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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição

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DECRETO Nº 7.212, DE 15 DE JUNHO DE 2010.

Regulamenta a cobrança, fiscalização,

arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o

art. 84, inciso IV, da Constituição

DECRETA:

Art. 1o O Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI será cobrado, fiscalizado, arrecadado e administrado em conformidade com o disposto neste Regulamento.

* O IPI foi instituído por meio da Lei no 4.502/1964, e sua regulamentação encontra-se neste regulamento.

TÍTULO I DA INCIDÊNCIA

CAPÍTULO I

DA DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 2o O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI (Lei no 4.502, de 30 de novembro de 1964, art. 1o, e Decreto-Lei no 34, de 18 de novembro de 1966, art. 1o).

Parágrafo único. O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributado) (Lei no 10.451, de 10 de maio de 2002, art.6º).

O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados– TIPI (Lei n° 4.502, de 30 novembro de 1964, art. 1°, e Decreto-lei n° 34, de 18 de novembro de 1996, art. 1°).

O campo de incidência do IPI abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não tributado).

* Decreto 7.660/2011 – Aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI.

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* Solução de Consulta nº 133 / 2004 - O campo de incidência do IPI abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero relacionado na vigente Tipi excluídos aqueles aos quais corresponderem a notação “NT” (não-tributado).

* Solução de Consulta nº 416 / 2009 - É contribuinte do IPI o estabelecimento que executa quaisquer das operações de industrialização definidas no art. 4º do RIPI .

* Instrução Normativa RFB nº 740 /2007 - Dispõe sobre o processo de consulta relativo à interpretação da legislação tributária e aduaneira e à classificação de mercadorias no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

CAPÍTULO II

DOS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

Seção I

Da Disposição Preliminar

Art. 3o Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida neste Regulamento como industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária (Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 46, parágrafo único, e Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º).

Produto industrializado é o resultante de qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, sendo irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados, tais como:

Seção II Da Industrialização Características e Modalidades

Art. 4o Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como (Lei nº 5.172, de 1966, art. 46, parágrafo único, e Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único):

I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

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III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). * Ver art. 194

Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.

Conceito:

a) transformação - operação exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, que resulta na obtenção de espécie nova;

b) beneficiamento – operação que modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto;

c) montagem – operação que consiste na reunião de produtos, peças ou partes e da qual resulta novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;

d) acondicionamento ou reacondicionamento – operação que altera a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria;

e) renovação ou recondicionamento – operação exercida sobre produto usado ou parte remanescente do produto deteriorado ou inutilizado, que renova ou restaura o produto para utilização.

* O Parecer Normativo CST n° 16/1970 - dispõe que a filtragem e o enlatamento de azeite estrangeiro importado a granel caracterizam-se industrialização nas modalidades de beneficiamento e reacondicionamento.

• O Parecer Normativo CST n° 32/1970 - Dispõe que a reunião de peças ou partes, ainda que adquiridas de terceiros, para formar um tanque configura industrialização na modalidade de montagem. No entanto, a instalação de tubulação de gás liquefeito de petróleo, ligadas a reservatórios (tanques, botijões etc.) com produtos prontos e acabados, de terceiros, não é considerada industrialização.

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* O Parecer Normativo CST n° 206/1970 - dispõe que a colocação de carroçarias sobre chassis considera-se industrialização na modalidade de montagem.

* O Parecer Normativo CST n° 299/1970 - dispõe que a recauchutagem de pneus caracteriza-se como renovação, contudo, caso esses pneus pertençam ao consumidor final e a recauchutagem for realizada pela borracharia para conserto não será considerado industrialização sujeita ao IPI.

* Parecer Normativo CST nº 300/1970 – Corte de chapas de ferro, aço, ou vidro, para simples redução do tamanho, em forma retangular ou quadrada, sem modificação da espessura. Não se caracteriza como beneficiamento.

* Parecer Normativo CST n° 472/1970 - dispõe que o acondicionamento de óleos vegetais adquiridos em caminhões tanques no qual é colocada a marca da empresa é considerado industrialização.

* Pareer Normativo CST 398/71 - beneficiamento não acarreta nova classificação fiscal para o produto

* Parecer Normativo CST nº 520/1971 e 163/1973 – Dispõe que a aposição de rótulos ou a realização de pequenas e irrelevantes alterações na embalagem original do produto adquirida de terceiros não constitui atividade caracterizada como industrialização.

* Parecer Normativo CST nº 115/1972 – Industrialização – mistura de areia, cal, cimento,pigmento e impermeabilizantes destinados à aplicação na construção civil caracteriza industrialização PN CST nº115/72.

* Parecer Normativo CST nº 248/1972 - Dispõe que a aposição de etiquetas em produtos destinados à comercialização é atividade caracterizada como industrialização.

* Decisão nº 67/1999 – Industrialização. Conceito. Beneficiamento. Acondicionamento - Não constitui industrialização por beneficiamento a operação de corte de bobinas de papel sensível ao calor, no único intuito de reduzir-lhe a largura e o comprimento, obtendo bobinas mais estreitas e de menor extensão.

* Decisão nº 524/2006 - ATIVIDADE GRÁFICA. IMPRESSOS PERSONALIZADO S. INDUSTRIALIZAÇÃO. A produção de impressos personalizados, sob encomenda de terceiros e sem fornecimento de qualquer material por parte do encomendante, caracteriza-se como industrialização, salvo se se tratar de impressão por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional. O fato de operações caracterizadas como industrialização, pela legislação do IPI, se identificarem com quaisquer dos serviços relacionados na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitos ao ISS, não impede a incidência do IPI sobre os produtos resultantes dessas industrializações. * Súmula 167 – O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparo no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas à incidência do ISS.

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* Solução de Consulta nº 132 / 2001 - A restauração, executada sob encomenda, de equipamentos usados, renovando-os para uso, é atividade industrial por recondicionamento. * Solução de Consulta 50/2004 – Parecer Normativo CST nº 178/71 - Desmontagem não caracteriza modalidade industrial.

* Solução de Consulta nº 350/2004 - Campo de incidência. Operação de industrialização. Prestação de serviço sujeito ao ISS. Irrelevância. As operações de restauração, conserto e beneficiamento de produtos, realizadas mediante galvanoplastia, O fato de uma operação constar da lista anexa à Lei Complementar nº 116, de 2003, caracterizando, dessarte, prestação de serviço para efeito de incidência do ISS, não impede que essa mesma operação seja enquadrada como industrialização, estando incluída, também, no campo de incidência do IPI.

