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Relatório de Administração Exercício 2012

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Relatório de Administração

Exercício 2012

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

Sumário

1 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO ...4

2 RESUMO EXECUTIVO ...6

3 PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA AMAZONENSE ...9

4 ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DIRECIONAMENTOS ...12

4.1 MISSÃO,VISÃO E VALORES ...12

4.2 PLANO DE MELHORIA DE DESEMPENHO PMD DAS EMPRESAS DE DISTRIBUIÇÃO -EDES DA ELETROBRAS ...12

4.3 PLANO DE EXPANSÃO DA COMPANHIA PARA 2012-2015...12

5 AMBIENTE REGULATÓRIO DA CONCESSÃO ...15

5.1 PRAZO DA CONCESSÃO ...15

5.2 REAJUSTE TARIFÁRIO ...16

5.3 INVESTIMENTO REMUNERÁVEL ...17

5.4 GESTÕES JUNTO À ANEEL CCC ...17

5.5 FISCALIZAÇÕES 2012...18

5.6 PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO P&DE PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PEE ...18

5.6.1 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento P&D...19

5.6.2 Projetos de Eficiência Energética PEE ...20

6 INVESTIMENTOS ...22

6.1 PROGRAMA LUZ PARA TODOS PLPT ...23

7 COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ...25

7.1 ATENDIMENTO AOS CONSUMIDORES...25

7.1.1 Atendimento Telefônico e Virtual...25

7.1.2 Atendimento Presencial...25

7.1.3 Ouvidoria...25

7.1.4 Conselho de Consumidores...26

7.2 FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ...26

7.3 INCORPORAÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES EM 2012...27

7.4 FATURAMENTO DE ENERGIA COMERCIALIZADA ...27

7.5 INADIMPLÊNCIA ...28

7.5.1 Na Capital...28

7.5.2 No Interior...29

7.6 CONTRATOS DE COMPRA DE ENERGIA NA CAPITAL ...29

7.6.1 Compra de Energia Elétrica (Contratos com Produtores Independentes de Energia)...29

7.6.2 Contratações provenientes da Locação de Grupos Geradores de Energia...29

7.6.3 Compra de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Regulada ACR ...30

8 DESEMPENHO OPERACIONAL ...32

8.1 DURAÇÃO EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO POR UNIDADE CONSUMIDORA DEC E FREQUÊNCIA EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO POR UNIDADE CONSUMIDORA FEC ...32

8.1.1 Na Capital...32

8.1.2 No Interior...33

8.1.3 Global...33

8.2 TEMPO MÉDIO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS TMAE ...34

8.3 PERDAS DE ENERGIA ELÉTRICA ...34

8.3.1 Na Capital...34

8.3.2 No Interior...35

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

Relatório de Administração 2012

9 DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO ...38

9.1 LUCRO/PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ...38

9.1.1 Receita Operacional...38

9.1.2 Deduções à Receita Operacional...38

9.2 CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS ...39

9.3 INDICADORES EMPRESARIAIS ...40

9.4 RECEITA (DESPESA)FINANCEIRA ...41

10 GESTÃO DE PESSOAS ...43

10.1 COMPOSIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO ...43

10.2 PROGRAMA DE APRENDIZAGEM E ESTÁGIO ...43

10.3 EDUCAÇÃO CORPORATIVA ...43

10.3.1 Ações Educacionais Gerenciais...44

10.3.2 Ações Educacionais Corporativas...44

10.3.3 Ações Educacionais Específicas...44

10.4 PLANO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO PCR E SISTEMA DE GESTÃO DE DESEMPENHO SGD ...45

10.5 BENEFÍCIOS E BEM-ESTAR SOCIAL ...45

10.6 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ...46

11 COMUNICAÇÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ...49

11.1 COMUNICAÇÃO ...49

11.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL ...49

11.3 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ...50

11.3.1 Licenciamentos Ambientais...50

11.3.2 Auditoria, Recuperação e Preservação Ambiental...51

12 GOVERNANÇA CORPORATIVA ...53 12.1 ASSEMBLEIA GERAL ...53 12.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...53 12.3 CONSELHO FISCAL ...53 12.4 DIRETORIA EXECUTIVA ...53 12.5 AUDITORIA ...54 12.5.1 Auditoria Interna...54

12.5.2 Atividades de Controle Interno...54

12.5.3 Acompanhamento das Ações Promovidas Pelos Órgãos de Controle Externo...55

12.6 LEI SARBANES-OXLEY SOX ...55

12.7 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ...56

13 RECONHECIMENTO PRÊMIOS CONQUISTADOS ...58

13.1 PRÊMIO EMPRESA CIDADÃ...58

13.2 PRÊMIO ABRACONEE ...58

13.3 ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DA BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO ISE BOVESPA ...58

13.4 SELO PRÓ-EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA ...58

13.5 PRÊMIO SESI QUALIDADE NO TRABALHO ...58

14 BALANÇO SOCIAL ...60

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

MENSAGEM DA

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

A Administração da Amazonas Distribuidora de Energia S.A. ( Companhia ou Amazonas Energia") tem a satisfação de apresentar o Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis acompanhadas com parecer dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2012. Toda a documentação relativa às contas ora apresentadas está à disposição dos Senhores Acionistas, aos quais a Diretoria Executiva sentir-se-á honrada em prestar os esclarecimentos adicionais julgados necessários. No exercício de 2012, em continuidade aos objetivos estratégicos e empresariais definidos no modelo de gestão estabelecido para as Empresas de Distribuição da Eletrobras, foi dado prosseguimento ao Plano de Melhoria de Desempenho PMD para o quinquênio 2010-2015. Registramos que a Empresa está se preparando para os desafios da segregação das atividades de Geração e Transmissão dos negócios da Distribuição advindos da interligação do Sistema Elétrico Isolado de Manaus com o Sistema Interligado Nacional SIN, importante evento que ocorrerá no próximo exercício. Além disto, comemora o início das obras da Usina Termelétrica de Mauá III, novo referencial de geração de energia a partir do gás natural da Região Amazônica.

A Companhia está consciente dos desafios de 2013, cujo ambiente econômico é promissor e com grandes desafios em toda área de concessão, onde o fornecimento de energia elétrica tem crescido a taxas significativas, redobrando os compromissos com a melhoria dos serviços prestados, com disciplina financeira e técnico-operacional, de modo a honrar os compromissos com os consumidores, acionistas, clientes e fornecedores.

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

Relatório de Administração 2012

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

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RESUMO EXECUTIVO

Em 2012 a Amazonas Energia realizou um investimento de R$ 751 milhões, distribuído conforme abaixo:

Investimentos Realizados em 2012 R$ milhões

Programas 2012 Participação por Programa (%)

Geração 280 37,28

Transmissão 54 7,19

Distribuição 274 36,49

Luz Para Todos 114 15,18

Infraestrutura de Apoio 29 3,86

Total 751 100,00

Os investimentos na Geração foram em ações de manutenção preventiva e revitalização de equipamentos principais e auxiliares das Usinas de Aparecida, Mauá, UHE Balbina e grupos geradores do interior do estado, com vistas a garantir a continuidade e confiabilidade do fornecimento de energia.

Com relação aos investimentos na Transmissão destacamos, além do início das obras do sistema de transmissão em 230 e 138 kV e da ampliação de cinco SE s 69 kV, a energização das SE s 69/13,8 kV Iranduba e Manacapuru e das LT s 69 kV Distrito Dois / Cachoeirinha e Ponta Negra / Ponta do Ismael.

Na Distribuição os recursos foram direcionados para a ampliação e a manutenção de redes e redução de perdas técnicas e comerciais na capital e no interior do estado.

Apesar dos indicadores Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora DEC e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora FEC, registrados na capital, terem ficado acima dos limites estipulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, os investimentos realizados no sistema de distribuição de Manaus propiciaram uma redução significativa desses indicadores em relação ao ano de 2011. Já o Tempo Médio de Atendimento a Emergências TMAE apresentou um incremento de 26,7 minutos sobre o ano de 2011, como consequência do aumento do tempo requerido para reparar os estragos provocados na rede de distribuição pelos temporais de natureza atípica para a região que ocorreram durante o ano de 2012. No interior do Estado, o DEC e o FEC foram maiores que os registrados em 2011 devido principalmente a interrupções na geração. Em relação ao combate às perdas de energia elétrica, evidenciamos a continuidade da tendência de queda no índice de perdas anualizadas da capital, iniciada no ano de 2011, quando caíram de 43,2% para 42,9%. Ao final de 2012 registramos o índice de 39,8, numa redução de 2,78 pontos percentuais em relação a 2011. Também é importante observar a melhoria de 10% na relação PMSO/ROL, que evoluiu de 59% em 2011 para 49% em 2012.

