• Nenhum resultado encontrado

FREQUÊNCIA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS QUE ACOMETERAM POPULAÇÕES INDÍGENAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2009

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "FREQUÊNCIA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS QUE ACOMETERAM POPULAÇÕES INDÍGENAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2009"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

FREQUÊNCIA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS QUE ACOMETERAM POPULAÇÕES INDÍGENAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE

JANEIRO A DEZEMBRO DE 2009

ALMEIDA, Aline Cristina1 FEITOSA, Juliana Mazzoni2 ORDONES, Camila Padilha3 PARANHOS, Nicolle de Jesus4 MOURA, Ana Carolina Oliveira Martins5

RODRIGUES, Rogério Oliveira6 RESUMO

A população indígena no Brasil desde a época da colonização vem sofrendo mudanças drásticas, que culminaram com a dizimação de várias etnias, uma das causas foi a introdução de doenças que antes não existiam, levando muitos índios à morte. Hoje a situação não é diferente, mesmo com várias políticas criadas para solucionar os problemas que envolvem essa porção da sociedade, muitas etnias vivem marginalizadas, sem acesso às condições primordiais para que tenham saúde, como o acesso ao saneamento básico, água encanada e a rede de saúde. Com o objetivo descrever as principais patologias que afetaram a população indígena de Minas Gerais em 2009, abordando alguns fatores que dificultam na intervenção ou solução dos problemas dessa população, atraindo os olhares para este povo e chamar a atenção das autoridades e da sociedade para os seus problemas. Realizou-se um levantamento bibliográfico utilizando a base de dados Scielo, Medline, Scopus e Bireme sobre as principais políticas e enfermidades que acometem as populações indígenas em Minas Gerais. Posteriormente foi realizado um levantamento de dados no SIASI de Governador Valadares MG sobre as frequências simples dessas enfermidades em índios residentes em Minas Gerais. Pode-se perceber a necessidade de novas políticas ou aperfeiçoamento das já existentes para que elas sejam realmente efetivas, uma vez que, ainda persistem elevadas taxas de morbidade e mortalidade em comunidades indígenas.

Palavras-chave: Saúde indígena. Políticas indígenas. Doenças infectocontagiosas.

1

Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce E-mail: aline.c.a18@hotmail.com

2 Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce

E-mail: juliana-mazzoni@hotmail.com

3

Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce E-mail: Kamy18_3@hotmail.com

4 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce

E-mail: nicolleparanhosgv@hotmail.com

5 Professora Assistente I da Universidade Vale do Rio Doce

E-mail:ananerimoura@hotmail.com – co-orientadora

(2)

1 INTRODUÇÃO

A I Conferência Nacional de Proteção à Saúde do Índio (I CNPSI), de 1986, definiu o princípio do respeito às práticas tradicionais de saúde dos povos indígenas, bem como a necessidade de sua participação em todos os momentos e instâncias de gestão, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações a eles voltadas (ADORNO; VARGAS, 2001).

No que se referem ao Sistema Único de Saúde (SUS), as Leis nº. 8.080 e 8.142, bem como as várias versões do Projeto de Lei do Estatuto das Sociedades Indígenas buscam conferir organicidade aos princípios estabelecidos pela Constituição de 1988, para a política indigenista do Brasil, pautando-se no princípio constitucional da autodeterminação dos povos indígenas e pelo reconhecimento de suas diferenças em relação à sociedade nacional (ADORNO; VARGAS, 2001).

Em agosto de 1999, o Ministério da Saúde (MS), por intermédio da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), assumiu a responsabilidade de prover atendimento integral à saúde dos povos indígenas, articulado com o SUS (OLIVEIRA, 2002).

A implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas requer a adoção de um modelo complementar e diferenciado de organização dos serviços voltados para a proteção, promoção e recuperação da saúde, que garanta aos índios o exercício de sua cidadania nesse campo. Atualmente é regulamentada pela Portaria do MS nº 254, de 31 de janeiro de 2002. Ela faz parte da Política Nacional de Saúde, de acordo com as determinações das Leis Orgânicas da Saúde (LOS) com as da Constituição Federal, que reconhecem aos povos indígenas suas especificidades étnicas e culturais e seus direitos territoriais (FUNASA, 2002; FUNASA, 2008).

Vários projetos foram criados a fim de suprir as necessidades da população indígena, dentre eles: saúde da mulher e da criança, vigilância alimentar e nutricional, saúde bucal, vigilância ambiental e assistência farmacêutica (FUNASA, 2008).

A população indígena no Brasil possui um quadro de saúde complexo e dinâmico, relacionado ao processo histórico de mudanças sociais, econômicas e ambientais. Com isso, verifica-se a emergência em saúde dos povos indígenas, em conseqüência de doenças crônicas não-transmissíveis,

(3)

doenças transmissíveis e contaminação ambiental (ROCHA, 2009).

O perfil epidemiológico dos indígenas é pouco conhecido, o que decorre da escassez de investigações, da ausência de inquéritos e censos, como da precariedade de informações sobre morbidade e mortalidade (ROCHA, 2009).

Não se dispõe de dados globais fidedignos em relação à situação dessas populações, mas de dados parciais, gerados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), pela FUNASA e várias organizações não-governamentais ou ainda por missões religiosas que, através de projetos especiais tem prestado serviços de atenção à saúde dos povos indígenas (FUNASA, 2002).

