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Universidade Federal do Rio de Janeiro

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(1)

Sistema Brasileiro de Cap-and-Trade no Setor

Industrial: Vantagens, Desafios, Reflexos na

Competitividade Internacional e Barreiras à

Implementação

Programa de Planejamento Energético

COPPE / UFRJ

Agosto / 2010

Roberto Schaeffer

Alexandre Szklo

Régis Rathmann

Maurício F. Henriques Jr.

(2)

1.

Contextualização

Políticas climáticas

Impactos das políticas climáticas sobre a competitividade industrial

2.

Objetivo e Estrutura do Estudo

3.

Cenários de Consumo Energético e Emissões para o Setor

Industrial Brasileiro (2010-2030)

Evolução do consumo energético e emissões

Cenário referencial

Cenário de baixo carbono

4.

Benefícios e Riscos Decorrentes da Implementação de um Regime

de Cap-and-Trade no Setor Industrial do Brasil Pós-2012

Antecedentes

Procedimentos Metodológicos

Resultados

5.

Conclusões,

Barreiras

e

Oportunidades

Associadas

à

Implementação de um Cap-and-Trade na Indústria do Brasil

Sum

(3)

Contextualiza

Contextualiza

ç

ç

ão

ão

(4)

Pol

Pol

í

í

ticas clim

ticas clim

á

á

ticas

ticas

O Protocolo de Kyoto atribui diferentes responsabilidades aos diferentes países com relação à mitigação de emissões de GEE

(responsabilidades comuns, mas diferenciadas)

Países Anexo I Metas mandatórias de redução de emissões Países não-Anexo I Compromissos voluntários de mitigação (NAMA´s) COP15 reitera esta distinção UE (EU ETS)

EUA (provável cap-and-trade) UE (EU ETS)

EUA (provável cap-and-trade)

Brasil

(Metas voluntárias setoriais de mitigação) China

(“Compromisso” de redução da intensidade energética)

Brasil

(Metas voluntárias setoriais de mitigação)

China

(“Compromisso” de redução da intensidade energética)

(5)

Mas, e se o Brasil implementar um sistema de

Mas, e se o Brasil implementar um sistema de

cap

cap

-

-

and

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-

-

trade

trade

...

...

Setores industriais e a economia brasileira seriam

Setores industriais e a economia brasileira seriam

potencialmente afetados

potencialmente afetados

Elevada energo-intensividade em alguns segmentos industriais (cimento, ferro e aço, papel e celulose, mineração...)

+

Elevada inserção destes no comércio internacional (sobretudo mineração, ferro e aço, ferro-ligas e papel e celulose)

+

Significante contribuição na formação do PIB (27,3% em 2008)

Elevada energo-intensividade em alguns segmentos industriais (cimento, ferro e aço, papel e celulose, mineração...)

+

Elevada inserção destes no comércio internacional (sobretudo mineração, ferro e aço, ferro-ligas e papel e celulose)

+

(6)

Impactos de Pol

Impactos de Pol

í

í

ticas Clim

ticas Clim

á

á

ticas sobre a Competitividade Industrial

ticas sobre a Competitividade Industrial

1. No CP, a indústria absorve este custo, diminuindo sua rentabilidade 2. Depois, repassa aos preços finais

3. Queda na demanda, medida que depende da elasticidade-preço

4. Mantida a renda agregada e inexistindo bens substitutos, cresce a procura por bens importados

5. Ou seja, tem-se a queda na produção em setores energo-intensivos de países adotantes de políticas climáticas (Anexo I), e expansão da oferta em países receptores de políticas climáticas (não-Anexo I) 6. Por um lado, metas de emissões levariam a perda de

competitividade de setores sob impacto do custo carbono, e por outro levariam a vazamentos de carbono

1. No CP, a indústria absorve este custo, diminuindo sua rentabilidade 2. Depois, repassa aos preços finais

3. Queda na demanda, medida que depende da elasticidade-preço

4. Mantida a renda agregada e inexistindo bens substitutos, cresce a procura por bens importados

5. Ou seja, tem-se a queda na produção em setores energo-intensivos de países adotantes de políticas climáticas (Anexo I), e expansão da oferta em países receptores de políticas climáticas (não-Anexo I) 6. Por um lado, metas de emissões levariam a perda de

competitividade de setores sob impacto do custo carbono, e por outro levariam a vazamentos de carbono

