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Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial INDICADORES DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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(1)

Instituto de Estudos para o

Desenvolvimento Industrial

I

NDICADORES DE

C

IÊNCIA

,

(2)

Abraham Kasinski

Sócio Emérito

Josué Christiano Gomes da Silva

Presidente do Conselho

Amarílio Proença de Macêdo Lirio Albino Parisotto

Andrea Matarazzo Luiz Alberto Garcia

Antonio Marcos Moraes Barros Marcelo Bahia Odebrecht

Benjamin Steinbruch Miguel Abuhab

Carlos Antônio Tilkian Nildemar Secches

Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Olavo Monteiro de Carvalho

Carlos Mariani Bittencourt Paulo Guilherme Aguiar Cunha

Carlos Pires Oliveira Dias Paulo Setúbal Neto

Claudio Bardella Pedro Eberhardt

Daniel Feffer Pedro Franco Piva

Décio da Silva Pedro Grendene Bartelle

Eugênio Emílio Staub Pedro Luiz Barreiros Passos

Flávio Gurgel Rocha Rinaldo Campos Soares

Francisco Amaury Olsen Robert Max Mangels

Ivo Rosset Roberto de Rezende Barbosa

Ivoncy Brochmann Ioschpe Roger Agnelli

Jacks Rabinovich Salo Davi Seibel

Jorge Gerdau Johannpeter Thomas Bier Herrmann

José Antonio Fernandes Martins Victório Carlos De Marchi

José Roberto Ermírio de Moraes Walter Fontana Filho

Diretor Geral

Conselho do IEDI

Paulo Diederichsen Villares

Membro Colaborador

Paulo Francini

Membro Colaborador

Julio Sergio Gomes de Almeida

Diretor-Executivo

Hugo Miguel Etchenique

Membro Colaborador

Roberto Caiuby Vidigal

(3)

I

NDICADORES DE

C

IÊNCIA

,T

ECNOLOGIA E

I

NOVAÇÃO

Principais Conclusões e Sugestões... 2

Investimentos em Conhecimento ... 5

Tendências dos Investimentos em P&D e em Inovação na OCDE... 7

Comportamento dos Gastos Domésticos com P&D. ... 7

Fontes de Financiamento e Execução das Atividades de P&D... 11

Atividades de P&D no Setor Privado... 14

Incentivos Fiscais para as Atividades de P&D... 20

Inovações nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs)... 22

Inovação e Capital de Risco. ... 25

Investimentos em P&D fora da Área da OCDE... 29

Balanço de Pagamento de Tecnologia ... 33

(4)

Principais Conclusões e Sugestões

O Relatório Science, Technology and Industry Scoreboard, divulgado em outubro de 2005 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta para a continuidade da tendência de longo prazo para uma economia baseada em conhecimento, na qual ciência, tecnologia e inovação se tornaram fatores-chave para o crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento.

O Relatório enfatiza ainda a crescente globalização do conhecimento, que, embora não seja em si um novo fenômeno, tem- se intensificado devido ao uso generalizado das tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês), viabilizando a circulação de informação no âmbito internacional, seja mediante ao comércio de bens e serviços, seja mediante aos fluxos de investimento direto e tecnologia, seja mediante ao movimento da população. As novas tecnologias implementadas na atividade produtiva estão modificando a estrutura das economias da OCDE e contribuindo para o aumento da produtividade nos países membros e também em países não-membros, como é o caso notadamente da China.

O principal veículo deste processo de superpropagação da globalização são as empresas multinacionais, que utilizam as ICT para organizar redes transnacionais em resposta à concorrência internacional e à necessidade de interação estratégica.

Além de destacar as principais tendências recentes associadas ao desenvolvimento de novos canais de produção, difusão e aplicação do conhecimento, à formação de novas redes de interação e à emergência de novos atores importantes fora da Área da OCDE no cenário internacional, o Relatório apresenta um amplo conjunto de informações qualitativas e quantitativas organizadas em seis grupos: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Recursos Humanos em Ciência e Tecnologia; Patentes; Tecnologias de Informação e Comunicação; Fluxos de Conhecimento e Empresa Global; Impacto do Conhecimento na Atividade de Produção.

Dentre os principais fatos relevantes nessas diferentes áreas mencione-se:

• Os investimentos em conhecimento (incluindo P&D, softwares e educação superior) atingiram 5,1% do PIB em 2001 no conjunto da OCDE.

• A maior taxa de intensidade do P&D (medida pela proporção entre gastos de P&D e o PIB) foi verificada na Suécia (4,0%) em 2003, seguindo-se a Finlândia, e Japão e Islândia, todos com taxas superiores a 3,0%.

• A China tornou-se o terceiro país do mundo com melhor desempenho em P&D, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.

• As pequenas e médias empresas (com menos de 250 empregados) desempenham importante papel na inovação, embora sejam responsáveis por somente 30% do total das despesas com P&D.

• Desde 2000, os recursos públicos orçamentários destinados ao P&D cresceram em média 3,5% ao ano em termos reais nos países da OCDE. No caso dos Estados Unidos, três quartos deste aumento foram resultado de despesas militares.

• Um número crescente de países recorre a incentivos fiscais para estimular os gastos com P&D nas empresas.

(5)

• As atividades de P&D estão mais internacionalizadas, mas as solicitações de patentes são extremamente concentradas. Em 2001, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos respondiam por 83,6% de todas as famílias triádicas de patentes (registradas em simultâneo nos Estados Unidos, Europa e Japão).

• Os campos de conhecimento que mais originam pedido de patentes são a biotecnologia e as ICT.

• Os países não-membros como Brasil, China, Índia e Federação Russa têm um alto nível de internacionalização em comparação com os grandes países da OCDE. Percentual expressivo das patentes protocoladas nos três principais centros é de propriedade ou co-propriedade de não-residentes.

• Os diplomas em ciência e engenharia representam 23% dos novos diplomas outorgados nos países da OCDE. Contudo, desde 1998, tem havido um declínio em muitos países.

• Os fluxos migratórios de profissionais altamente qualificados convergem para quatro destinos principais: Estados Unidos, União Européia, Canadá e Austrália. Mais da metade destes profissionais provém de países fora da Área da OCDE. • Em 2001, o setor das TIC representava 10% do valor agregado empresarial na

Área da OCDE. Esta proporção era bem superior na Finlândia (16%), seguida da Irlanda (13%).

• O setor das ICT investiu amplamente em P&D. Em 2002, as indústrias produtoras de ICT respondiam por mais de um quarto do volume de P&D realizado pelo setor privado na maioria dos países da OCDE.

• No período 1999-2003, o comércio internacional em bens e serviços aumentou, porém a proporção do comércio de bens era quatro vezes superior ao comércio de serviços. Os bens de alta tecnologia, notadamente, computadores e aviação, foram os mais expostos à concorrência internacional, apresentando as maiores taxas de exportação e de penetração das importações.

• No período 2000-2003, os fluxos de investimentos diretos diminuíram expressivamente. Dentre os países do G7, o declínio mais importante ocorreu no Reino Unido e na França para o investimento no exterior (outward) externo, e na Alemanha, França e Reino Unido para o investimento recebido do exterior (inward).

• Em relação ao comércio de tecnologia, os Estados Unidos e o Japão foram amplamente superavitários entre 1993 e 2003, enquanto a União Européia acumulou déficit, devido, sobretudo, aos resultados da Alemanha, Itália, Espanha e Irlanda.

(6)

Em 2002, a participação das indústrias de alta e de alta-média tecnologia caiu para 7,5% do valor agregado na totalidade da OCDE, em comparação com 8,5% em 2000. Ou seja, se houve declínio na parcela do valor adicionado das indústrias de alta e média-alta intensidade tecnológica, tal recuo foi contrabalançado pela participação maior dos serviços baseados no conhecimento.

• Em 2002, aproximadamente 40% de todas as pessoas empregadas no setor industrial estavam empregadas em ocupações vinculadas aos serviços, por exemplo: profissionais das áreas empresariais, comerciais, financeiras e jurídicas. • Os países da OCDE representaram um pouco menos de 80% do valor agregado

mundial no setor industrial, em 2002. A China respondia por cerca de 8%, ligeiramente superior à participação da Alemanha.

• Em 2002, dos dez maiores países industriais no mundo classificadas por valor adicionado, nove eram membros da OCDE. A exceção, a China ocupava o terceiro lugar atrás dos Estados Unidos e do Japão. O Brasil ocupava a 12ª posição entre as vinte maiores.

(7)

Investimentos em Conhecimento

De acordo com a definição da OCDE, o investimento em conhecimento abrange as despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D), com softwares e educação superior. Este investimento é considerado crucial para o crescimento econômico, geração de emprego e melhoria no padrão de vida da sociedade.