Em relação à morbidade, verifica-se um aumento da incidência de infecções respiratórias e gastrointestinais agudas, malária, tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, desnutrição e doenças preveníveis por vacinas, demonstrando um quadro de altas ocorrências de agravos que poderiam ser expressivamente diminuídos com ações da atenção básica à saúde nas áreas indígenas (FUNASA, 2002).

2 POPULAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL E MINAS GERAIS

Hoje a população indígena soma-se em todo Brasil cerca de 600.518 mil habitantes cadastrados, distribuídos em 4.774 aldeias dentro ou fora dos limites de 615 terras indígenas, em 210 povos e cerca de 170 línguas distintas, correspondendo a 448 municípios em 24 estados brasileiros, sendo 46,2% na região Norte, 25,4% no Nordeste, 17,7% no Centro-Oeste e 10,7% nas regiões Sul-Sudeste. Cada um desses povos tem suas diferentes formas de organização social, política, econômica, de relação com o meio ambiente e de ocupação com seu território (BRASIL, 2002; FUNASA, 2010).

Em Minas Gerais (MG), somam-se no total de 12.972 índios subdivididos em oito etnias reconhecidas pela FUNAI. Sendo elas: Aranã, que se situa em Coronel Murta e Salinas, os Kaxixó em Martinho Campos e Pompéu, os Krenak em Resplendor, os Maxakali em Bertópolis e Santa Helena de Minas, os Pankararu em Salinas, os Pataxó em Carmésia, os Xakriabá em São João das Missões e os Xucuru-Kariri localizado em Poços de Caldas (FUNASA, 2010; MINAS GERAIS, 2009).

(4)

Desde os tempos antigos, os povos indígenas vêm sofrendo uma série de agravos à saúde, que devido a alguns fatores relacionados à cultura, localização geográfica, imunológicos e a escassez de dados que não refletem a realidade, as políticas já existentes não foram suficientemente capazes de solucionar tais problemas. Por isso, teve-se a necessidade de criação de políticas específicas voltadas para essa etnia (FUNASA, 2002).

Em decorrência dessa demanda, houve a criação do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) como tentativa de minimizar os problemas deste seguimento da sociedade, oferecendo uma assistência direcionada aos índios e do Sistema de Informações da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) para monitoramento das ações de saúde (MINAS GERAIS, 2009).

DSEI é uma unidade organizacional da FUNASA e deve ser entendida como uma base territorial e populacional sob responsabilidade sanitária claramente identificada, que engloba um conjunto de ações de saúde necessário à atenção básica, articulando com a rede do SUS, composto por equipe multiprofissional necessária para executar suas ações por intermédio dos Conselhos Locais e Distrital de Saúde (FUNASA, 2002).

As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena são submetidas, previamente, ao Treinamento Introdutório que contempla conceitos antropológicos, análise do perfil epidemiológico da região e capacitação pedagógica que as habilite a executarem a formação dos Agentes Indígenas de Saúde (FUNASA, 2008).

Para acompanhar as ações de saúde desenvolvidas no âmbito do Distrito Sanitário foi criado o SIASI, na perspectiva de Vigilância em Saúde, voltado à população indígena. Esse sistema coleta informações que atendem às necessidades de cada nível gerencial, fornecendo subsídios para a construção de indicadores que avaliem as condições de saúde (FUNASA, 2002).

Todo o processo de estruturação da atenção à saúde tem participação dos próprios índios, mediante suas Lideranças e Organizações. Em todos os DSEIs há um avanço significativo na formação dos Conselhos Locais e Distrital de Saúde Indígena. Isso permite uma melhor identificação dos problemas e o encaminhamento de soluções mais adequadas. Os Conselhos Distritais têm como atribuição a aprovação do Plano Distrital de Saúde, o acompanhamento e a avaliação de sua execução e da aplicação dos recursos. Os Conselhos Locais são formados por

(5)

representantes das comunidades indígenas, caciques, médicos tradicionais (Pajés), que são escolhidos por membros de suas próprias comunidades, que tem como maior atribuição identificar as necessidades específicas dos povos indígenas, em relação aos agravos de saúde que os acometem (FUNASA, 2008).

3 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA PIORA DA SITUAÇÃO

SAÚDE-DOENÇA DA

POPULAÇÃO INDÍGENA

Vários fatores contribuem para que certas doenças perpetuem neste povo. Dentre eles, destacam-se os seguintes fatores: imunológicos, cultural/crença, geográfico e ausência de dados confiáveis (LOBO, 1996).

Os indígenas têm, de fato, uma menor capacidade de resposta imunológica, o que leva a um maior número de epidemias e aumento dos índices de mortalidade, e que em parte esse fenômeno decorre da maior homogeneidade genética do povo (LOBO, 1996).

Existem questões

culturais/crença por trás das dificuldades de saúde dos indígenas. Para muitos desses povos, o hábito de usar a água dos rios próximos para

tomar banho e preparar os alimentos está ligado a uma série de crenças e tradições. E sabe-se que este simples fator pode gerar uma série de patologias (REIS et al., 2002).

O difícil acesso às aldeias dificulta o tratamento das doenças que acomete esse povo. Sem médicos por perto, as grandes distâncias entre os pólos-base e as aldeias, conjugadas com a falta de transporte, acabam sendo muitas vezes a causa maior das mortes (VIEIRA, 2010).

No tocante aos povos indígenas no Brasil, Coimbra Junior e Santos (2001), apontam que a coleta e análise das informações demográficas e epidemiológicas são ainda bastante deficientes.