* Solução de Consulta nº 270/2007 – A operação de recarga de cartuchos de tinta, usados para impressoras, caracteriza modalidade de industrialização, exceto quando se destine a uso da própria empresa.

* Solução de Consulta Nº 338/2007 – Operação De Industrialização. Concreto. Identificação com Serviço. Sujeição ao Iss. Irrelevância. Incidência do Ipi. Valor Tributável. Estabelecimentos da Mesma Empresa.

* Solução de Consulta nº 01/2009 – Montagem de computador (monitor) não caracteriza industrialização – montagem.

* Solução de Consulta nº 85/2009 – Redução por corte de tamanho de chapas que mantenham suas características e formas originais, não constitui modalidade de industrialização.

* Solução de Consulta nº 98 / 2009 - A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização - acondicionamento ou reacondicionamento. O não atendimento de qualquer uma das condições estabelecidas pelo art 6º do Ripi/02 para caracterizar acondicionamento de transporte configura embalagem de apresentação. Não se considera industrialização a mera aposição de rótulos e/ou a realização de pequenas e irrelevantes alterações na embalagem original de produtos adquiridos de terceiros, desde que tal ato não resulte qualquer prejuízo à perfeita identificação da verdadeira procedência dos referidos produtos; nessas condições, é facultado aos comerciantes não contribuintes do IPI rotular os produtos industrializados adquiridos para venda ou revenda.

* Solução de Consulta 427/2009 - Industrialização por encomenda. IPI. Incidência. A fabricação da parte superior dos calçados, denominada cabedal, ainda que executada sob encomenda, mediante fornecimento de matéria-prima por parte do estabelecimento encomendante, está sujeita à incidência do IPI, salvo se produzida sob encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou residência, com no máximo cinco empregados e desde que o trabalho profissional represente no mínimo sessenta por cento na composição do valor.

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* Solução de Consulta nº 492 / 2009 – É consinderado modalidade industrial, a colocação de embalagem a vácuo de carne bovina.

* Solução de Consulta nº 194 / 2010 - Reforma de pneus. Industrialização. Exclusões. ISS. Irrelevância.

* Solução de Consulta nº 5 / 2011 - Rotulação promocional de logomarca e dados para revenda a clientes caracteriza industrialização.

* Solução de consulta nº 6/2011 – Atividade gráfica.Industrialização. Incidência

* Solução de Consulta nº 157/2011 – Montagem de portas, janelas e box para banheiro, é

considerada industrialização.

+ Solução de Consulta nº 301/2011 - Corte de cabos de aço. Industrialização. Matéria-Prima. Saída. Equiparação. A operação de desenrolar a matéria- prima cabo de aço de seu carretel para, em seguida, efetuar cortes em medidas inferiores às adquiridas, sem alterar sua espessura, e, posteriormente, enrolar a matéria-prima assim cortada em carretel menor para ser comercializada, não constitui operação de industrialização na modalidade de beneficiamento. Todavia, o estabelecimento industrial que der saída a matéria-prima adquirida de terceiro com destino a outros estabelecimentos industriais, para industrialização ou revenda, é considerado estabelecimento comercial de bens de produção e obrigatoriamente equiparado a estabelecimento industrial, incidindo o IPI na saída da mencionada matéria-prima.

* Solução de Consulta nº 42/2012 - Sucatas e aparas de plástico. valor tributável para produtos usados. transformação. renovação. A operação de industrialização exercida sobre as “sucatas e aparas de plástico” adquiridas de terceiros para emprego como matéria-prima na fabricação de “artigos plásticos” novos, enquadra-se como transformação, não sendo aplicável, portanto, aos produtos resultantes, a regra excepcional de determinação do valor tributável prevista no art. 194 do Ripi/2010.

* Solução de Consulta nº 118/2012 - Renovação. recondicionamento. cilindros usados. industrialização. encomenda de terceiros. A operação de revestimento de cilindros usados (revestimento com novos componentes elastoméricos), sob encomenda de terceiros estabelecidos com o comércio de tais produtos, caracteriza-se industrialização na modalidade de renovação ou recondicionamento. O estabelecimento que realizar a operação é considerado estabelecimento industrial, contribuinte do IPI e sujeito a todas as obrigações principal e acessórias do imposto. A incidência do ISS naquela operação caracterizada como industrialização é inteiramente irrelevante para determinar a incidência, ou não, do IPI. A operação de revestimento de cilindros usados não será considerada industrialização se estiver enquadrada nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso XI, do Ripi/2010, isto é, nos casos em que os produtos usados se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos.

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Art. 5o Não se considera industrialização:

I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação:

a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou

b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes;

II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor (Decreto-Lei no 1.686, de 26 de junho de 1979, art. 5o, § 2o);

III - a confecção ou preparo de produto de artesanato, definido no art. 7o;

IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;

V - o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional;

VI - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso III, e Decreto-Lei no 1.199, de 27 de dezembro de 1971, art. 5o, alteração 2a);

VII - a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória (Decreto-Lei no 400, de 30 de dezembro de 1968, art. 8o);

VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:

a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas);

b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou

c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;

IX - a montagem de óculos, mediante receita médica (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso III, e Decreto-Lei nº 1.199, de 1971, art. 5º, alteração 2a);

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X - o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes (Decreto-Lei nº 400, de 1968, art. 9º);

XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso I);

XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso I);

XIII - a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura;

XIV - a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso IV, e Lei no 9.493, de 10 de setembro de 1997, art. 18); e

XV - a operação de que resultem os produtos relacionados na Subposição 2401.20 da TIPI, quando exercida por produtor rural pessoa física (Lei no 11.051, de 29 de dezembro de 2004, art. 12, e Lei no 11.452, de 27 de fevereiro de 2007, art. 10).

Parágrafo único. O disposto no inciso VIII não exclui a incidência do imposto sobre os produtos, partes ou peças utilizados nas operações nele referidas.

* Parecer Normativo nº 479/70 - Cesta de natal – recondicionamento não é considerada industrialização o acondicionamento dos produtos

* Pareceres Normativos CST nºs 520/71 e 163/73 - dispõem que a aposição de rótulos ou a realização de pequenas e irrelevantes alterações na embalagem original de produto adquirido de terceiros não constitui atividade caracterizada como industrialização.

* Parecer Normativo CST nº 57/1973 – Montagem. O que caracteriza a sua exclusão do conceito de industrialização é a fixação ao solo da unidade ou complexo industrial, quando assim exige o seu funcionamento.

