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Palavras-chave: Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP), Inovação, Setor Moveleiro.

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DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO

DE BAIXA COMPLEXIDADE

TECNOLÓGICA BASEADO NA

METODOLOGIA DE ROZENFELD ET

AL (2006): UMA APLICAÇÃO PRÁTICA

NA CRIAÇÃO DE MÓVEIS

Nicolas Victor Martins dos Santos (UFG ) nickvictor2010@hotmail.com Carolina Rezende de Almeida (UFG ) carolrezzende@live.com Edvaldo Capingote Serafim da Silva (UFG ) capingote_7@hotmail.com Laura Guimaraes Caixeta (UFG ) lauraguica@hotmail.com

O desenvolvimento de produtos fundamenta-se como um grande diferencial para as organizações empresarias diferenciarem-se no

mercado competitivo. O setor moveleiro, apesar de sua

tradicionalidade, é um campo de potencialidades para o Processso de Desenvolvimento de Produto (PDP). No entanto, o número de publicações acadêmicas que abordam o PDP relacionado a móveis e outros produto de baixa complexidade tecnológica ainda é pouco explorado. Nesse sentido, o objetivo do seguinte artigo é apresentar uma aplicação prática da metodologia de Rozenfeld et al. (2006), com foco nas fases de projeto Informacional, Conceitual e Detalhado no PDP de um móvel denominado “Puff Armário”, um produto de baixa complexidade tecnológica. Conclui-se que metodologias de PDP, sobretudo a de Rozenfeld et al. (2006), utilizada neste estudo, traz grandes resultados à pequenos fabricantes e/ou no PDP de produtos de baixa complexidade tecnológica, contribuindo como norteador do processo e permitindo melhor planejamento de recursos e da capacidade produtiva.

Palavras-chave: Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP), Inovação, Setor Moveleiro.

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2 1. Introdução

O mundo corporativo vive hoje em situação de extrema competitividade, consequência da globalização, do alto avanço tecnológico e do aumento do grau de exigência dos

consumidores. Desta forma, inovação e qualidade são princípios elementares à todos aqueles que almejam sobreviver e se destacar no mercado.

Neste contexto, o Processo de Desenvolvimento de Produtos, também conhecido pela sigla PDP, tem se destacado como um dos principais fatores de competitividade nas últimas décadas. Rozenfeld et al. (2006) salienta a relevância do PDP ao justificar que vantagem competitiva obtida na manufatura japonesa se deu graças ao modo como são desenvolvidos e aperfeiçoados os seus produtos e uma vez visto os resultados desta metodologia de PDP, a mesma foi adotada posteriormente pelas indústrias norte-americanas e europeias e são usadas hoje no mundo todo. Quanto a indústria brasileira de mobiliários, esta vem mostrando

acentuada evolução desde a década de noventa (Rosa et al, 2007). O setor é caracterizado pela existência de nichos de mercados, com alto nível de segmentação (móveis residências, de escritório e institucionais) e de personalização dos produtos. A diversidade do setor não está somente na presença de um mercado pulverizado e heterogêneo, mas no padrão de

concorrência estabelecido pelos preços e pelos atributos do produto (GALINARI, 2013). Existem várias metodologias de PDP, e dentre elas o modelo de Rozenfeld et al. (2006) se propõe a ser uma referência baseado em modelos consagrados na literatura (SUAREZ, 2009). Este modelo é amplamente aplicado nas grandes industrias, incluindo a de móveis, onde se possui geralmente pessoal qualificado e capacitado para gerir e executar projetos complexos como os de PDP.

Entretanto, não se verifica esta mesma frequência de utilização do referido modelo em empresas menores e/ou para o desenvolvimento de produtos menos complexo, seja por falta de conhecimento dos envolvidos sobre o modelo ou por julgar-se desnecessário a sua utilização. Consequentemente são raros os trabalhos na literatura que descrevam tais aplicações.