É premente o estabelecimento de sistemas de estatísticas contínuas e confiáveis, preferencialmente integrado aos sistemas nacionais de informação em saúde para que se possa evidenciar os contrastes e as desigualdades da situação de saúde dos indígenas em relação a outros segmentos da sociedade nacional, sendo desta forma um passo importante na busca da eqüidade (COIMBRA JÚNIOR; SANTOS, 2001).

(6)

3.1 INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS)

As Infecções da Vias Aéreas Superiores (IVAS) são distúrbios que afetam ocasionalmente a maioria das pessoas, envolvendo as seguintes estruturas: cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, amígdalas e seios paranasais e fazem parte deste grupo as seguintes patologias: rinofaringite aguda, faringoamigdalite e rinossinusite aguda (PITREZ, J.; PITREZ, P., 2003).

A Rinofaringite Aguda é uma doença infecciosa mais comum da infância, menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. É causada quase que exclusivamente por vírus. Os mais frequentes são: rinovírus, coronavírus, vírussincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza, coxzackie, adenovírus e outros mais raros (PITREZ, J.; PITREZ, P., 2003).

A Faringoamigdalite é uma infecção aguda da orofaringe, quase sempre produzida por um estreptococo beta-hemolítico, o Streptococcus pyogenes do grupo A. Acomete com maior intensidade crianças após os cincos anos de vida, podendo ocorrer no final do outono, inverno e primavera, nos climas temperados (COSTA; ROSSI, 2010).

A Rinossinusite aguda é um processo inflamatório do revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais que pode durar até quatro semanas, desaparecendo após o tratamento instituído. Causada por infecções respiratórias superiores por bactérias, fungos e vírus. Nos estados Unidos da America é considerada um dos principais problemas de saúde, afetando 31 milhões de pessoas (PÁDUA; PILAN; VOEGEL, 2007).

Somam-se no total 1711 casos de infecções agudas das vias aéreas superiores na população indígena de MG, no período de janeiro a dezembro de 2009 (Tabela 1), sendo que nos meses de julho e agosto os números de casos foram consideravelmente superiores que nos meses restantes e a faixa etária mais atingida engloba a idade de 0 a 4 anos. Tais dados se justificam pelo fato de que nesses meses a temperatura e a umidade relativa do ar estarem baixas, deixando o indivíduo mais suscetível a esse tipo de patologia e também porque nos períodos frios as pessoas tendem a ficarem mais aglomeradas e em locais menos ventilados, aumentando o poder da transmissão.

Conforme relata Bagatin e Costa (2006), fatores como umidade e temperatura baixas, somando-se com a

(7)

aglomeração de pessoas no período de inverno resulta em várias patologias das vias aéreas superiores.

Outro fator a ser avaliado é que crianças de 0 a 4 anos ainda não têm uma maturação do sistema imunológico, o que as deixa mais suscetíveis ao aparecimento de doenças infecciosas, somando-se ainda que um dos problemas enfrentados pelo povo indígena é a desnutrição que vem acentuar a dificuldade do sistema imune ser efetivo contra os agentes patogênicos.

A falta de maturidade do sistema imunológico da criança faz com que ela fique mais predisposta a ter vários tipos de infecção do que um adulto sadio (PEDROSA; SENA, 2005).

A higiene também influência no aparecimento de casos de doenças infecciosas respiratórias, pois o contato das secreções com as mãos e destas com o rosto é um meio importante de disseminação deste grupo de moléstia. Nesse sentido, por questões culturais e por não saberem a importância higiênica da lavagem das mãos, a maioria da população indígena tem um grande déficit.

As práticas de higiene é uma condição indispensável para uma boa saúde, pois a falta de higiene deixa o indivíduo predisposto a uma série de

agravos (ALVARENGA; CALDEIRA, 2009).

3.2 DIARRÉIA DE ORIGEM INFECCIOSA PRESUMÍVEL

As doenças diarréicas são importante causa de morbi-mortalidade no Brasil e em países subdesenvolvidos. Têm incidência elevada e os episódios são frequentes na infância, particularmente em áreas com precárias condições de saneamento. A morbidade ainda é importante causa de desnutrição e do retardo de crescimento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

A diarréia é um aumento da freqüência dos movimentos intestinais (mais de três por dia), aumento da quantidade de fezes (mais de 200 g/dia) e consistência alterada (perda) das fezes. Geralmente está associada à vontade rápida, desconforto perianal, incontinência ou com uma combinação desses fatores. Qualquer condição que cause um aumento nas secreções intestinais, diminuição da absorção de muco ou motilidade alterada pode produzir diarréia (BARE; SMELTZER, 2002).

Essa síndrome pode ser causada por vários agentes etiológicos (vírus, bactérias e parasitas). O rotavírus é a mais importante etiologia viral de

(8)

diarréia em crianças com pouca idade. As causas comuns de infecção bacteriana incluem (Escherichia coli, Salmonella, Shigella, Campylobacter e espécies de Yersinia). As infecções parasitárias envolvem espécies de (Giardia, Cryptosporidium e a Entamoeba hystolytica). A manifestação diarréica pode ser aguda, persistente ou crônica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

A Diarréia aguda é mais freqüentemente associada com infecção bacteriana ou parasitária. Sua evolução é geralmente autolimitante num período não superior a 14 dias (LOMBA, A.; LOMBA, M., 2003).