Os investimentos com conhecimento do conjunto dos países da OCDE têm crescido ao longo do tempo, atingindo um volume equivalente a 5,2% do PIB em 2002. Se os gastos com educação em todos os níveis fossem incluídos na definição, os investimentos com conhecimento superariam 9% do PIB.

Dentre os países da OCDE, a Suécia foi o que mais investiu em conhecimento em 2002 (6,8%), seguido dos Estados Unidos (6,6%), da Finlândia (6,1%) e Coréia. (5,9%). Tanto o Japão (5,0%) como a União Européia (3,8%) investiram abaixo da média da OCDE.

Considerando o crescimento médio anual em termos do PIB no período 1994-2002, a Suécia mantém-se na liderança com expansão de 1,7% dos investimentos em conhecimento. Comparativamente os Estados Unidos e o Japão avançaram mais rápido do que a União Européia em direção à economia do conhecimento desde 1994, registrando maiores taxas de investimento em proporção do PIB.

Investimento em Conhecimento (% do PIB), 2002

3,4 3,7 3,7 3,8 3,8 3,8 3,9 4,1 4,7 5,0 5,2 5,5 5,9 6,1 6,6 6,8 Áustria Reino Unido França Holanda União Européia 1 Bélgica Alemanha Austrália Canadá Japão OCDE 1 Dinamarca Coréia Finlândia Estados Unidos Suécia

(8)

P&D Software Educação Superior Crescimento Médio Anual (1994-2002)1 Portugal 0,9 0,2 0,7 0,5 Grécia 3 0,6 0,5 0,8 0,8 Itália 3 1,1 0,7 0,6 0,3 Irlanda 1,1 0,2 1,0 -0,2 Nova Zelândia 1,2 0,5 1,1 .. Espanha 1,0 0,8 0,9 0,7 Áustria 2,1 0,8 0,5 1,2 Reino Unido 1,9 1,1 0,7 0,2 França 2,3 0,8 0,6 0,3 Holanda 1,8 1,2 0,8 0,3 União Européia 2 2,1 0,9 0,7 0,5 Bélgica 2,2 0,7 0,9 .. Alemanha 2,5 0,7 0,7 0,5 Austrália 1,6 1,4 1,1 0,3 Canadá 2,0 1,1 1,7 0,1 Japão 3,1 1,3 0,7 1,2 OCDE 2 2,5 1,3 1,4 0,9 Dinamarca 2,5 1,6 1,3 1,8 Coréia 2,5 1,4 1,9 1,0 Finlândia 3,4 1,5 1,1 1,3 Estados Unidos 2,7 1,8 2,2 1,2 Suécia 4,1 1,8 0,9 1,7

Fonte: OCDE, MSTI, Education, Capital services, National Accounts databases, June 2005.

2. Exclui Grécia e Itália. 3. Dados de 2001.

Investimento em Conhecimento,% do PIB, 2002

1. 1994-2001 para Grécia e Itália. 1995-2002 para Coréia. Dados da União Européia exclui Bélgica, Grécia e Itália. Dados da OCDE exclui Bélgica, Grécia, Itália e Nova Zelândia.

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Tendências dos Investimentos em P&D e em Inovação na OCDE

Comportamento dos Gastos Domésticos com P&D.

Segundo a OCDE, os gastos com pesquisa e desenvolvimento nos países-membro vêm crescendo continuamente no período recente, embora em ritmo menos intenso que o da segunda metade dos anos 1990. Os gastos domésticos brutos totais com P&D (GERD, na sigla me inglês) cresceram anualmente 4,8% em termos reais entre 1995 e 2000, contra 1,8% ao ano entre 2000 e 2003.

Em 2003, os gastos totais da OCDE com P&D totalizavam US$ 680 bilhões correntes (ou US$ 638 com paridade de poder de compra de 2000), equivalente a 2,2% do PIB total. Esse volume é inferior ao pico alcançado em 2001, quando os gastos totais com P&D atingiram 3,3% do PIB.

Desde 1995, os gastos com P&D têm se expandido mais vagarosamente nos Estados Unidos e no Japão (2,7% ao ano) do que na União Européia (3,3%). Porém, em 2003, a participação relativa destes três principais regiões da Área da OCDE no total dos gastos em P&D se manteve estável em torno de 42% para os Estados Unidos, 30% para a UE e 17% para o Japão.

Considerando a intensidade de P&D, medida que avalia os gastos brutos com pesquisa e desenvolvimento em termos da proporção do PIB, nota-se um firme crescimento nos anos iniciais da presente década tanto no Japão como na União Européia (UE-15) em contraste com o decréscimo observado nos Estados Unidos. Mencione-se, contudo, que, enquanto no Japão o PIB permaneceu praticamente estagnado, nos Estados Unidos o PIB cresceu em ritmo forte e superior ao de outras importantes regiões da OCDE.

Em 2003, a intensidade do P&D foi de 3,2% no Japão, de 2,6% nos Estados Unidos, 2,0% na União Européia e de 2,2% no conjunto da OCDE. Além do Japão, apenas Suécia (4,0%), e Finlândia (3,5%) apresentaram gastos em P&D superiores a 3% do PIB.

(10)

Despesas Domésticas Brutas em P&D por Região, US$ Bilhões (Paridade Poder de Compra de 2000)

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Estados Unidos Japão (1) União Européia (2) OCDE

Fonte: OECD, MSTI database, May 2005. Extraído de OCDE (2005, p. 17). Notas: (1) Dados ajustados até 1995.

(2) Dados para UE-15 até 1994 e UE-25 a partir de 1995.

Tendências da Intensidade do P&D(1) por Região, em %

Estados Unidos Japão (2) União Européia 15 OCDE União Européia 25 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 %

Fonte: OECD, MSTI database, May 2005. Extraído de OCDE (2005, p. 17). Notas: (1) Gasto doméstico bruto em P & D como Porcentagem do PIB.

(11)

Evolução das Despesas Brutas com P&D Despesas de P&D em bilhões (correntes) de US$ PPC, 2003 ou último ano disponível

Eslováquia (1997-2003) - 6,7 0,4 Holanda (1996-2002) 1,0 8,7 Suíça (1996-2000) 1,4 5,6 França (2000-2003) 1,4 37,5 Polônia 2,1 2,5 Reino Unido 2,4 33,6 Estados Unidos (1998-2003) 2,7 284,6 Japão (1996-2003) 2,7 114,0 Alemanha 2,9 57,1 Austrália (1996-2002) 3,3 9,2 UE15 3,3 203,7 UE25 3,3 211,4 Total OCDE 3,7 680,0 Itália (1997-2002) 3,7 17,7 Noruega 4,3 3,0 Suécia 4,8 10,3 Nova Zelândia (2001-2003) 5,0 1,1 Canadá 5,0 18,7 República Checa 5,5 2,2 Coréia 5,9 24,4 Bélgica 6,0 7,1 Irlanda (1995-2002) 6,7 1,4 Áustria 6,8 5,5 Dinamarca (1995-2002) 7,1 4,1 Hungria 7,2 1,5 Espanha 7,4 11,0 Grécia (1995-2001) 8,7 1,2 México (1995-2001) 8,8 3,6 Finlândia 9,3 5,2 Portugal (1995-2002) 10,6 1,8 Turquia (1995-2002) 11,3 3,0 Islândia 12,8 0,3

Fonte: OCDE, MSTI database, May 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005, p. 17).

Evolução das Despesas Brutas com P& D, Taxas Médias Anuais em %, 1995-2003

(12)

Intensidade do P&D

Participação nos Gastos Totais de P&D

Da OCDE, 2003 ou último ano disponível

México (2001) 0,4 0,6 Polônia 0,6 0,4 Eslováquia 0,6 0,1 Grécia (2001) 0,7 0,2 Turquia (2002) 0,7 0,5 Portugal (2002) 0,9 0,3 Hungria 1,0 0,2 Espanha 1,1 1,5 Irlanda (2002) 1,1 0,2 Nova Zelândia 1,2 0,2 Itália (2002) 1,2 2,7 República Checa 1,3 0,3 Austrália (2002) 1,6 1,4 Luxemburgo (2000) 1,7 0,1 Noruega 1,8 0,4 Holanda (2002) 1,8 1,3 UE25 1,9 30,8 Reino Unido 1,9 4,7 Canadá 1,9 2,8 UE15 2,0 29,6 França 2,2 5,5 Áustria 2,2 0,8 Total OCDE 2,2 100,0 Bélgica 2,3 1,0 Dinamarca (2002) 2,5 0,6 Alemanha 2,6 8,3 Suíça (2000) 2,6 0,9 Estados Unidos 2,6 42,1 Coréia 2,6 3,6 Islândia 3,0 0,0 Japão 3,2 16,8 Finlândia 3,5 0,8 Suécia 4,0 1,6

Fonte: OCDE, MSTI database, May 2005. Notas:

(1) Gasto doméstico bruto em P&D como Porcentagem do PIB.