Dessa forma, o presente artigo tem o objetivo de relatar uma aplicação prática da metodologia de PDP de Rozenfeld et al. (2006), com foco nos projetos Informacional, Conceitual e Detalhado da macro fase de Desenvolvimento, de um móvel de natureza artesanal nomeado de “Puff-Armário”. Espera-se que os resultados deste trabalho mostrem que a adoção de uma

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3 metodologia de PDP é benéfica até no desenvolvimento de produtos de menor complexidade, norteando o PDP e aumentando a sua eficiência e eficácia.

O restante deste artigo está estruturado da seguinte maneira: na seção 2 é apresentada a fundamentação teórica; a metodologia do trabalho está na seção 3; na seção 4 são

apresentados a aplicação prática com os resultados da pesquisa e as interpretações; e por fim, na seção 5, está situada a conclusão deste artigo.

2. Fundamentação teórica

De acordo com Rozenfeld et al. (2006) Projeto de Desenvolvimento de Produto, é o processo para a concepção de um novo produto ou serviço realizado a partir da transformação das necessidades do mercado em especificações de projeto de produto e de seu processo de produção, considerando-se as estratégias e restrições das organizações. E envolve ainda atividades de acompanhamento e descontinuidade do produto no mercado.

Também de acordo com Rozenfeld et al. (2006) no atual cenário mundial os mercados são internacionais e os produtos aumentam cada vez mais sua variedade e diversidade enquanto que os seus ciclos de vida são reduzidos. Desta forma o PDP é um processo mercadológico cada vez mais crítico no quesito competitividade, pois é a ferramenta pela qual as empresas criam novos produtos mais competitivos e acompanham a constante evolução do mercado. O modelo de referência de Rozenfeld et al. (2006) é dividido em três macro fases, sendo elas o Pré-Desenvolvimento, o Desenvolvimento e o Pós-Desenvolvimento de produto. Cada uma das três macro fases subdivide-se em outras fases menores. A Figura 1, logo abaixo, ilustra o modelo com todas as suas fases e macro fases.

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Fonte: Rozenfeld et al. (2006)

2.1 Pré-desenvolvimento

Nesta primeira macro fase do PDP é quando são registradas as ideias de novos produtos, e dentre estas ideias são selecionados os melhores projetos a serem desenvolvidos de acordo com a Estratégia Competitiva da Empresa. É também nesta macro fase em que são analisadas as restrições existentes ou que podem vir a surgir durante a execução do projeto. Esta etapa se inicia a partir da análise do Planejamento Estratégico de Negócio da organização e finaliza com a entrega dos documentos necessários para a execução da macro fase de Desenvolvimento. Dentre estes documentos principais estão o Portfólio de Produtos, a Minuta do Projeto e o Plano do Projeto.

O Pré-Desenvolvimento divide-se em outras duas grandes fases: Planejamento Estratégico do Produto e o Planejamento do Projeto.

2.2 Desenvolvimento

Aqui cada produto do portfólio da organização é gerenciado como um projeto. O produto é efetivamente desenvolvido e concebido, além de definidos os seus processos de fabricação e de montagem. Esta macro fase se inicia com a aprovação da Minuta do Projeto e se encerra com a preparação e aprovação de todos os documentos e especificações do produto.

A macro fase de Desenvolvimento a mais complexa de todas, e detentora do maior número de fases, cinco no total. Segue maior detalhamento sobre cada uma destas fases e as principais ferramentas utilizadas em cada uma delas.

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5 2.2.1 Projeto informacional

O objetivo nesta primeira fase do Desenvolvimento de produto é traduzir os requisitos dos clientes, que são geralmente expressos de maneira subjetiva, em requisito do produto, de natureza técnica, passíveis de mensuração.

Os requisitos dos clientes são levantados anteriormente em fase de planejamento e através de ferramentas como o questionário estruturado, a entrevistas, Brainstorming, check-list, diagrama de afinidades, diagrama de Mudge e principalmente o Desdobramento da Função Qualidade ou Quality Function Deployment (QFD) é possível transformar tais requisitos em especificações-meta de produto.

O QFD é justamente uma forma sistemática de trabalhar com informações de necessidade e requisitos dos clientes para a garantia da qualidade (CHENG & MELO FILHO, 2010). Assegurando que o produto final ou serviço que esteja sendo projetado atenda de forma efetiva as necessidades de seus clientes (SLACK, 2009).