A Diarréia persistente (prolongada, protraída ou intratável) é definida como estado diarréico que se inicia como diarréia aguda e que se prolonga além de duas semanas. Ocorrem por perpetuação do agente infeccioso e/ou alterações estruturais do trato digestivo. Acomete, geralmente, crianças com menos de um ano de idade, com perda de peso ou baixo ganho ponderal durante o período de doença (GEROLOMO; PENNA, 2004). A Diarréia crônica é definida como estado diarréico que persiste por um longo período de tempo com duração maior que 30 dias, e pode retornar, com predomínio do

comprometimento nutricional (perda de massa corpórea levando a desnutrição) e retardo do desenvolvimento estato-ponderal (GEROLOMO; PENNA, 2004; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

A diarréica infecciosa configura um dos principais problemas que afetam a qualidade de vida das crianças com menos de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento, implicando numa carga considerável de morbi-mortalidade e, conseqüentemente, importantes demandas para a rede de serviços de saúde (BATISTA FILHO; VASCONCELOS, 2008; BARE; SMELTZER, 2002).

As diarréias resultam do efeito sinérgico de uma multiplicidade de fatores econômicos, sociais, culturais e biológicos, podendo, em função da natureza da intensidade e interação destes condicionantes, ocorrer e evoluir diferentemente entre as várias regiões e grupos populacionais que constituem ecossistemas distintos entre si e mutáveis, no tempo e no espaço (BATISTA FILHO; VASCONCELOS, 2008).

Por meio da análise das tabelas do SIASI obtidos no DSEI de Governador Valadares no período de janeiro a dezembro de 2009 (Tabela 2), foram identificados 850 casos de

(9)

diarréia de origem infecciosa presumível, nos povos indígenas de MG, sendo que a faixa etária mais atingida foi de crianças menores de 1 ano (28,70%) e de 1 a 4 anos (54,12%). Tais dados podem ser justificados pelos hábitos culturais que ao longo dos tempos persistem e que atualmente acomete as condições de higiene de alguns grupos dessa população e os altos índices de parasitos intestinais.

3.3 HELMINTÍASES

Revendo-se a literatura sobre saúde entre grupos indígenas, um dos pontos que chama a atenção é o rápido processo de deterioração do estado de saúde e nutricional que se instala após o contato com a sociedade nacional (COIMBRA JÚNIOR; OTT; SANTOS, 1985).

Através da análise da tabela, percebe-se que a população indígena do Estado de Minas Gerais, no período de janeiro a dezembro de 2009 (Tabela 3), apresenta o total de 458 episódios helmintíase, sendo a faixa etária mais atingida as crianças de 1 a 4 anos, somando-se 124 (27,1%) notificações. Os números apontados na tabela sugerem a interferência do nível sócio-econômico e cultural dessas comunidades, podendo-se inferir que

em classes menos favorecidas, como a indígena, as condições de higiene pessoal, os cuidados com a água e alimentos não são rigorosamente observados.

O íntimo contato de muitas comunidades indígenas com a população nacional ao longo dos anos gerou um processo crescente de degradação ambiental associado à instalação de diversos quadros patológicos (MOREIRA, 2008).

A caracterização das condições de saúde das populações indígenas brasileiras tem se mostrado um desafio crescente. Os processos de colonização e expansão das fronteiras econômicas, ainda em curso na Amazônia brasileira, têm sido acompanhados de importante deterioração das condições de saúde das populações indígenas, conduzindo a diminuição deste povo. No perfil epidemiológico destes processos, percebe-se, historicamente, forte presença das doenças infecciosas e parasitárias (BOIA et al., 2009).

A prevalência de parasitas intestinais é reconhecidamente elevada entre populações ameríndias (COIMBRA JÚNIOR; SANTOS, 1991).

A prevalência de

enteroparasitoses, em qualquer comunidade, é determinada por fatores

(10)

multicausais. Em se tratando de comunidades tribais, tais fatores estão intimamente relacionados com "status" destes grupos, decorrente de transformações rápidas ou até mesmo radicais, resultante do contato com a sociedade de cultura ocidental (COIMBRA JÚNIOR; MELLO, 1981). Apesar do estabelecimento de medidas de atenção primária e secundária, essa forma de parasitismo muitas vezes se encontra fora de controle por parte dos serviços de saúde, em face da grande transmissibilidade dos parasitas, favorecida por fatores de ordem ambiental e sócio-cultural (MENEZES; MIRANDA; XAVIER, 1998).

A ausência de condições sanitárias, como a inexistência de uma infra-estrutura de destino adequado dos dejetos e acesso a água de boa qualidade, demonstram uma escassez ou má administração de recursos públicos para com a população indígena no país. É comum a utilização de cursos de água (rios, igarapés, etc.) pela população indígena para higiene pessoal e lavagem de utensílios, estabelecendo as condições propícias à propagação de enteroparasitoses e outros agentes patogênicos (MOREIRA, 2008).

No Brasil, as enteroparasitoses ainda são muito comuns devidos,

sobretudo, ao saneamento básico deficiente e a precária educação sanitária da população. As crianças em idade escolar representam o grupo mais vulnerável (FONTES et al., 2003).

Segundo Machado et al. (1999), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de cada 4 habitantes do planeta, um está parasitado por algum tipo de helminto. Dentre estes parasitas chamam a atenção o Ascaris lumbricoides e o Trichuris trichiurus como vermes de elevada frequência na população pediátrica.

