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OS IMPACTOS DAS BARREIRAS COMERCIAIS NAS ATIVIDADES DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DO BRASIL

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OS IMPACTOS DAS BARREIRAS COMERCIAIS NAS ATIVIDADES

DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DO BRASIL

Acadêmica: Katiane Camila Silva Amaral1 Orientador: Prof. Ms. Robson da Rocha Andrade2

RESUMO

Os conceitos que giram em torno do comércio exterior no Brasil ainda são pouco difundidos apesar de ser um país referências nas atividades de importação e exportação. Esse fato acaba fazendo com que empresários se envolvam em atividades de importação e exportação sem um conhecimento prévio ou um estudo inicial e terminem não prosperando em seus negócios. O presente estudo objetivou realizar uma análise descritiva das principais barreiras comerciais que dificultam a operacionalização das atividades de exportação realizadas pelas empresas brasileiras por meio da reunião de conceitos a respeito das barreiras comercias escritos pelos principais autores da área do comércio exterior brasileiro, da associação das barreiras comerciais do Brasil com as leis que regem o comércio exterior no país e através da descrição das principais dificuldades impostas pelas barreiras comerciais nas atividades de importação e exportação no país. Os procedimentos metodológicos adotados foram a pesquisa descritiva, com procedimentos bibliográficos e abordagem qualitativa. Como principais resultados podemos afirmar que as barreiras comerciais apresentam um elemento que impede a plena realização das atividades de importação e exportação dependendo da relação comercial adotada.

Palavras-chave: Comércio exterior. Barreiras comerciais. ABSTRACT

The concepts that revolve around foreign trade in Brazil are still little known, despite being an exported country in import and export activities. This fact causes entrepreneurs to engage in import and export activities without prior knowledge or an initial study and end up not thriving in their business. This study aimed to perform a descriptive analysis of the main trade barriers that hinder the operationalization of activities exported by Brazilian companies through the gathering of concepts and the respect of trade barriers written by the main authors of the Brazilian foreign trade area, the trade barriers association. of Brazil with laws governing foreign trade in the country and now describe the main difficulties imposed by trade barriers in import and export activities in the country. The methodological procedures adopted were a descriptive research, with bibliographic procedures and qualitative approach. As the main results may indicate that the trade barriers present an element that prevents a complete accomplishment of the import and export activities that apply to the adopted trade relation.

Keywords: Foreign Trade. Trade barriers.

1 Acadêmica do Curso de Administração da FAPAN – Faculdade do Pantanal 2 Prof.° Ms. Robson da Rocha Andrade – Prof.° da FAPAN (Orientador)

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1 INTRODUÇÃO

O crescimento e o desenvolvimento econômico de um país leva em consideração o Produto interno bruto (PIB) e o Índice de desenvolvimento humano (IDH) de uma nação, o que faz com que sua interação com outros países faça parte desse processo. Dessa forma, a abertura do mercado local para o comércio de produtos e serviços tem grande atuação na ampliação do desempenho internacional, colaborando para o crescimento do país no que diz respeito a execução de atividades de importação e exportação.

Apesar de não possuir uma definição específica, podemos definir uma barreira comercial como sendo uma série de medidas, regulamentos, leis e práticas governamentais onde sua atuação é restringir o comercio exterior. Com tais medidas, uma barreira é criada com o objetivo de proteger e valorizar o mercado interno, impedindo o comércio globalizado.

Atualmente as questões sobre barreiras comerciais têm ganhado grande enfoque e sendo amplamente discutidas, levando em consideração sua complexidade sobre as burocracias ao realizar a exportação e tentando entender por que tal ação dificulta o comércio exterior. Diante disso, surge a seguinte indagação: Quais são os impactos causados pelas barreiras comerciais nas atividades de importação e exportação do Brasil? constituindo a problemática a ser respondida com esse estudo.

O objetivo deste trabalho é realizar uma análise descritiva das principais barreiras comerciais que dificultam a operacionalização das atividades de exportação realizadas pelas empresas brasileiras. A concretização dessa ação foi direcionada pelos seguintes objetivos específicos: reunir os conceitos a respeito das barreiras comercias escritos pelos principais autores da área do comércio exterior brasileiro; associar as barreiras comerciais do Brasil com as leis que regem o comércio exterior no país; descrever as principais dificuldades impostas pelas barreiras comerciais nas atividades de importação e exportação no país.

