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Macro Brasil. Cockpit do Copom: nova alta de 0,75 p.p. da taxa Selic. 1 Evolução dos dados. sexta-feira, 30 de abril de 2021

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Macro Brasil

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Cockpit do Copom: nova alta de 0,75 p.p. da taxa Selic

1 – Evolução dos dados

O IPCA-15 registrou alta de 0,60% em abril, abaixo da nossa estimativa (0,67%) e da mediana de expectativas de mercado (0,66%). Em termos anuais, o índice acelerou para 6,17% no mês, ante 5,52% em março. Como nos últimos meses, preços de transportes (com alta de 1,76% no mês) pressionaram a leitura mensal, impulsionados pela alta nos preços de combustíveis de veículos. Preços de alimentação também pressionaram o IPCA-15 para cima no mês. Já o IPCA mais recente, referente a março, registrou alta de 0,93%, abaixo da nossa projeção (1,04%) e da mediana das expectativas de mercado (1,03%). No trimestre, o IPCA acumulou alta de 2,05% (ante 0,53% no mesmo trimestre de 2020). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA subiu para 6,1% (5,2% em fevereiro). As medidas de núcleo de inflação seguiram acelerando no acumulado em 12 meses. Vale notar o comportamento do indicador subjacente de preços de bens industriais, com variação de 0,27% no mês e acelerando de 3,5% para 3,6% em 12 meses. Já o núcleo de preços de serviços subjacente subiu 0,50% no mês e acelerou de 2,8% para 3,2% em 12 meses. A média dos núcleos acompanhados pelo BC variou 0,42% no mês e subiu de 3,2% para 3,6% em 12 meses. Olhando à frente, esperamos alta de 0,30% em abril, 0,56% em maio (com migração da bandeira tarifária amarela para vermelha 1 no mês) e 0,22% em junho, levando a inflação acumulada no segundo trimestre para 1,08%.

O IGP-M de abril registrou alta de 1,51%, resultado acima da nossa projeção (1,30%) e da mediana das expectativas de mercado (1,34%). O acumulado em 12 meses acelerou para 32,02%, ante 31,10% em março. Preços no atacado pressionaram o indicador no mês, com itens agrícolas subindo 1,75% na variação mensal (49,6% em 12 meses) e itens industriais registrando alta de 1,88% (41,4% em 12 meses).

Em relação à atividade econômica, a produção industrial recuou 0,7% em fevereiro, com ajuste sazonal, resultado abaixo das expectativas do mercado (+0,5%) e da nossa projeção (+0,2%). Apesar do declínio inesperado, seu nível permanece acima daqueles observados logo antes da pandemia, refletindo uma forte demanda por itens industriais proveniente do consumo de bens, exportações de manufaturados e investimento. A principal surpresa negativa em relação à nossa estimativa veio da produção de automóveis (-7,2% na variação mensal, com ajuste sazonal), impactada por uma restrição importante de oferta, com escassez de insumos de produção. Esperávamos uma contração mais forte da produção de automóveis no mês seguinte, em março. Se não fosse por esse recuo, a produção industrial teria ficado relativamente estável em fevereiro. Vale notar que os estoques do setor automotivo estão em níveis substancialmente baixos, mas o setor não tem conseguido ajustar a produção para atender a demanda devido à restrição de oferta de insumos de produção.

O Copom volta a se reunir nos dias 4 e 5 de maio. Estimamos que as projeções de inflação do comitê no cenário base (que inclui taxa de câmbio seguindo a paridade do poder de compra e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) devem ficar estáveis em 5,0% e 3,5% para 2021 e 2022, respectivamente.