Porquanto se discuta, junto

Porquanto se discuta, junto

à

à

literatura, a magnitude dos impactos

literatura, a magnitude dos impactos

decorrentes de pol

decorrentes de pol

í

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ticas clim

ticas clim

á

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ticas sobre a competitividade industrial,

ticas sobre a competitividade industrial,

é

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inequ

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í

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voco o mecanismo de transmissão dos efeitos do custo carbono:

voco o mecanismo de transmissão dos efeitos do custo carbono:

 Distribuição gratuita de permissões de emissões, em diferentes alocações, gera déficits e excedentes de permissões

 Empresas energo-intensivas necessitam, em alguma medida, adquirir permissões

 Distribuição gratuita de permissões de emissões, em diferentes alocações, gera déficits e excedentes de permissões

 Empresas energo-intensivas necessitam, em alguma medida, adquirir permissões

Custo carbono

(7)

Objetivo e Estrutura do

Objetivo e Estrutura do

Estudo

Estudo

(8)

Objetivo e Estrutura

Objetivo e Estrutura

Dimensionar os impactos, desafios e oportunidades sobre/para a indústria

brasileira relacionados à implementação de um mecanismo de cap-and-trade

no Brasil no período pós-2012

Dimensionar os impactos, desafios e oportunidades sobre/para a indústria

brasileira relacionados à implementação de um mecanismo de cap-and-trade

no Brasil no período pós-2012

1. Descrição e construção de um cenário referencial e de um de baixo carbono de consumo energético e emissões, levando em conta oportunidades de mitigação nos setores industriais brasileiros (2010-2030)

2. Análise das pressões das políticas já adotadas, ou em consideração, por parte da UE, EUA e Brasil relativamente às MCG. Além disso, são

descritas as repercussões do regime de cap-and-trade sobre a

competitividade industrial e o comércio internacional

3. Análise dos benefícios e riscos decorrentes da implementação de um sistema cap-and-trade no Brasil no período pós-2012

I. Efeitos de curto e longo prazo (2013/2020) tanto no nível doméstico quanto no nível internacional

a) Nível doméstico: custos, preços e produção

b) Nível externo: levando em conta a vulnerabilidade externa de cada setor, e os seus respectivos parceiros comerciais, uma possível perda de competitividade internacional

4. Identificar os principais condicionantes e barreiras à implementação, sob a ótica industrial, de um regime de cap-and-trade no Brasil

(9)

Cen

Cen

á

á

rios de Consumo

rios de Consumo

Energ

Energ

é

é

tico e de Emissões para

tico e de Emissões para

o Setor Industrial Brasileiro

o Setor Industrial Brasileiro

(2010

(2010

-

-

2030)

2030)

(10)

Evolu

Evolu

ç

ç

ão no Consumo Energ

ão no Consumo Energ

Evolução do consumo de energia na indústria

é

é

tico e Emissões

tico e Emissões

(inclui refino de petróleo)

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001 2006 1 0 ^ 3 t o e Cimento Ferro e Aço Mineração e Pelotização Metais Não-f errosos Químico

Alimentos e Bebidas Têxtil

Papel e Celulose Cerâmica Ref ino de Petróleo

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Outros do petróleo Carvão vegetal Eletricidade Óleo combustível Outros renováveis Bagaço de cana Lenha

Carvão mineral, coque e derivados

Gás natural

Evolução da participação dos diferentes energéticos na indústria brasileira (inclui refino de petróleo)

(11)