O presente estudo se justifica pela profunda necessidade de se discutir temas relacionados ao comércio exterior, uma vez que ainda são pouco difundidos e consequentemente pouco conhecidos. O Brasil realiza de forma intensa as atividades de importação e exportação por isso é essencial que os cidadãos brasileiros tenham um conhecimento mínimo de tais termos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O comércio é praticado desde os princípios civis e sociais com a finalidade de restringir, ao máximo, a entrada de produtos do exterior o que faria com que a concorrência estrangeira diminuísse, assim configurou-se o chamado protecionismo, buscando favorecer as atividades internas de um país, propiciando o desenvolvimento da indústria nacional. Tais vantagens dizem respeito aos benefícios ofertados pelo Governo de determinada nação cujo objetivo era fazer com que a indústria do país se fortalecesse e tivesse condições de concorrer com produtos oriundos do mercado exterior, o que impulsionaria a prática da atividade de exportação. As cotas de importação, as restrições voluntárias às exportações e a criação de barreiras não tarifárias são exemplos dos incentivos concedidos pelo Governo (WILLIAMSON, 1996).

Segundo Nogueira (2006), por possuírem maior atuação no mercado consumidor, os países considerados desenvolvidos são os que mais praticam o princípio do protecionismo de acordo com suas legislações. A Organização mundial do comércio (OMC) assumiu a responsabilidade de promover discussões a respeito dessa temática no intuito de regulamentar tais atos para conter problemas futuros, mas os acordos entre os países ainda não foram firmados (NOGUEIRA, 2006).

Em seus estudos, Barral (2002, p.13) contribui para o desenvolvimento do tema em questão ao dizer que

A evolução comercial está em constante movimento, facilidades de acesso e até mesmo restrições a determinados produtos desenvolvem-se juntamente com essa liberdade comercial. Infelizmente mesmo com a adesão de muitos países à OMC, a procura e desenvolvimento de mecanismos para impedir as importações de determinado produto e/ou proteger sua produção interna é crescente e, algumas barreiras são permitidas e regulamentadas pela OMC, desde que não sejam abusivas nem proibitivas, tais como as barreiras tarifárias e técnicas, que visam o bem-estar social. No entanto, existem barreiras não tarifárias ou fitossanitárias, que também impedem ou restringem a entrada de produtos de outros países e fazem parte de um conjunto de medidas, para desestimular determinado movimento comercial. Os subsídios à produção interna também podem ser vistos como uma forma de barreira em alguns países (BARRAL, 2002, p.13).

Assim sendo, os estudo de Barral (2002) contribuem para um melhor entendimento a respeito dos debates que giram em torno das economias que adotam o princípio do protecionismo. Oliveira (2002), por sua vez, salienta que além das discussões geradas ao redor da existência do livre comércio, há ainda um certo jogo subliminar envolvendo a aplicação das chamadas tarifas invisíveis, também conhecidas como métodos não tarifários cujo

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objetivo é impedir que os países que se encontram em processo de desenvolvimento alcancem mercados já desenvolvidos.

Uma das funções básicas do governo é garantir o bem estar social da população, deste modo a adoção de normas, regras e regulamentos a respeito de determinados produtos devem ser adotadas tendo como objetivo fundamental fazer com que a população atinja o estado de bem estar, com direito a segurança e ao meio ambiente equilibrado. Apesar disso, deve-se tomar o cuidado para que tais regras não prejudiquem a relação comercial entre os países ao se tornarem barreiras comerciais, por isso há a necessidade de se seguir padrões definidos a nível internacional (THORSTENSEN, 2003).

Desta forma, segundo estudos desenvolvidos por Garrido (2004) a respeito das discussões promovidas para a padronização das leis do mercado exterior, somente quando os regulamentos que tratam das relações de comércio exterior fizerem com que haja acesso da população à segurança, ao meio ambiente e ao bem estar social é que os objetivos da Organização mundial do comércio (OMC) através do Acordo sobre barreiras técnicas serão atingidos.

3 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos de uma pesquisa podem ser classificados de acordo com o seu objetivo, procedimentos e abordagem. É de extrema importância que tais procedimentos sejam muito bem definidos uma vez que são os responsáveis por demonstrar os caminhos percorridos pelos pesquisadores na busca pela concretização dos objetivos propostos.

No que diz respeito a classificação do estudo com relação ao seu objetivo, trata de um estudo descritivo, onde o “Manual Sobre Barreiras Comercias e aos Investimentos” elaborado pela ApexBrasil (Agencia brasileira de promoção exportação e investimentos), foi a base teórica para a realização da pesquisa por se tratar de um artigo criado como manual sobre barreiras comerciais e burocracias.