Devido à alta prevalência e à frequência de reinfecções, a ascaridíase e a tricuríase representam um importante problema de saúde pública, em consequência da desnutrição e do atraso no crescimento que podem ocasionar (FERREIRA et al., 2002).

Nesse contexto, as parasitoses intestinais ou enteroparasitoses são responsáveis por altos índices de morbidade, principalmente nos países em desenvolvimento, onde o crescimento populacional não é acompanhado da melhoria das condições de vida da população (FERREIRA; MARCAL JUNIOR, 1997).

No Brasil, não há dados sobre a prevalência da ascaridíase, mas estima-se que esteja entre as mais frequentes,

(11)

sendo, ao lado de outras enteroparasitoses, um dos problemas relevantes de saúde pública. A infecção predomina em crianças e adolescentes, decrescendo progressivamente à medida que a faixa etária avança (AMATO NETO et al., 2008).

A infecção por Ascaris lumbricoides é um importante problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. Estima-se que 1,5 bilhão de pessoas (um quarto da população mundial) estejam infectadas por este nematódeo (FORTES et al., 2004).

A prevalência elevada de Ascaris lumbricoides está associada a precárias condições sanitárias, constituindo importante indicador do estado de saúde de uma população. Diversos fatores são capazes de interferir em sua prevalência: área geográfica estudada, tipo de comunidade (aberta ou fechada), nível socioeconômico, acessibilidade a bens e serviços, estado nutricional, idade e ocorrência de predisposição à infecção parasitária (CAMPOS et al., 2002).

O ambiente exerce um importante papel na transmissão da parasitose, já que os ovos embrionados do Ascaris lumbricóides, quando eliminados no solo pelas fezes do hospedeiro definitivo, não possuem

capacidade de infecção. Essa capacidade só é adquirida após processo evolutivo que dura cerca de três ou quatro semanas, necessitando para isso de lugares úmidos, quentes e sombreados, pelo qual água e alimentos podem ser contaminados (CAMPOS et al., 2002).

A tricuríase é uma infecção causada por um parasito nematódes, da família Tricuriade. O homem é habitualmente parasitado por Trichuris trichiura, a principal espécie de interesse médico (AMATO NETO et al., 2008).

Apesar de amplamente distribuída, a tricuríase é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias, que favorecem a contaminação ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito (NEVES, 2005).

Trichuris trichiura tem distribuição geográfica cosmopolita. Estima-se existirem no mundo cerca de 500 milhões de casos. Quase sempre, sua prevalência segue paralelamente à de Ascaris lumbricóides, devido a ser idêntico o modo de transmissão, grande fertilidade dos helmintos, bem como a resistência dos ovos às condições do meio externo (REY, 2002).

Apesar do grande número de pessoas infectadas por T. trichiura, a

(12)

tricuríase não tem sida tratada com a devida atenção pelas autoridades de saúde pública das regiões de alta prevalência da infecção (NEVES, 2005).

Devido à fixação do parasito na intimidade da mucosa intestinal, sua erradicação pela administração dos anti-helmínticos usuais é difícil (GOULART; LEITE; MORAES, 2008).

A esquistossomose ou bilharziose é uma doença infecciosa granulomatosa causada por helmintos do gênero Shistossoma, sendo o S. mansoni o agente responsável no Brasil (CARVALHO et al., 2008).

A esquistossomose, segundo a OMS, acomete mais de 200 milhões de pessoas em 76 países da América Latina e Caribe, África, Oriente Médio, China e Sudeste Asiático (COURA, 2008).

As variações na prevalência da esquistossomose podem ser explicadas pelos comportamentos culturais, sobretudo aqueles que implicam exposição dos indivíduos às coleções de água próximas aos locais de moradia ou trabalho (NORONHA et al., 1995).

O controle da esquistossomose é uma das tarefas mais difíceis dos serviços de saúde pública em razão da ampla difusão dos hospedeiros intermediários, dos mecanismos de escape com relação à existência de

métodos de controle, da freqüência do contato humano com a água em atividades agrícolas, doméstica e/ou por lazer, das dinâmicas próprias de cada microfoco de transmissão, da falta de água potável, das limitações do tratamento individual e em massa e da falta de abordagem preventiva associada à curativa na organização dos serviços (BARBOSA; RESENDES; SOUZA – SANTOS, 2005).

A esquistossomose é uma helmitose muito importante, não só pela vasta distribuição geográfica como pelo habitat dos parasitos. A espécie de interesse médico e sanitário nas Américas é o Schistosoma mansoni (AUTO, 2002).

Aspectos socioculturais são responsáveis pela exposição ao risco a esquistossomose mansônica. Padrões de comportamento e organização social figuram de forma proeminente não só na determinação epidemiológicos característicos, como no sucesso e insucesso de medidas de controle a serem preconizadas e adotadas (PIRES, 1987).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As políticas de saúde voltadas para a população indígena foram designadas a fim de estabelecer

(13)

estratégias de melhoria e efetivação dos programas de saúde pública nas aldeias, mas, na realidade, patologias como diarréia e algumas infecções respiratórias que são preveníveis por vacinação são prevalentes nessas comunidades. Na prática, os projetos criados são falhos, decorrentes do descaso dos responsáveis pela saúde dos indígenas ou por não terem uma prática em lidar com esta população. Desta forma fica evidente a necessidade de novas estratégias para que a assistência

a essa população sejam válidas e eficientes. Como a saúde indígena é algo específico e que ainda não faz parte do currículo dos cursos de graduação dos profissionais da área da saúde, inclusive da enfermagem, muitos desconhecem esta área de atuação não os deixando aptos para lidar com as questões culturais, especificidades étnicas, sistemas de cura tradicionais e adoecimento, deixando de lado o olhar epidemiológico aos agravos que são mais presentes nesta população.