(13)

Fontes de Financiamento e Execução das Atividades de P&D.

Em termos do financiamento das atividades de P&D, o setor privado se mantém como a principal fonte para as despesas domésticas brutas de P&D. Em 2003, as empresas privadas respondiam por quase 62% do funding do P&D em toda a Área da OCDE. Todavia, a importância do setor privado diverge marcadamente entre as três principais regiões da OCDE. Enquanto no Japão, as empresas privadas financiavam quase 75% dos gastos em P&D em 2003, nos Estados Unidos este percentual era de 63% e na União Européia caía para 55%. Desde 2000, a participação do setor privado no financiamento dos gastos domésticos de P&D vem declinando regularmente na União Européia e expressivamente nos Estados Unidos, mas tem aumentado, ainda que de forma moderada, no Japão.

A União Européia engloba igualmente distintas realidades nacionais no que se refere à importância do setor privado no financiamento das atividades de pesquisas e desenvolvimento. O setor privado predomina na Alemanha, em Luxemburgo, Bélgica e Irlanda, mas é largamente minoritário em alguns países da Europa do Sul e do Leste, como Portugal, Polônia e Hungria.

Em cerca de um terço dos países da OCDE, o governo permanece como a principal fonte de recursos para o P&D. A participação do setor público no financiamento dos gastos domésticos em P&D vem se ampliando moderadamente desde 2000 em países como Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Eslováquia, Hungria e Irlanda.

Enquanto a maioria dos países aloca parcelas expressivas dos recursos públicos para o financiamento das chamadas atividades civis de pesquisa e desenvolvimento, sobretudo, nas áreas de saúde e de meio-ambiente, em alguns poucos países, aos programas de defesa são prioritários. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 57% do total dos recursos públicos foram destinados à defesa em 2005, equivalente a 0,67% do PIB. Em segundo lugar, aparece o Reino Unido que em 2005 alocou em programas de defesa quase um terço do orçamento em P&D. A França, Espanha e Suécia completam o conjunto dos países da OCDE que orçaram em 2005 mais de 25% dos recursos para pesquisa e desenvolvimento em defesa.

O financiamento estrangeiro de atividades domésticas de P& D mantém sua importância em vários países-membro. Áustria, Grécia, Islândia e Reino Unido receberam em 2003 mais de 15% dos recursos do exterior, enquanto Bélgica, Hungria e Holanda receberam mais de 10%. No que se refere à execução das atividades de P&D, o setor privado empresarial foi responsável por cerca de dois terços das atividades no conjunto da Área da OCDE em 2003, enquanto o governo e as universidades realizaram quase 30%. Em alguns países, contudo, a soma das atividades executadas pelo governo e as universidades representaram mais que o dobro da média da OCDE, como foram os casos da Polônia (72,4%), Hungria (63%) e Nova Zelândia (59,5%) em 2003 e Turquia (71,5%) em 2002.

(14)

Empresas Privadas Outros (outras fontes nacionais + exterior) Governo México (2001) 29,8 11,1 59,1 Polônia 30,3 7,0 62,7 Hungria 30,7 11,3 58,0 Portugal (2001) 31,5 7,5 61,0 Grécia (2001) 33,0 20,4 46,6 Nova Zelândia (2001) 37,1 16,6 46,3 Turquia (2002) 41,3 8,2 50,6 Itália (1996) 43,0 6,2 50,8 Reino Unido 43,9 24,8 31,3 Áustria 43,9 21,3 34,7 Eslováquia 45,1 4,1 50,8 Islândia (2001) 46,2 19,8 34,0 Austrália (2002) 46,4 9,2 44,4 Canadá 47,5 18,0 34,5 Espanha 48,4 11,6 40,1 Noruega 49,2 8,9 41,9 Holanda (2002) 50,0 12,9 37,1 República Checa 51,4 6,7 41,8 Françae (2002) 52,1 9,5 38,4 UE-25 (2002) 54,5 10,6 34,8 UE-15 (2002) 55,1 10,8 34,2 Dinamarca (2001) 61,4 10,4 28,2 Total OCDE 61,6 7,9 30,5 Estados Unidos 63,1 5,7 31,2 Irlanda (2002) 63,4 8,6 28,0 Bélgica (2001) 64,3 14,3 21,4 Suécia 65,0 11,6 23,5 Alemanha 66,1 2,7 31,1 Suíça (2000) 69,1 7,7 23,2 Finlândia 70,0 4,3 25,7 Coréia 74,0 2,1 23,9 Japão 74,5 7,8 17,7 Luxemburgo (2000) 90,7 1,6 7,7

Fonte: OCDE, R&D database, May 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 19.

Despesas com P&D por Fonte de Financiamento, % do Total Nacional, 2003

(15)

Empresas Privadas Governo Educação Superior Privadas sem fins Lucrativos Polônia 27,4 40,7 31,7 0,2 Turquia (2002) 28,7 7,0 64,3 0,0 México (2001) 30,3 39,1 30,4 0,2 Portugal (2002) 31,8 20,7 36,7 10,8 Grécia (2001) 32,7 22,1 44,9 0,4 Hungria 37,0 34,1 28,9 0,0 New Zealand 40,5 31,1 28,4 0,0 Itália (2002) 48,3 17,6 32,8 1,3 Austrália (2002) 48,8 20,3 28,0 2,9 Canadá 53,0 11,0 35,7 0,3 Espanha 54,1 15,4 30,3 0,2 Islândia 54,9 21,9 20,1 3,1 Eslováquia 55,2 31,6 13,2 0,0 Holanda (2002) 56,7 13,8 28,8 0,7 Noruega 57,5 15,1 27,5 0,0 República Checa 61,0 23,3 15,3 0,4 França 62,3 17,1 19,3 1,4 UE25 63,4 13,5 21,9 1,2 UE15 (1) 64,2 12,8 21,8 1,3 Reino Unido 65,7 9,6 21,4 3,2 Áustria (2002) 66,8 5,7 27,0 0,5 OCDE 67,3 10,9 18,7 3,1 Irlanda (2002) 68,8 8,7 22,5 0,0 Estados Unidos 68,9 9,1 16,8 5,3 Dinamarca (2002) 69,0 7,4 23,1 0,6 Alemanha 69,8 13,4 16,8 0,0 Finlândia 70,5 9,7 19,2 0,6 Suíca (2000) 73,9 1,3 22,9 1,9 Bélgica 74,1 6,4 18,4 1,1 Suécia 74,1 3,5 22,0 0,4 Japão 75,0 9,3 13,7 2,1 Coréia 76,1 12,6 10,1 1,2 Luxemburgo (2000) 92,6 7,1 0,3 0,0

Fonte: OCDE, MSTI database, May 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 19. Nota: (1) Educação Superior estimado como resíduo.

(16)

Atividades de P&D no Setor Privado.

Segundo a OCDE, as atividades de P&D realizadas por empresas e institutos de pesquisa privados, independente da fonte de financiamento, têm crescido continuamente em termos reais ao longo das últimas duas décadas. O ritmo de expansão aumentou na segunda metade dos anos 90, mas diminuiu desde 2001. Considerando as três principais regiões da OCDE, as atividades privadas de P&D cresceram 3,7% no Japão, 3,5% na União Européia e 3,2% nos Estados Unidos entre 1995 e 2003.

Entre 1998 e 2003, os gastos privados em P&D na Área da OCDE tiveram um incremento de US$ 55 bilhões, pela paridade de poder de compra de 2000. A União Européia (UE-15) foi responsável por 40% desta variação e os Estados Unidos responderam por menos de 20%. No que se refere à intensidade do gasto privado em P&D, indicador que relaciona o volume de gasto com o valor adicionado na indústria, os dados da OCDE revelam um aumento contínuo na segunda metade dos anos 1990 em toda a Área. Contudo, na presente década, apenas no Japão e na União Européia o crescimento se manteve, enquanto nos Estados Unidos verificou-se uma queda, com a intensidade do gasto privado em P&D declinando de 2,9% em 2000 para 2,6% em 2003.

Em relação ao tamanho das empresas, o relatório assinala que, embora tanto as grandes como as pequenas empresas exerçam um importante papel no desempenho inovador dos países, o mesmo não acontece na execução das atividades privadas de P&D. Na Área da OCDE, as médias e pequenas empresas desempenham um papel muito mais importante nas pequenas economias em comparação com as grandes economias.

