e escolaridade), sobre a assis-tência ao pré-natal (consultas pré-natal, tipo de gra-videz), ao parto (tipo de parto, local de ocorrência), as condições de nascimento e evolução dos neonatos (sexo, peso e idade gestacional ao nascer, índice de Apgar) e descrição do óbito (causa básica e evidênci-as de evitabilidade). Para a definição de evitabilidade foram utilizados os critérios, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação SEADE), classificando os óbitos como reduzíveis por adequa-do controle da gravidez, adequada atenção ao parto, de óbito durante os primeiros 27 dias de vida, e

pós-neonatal, entre 28 dias até 11 meses e 29 dias de vida2.

No mundo, a maioria das crianças morre por doenças evitáveis ou tratáveis. A Organização Mun-dial da Saúde (OMS) estima que a cada ano em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvi-mento, quatro milhões de crianças morrem nos meiros 27 dias de vida, e o maior risco reside nas pri-meiras 24 horas após o nascimento3.

No Brasil, durante as últimas décadas, observa-se uma tendência decrescente na mortalidade infan-til. O componente pós-neonatal é o responsável pela maior parte da sua redução devido à diminuição das infecções, especialmente, no que concerne à diarreia e infecção respiratória4. Pesquisa que analisou a

tendên-cia de causas de mortes evitáveis em menores de um ano identificou uma redução de 35,2% no coeficiente de mortalidade infantil (CMI) do país para o período de 1997 a 20065. Estudos indicam que a queda da taxa

de fecundidade e a atuação dos serviços de saúde, com a interiorização das ações de atenção básica, constitu-em fatores determinantes para essa redução5,6.

Atual-mente, a mortalidade neonatal representa o principal componente da mortalidade infantil2.

As informações sobre as condições biológicas do desenvolvimento da gestação e dos recém-nasci-dos, da assistência pré-natal e do parto e, principal-mente, sobre as causas de óbitos e sua evitabilidade e medidas preventivas são fundamentais para o plane-jamento de estratégias que visem à redução da morta-lidade entre os menores de um ano de idade. Além de contribuir para a organização de programas locais de intervenção. Nesse sentido, o objetivo do estudo con-siste em descrever o perfil epidemiológico da morta-lidade neonatal, sob a perspectiva da evitabimorta-lidade, na cidade do Recife (PE), no período de 1999 a 2009.

R

EFERENCIAL TEÓRICO

A

mortalidade neonatal

reflete qualidade da assis-tência à saúde recebida pelas crianças e mães, e está asso-ciada tanto a fatores biológicos, quanto à assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. Apesar do declínio na mortalidade ser indiscutível, a redução da mortalidade neonatal representa um desafio para os serviços de saúde e para a sociedade, uma vez que a maioria dessas mortes poderia ser evitada se houvesse melhores condições na atenção pré-natal e na assistência ao parto6,7.

Desde 1970, a mortalidade infantil, como ocor-rência evitável por serviços de saúde eficazes, é reco-nhecida como evento sentinela da qualidade da aten-ção à saúde8. Consideram-se óbitos infantis evitáveis

aqueles que ocorreram em condições que raramente ou nunca deveriam ter evoluído para óbito9. No Brasil,

foi proposta uma classificação de evitabilidade para todas as causas básicas de óbito em menores de um

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por diagnóstico e tratamento precoces, parcialmente reduzíveis, não evitáveis e mal definidos10.

Calcularam-se o coeficiente de mortalidade neonatal (CMN), obtido pelo número de óbitos de cri-anças de 0 a 27 dias de vida completos, por mil nascidos vivos; coeficiente de mortalidade neonatal precoce (CMNP) obtido pelo número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos; e o coeficiente de mortalidade neonatal tardio (CMNT) obtido pelo número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias de vida completos, por mil nascidos vivos.

As análises estatísticas foram realizadas utili-zando-se o programa EpiInfo versão 6.04d. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva com distribuição de frequências (absoluta e relativa) e medidas de tendência central e dispersão. Os resulta-dos foram apresentaresulta-dos por meio de tabelas.