 Acreditamos que o Copom elevará a taxa Selic em 0,75 p.p., para 3,50% a.a. Entendemos que a evolução recente dos dados de atividade econômica, bem como o balanço de riscos, projeções e expectativas de inflação, seguem consistentes com a sinalização dada pelo comitê em sua última reunião de que seria

adequado repetir o ajuste de 0,75 p.p. na reunião de maio. Dito isto, à luz dos dados recentes, esperamos que o comitê modifique sua comunicação, não mais descrevendo o atual processo de ajuste monetário como parcial. A nosso ver, isto reforçaria ainda mais seu compromisso de perseguir o centro da meta de inflação no horizonte relevante de política monetária e, assim, a ancoragem das expectativas inflacionárias.

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No varejo, as vendas no conceito ampliado aumentaram 4,1% em fevereiro em comparação com o mês anterior (consenso de mercado: +1,8%; Itaú: +2,1%), enquanto o índice restrito, que exclui veículos e material de construção, subiu 0,6% (consenso: + 0,7%, Itaú: + 0,9%). As vendas de veículos se destacaram com uma alta de 8,8%,

impulsionando o conceito ampliado. Os segmentos relacionados ao mercado imobiliário (móveis, eletrodomésticos e material de construção) também cresceram após terem perdido força nos meses anteriores.

No setor de serviços, o índice de volume (PMS) apresentou alta de 3,7% em fevereiro, com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 2,0%, um resultado acima das expectativas de mercado (-3,5%) e próximo da nossa projeção (-2,4%). O crescimento no mês foi disseminado entre os

subcomponentes. Vale notar que o componente de serviços prestados às famílias, com peso importante para avaliação trimestral do desempenho do PIB, subiu 8,8% na variação mensal, e se encontra em torno de 25% abaixo dos níveis observados no pré-crise. Por envolver atividades com interação social (como é o caso de bares,

restaurantes, salões de beleza, etc.), esse componente é um dos mais sensíveis à evolução da pandemia. Nosso indicador diário de atividade segue mostrando resiliência nas últimas semanas, impulsionado pela gradual reabertura das atividades econômicas nos estados. Tal flexibilização se mostrou possível recentemente devido a um arrefecimento dos indicadores da pandemia, com quedas nas curvas de novos óbitos e nos indicadores de ocupação hospitalar em diversas regiões. Sobre a vacinação, divulgações das secretarias estaduais apontam que, até o momento da publicação deste relatório, cerca de 14,7% da população (31,1 milhões de pessoas) já foram vacinados com a primeira dose, e 7,1% (15,0 milhões) receberam a segunda dose. O ritmo de cobertura segue com aceleração moderada, mas com mudanças importantes de composição. Enquanto o ritmo diário de aplicação das primeiras doses desacelerou, a distribuição de segundas doses ganhou força.

Índice diário de atividade econômica do Brasil

Fonte: Ministério da Saúde, Itaú

De acordo com a FGV, a confiança da indústria recuou 0,7 pontos em abril (para 103,5), mas ainda segue em patamar elevado. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria cedeu 1,6 p.p., para 76,7%, o menor patamar desde agosto de 2020. No setor de construção, a confiança recuou 3,8 pontos, para 85,0. Já a confiança do comércio e do consumidor subiram 11,6 pontos e 4,3 pontos no mês, para 84,1 e 72,5, respectivamente. A confiança de serviços também registrou alta, de 4,1 pontos, para 81,7, interrompendo uma sequência de três quedas

consecutivas.

No mercado de trabalho, referente ao mês de março, o Caged apontou a criação de 184 mil postos de trabalho no mês, um ritmo menos intenso que o observado em fevereiro (+395 mil), mas muito mais forte que em março de 2020 (-276 mil). Vale notar que o nível de emprego formal mensurado pelo Caged se encontra acima dos patamares pré-pandemia, apontando para uma recuperação mais robusta do mercado de trabalho brasileiro, nos diversos setores

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 30 40 50 60 70 80 90 100 110

mar-20 jun-20 set-20 jan-21 abr-21 Novas mortes (dir.)