Com um investimento da ordem de R$ 114 milhões, através do Programa Luz para Todos PLpT, foram ligadas 12.890 unidades consumidoras em 2012. Desde o início da execução do Programa, foram construídos 13.182,76 km de rede de distribuição rural em alta e baixa tensão e ligados 83.172 domicílios rurais, beneficiando uma população de aproximadamente 415.860 pessoas em todo o Estado do Amazonas por meio da disponibilização de serviços essenciais e da possibilidade de maior incremento na criação de emprego e renda nessas comunidades rurais.

Merece destaque o início da construção da usina Mauá 3, cujo empreendimento entra para a história do Estado do Amazonas por ser a maior e única usina termelétrica a operar em ciclo combinado (gás natural + vapor) construída na região. A usina, com potência instalada local efetiva (líquida) de 570,4 MW, utilizará com maior eficiência possível o volume máximo disponível de 2.300.000M³/dia de gás natural, de acordo com o previsto no Contrato. Depois de passar por um rigoroso processo de licitação internacional que teve a participação de seis grandes empresas, a Usina Mauá 3 está sendo construída pela empresa Andrade Gutierrez, vencedora do processo licitatório. Com um investimento da ordem de R$ 1 bilhão, está previsto

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

Relatório de Administração 2012

que a termelétrica comece a operar em ciclo aberto até o primeiro semestre de 2014 e seja concluída até o primeiro semestre de 2015.

No que diz respeito aos Programas Especiais e em atendimento ao que determina a Lei nº 9.991/2000 e ao Contrato de Concessão a Amazonas Energia vem dando continuidade aos Programas de Eficiência Energética PEE e de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico P&D. Dentre os projetos relacionados à Eficiência Energética, destacam-se os direcionados aos consumidores da subclasse residencial baixa renda, ao poder público e aos consumidores residenciais.

Todos os empreendimentos da Companhia estão devidamente licenciados ou com pedidos de licenciamento em tramitação nos órgãos ambientais do Estado do Amazonas. Além de um Centro de Proteção Ambiental, onde são desenvolvidos diversos programas, a Companhia mantém um convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA para manutenção da Reserva Biológica do Uatumã REBIO, criada por força do Decreto Federal 99.277, de 06 de junho de 1990.

A Companhia desenvolve projetos e ações que proporcionam geração de renda, promoção de cidadania, preservação ambiental e educação sobre o uso racional e seguro de energia elétrica nas comunidades adjacentes a seus empreendimentos. Reafirma seu compromisso com a igualdade e direito de oportunidades entre homens e mulheres no ambiente empresarial, além de ser signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres - resultado da parceria da ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas.

No decorrer do exercício de 2012 foi dado prosseguimento às tratativas de implantação dos projetos a serem executados com recursos do Banco Mundial. A concessão do financiamento à Eletrobras é destinada ao Programa Corporativo das Empresas de Distribuição da Eletrobras e de Melhoria da Qualidade dos Serviços e Redução de Perdas Elétricas , no qual a Amazonas Energia está incluída.

Por fim, destacamos que em 2013 deverão ser concluídos dois processos de extrema relevância empresarial, a saber: a integração ao SIN por meio da linha de transmissão de 500 kV Tucuruí-Manaus e a Desverticalização da Companhia, em obediência ao artigo 20 da Lei nº 10.848 de 15 de março de 2004, complementado posteriormente pela Lei 12.111 de 09 de fevereiro de 2009.

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PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO

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PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA AMAZONENSE

A economia do Amazonas é fortemente dependente da atividade do Polo Industrial de Manaus PIM, cujos efeitos agem como elemento propulsor do desenvolvimento regional. Em 2012 o faturamento global do PIM superou R$ 70 bilhões, contra R$ 68,7 bilhões do ano anterior, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor de Duas Rodas. Em contrapartida, houve crescimento na fabricação dos itens estratégicos de TVs, condicionadores de ar tipo split, bicicletas, celulares e bens de informática, favorecendo, inclusive, a indústria componentista de apoio. No ano, a média de empregos diretos chegou a 120 mil, com o setor de Eletroeletrônicos sendo responsável por 43% das vagas.

Manaus concentra 82% do Produto Interno Bruto PIB do Amazonas (R$ 65.039 bilhões em 2011) que responde por 1,6% do PIB nacional, com quase a totalidade da produção fabril direcionada ao mercado nacional - 90% resto do país, 3% local e 7% exterior -, cuja demanda interna depende do mercado de trabalho, mercado de crédito e das transferências institucionais, com as oscilações nas transações comerciais repercutindo no ritmo da economia local. A condução da política econômica do Governo tem dado ênfase à manutenção do consumo, através de desoneração fiscal e tarifária, e expansão do crédito. Vale ressaltar que a economia contemporânea é globalizada e que os efeitos da crise financeira internacional ainda têm sido objeto de grande preocupação nos países da zona do euro, podendo ter repercussão no comércio exterior brasileiro pela retração desses mercados.

Apesar de a economia brasileira não ter crescido em 2012 como se esperava, há grande confiança nas perspectivas para 2013, como resultado dos estímulos ao crescimento econômico, tanto do PIB quanto da atividade industrial. Com isso, há expectativas positivas sobre o que poderá ocorrer nas atividades socioeconômicas do Estado do Amazonas nos anos vindouros, devido a: a) a operação da Ponte sobre o Rio Negro que facilitará o desenvolvimento dos Municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, e demais regiões do rio Solimões, seja no intercâmbio comercial, na logística de carga e produtos nativos, no turismo doméstico e ecológico, na ocupação imobiliária, na criação de assentamentos produtivos com escoamento eficiente, e na descoberta de novas demandas de serviços e oportunidades; b) o Polo Industrial Naval de Manaus em toda a cadeia produtiva estima gerar 20 mil empregos, gozará dos benefícios da Zona Franca de Manaus ZFM e créditos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, tornando-se a nova matriz econômica da região, com implantação prevista para 2014; c) a retomada da construção da BR-319 (Manaus-Porto Velho), cujo funcionamento minimizará os custos no fluxo de mercadorias para o resto do país, especialmente para o escoamento da manufatura do PIM; d) as obras necessárias para a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014, com estádio esportivo, infraestrutura urbana e viária, transporte fluvial e aeroportuário (ampliação do aeroporto internacional Eduardo Gomes ), melhoramento da atividade hoteleira com aumento na quantidade de leitos, além das grandes obras civis imobiliárias, com a construção de torres comerciais e de moradia para as diversas classes sociais e de um Shopping Center na área da Ponta Negra, com 170 lojas e um complexo de sete torres residenciais; e) a interligação ao SIN através da linha de transmissão de 500 kV Tucuruí-Manaus em 2013, com solução da oferta de energia permanente na capital e nos municípios ligados à rede elétrica; f) a consolidação da matriz energética do gás natural nas termelétricas da região e nas linhas de produção das indústrias do PIM, com os ganhos de produtividade absorvendo os custos tarifários e de adequação dos equipamentos; g) os investimentos estaduais nos sete municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM), em infraestrutura necessária ao desenvolvimento e incentivo na produção regional, levando em conta a vocação natural e a potencialidade econômica das localidades.