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (HUOC/PROCAPE), conforme o pro-tocolo CAAE: 0027.0.106.106-10, e obteve anuência da Secretaria de Saúde do Recife.

R

ESULTADOSEDISCUSSÃO

E

studaram-se

2.893 óbitos neonatais originados do conjunto de nascidos vivos de mães residentes em Recife, no período de 1999 a 2009. Desse total, 2.409(83,26%) óbitos ocorreram no período neonatal precoce, entre os quais 49,84%, nas primeiras 24 horas de vida. O coeficiente de mortalidade neonatal médio no período foi 10,99 por mil nascidos vivos (NV).

Nos últimos anos, a técnica de linkage de banco de dados de nascimentos e óbitos tem se configurado como um importante instrumento metodológico empregado nos trabalhos sobre mortalidade neonatal7,13,14. Neste

estudo, o linkage apresentou um elevado percentual de vinculação, demonstrando a qualidade das informações sobre nascimentos e óbitos na cidade do Recife. Recen-te estudo, que avaliou a adequação das informações dos sistemas oficiais de informação sobre eventos vitais no estado de Pernambuco, relata uma melhoria na cober-tura e na qualidade das informações1.

O CMN médio calculado para o período na cidade de Recife foi 10,99 por mil nascidos NV, semelhante ao encontrado em outros estudos sobre mortalidade neonatal realizados no Brasil7,14. Tal resultado ainda é

considerado preocupante quando comparado aos coefi-cientes de países desenvolvidos, os quais representam apenas 2% da mortalidade neonatal de todo o mundo15.

A análise da associação entre as condições de vida da população com a mortalidade infantil no Re-cife-PE constatou que os coeficientes de mortalida-de infantil mais elevados encontravam-se nos

estra-tos de pior condição social. Os diferenciais foram menores em relação ao coeficiente de mortalidade neonatal, porém ressaltam que nesses coeficientes estão incluídos fatores ligados ao controle da gesta-ção, à assistência ao parto e ao acesso aos recursos de assistência neonatal16.

A análise das variáveis relativas às características maternas demonstrou que a idade média materna foi de 24 anos (DP=6,6), variando de 12 a 51 anos de idade. A faixa etária predominante recaiu sobre 20 a 35 anos, correspondendo a 1.948(68,42%) mães, e 694(24,38%) eram adolescentes (<20 anos), conforme apresentado na Tabela 1. Nos estudos epidemiológicos, a variável idade da mãe é bastante relevante para a morbimor-talidade infantil, estando relacionada com o baixo peso ao nascer e a prematuridade6,17.

TABELA 1: Distribuição das características maternas, de assis-tência pré-natal, ao parto e as características dos óbitos neonatais. Recife-PE, 1999-2009.

Variáveis f %

Faixa etária [n=2.847(a)](anos)

Menores de 20 694 24,38

20 a 35 1948 68,42

Maiores de 35 205 7,20

Escolaridade [n=2.700(b)](anos de estudo)

Nenhuma 132 4,89 De 1 a 3 210 7,78 De 4 a 7 1.018 37,70 De 8 a 11 999 37,00 12 e mais 341 12,63 Consultas de pré-natal [n=2.805(c)] Até 6 1.780 63,46 Mais de 6 593 21,14 Nenhuma 432 15,40 Tipo de gravidez [n=2.893] Única 2.578 89,11 Múltipla 315 10,89 Tipo de parto [n=2.893] Vaginal 1.835 63,42 Cesáreo 1.058 36,58

Duração da gestação [n=2.885(d)](em semanas)

Inferior a 37 1.986 68,84

De 37-41 896 31,06

Igual ou superior a 42 3 0,10 Local de ocorrência [n=2.891(e)]

Hospital 2.865 99,10 Domicílio 21 0,73 Outros 5 0,17 Sexo [n=2.880(f)] Masculino 1.624 56,39 Feminino 1.256 43,61

Peso ao nascer [n=2.889(g)](em gramas)

Inferior a 2.500 2.150 74,42 Superior ou igual a 2.500 739 25,58 Apgar no 1° minuto [n=2.785(h)]