* Parecer Normativo CST nº 81/1977 – O significado da expressão “edificação” é o ato de edificar-se. Conseguintemente, "ex vi" daquela norma, excluem-se do conceito regulamentar de industrialização não só as operações de que resultem as obras exemplificadas na norma, bem como as que tenham como resultado bens semelhantes,

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quais sejam: pavilhões, abrigos de terminais ferroviários ou rodoviários, arquibancadas completas ou suas escadarias, garagens, silos, passarelas e viadutos. * Parecer Normativa CST nº 880/1971 – Abate de gado para extração de carne. A desossagem e conservação por refrigeração ou congelamento, sem que se modifique a condição “in natura”, não caracterizam industrialização.

* Parecer Normativo CST nº 165/1973 – Não configura industrialização o preparo de medicamento oficinais e magistrais, realizado nas farmácias, para venda diretamente a consumidor. Igualmente não caracteriza industrialização o acondicionamento daqueles produtos em recipientes para transporte.

* Parecer Normativo CST nº 167/1973 – Não se configura industrialização a Confecção por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina que empregue, no máximo cinco operários: há preponderância do trabalho profissional quando o valor dos materiais consumidos na confeccção não ultrapassa 20% (vinte por cento) do preço cobrado ao encomendante.

* Parecer Normativa CST nº 177/1973 – O entamborramento de granéis líquidos, com finalidade exclusiva de transporte, não configura industrialização (acondicionamento). * Parecer Normativo CST nº 94/1977 – Só se entendem como produtos de artesanato, para efeito de exclusão do conceito de industrialização a que se refere o inciso IV do § 4º do artigo 1º do RIPI, aqueles que, além de resultantes de trabalho preponderantemente manual, revelem nitidamente em cada exemplar traços individualizados da criatividade e da destreza de seus especificadores.

* Solução de consulta 231/2003 - Não incidência do IPI em alimentos não acondicionados em embalagem de apresentação, produzidos em restaurantes.

* Solução de consulta nº 5/2006 - As chamadas operações de mistura, efetuadas por distribuidoras para obtenção de combustíveis, não constituem operação de industrialização, nos termos da leg islação do IPI.

* Solução de Consulta nº 120/2008 - Industriazação. conceito. operação denominada “sequenciamento”. Não se caracteriza como industrialização, por não se enquadrar nos conceitos estabelecidos no art. 4º do Decreto nº 4.544, de 2002, RIPI em vigor, a operação realizada por estabelecimento de uma empresa localizado no interior da planta industrial do estabelecimento de empresa montadora de veículos, comunicando-se diretamente com a linha de montagem desta última, a qual consiste em ordenar vidros para veículos automotores, fabricados em outro estabelecimento pela empresa executora da operação em referência e por terceiros, na forma como são recebidos, sem efetuar sobre eles nenhuma alteração ou trabalho adicional, e assim colocá-los em embalagens de transporte, nas quais são encaminhados para a linha de montagem de veículos, já na seqüência correta em que serão nesta empregados, conforme estabelecida pela montadora.

*Solução de consulta nº 314/2011 - Microcervejaria. Industrialização. A produção de cerveja no interior de choperia ou microcervejaria, para venda direta ao consumidor final e consumo no próprio estabelecimento produtor, é operação de industrialização,

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não lhe sendo aplicável a exclusão do art. 5º, inciso I, alínea “a”, do Ripi/2010, por não se tratar de produto alimentar. Considera-se ocorrido o fato gerador do IPI no momento de sua venda, conforme art. 36, inciso XI, do Ripi/2010.

* Solução de Consulta nº118/2012 - Renovação. Recondicionamento. Cilindros usados. Industrialização. Encomenda de terceiros. A operação de revestimento de cilindros usados (revestimento com novos componentes elastoméricos), sob encomenda de terceiros estabelecidos com o comércio de tais produtos, caracteriza-se industrialização na modalidade de renovação ou recondicionamento. O estabelecimento que realizar a operação é considerado estabelecimento industrial, contribuinte do IPI e sujeito a todas as obrigações principal e acessórias do imposto. A incidência do ISS naquela operação caracterizada como industrialização é inteiramente irrelevante para determinar a incidência, ou não, do IPI. A operação de revestimento de cilindros usados não será considerada industrialização se estiver enquadrada nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso XI, do Ripi/2010, isto é, nos casos em que os produtos usados se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos.

Embalagens de Transporte e de Apresentação

Art. 6o Quando a incidência do imposto estiver condicionada à forma de embalagem do produto, entender-se-á (Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único, inciso II):

I - como acondicionamento para transporte, o que se destinar precipuamente a tal fim; e

II - como acondicionamento de apresentação, o que não estiver compreendido no inciso I.

§ 1o Para os efeitos do inciso I do caput, o acondicionamento deverá atender, cumulativamente, às seguintes condições:

I - ser feito em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional e que não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nele empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e

II - ter capacidade acima de vinte quilos ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores.

§ 2o Não se aplica o disposto no inciso II do caput aos casos em que a natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou outras constantes de leis e de atos administrativos.

§ 3o O acondicionamento do produto, ou a sua forma de apresentação, será irrelevante quando a incidência do imposto estiver condicionada ao peso de sua unidade.

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§ 4o Para os produtos relacionados na Subposição 2401.20 da TIPI, a incidência do imposto independe da forma de apresentação, acondicionamento, estado ou peso do produto (Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 41, § 1º).

* Parecer Normativo CST nº 311/1971 – Embalagens em condições de utilização normal, sendo vendidas para esse fim a industriais ou revendedores, tais saídas serão tributadas pelo IPI, cujo cálculo será feito com a aplicação da alíquota correspondente ao código da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) sob o qual são classificadas as embalagens usadas.

* Parecer Normativa CST nº 154/1973 - A revenda por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiridos para emprego em suas próprias instalações não está sujeita à incidência do IPI, já que essa operação não configura fato gerador do imposto.

* Solução de Consulta nº 308 / 2002 - O acondicionamento de produtos de diversas qualidades e quantidades, em caixas maiores de papelão, mantidos, porém, nas embalagens originais dos fabricantes, para que possam ser convenientemente entregues aos destinatários, não se caracteriza como operação de industrialização , tratando-se de acondicionamento para fins apenas de transporte, , desde que as caixas utilizadas para essa finalidade atendam aos requisitos previstos. Não constitui rotulagem de cunho promocional a simples impressão nessas caixas do nome, logotipo e telefone da empresa vendedora, sem outros dizeres e sem qualquer alusão ou referência aos bens nelas contidos.