O Estado do Amazonas, com população de 3,54 milhões de habitantes e participação no PIB nacional de 1,6%, receberá do governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento PAC 2, um aporte de R$ 15,32 bilhões em investimentos, sendo R$ 11,57 bilhões entre os anos de 2011 a 2014 e R$ 3,75 bilhões após esse período. Os investimentos estão organizados em seis diferentes eixos: Transportes, Energia, Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa Minha Vida e Água e Luz para Todos, conforme descrito a seguir:

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

Relatório de Administração 2012

O eixo de Transportes terá o aporte de R$ 1.696,15 milhões a serem aplicados em empreendimentos exclusivos, que beneficiam tão somente a unidade federativa, e R$ 422,92 milhões em empreendimentos regionais que abrangem mais de um estado. As obras incluem aeroportos, portos no interior, construção e pavimentação de rodovias e estradas vicinais, pontes, dragagem e sinalização de rios;

O eixo de Energia contará com R$ 6.670 milhões em empreendimentos exclusivos e R$ 3.103,96 milhões para a região Norte. Os setores beneficiados serão: energia elétrica (geração, transmissão e distribuição), petróleo e gás, mineração, e pesquisa exploratória; O eixo Cidade Melhor disporá de R$ 398,14 milhões que serão aplicados na capital e nos municípios do interior nas áreas de saneamento público e melhorias sanitárias domiciliares, drenagem e recuperação ambiental, além de mobilidade e pavimentação urbana;

O eixo Comunidade Cidadã terá ao seu dispor R$ 48,80 milhões até 2014 em Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, Creches e Pré-escolas, Quadras esportivas nas escolas, e Praças do Esporte e da Cultura. Essas obras incluem a capital e o interior do Estado;

O eixo de habitação Minha Casa, Minha Vida contará com R$ 2,011 bilhões até o ano de 2014 e R$ 126,28 milhões a partir de 2015. Abrangerá construções habitacionais, urbanização de áreas degradadas e assentamentos precários;

O eixo Água e Luz para Todos terá para ser aplicado até 2014 o valor de R$ 845,42 milhões em universalização de energia à população, recursos hídricos e abastecimento de água nas escolas, áreas rurais e indígenas.

Em 2012, a carga de energia foi da ordem de 9.183 GWH, evidenciando um crescimento de 5,0% em relação ao ano anterior, enquanto a carga de demanda de 1.600 MW cresceu 12,8% sobre o verificado no ano de 2011. A projeção dos requisitos de energia e demanda para o período 2013/2022, se baseou nas perspectivas de expansão da economia amazonense descritas acima, apresentando um crescimento médio anual de 7,6% para a energia requerida e de 7,1% para a demanda, que exigirá investimentos constantes da Amazonas Energia, de forma a ofertar a esse mercado cada vez mais robusto, uma prestação de serviço com qualidade e confiabilidade. Energia (GWh) Demanda (MW) Requisitos 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Crescimento Médio Anual (%) Energia 9.675 10.227 10.784 11.499 12.257 13.306 14.132 15.009 16.054 17.008 7,6 Demanda 1.655 1.770 1.921 2.018 2.139 2.303 2.426 2.549 2.705 2.829 7,1

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A Relatório de Administração 2012

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ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DIRECIONAMENTOS

4.1 Missão, Visão e Valores

As orientações de caráter estratégico da Amazonas Energia fazem parte do Grupo Eletrobras, quais sejam:

Visão das Empresas Eletrobras: Em 2020, ser o maior sistema empresarial global de energia limpa, com rentabilidade comparável às das melhores Companhias do setor elétrico.

Visão das Empresas de Distribuição da Eletrobras: Conquistar, até 2014, a sustentação do negócio Distribuição, alcançando os níveis de rentabilidade e de qualidade definidos pela Agência Reguladora para todas as empresas.

Missão: Atuar nos mercados de energia de forma integrada, rentável e sustentável.

Valores: Foco em resultados, Empreendedorismo e Inovação, Valorização e Comprometimento das Pessoas, Ética e Transparência .

4.2 Plano de Melhoria de Desempenho

PMD das Empresas de

Distribuição - EDEs da Eletrobras

No âmbito do processo de planejamento estratégico, foi elaborado um Plano de Melhoria de Desempenho PMD, compreendendo um ciclo de ações para o período de 2011 a 2015, no qual foram identificadas as ações e metas direcionadas para a melhoria dos indicadores de continuidade e confiabilidade, o combate às perdas de energia elétrica, a redução da inadimplência e a execução do Programa Luz para Todos. Tal plano está traduzido no Contrato de Metas de Desempenho Empresarial CMDE, estabelecido entre a holding e suas controladas. Entre março e abril de 2012, ocorreu a revisão dessas metas para 2012 a 2014, durante a conclusão do Plano de Negócio de cada empresa, a partir do Plano Diretor de Negócios e do Plano Diretor de Gestão do Sistema Eletrobras, ambos decorrentes do desdobramento do Plano Estratégico do Sistema Eletrobras 2010-2020.

4.3 Plano de Expansão da Companhia para 2012-2015

Diante da integração prevista ao SIN em 2013 e da ampliação da demanda de energia elétrica decorrente da expectativa de crescimento das atividades sócioeconômicas de Manaus, existe a necessidade da realização de um grande volume de obras de forma a proporcionar melhoria ao pleno atendimento na Região Metropolitana da capital do Estado do Amazonas.

Nos quadros a seguir, estão relacionadas as obras previstas para a expansão do Sistema de Transmissão, que engloba a implantação de novas Linhas de Transmissão LT e Subestações

SE e a modernização e ampliação de SE existentes.

Expansão do Sistema de Transmissão - 2013

Implantar SE Santa Etelvina 69/13,8 kV - 2° Trafo - 1X26,6 MVA; Ampliar a SE Distrito Dois 69/13,8 kV - 2x26,6 MVA; Ampliar a SE Jaraqui 69/13,8 kV - 2° Trafo - 1x26,6 MVA; Ampliar a SE Redenção 69/13,8 kV - 3° Trafo - 1x26,6 MVA; Ampliar a SE Seringal Mirim 69/13,8 kV - 4° Trafo - 1X26,6 MVA; Remanejar LT 69 kV Mauá / Cidade Nova; Ampliar/Modernizar a SE Presidente Figueiredo - 230/13,8 kV - 1xBC 3x3,6 MVAr; Recondutorar LT Manaus / São José - CS 1x954 MCM (5 km); Ampliar/Modernizar a SE Cachoeirinha - 69/13,8 kV 1xBC 10,8 MVAr; Ampliar/Modernizar SE Ponta do Ismael - 69/13,8 kV 2 ELs 69 kV; Implantar LT 69 kV Iranduba / Manacapuru (70 km) - CS 266,8 MCM C1; Implantar SE Manacapuru 69/13,8 kV - 1° e 2° trafo - 2x26,6 MVA; Ampliar a SE Iranduba (69/13,8 kV - 1x26,6 MVA); Implantar a LT 138 kV Cachoeira Grande/Compensa - CD 2x795 (10 km); Implantar a LT 138 kV Jorge Teixeira / Mutirão - CD 2x795 MCM (7 km); Implantar a LT 138 kV Mutirão / Cachoeira Grande - CD 2x795 MCM (7 km); Implantar a SE Cachoeira Grande 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a Compensa 138/13,8 kV - 2x40 MVA; Implantar a SE Mutirão 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a LT 230 kV Mauá Três / Jorge Teixeira CD 2X954 MCM (12,5 km); Ampliar a SE Lechuga - 2 EL Etapa Balbina e Cristiano Rocha 230 kV; Seccionar da LT 230 kV Balbina / Manaus e Cristiano Rocha/Manaus na SE Lechuga - 2x636 MCM; Implantar a SE Jorge Teixeira - 230/138 kV - 2x150 MVA; Implantar a SE Mauá Três - 230/138 kV - 3x150 MVA; Ampliar a SE Manaus 230/69 kV - 4º Trafo - 1x150 MVA; Ampliar a SE Jorge Teixeira 230/138 kV - 3° Trafo - 1x150 MVA; Ampliar a SE Mauá Três 230/138 kV - 4° Trafo - 1x150 MVA; Implantar a LT 69 kV Distrito Dois / Consumidor Especial (Nissin); Implantar a LT Jorge Baird / Consumidores Especiais - CS 1x477 MCM; Implantar LT Manaus / Santo Antonio CS 1x954 MCM (10 km) C2; Implantar LT Mauá Três / Consumidores Especiais - CS 477 MCM; Ampliar a SE Jorge Baird 1 EL 69 kV - Etapa Consumidor Especial; Ampliar a SE Manaus 1 EL 69 kV Etapa SE Santo Antônio; Ampliar/Modernizar a SE Aparecida - 69/13,8 kV - (1 BC+SPCS); Ampliar/Modernizar a SE Flores - 69/13, 8 kV; Ampliar/Modernizar a SE Ponta Negra - 69/13,8 kV; Ampliar/Modernizar a SE Santo Antonio; Ampliar/Modernizar SE V8 - 69/13,8 kV - 1x26,6 MVA; Implantar LT 69 kV Iranduba /

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AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

Relatório de Administração 2012

Manacapuru C2- CD 1x954 MCM ( 70 km); Ampliar a SE Iranduba 69/13,8 kV 1 EL 69 kV- Etapa Manacapuru; Ampliar a SE Manacapuru - 69/13,8 kV 1 EL 69 kV - Etapa Iranduba; Implantar a LT 138 kV Manaus / Cachoeira Grande 2x795 MCM CS 1,5 km; Ampiar a SE Manaus 230/138 kV 1° trafo 150 MVA.