Índice diário de atividade Média de 7 dias

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Segundo a PNAD Contínua, a taxa de desemprego atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, em linha com nossa projeção e um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado (14,6%). Com ajuste sazonal (nossa estimativa), a taxa de desemprego recuou de 14,6% em janeiro para 14,5%. Vale notar que o nível de emprego, segundo esta pesquisa, continua em tendência de recuperação gradual, com o setor formal avançando de forma lenta, bem abaixo dos níveis pré-pandemia, e ainda muito descolado dos dados reportados pelo Caged. O emprego informal continua a se recuperar, mas seu ritmo apresentou desaceleração na margem.

No âmbito fiscal, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 5,0 bilhões em março, e acumula nos últimos 12 meses um déficit primário de 8,8% do PIB no mês (ante 9,2% em fevereiro). Já o governo central registrou superávit de R$ 2,1 bilhões em março, de acordo com a metodologia do Tesouro Nacional, resultado melhor que a nossa estimativa e a mediana das expectativas do mercado (déficits de R$ 5,6 bilhões e R$ 5,4 bilhões,

respectivamente). A dívida bruta do governo geral foi de 90% do PIB em fevereiro para 89,1% do PIB em março, enquanto a dívida líquida do setor público atingiu 61,3% no mesmo período, ante 61,6% do PIB no mês anterior. No setor externo, a conta corrente registrou déficit de US$ 4,0 bilhões em março, ante um déficit de US$ 4,3 bilhões observado no mesmo mês de 2020. Acumulado em 12 meses, o déficit em conta corrente recuou de US$ 18,1 bilhões em fevereiro para US$ 17,8 bilhões, ou 1,2% do PIB, em março. O câmbio mais depreciado, a atividade econômica ainda abaixo dos níveis pré-pandemia e o isolamento social seguem contribuindo para os recuos dos déficits de serviços e rendas. A balança comercial, por sua vez, tem se mostrado mais fraca na margem, algo que deve ser temporário. Boa parte da fraqueza se deve às importações de plataforma de petróleo, que somaram USD 9 bilhões de janeiro a março desse ano. Estas importações devem diminuir com o fim do Repetro. Além disso, apesar da alta recente, as exportações ainda não refletem todo aumento de preços de commodities e devem subir ainda mais nos próximos meses.

Data de divulgação Indicador Resultado Consenso

25-mar-21 IPCA-15 (mar/21) - Var. mensal 0,93% 0,96%

30-mar-21 IGP-M (mar/21) - Var. mensal 2,94% 3,10%

30-mar-21 Criação de empregos formais (fev/21) - Milhares 401,6 257,5

31-mar-21 Taxa de desemprego (jan/21) 14,2% 14,1%

31-mar-21 Fiscal: Resultado Primário (fev/21) - R$ bilhões -11,8 -20,0

01-abr-21 Produção industrial (fev/21) - Var. mensal -0,7% 0,5%

06-abr-21 Vendas de veículos Fenabrave (mar/21) - Milhares 189,4

-07-abr-21 Produção de veículos Anfavea (mar/21) - Milhares 200,3

-09-abr-21 IPCA (mar/21) - Var. mensal 0,93% 1,03%

13-abr-21 Vendas no varejo restrito (fev/21) - Var. mensal 0,6% 0,7%

15-abr-21 Volume real do setor de serviços (fev/21) - Var. anual -2,0% -3,5%

19-abr-21 IBC-Br (fev/21) - Var. mensal 1,7% 0,9%

27-abr-21 IPCA-15 (abr/21) - Var. mensal 0,60% 0,65%

28-abr-21 Criação de empregos formais (mar/21) - Milhares 184,1 150,0

29-abr-21 IGP-M (abr/21) - Var. mensal 1,51% 1,34%

30-abr-21 Taxa de desemprego (fev/21) 14,4% 14,6%

30-abr-21 Fiscal: Resultado Primário (mar/21) - R$ bilhões 5,0 2,1

05-mai-21 Produção industrial (mar/21) - Var. mensal -

-Fonte: IBGE, Banco Central do Brasil e Bloomberg

Indicadores econômicos: Resultado x Consenso

Dados em vermelho sugerem resultados mais restritivos para política monetária (inflação mais alta ou atividade mais forte do que esperado) e dados em azul, resultados mais expansionistas.