* Solução de consulta nº 194/2007 – Não caracteriza industrialização a troca de embalagem de transporte por outra que não valorize ou promova os bens nela contidos. * Solução de Consulta nº 15/2011 - O estabelecimento que importar diversas unidades de um mesmo produto estrangeiro acondicionadas em embalagem de transporte (no caso, caixa de papelão com 20 embalagens individuais de 500 gramas do produto), para revenda, não pratica reacondicionamento de produto estrangeiro em embalagem de apresentação, caracterizada como industrialização pelo art. 4º, inciso IV, do Ripi/2010, quando, em seu estabelecimento, fixar, em um canto externo da referida embalagem de transporte, impresso (folder), adquirido de terceiros, inserido numa capa plástica transparente, autoadesiva, divulgando receita culinária com o uso do produto, fotos de outros produtos de própria fabricação e endereços diversos da empresa. Nesta hipótese, a embalagem de transporte estará sendo utilizada como mero veículo de distribuição do impresso promocional, uma vez que o material nela fixado é objeto complementar de cunho promocional, não alterando a apresentação daquele produto individualmente embalado, nem tampouco consiste em “rótulo” ou “embalagem” de função promocional, de que trata o inciso I do § 1º do art. 6º do Ripi, de 2010, nem em material contendo informações indispensáveis à utilização do produto.

* Solução de Consulta nº 256/2011 - Embalagens contendo produtos seguem o regime de tributação do produto que acondicionam quando forem do tipo normalmente utilizado em seu acondicionamento. Tal não se aplica, porém, às embalagens suscetíveis de utilização repetida, as quais seguem seu regime de tributação próprio, consoante sua respectiva classificação fiscal na Tipi, sendo irrelevante o fato de

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acondicionarem produto tributado ou não-tributado pelo IPI. A norma se aplica tanto no desembaraço aduaneiro quanto nas saídas para o mercado interno

* Solução de Consulta nº 264/2011 - A reunião de óculos de sol importados ou de armações de óculos importados à flanela de origem nacional em estojo adquirido no mercado interno, formando um único conjunto, efetuada pelo próprio importador, para fins de venda no mercado interno, caracteriza-se como industrialização na modalidade acondicionamento/reacondicionamento, para efeito de incidência do imposto.

* Solução de Consulta nº 326/2011 - A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização - acondicionamento ou reacondicionamento.

Artesanato, Oficina e Trabalho Preponderante

Art. 7o Para os efeitos do art. 5o:

I - no caso do seu inciso III, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural, nas seguintes condições:

a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e

b) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade de que o artesão faça parte ou seja assistido;

II - nos casos dos seus incisos IV e V:

a) oficina é o estabelecimento que empregar, no máximo, cinco operários e, quando utilizar força motriz não dispuser de potência superior a cinco quilowatts; e

b) trabalho preponderante é o que contribuir no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra, no mínimo com sessenta por cento.

* Parecer Normativo CST nº 127/71 – Entende-se por oficina para fins do RIPI o estabelecimento que possuir até 5 operários.

* Solução de Consulta nº 231/2003 - Artesanato. Alimentos. Não-incidência. Mercadorias elaboradas por pessoas jurídicas não são consideradas produtos artesanais. Alimentos não acondicionados em embalagem de apresentação, produzidos em restaurantes, quitandas e semelhantes, e destinados à venda direta ao consumidor, não estão sujeitos à incidência de IPI.

* Solução de Consulta nº 490/2009 - A fabricação da parte superior dos calçados, denominada cabedal, ainda que executada sob encomenda, mediante fornecimento de matéria-prima por parte do estabelecimento encomendante, está sujeita à incidência do IPI, salvo se produzida sob encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou

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residência, com no máximo cinco empregados e desde que o trabalho profissional represente no mínimo sessenta por cento na composição do valor.

* Solução de Consulta nº 34/2010 - Considera-se industrialização a confecção ou preparo de produto de artesanato, por pessoa física sócia de pessoa jurídica, ou por pessoa, ainda que natural, que o venda a estabelecimentos empresariais revendedores.

TÍTULO II

DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS E EQUIPARADOS A INDUSTRIAL

Estabelecimento Industrial

Art. 8o Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações referidas no art. 4o, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento (Lei no 4.502, de 1964, art. 3o).

Estabelecimentos Equiparados a Industrial

Art. 9o Equiparam-se a estabelecimento industrial:

I - os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I);

II - os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma;

• Ver neste Regulamento, arts. 14, II; 24, III.,254, III e 500

III - as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento da mesma firma, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese do inciso II (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso II, e § 2º, Decreto-Lei no 34, de 1966, art. 2o, alteração 1a, e Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 37, inciso I);

• Ver neste Regulamento arts. 4º; 8º; 9º; I; 14, II; 24, III.

IV - os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes,

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moldes, matrizes ou modelos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso III, e Decreto-Lei nº 34, de 1966, art. 2º, alteração 33a);

V - os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda (Decreto-Lei no 1.593, de 21 de dezembro de 1977, art. 23);

VI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas Posições 71.01 a 71.16 da TIPI (Lei nº 4.502, de 1964, Observações ao Capítulo 71 da Tabela);

VII - os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas Posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos (Lei nº 9.493, de 1997, art. 3º):

a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas;

b) atacadistas e cooperativas de produtores; ou c) engarrafadores dos mesmos produtos;

VIII - os estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos importadores produtos de procedência estrangeira, classificados nas Posições 33.03 a 33.07 da TIPI (Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 39);

IX - os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 79, e Lei no 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, art. 13);

X - os estabelecimentos atacadistas dos produtos da Posição 87.03 da TIPI (Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 12);

XI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de fabricação nacional, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que trata o art. 222 (Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso I, e Lei no 11.727, de 23 de junho de 2008, art. 32);

XII - os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o inciso XI, diretamente de estabelecimento industrial, ou de encomendante equiparado na forma do inciso XIII (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso II, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32);

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XIII - os estabelecimentos comerciais de produtos de que trata o inciso XI, cuja industrialização tenha sido por eles encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso III, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32);

XIV - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de procedência estrangeira, sujeitos ao imposto conforme regime geral de tributação de que trata o art. 222 (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso I, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32); e

XV - os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o inciso XIV, diretamente de estabelecimento importador (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso II, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32).

§ 1o Nas hipóteses do inciso IX, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 80, e Lei nº 11.281, de 2006, art. 11, § 1º):

I - deverá estabelecer requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora:

a) por conta e ordem de terceiro; ou

b) que adquira mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado; e II - poderá exigir prestação de garantia como condição para a entrega de mercadorias, quando o valor das importações for incompatível com o capital social ou o patrimônio líquido do importador ou encomendante predeterminado ou, no caso de importação por conta e ordem, do adquirente.