Expansão do Sistema de Transmissão 2014

Implantar LT 138 kV Silves / Itacoatiara - CS 795 MCM (125 km);; Implantar a LT 138 kV Lechuga / Santa Etelvina - CD 795 MCM (8 km); Implantar a LT 138 kV Mauá Três / Distrito Três - CD 2x795 MCM (10 km); Implantação a LT 138 kV Compensa / Pojucan Rafael - CD 3x795 MCM (2,8 km); Implantar a LT 138 kV Mauá Três / Distrito Quatro CD 2x795 MCM (6 km); implantar a LT 138 kV Santa Etelvina / Parque Dez - CD 2x795 MCM (10,5 km); Implantar a SE Pojucan Rafael 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Distrito Quatro 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Distrito Três - 138/13, 8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Parque Dez 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Implantar a SE Santa Etelvina - 138/13,8 kV - 3x40 MVA; Ampliar a SE Compensa 138/13,8 kV - 3° trafo - 1x40 MVA; Implantar a LT 138 kV Rio Branco (AC) / Boca do Acre (AM) CS 1x477 MCM (214 km); Implantar a SE Boca do Acre 138/13,8 kV - 2x12,5 MVA; Ampliar a SE Rio Branco (AC) 230/138 kV 1 EL 138 kV - Etapa Boca do Acre (AM); Implantar a LT 69 kV Iranduba / Manacapuru C3 CS 1x954 MCM (70 km); Implantar LT 69 kV SE Manacapuru / Novo Airão - CS 1x477 MCM (98 km); Implantar a SE Novo Airão 69/13,8 kV - 2x13,3 MVA; Ampliar a SE Iranduba - 69/13,8 kV 1 EL 69 kV - Etapa Manacapuru C3; Ampliar a SE Manacapuru - 69/13,8 kV 1 EL 69 kV - Etapa Iranduba C3; Ampliar a SE Manacapuru 1 EL 69 kV Etapa Novo Airão; Implantar SE Itacoatiara - 138/13,8 kV - 2x40 MVA; Implantar a LT 138 kV Lechuga / Rio Preto da Eva - CS 477 MCM (55 km); Implantar a SE Rio Preto da Eva 138/13,8 kV - 2x12,5 MVA; Implantar a SE Presidente Figueiredo Dois 138/13,8 kV 2x12,5 MVA; Implantar a LT 138 kV Presidente Figueiredo/Presidente Figueiredo Dois CD 1x477 MCM 20 km; Ampliar a SE Iranduba 138/69 kV 2x60 MVA; Implantar a LT 138 kV Compensa/Iranduba CD 2x795 MCM 25 km.

Expansão do Sistema de Transmissão 2015

Seccionar LT 69 kV Iranduba/Manacapuru C1 - CS 1x266,8 MCM (1,0 km) Etapa SE Ariau; Ampliar a SE Manacapuru 69/13,8 kV 3° trafo - 1x26,6 MVA; Implantar a SE Ariaú 69/13,8 kV - Manacapuru - 69/13,8 kV - 1x13,3 MVA; Implantar a SE Bela Vista - Manacapuru - 69/13,8 kV - 1x13,3 MVA; Substituir o Tranfo n 1 da SE Iranduba 69/13,8 - 1x13,3 MVA por 1x26,6 MVA; Implantar a LT 138 kV Jorge teixeira/Mutirão C3 CS 2x795 MCM 7,1 km; LT 138 kV Distrito Quatro/Petropolis CD 2x795 MCM 10 km; LT 138 kV Lechuga / Amazonas CD 2x795 MCM 2,5 km; Implantar a SE Petropolis 138/13,8 kV 3x40 MVA; Implantar a SE Amazonas 138/13,8 kV 3x40 MVA;; Ampliar a SE Iranduba 138/69 kV 3° trafo 1x60 MVA; Implantar a SE Itacoatiara Dois 138/69 kV - 2x20 MVA; Implantar a SE Silves Dois 138/69 kV - 2x20 MVA; Implantar LT 138 kV Silves / Itacoatiara Dois - CS 795 MCM (80 km); Implantar LT 138 kV Silves / Silves Dois - CS 795 MCM (13 km); Implantar LT 69 kV Itacoatiara Dois / Novo Remanso - CD 477 MCM (74 km); Implantar LT 69 kV Itapiranga / S.Sebastião do Uatumã - CD 477 MCM (41 km); Implantar LT 69 kV Silves Dois / Itapiranga - CD 477 MCM (20 km); Implantar a SE Itapiranga 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE Novo Remanso 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE São Sebastião do Uatumã 69/13,8 kV - 2x7,5 MVA; Implantar a SE Urucará 69/13,8 kV 2x7,5 MVA; Implantar a LT 69 kV São Sebastião/Urucará CS 1x477MCM 15 km.

Além das obras de expansão da Rede de Distribuição, serão também realizados serviços de melhorias, tanto na Média Tensão MT quanto na Baixa Tensão BT com a utilização de cabos isolados e tecnologia em Spacer Cable, instalação de equipamentos especiais, tais como capacitores, reguladores de tensão e religadores automatizados visando a atender com qualidade e continuidade o fornecimento de energia elétrica aos consumidores da Companhia. A tabela a seguir apresenta os recursos financeiros requeridos para a implantação das obras previstas no Plano de Expansão do Sistema Elétrico nos segmentos de Geração, Transmissão e Distribuição 2013/2015.

Discriminação Investimentos 2013 a 2015 - R$ Mil 2013 2014 2015

Programa de Geração de Energia Elétrica 317.168 264.296 294.100

Programa de Transmissão de Energia Elétrica 88.205 166.778 161.765 Programa de Rede de Distribuição de Energia Elétrica 544.735 293.693 141.159

Programa Luz para Todos 230.440 169.100

-Programa de Infra-Estrutura e Apoio 41.441 80.836 43.924

TOTAL 1.221.989 974.703 640.948

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AMBIENTE REGULATÓRIO

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AMBIENTE REGULATÓRIO DA CONCESSÃO

5.1 Prazo da Concessão

A Amazonas Energia celebrou com a União, através do Contrato de Concessão n° 020/2001, a exploração do Serviço Público de Energia para atender a totalidade dos municípios do Estado do Amazonas, que tem como prazo de vigência 7 de julho de 2015. Com base no contrato supracitado, a Companhia tem o prazo de 36 (trinta e seis) meses, antes do término do contrato, para requerer sua prorrogação. Através da carta CTA - PR n°135/2012, datada de 19 de junho de 2012, esta concessionária formalizou, junto à Agência Reguladora, pleito com vista a prorrogação. Com a edição do Decreto nº 7.805, datado de 14 de setembro de 2012, que regulamentou a Medida Provisória-MP nº 579/2012, a Companhia, através da carta CTA PR nº 215, de 24 de setembro de 2012, ratificou o seu interesse na prorrogação do contrato vigente. A ANEEL, através do Ofício n° 452/2012- SCT/ANEEL, datado de 29 de junho de 2012, confirmou a abertura do processo de prorrogação da concessão sob o protocolo ANEEL nº 48513.020675/2012-00 e informou que o Poder Concedente deverá manifestar-se quanto ao pleito em até 18 meses antes do vencimento do contrato do qual a AmE é titular.

Destacamos que a Medida Provisória-MP nº 579/2012 e o Decreto 7.805, de 14 de setembro de 2012, definiram novos critérios para prorrogação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica vincendas no período de 2015 a 2017 e a redução de encargos setoriais.