No que tange aos procedimentos da pesquisa, trata-se de um estudo bibliográfico onde Raup e Beuren (2006, p. 87) afirmam que “o material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo, tais como jornais, revistas, livros, monografias, dissertações, teses, entre outros. Por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática pesquisada”.

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Quanto a abordagem do estudo, trata-se de uma pesquisa qualitativa pois objetiva realizar análises de conceitos de inúmeros autores da área pesquisada. Para Richardson (1999, p.80) a abordagem qualitativa tem como objetivo “descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interpretação de certas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.

Além do “Manual Sobre Barreiras Comercias e aos Investimentos” da ApexBrasil, foi realizada coleta de dados em artigos científicos no período de agosto a outubro do ano de 2019. Estes foram analisados detalhadamente e pontuados de forma relevante.

4 DISCUSSÕES

4.1 Análise das Barreiras comerciais

As barreiras comerciais não possuem uma definição especifica, mas pode ser entendida não só como práticas e medidas realizadas com o intuito de minimizar o acesso a bens e serviços estrangeiros, mas também utilizada para preservar a harmonia da população, logo favorecendo o mercado interno e podendo ser originalmente criada pelo setor público ou privado.

É importante ressaltar que essas barreiras podem possuir formas diferentes da sua real aplicabilidade seja na aquisição de compra ou venda internacional, podendo ser notada como grandes exigências e altos impostos na saída do produto do seu pais de origem e na entrada do produto no mercado alvo.

Entretanto, apesar de sua alta restrição, existem algumas medidas que podem ser utilizadas seguindo alguns limites para absorver as barreiras e impedir que a mesma interfira na exportação ou importação de produtos, exemplo disso são as barreiras tarifarias e não tarifarias.

Não podemos dispensar o fato de que nem sempre as barreiras comerciais serão mandatórias ou ilegítimas, o ponto chave, portanto, é reconhecer quando acontece o desregramento em sua inserção, ou ainda quando é notado oportunidades de exclusão dessas medidas através de negociações.

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Nem sempre as barreiras comerciais são permitidas, no entanto os países fazem com que essa barreira apreça importante para o pais, seja economicamente ou para a manter a saúde de sua população, maquiando e justificando os detalhes, deste modo defendem suas normativas até que pareçam ser legais. A respeito disso, essa prática vem se tornado grande refúgio aos países que utilizam barreiras exageradas, mas isso não acontece com todas, outras são permitidas legalmente pelas normas do comércio.

Apesar de aparentar uma simples informação, mas a descrição no rótulo de um produto e descrição de sua origem pode influenciar na economia do pais. Para esclarecer melhor, podemos analisar o fato de quando uma empresa prefere importar ao invés de adquirir produtos do Brasil, sem dúvidas estará toda uma cadeia de processos e serviços realizados neste âmbito. Porém, não existe nada de errado quando se é dado preferência a empresas estrangeiras. Fica claro que as empresas buscam o que atende seus interesses, assim não dando prioridade a produtos fabricados em sua região.

Já no âmbito governamental, isso é visto com um prisma crítico. Para ele, é fundamental que empresas brasileiras apoiem empresas brasileiras assim trazendo um maior retorno econômico além da geração de renda para os colaboradores, ao invés de comprar produtos de empresas estrangerias iguais aos fabricados no Brasil. Note que aqui é gerado o pensamento de bloqueio referente ao aumento de competitividade dentro do país.

Em uma linha de pensamento voltado ao governo, imaginamos que as empresas que trabalham para fabricar os produtos importados estão tirando a oportunidade das empresas brasileiras que poderiam estar trabalhando para fabricar os produtos no pais. E realmente este cenário pode ser visto, à medida que o governo permite a entrada desordenada dos produtos importados. Mas na tentativa de minimizar este impacto local, é implantado barreiras comercias contra os produtos que atinge diretamente as empresas brasileiras.

4.2 Análise da classificação das Barreiras comerciais

Devido a diversidade das barreiras impostas em cada país, não existe uma maneiro concisa para defini-las. Para os fins deste artigo, iremos mencionar apenas as barreiras tarifárias, não tarifarias entre outras. Além disso, iremos auxiliar o entendimento de cada barreira citada com exemplos simples e de fácil entendimento.