§ 2o Presume-se por conta e ordem de terceiro, ressalvado o disposto no § 3o, a operação de comércio exterior realizada nas condições previstas no inciso IX:

I - mediante utilização de recursos daquele (Lei no 10.637, de 30 dezembro de 2002, art. 27); ou

II - em desacordo com os requisitos e condições estabelecidos nos termos da alínea “b”do inciso I do § 1o(Lei nº 11.281, de 2006, art. 11, § 2º).

§ 3o Considera-se promovida por encomenda, nos termos do inciso IX, não configurando importação por conta e ordem, a importação realizada com recursos próprios da pessoa jurídica importadora que adquira mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado, participando ou não o encomendante das operações comerciais relativas à aquisição dos produtos no exterior, ressalvado o disposto na alínea “b” do inciso I do § 1o(Lei nº 11.281, de 2006, art. 11, caput e § 3º, e Lei no 11.452, de 2007, art. 18).

§ 4o No caso do inciso X, a equiparação aplica-se, inclusive, ao estabelecimento fabricante dos produtos da Posição 87.03 da TIPI, em relação aos produtos da mesma

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Posição, produzidos por outro fabricante, ainda que domiciliado no exterior, que revender (Lei nº 9.779, de 1999, art. 12, parágrafo único).

§ 5o O disposto nos incisos XI a XV, relativamente aos produtos classificados nas posições 22.01 e 22.02 da TIPI, alcança exclusivamente aqueles mencionados no parágrafo único do art. 222 (Lei nº 10.833, de 2003, art. 58-V, e Lei no 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 18).

§ 6o Os estabelecimentos industriais quando derem saída a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrialização ou revenda, serão considerados estabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a estabelecimento industrial em relação a essas operações (Lei no 4.502, de 1964, art. 4o, inciso IV, e Decreto-Lei no 34, de 1966, art. 2o, alteração 1a).

§ 7o Aos estabelecimentos comerciais atacadistas e varejistas de cigarros do Código 2402.20.00 da TIPI, de fabricação nacional ou importados, excetuados os classificados no Ex 01, não se aplicam as equiparações a estabelecimento industrial previstas na legislação do imposto (Lei nº 11.933, de 28 de abril de 2009, art. 9º).

§ 8o A disciplina de que trata o § 7o não se aplica aos estabelecimentos comerciais atacadistas e varejistas que receberem cigarros saídos do estabelecimento industrial até 30 de abril de 2009 com suspensão do imposto (Lei nº 11.933, de 2009, art. 9º, parágrafo único).

*Parecer Normativo CST nº 202/70: O Autor da encomenda é equiparado a industrial sempre que remeter matéria-prima, produtos intermediários, embalagem, moldes . * Parecer Normativo CST nº 87/75: Não é equiparado o comerciante de produtos não tributados( NT),ainda que manda industrializar por terceiros as respectivas embalagens, fornecendo a matéria-prima necessária

* Instrução Normativa SRF nº 247/2002 - Art. 86 – Dispõe para efeitos de importação por conta e ordem de terceiros, a não caracterização de operação de compra e venda. * Instrução Normativa SRF nº 634/2006 - Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas para revenda a encomendante predeterminado e dispõe que não se considera importação por encomenda a operação realizada com recursos do encomendante, ainda que parcialmente.

* Solução de Consulta nº 29/2006 - Equipara-se a estabelecimento industrial o estabelecimento importador de produtos tributados de procedência estrangeira que der saída a estes. Contudo, tal equiparação não significa que a pessoa jurídica se torna contribuinte do citado imposto relativamente também aos demais produtos adquiridos no mercado interno e neste revendidos

* Solução de Consulta nº 338/2007 - Operação de industrialização. Concreto. Identificação com serviço. Sujeição ao Iss.Irrelevância. Incidência do ipi. Valor Tributável. Estabelecimentos da mesma empresa. A operação exercida sobre cimento, pedra, areia e outros materiais que

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importe na obtenção de concreto, em estabelecimentos denominados Centrais de Concreto, caracteriza-se industrialização na modalidade de transformação, de acordo com o art. 2º, inciso I, do Ripi/02. Nas remessas de cimento do estabelecimento que o industrializou para as Centrais de Concreto da mesma empresa, para industrialização de concreto, aplica-se o valor tributável mínimo previsto no Ripi/02, assim considerado o preço da operação, não podendo ser inferior ao preço corrente no mercado atacadista da praça do remetente. Quando inexistir o preço corrente no mercado atacadista, aplica-se o parágrafo único do art. 137 do Ripi/02.. O fato de operações caracterizadas como industrialização, pela legislação do IPI, se identificarem com quaisquer dos serviços relacionados na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitos ao ISS, não impede a incidência do IPI sobre os produtos resultantes dessas industrializações.

* Solução de Consulta nº 104/2007 - Os estabelecimentos que efetuarem a importação de equipamentos de ar condicionado equiparam-se a estabelecimento industrial quando promoverem a saída desses produtos, sendo irrelevante, para caracterizar a ocorrê ncia do fato gerador do IPI, que esses equipamentos sejam instalados pelo próprio estabelecimento importador, sob a modalidade de empreitada com fornecimento de materiais.

* Solução de Consulta nº 183/2008 - Os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por sua conta e ordem ou por encomenda, por intermédio de pessoa jurídica importadora, são equiparados a estabelecimento industrial.

* Solução de Consulta n° 261/2008 - Importação Por Encomenda. Contribuintes de IPI. Importador e Encomendante. Direito a a crédito em relação à etapa anterior. Na importação por encomenda, são contribuintes do IPI tanto a pessoa jurídica importadora quanto a encomendante. Para a importadora, incide o IPI no desembaraço aduaneiro e na saída da mercadoria importada do estabelecimento importador, sendo que nesta incidência, pode a pessoa jurídica importadora creditar-se do valor de imposto pago no desembaraço aduaneiro. Para a pessoa jurídica encomendante, incide o IPI na saída da mercadoria do estabelecimento comercial encomendante, com direito a crédito do valor de imposto pago pelo importador na saída de seu estabelecimento.

* Solução de Consulta nº 253/2009 - Equiparação. filiais. Equiparam-se a estabelecimento industrial as filiais, varejistas ou atacadistas, que receberem, para comercialização, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma, diretamente da repartição aduaneira que os tenham liberado; Equiparam-se a estabelecimento industrial as filiais que exercerem o comércio de produtos importados por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se operarem exclusivamente na venda a varejo. O valor tributável na transferência de produtos para estabelecimento atacadista ou varejista da mesma firma não poderá ser inferior ao mínimo previsto no art. 136 do RIPI/2002.