Tabela 1: Frequência dos casos de infecções das vias aéreas superiores na população Xacriabá, Pankararu, Aranã, Maxakali, Kaxixó, Pataxó, Krenak e Xucuru-kariri no período de janeiro a dezembro de 2009 em Minas Gerais.

Fonte: SIASI de Governador Valadares/2010.

Mês < 1ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-49 50-59 > 60 Jan 20 44 15 3 8 20 21 4 4 Fev 25 35 9 3 3 13 9 2 1 Mar 21 32 5 3 6 8 5 Abr 21 35 10 3 6 14 17 6 2 Mai 16 42 18 5 7 4 9 3 1 Jun 17 19 3 1 2 5 2 1 Jul 52 101 24 11 10 20 17 3 1 Ago 47 94 36 25 12 40 18 6 4 Set 16 55 25 11 13 24 22 2 3 Out 27 44 12 11 8 19 10 4 2 Nov 27 42 11 7 10 17 13 5 3 Dez 25 47 18 11 8 19 23 3 5 Total (%) 18,3 34,5 10,9 5,5 5,4 11,9 9,7 2,3 1,5

(14)

Tabela 2: Frequência dos casos de diarréia na população Xacriabá, Pankararu, Aranã, Maxakali, Kaxixó, Pataxó, Krenak e Xucuru-kariri no período de janeiro a dezembro de 2009 em Minas Gerais.

Fonte: SIASI de Governador Valadares/2010.

Tabela 3: Frequência dos casos de helmintíases na população Xacriabá, Pankararu, Aranã, Maxakali, Kaxixó, Pataxó, Krenak e Xucuru-kariri no período de janeiro a dezembro de 2009 em Minas Gerais.

Fonte: SIASI de Governador Valadares/2010. Mês < 1ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-49 50-59 > 60 Jan 33 44 4 1 0 0 2 2 0 Fev 15 18 3 0 1 1 3 0 0 Mar 19 25 2 0 1 2 1 1 0 Abr 10 19 1 0 3 4 4 0 0 Mai 19 25 3 1 0 2 1 0 1 Jun 21 33 3 4 1 1 1 0 0 Jul 17 38 4 1 1 1 2 1 0 Ago 30 40 4 0 1 1 4 1 1 Set 16 32 6 3 2 4 4 1 0 Out 19 55 1 1 1 3 6 0 2 Nov 23 47 7 1 1 5 5 0 1 Dez 22 84 6 2 1 3 3 1 0 Total (%) 28,70 54,12 5,18 1,65 1,53 3,18 4,23 0,82 0,59 Mês < 1ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-49 50-59 > 60 Jan 0 5 3 0 0 0 1 0 0 Fev 0 8 5 0 0 1 3 0 0 Mar 3 12 3 2 1 7 4 1 0 Abr 1 8 4 1 4 3 2 1 0 Mai 0 7 7 2 2 1 3 1 0 Jun 0 4 3 4 3 5 5 0 1 Jul 1 10 5 4 9 7 6 0 2 Ago 1 17 10 11 7 20 10 2 1 Set 0 15 16 6 5 12 16 1 1 Out 0 18 10 2 5 9 12 1 2 Nov 0 6 2 2 1 6 4 0 1 Dez 0 14 7 4 5 10 7 1 3 Total (%) 1,3 27,1 16,4 8,3 9,2 17,7 15,9 1,7 2,4

(15)

FREQUENCY OF INFECTIOUS DISEASES THAT AFFECTS INDIGENOUS PEOPLE IN THE STATE OF MINAS GERAIS

ABSTRACT

The indigenous population in Brazil since the time of colonization are facing many problems and is undergoing drastic changes, various ethnic groups became extinct in the very first contact with the colonizer, due to contact with new diseases brought by them, a simple flu could wipe out a large contingent of Indians. Today the situation is no different, even with various policies designed to solve problems involving this segment of society, most ethnic groups, even today, is marginalized, without access to basic conditions for healthy living, including access to sanitation, running water and health network. Aiming to attract the eyes to this people and draw the attention of the authorities and society for their problems, the following study major intention is to describe the main pathologies affecting the indigenous groups of Minas Gerais in 2009, including some factors that hinder the operation or solution of problems of this population. We performed a bibliographic database using Scielo, Medline, Scopus and Bireme on major diseases that affect indigenous peoples in Minas Gerais. Subsequently a survey was conducted on data from Governador Valadares MG in SIASI with simple frequencies of these diseases in Indians living in Minas Gerais. It is noticeable and understandable the need for new policies or improving existing ones so that they are really effective, given that there are still high rates of morbidity in indigenous communities.

Key – words:Indigenous Health. Indigenous policies. Infectious diseases.

REFERÊNCIAS

ADORNO, Rubens C. F.; VARGAS, I. V. D. Terceirizando a indianidade?: Sobre a política nacional de saúde para os povos indígenas, aos "500 anos". Rev. Direito Sanit., São Paulo,vol. 2. n. 1,2001.