Com foco na desoneração do setor produtivo, o Governo Federal determinou medidas que, ao serem implementadas, ensejarão a redução média de até 32% da tarifa dos consumidores atendidos em alta tensão; no caso dos consumidores residenciais, a redução mínima será de 18%. As principais alterações constantes da MP são:

1. As concessões não prorrogadas serão licitadas e terão indenização do valor dos investimentos dos bens reversíveis ainda não amortizados ou não depreciados. Esta indenização será calculada com base no Valor Novo de Reposição - VNR, e considerará a depreciação e a amortização acumuladas a partir da data de entrada em operação das instalações, até 31 de dezembro de 2012, em conformidade com os critérios do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico-MCSE.

2. Revisão tarifária extraordinária das concessionárias de distribuição de energia elétrica que será implementada pela ANEEL, sem prejuízo dos futuros reajustes tarifários anuais previstos nos contratos de concessão, contemplando as alterações a seguir: a) alocação de cotas de energia, resultantes das geradoras com concessão renovadas, a um preço médio de R$ 32,81/MWh; b) redução dos custos de transmissão; c) redução dos encargos setoriais (CCC e RGR); d) retirada de subsídios da estrutura tarifária, com aporte de recursos do Tesouro Nacional.

3. Alteração na Lei n° 12.111/2009, que terá repercussão nos Sistemas Isolados, no que se refere à quantidade de energia a ser considerada, para fins de cobertura de custos pela CCC, limitando-a ao nível eficiente de perdas, conforme regulação a ser editada pela ANEEL. De acordo com o regramento normativo definido na Medida Provisória nº 579/2012, o custo subvencionado pela Conta Consumo Combustível - CCC passou a ser coberto pela Conta de Desenvolvimento Energético CDE, cuja receita é proveniente das quotas anuais pagas por todos os agentes que comercializam energia ao consumidor final (encargo incluído nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão ou de distribuição), dos pagamentos realizados a título de uso de bem público, das multas aplicadas pela ANEEL e dos créditos da União referentes à Itaipu Binacional.

Outra importante alteração é a relativa à quantidade de energia a ser considerada para atendimento ao serviço público de distribuição de energia elétrica nos Sistemas Isolados que será limitada ao nível eficiente de perdas, conforme regulação da ANEEL. Em 20 de dezembro de 2012, a ANEEL abriu Audiência Pública n° 107/2012 para obter subsídios para a definição do orçamento da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis CCC para o ano de 2013.

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Atualmente a Amazonas Distribuidora detém a outorga dos empreendimentos de geração, conforme abaixo:

Concessões

Autorizações Ato Autorizativo Início Vencimento Rio

Capacidade Instalada Capacidade Utilizada MW MW UHE Balbina

Portaria do MME nº 371, datada de 28.12.2007, prorroga por vinte anos

a concessão

01.03.2007 01.03.2027 Uatumã 277,5 250,0

UTE Aparecida

Bloco 1 Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE. 07.06.2010 07.07.2015 - 161,5 120,0 Bloco 2 121,0 80,0 UTE Mauá Bloco 1 Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE. 07.06.2010 07.07.2015 - 149,5 132,0 Bloco 3 110,0 110,0 Bloco 4 171,5 157,5 Bloco 5 93,0 77,6 Bloco 6 166,1 153,4 Bloco 7 48,0 38,4 Reagrupamento com 61 municípios para distribuir Energia Elétrica e respectivas instalações de transmissão de âmbito próprio. Resolução ANEEL nº 048, de 02.02.2001. Art. 22 da Lei 9.074 de 07.07.1995. Portaria nº 35, de 20.02.2001 MME. Res. Aut orizat iv a ANEEL nº 1.304 de 18.03.2008 em se Art. 1º Anui à incorporação da CEAM pela MESA, com transferência

das concessões de geração e distribuição e versão dos ativos e

passivos. 11.04.2008 07.07.2015 - 439,0 344,0 Distribuição Município de Manaus Resolução ANEEL nº 283 de 26.07.2000 e Resolução ANEEL nº 53 de 08.02.2001, Contrato de Concessão nº 20/2001 ANEEL de 21.03.2001 e os seus aditivos. Portaria nº 34 MME de 20.02.2001. Art. 22, § 2º da Lei nº 9.074, de 07.07.95 21.03.2001 07.07.2015 - - - UTE Flores Despacho ANEEL nº 3.209 de 25.08.2009 autoriza a Manaus Energia a alterar a capacidade

instalada da UTE Flores.

20.06.2008 07.07.2015 - 124,7 94,6

UTE Cidade Nova

Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE.

07.06.2010 07.07.2015 - 29,7 22,8

UTE São José

Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE.

07.06.2010 07.07.2015 - 73,4 60,9

UTE Iranduba*

Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE.

07.06.2010 07.07.2015 - 66,6 54,7

UTE Distrito*

Despacho ANEEL nº 1.596, de 07.06.2010, aut oriza a Eletrobras

Amazonas Energia a alterar em caráter excepcional as características

técnicas da UTE.

07.06.2010 07.07.2015 - 51,3 42,8

TOTAL GERAL 2.082,8 1.738,7

( * ) u t iliz a çã o de pa r t e da out or ga da U TE M a u á . N e st e qua dr o nã o est á com pu t a do o va lor de 1 2 0 M W de ca pa cida de da UTE Eletron, pois a concessão da mesma pertence à Eletronorte.

5.2 Reajuste Tarifário

O Contrato de Concessão acima mencionado também versa sobre as tarifas aplicáveis na comercialização de energia, em que os valores deverão ser reajustados com periodicidade anual, obedecidas a regulamentação e a legislação vigente e superveniente, 1 (um) ano após a Data de Reajuste Anterior . Este processo de reposicionamento da receita deve considerar as alterações na estrutura de custos e de mercado da Concessionária, os níveis de tarifas

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observados em empresas similares no contexto nacional e internacional, os estímulos à eficiência e à modicidade das tarifas e deve passar por Revisão Tarifária a cada quatro anos. No exercício de 2012, a fim de restabelecer o poder de compra da receita da concessionária, foi realizado o processo de Reajuste Tarifário da Amazonas Energia, sendo o período de referência novembro de 2012 a outubro de 2013.

O Índice de Reajuste Tarifário Anual IRT de 2012 da empresa, para aplicação a partir de 1º de novembro de 2012, resultou um percentual final médio de 0,94%. Este incremento é composto pelo IRT econômico de 2,36% e pelo somatório dos componentes financeiros retirados da base do exercício anterior (IRT financeiro) que resultou em -1,42%, representando um efeito médio a ser percebido pelos consumidores cativos de -2,09% em relação às tarifas vigentes anteriormente, conforme tabela abaixo:

Grupo de Consumo Variação Tarifária (%)

A3 69 kV - 2,23 A4 13,8 kV -2,11 AT Alta Tensão > 2,3 kV -2,14 BT Baixa tensão < 2,3 kV - 2,03 Total - 2,09

5.3 Investimento Remunerável

O montante da remuneração do investimento, considerando o valor dos ativos necessários para prestação do serviço de distribuição e tendo como parâmetro os percentuais estabelecidos na segunda revisão tarifária, correspondeu a R$ 170,2 milhões, representando 42,46% do total da Parcela B .

Os valores abaixo apresentados são regulatórios e não contábeis e representam a Base de Remuneração Regulatória BRR do processo de distribuição de energia elétrica da Amazonas Energia, recalculada através do Relatório de Fiscalização Econômica e Financeira RF - AmE n° 039/2010-SFF, emitido pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira SFF/ANEEL.

R$ mil

Discriminação Reajuste Tarifário Novembro/2012 Reajuste Tarifário Novembro/2011 Reajuste Tarifário Novembro/2010

Ativo Imobilizado em Serviço Bruto 1.974.390 1.848.680 1.728.223

(-) Depreciação Acumulada - 1.095.419 -1.025.674 -958.843

Ativo Imobilizado em Serviço Líquido 878.971 823.006 769.381

(+) Almoxarifado 95.833 89.732 83.885

(-) Obrigações Vinculadas ao SPEE - 182.655 -171.026 -159.882

(-) Índice de Aproveitamento Depreciado - 5.719 -5.355 -5.006

Investimento Remunerável (Base de

Remuneração) 786.430 736.358 688.378

Bens 100% Depreciados 558.325 522.776 488.713

Variação do IGPM (%) 6,80 6,95 8,81

Cota de Depreciação (taxa Média Anual 3,90%) - -

-* Valores da Revisão Tarifária ajustados conforme Relatório ANEEL - FR- AME nº 39/2010- SFF

Foram corrigidos os valores relativos ao reajuste de 2009, com base nas informações do relatório de fiscalização, mencionado acima. Para os anos de 2010, 2011 e 2012, o cálculo desse importe resultou na aplicação do percentual de crescimento da parcela B , nos respectivos reajustes.