* Solução de Consulta nº 416/2009 - Produtos acabados. bens de produção. revenda. incidência. O industrial que revender produtos acabados (adquiridos de terceiros) é equiparado, compulsoriamente, a estabelecimento industrial quando, cumulativamente, tais produtos se caracterizarem como bens de produção - matéria prima (MP), produto intermediário (PI), material de embalagem (ME) , se destinarem a outros estabelecimentos industriais (aí incluído o comerciante equiparado, por opção, a estabelecimento industrial) e os industriais adquirentes utilizarem os bens de produção adquiridos em nova industrialização ou revenda. Neste caso, na saída dos bens de produção, do estabelecimento equiparado a industrial, haverá incidência do IPI.

* Solução de Consulta n° 126/2010 - Importação Por Conta e Ordem de Terceiros. Nota Fiscal de Saída. Valor da Nota Fiscal de Entrada, acrescido do ICMS e do IPI incidentes na operação. destaque do IPI.

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* Solução de Consulta nº 163/2010 - Equiparam-se a estabelecimento industrial:

a) os importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a esses produtos; b) os estabelecimentos (atacadistas ou varejistas) que receberem diretamente da repartição aduaneira que efetuou o desembaraço produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; e

c) as filiais atacadistas que comercializam produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma. Respeitadas as condições legais e regulamentares para a sua utilização, admite-se o crédito referente ao imposto pago no deadmite-sembaraço aduaneiro, por estabelecimento industrial ou equiparado, bem assim o crédito do imposto mencionado na nota fiscal que acompanhar os produtos de procedência estrangeira diretamente da repartição que os liberou, para estabelecimento, atacadista ou varejista, do próprio importador.

* Solução de Consulta nº 262/2010 - Industrialização por encomenda.Remessa de moldes.

* Solução de consulta nº 94/2011 - Industrialização por encomenda. Sem fornecimento de insumos. Não equiparação a estabelecimento industrial. O estabelecimento que manda industrializar produtos em estabelecimento de terceiros sem fornecimento de insumos não é equiparado a industrial, ainda que indique especificações sobre determinada marca ou tipo de produtos.

* Solução de Consulta nº 123/2011 - Situações de equiparação industrial para a comercialização de produtos importados.

* Solução de Consulta nº 324/2011 - Produtos estrangeiros. importação. Equiparação. Os produtos de procedência estrangeira, tributados pelo IPI, estão sujeitos à incidência do imposto por ocasião do desembaraço aduaneiro e no momento de sua saída, a qualquer título, do estabelecimento importador. O importador equipara-se a estabelecimento industrial, sendo contribuinte do imposto. Como tal, sujeita-se às respectivas obrigações acessórias, como por exemplo a emissão das notas fiscais mencionadas na legislação de regência.

* Solução de Consulta n º 40/2012 - Equiparam-se a estabelecimentos industriais os importadores quando derem saída aos produtos por eles importados. Atendidas as condições para as hipóteses de equiparação obrigatória, estará o estabelecimento imediatamente equiparado a industrial.

Solução de Consulta n º 205/2012 – Fornecimento de fórmulas industriais - Estabelecimento que manda industrializar produto em estabelecimento de terceiros com remessa unicamente de embalagens de transporte, mas, com fornecimento das fórmulas industriais, das especificações técnicas, dos controles quanto à qualidade de cada um dos produtos produzidos é considerado estabelecimento equiparado a industrial, não importando, neste caso, o fato de as embalagens remetidas serem de transporte. Estabelecimento industrial é o executor da encomenda.

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A importação por encomenda é aquela em que uma empresa adquire mercadorias no exterior com recursos próprios e promove o seu despacho aduaneiro de importação, a fim de revendê-las, posteriormente, a uma empresa encomendante previamente determinada, em razão de contrato entre a importadora e a encomendante, cujo objeto deve compreender, pelo menos, o prazo ou as operações pactuadas (art. 2º, § 1º, I, da IN SRF nº 634/06). Assim, como na importação por encomenda o importador adquire a mercadoria junto ao exportador no exterior, providencia sua nacionalização e a revende ao encomendante, tal operação tem, para o importador contratado, os mesmos efeitos fiscais de uma importação própria.Em última análise, em que pese a obrigação do importador de revender as mercadorias importadas ao encomendante predeterminado, é aquele e não este que pactua a compra internacional e deve dispor de capacidade econômica para o pagamento da importação, pela via cambial. Da mesma forma, o encomendante também deve ter capacidade econômica para adquirir, no mercado interno, as mercadorias revendidas pelo importador contratado.Ressalte-se ainda que, diferentemente da importação por conta e ordem, no caso da importação por encomenda, a operação cambial para pagamento da importação deve ser realizada exclusivamente em nome do importador, conforme determina o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI – Título 1, Capítulo 12, Seção 2) do Banco Central do Brasil (Bacen).Outro efeito importante desse tipo de operação é que, conforme determina o artigo 14 da Lei nº 11.281, de 2006, aplicam-se ao importador e ao encomendante as regras de preço de transferência de que tratam os artigos 18 a 24 da Lei nº 9.430, de 1996. Em outras palavras, se o exportador estrangeiro, nos termos dos artigos 23 e 24 dessa lei, estiver domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida e/ou for vinculado com o importador ou o encomendante, as regras de “preço de transferência” para a apuração do imposto sobre a renda deverão ser observadas.

* Importação por conta e ordem

Importação por conta de ordem de terceiro:

Entende-se por importador por conta e ordem de terceiro a pessoa jurídica que promover, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato previamente firmado, que poderá compreender, ainda, a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial.