Em 2003, empresas com menos de 250 empregados respondiam pela maior parcela das atividades privadas de P& D na Nova Zelândia (72%), Noruega (70%), Irlanda (49%), Grécia (49%) e Eslováquia (46%). Nas grandes economias da União Européia, a participação das pequenas empresas era inferior a 20% e nos Estados Unidos menos de 15%, enquanto no Japão essa participação era de apenas 9%, a menor entre todos os países-membro da OCDE. Desde 1993, as taxas médias de crescimento anual para o P&D foram maiores no setor de serviços que no setor manufatureiro em quase todos os países da OCDE, à exceção Finlândia, República Checa e Polônia. A Irlanda se destaca pela expressiva diferença entre as taxas de crescimentos do P&D entre os dois setores entre 1993 e 2001: enquanto o P&D no setor de serviços cresceu 27%, sob a liderança dos serviços de informática, o P&D no setor manufatureiro aumentou apenas 7%.

De acordo com o relatório, as indústrias de alta tecnologia foram responsáveis por mais de 53% dos investimentos totais em P&D efetuados na indústria de transformação em 2002 na Área da OCDE, variando de 60% nos Estados Unidos a 48% na União Européia e 46% no Japão. A Noruega é o único país da OCDE no qual as indústrias de média-baixa e baixa tecnologia respondem por mais de 40% do P&D do setor manufatureiro.

(17)

Evolução dos Gastos Privados em P&D, em US$ Bilhões de 2000 (1), 1991-2003 Estados Unidos Japão UE(2) OCDE 0 75 150 225 300 375 450 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Fonte: OECD, MSTI database, May 2005. Extraído de OCDE (2005), p. 23.

Notas: (1) Dólar Norte-americano de 2000 com paridade de poder de compra (PPP na sigla em inglês). (2) Dados são para EU-15 até 1994 e para EU-25 a partir de 1995.

Evolução da Intensidade do P& D Privado (1), 1991-2003

Estados Unidos Japão OCDE 2,0 2,5 3,0 3,5 %

(18)

Gastos das Empresas Privadas com P&D por Intensidade Tecnológica da Indústria de Transformação em %, 2002 0 20 40 60 80 100 Ir la nda ( 2001) C anad á ( 2003) Finlândia ( 2003) E s tados U n idos Re in o Un id o D inam ar c a C o ré ia ( 2 003) Suéc ia ( 2003) OCDE Fr anç a Bé lg ic a H o land a U n ião E u ro p é ia Itália ( 2003) Japã o E s pa nha P o lônia A lem anha ( 2 0 0 3) N o rueg a ( 2 003) Au s trá lia R epúblic a C hec a ( 2 0 0 3)

Alta Tecnologia Média-Alta Tecnologia Média-Baixa e Baixa Tecnologia %

(19)

Empresas com menos de 50 empregados Empresas com 50 a 249 empregados (2) Alemanha (2002) 2,1 6,3 Japão 9,1 Suécia 0,0 12,2 França (2002) 4,8 9,2 Turquia (2000) 5,7 8,4 Estados Unidos (2002) 4,2 10,2 Reino Unido 5,8 13,8 Finlândia 8,8 12,3 Hungria 11,9 9,7 Itália (2002) 5,6 18,3 Áustria (2002) 8,6 15,7 Coréia (2001) 27,1 Holanda (2002) 9,3 18,3 Portugal (2001) 9,7 20,3 Suíça (2000) 10,7 21,8 Canadá (2002) 13,3 19,4 Bélgica (2001) 15,0 18,7 República Checa 9,5 27,3 Polônia (2001) 4,8 33,2 Austrália (2002) 22,8 18,3 Espanha 18,3 24,2 Dinamarca (2002) 22,8 21,1 Eslováquia 14,9 30,8 Grécia (2001) 17,3 31,7 Irlanda 23,1 26,0 Noruega 30,4 39,4 Nova Zelândia 44,2 27,6

Fonte: OECD, STI/EAS Division, May 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 25. Notas:

2. Para Japão e Coréia, menos de 299 empregados.

Gastos Privados com P&D por Tamanho da Empresa (1) em %, 2003

1. Para os Estados Unidos, exclui os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento com

Financiamento Federal (FFRDCs, na sigla em inglês).

(20)

Empresas com menos de 50 empregados Empresas com 50 a 249 empregados (1) Reino Unido 1,3 3,0 França (2002) 5,3 3,0 Turquia (2000) 5,7 4,6 Estados Unidos (2002) 6,4 6,5 Suécia 17,7 Itália (2002) 7,7 23,9 Holanda (2002) 16,6 20,3 Coréia (2001) 38,9 Polônia (2001) 3,5 43,4 Canadá (2002) 31,6 15,8 Dinamarca (2001) 19,7 28,2 Áustria (2002) 27,7 21,9 Finlândia 32,8 17,9 República Checa 12,6 43,8 Espanha 23,3 34,6 Eslováquia 13,6 47,2 Hungria 47,3 27,0 Suíça (2000) 47,9 26,8 Austrália (2002) 52,9 22,2 Portugal (2001) 32,8 46,7 Nova Zelândia 53,6 33,4 Irlanda 61,9 25,4

Fonte: OCDE, STI/EAS Division, May 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 25. Notas:

1. Para Coréia, menos de 299 empregados.

Gastos Privado em P&D Financiados pelo Governo por Tamanho da Empresa em %, 2003

Manufatureira Serviços Japão (2002) 93,0 7,0 Alemanha 91,4 8,6 Coréia 90,4 9,6 Suécia 89,4 10,6 França (2002) 88,4 11,6 Polônia (2002) 86,6 13,4 Finlândia 86,3 13,7 Bélgica (2002) 85,0 15,0 UE (2002) 84,8 15,2 Holanda (2002) 79,6 20,4 Reino Unido (2002) 79,3 20,7 Itália 78,8 21,2 OCDE (2002) 74,6 25,4 Espanha (2002) 71,5 28,5 Irlanda (2001) 68,3 31,7 República Checa 64,8 35,2 Canadá 62,6 37,4 Estados Unidos (2002) 60,2 39,8 Noruega 60,1 39,9 Dinamarca (2002) 60,0 40,0 Austrália (2002) 52,9 47,1

Fonte: OECD, ANBERD database, April 2005.

(21)

Manufatureira Serviços Japão (2002) 93,0 7,0 Alemanha 91,4 8,6 Coréia 90,4 9,6 Suécia 89,4 10,6 França (2002) 88,4 11,6 Polônia (2002) 86,6 13,4 Finlândia 86,3 13,7 Bélgica (2002) 85,0 15,0 UE (2002) 84,8 15,2 Holanda (2002) 79,6 20,4 Reino Unido (2002) 79,3 20,7 Itália 78,8 21,2 OCDE (2002) 74,6 25,4 Espanha (2002) 71,5 28,5 Irlanda (2001) 68,3 31,7 República Checa 64,8 35,2 Canadá 62,6 37,4 Estados Unidos (2002) 60,2 39,8 Noruega 60,1 39,9 Dinamarca (2002) 60,0 40,0 Austrália (2002) 52,9 47,1

Atividades Empresariais de P&D por Tipo de Indústria, 2003

Fonte: OECD, ANBERD database, April 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 27.

Total Serviços Total Manufatura

Atividades de Serviço de Comunicação Serviços de Informática e Atividades Correlatas Japão (1996-2002) - 4,8 - 4,8 Irlanda (1993-2001) 27,0 6,8 -34,2 42,9 Espanha 16,1 7,9 22,9 19,0 Noruega (1993-2003) 14,2 5,3 10,7 12,7 Dinmarca 14,0 10,2 12,1 20,9 Alemanha (1993-2003) 13,8 3,8 - -Bélgica 13,0 7,2 26,7 9,7 Estados Unidos 12,9 2,4 - 18,1 Holanda (1994-2002) 12,4 4,3 -21,3 41,3 Finlândia (1993-2003) 11,7 13,2 8,1 -Itália (1993-2003) 11,3 1,3 -8,5 12,9 Austrália 10,7 5,7 16,5 13,2 Coréia (1995-2003) 10,3 8,3 - -França 9,8 3,5 13,1 8,4

P&D em Indústrias Selecionadas de Serviços e no Setor Manufatureiro Taxa Média de Crescimento Anual (%), 1993-2002

(22)

Incentivos Fiscais para as Atividades de P&D.

De acordo com a OCDE, os países membros têm utilizado, de forma crescente, a concessão de vantagens fiscais como instrumento de política de estímulo aos investimentos privados em P&D. Nos últimos anos tem havido a adoção de novos esquemas de incentivo fiscal bem como a alteração dos esquemas existentes de modo a torná-los ainda mais generosos e focados em certos tipos de beneficiários, por exemplo, pequenas empresas ou indústrias específicas.