Inferior a 7 1.858 66,71

Superior ou igual a 7 927 33,29 Apgar no 5° minuto [n=2.817(i)]

Inferior a 7 1.233 43,77

Superior ou igual a 7 1.584 56,23

Número/porcentagem de ignorados: (a)46/1,59%; (b)193/6,32%; (c)88/3,04%; (d)8/0,28%; (e)2/0,06%; (f)13/0,45; (g)4/0,14%; (h)18/

(4)

Destaca-se, entre os resultados deste estudo, a significativa proporção de gestantes adolescentes (<20 anos). A gravidez na adolescência está sendo considerada como um problema de saúde pública de-vido às complicações obstétricas que repercutem na saúde materno-infantil, além dos problemas

psicossociais e econômicos3. Nesse sentido, é

neces-sário direcionar as estratégias de planejamento fami-liar para esse segmento populacional.

Quanto à escolaridade, verificou-se que 1.018(37,70%) gestantes possuíam de quatro a sete anos de estudo, conforme destacado na Tabela 1. Con-sidera-se o nível de escolaridade como um indicador da condição socioeconômica materna e familiar, além de estar associado aos cuidados de saúde que têm im-portante efeito na mortalidade infantil13.

Em relação ao número de consultas de pré-na-tal, 1.780(63,46%) gestantes realizaram menos de seis consultas, como pode ser visualizado na Tabela 1. Alguns autores têm demonstrado a importância da frequência às consultas de pré-natal na prevenção da mortalidade infantil6,18. O adequado

acompanhamen-to de pré-natal possibilita identificar e intervir pre-cocemente, reduzindo os riscos de danos causados à saúde materno-infantil. Logo, a garantia de uma as-sistência de qualidade à gestante pode identificar doenças maternas e fetais, aumentando a probabili-dade de sobrevivência do neonato e reduzindo as chances do baixo peso e da prematuridade7,19.

Estudo que analisou os fatores de risco para a mor-talidade neonatal observou um risco de morte oito ve-zes maior para os nascidos vivos cujas mães não realiza-ram nenhuma consulta de pré-natal e duas vezes maior para aqueles que as mães realizaram de uma a seis con-sultas quando comparados aos nascidos vivos de mães que fizeram sete ou mais consultas de pré-natal7.

O Ministério da Saúde recomenda, no mínimo, seis consultas de pré-natal: uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação20. A avaliação da atenção pré-natal no

Bra-sil revelou uma média de quatro consultas de pré-natal para mulheres que tiveram parto no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo necessário um incremento de cinco milhões de consultas ano para que cada mulher fizesse seis consultas. Isso representaria um crescimento de 50% nas consultas de pré-natal para o Brasil e de 105% para a Região Nordeste19.

Houve predomínio das gestações do tipo única 2.578(89,11%). A via de nascimento mais freqüente foi o parto vaginal com 1.835(63,42%) casos. A quase tota-lidade dos partos, alcançando 2.865 (99,10%) casos, ocor-reu em hospitais, conforme a Tabela 1. A maioria dos partos foi do tipo vaginal. Esse tipo de parto é recomen-dado desde que as condições do feto sejam adequadas. Não havendo esta possibilidade, o parto cesáreo torna-se a melhor opção, em adequadas condições clínicas3.

Do total de neonatos, 1.624 (56,39%) eram do sexo masculino e 1.986(68,84%) eram prematuros (idade gestacional <37 semanas). O peso médio ao nascer foi de 1.623 gramas (DP=1064,15), sendo o menor peso 110 e o maior 5.040 gramas. Em 2.150(74,42%) concep-tos, constatou-se baixo peso ao nascer (<2.500g) Con-siderando o menor peso identificado – 110 gramas –, foi realizado contato com a Secretaria de Saúde do mu-nicípio de Recife, que confirmou o referido dado, complementando que ocorreram dois casos com idade gestacional abaixo de 22 semanas, presença de Apgar e tempo de vida de 5 minutos (o primeiro sujeito) e 30 minutos (o segundo).