A importação por conta e ordem de terceiro é um serviço prestado por uma empresa – a importadora, a qual promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias adquiridas por outra empresa – a adquirente –, em razão de contrato previamente firmado, que pode compreender ainda a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a intermediação comercial (art. 1º da IN SRF nº 225/02 e art. 12, § 1°, I, da IN SRF nº 247/02).Assim, na importação por conta e ordem, embora a atuação da empresa importadora possa abranger desde a simples execução do despacho de importação até a intermediação da negociação no exterior, contratação do transporte, seguro, entre outros, o importador de fato é a adquirente, a mandante da importação, aquela que efetivamente faz vir a mercadoria de outro país, em razão da compra internacional; embora, nesse caso, o faça por via de interposta pessoa – a importadora por conta e ordem –, que é uma mera mandatária da adquirente.Em última análise, é a adquirente que pactua a compra internacional e dispõe de capacidade econômica para o pagamento, pela via cambial, da importação. Entretanto, diferentemente do que ocorre na importação por encomenda, a operação cambial para pagamento de uma importação por conta e ordem pode ser realizada em nome da importadora ou da adquirente, conforme estabelece o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI – Título 1, Capítulo 12, Seção 2) do Banco Central do Brasil (Bacen). Dessa forma, mesmo que a importadora por conta e ordem efetue os pagamentos ao fornecedor estrangeiro, antecipados

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ou não, não se caracteriza uma operação por sua conta própria, mas, sim, entre o exportador estrangeiro e a empresa adquirente, pois dela se originam os recursos financeiros.

Fundamento legal :

Instrução Normativa n° 225/ 2002 : Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas por conta e ordem de terceiros

Instrução Normativa n° 634/2006:: Estabelece requisitos e condições para a atuação de pessoa jurídica importadora em operações procedidas para revenda a encomendante predeterminado.

QUADRO COMPARATIVO MODALIDADE DE IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIRO POR ENCOMENDA

IPI na revenda pelo terceiro Incide Incide

Habilitação do terceiro no Radar Necessária Necessária Vinculação prévia dos CNPJ no

Siscomex

Necessária Necessária Indicação do CNPJ do terceiro na DI Necessária Necessária

Capacidade econômico-financeira do importador

Desnecessária Necessária PIS e COFINS na venda pelo

importador

Não incide Incide

Adiantamento de recursos pelo terceiro

Admitida Não admitida,

mesmo que parcial

IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM ( IN SRF 225/02 e IN SRF 247/02

IMPORTAÇÃO POR ENCOMENDA

IN SRF 634/06IN SRF 225/02 e IN SRF 247/02

Trading é apenas prestadora de serviços

Trading é a real importadora

Operação realizada com recursos do adquirente

Operação realizada com recursos da trading

Câmbio fechado pelo adquirente

Câmbio fechado pela trading

Contrato de importação por conta e ordem

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DI - ficha "Importador": adquirente é citado como "real adquirente"

DI - ficha do "Importador": utilizar campo destinado à identificação do adquirente por conta e ordem para informar os dados do encomendante, enquanto não estiver disponível o campo próprio para este na DI (no campo Informações Complementares, mencionar tratar-se de operação de importação por encomenda)

Art. 10. São equiparados a estabelecimento industrial os estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III da Lei no 7.798, de 10 de julho de 1989, de estabelecimentos industriais ou dos estabelecimentos equiparados a industriais de que tratam os incisos I a V do art. 9o(Lei nº 7.798, de 1989, arts. 7º e 8º).

§ 1o O disposto neste artigo aplica-se nas hipóteses em que o adquirente e o remetente dos produtos sejam empresas controladoras ou controladas - Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 243, coligadas - Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 1.099, e Lei no 11.941, de 27 de maio de 2009, art. 46, parágrafo único, interligadas - Decreto-Lei no 1.950, de 14 de julho de 1982, art. 10, § 2o - ou interdependentes (Lei nº 7.798, de 1989, art. 7º § 1º).

§ 2o Da relação de que trata o caput poderão, mediante decreto, ser excluídos produtos ou grupo de produtos cuja permanência se torne irrelevante para arrecadação do imposto, ou incluídos outros cuja alíquota seja igual ou superior a quinze por cento (Lei nº 7.798, de 1989, art. 8º).

* Lei nº 7.798/1989 - Altera a legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e dá outras providências.

(...)Art. 7º. Equiparam-se a estabelecimento industrial os estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III, de estabelecimentos industriais ou dos seguintes estabelecimentos equiparados a industrial:

I - estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira;

II - filiais e demais estabelecimentos que exerçam o comércio de produtos importados ou industrializados por outro estabelecimento da mesma firma;

III - estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiros, mediante a remessa, por eles efetuadas, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos; e

IV - estabelecimentos comerciais de produtos do capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda.

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§ 1º. O disposto neste artigo aplica-se nas hipóteses em que adquirente e remetente sejam empresas interdependentes, controladoras, controladas ou coligadas (Lei nº 6.404, art. 243, §§ 1º e 2º) ou interligadas (Decreto-Lei nº. 1.950, art. 10, § 2º).

§ 2º. O regime previsto neste artigo será aplicado a partir de 1º. de julho de 1989.

Art. 8º. Para fins do disposto no artigo anterior, fica o Poder Executivo autorizado a excluir produto ou grupo de produtos cuja permanência se torne irrelevante para arrecadação do imposto, ou a incluir outros cuja alíquota seja igual ou superior a quinze por cento.

(...)

ANEXO III

Produtos a que se refere o artigo 7º, identificados segundo os respectivos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 97.410, de 23 de dezembro de 1988:

2106.90.01, 2202, 2203, 2204, 2205, 2206, 2208, 3301.90.03, 3303, 3304, 3305, 3306, 3307, 4011, 4012, 4013, 9612 (exceto 9612.20) e 9613.

* Solução de Consulta nº 218/2009 - Equiparação a industrial. Remessa de material de embalagem. Estabelecimento comercial que manda industrializar produtos de marca própria com fornecimento de material de embalagem se equipara, nessa operação, a estabelecimento industrial. A interdependência não equipara o adquirente a estabelecimento industrial, apenas cria obrigações para o remetente, em relação ao valor tributável, nas remessas que fizer. A equiparação a industrial de que trata o art. 10 do Ripi/02 abrange somente os estabelecimentos atacadistas que adquirirem produtos cujos códigos estejam indicados no Anexo III da Lei nº 7.798, de 1989, e suas posteriores alterações, e que se enquadrarem nas hipóteses de seu § 1º.

Equiparados a Industrial por Opção

Art. 11. Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso IV, e Decreto-Lei nº 34, de 1966, art. 2º, alteração 1a):

I - os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para estabelecimentos industriais ou revendedores, observado o disposto na alínea “a” do inciso I do art. 14; e

*Ver art. 610 define o que se considera bens de produção.

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II - as cooperativas, constituídas nos termos da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização.

* Parecer Normativo CST 296/70: O comerciante equiparado a contribuinte só tem direito a se creditar do imposto relativamente aos produtos que são revendidos com destaque e pagamento do IPI.