ALVARENGA, T. M. M.; CALDEIRA, A. P. Qualidade de vida em pacientes pediátricos com dermatite atópica. J. Pediatr, Rio de Janeiro,vol. 85. n. 5. p. 415-420, 2009

AMATO NETO, V. et al.

Parasitologia: uma abordagem clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

AUTO, H. J. F. Doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Revinter, 2002, 437 p.

BAGATIN, E.; COSTA, E. A. Doenças das vias aéreas superiores. J. bras. pneumol, São Paulo,vol. 32. suppl. 2. pp. S17-S26, 2006.

BARBOSA, C. S.; RESENDES, A. P. C.; SOUZA-SANTOS, R. Internação hospitalar e mortalidade por

esquistossomose mansônica no Estado de Pernambuco, Brasil, 1992/2000. Cad. Saúde Pública,Rio de Janeiro vol. 21. n. 5, p. 1392-1401, 2005. BARE, B. G.; SMELTZER, S. C. O. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1 v.

(16)

BARE, B. G.; SMELTZER, S. C. O. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 2 v.

BATISTA FILHO, M.;

VASCONCELOS, M. J. O. B. Doenças diarréicas em menores de cinco anos no Estado de Pernambuco: prevalência e utilização de serviços de saúde. Rev. bras. epidemiol., Pernambuco, vol. 11. n. 1, 2008

BOIA, M. N. et al. Tuberculose e parasitismo intestinal em população indígena na Amazônia brasileira. Rev. Saúde Pública,Rio de Janeiro, vol. 43. n. 1, p. 176-178, 2009

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. - 2ª edição - Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002. 40 p. Disponível em:

<http://www.bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 27 set. 2010

CAMPOS, M. R. et al. Distribuição espacial da infecção por Ascaris

lumbricoides. Rev. Saúde Pública, São Paulo,vol. 36. n. 1. p. 69-74, 2002 CARVALHO, R. B. et al. Granuloma esquistossomótico gigante do cólon com intussuscepção: relato de caso. Rev bras. colo-proctol, São Paulo, vol. 28. n. 3. pp. 347-349, 2008

COIMBRA JUNIOR, C. E. A.; MELLO, D. A. Enteroparasitas e Capillaria SP entre o grupo Surui, Parque Indígena Aripuana. Mem.Inst. Oswaldo Cruz, Rondonia vol. 76. n. 3. p. 299-302., 1981

COIMBRA JUNIOR, C. E. A.; OTT, A. M. T.; SANTOS, R. V. Estudos

epidemiológicos entre grupos indígenas de Rondônia III: Parasitoses intestinais nas populações dos vales dos rios Guaporé e Mamoré. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 1. n. 4. p. 467-477, 1985

COIMBRA JUNIOR, C. E. A.; SANTOS, R. V. Parasitismo intestinal entre o grupo indígena Zoró, Estado de Mato Grosso (Brasil). Cad.Saúde Pública,Rio de Janeiro, vol. 7. n. 1. p. 100-103, 1991

COIMBRA JUNIOR, C. E. A.;

SANTOS, R. V. Perfil epidemiológico da população indígena no Brasil. Universidade Federal de Rondônia e Escola Nacional de Saúde Pública. Documento do Trabalho n°. 3, 2001. Disponível em:

<http://www.cesir.unir.br>. Acesso em: 01 set. 2010

COSTA, H. O. O.; ROSSI, L. M. Infecções das vias aéreas superiores (Ivas) em crianças: agentes etiológicos e antibioticoterapia. Técnicas em otorrinolaringologia. São Paulo, vol. 28. n.1. p. 14-8, 2010

COURA, J. R. Síntese das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, 314 p.

FERREIRA, C. B.; MARCAL JUNIOR, O. Enteroparasitoses em escolares do Distrito de Martinésia, Uberlândia, MG: um estudo piloto. Rev. Soc. Bras. Med. Trop, Uberaba,vol. 30. n. 5. p. 373-377, 1997

FERREIRA, H. S. et al. Saúde de populações marginalizadas: desnutrição, anemia e enteroparasitoses em crianças de uma favela do "Movimento dos Sem Teto", Maceió, Alagoas. Rev. Bras. Saude Mater. Infant,Recife, vol. 2. n. 2. p. 177-185, 2002

(17)

FONTES, G. et al. Influência do tratamento específico na prevalência de enteroparasitoses e esquistossomose mansônica em escolares do município de Barra de Santo Antônio, AL. Rev. Soc. Bras. Med. Trop, Uberaba,vol. 36. n. 5. pp. 625-628, 2003

FORTES, B. P. M. D. et al. Modelagem geoestatística da infecção por Ascaris lumbricoides. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,vol. 20. n. 3. p. 727-734, 2004

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Distrito Sanitário

Especial Indígena (DSEI): Indicadores demográficos, 2010. Disponível em:< http://www.funasa.gov.br >. Acesso em: 30 sete. 2010

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Política Nacional de Atenção a Saúde Indígena. Março, 2002. Disponível em: <

http://www.funasa.gov.br >. Acesso em: 27 set. 2010

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Saúde Indígena: Ações e Atividades da Saúde Indígena, 2008. Disponível em:

<http://www.funasa.gov.br>. Acesso em: 20 out. 2010

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Saúde Indígena:

Programas e Ações de Saúde, 2008. Disponível em:

<http://www.funasa.gov.br >. Acesso em: 27 de set. 2010

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (FUNASA). Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI): Demografia dos Povos Indígenas, 2010. Disponível em: < http://www.funasa.gov.br >. Acesso em: 31 out. 2010