5.4 Gestões junto à ANEEL

CCC

Dando continuidade às gestões realizadas desde a edição da Lei nº 12.111/2009, durante o exercício de 2012, com apoio da Direção da Eletrobras (holding), foram realizadas reuniões e emitidas cartas com o objetivo de sensibilizar a Agência Reguladora quanto a necessidade de realizar adequações nos regramentos normativos que tratam do processo de reembolso da CCC,

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passando a considerar peculiaridades do processo de produção de energia elétrica nos Sistemas Isolados, tais como: a) adoção dos preços dos combustíveis constantes das notas fiscais da empresa distribuidora de derivados de petróleo; b) reaver os limites do consumo específico das usinas dos Sistemas Isolados, passando a considerar uma programação de despacho que contemple níveis de reserva girante que garanta a continuidade do atendimento nos casos de variações abruptas do requerimento de carga e/ou a saída intempestiva de unidades geradoras;

c) cobertura do valor correspondente aos estoques de combustíveis necessários para a

continuidade da prestação do serviço, como reserva técnica e para compensar o tempo de transporte durante a baixa dos níveis dos rios (quando aumenta o tempo de deslocamento e dificulta o acesso); d) incluir no reembolso os custos inerentes à reserva de capacidade, correspondente às unidades geradoras mantidas em stand-by, prontas para entrar em operação em substituição àquelas que apresentem problemas intempestivos durante a operação; e) reembolso do PIS/PASEP e da COFINS não compensados.

5.5 Fiscalizações 2012

No decorrer do exercício de 2012, a Companhia passou por 10(dez) ações de fiscalizações da ANEEL. A área comercial recebeu duas fiscalizações realizadas pela Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade SFE. A primeira fiscalização foi realizada no período de 16 a 20 de abril de 2012, cujo objeto foi a verificação dos procedimentos adotados pela Amazonas Energia na realização do faturamento das unidades consumidoras no período de outubro de 2011 a fevereiro de 2012.

A segunda fiscalização foi realizada no período de 20 a 21/06/2012 e teve como escopo a verificação dos índices de qualidade do Teleatendimento em relação às metas estabelecidas nas Resoluções n° 363/2009 e 414/2010 ANEEL.

O sistema de distribuição da concessionária foi objeto de 3 (três) fiscalizações. Em duas, ocorridas nos meses de abril e outubro, a Agência Reguladora avaliou os procedimentos técnicos de manutenção e operação do sistema elétrico de Manaus. A outra ação feita por monitoramento, entre os meses de maio a setembro, verificou os procedimentos quanto aos indicadores de qualidade dos níveis de tensão fornecida pela concessionária aos seus clientes. A Superintendência de Fiscalização Econômico-Financeira SFF da ANEEL realizou, no período de 15 a 26 de outubro, ação fiscalizadora nas áreas econômico-financeira e contábil da empresa, cujo objetivo foi a verificação do cumprimento das obrigações normativas e contratuais da concessionária.

Na área de geração foram realizadas duas ações, uma no interior do estado, entre os meses de julho e agosto, e outra na Região Metropolitana de Manaus, entre os meses de outubro e novembro. Nessas ações foram inspecionadas 46 usinas termelétricas da capital e do interior, além da usina hidrelétrica de Balbina. O objetivo das fiscalizações foi a verificação geral das instalações das usinas, da existência e vigência da licença ambiental aplicável, da conformidade dos dados técnicos, dos procedimentos de operação e manutenção, dos aspectos de desempenho técnico, segurança e legais, além do cumprimento das recomendações e determinações estabelecidas em procedimentos de fiscalização ocorridos anteriormente. A capital do Estado do Amazonas sediará os jogos da copa do Mundo de 2014. A fim de avaliar o andamento das obras relacionadas ao evento, a ANEEL realizou fiscalização, no mês de outubro, em todas as obras em andamento que visam dar confiabilidade elétrica ao sistema garantindo qualidade no fornecimento de energia durante a realização do evento esportivo. Outra ação realizada pela fiscalização, no mesmo período, objetivou avaliar o andamento das obras relacionadas à interligação do sistema Manaus ao SIN, previsto para ocorrer no ano de 2013.

5.6 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

P&D e Projetos de

Eficiência Energética

PEE

Os Projetos de P&D desenvolvidos pela Amazonas Energia estão direcionados para a busca de inovações para fazer frente aos desafios tecnológicos e de mercado enfrentados por ela, enquanto que os PEE objetivam demonstrar à sociedade a importância e a viabilidade

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econômica de ações de combate ao desperdício de energia elétrica, de melhoria da eficiência energética de equipamentos e de adoção de mudança de hábitos no uso da energia elétrica. O quadro a seguir mostra a situação em 31/12/2012 dos investimentos nos Programas relativos ao P&D e PEE.

Projetos Limite Regulatório

Recursos R$ mil Saldo Contábil a Aplicar em Novos Projetos Saldo de Projetos em Andamento RC Aprovadas para Novos Projetos 2013 PEE 12.236 16.141 9.520 - P&D 4.894 9.078 1.627 4.116

5.6.1 Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

P&D

A Amazonas Energia contrata a execução de Projetos de P&D desde o ano 2000, e já possui uma carteira de 35 projetos, dos quais 33 já foram concluídos (R$ 12.001 mil) e dois em andamento (R$ 4.855 mil), com desembolso total de R$ 16.856 mil até 31/12/2012. Quanto à tipologia, destacam-se 08 na temática de Fontes Alternativas de Geração de Energia; 07 voltados para o Combate às Perdas Comerciais; 04 na área de Eficiência Energética e 04 em Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas de Energia Elétrica. Desta forma, a aplicação de recursos regulatórios até 2012, pela Amazonas Energia, em projetos de P&D, 23% foram em: inovações tecnológicas na busca de fontes alternativas de geração de energia elétrica mais eficiente e ambientalmente corretas, que possam substituir a geração térmica a diesel do seu parque gerador; 21% no combate às perdas comerciais; 12% na melhoria da eficiência operacional e de desempenho dos equipamentos principais dos seus sistemas de geração, transmissão e distribuição; e 12% na melhoria de seus sistemas operacionais, de supervisão, de controle e proteção de equipamentos e instalações elétricas do seu Sistema de Distribuição. Em 2012, a Companhia deu continuidade a 03 projetos de P&D iniciados em anos anteriores, sendo que um deles foi concluído durante o exercício contábil. Foram efetivamente pagos R$ 3.241 mil, na execução de projetos de P&D, em 2012.

Estão em andamento dois projetos de P&D, ambos para o interior do Estado do Amazonas:

Geração de Energia Elétrica com Etanol da Mandioca na Amazônia , com dois motogeradores

de 250kVA cada, já testados e comissionados, na localidade de Lindóia, no Município de Itacoatiara, aguardando liberação para operação comercial; e Desenvolvimento de modelo de

referencia para empresa de distribuição, fundamentado na experimentação de aplicações de conjunto de tecnologia Smartgird, projeto piloto em implantação em Parintins AM , em fase de

substituição de 3.549 medidores residenciais por medidores inteligentes e instalação de 96 medidores de balanço de energia; implantação da rede de backhaul de radiocomunicação e sistema de gerenciamento de rádio enlace.