A menor proporção de óbitos no sexo feminino pode ser atribuída ao amadurecimento mais rápido do pulmão dando consequência a menores complica-ções respiratórias. A prematuridade e o baixo peso ao nascer são os fatores mais associados com a mortali-dade neonatal21. No Recife-PE, pesquisa que

anali-sou os fatores determinantes para a mortalidade neonatal identificou que aproximadamente 75% dos neonatos que evoluíram para óbito apresentavam baixo peso ao nascer, caracterizando um risco de morte 46 vezes superior quando comparado às crianças com peso superior a 2.500g22.

Quanto ao valor do Apgar no 5o minuto, 1.233

(43,77%) bebês obtiverem índice inferior a sete, con-forme observado na Tabela 1. Outro fator importan-te para mensurar a ocorrência da mortalidade neonatal é o índice de Apgar: se o valor no 1° minuto for inferior a sete, como foi verificado no estudo em 66,71% dos casos, será diagnosticada hipóxia fetal. Pesquisa que objetivou analisar os fatores de risco as-sociados aos óbitos neonatais em crianças com baixo peso ao nascer no Recife (PE) constatou que o índice Apgar foi um condicionante para a mortalidade neonatal e chamou a atenção para o papel da organi-zação da atenção obstétrica e neonatal no sentido de minimizar os fatores que podem levar à hipóxia perinatal e, consequentemente, ao óbito neonatal21.

A prematuridade, o baixo peso ao nascer e o índice Apgar inferior a sete no 1o e 5o minutos de vida são

considerados fatores de risco para a ocorrência de óbitos neonatais14.

Recente trabalho propôs explorar o uso do con-ceito de near miss neonatal como uma ferramenta para a avaliação da qualidade do atendimento neonatal. Esse conceito refere-se ao recém-nascido que desenvolveu uma complicação grave durante os primeiros dias de vida, quase foi a óbito, mas sobrevi-veu durante o período neonatal. Foram considerados casos near miss qualquer neonato que apresentasse muito baixo peso ao nascer ou tivesse menos de 30 semanas de gestação ao nascer ou escore de Apgar aos 5 minutos de vida menor que sete. A utilização dessa classificação de risco pode ser bastante útil para ava-Destaca-se, entre os resultados deste estudo, a

significativa proporção de gestantes adolescentes (<20 anos). A gravidez na adolescência está sendo considerada como um problema de saúde pública de-vido às complicações obstétricas que repercutem na saúde materno-infantil, além dos problemas psicos-sociais e econômicos3. Nesse sentido, é necessário

direcionar as estratégias de planejamento familiar para esse segmento populacional.

Quanto à escolaridade, verificou-se que 1.018 (37,70%) gestantes possuíam de quatro a sete anos de estudo, conforme destacado na Tabela 1. Considera-se o nível de escolaridade como um indicador da con-dição socioeconômica materna e familiar, além de estar associado aos cuidados de saúde que têm impor-tante efeito na mortalidade infantil13.

Em relação ao número de consultas de pré-na-tal, 1.780(63,46%) gestantes realizaram menos de seis consultas, como pode ser visualizado na Tabela 1. Alguns autores têm demonstrado a importância da frequência às consultas de pré-natal na prevenção da mortalidade infantil6,18. O adequado

acompanhamen-to de pré-natal possibilita identificar e intervir pre-cocemente, reduzindo os riscos de danos causados à saúde materno-infantil. Logo, a garantia de uma as-sistência de qualidade à gestante pode identificar doenças maternas e fetais, aumentando a probabili-dade de sobrevivência do neonato e reduzindo as chances do baixo peso e da prematuridade7,19.

Estudo que analisou os fatores de risco para a mor-talidade neonatal observou um risco de morte oito ve-zes maior para os nascidos vivos cujas mães não realiza-ram nenhuma consulta de pré-natal e duas vezes maior para aqueles que as mães realizaram de uma a seis con-sultas quando comparados aos nascidos vivos de mães que fizeram sete ou mais consultas de pré-natal7.