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2 – Projeções de inflação

Comparadas às projeções apresentadas na reunião de março e no último RTI, as projeções de inflação do comitê no cenário base (que inclui taxa de câmbio seguindo a paridade do poder de compra e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) devem ficar estáveis em 5,0% e 3,5% para 2021 e 2022, respectivamente. Como anunciado no RTI de setembro de 2020, esse cenário será o único divulgado de forma recorrente pela autoridade monetária em suas comunicações, mas outros cenários poderão ser apresentados, caso seja conveniente.

Desde a última reunião de política monetária, as expectativas de inflação reportadas pela pesquisa Focus subiram de 4,60% para 5,01% em 2021, e de 3,50% para 3,60% em 2022.

A tabela abaixo resume estimativas baseadas em nosso modelo, que busca replicar o modelo de pequeno porte do Banco Central.

3 – Evolução da comunicação e o Copômetro

Na ata de sua última reunião, divulgada em 23 de março, as autoridades sinalizaram otimismo com a recuperação da economia, a despeito da piora da situação da pandemia no país. Prospectivamente, o Copom avaliou, naquele momento, que uma possível reversão econômica devido ao agravamento da pandemia seria bem menos profunda do que a observada no ano passado, e provavelmente seria seguida por outra recuperação rápida. Em particular, o comitê ressaltou que o segundo semestre do ano pode mostrar uma retomada robusta da atividade, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais ampla. O Copom entendeu que dados de atividade e mercado de trabalho formal sugeriam que a ociosidade da economia como um todo se reduziu mais rapidamente que o previsto, apesar do aumento da taxa do desemprego. Além disso, também indicou que a demora na normalização das cadeias produtivas, pressionando custos de produção e inflação em setores específicos, sugeriam também a presença de um choque positivo de demanda atuando.

O comitê também indicou que a continuidade da elevação nos preços de commodities em moeda local tem afetado a inflação corrente, causando elevação adicional das projeções para os meses seguintes, especialmente através de seus efeitos sobre os preços dos combustíveis. Assim como no comunicado da última decisão, o Copom mencionou que apesar da pressão inflacionária de curto prazo ter se revelado mais forte e persistente que o esperado, as autoridades mantiveram seu diagnóstico de que os choques são temporários, mas que seguem merecendo atenção.

Do ponto de vista internacional, o Copom avaliou que o crescimento econômico deve ser robusto durante o ano em decorrência dos avanços de programas de imunização contra o Covid-19, dos novos estímulos fiscais em algumas

2021 3,6% 5,0% 5,0% 5,0%

2022 3,4% 3,5% 3,5% 3,5%

2023 -- -- --

--Taxa de câmbio (R$/US$) 5,35 5,70 5,70 5,40

Taxa Selic (%) 2021 3,25% 4,50% 4,50% 5,50%

Taxa Selic (%) 2022 4,75% 5,50% 5,50% 6,13%

Expectativa de inflação (Focus) 2021 3,43% 4,60% 4,60% 5,01%

Expectativa de inflação (Focus) 2022 3,50% 3,50% 3,50% 3,60%

Fonte: Bloomberg, Banco Central do Brasil, Itaú.

Projeções para o IPCA (%) segundo o "modelo do Banco Central"*

Período Reunião de janeiro Reunião de março RI março Reunião de maio

Evolução das variáveis exógenas

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longa duração dos estímulos monetários. Dito isto, o comitê reconheceu que a volatilidade dos mercados tem aumentado com discussões sobre “reflação” e que a evolução desse processo de reprecificação de ativos financeiros importantes pode tornar o ambiente para as economias emergentes mais desafiador.