GEROLOMO, M.; PENNA, M. L. F. Sobremortalidade por diarréia

simultânea à cólera na região Nordeste do Brasil. Rev. Saúde Pública,Rio de Janeiro, vol. 38. n. 4, 2004

GOULART, E. G.; LEITE, I. C.; MORAES, R. G. Moraes parasitologia & micologia humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2008. 589 p. LOBO, M. S. C. O caso Yanomami do Brasil: uma proposta estratégica de vigilância epidemiológica. 1996. 124f . Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Rio de Janeiro: ENSP-FIOCRUZ, 1996

LOMBA, A.; LOMBA, M. Resgate Saúde: Clínica Médica, Diagnóstico e Tratamento. 1ª ed. Olinda: Grupo Universo, 2003.

MACHADO, R. C. et al. Giardíase e helmintíases em crianças de creches e escolas de 1° e 2° graus (públicas e privadas) da cidade de Mirassol, Rev. Soc. Bras. Med. Trop, SP, Brasil vol. 32. n. 6. p. 697-704, 1999

MENEZES, R. C.; MIRANDA, R. A.; XAVIER, F. B. Parasitismo intestinal em uma aldeia indígena Parakanã, sudeste do Estado do Pará, Brasil, Cad. Saúde Pública,Belém, vol. 14. n. 3. p. 507-511, 1998

MINAS GERAIS. Marco de

Referência Povos Indígenas em Minas Gerais - Estado de Minas Gerais - Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, 2009. Disponível em:<

http://www.egov.mg.gov.br >. Acesso em: 20 out. 2010

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças infecciosas e parasitárias: Guia de bolso/Ministério da Saúde.

(18)

Epidemiológica. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008, 372 p. MOREIRA, L. E. Prevalência de enteroparasitose, estado nutricional e condições sanitárias: um estudo na população krenak, Respendor, Minas Gerais, 2008, 144f.

NEVES, D. P. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005, p. 494

NORONHA, C. V. et al. Uma concepção popular sobre a

esquistossomose mansônica: os modos de transmissão e prevenção na

perspectiva de gênero. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,vol. 11, n. 1. p.106-117, 1995

OLIVEIRA, L. S. S. Formação e inserção institucional de agentes indígenas de saúde no Sistema Único de Saúde: um estudo de possibilidades, 2002. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2002. Disponível em:<

http://www.opas.org.br > Acesso em: 28 set. 2010

PÁDUA, F. G. M.; PILAN, R.; VOEGELS, R. L. Rinossinusite Aguda, 2007. Disponível em:

<http://www.praticahospitalar.com.br>. Acesso em: 29 out. 2010

PEDROSA, L. F. C.; SENA, K. C. M. Efeitos da suplementação com zinco

sobre o crescimento, sistema

imunológico e diabetes. Rev. Nutr., Campinas,vol. 18. n. 2. pp. 251-259, 2005

PIRES, F. D. Á. Esquistossomose mansônica: dinâmica da transmissão. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, vol. 82. supl. 4. p. 135-137, 1987

PITREZ, J. L. B.; PITREZ, P. M. C. Infecções agudas das vias aéreas superiores: diagnóstico e tratamento ambulatorial. J. Pediatr, Rio de Janeiro vol. 79, supl. 1, p. S77-S86, 2003 REIS, A. C. P. P. et al. Detecção de tracoma e doenças corneanas em índios da região do Alto Rio Negro. Arq. Bras. Oftalmol., Manaus,vol. 65. n. 1. p. 79-81, 2002

REY, L. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

ROCHA, A. K. S. Prevalência da Síndrome Metabólica no

Envelhecimento. Porto Alegre: PUCRS, 2009. Disponível em:

<http://www.pucrs.br> Acesso em 28 de set. 2010

VIEIRA, L. G. A prática do jornalismo em alagoas e a diversidade cultural: Monoculturalismo e Etnogênese Koiupanká. Revista científica de psicologia, Maceió, vol. 6. n. 2,2010

Referências

Documentos relacionados

É_Realizada n n (0,3) (0,n) Inscrição Nome RG Expedidor UF Data Média Tipo Nota Questões Número Área Sub-Área Avaliação 3 n Esquema ER para o banco de dados CONCURSO..

Marca Vendedor Veículo Ford João Carro Ford João Caminhão Ford Mário Caminhão Fiat Mário Carro Chevrolet Felipe Carro Chevrolet João Carro Chevrolet João

Membro_Faculdade (Matrícula: Inteiro, Nome: string[50], Carga: Inteiro, IniContrato: data, Curso: string[30], professor: booleano, aluno: booleano). Membro

Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de Brasília, 2007. A organização como fenômeno psicossocial: notas para uma redefinição da psicologia organizacional e

a) Analisar o processo de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos urbanos realizados pelo município. b) Identificar, na percepção das associações de bairros, o

Para Azevedo (2013), o planejamento dos gastos das entidades públicas é de suma importância para que se obtenha a implantação das políticas públicas, mas apenas

Essas informações são de caráter cadastral (técnico responsável pela equipe, logradouro, etc.), posicionamento da árvore (local na rua, dimensões da gola, distância da

Este trabalho aplica uma metodologia multicritério para avaliação da qualidade dos passeios a um caso de estudo de dimensão média, a cidade de Coimbra, Portugal.. A