Participação relativa dos diferentes segmentos industriais

nas emissões totais de CO

2

da indústria em 2007

Evolu

Evolu

ç

ç

ão no Consumo Energ

ão no Consumo Energ

é

é

tico e Emissões

tico e Emissões

5,7% 40,0% 1,9% 4,9% 5,7% 10,2% 4,9% 0,8% 2,3% 7,1% 5,1% 11,3% CIMENTO

FERRO GUSA / AÇO

FERRO LIGAS MINERAÇÃO /PELOT. NÃO FERROSOS QUÍMICA ALIMENTOS / BEBIDAS TÊXTIL PAPEL /CELULOSE CERÂMICA OUTRAS INDÚSTRIAS REFINO PETRÓLEO Emissão total em 2007: 143.007 mil toneladas de CO2

(12)

Cen

Cen

á

á

rio Referencial

rio Referencial

(13)



Premissas

Base: PNE 2030

Crescimento do consumo de energia (e das emissões de CO2) seguindo o crescimento econômico do setor (3,7% ao ano)

Manutenção da participação relativa atual das diferentes fontes energéticas (com base em 2007) dentro dos sub-setores industriais específicos no período de 2010-2030

Manutenção dos níveis atuais de uso de biomassas originárias de desmatamento

Cen

Cen

á

á

rio Referencial

rio Referencial

Este cenário apresenta características de base de mercado, sem maiores mudanças qualitativas, mantendo o ritmo natural de incorporação de

tecnologias e de evolução da participação da oferta e demanda das diferentes fontes de energia

(14)

Cen

Cen

á

á

rio de Referência (2010

rio de Referência (2010

-

-

2030)

2030)

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 2010 2020 2030 Consumo de Energia (103tEP) Têxtil Ferro-ligas

Extrativa mineral (mineração e pelotização)

Cimento Papel e celulose Cerâmica

Não ferrosos e outros da metalurgia

Química

Outras indústrias Ferro-gusa e aço Alimentos e bebidas

Consumo de energia pelos

diferentes segmentos industriais

(15)

Cen

Cen

á

á

rio de Referência (2010

rio de Referência (2010

-

-

2030)

2030)

Consumo de fontes energéticas nos

diferentes segmentos industriais

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 200.000 Consumo de Energia (103tEP) Carvão metalúrgico Óleo combustível Carvão vegetal Lenha

Coque de Carvão Mineral Outras f. sec. petr. Outras Fontes Gás natural Produtos da cana Eletricidade

(16)

Cen

Cen

á

á

rio de Referência (2010

rio de Referência (2010

-

-

2030)

2030)

Emissões de CO

2 Ano Emissões (mil tCO2) Ano Emissões (mil tCO2) Ano Emissões (mil tCO2) 2010 159.082 2017 205.150 2024 264.559 2011 164.968 2018 212.740 2025 274.348 2012 171.071 2019 220.612 2026 284.499 2013 177.401 2020 228.775 2027 295.025 2014 183.965 2021 237.239 2028 305.941 2015 190.772 2022 246.017 2029 317.261 2016 197.830 2023 255.120 2030 328.999 Variação 2008-2030: 129%

(17)

Cen

Cen

á

á

rio de Baixo Carbono

rio de Baixo Carbono

(18)



Premissas

Base: PNE 2030

Crescimento do consumo de energia (e das emissões de CO

2

)

seguindo o crescimento econômico do setor (3,7% ao ano)

Variação do cenário de referência, onde certas tecnologias são

substituídas por outras menos intensivas em carbono

Custos de abatimento limitados a US$20/tCO2



Basicamente,

neste

cenário,

parte-se

da

avaliação

das

possibilidades de mitigação em seis grandes blocos:

Cen

Cen

á

á

rio de Baixo Carbono

rio de Baixo Carbono

1. Eficiência Energética

2. Reciclagem e Economia de Materiais 3. Substituição Inter-energéticos

4. Energia Renovável (emprego de biomassas e da energia solar térmica) 5. Eliminação de Biomassas de Desmatamentos (biomassas

não-renováveis)

6. Cogeração de Energia 1. Eficiência Energética

2. Reciclagem e Economia de Materiais 3. Substituição Inter-energéticos

4. Energia Renovável (emprego de biomassas e da energia solar térmica) 5. Eliminação de Biomassas de Desmatamentos (biomassas

não-renováveis)

(19)

A sele

A sele

ç

ç

ão destas medidas leva em conta...