O Ministério da Saúde recomenda, no mínimo, seis consultas de pré-natal: uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre da gestação20. A avaliação da atenção pré-natal no

Bra-sil revelou uma média de quatro consultas de pré-natal para mulheres que tiveram parto no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo necessário um incremento de cinco milhões de consultas ano para que cada mulher fizesse seis consultas. Isso representaria um crescimento de 50% nas consultas de pré-natal para o Brasil e de 105% para a Região Nordeste19.

Houve predomínio das gestações do tipo única 2.578(89,11%). A via de nascimento mais freqüente foi o parto vaginal com 1.835(63,42%) casos. A quase tota-lidade dos partos, alcançando 2.865 (99,10%) casos, ocor-reu em hospitais, conforme a Tabela 1. A maioria dos partos foi do tipo vaginal. Esse tipo de parto é recomen-dado desde que as condições do feto sejam adequadas. Não havendo esta possibilidade, o parto cesáreo torna-se a melhor opção, em adequadas condições clínicas3.

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liar a qualidade dos atendimentos, contribuindo com a melhoria da atenção à saúde neonatal23.

As principais causas de óbitos foram as afecções perinatais (P00-P96), com destaque para as causas feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto, num total de 1.113 (38,47%) casos, e trans-tornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal somando 782 (27,03%) casos, con-forme observado na Tabela 2.

A causa de morte por afecções originadas no pe-ríodo perinatal obteve a maior proporção, à semelhan-ça de resultados encontrados em outros estudos2,16. A

utilização de causas básicas de morte torna-se relevan-te em estudos de mortalidade, auxiliando no planeja-mento de ações de intervenção eficientes e eficazes visando a reduzir a mortalidade24. Uma elevada

pro-porção de óbitos causados por afecções perinatais tor-na-se preocupante, já que as causas relacionadas à in-terrupção precoce da gravidez ou ao crescimento intrauterino tardio estão frequentemente associadas à má qualidade dos serviços de assistência pré-natal.

Observou-se que 2.267(78,37%) óbitos foram classificados como evitáveis, destacando as mortes consideradas reduzíveis por adequado controle da gravidez 930(32,15%) e adequada atenção ao parto 418(14,45%) que somam 1.348(46,60%) óbitos, como visualizado na Tabela 2.

Verificou-se que aproximadamente 2.267(80%) óbitos foram classificados como evitáveis, destacando-se as causas reduzíveis por adequado controle da gravi-dez. Estudo que analisou a tendência das causas de mor-tes evitáveis em menores de um ano por ação dos servi-ços de saúde, verificou um decréscimo de 37%5. A

mor-talidade por causas reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido, por adequada atenção ao parto e por ações de diagnóstico e tratamento, declinou em 42,5%, 27,7% e 47,7%, respectivamente, demonstrando que as ações dos serviços de saúde têm contribuído para a redução da mortalidade infantil do país10.

Destaca-se que 46,60% dos óbitos neonatais fo-ram classificados como reduzíveis por adequada aten-ção à mulher na gravidez e parto. Esses resultados su-gerem a existência de problemas relativos à assistência

TABELA 2: Óbitos neonatais segundo a causa básica (CID-10). Recife, 1999-2009

Causa básica do óbito f Tot al%

Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00-B99) 14 0,48

Neoplasias (C00-D48) 3 0,10

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00-E90) 4 0,14

Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) 1 0,03

Doença do aparelho respiratório (J00-J99) 23 0,80

Algumas afecções originadas no período perinatal (P00-P96)

Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de

parto e do parto (P00-P04) 1113 38,47 Transtornos relacionados com a duração da gestação e com o crescimento fetal (P05-P08) 61 2,11 Traumatismos de parto (P10-P15) 4 0,14 Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal (P20-P29) 782 27,03 Infecções específicas do período perinatal (P35-P39) 287 9,92 Transtornos hemorrágicos e hematológicos do feto e do recém-nascido (P50-P61) 29 1,00 Transtornos endócrinos e metabólicos transitórios e específicos do feto e do recém-nascido (P70-P74) 7 0,24 Transtornos do aparelho digestivo do feto e do recém-nascido (P75-P78) 10 0,35 Afecções comprometendo o tegumento e a regulação térmica do feto e do recém-nascido (P80-P83) 6 0,21 Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (Q00-Q99)