No quadro 1 estão descritas as barreiras tarifárias, não tarifárias e barreiras com maior relevância ao exportador brasileiro:

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Quadro 1: Barreiras comerciais

BARREIRAS COMERCIAIS

Tarifárias Não Tarifárias Outras Barreiras

Imposto de Importação Restrições quantitativas Controle de preços Imposto de exportação Regulamentos técnicos Procedimentos aduaneiros

Quotas tarifárias de

exportação Medidas sanitárias e fitossanitárias Tributação interna Quotas tarifárias de

importação Serviços -

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

As barreiras comerciais são resultadas de muitos anos de negociação com o mercado externo e hoje são vistas como as burocracias entre os países. Logo após a 2º Guerra Mundial foi estabelecido um acordo, sendo Acordo Geral que se trava de tarifas aduaneiras e Comércio de 1947, tendo em vista o combinado, os países assumiram um acordo de reduzir as tarifas que eram aplicadas sobre a importação de matérias.

Nessa época, o imposto cobrado era muito elevado sendo o primeiro impasse ao comercio internacional. Assim objetivando minimizar as burocracias, foram criados pelos países signatários do GATT várias negociações e finalizaram com resultados satisfatórios.

Em paralelo, porém, tornaram-se mais relevantes diversos tipos de barreiras não tarifárias, às quais muitos países passaram a recorrer com maior frequência para proteger setores da economia contra a concorrência estrangeira. Assim, passou a ser necessário negociar disciplinas mais aprofundadas sobre tais barreiras.

O auge dessas negociações sobre barreiras tarifárias e não tarifárias se deu na Rodada Uruguai, entre 1986 e 1994. Para garantir a implementação do grande número de acordos negociados, foi criada a OMC, que não apenas substituiu o GATT como foro de contínuas negociações entre seus membros, como também possui um eficaz sistema de solução de controvérsias para assegurar a observância das complexas regras do comércio internacional.

Além das regras multilaterais da OMC, os países negociam acordos comerciais em âmbito regional e bilateral. Além de eliminar tarifas no comércio regional ou bilateral, alguns desses acordos trazem disciplinas mais abrangentes que aquelas previstas na OMC, exemplo disso é nos investimentos.

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4.3 Análise das Barreiras tarifárias

As barreiras tarifárias são caracterizadas por restringir o comércio através de impostos solicitados a importação ou exportação de materiais. São definidos como imposto de Importação II, Imposto de Exportação IE, Quota Tarifária de Exportação QTE e Quota Tarifária de Exportação QTI

O quadro 2 compara as diferenças entre as barreiras tarifarias e aponta sua usabilidade.

Quadro 2: Diferenças entre as Barreiras tarifárias BARREIRAS

TARIFÁRIAS USUABILIDADE APLICAÇÃO

Imposto de Importação II

Entrada do produto

Mesma alíquota aplicada a todas as unidades Imposto de

Exportação IE

Saída do produto Quota Tarifária de

Exportação QTE

Alíquota menor é aplicada a uma quantidade limitada do produto; para quantidades importadas ou exportadas além da quota, aplica-se à alíquota maior Quota Tarifária de

Exportação QTI

Entrada do produto

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

4.3.1 Impostos de importação

O imposto de importação é uma das principais barreiras aplicáveis no Brasil, sua aplicabilidade é realizada com base em acréscimo sobre o valor dos produtos importados ou ainda como um determinado valor sobre a quantidade do produto importado.

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Porém existe algumas exceções sobre as tarifas aplicadas sobre o produto importado, sendo limitadas através do comprometimento que o país importador tem acordado com outros países. Esses compromissos consolidados entre outros países trazem vários benefícios, bem como: tratar os parceiros de forma não discriminatória, assim caso o país atuante diminua a tarifa a ser paga em um determinado produto para um destino especifico, essa mesma tarifa também deverá ser aplicada a todos os outros países integrantes do acordo.

É importante ressaltar que, no entanto, a possibilidade de aplicar tarifas preferenciais aos países que sejam membros de acordos bilaterais ou regionais que formem áreas de livre comércio ou uniões aduaneiras (a exemplo do MERCOSUL). Outra ressalva importante é que pode haver tratamento preferencial no âmbito do Sistema Generalizado de Preferências (SGP) ou do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC). Por meio do SGP, países desenvolvidos podem aplicar tarifas reduzidas, unilateralmente, a produtos de países em desenvolvimento beneficiários. O SGPC funciona do mesmo modo, mas entre países em desenvolvimento. Hoje, certos bens exportados pelo Brasil se beneficiam do SGP dos seguintes países: Austrália, Comunidade Econômica da Eurásia, EUA, Japão, Noruega, Nova Zelândia e Suíça.