* Parecer Normativo CST 534/70: Ex vi do disposto no inciso V do § 1º do art. 3º do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 61.514, de 12.10.1967 (RIPI), somente estão em condições de optar "os comerciantes que dêem saída a bens de produção definidos no art. 5º para outros estabelecimentos industriais ou revendedores". Uma vez adotada a opção, e enquanto prevalece esta, agirá o optante como contribuinte do Imposto, relativamente aos citados produtos (bens de produção) que saírem de seu

estabelecimento e que sejam destinados a industriais ou revendedores.

* Solução de Consulta nº 86/2005: Estabelecimentos equiparados a industrial. Constitui fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. Os estabelecimentos industriais quando derem saída a MP, PI e ME , adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrialização ou revenda, serão considerados estabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a estabelecimento industrial em relação a essas operações. Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para

estabelecimentos industriais ou revendedores.

* Solução de Consulta nº 142/2008 - Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção, os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção para estabelecimentos industriais ou revendedores. O exercício da opção será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, para sua inclusão como contribuinte do imposto. A desistência da condição de contribuinte do imposto será formalizada, também, mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ.

*Solução de Consulta nº 467/2009: Equiparam-se a estabelecimento industrial por opção os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, aí incluídas as matérias-primas, para estabelecimentos industriais ou revendedores. O exercício da opção será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -CNPJ, para sua inclusão como contribuinte do imposto.

* Solução de Consulta nº146/2010 -Ccomercial atacadista. bens de produção. nota fiscal. contribuintes. consumidor final. Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção, os estabelecimentos comerciais atacadistas que derem saída a bens de produção, incluídos no campo de incidência do IPI, para estabelecimentos industriais ou revendedores. Uma vez equiparado a industrial, o estabelecimento comercial atacadista assume a condição de contribuinte relativamente a todos os produtos, incluídos no campo de incidência do IPI, aos quais dê saída do seu estabelecimento.

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*Solução de Consulta nº 322/2010:. Equiparam-se a estabelecimento industrial por opção os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção para estabelecimentos industriais ou revendedores. Tal equiparação resulta na tributação de todos os bens de produção saídos do estabelecimento optante. O exercício da opção será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -CNPJ, para sua inclusão como contribuinte do imposto.

Opção e Desistência

Art. 12. O exercício da opção de que trata o art. 11 será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, para sua inclusão como contribuinte do imposto.

Parágrafo único. A desistência da condição de contribuinte do imposto será formalizada, também, mediante alteração dos dados cadastrais, conforme definido no

caput.

* Decisão nº 165/2000 - Equiparação por opção. Desistência. A desistência da equiparação a estabelecimento industrial já se opera desde o momento em que a interessada formaliza a solicitação junto ao órgão fazendário. A partir da desistência, o estabelecimento não mais se creditará do imposto nas compras, não mais o deverá na saída, bem como promoverá, de imediato, o estorno dos créditos em sua escrita, relativamente aos produtos que possui em estoque.

Art. 13. Aos estabelecimentos optantes cumprirá, ainda, observar as seguintes normas:

I - ao formalizar a sua opção, o interessado deverá relacionar, no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências - Modelo 6, os produtos que possuía no dia imediatamente anterior àquele em que iniciar o regime de tributação ou a ele anexar relação dos referidos produtos;

II - o optante poderá creditar-se, no livro Registro de Apuração do IPI, pelo imposto constante da relação mencionada no inciso I, desde que, nesta, os produtos sejam discriminados pela classificação fiscal, seguidos dos respectivos valores;

III - formalizada a opção, o optante agirá como contribuinte do imposto, obrigando-se ao cumprimento das normas legais e regulamentares correspondentes, até a formalização da desistência; e

IV - a partir da data de desistência, perderá o seu autor a condição de contribuinte, mas não ficará desonerado das obrigações tributárias decorrentes dos atos que haja praticado naquela qualidade.

*Solução de consulta 146/2010 – Comercial atacadista equiparado por opção, estão incluídos no campo de incidência do IPI relativamente a todos os produtos.

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* Solução de consulta 322/2010 – O exercício da opção será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no CNPJ, para inclusão como contribuinte do imposto.

* Instrução Normativa SRF nº 259/2002 - Estabelece normas relativas ao aproveitamento do crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) relativo aos produtos existentes em estoque, no momento em que o estabelecimento passa a ser equiparado a industrial.

Estabelecimentos Atacadistas e Varejistas

Art. 14. Para os efeitos deste Regulamento, consideram-se (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, § 1º, e Decreto-Lei nº 34, de 1966, art. 2º, alteração 1a):

I - estabelecimento comercial atacadista, o que efetuar vendas:

a) de bens de produção, exceto a particulares em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso;

b) de bens de consumo, em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; e

c) a revendedores; e

II - estabelecimento comercial varejista, o que efetuar vendas diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a vinte por cento do total das vendas realizadas.

TÍTULO III

DA CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS

Art. 15. Os produtos estão distribuídos na TIPI por Seções, Capítulos, Subcapítulos, Posições, Subposições, Itens e Subitens (Lei nº 4.502, de 1964, art. 10).

* Instrução Normativa RFB nº 740/07 - Dispõe sobre o processo de consulta relativo à interpretação da legislação tributária e aduaneira e à classificação de mercadorias no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

* Estrutura e Composição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são

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formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.

A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) obedece à seguinte estrutura:

Exemplo: Código NCM: 0104.10.11

Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:

Seção I à ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulo 01 à Animais vivos

Pos ção i 0104 à Animais vivos das espécies ovina e caprina

Subposição 0104.10 à Ovinos

Item 0104.10.1 à Reprodutores de raça pura

Subitem 0104.10.11 à Prenhe ou com cria ao pé

* DECISÃO Nº 239 /1998 - Classificação fiscal de mercadorias. destaque “Ex”. A existência de destaque “Ex” em um determinado código da TIPI/96, relativo a um produto ou grupo de produtos classificável neste código, implica a utilização da alíquota prevista no destaque, para cálculo do IPI incidente, sempre que o produto esteja descrito no texto do “Ex” considerado.

* Solução de Consulta nº 8/2004 - Destaque “Ex”. Enquadram-se no “Ex 01” do código 8481.10.00 da Tipi, as válvulas redutoras de pressão que em função de suas características e propriedades intrínsecas sejam próprias para uso nas máquinas e veículos autopropulsados dos códigos 84.29, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06 da mesma tabela. O enquadramento no referido “Ex”, portanto, não se dá em razão da qualidade do adquirente/destinatário dos bens. A determinação oficial se um dado produto está compreendido em destaque “Ex” da Tipi é matéria a ser decidida apenas em consulta específica de classificação fiscal de mercadorias.

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