2.2.2 Projeto conceitual

Nesta altura do Desenvolvimento já são identificados e/ou definidos os principais SSCs (Sistemas, Subsistemas e Componentes), embora sejam melhor detalhados na fase posterior, Projeto Detalhado.

No início desta fase o produto é ainda descrito de uma forma abstrata (independente de seus princípios físicos), e descrito em termo de funções. O intuito deste procedimento é fazer com que experiências e/ou preconceitos não atuem como barreiras na procura por novas soluções para o produto.

Cada produto tem uma função principal ou função global. A partir da definição desta função global outras funções derivam-se desta. A equipe de PDP busca então identificar as possíveis alternativas para comtemplar estas funções do produto e por fim determinar a combinação de alternativas que melhor satisfaz as especificações-meta do produto.

Algumas ferramentas nesta fase merecem destaque. O método FAST (Function Analysis System Technique) é bastante utilizado, definindo, analisando e ajudando a entender as funções de um produto. Já a Matriz Morfológica é uma ferramenta que possibilita visualização das funcionalidades do produto e as suas respectivas alternativas de solução. 2.2.3 Projeto detalhado

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6 Primeiramente é necessário entender sobre esta fase que existe uma superposição entre ela e a fase anterior, existindo muitas atividades atreladas entre estas fases em maior ou menor grau, dependendo o grau de novidade e a complexidade do produto em questão.

Nesta fase as atividades não são desempenhadas de uma forma linear e sequencial e sim e vários tipos de ciclos, sento eles:

 Ciclo de Detalhamento: Quando acontece a atividade principal da fase, que é a ampliação e detalhamento dos SSCs;

 Ciclo de Aquisição: Ciclo onde são tomadas decisões de compra ou manufatura dos componentes do produto (Make or Buy Decision) e definidos os fornecedores.

 Ciclo de Otimização: Responsável pela otimização do produto e do seu processo.

Outras atividades paralelas são desempenhadas como o planejamento de processo de fabricação e montagem e seu respectivo projeto de recursos, a criação de material de suporte do produto e de projetos de embalagem e o plano de fim de vida do produto.

2.2.4 Preparação da produção e lançamento do produto

São as duas últimas fases da macro fase de Desenvolvimento. Ambas têm o objetivo de colocar o produto no mercado, mas a Gestão da Cadeia de Suprimentos tem diferentes focos em cada uma delas.

Na Preparação da Produção se trabalha na obtenção do produto na empresa, o que engloba a produção de lote piloto, definição de processo de produção e de manutenção. Já na fase de Lançamento do Produto o foco é levar o novo produto ao público externo, o que envolve as atividades de elaboração de processos de vendas e distribuição, campanhas de marketing e fornecimento de assistência técnica.

2.3 Pós – Desenvolvimento

Esta terceira e última macro fase e consiste na retirada do produto do mercado e avaliação do ciclo de vida do produto, onde tudo é acompanhado e documentado sistematicamente. Tem seu início marcado pelo lançamento do produto e se encerra com a retirada do produto do mercado.

As grandes fases desta macro fase são: Acompanhamento do Produto/Processo e a Descontinuidade do Produto.

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7 3. Metodologia

3.1 Método

As metodologias de PDP se diferenciam entre si por várias razões como o ambiente em que o modelo é concebido e aplicado, os campos de atuação de seus autores e a finalidade de cada modelo. Rozenfeld et al. (2006) apresenta o seu modelo como voltado principalmente para empresa de manufatura de bens de consumo duráveis e de capital, sendo então o modelo apropriado para o produto desenvolvido neste trabalho, um móvel.

3.2 Ideia do produto

O produto desenvolvido surgiu da ideia de mesclar dois produtos já existentes no mercado. O primeiro deles é conhecido como Puff Baú, um móvel que ser serve como assento e que tem espaço de armazenamento interno, funcionando também como um baú. E já o segundo é um armário de formato cilíndrico, com a mesma altura média de guarda-roupas convencional, com prateleiras que giram de um eixo central em 360º.