ão destas medidas leva em conta...

Setores / Medidas Eficiência Energética Reciclagem /Economia materiais Troca inter- combustíveis Fontes Alternativas (solar ou biomassa) Eliminação Desmatamento Cogeração de Energia Cimento AP AP AP NA BP MP Ferro-gusa e Aço AP AP AP AP AP AP Ferroligas AP AP BP MP AP BP Mineração e Pelotização AP NA MP NA NA BP Química AP NA AP MP NA AP Não-ferrosos e Outros Metálicos AP AP BP NA BP MP Têxtil AP NA AP AP BP MP Alimentos e Bebidas AP NA AP AP MP AP Papel e Celulose AP AP BP BP NA AP Cerâmica AP AP MP MP AP BP Outros AP AP BP BP BP BP Refino de Petróleo AP NA NA NA NA AP

Tipos de medidas de mitigação de emissões de CO

2

e

segmentos industriais passíveis de aplicação

AP = Alto Potencial; MP = Médio Potencial; BP = Baixo Potencial; NA = Não se Aplica

AP = Alto Potencial; MP = Médio Potencial; BP = Baixo Potencial; NA = Não se Aplica

(20)

Eficiência Energ

Eficiência Energ

é

é

tica

tica

Estimativas do potencial de economia de energia bruto nos segmentos industriais e decomposição percentual das medidas de eficiência energética

Setores

Faixa de Economia

%

Medidas de Eficiência Energética

Otimização da combustão (%) Sistemas recuperação calor (%) Recuperação de vapor (%) Recuperação calor /fornos (%) Novos processos (%) Outras medidas de eficiência (%) Cimento 9,8 - 23,0 2,0 21,0 Ferro e Aço 5,6 - 35,1 3,0 7,0 24,1 1,0 Não-Ferrosos (exceto alumínio) 7,9 2,0 5,9 Alumínio 5,0 1,0 2,0 2,0 Ferro-Ligas 6,7 6,7 Mineração/Pelotização 8,2 - 21,3 3,0 18,3 Papel / Celulose 5,5 - 18,4 3,0 6,0 9,4 Químico 6,4 - 22,2 3,0 3,0 3,0 6,0 7,2 Cerâmica 9,6 - 34,3 3,0 11,3 20,0 Vermelha 40,0 2,6 14,0 23,4 Branca 14,8 2,0 5,9 6,9 Têxtil 6,9 - 16,0 2,0 3,0 5,0 4,0 2,0 Alimentos 10,6 2,0 2,0 2,0 3,0 1,6 Outros 7,2 - 16,0 2,0 5,0 5,0 4,0 Cal 16,3 5,0 11,3 Vidro 16,0 7,0 9,0 Refino de Petróleo 19,0 15,0 4,0

(21)



Reciclagem e Economia de Materiais

• Uso de aditivos no setor cimenteiro

• Reciclagem do aço (setor ferro e aço), alumínio (não-ferrosos), vidro (outras

indústrias) e papel (papel e celulose), entre outras



Substituição inter-energéticos

 Ampliação do uso do GN em substituição ao óleo combustível, carvão mineral e

coque de petróleo



Substituição por fontes renováveis

 Ampliação do uso do carvão vegetal e da lenha renovável em substituição aos

combustíveis fósseis (setores de siderurgia, papel e celulose e alimentos/bebidas)

 Emprego da energia solar térmica, em parte do setor químico e no setor de alimentos

(secagem, lavagem, esterilização, cozimento e outras)



Eliminação da biomassa não-renovável (lenha e carvão vegetal) por

biomassas renováveis (florestas energéticas)

Siderurgia



Cogeração

 Emprego de biomassas residuais em processos industriais e no aproveitamento de

fluxos de gases combustíveis

Outras medidas...