O projeto de geração de energia elétrica com etanol da mandioca na Amazônia, em desenvolvimento pelos INEDES / UFAM / VSE, tem como objetivo estudar as condicionantes técnicas, econômicas, ambientais e legais para a produção e uso de etanol da mandioca (manihot esculenta crantz) para geração de energia elétrica no Estado do Amazonas. Jamais foi avaliado um grupo gerador a etanol em condições reais de operação na região amazônica brasileira. Também, reveste o projeto de originalidade, o estudo visando compatibilizar a oferta de etanol da mandioca por exploração de áreas degradadas e via agricultura familiar, com a demanda de energia elétrica no Estado do Amazonas. É inédito ainda, o estudo das condicionantes legais de cunho ambiental e do setor elétrico para produção e uso de etanol da mandioca para geração de energia elétrica no Estado do Amazonas. O Projeto também abre caminho para o surgimento de novos estudos para futuros empreendimentos sustentáveis do cultivo da mandioca, para geração de energia elétrica, com aproveitamento do resíduo para a fabricação de farinha nas unidades consumidoras isoladas na região amazônica;

O projeto de Smartgrid, em implantação em Parintins-AM, enquadra-se nos temas de projetos estratégicos, definidos pela ANEEL para aqueles cujo desenvolvimento é de interesse nacional e de grande relevância para o setor elétrico, envolvendo elevada complexidade em termos

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científicos e/ou tecnológicos e baixa atratividade para investimento como estratégia empresarial isolada ou individual. Além disso, necessitam esforços conjuntos e coordenados de várias empresas e entidades executoras e grande aporte de recursos financeiros. Esse projeto está sendo executado em regime de cooperação entre as seis Empresas de Distribuição da Eletrobras, com valor total estimado em R$ 21.793mil.

5.6.2 Projetos de Eficiência Energética

PEE

Até 31/12/2012, a Amazonas Energia já havia desembolsado R$ 30.282 mil em Projetos de PEE já concluídos, sendo R$ 27.788 mil na capital e R$ 2.494 mil no interior do Estado do Amazonas. Em projetos em andamento, foram aplicados R$ 4.992 mil, sendo R$ 26 mil na capital e R$ 4.966 mil no interior, que totalizou um investimento de R$ 35.274 mil em Projetos de Eficiência Energética. Em 2012, a empresa deu continuidade a 02 projetos de PEE iniciados em anos anteriores (um na capital e outro no interior), na tipologia baixa renda; e deu início à execução de dois outros (um na capital e outro no interior), para atendimento ao Poder Público (capital) e consumidores baixa renda (interior). Foram efetivamente pagos R$ 3.493 mil, na execução de projetos de PEE, em 2012.

Do acervo de 25 projetos de PEE, destacam-se 10 (40%) que se destinaram ao beneficiamento de consumidores da subclasse residencial baixa renda (06 na capital e 04 no interior); 06 (24%) em atendimento ao Poder Público (4 na capital e 2 do interior); e 05 (22%) ao atendimento a consumidores residenciais (03 na capital e 02 no interior), que, juntos, representam 84% do elenco de projetos de PEE que a Companhia já concluiu ou está executando.

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INVESTIMENTOS

Os investimentos realizados no período de 2006 a 2012 estão apresentados a seguir:

Investimentos Realizados 2006/2012 R$ milhões

Programas 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Variação 12/11 (%)

Geração 37,5 18,1 115 56,3 136,9 99,8 280 181%

Transmissão 48,1 21,3 41,3 74,4 36,6 98,1 54 -45%

Distribuição 24 37,8 52,6 73,7 101,6 132,7 274 106%

Luz Para Todos 34,8 30,1 25,8 92,2 165,2 138,9 114 -18%

Infraestrutura de Apoio 7,5 2,5 1,3 14,7 49,4 34,4 29 -16%

Total 151,9 109,8 236 311,3 489,7 503,9 751 49%

Em 2012 a Companhia investiu o total de R$ 751,0 milhões, o equivalente a um aumento de 49% em relação ao realizado no ano de 2011. A Amazonas Energia investiu R$ 280,0 milhões em ações de manutenção preventiva e revitalização de equipamentos principais e auxiliares das UTE de Aparecida e Mauá, UHE Balbina e grupos geradores do interior do estado garantindo a continuidade e confiabilidade do fornecimento de energia, não só na capital como nas mais de 105 localidades do interior do Estado do Amazonas.

Foram investidos também R$ 54,0 milhões na manutenção, automação, modernização e ampliação de subestações de 69, 138 e 230 kV. Ao final de 2012, alçamos a seguinte performance:

Empreendimentos concluídos: Energização da SE Iranduba 69/13.8 kV 26,6 MVA; Energização da SE Manacapuru 69/13.8 kV 26,6 MVA; Energização da LT 69 kV Distrito Dois/Cachoeirinha 69/13.8 kV 26,6 MVA; Energização da LT 69 kV Ponta Negra/Ponta do Ismael 69/13.8 kV 26,6 MVA e Recondutoramento da LT Mauá/São José.

Empreendimentos em execução: Construção da Linha de 230 kV Mauá Três e Jorge Teixeira

13,5 km; Construção da Linha de 138 kV Jorge Teixeira/Mutirão/Cachoeira Grande/Compensa 25 km; Implantação da SE Jorge Teixeira 230/138 kV 3 x 40 MVA

MVA; Implantação da SE Mauá Três 230/138/69 kV 3 x XX MVA MVA; Implantação da SE Mutirão 138/13.8 kV 3x40 MVA - 120 MVA; Implantação da SE Compensa 138/13.8 kV 2x40 MVA - 80 MVA; Implantação da SE Cachoeira Grande 138/13.8 kV 3x40 MVA - 120 MVA; Ampliação da SE Seringal Mirin 69/13.8 kV 1 x 26,6 MVA 26,6; Ampliação da SE Redenção 69/13.8 kV 1 x 26,6 MVA 26,6 MVA; Ampliação da SE Santa Etelvina II 69/13.8 kV 1 x 26,6 MVA 26,6 MVA; mpliação da SE Jaraqui 69/13.8 kV 1 x 26,6 MVA 26,6 MVA; Ampliação da SE Distrito Dois 69/13.8 kV 2x26,6 MVA 53,2 MVA; Modernização de SPCS da SE Ponta do Ismael 69/13.8 kV; Ampliação da SE Mauá II 69/13.8 kV Barra Principal e Transferência; Ampliação da SE Presidente Figueiredo 69/13.8 kV Banco de Capacitor e Modernização da SE Cachoeirinha 69/13,8 kV.

Os projetos e atividades desenvolvidos na rede de distribuição de energia elétrica impactam diretamente nos resultados dos indicadores DEC, FEC e TMAE e no nível de perdas técnicas e comerciais. Em 2012, a Amazonas Energia direcionou o montante de R$ 274,0 milhões para a ampliação e manutenção de redes e redução de perdas técnicas e comerciais na capital e no interior do estado.

Os investimentos em reforma e ampliação das unidades descentralizadas bem como a ampliação e manutenção do parque computacional totalizaram em 2012 um montante de R$ 29,0 milhões, propiciando aos colaboradores um ambiente de trabalho confortável e seguro. Em 2012, foi investido no PLpT o total de R$ 114,0 milhões, propiciando a cerca de 2.290 unidades consumidoras que residem no meio rural, o acesso aos benefícios proporcionados pelo uso da energia elétrica.

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Relatório de Administração 2012

6.1 Programa Luz para Todos

PLpT

O PLpT foi criado pelo Governo Federal por meio do Decreto n.º 4.873 de 11 de novembro de 2003, destinado a propiciar o atendimento de brasileiros da zona rural que ainda não tinham acesso aos serviços de energia elétrica. O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia MME e operacionalizado com a participação da Eletrobras, Governos Estaduais e das Empresas Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica.

Devido às peculiaridades da área de concessão da Amazonas Energia, principalmente as associadas à sua geografia econômica, dimensões territoriais continentais, logística de transportes e dificuldades de acesso, a execução do programa está requerendo um esforço gigantesco de todos os setores da Companhia envolvidos na execução do Programa, no sentido de que as dificuldades específicas dessa região sejam, gradativamente, superadas e as metas propostas sejam alcançadas.

Diversas ações são necessárias antes da execução das obras, dentre as quais se destacam: o levantamento técnico georreferenciado das localidades a serem atendidas, a fim de que seja definida a forma de atendimento mais adequada (rede de distribuição, geração descentralizada à diesel ou fontes de energia alternativas) e a execução de estudos dos impactos ambientais das obras para a obtenção de licença de implantação dos projetos junto aos órgãos competentes. Posteriormente à execução dos serviços, as ações mais importantes são a realização da fiscalização, acompanhamento e cadastramento das obras.