O tratamento fiscal especial para os gastos em P&D inclui abatimento imediato (write-off) das despesas correntes de P&D (modalidade praticada em todos os países) e vários tipos de benefício fiscal, como crédito fiscal (modalidade adotada em 12 países em 2004) e dedução da renda tributável (praticada em seis países).

Em 2004, 18 países ofereciam vantagens fiscais para grandes empresas e pequenas empresas (contra apenas 12 em 1996). Espanha e México são os países que concederam os mais altos subsídios fiscais tanto para as grandes empresas como para as PMEs, que recuperaram (ou deixaram de pagar em impostos) o equivalente a, respectivamente, US$ 0,44 e US$ 0,39 para cada dólar investido em pesquisa e desenvolvimento. Já o Canadá privilegia as pequenas e médias empresas, que receberam de volta US$ 0,32 por dólar gasto em P&D.

No período 1995-2004, o subsídio fiscal concedido para as grandes empresas aumentou significativamente em dezesseis países, com destaque para o México, Portugal e Noruega. Em contraposição, diminuiu na Austrália (-US$ 0,10), Holanda (-US 0,07) e na Irlanda (-US$ 0,01 no período 1999-2004). Nos demais não houve alteração.

(23)

Variação na Taxa de Subsídio Fiscal para Grandes Empresas por cada US$ 1 Investido em P&D, 1995-2004

0,01 0,02 0,03 0,03 0,04 0,05 0,05 0,08 0,09 0,10 0,11 0,15 0,16 0,22 0,30 0,40 -0,01 -0,07 -0,10 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 Austrália Holanda Irlanda (1999-2004) Finlândia Canadá Grécia (1999-2004) Suécia Bélgica Suíça Islândia (1999-2004) Itália Alemanha Áustria Dinamarca (1) França Coréia Estados Unidos Reino Unido Nova Zelândia (1999-2004) Japão (2) Espanha Noruega Portugal México

Fonte: OECD, STI/STP Division, April 2005. Extraído de OCDE (2005), p. 37.

Notas: (1) Na Dinamarca, em 2004, 150% das despesas com pesquisa em parceria de universidade ou instituições públicas de pesquisas são passíveis de abatimento.

(2) No Japão, o Índice B das grandes empresas é aplicado para firmas com proporção P&D e vendas inferior a 10%. Para as grandes empresas com relação P&D/vendas acima de 10%, o Índice B é 0,831. O índice B para pesquisas realizadas em cooperação com universidades é 0,782.

(24)

Grandes Empresas Pequenas e Médias Empresas Itália -0,03 0,45 Alemanha -0,02 -0,02 Nova Zelândia -0,02 -0,02 Grécia -0,01 -0,01 Suécia -0,01 -0,01 Islândia -0,01 -0,01 Bélgica -0,01 -0,01 Finlândia -0,01 -0,01 Suíça -0,01 -0,01 Holanda 0,02 0,11 Irlanda 0,05 0,05 Estados Unidos 0,07 0,07 Reino Unido 0,10 0,11 Áustria 0,11 0,11 Austrália 0,12 0,12 França 0,13 0,13 Japão (4) 0,14 0,19 Hungria (3) 0,16 0,16 Canadá 0,17 0,32 Dinamarca (2) 0,18 0,18 Coréia 0,19 0,16 Noruega 0,21 0,23 Portugal 0,28 0,28 México 0,39 0,39 Espanha 0,44 0,44

Subsídio Fiscal para Investimento em P&D por Tamanho de Empresa(1), 2004

Fonte: OECD, STI/STP Division, April 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 37.

Notas:

(1) O subsídio fiscal é calculado como 1 menos o Índice B. Por exemplo, na Espanha em 2004, cada dólar investido pelas grandes empresas em P&D resultava em 44 centavos de abatimento de imposto.

(2) Na Dinamarca, em 2004, 150% das despesas com pesquisa

em parceria de universidade ou instituições públicas de

pesquisas são passíveis de abatimento.

(3) O Índice B calculado para a Hungria considera abatimento de 100% para pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e de 300%

se o laboratório da empresa está localizado em uma

universidade ou instituto público de pesquisa.

(4) No Japão, o Índice B das grandes empresas é aplicado para firmas com proporção P&D e vendas inferior a 10%. Para as grandes empresas com relação P&D/vendas acima de 10%, o Índice B é 0,831.

Inovações nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

De acordo com a OCDE, um crescente número países realiza pesquisas sobre inovação que visam capturar outros aspectos além da tecnologia. Uma destas pesquisas foi realizada em 2004 pela Comissão Européia para o período de 1998-2000. Além de focar, as inovações em processo e em produto realizadas internamente ou em cooperação, o survey da Comissão Européia cobriu igualmente as mudanças não-tecnológicas relevantes para inovação realizadas por pequenas e médias empresas (com menos de 250 empregados).

(25)

As informações obtidas revelam que cerca de um terço das PMEs européias realizam inovação internamente e não apenas adquirem inovações desenvolvidas por terceiros. Os percentuais mais elevados de inovações internas foram observados na Suíça, Islândia, Alemanha, Luxemburgo e Bélgica. Em contraste, os menores percentuais, bem inferiores à média da União Européia, foram registrados na Polônia, Eslováquia, Dinamarca, Hungria e Grécia.

No que se refere à realização de atividades de inovação em cooperação com outras empresas ou organismos públicos, a média européia das PMEs foi de apenas 7% no período analisado. Todavia, há uma grande disparidade entre os países: enquanto os países nórdicos apresentam médias elevadas de PMEs realizando inovação com cooperação (por exemplo, 20% na Finlândia, 15,7% na Dinamarca e 13,4% na Suécia), as médias em certos países do sul e leste europeu são extremamente baixas (Espanha, 2,7%; Itália, 3,0%, Eslováquia, 3,3%), indicando a baixa freqüência de cooperação nas atividades de inovação das PMEs.

A pesquisa da Comissão Européia mostrou ainda que em média uma em cada duas PMEs realizou, no período 1998-2000, mudança inovadora de natureza não-tecnológica. Como mudança não-tecnológica foi considerada a implementação de "técnicas avançadas de gestão" ou "mudanças significativas na aparência estética ou design de ao menos um produto”. Os percentuais mais elevados de PMEs que realizaram mudanças não-tecnológicas foram registrados em Luxemburgo (74%), Alemanha (65%), Grécia (59%) e Áustria (58%). Em contraposição, Eslováquia, França e Dinamarca apresentaram os percentuais mais baixos de pequenas e médias empresas efetuando inovações não-tecnológicas, respectivamente, 10%, 23% e 26%.

Inovações internas (in-house ) das PMEs, como % de Total de PMEs, 1998-2000

28,8 29,2 31 31,7 32,1 34,1 35,2 35,5 36,2 37,6 38,3 39,2 46,2 46,5 54,8 Noruega França Itália UE - 25 UE - 15 Holanda Suécia Áustria Portugal Finlândia Bélgica Luxemburgo Alemanha Islândia Suíça

(26)

Inovações em Cooperação nas PMEs, como % do Total das PMEs, 1998-2000

2,7 3,0 3,3 4,5 6,2 6,3 6,9 7,0 7,1 7,2 8,8 9,2 9,3 9,6 9,6 10,4 11,1 12,5 12,6 13,4 15,7 20,0 Espanha Itália Eslováquia Polônia República Checa Grécia UE15 Portugal UE25 Reino Unido Áustria Alemanha França Bélgica Holanda Suíça Hungria Noruega Islândia Suécia Dinamarca Finlândia

Fonte:European Commission (2004), European Innovation Scoreboard 2004. Extraído de OCDE (2005, p. 39).

Mudanças Não-Tecnológicas(1) nas PMEs, Como % do Total de PMEs, 1998-2000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 Lu x e m bur go A lem anha Gr é c ia Áu s tri a Is lândia P o rt uga l UE2 5 B é lgic a Itáli a Finlândia Suéc ia R epúblic a C hec a No ru e g a Ho la n d a H u ngr ia D inam ar c a Fr an ç a Es lo v á q u ia %

Fonte: European Commission (2004), European Innovation Scoreboard 2004. Extraído de OCDE (2005, p. 39). Nota: 1. Inclui implementação de "técnicas avançadas de gestão" ou "mudanças significativas na aparência estética

(27)

Inovação e Capital de Risco.

Nos setores de tecnologia de ponta, as pequenas empresas inovadoras e, em particular aquelas em fase de expansão, beneficiam-se dos aportes de investimento de capital de risco (venture

capital). De acordo com o documento da OCDE, embora os volumes de capital de risco em

percentuais do PIB sejam ainda relativamente pequenos (menos de 0,4% do PIB, por exemplo, nos Estados Unidos no período 2003 e de 0,5% na Islândia no período 2000-2002), o investimento de risco desempenha um papel essencial como fonte de financiamento para as inovações radicais realizadas pelas pequenas empresas de alta tecnologia.