Em sua discussão sobre política monetária, as autoridades destacaram na ata de sua última reunião que, além do ritmo forte de crescimento doméstico dos últimos meses, com consequente redução da ociosidade econômica, houve uma reversão das expectativas de inflação, que passaram a se situar na parte superior do intervalo de tolerância da meta para o ano de 2021 e ao redor da meta para o ano de 2022 – o horizonte relevante de política monetária, segundo o comitê. O Copom ponderou ainda que, apesar da recente aprovação de reformas importantes, que trarão benefícios no médio prazo, os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados com o agravamento da pandemia, implicando um viés de alta nessas projeções. Sendo assim, os membros do Copom concluíram que o cenário naquele momento já não prescrevia um grau de estímulo extraordinário e que deveriam iniciar um processo de normalização parcial da taxa de juros. Cabe destacar ainda que, em comunicações após a divulgação da ata, membros do comitê indicaram que o Copom não assumiu um compromisso ao descrever o processo de normalização em curso como parcial, mas apenas sinalizou o que considerava adequado naquele momento – reforçando nessas ocasiões que o compromisso da autoridade é perseguir o centro da meta de inflação no horizonte relevante de política monetária.

Ainda com relação à sua última decisão de política monetária, o comitê concluiu que um ajuste inicial de 0,75 p.p. na taxa Selic seria o mais adequado e destacou que esse movimento mais célere é compatível com o cumprimento da meta no horizonte relevante mesmo em um cenário de aumento temporário do isolamento social. Para a reunião seguinte, seguindo a mesma lógica, o Copom avaliou que seria adequado outro ajuste da mesma magnitude, mas ressaltou que essa visão poderia ser alterada em caso de mudança significativa nas projeções de inflação ou

balanço de riscos, já que em última instância a decisão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação.

A fim de tentar antecipar as decisões do Copom, utilizamos o Copômetro, um índice que mede o grau de restrição ou expansão implícita na comunicação do BC. Aplicando a metodologia, entendemos que a comunicação do comitê continuou a demonstrar um viés menos acomodatício, consistente com a elevação da taxa Selic de 0,75 p.p. (para 3,50% a.a.) na reunião da próxima semana.

Copômetro Itaú Unibanco

Fonte: BCB, Itaú Unibanco

-1,25 -1,00 -0,75 -0,50 -0,25 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 87 92 97 102 107 112 117 122

mai-15 mai-17 mai-19 mai-21 Decisão do Copom (dir.)

Índice, out/2010 = 100 p.p.

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4 – Nossa visão

Acreditamos que o Copom elevará a taxa Selic em 0,75 p.p., para 3,50% a.a. em sua próxima reunião, nos dias 4 e 5 de maio. Entendemos que a evolução recente dos dados de atividade econômica, bem como o balanço de riscos, projeções e expectativas de inflação, seguem consistentes com a sinalização dada pelo comitê em sua última reunião de que seria adequado repetir o ajuste de 0,75 p.p. na reunião de maio. Dito isto, à luz dos dados recentes,

esperamos que o comitê modifique sua comunicação, não mais descrevendo o atual processo de ajuste monetário como parcial. A nosso ver, isto reforçaria ainda mais seu compromisso de perseguir o centro da meta de inflação no horizonte relevante de política monetária e, assim, a ancoragem das expectativas inflacionárias.

Pesquisa macroeconômica – Itaú

Mario Mesquita – Economista-Chefe

Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site:

http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes

Informações Relevantes

1. Este relatório foi desenvolvido e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 598, de 3 de maio de 2018.

2. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra e/ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra e/ou venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que o relatório foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. Entretanto, o Itaú Unibanco não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. O Itaú Unibanco não possui qualquer obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e informar o respectivo leitor. 3. As opiniões expressas neste relatório refletem única e exclusivamente as visões e opiniões pessoais do analista responsável pelo conteúdo deste material na data

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