O PLpT projetou, executou e está gerindo a operação e manutenção de 12 (doze) Miniusinas Fotovoltaicas com Minirredes com sistema de medição do tipo pré-pago, onde foram atendidos 211 consumidores distribuídos nas seguintes comunidades: Aracari, Sobrado e Bom Jesus do Puduarí (Município de Novo Airão); Terra Nova (Município de Barcelos); Nossa Senhora do Carmo (Município de Beruri); São Sebastião do Rio Preto (Município de Autazes); Mourão e Santo Antônio (Município de Eirunepé) e Santa Maria, São José, Santa Luzia e Nossa Senhora de Nazaré (Município de Maués). As obras foram finalizadas em maio de 2011, sendo que neste mesmo mês iniciou o funcionamento dos sistemas de geração. O sistema de pré-pagamento está em funcionamento desde fevereiro de 2012.

No Estado do Amazonas ainda existem uma estimativa de 90.643 famílias sem acesso ao serviço público de energia elétrica, número obtido através da análise e cruzamento das informações entre os bancos de dados georreferenciados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (Censo 2010), cadastro próprio da concessionária e informações de Órgão Federal (Instituto Chico Mendes ICMBio) e Estadual (Fundação de Vigilância e Saúde FVS). A Amazonas Energia através do PLpT elaborou um Projeto de Referência para atendimento de 95 comunidades nos Municípios de Barcelos e Carauari, que serão atendidas com a mesma tecnologia do projeto miniusinas, cujo projeto se encontra em fase de habilitação técnica na Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O PLpT elaborou um Termo de Referência para identificação de domicílios situados em regiões remotas do sistema isolado do Estado do Amazonas, a fim de realizar o planejamento do atendimento dessas comunidades sem acesso a energia elétrica.

O quadro a seguir demonstra o resumo físico das obras realizadas pelo Programa desde o início de sua execução (2004 2012). Quantidade de Obras Consumidores Rede AT (km) Rede BT (km) Postes Transformadores Potência Instalada (kVA) 2.357 83.172 12.581,35 601,40. 161.377 36.677 198.375

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COMERCIALIZAÇÃO DE

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COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

7.1 Atendimento aos Consumidores

7.1.1 Atendimento Telefônico e Virtual

Os serviços de atendimento realizados por meio do telefone ou da Internet, tem como principal característica a sua disponibilidade ininterrupta, ou seja, podem ser utilizados durante qualquer hora do dia. Essa prática de atendimento tem, ao longo dos últimos anos, proporcionado a redução da quantidade dos atendimentos físicos e aumentado a interação entre os consumidores e a Companhia. Em 2012, foram realizados 1.027.720 atendimentos, dos quais, 81,99% foram provenientes da Central de Atendimento. A Companhia disponibiliza os números 0800 701 3001 (destinado ao atendimento de todos os clientes residenciais e comerciais) 0800 701 8092 (destinado aos clientes industriais do grupo A) e o 0800 098 1524 (exclusivo para registros de danos elétricos). O consumidor pode também se manifestar via Internet, por meio do acesso ao sítio da Companhia (www.amazonasenergia.gov.br), que em 2012, foi responsável por 0,46% do total de atendimentos.

7.1.2 Atendimento Presencial

O atendimento presencial no interior é feito por meio das agências existentes nas localidades. Na capital é realizado em 5 postos de atendimento, conforme mostra o quadro a seguir:

Postos de Atendimento em Manaus Dias e Horários de Atendimento

Sede 10 de Julho Rua 10 de julho, nº 269 - Centro Segunda a Sexta - 07h30min às 16h PAC Compensa Av. Brasil, nº 1.325 Compensa Segunda a Sexta - 08h00min às 17h PAC Cidade Nova Av. Noel Nutels Cidade Nova I Segunda a Sexta - 08h00min às 17h PAC São José Alameda Cosme Ferreira, nº 8.047 São José Segunda a Sexta - 08h00min às 17h PAC Alvorada Av. Desembargador João Machado, nº 4.922 Segunda a Sexta - 08h00min às 17h

7.1.3 Ouvidoria

Destacamos que, em 2012, a partir do mês de junho, a Ouvidoria passou a ter suas atividades regulamentadas por meio da Resolução Normativa da ANEEL n.º 470, publicada em 22.12.2011, a qual estabeleceu as disposições relativas às ouvidorias das concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica. Entre os benefícios estabelecidos ao consumidor, destacamos a implantação do número 0800-095-1247 a partir de 22.06.2012, passando a ser gratuito o contato com o Atendimento Telefônico da Ouvidoria.

Através dos canais de acesso (site, telefone, e-mail, correspondência, atendimento presencial, Sistema de Gestão de Ouvidoria da ANEEL) a Ouvidoria recebeu as manifestações dos consumidores, as quais resultaram em 2.064 registros para tratamento e acompanhamento, sendo 569 registradas através da ANEEL e 1.495 diretamente na Ouvidoria da Concessionária, representando aumento de 66% quando comparado ao exercício de 2011, que totalizou 1.243 registros.

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Relatório de Administração 2012

Canal de Acesso 2011 2012 Variação

ANEEL 302 569 88%

Amazonas Energia 941 1.495 59%

Total 1.243 2.064 66%

7.1.4 Conselho de Consumidores

O Conselho de Consumidores da Amazonas Energia é uma entidade de caráter consultivo, não remunerado e sem personalidade jurídica, composto por 05 membros titulares e 05 suplentes indicados por entidades representativas das classes de consumidores (residencial, comercial, rural, industrial e poder público). Vale destacar que seu principal objetivo é representar os interesses dos consumidores junto à Concessionária e aos segmentos destas classes.

Em 2012, o Conselho realizou a 1ª Audiência Pública prevista pela Resolução Nº 451/ANEEL com objetivo de sensibilizar e mobilizar os diversos setores envolvidos e a comunidade em geral, para que neste espaço tivessem a oportunidade de expressar opiniões sobre questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, tais como: atendimento ao consumidor, tarifas aplicadas e adequação dos serviços prestados pela distribuidora, além disso, participou de Encontros Regionais dos Conselhos nas regiões Centro Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste, Fórum Nacional de Conselho de Consumidores de Energia, em São Paulo e do I Encontro Nacional de Secretários Executivos dos Conselhos de Consumidores de Energia, em Brasília.

7.2 Fornecimento de Energia Elétrica

A Companhia atende no Estado do Amazonas a 777.858 consumidores ativos distribuídos pelas classes residencial, industrial, comercial, rural, poder público, serviço público e próprio. O fornecimento de energia elétrica em 2012 foi de 5.596 GWh, equivalendo a um crescimento de 10% sobre o ano de 2011.

Foram atendidos na capital um total de 464.215 consumidores, representando um incremento de 1,4% em relação ao existente em 2011, enquanto que a energia consumida cresceu 10%, com destaque para o aumento registrado no consumo das classes residencial e comercial, de respectivamente, 12,4% e 17,2%.

O quadro a seguir apresenta, por classe de consumo, o número de consumidores e o fornecimento de energia elétrica na capital:

Fornecimento de Energia Elétrica - Capital

Classes de Consumo Nº de Consumidores Consumo (Gwh) 2012 2011 2012 2011 Residencial 415.084 409.043 1.088,11 968,39 Industrial 2.076 2.077 1.751,23 1.715,03 Comercial 43.384 43.269 1.028,73 877,36 Outras (1) 3.671 3.293 734,22 622,34 Total 464.215 457.682 4.602,29 4.183,12

(1) Inclui o consumo próprio [próprio + interno]

Observa-se, no gráfico a seguir, a configuração da estrutura de participação das principais classes de consumo na capital, com destaque para a expressiva representatividade da classe industrial, que manteve sua participação sobre o total do consumo em 38%, decorrente do desempenho das indústrias que compõem o PIM. A classe Outras diz respeito ao consumo das classes Rural, Poder Público, Iluminação Pública, Serviços Públicos e Consumo Próprio, que corresponde a 16% do consumo total. Ressalta-se que essa estrutura de consumo, predominantemente industrial da cidade de Manaus é totalmente diferente das estruturas de consumo apresentadas nas concessionárias dos Sistemas Isolados da Região Norte do Brasil, onde ainda é o consumo da classe residencial que detém a maior parcela do consumo.

Referências

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