(22)

1.472,71 44.567,19 TOTAL 185,4 -49,9 93,79 12,2 11.236,36 Cogeração 19,5 9,0 566,99 -5.294,25

Eliminação de biomassa não-renovável

34,7 8,9

69,23

-1.366,98

Troca de combustíveis fósseis por biomassa

-6,3 -67,2

43,75 12,0

1.831,87

Maior uso de gás natural

-79,9 -82,6 74,81 190,3 156,78 Reciclagem -104,7 -128,0 25,75 52,7 734,67 Energia solar -24,0 -80,7 598,38 18,8 23.946,29

Total - Eficiência Energética (medidas

agrupadas) -26,3 -35,6 18,34 37,1 356,82 Outras medidas de eficiência

182,8 -5,4 135,41 -17.027,32 Novos processos -51,5 -74,3 283,03 26,8 4.745,84

Recuperação de calor em fornos

-233,9 -251,3

37,34 76,6

514,78

Recuperação de vapor

-223,7 -237,1

19,04 90,4

203,08

Recuperação de calor

-105,2 -113,8 105,22 79,6 1.098,45 Melhoria de combustão Custo de abatimento (US$/tCO2) (taxa 15% aa) Custo de abatimento (US$/tCO2) (taxa 8% aa) Quantidade de CO2 evitado (106 t) TIR (%) Investimentos (VPL) (106US$) (8% a.a.)

Medidas de mitigação

Estimativas de Investimentos e Custos de Abatimento

(23)

Cen

Cen

á

á

rio de Baixo Carbono

rio de Baixo Carbono

-

-

Resultados

Resultados

159.082 328.999 197.640 -50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 2010 2030 2030 c/mitigação 1 .0 0 0 t C O2 Cogeração Substituição de fóssil por biomas sa Substituição por GN Reciclagem

Energia s olar térmica Eficiência energética Eliminação biomas sa desmatamento Linha de Base

(24)

Cen

Cen

á

á

rio de Baixo Carbono

rio de Baixo Carbono

-

-

Resultados

Resultados

Curvas de emissões no cenário de referência e no de baixo carbono (2010-2030) -50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2026 2028 2030 1 0 3 t C O 2

Cenário de Baixo Carbono Emissões Evitadas

Linha de Base (B1)

Quantidade total evitada: 1.535.844 tCO2 (31,2%)

(25)

Reciclagem 5% Substituição de Fóssil por Biomassa 5% Substituição por GN 3% Outras UEE 2% Novos Processos 9% Energia Solar 2% Otimização da Combustão 7% Recuperação de Calor em Fornos 18% Sistemas de Recuperação de Calor 4% Recuperação de Vapor 2% Eliminação da Biomassa Não- Renovável 37% Cogeração 6% 3,0% 7,9% 2,8% 11,1% 8,6% 6,3% 0,7% 43,3% 1,8% 9,5% 0,7% 4,2% Alimentos e bebidas Cimento Não ferrosos Ferro ligas Químico Cerâmica Mineração e pelot Têxtil Outros Ferro e Aço Papel e Celulose Refino

Contribuição percentual dos sub-setores nas emissões totais evitadas por medidas de eficiência energética

entre 2010 e 2030

Contribuições percentuais das medidas de mitigação sobre o cenário de

(26)
(27)

Benef

Benef

í

í

cios e Riscos

cios e Riscos

Decorrentes da Implementa

Decorrentes da Implementa

ç

ç

ão

ão

do Regime de

do Regime de

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil P

no Brasil P

ó

ó

s

s

-

-

2012

2012

(28)



Antecedentes

Análise das pressões das políticas já adotadas, ou em

consideração, por parte da UE, EUA e Brasil relativamente

às MCG

EU ETS (EU), Waxman-Markey Bill + Kerry-Boxer Bill + Lugar Bill (EUA), PNMC (Brasil)

Estado-da-arte do debate acerca das repercussões das

pressões políticas sobre a competitividade industrial e o

comércio internacional

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

Análise dos benefícios e dos riscos decorrentes da

implementação de um sistema cap-and-trade na

(29)



Procedimentos metodológicos

Ano-base: 2007

Bases de informações: SECEX (Base Alice), PIA-IBGE (Produção

Industrial Anual) e literatura científica (Elasticidades e

carbono-intensividade)

Curto Prazo (2013), Longo Prazo (2020)

Preços de carbono: US$ 20/tCO

2

no Curto Prazo (CP), e US$35 e

US$50/tCO

2

para o Longo Prazo (LP)

Alocações gratuitas: Cenário sem alocação, e, para os setores

vulneráveis à perda de competitividade, alocação de 80%, em 2013, e

de 30%, em 2020

Segmentos industriais analisados: Alimentos e bebidas, cerâmica,

cimento, ferro & aço, ferro-ligas, mineração/pelotização, não-ferrosos,

papel e celulose, químico, têxtil e outras indústrias

Cotação do dólar: R$ 1,80

Taxa de Inflação: 6,5% a.a.