No conjunto dos países da OCDE, as pequenas empresas de tecnologia de ponta atraíram 60% dos investimentos de risco no período 2000-2003, mas há grandes disparidades entre os países. Os investimentos de risco em empresas de alta tecnologia foram extremamente expressivos na Irlanda (93%), Canadá (85%) e Estados Unidos (75%). Em contraste, não atingiram 25% na Espanha, Eslováquia e Portugal.

Dentre as novas tecnologias, as empresas de tecnologia de informação foram as que mais atraíram os recursos de capital de risco nos Estados Unidos, Canadá, Japão e Suíça no período 2000-2003. Já na União Européia, Austrália e Nova Zelândia, os investimentos de risco nos setores de alta tecnologia destinaram-se predominantemente às empresas de comunicação. Mencione-se, entretanto, que, na Dinamarca e na Suécia, as empresas de biotecnologia e saúde foram o principal destino do capital de risco, absorvendo, respectivamente, 28,2% e 17,3% dos recursos totais de investimento de risco nesses países no período 2000-2003.

A pesquisa da OCDE também ressalta a existência de um importante fluxo internacional de investimento de risco entre os países da Área. Além de as empresas norte-americanas investirem crescentemente nos países europeus e asiáticos, houve também significativas aplicações de capital de risco inter-fronteiras (cross-border) dentro da Europa e dentro da Ásia.

Ao longo do período 2000-2003, na Islândia, Suécia, Reino Unido e Holanda, as empresas de capital de risco gerenciavam mais recursos domésticos do que fluxos recebidos do exterior. Em contraposição, na Finlândia, Irlanda, Suíça e Áustria, os fluxos internacionais de capital de risco representavam mais de 30% dos investimentos geridos por empresas domésticas de capital de risco.

(28)

Estágios iniciais Expansão Eslováquia 0,00 0,01 Japão (2) 0,01 0,02 Hungria 0,01 0,03 Grécia 0,01 0,04 Polônia 0,01 0,04 República Checa 0,01 0,05 ÁAustria 0,02 0,04 Suíça 0,03 0,04 Portugal 0,02 0,05 Itália 0,02 0,06 Nova Zelândia (2) 0,03 0,06 Alemanha 0,04 0,06 Irlanda 0,04 0,06 Bélgica 0,05 0,06 França 0,04 0,07 Dinamarca 0,06 0,06 Noruega 0,04 0,08 Espanha 0,02 0,11 Austrália (2) 0,03 0,10 UE 0,04 0,09 Finlândia 0,08 0,10 Holanda 0,04 0,16 Reino Unido 0,06 0,16 Suécia 0,09 0,15 OCDE 0,08 0,18 Coréia (2) 0,11 0,16 Canadá 0,16 0,14 Estados Unidos 0,11 0,26 Islândia (1) 0,17 0,34 Notas: (1) 2000-2002. (2) 1998-2001.

Investimento em Capital de Risco em % do PIB, 2000-2003

Fonte: OCDE baseado em dados obtidos junto a EVCA (Europa); NVCA (Estados Unidos); CVCA (Canadá); Asian Venture Capital Journal (The 2003 Guide to Venture Capital in Asia ).

(29)

Communicações Tecnologia de Informação Saúde/ Biotecnologia Espanha 6,6 6,7 6,3 Eslováquia 16,4 4,5 0,0 Portugal 12,2 10,7 1,0 Holanda 10,4 10,1 6,3 Austrália (2) 15,9 6,4 5,9 Reino Unido 12,3 9,8 10,3 Itália 26,6 4,1 2,4 Japão (2) 15,0 17,8 1,7 União Européia 13,5 11,7 9,9 França 14,9 13,6 8,3 Alemanha 9,7 16,5 14,1 Suécia 10,2 13,9 17,3 Coréia (2) 21,9 18,2 1,6 Suíça 5,2 21,2 18,6 Bélgica 15,7 15,5 15,2 Finlândia 13,5 20,0 13,0 Grécia 23,4 20,6 2,8 Polônia 39,2 4,6 3,8 Islândia (1) 13,9 26,0 11,3 Áustria 15,7 28,5 7,1 Hungria 44,5 4,3 4,1 República Checa 43,4 9,9 0,4 Noruega 12,6 22,5 20,0 Nova Zelândia (2) 30,4 19,3 7,4 OCDE 21,8 26,5 11,7 Dinamarca 13,2 19,3 28,2 Estados Unidos 26,8 35,1 13,0 Canadá 22,5 43,5 18,8 Irlanda 15,2 72,4 5,1 Notas: (1) 2000-2002. (2) 1998-2001.

Participação dos Setores de Alta Tecnologia no Total do Capital de Risco em %, 2000-2003

Fonte: OCDE baseado em dados obtidos junto a EVCA (Europa); NVCA (Estados Unidos); CVCA (Canadá); Asian Venture Capital Journal (The 2003 Guide to Venture Capital in Asia ). Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 43.

(30)

País de Gestão País do Destino Islândia (2) 0,63 0,55 Suécia 0,69 0,53 Estados Unidos (3) 0,45 0,46 Reino Unido 0,69 0,44 Finlândia 0,28 0,38 França 0,31 0,34 Holanda 0,38 0,32 Canadá (3) 0,32 0,32 UE 0,31 0,28 Itália 0,22 0,23 Irlanda 0,15 0,22 Dinamarca 0,17 0,21 Suíça 0,13 0,18 Espanha 0,17 0,18 Alemanha 0,17 0,18 Noruega 0,14 0,15 Bélgica 0,16 0,14 Eslováquia 0,02 0,13 Portugal 0,10 0,13 Áustria 0,07 0,11 Hungria 0,10 0,10 República Checa 0,07 0,07 Polônia 0,08 0,07 Grécia 0,07 0,03 Notas: (2) 2000-2002.

Investimento de Capital de Risco por País de Gestão e Destino (1) em % do PIB, 2000-2003

Fonte: OCDE baseado em dados obtidos junto a EVCA (Europa); NVCA (Estados Unidos); CVCA (Canadá); Asian Venture Capital Journal (The

2003 Guide to Venture Capital in Asia ). Elaborado a partir de OCDE

(2005), p. 43.

(1)Total de investimento de risco inclui investimento nos estágios iniciais, expansão, buy-out e outros.

(3) Para os Estados Unidos e Canadá, o país de destino é igual o investimento domésticos mais o capital europeu investido no país respectivo.

(31)

Investimentos em P&D fora da Área da OCDE

Segundo a OCDE, as economias não-membros vêm ampliando sua participação nas atividades mundiais de P&D nos últimos anos. Uma amostra de dezenove países pesquisados respondia, em 2003, pelo equivalente a 20% das despesas totais da OCDE com P&D, medido em dólar corrente pela paridade de poder de compra, contra 17% em 2001.

A China foi responsável por uma parcela substancial deste aumento, na medida em que responde por metade da participação dos países não-membros incluídos na amostra. Em 2003, a China ocupava o terceiro lugar mundial no ranking dos gastos em P&D, atrás dos Estados Unidos e do Japão, mas na frente dos países-membro da União Européia tomados individualmente.

Contudo, o relatório alerta que a análise dos dados dos países não-membro da OCDE exige certo cuidado, porque as informações não são homogêneas, pois provêm de distintas fontes. Adicionalmente, no caso de alguns países, os dados podem estar superestimados ou subestimados, por distintas razões; por exemplo:

• No Brasil, os dados para as empresas privadas foram coletados através de pesquisas de inovação; as taxas de resposta foram muito baixas. O total da estimativa reflete somente o universo de 1.100 empresas que responderam ao menos um questionário desde 1993. Os dados para o setor privado estão subestimados. Os dados do setor público e do setor de educação superior foram obtidos a partir de informações orçamentárias e estão provavelmente superestimados.

• Para a China, as taxas utilizadas para conversão das despesas com P&D em moeda doméstica para o dólar com paridade poder de compra estão provavelmente superestimadas. Por conseqüência os dados de P&D expressos em US$ PPP devem estar também superestimados.

• Na Índia, o setor de educação superior e o setor de indústria de pequena escala estão apenas parcialmente cobertos. Os dados para 2000/ 2001 foram estimados a partir da taxa de crescimento destes setores no período 1994/95-1998/98.

• Em Israel e na Lituânia, as informações sobre o P&D não incluem as despesas na área de defesa. Ademais, em Israel, os gastos na área de humanidades e direito estão apenas parcialmente cobertos em Educação Superior.