O produto foi concebido com o objetivo de se obter o armário mencionado, em tamanho reduzido para o armazenamento de objetos de menor porte, e que este servisse também com um assento confortável. Este produto foi batizado pela equipe de desenvolvimento como “Puff-Armário”

Na matriz de Novidade x Complexidade de Rozenfeld et al. (2006) o produto desenvolvido é classificado como de baixa complexidade e baixa novidade e quanto ao grau de mudança do produto em relação a produtos anteriores o projeto é classificado como incremental ou derivado.

3.3 Ferramentas utilizadas

Foi utilizado aplicação de questionário para pesquisa de mercado onde se verificou a aceitação do produto e registrou-se os requisitos dos clientes para o mesmo.

3.4 Abordagem da pesquisa

A abordagem deste trabalho é de natureza qualitativa e quantitativa. Quantitativa nas especificações-meta e dimensões do produto e qualitativa nas descrições dos processos e do funcionamento das ferramentas utilizadas.

Pode também ser classificada como pesquisa aplicada, pois tem o objetivo de solucionar um problema em específico, concreto e real (GILL, 1999).

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8 4. Aplicação Prática

4.1 Projeto informacional

Como já foi dito, o principal obtivo do Projeto Informacional é transformar necessidades e desejos dos clientes em requisitos do produto ou especificações-meta. E para este intuito a QFD é uma das ferramentas mais eficazes e aplicada em Processo de Desenvolvimento de Produtos.

Existem diferentes modelos de QFD. Em versões mais complexas, como a apresentada em Rozenfeld et al. (2006), a matriz fornece sete campos que possibilitam relacionar os requisitos do cliente e os requisitos do produto, quantificar estes últimos (especificação-meta), atribuir pesos aos requisitos dos clientes e fazer comparações com produtos da concorrência.

Para este trabalho foi utilizado uma versão mais simplificada do QFD, utilizando-se apenas cinco campos. O primeiro é a coluna à esquerda, onde se colocar o peso dos requisitos dados pelos clientes. O campo dois vem do lado deste, a coluna com os requisitos dos clientes. O terceiro campo é a parte superior do QFD onde ficam os requisitos do produto. A parte central é o campo quatro, local onde são feitas as correlações entre requisitos dos clientes e os do produto. E o campo cinco, na parte inferior, é onde se situam as especificações-meta do produto.

Após identificados e registrados os requisitos de possíveis compradores do produto via

pesquisa de mercado realizado via questionário, a matriz QFD foi definida, conforme Figura 2 logo abaixo:

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Fonte: Elaborado pelos autores

Foram identificados sete principais requisitos dos clientes para o produto. E cada um destes tem uma importância ou peso atribuído que é a média aritmética dos pesos dados por todos os participantes da pesquisa.

A escala utilizada para atribuir o peso aos requisitos dos clientes é a escala Likert, ferramenta que possibilita quantificação de valores, com variação de em cinco valores. Neste caso a nota (1) um significa pouquíssimo relevante e no outro extremo, a nota (5) cinco significa

muitíssimo importante.

A correção de requisitos na parte central da matriz é feito utilizando três imagens. A elipse com ponto no centro significa forte correlação. A elipse vazia significa correlação ponderada e o triangulo significa baixa correlação entre requisitos.

No campo das especificações-meta estão os valores ideais para cada dimensão física do produto assim como a tolerância inferior e superior para as medidas.

4.2 Projeto conceitual

Concluído o Projeto Informacional, com requisitos do produto e especificações-meta, iniciou-se o Projeto Conceitual, abordando nesta nova fainiciou-se as funções que o produto deve

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10 Por se tratar de um produto simples não foi necessária a utilização do método FAST, para ajudar na identificação das funções do produto. O Puff-Armário tem as seguintes três funções: 1 - servir como puff, um acento; 2 - e servir como armário e 3 – girar a estante.

Para projetar o produto com as funções definidas, pesquisou-se alternativas de materiais que poderiam ser utilizados na construção do produto, levando-se em conta a estética,

durabilidade e ergonomia. A Figura 3 abaixo, a Matriz Morfológica do produto, possibilita ver os componentes do produto e as alternativas levantadas.