Impactos do

(30)



Roteiro da estimação dos impactos:

1.

Adaptação da metodologia McKinsey & Company (2006)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

j

j

c

j

i

CP

DP

P

CI

C

=

Onde: “CIj”, “DPj“ e “CPj“ representam a carbono intensidade (tonelada de CO2/tonelada de produto final), demanda por permissões (dada pela diferença percentual entre emissões gratuitas e emissões totais do setor), e custo de produção (US$/tonelada) de um dado setor “j”, e “Pc” representa o preço do carbono (US$/tCO2).

A variação nos custos de produção setorial (Ci), dado o custo carbono,

é expressa como a razão do produto entre carbono-intensidade, preço

do carbono e demanda por permissões, pelo custo de produção

setorial

A variação nos custos de produção setorial (Ci), dado o custo carbono,

é expressa como a razão do produto entre carbono-intensidade, preço

do carbono e demanda por permissões, pelo custo de produção

setorial

(31)

2.

Obtenção da carbono-intensidade por setores industriais.

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

3.

Obtenção do cenário de preços de carbono, e revisão junto à

literatura, para definição do % de alocação gratuita de permissões

de emissões aos setores industriais vulneráveis à perda de

competitividade, via comércio exterior

(32)

4.

Obtenção de valores referenciais de curto e longo prazo de EPD

para o principal produto

1

de cada setor industrial analisado

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

5.

Obtenção, junto à literatura, do custo total de produção industrial

(US$) e produção física total (toneladas), para assim obter o custo

de produção do produto de referência, em dólares/tonelada

(33)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

6.

Para medir a vulnerabilidade do setor ao comércio exterior, fez-se

necessário obter informações de produção setorial total, e de fluxos

de comércio (exportações e importações). Perante os referidos

dados, construiu-se o “Indicador de Exposição Comercial Setorial”

(34)

Indicador de Exposi

Indicador de Exposi

ç

ç

ão Comercial

ão Comercial

Onde: “ej”, “ij e “xj representam as exportações, importações e produção doméstica de um dado setor “j”, respectivamente

A exposição comercial (t

i

) é definida, para

cada setor, como a razão da soma das

exportações pela produção setorial e das

importações pelo consumo doméstico

A exposição comercial (t

i

) é definida, para

cada setor, como a razão da soma das

exportações pela produção setorial e das

(35)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

A partir das Equações, bem como dos dados de entrada, se passa a estimar:

A partir das Equações, bem como dos dados de entrada, se passa a estimar:

Impactos sobre os diferentes segmentos industriais, dado um preço carbono de US$ 20/tCO2, e nenhuma alocação de permissão gratuita em 2013

(36)

Considerando a perda de competitividade como função tanto do impacto do custo carbono sobre o custo de produção industrial, quanto do grau de exposição

comercial, os setores mais vulneráveis, no curto prazo, seriam....

Considerando a perda de competitividade como função tanto do impacto do custo carbono sobre o custo de produção industrial, quanto do grau de exposição

comercial, os setores mais vulneráveis, no curto prazo, seriam....

Impactos do

(37)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

No longo prazo (2020), considerando-se preços de carbono de US$ 35 e US$

50/tCO

2

, e nenhuma alocação gratuita:

No longo prazo (2020), considerando-se preços de carbono de US$ 35 e US$

(38)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

Voltando ao curto prazo (2020), e considerando uma alocação de permissões gratuitas

de 80% para os setores potencialmente expostos à perda de competitividade, os

impactos sobre custo, e erosão de demanda, seriam significativamente menores....