(32)

Feitas estas ressalvas, o documento destaca, entre outros pontos que:

9 Israel apresenta a taxa de intensidade de P&D mais elevada do mundo, investindo 4,9% do PIB em atividades civis de P&D, equivalente a duas vezes a média da OCDE.

9 Taiwan é o único outro país incluído na amostra com intensidade de P&D superior ao da média da OCDE.

9 As atividades de P&D realizadas pelas indústrias estão estreitamente relacionadas com a criação de novos produtos e desenvolvimento de novas técnicas de produção, sendo assim um importante motor para o crescimento econômico. À semelhança do que ocorre nos países da Área da OCDE, nas economias mais desenvolvidas da amostra, em particular nos países asiáticos e na Federação Russa, o setor empresarial privado executa a maior parte das atividades de P&D, enquanto as atividades de P&D são realizadas majoritariamente pelo governo e pelas instituições de educação superior nos países menos desenvolvidos, como Chipre, Bulgária, Índia, Lituânia.

Intensidade(1) do P&D nos Países Não-Membros da OCDE, 2003 Em % 0,3 0,4 0,4 0,4 0,5 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8 0,8 1,0 1,1 1,3 1,3 1,5 2,1 2,2 2,5 4,9 Chipre Letônia Romênia Argentina Bulgária Hong Kong (2002) Chile Lituânia África Sul Estônia Índia (2000-01) Brasil (2000) Croácia (2002) Federação Russa China Eslovênia (2002) Cingapura OECD Taiwan Israel

Fonte: OCDE, MSTI database, May 2005; Eurostat, NewCronos database, May 2005; e OCDE, baseado em fontes nacionais. Extraído de OCDE (2005), p. 21.

(33)

Evolução das Despesas Domésticas Brutas com P&D em %, Média Anual 2000-2003 (1) -4,7 1,8 1,8 1,8 3,2 5,0 6,1 7,7 8,1 8,4 12,4 12,5 13,1 13,2 -10 -5 0 5 10 15 Argentina Letônia Israel OCDE Bulgária Cingapura Eslovênia (2000-02) Taiwan África do Sul (2001-03) Romênia Chipre Lituânia Federação Russa Hong Kong (2000-02)

Fonte: OECD, MSTI database, May 2005; Eurostat, NewCronos database, May 2005; e OCDE, baseado em fontes nacionais. Extraído de OCDE (2005), pg. 21

Nota: (1) Dados baseados em preços constantes de 2000.

Empresas Privadas Educação Superior Governos Entidades Sem Fins Lucrativos Chipre 19,2 29,6 41,4 9,7 Bulgária 20,0 9,7 70,1 0,3 Lituânia 20,5 52,9 26,6 n.d Índia (1998-99) 26,7 2,9 70,4 nd Estônia 28,8 50,9 17,0 3,3 Argentina 29,0 27,4 41,2 2,5 Letônia 34,3 42,3 23,4 n.d Brasil (2000) 40,8 27,6 31,6 n.d Croácia (2002) 42,7 35,1 22,2 n.d África do Sul 55,5 20,5 21,9 2,1 Romênia 58,2 9,4 32,1 0,3 Eslovênia (2002) 59,7 15,6 23,1 1,7

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Intensidade do P&D Despesas de P&D em Bilhões de US$ PPC Chipre 0,3 0,0 Letônia 0,4 0,0 Romênia 0,4 0,6 Argentina 0,4 1,8 Bulgária 0,5 0,2 Hong Kong (2002) 0,6 1,1 Chile 0,7 1,0 Lituânia 0,7 0,4 África Sul 0,7 4,0 Estônia 0,8 1,0 Índia (2000-01) 0,8 20,7 Brasil (2000) 1,0 12,2 Croácia (2002) 1,1 2,0 Federação Russa 1,3 16,9 China 1,3 84,6 Eslovênia (2002) 1,5 0,6 Cingapura 2,1 2,2 OECD 2,2 679,8 Taiwan 2,5 13,7 Israel 4,9 6,6

Despesas Bruta de P&D como % do PIB e Bilhões US$ PPC

Fonte: OCDE, MSTI database, May 2005; Eurostat, NewCronos database, May 2005; e OCDE, baseado em fontes nacionais. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 21.

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Balanço de Pagamento de Tecnologia

O relatório apresenta também indicadores do balanço de pagamento de tecnologia, definido como as transferências internacionais de tecnologia sob a forma de licenças, know-how, patentes e assistência técnica. Na maioria dos países membros da OCDE, os fluxos de pagamento e receita de tecnologia vêm crescendo de forma acentuada desde os anos 1990. Em seu conjunto a OCDE manteve ao longo da década passada e nos anos iniciais da presente década a sua posição de exportadora líquida de tecnologia.

Em percentual do PIB, os principais exportadores de tecnologia em 2003 foram Bélgica, Estados Unidos, Japão e Finlândia. Dentre os países importadores, o destaque é mais uma vez a Irlanda, com déficit equivalente a 10,5% do PIB, em virtude da grande presença no país de filais de corporações norte-americanas e inglesas, as quais importam tecnologia das matrizes.

Tendência nos Fluxos de Tecnologia(1) em % do PIB por Área Geográfica, 1991 - 2003

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 % OCDE (2,3) União Européia(2) Japão Estados Unidos

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Balanço de Pagamento de Tecnologia em % do PIB, 2003 -0,6 -0,4 -0,4 -0,4 -0,2 -0,2 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 Irlanda Hungria (1999) República Checa Polônia (2000) Coréia Portugal Eslováquia (2001) Espanha (1998) México Suíça Áustria Alemanha Itália Austrália (1998) Nova Zelândia (1999) Luxemburgo Noruega França Canadá (2001) Finlândia Japão Estados Unidos Dinamarca (1999) Bélgica

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Impacto do Conhecimento nas Atividades Produtivas

A partir de uma ampla comparação das economias da OCDE em termos de renda, produtividade, desempenho industrial, o relatório destaca a crescente importância das indústrias intensivas em tecnologia e conhecimento, a interação entre a indústria de transformação e o setor de serviço e as mudanças em curso na natureza da indústria de transformação.

De acordo com os pesquisadores da OCDE, todas as indústrias geram e/ou utilizam novas tecnologias e conhecimento em alguma medida, porém algumas são mais intensivas em tecnologia e conhecimento que outras. Para mensurar a importância da tecnologia e do conhecimento, é útil focar nos produtores de bens de alta tecnologia e nas atividades (incluindo serviços) que utilizam alta tecnologia de forma intensiva e empregam mão-de-obra altamente qualificada.

Ao longo dos anos 1990, a maioria dos países da OCDE apresentou um firme crescimento dos serviços baseados em conhecimento. Entre as maiores economias, os Estados Unidos foram os que tiveram uma forte expansão, enquanto, no Japão, o desenvolvimento dos serviços baseados em conhecimento continua incipiente.

Os dados de 2002 mostram um declínio na participação das indústrias de alta e média-alta tecnologia no valor adicionado total da OCDE: 7,5% contra 8,5% em 2000; enquanto a parcela de serviços baseados em conhecimento manteve sua trajetória de crescimento, superando 20% do valor adicionado total.

Há, contudo, diferenças importantes entre os países, Por exemplo, na Irlanda, as indústrias de alta e média-alta tecnologia permanecem como o motor do crescimento econômico, respondendo por cerca de 21% do valor adicionado total, ou seja, bem acima da média da OCDE. As indústrias de alta e média-alta tecnologia também são importantes na Coréia do Sul e em alguns dos novos membros da União Européia, como a República Checa e a Hungria. Já na Suíça e em Luxemburgo, a elevada participação dos serviços intensivos em conhecimento no valor adicionado total (acima de 25%) se deve à forte presença do setor financeiro.

Na área da OCDE, as indústrias de alta tecnologia ampliaram sua participação nas exportações de produtos manufaturados entre 1992 e 2003, passando de 20% para 24,8%. Mesmo nos países onde as indústrias de alta tecnologia ainda representam uma fatia pouco expressiva das exportações, esta participação cresceu num ritmo mais rápido do que a média das exportações totais de manufaturados.

As indústrias de alta tecnologia (aeroespacial, computador, farmacêutica e de equipamento eletrônico) respondiam em 2003 por 53,6% das exportações de manufaturados da Irlanda, 39,0% das exportações da Suíça, 36,1% das exportações sul-coreanas, 35,8% das exportações norte-americanas de manufaturados, e 34,7% das exportações do Reino Unido.

(38)

qual as exportações totais de manufaturas se expandiram em um ritmo mais rápido do que as de alta tecnologia.

As exportações de tecnologia cresceram muito na Islândia, Turquia e nos países do leste da Europa; embora, em sua grande maioria, estes países exportam majoritariamente produtos de baixa e média-baixa tecnologia, à exceção da Hungria e República Checa.