Figura 3 - Matriz morfológicas de materiais

Fonte: Elaborado pelos autores

A partir desta matriz traça-se a melhor combinação de materiais para a manufatura do

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11 segmentação do mercado que ela busca atingir e, nos casos onde há a possibilidade de

customização dos produtos, vai depender também do gosto específico de cada cliente. Após a elaboração da Matriz Morfológica e da escolha dos materiais para compor cada estrutura com base nas alternativas apresentadas, pode-se prosseguir para a primeira atividade do Projeto Detalhado, que é a definição da arquitetura do produto onde os SSC’s (Sistemas, Subsistemas e Componentes) são identificados e/ou detalhados e também é definida a integração entre eles.

4.3 Projeto Detalhado

A partir desta etapa, especifica-se os SSCs que foram definidos no Projeto Conceitual e também desenvolveu-se um Planejamento do Processo de Produção.

A Figura 4, a seguir, é a forma gráfica dos SSCs do produto e relação entre eles. O que serve como guia para a elaboração de lista de materiais para a manufatura do produto e do processo de produção e montagem.

Figura 4 - Sistemas, subsistemas e componentes

Fonte: Elaborado pelos autores

Antes de se fabricar qualquer protótipo físico, desenvolveu a prototipagem digital, visando economia de insumos. O projeto gráfico do produto visto na Figura 5 a seguir são as

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12 perspectivas da estrutura interna (estante) e externa (carcaça) do Puff-Armário e a integração entre elas. Os desenhos foram feitos no software SketchUp Pro 2015.

Figura 5 – Perspectivas do produto

Fonte: Elaborado pelos autores

Após verificar-se que tudo está conforme o esperado no protótipo físico o produto em si está finalizado, mas o projeto detalhado, como já foi relado, envolve muito mais atividades como decisões de compra, otimização do produto e do processo e outras atividades paralelas relacionados ao suporte ao produto.

4. Conclusão

A Gestão de Desenvolvimento de Produtos permite às organizações se firmarem cada vez mais competitivas no mercado, atendendo assim as especificações dos clientes de forma satisfatória. Por meio deste artigo, pode-se perceber as dimensões do PDP através da metodologia de Rozenfeld et al. (2006), aplicada ao desenvolvimento de produtos de baixa

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13 complexidade, o “Puff Armário”, com foco nos projetos Informacional, Conceitual e Detalhado da macro fase de Desenvolvimento do produto.

Por meio deste estudo percebeu-se que a utilização de um modelo de PDP, sobretudo o de Rozenfeld et al. (2006), que foi o utilizado nesta pesquisa; mesmo no desenvolvimento de produtos de baixa complexidade se mostra uma proposta interessante, aumentando eficiência e eficácia do processo.

Não é necessária a utilização minuciosa de toda a metodologia, o modelo de referência pode ser adaptável a cada tipo de produto. Este trabalho focou apenas nas principais ferramentas de cada fase do Desenvolvimento, e aplicáveis ao tipo de produto desenvolvido: Matriz QFD (Projeto Informacional); Matriz Morfológica (Projeto Conceitual); representação dos SSC’s e prototipagem digital (Projeto Detalhado). O que foi suficiente para nortear o Processo de Desenvolvimento do Produto.

Portanto, como contribuição para a academia, esse artigo apresenta uma aplicação prática do modelo teórico de Rozenfeld et al. (2006) aplicado no PDP de um móvel, o “Puff-Armário”, produto de baixa complexidade tecnológica. E, sugerem-se como trabalhos futuros, uma análise sobre o reflexo econômico desta mesma aplicação.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo: Atlas,1999.

ROSA, Sergio Eduardo Silveira da. CORREA, Abidack Raposo. LEMOS, Mario Luiz Freitas. BARROSO, Deise Vilela. O setor de móveis na atualidade: uma análise preliminar. BNDES Setorial: Rio de Janeiro, n. 25, p. 65-105, mar. 2007.

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SUAREZ, Tathiana Massimino. Desenvolvimento de um modelo customizado de PDP para uma empresa mista de produtos e serviços . 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Engenharia de Produção, UFRGS, Porto Alegre.

Referências

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