Voltando ao curto prazo (2020), e considerando uma alocação de permissões gratuitas

de 80% para os setores potencialmente expostos à perda de competitividade, os

impactos sobre custo, e erosão de demanda, seriam significativamente menores....

(39)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

Em termos de vulnerabilidade...

Em termos de vulnerabilidade...

(40)

Impactos do

Impactos do

Cap

Cap

-

-

and

and

-

-

Trade

Trade

no Brasil

no Brasil

No longo prazo (2020), considerando preços de carbono de US$ 35 e US$

50/tCO

2

, e uma menor alocação gratuita (30%):

No longo prazo (2020), considerando preços de carbono de US$ 35 e US$

50/tCO

2

, e uma menor alocação gratuita (30%):

O problema

volta!!!

(41)

Conclusões, Barreiras e

Conclusões, Barreiras e

Oportunidade Associadas

Oportunidade Associadas

à

à

Implementa

Implementa

ç

ç

ão do

ão do

Cap

Cap

-

-and

and

-

-

trade

trade

(42)



Na ordem, os setores mais impactados em termos de acréscimo

de custos seriam mineração, cimento, cerâmica, ferro & aço e

papel & celulose



Por outro lado, a inelasticidade a preços, no curto prazo, faria com

que, à exceção do setor de mineração, em face do significante

peso do aumento dos preços sobre a demanda, fosse

insignificante a perda de demanda



Já no longo prazo (2020), mesmo no cenário de menor preço de

carbono, a erosão sobre a demanda, em face do custo carbono,

seria significativa sobre os setores de cerâmica, mineração e

cimento



Por outro lado, a perda de competitividade no comércio

internacional, desconsiderando qualquer alocação gratuita de

permissões de emissões, seria relevante para os setores de

mineração e ferro-ligas, e, em menor medida, sobre os setores de

quimica, ferro & aço e papel & celulose

Conclusões

(43)

Havendo uma alocação gratuita de permissões de emissões nos

moldes do que se estima para proteger os setores industriais

europeus à perda de competitividade...

Havendo uma alocação gratuita de permissões de emissões nos

moldes do que se estima para proteger os setores industriais

europeus à perda de competitividade...

O impacto sobre os custos de produção seria pequeno, e assim no

CP a perda de competitividade para os setores ameaçados deixaria

de ser um problema!

Conclusões

Conclusões

No longo prazo, a redução da parcela de alocações gratuitas, de 80% para 30%, faz com que a perda de competitividade no comércio internacional volte a ser um problema!

Por este motivo, deve-se elencar oportunidades e barreiras relativas à adoção de um regime de cap-and-trade no Brasil

No longo prazo, a redução da parcela de alocações gratuitas, de 80% para 30%, faz com que a perda de competitividade no comércio internacional volte a ser um problema!

Por este motivo, deve-se elencar oportunidades e barreiras relativas à adoção de um regime de cap-and-trade no Brasil

(44)



De fato, a exposição de alguns setores ao comércio internacional,

sobretudo quando se observam as assimetrias de compromissos

climáticos (por exemplo, o setor de mineração tem na China seu

principal parceiro comercial), que imporia a desvantagens

competitivas nestes mercados, levando possivelmente também à

vazamentos de carbono, é uma clara barreira à adoção de um

regime de cap-and-trade no Brasil



Por outro lado, diante deste possível impacto competitivo sobre

alguns segmentos industriais, tem-se a oportunidade de fomentar

o desenvolvimento de iniciativas de baixo carbono na indústria. Na

prática, tais medidas diminuiriam a intensidade carbono sobre as

atividades produtivas, minimizando o impacto de um eventual

custo carbono sobre a indústria. Ou seja, iniciativas com vistas a

eficientizar práticas produtivas, neste caso, seriam mais

custo-efetivas do que a adoção de um mecanismo de mercado para

controlar emissões de GEE no país

Oportunidades e Barreiras

(45)

Obrigado!!!

Obrigado!!!

roberto@ppe.ufrj.br

roberto@ppe.ufrj.br

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