Malformações congênitas do sistema nervoso (Q00-Q07) 102 3,53 Malformações congênitas do aparelho circulatório (Q20-Q28) 141 4,87 Malformações congênitas do aparelho respiratório (Q30-Q34) 30 1,04 Fenda labial e fenda palatina (Q35-Q37) 4 0,14 Outras malformações congênitas do parelho digestivo (Q38-Q45) 31 1,07 Malformações congênitas do aparelho urinário (Q60-Q64) 26 0,90 Malformações congênitas e deformidades do aparelho osteomuscular (Q65-Q79) 48 1,66 Outras malformações congênitas (Q80-Q89) 96 3,32 Anomalias cromossômicas, não classificadas em outras partes (Q90-Q99) 7 0,24

Causas mal definidas (R00-R99) 1 0,03

Outros transtornos originadas no período perinatal (P90-P97) 41 1,42 Causas externas (V01-Y98)

Outras causas externas de traumatismos acidentais (W00-X59) 16 0,55 Eventos (fatos) cuja a intenção é indeterminada (Y10-Y34) 6 0,21

(6)

materno-infantil, e apontam para a necessidade de maiores investimentos na prevenção e redução dos óbitos neonatais por condições inadequadas de assis-tência à saúde durante a gravidez e após o nascimento. De modo semelhante, pesquisas realizadas em outras cidades do país também revelaram que parcela significativa dos óbitos neonatais seria reduzível, apontando como principal fator a adequada atenção à mulher durante a gestação, no parto e ao recém-nascido3,21,25,26. Nessa perspectiva, a classificação dos

óbitos neonatais, segundo os critérios de evita-bilidade, constitui mais um instrumento a ser utili-zado na avaliação da qualidade da atenção à saúde materno-infantil.

Para se obter mudança no perfil da mortalidade neonatal, torna-se necessária a consecução de um conjunto de medidas, tais como: priorizar a realiza-ção de uma adequada assistência pré-natal, que per-mita identificar as gestantes com maior risco; asse-gurar as condições necessárias para a realização de um parto seguro e assistência ao recém-nascido, além da disponibilidade dos serviços de saúde com recur-sos adequados. Por sua vez, a disponibilidade de ações eficazes com o acompanhamento ginecológico e o planejamento familiar tornam-se importantes ele-mentos para prevenção e promoção da saúde, assim como a assistência imediata ao recém-nascido, para determinação de sua sobrevida e qualidade de vida11.

C

ONCLUSÃO

O

s resultados do

estudo da mortalidade neonatal na cidade de Recife, no período de 1999 a 2009, de-monstraram que a maioria dos neonatos nasceu pre-maturamente, com peso inferior a 2.500 gramas e parcela significativa tinha índice Apgar-1 inferior a sete. Recomenda-se a intensificação da vigilância, por parte dos serviços de saúde, em recém-nascidos que apresentem essas características.

Além disso, a maioria das gestantes realizou me-nos de seis consultas de pré-natal, contrariando reco-mendação do Ministério da Saúde, e grande parte dos óbitos foi classificada como evitável, sendo reduzível por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento pre-coce e adequada atenção ao parto. É necessário assegu-rar assistência de pré-natal de qualidade conduzida de forma adequada com o objetivo de detectar precoce-mente doenças maternas ou fetais. Outro aspecto im-portante diz respeito à necessidade de sistemas hierarquizados de saúde que vinculem o pré-natal com a unidade de saúde onde ocorrerá o parto.

A aplicação da técnica de linkage demonstrou sua potencialidade para o estudo da mortalidade neonatal, é rápida e fácil de ser utilizada, podendo ser empregada na rotina dos serviços de vigilância do óbito infantil. A partir da vinculação do banco de

dados de nascimentos e óbitos é possível identificar os recém-nascidos de risco, além de avaliar as variá-veis relacionadas ao pré-natal e ao parto.

O resultado da análise da evitabilidade dos óbi-tos neonatais, feitas neste estudo, pode contribuir com a avaliação da qualidade da assistência a saúde materno-infantil na cidade do Recife.

R

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Referências

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