4.3.2 Imposto sobre exportação

O imposto sobre exportação é aplicável a todos os produtos que possuem seu destino final diferente do pais de origem. Aqui temos um imposto que não se limita pelo acordo aplicado na OMC, no entanto é vedado sua forma discriminatória, ou seja, não podem ser aplicadas alíquotas distintas dependendo do país de destino final.

Na indústria brasileira, este imposto pode se tornar um grande vilão em duas situações especificas, bem como citado abaixo:

 Para os produtos importado utilizado como insumo na indústria brasileira = Custo adicional no preço do produto final.

 Produto exportado pela indústria brasileira tem tributo ao sair do pais de origem = Custo extra para os exportadores.

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Aqui as tarifas são aplicadas preferencialmente pela determinada quantidade de produtos a ser exportado. A tarifa diferenciada aplicada à quantidade que excede a quota é maior que a tarifa aplicada à quota, podendo inviabilizar as exportações que estejam além do limite quantitativo admitido.

Porém quotas de exportação podem ser admitidas em ocasiões excepcionais, como por exemplo evitar o desabastecimento alimentícios ou básicos para sobrevivência humana. Com isso as maiores quantidades de produtos ofertados serão mantidas no mercado local, na qual pode minimizar o preço.

4.4. Análise das Barreiras não tarifárias

As barreiras não tarifarias podem ser definidas como as restrições impostas ao comercio divergentes das barreiras tarifarias, ressaltamos essa barreira é tão importante como as barreiras tarifárias e as quotas. Porém sua aplicabilidade é mais complexa que as demais, citamos agora as principais barreiras não tarifarias que atinge o comercio brasileiro.

4.4.1 Regulamento técnico

Esse regulamento caracteriza por conter normas a serem seguidas pelos produtos ou processos de produção, porém pode também estabelecer requisitos de embalagem e rotulagem dos produtos. As avalições das mercadorias podem gerar custo não só na exportação como também para os importadores.

Especialmente esses regulamentos são criados pelo governo, proteção ao consumidor e áreas da saúde, mas para isso o mesmo deve ser aplicado de forma não discriminatória entre os produtos nacionais e internacionais.

Sobre a legitimidade dos regulamentos técnicos, deve levar em conte se o produto oferece risco a saúde além de se basear em critérios técnicos.

4.4.2 Sanitário e Fitossanitário

Essas barreiras são aplicadas com objetivo básico de proteger a saúde humana, proteger a vida e saúde humana de doenças que podem ser transmitidas pelos animais, pragas e principalmente evitar danos ao país devido a entrada de produtos infectados com doenças.

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Para garantir que esses objetivos sejam realmente eficazes, é importante que os países apliquem técnicas de controle rigoroso além de incluir as inspeções nos produtos a serem exportados e também nos importados. Como forma de evitar esses danos se torna normal a exigência de teste de laboratórios, declarações de qualidade entre outros aspectos adotados que podem gerar custo extra na hora de exportar.

As medidas sanitárias e fitossanitárias podem ser adotadas e nem sempre serão Consideradas uma barreira ilegítima ao comércio. Para que sejam admitidas, devem ter justificativa científica e não podem servir como uma forma de proteger produtores nacionais ou discriminar injustificadamente entre exportadores de diferentes países.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos notar a importância do comércio exterior para o crescimento do país praticante, bem como o melhor desenvolvimento local. Desta forma observamos que a barreira comercial tem uma atuação importante no Brasil, porém somente quando aplicada de forma correta, mas identificamos que seu lado negativo quando a alta burocracia e custo elevado.

As barreiras comerciais ainda são vistas como grandes obstáculos para o acesso a produtos e merco estrangeiro para as pequenas e médias empresas que desejam engrenar na exportação de produtos. Assim, o entendimento sobre as principais barreiras comerciais e sua aplicabilidade pode contribuir para que as empresas brasileiras identifiquem os obstáculos que dificulta a empresa na hora de exportar.

Ressaltamos que se alguma empresa for prejudicada por qualquer obstáculo ao exportar, é importante que informe as autoridades responsáveis, para que então a situação seja analisada e solucionada da melhor forma possível conforme cada processo. É de suma importância também que os empresários realizem pesquisas de mercado antes de se aventurarem pelos caminhos do comércio exterior.

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Portanto, espera-se que o presente estudo seja adotado e utilizado para ajudar as pessoas e empresas a terem um contato maior com os conceitos que circundam o comércio exterior. Para a realização de estudos futuros, sugere-se que sejam feitas pesquisas sobre as barreiras comerciais a nível local, isto é, no município de Cáceres que possui empresas que praticam a atividade de exportação.

REFERÊNCIAS

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