O relatório destaca ainda que as discussões acerca da desindustrialização voltaram às agendas de política de muitas das economias da OCDE. Nos anos recentes, ocorreu um forte declínio no emprego industrial em vários países, embora em alguns setores a retração tenha sido mais acentuada que em outros, com destaque para a indústria têxtil e metalurgia básica.

No caso dos países do G7, em várias atividades industriais, o emprego se manteve relativamente estável, em particular nas indústrias de papel, química, automotiva, alimentícia e outras manufaturas. Isto ocorreu em parte, devido à manutenção de vantagem comparativa e em parte devido à forte demanda, como no caso da indústria farmacêutica.

Em termos da importância relativa dos diferentes países na indústria mundial, o relatório aponta que os países da OCDE vêm mantendo o predomínio. Em 2002, os países da OCDE respondiam por quase 80% do valor adicionado mundial da indústria de transformação.

Ao mesmo tempo, o estudo ressalta a crescente participação da China, que em 2002 controlava cerca de 7,5% a 8%, ligeiramente à frente da Alemanha e do total dos países asiáticos não-membros da OCDE. A América Latina e Caribe respondiam por cerca de 4% do valor adicionado da indústria global, participação comparável à do Reino Unido e França; enquanto a África representava apenas 1,3% do valor adicionado pela indústria mundial, participação equivalente à de Taiwan e Índia.

Participação das Manufaturas de Alta e Média Tecnologia no Valor Adicionado Bruto Total (%), 1990-2002

6 8 10 12 14 16 18 20 22 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 %

Estados Unidos Japão UE15 ex. Irlanda Irlanda Coréia Hungria República Checa

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Paricipação dos Serviços Intensivos em Conhecimento no Valor Adicionado Bruto Total, 1990-2002

12 14 16 18 20 22 24 26 28 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 %

Estados Unidos Japão Alemanha Reino Unido França Itália

Fonte: OECD, STAN Indicators, STAN Database, May 2005; National Accounts for OECD countries, Vol II, 2005. Extraído de OCDE (2005), p. 167.

Estrutura do Comércio de Manufaturados (1) da OCDE (2)por Intensidade Tecnológica, % do Comércio Total de Manufaturados, 1994-2003

20 25 30 35 40 45 %

(40)

Emprego na Indústria de Transformação por Atividadades-Chave, Países do G7, 1970-2001, Milhões de Trabalhadores

0 2 4 6 8 10 12 Alim entos Têx til M adeir a Papel Qu ím ic a M iner ais não-me tá lico s Me ta lú rg ic a M e c ânic a E q ui p a m en to s Elétric o s A u to m o tiv a Ou tr o s T ran s p or te s Ou tr a s M a nufatur as 1970 1980 1990 2001

Fonte: OECD STAN, STAN Indicators Databases; UNIDO International Yearbook of Industrial Statistics. Extraído de OCDE (2005), p. 179.

As 20 Maiores Economias Industriais em 2002, por Valor Adicionado da Indústria de Transformação, US$ Bilhões

0 250 500 750 1.000 1.250 1.500 Estados Unidos Japão China Alemanha França Reino Unido Itália Coréia Canadá México Espanha Brasil Taiwan Índia Federação Russa Suíça Holanda Suécia Indonésia Bélgica

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Manufaturas de Alta e Média-Alta Tecnologia Serviços intensivos em conhecimento (1) Luxemburgo 1,6 36,5 Grécia 1,8 11,7 Islândia 2,0 12,6 Noruega 3,0 12,6 Nova Zelândia 3,0 17,7 Austrália 3,2 22,2 Portugal 3,3 15,4 Holanda 4,8 21,4 Espanha 5,4 14,5 Polônia (2000) 5,5 nd Reino Unido 6,2 22,5 Estados Unidos 6,2 24,3 Dinamarca 6,3 15,3 Canadá (2001) 6,4 17,4 Itália 6,9 18,0 Mexico 6,9 12,1 França 7,4 20,6 OCDE 7,4 20,3 Áustria 7,5 16,8 Bélgica 7,7 20,4 UE 7,8 18,9 Eslováquia (2001) 7,9 nd Japão 9,1 16,5 Suécia 9,5 16,5 Hungria 9,6 16,4 Finlândia 10,1 14,1 República Checa 10,2 nd Suíça 10,5 25,8 Alemanha 12,0 20,1 Coréia 13,8 17,4 Irlanda 20,8 16,9

Manufaturas de Alta e de Média-Alta Tecnologia e Serviços Intensivos em Conhecimento

Participação no Valor Agregado Bruto Total, em %, 2002

Fonte: OECD, STAN Indicators, STAN Database, May 2005; National Accounts for OECD countries, Vol II, 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 167.

Nota: (1) Inclui Telecomunicação e Serviço Postal, Finanças e Seguros, e Serviços Empresariais.

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Indústria de Alta Tecnologia Industria de Média-Alta Tecnologia Indústria de Média-Baixa Tecnologia Indústria de Baixa Tecnologia Irlanda 53,6 30,3 2,6 13,5 Suíça 39,0 36,9 11,1 13,0 Coréia 36,1 32,2 20,3 11,4 Estados Unidos 35,8 38,9 10,9 14,4 Reino Unido 34,7 36,6 12,8 15,2 Hungria 32,1 40,5 11,0 16,4 Holanda 31,1 29,5 16,1 23,4 Japão 28,9 54,2 11,8 5,1 México 28,4 46,9 9,4 15,3 OCDE (1) 24,8 41,8 15,2 18,2 Finlândia 24,0 24,5 21,1 30,4 França 22,5 42,1 15,3 20,2 UE15 (1) 22,1 41,8 15,5 20,5 Suécia 22,0 38,4 17,3 22,4 UE19 (1) 21,7 41,8 15,9 20,6 Dinamarca 21,5 29,1 13,1 36,3 Bélgica 19,4 42,1 16,9 21,6 Alemanha 19,1 52,5 14,6 13,8 Áustria 14,9 40,7 18,3 26,2 República Checa 14,7 44,7 22,8 17,7 Grécia 12,5 16,5 29,2 41,8 Canadá 12,1 43,8 18,3 25,7 Austrália 11,8 18,9 36,9 32,4 Portugal 11,8 30,9 15,6 41,8 Noruega 11,2 27,5 41,1 20,2 Itália 11,0 39,8 19,0 30,2 Espanha 10,8 47,0 19,0 23,2 Polônia 6,6 35,7 26,6 31,1 Turquia 6,5 25,5 22,9 45,0 Eslováquia 5,7 49,2 25,6 19,6 Nova Zelândia 5,4 13,4 11,7 69,6 Islândia 5,1 3,5 25,4 66,0

Fonte: OCDE, STAN Indicators database, March 2005. Notas:

(1) Participação das Indústrias no Total das Exportações de Manufaturados. (2) Total da OCDE exclui Luxemburgo.

(43)

Indústria de Alta Tecnologia Indústria de Média-Alta Tecnologia Total Indústria de Transformação Japão 0,8 1,7 1,6 Austrália 4,4 5,2 4,5 Estados Unidos 4,9 4,3 4,0 Itália 5,8 5,4 4,7 Canadá 6,8 5,1 5,0 França 6,9 5,8 4,9 OCDE (2) 7,2 6,2 5,5 Suécia 7,4 6,7 5,7 Suíça 7,7 4,8 4,1 Reino Unido 7,7 6,3 5,2 Noruega 8,0 6,4 4,8 Alemanha 8,4 6,6 6,0 Dinamarca 9,0 7,2 4,8 UE15 (1) 9,2 7,2 6,0 UE19 (2) 9,6 7,5 6,3 Espanha 9,7 9,0 8,7 Coréia 10,6 8,9 7,8 Holanda 11,2 8,4 6,2 Áustria 11,8 8,3 7,5 Portugal 12,4 10,8 6,3 Finlândia 12,9 8,9 6,3 Nova Zelândia 13,1 6,5 3,9 México 13,3 11,7 11,5 Islândia 14,4 15,0 4,6 Eslováquia 14,4 18,5 13,8 Bélgica 15,1 8,8 6,9 Irlanda 15,6 15,1 11,3 Polônia 18,6 18,6 13,4 Grécia 18,8 13,1 5,2 Turquia 22,3 18,5 11,7 Hungria 26,8 22,2 16,0 República Checa 27,2 18,8 14,7

Fonte: OCDE, STAN Indicators database, March 2005. Elaborado a partir de OCDE (2005), p. 171. (1) Exclui Luxemburgo.

(2) Exclui Luxemburgo e Eslováquia.

Crescimento das Exportações de Alta e Média Tecnologia, Média Anual em %, 1994-2003

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