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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 40 Janeiro 2012

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Federação do Comércio do Paraná

CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

Os países do Euro em dificuldade não está conseguindo a recuperação esperada, com a velocidade necessária. Essa incapacidade repercute sobre um contexto econômico globalizado, altamente interdependente, gerando um efeito “dominó” não só no contexto europeu mas também impactando as economias emergentes, que até o momento vem conseguindo “blindar” suas economias em relação às limitações dos países desenvolvidos. Não se espera soluções de curto prazo mas, no mínimo, indicadores conjunturais que sinalizem uma inversão da tendência. Mas isto não vem se materializando. Há uma expectativa de que o compromisso assumido no final de novembro p.p. pelos Bancos Centrais de países desenvolvidos, de atuação integrada em benefício recíproco, possa amenizar a crise, em paralelo aos indicadores de melhoria, ainda que tênues, na economia dos EUA.

O Brasil dispõe de indicadores econômicos mais sólidos que os dos países da União Europeia. Mesmo assim, teve que revisar suas expectativas. É o caso da inflação anual, do desempenho do PIB e menor geração de empregos. As alterações recentes no câmbio elevaram a dívida de empresas com empréstimos externos, pois o dispêndio em reais-R$ é maior. A crise externa produziu fatores restritivos para os exportadores brasileiros, mesmo com valorização do dólar-US$ frente ao real-R$ (e maior poder de compra) amenizando parte da queda nas exportações. Por outro lado, as importações se tornaram mais caras, fator que poderá influenciar a inflação, considerando o elevado percentual de participação dos produtos do exterior no processo produtivo nacional e na demanda final. A crise também respinga na cotação das commodities, que vinham com bom desempenho, mas que caíram na cotação por conta da redução das importações da União Europeia e Estados Unidos (minério de ferro, celulose, etc.). O suco de laranja exportado pelo Brasil está sob avaliação técnica nos EUA, em função da intensidade de defensivos agrícolas. Desde que produtos brasileiros sofram limitações nas exportações, que possam redirecionar a produção para o mercado interno, poderá até ocorrer uma queda de preços em alguns segmentos por conta do provável excedente doméstico de oferta, mesmo que circunstancial e de curto prazo. A fim de reaquecer a economia brasileira, o governo adotou em novembro p.p. reduções tributárias para elevar o consumo, iniciando pelo incentivos à “linha branca”, cortando o IPI e ampliando financiamento ao setor. A importação de veículos que não se enquadre nos 65% de nacionalização tem um adicional de IPI, sinalizando que o governo não deseja o surgimento aqui das limitações existentes em outros países.

O COPOM manteve a política de queda nos juros iniciada em agosto p.p. : em janeiro/2012 a SELIC caiu para 10,5%, com horizonte de um dígito, confirmando a intenção do Banco Central de reduzir juros para enfrentar contenções na demanda interna ou elevação de preços no curto prazo. O governo combina políticas fiscais e monetárias voltadas ao reaquecimento e mantém como objetivos principais da sua política econômica: expansão do emprego, incentivos à atividade produtiva e continuação dos programas de financiamento habitacional e manutenção da demanda agregada no mercado interno, mesmo com alguma elevação nos preços.

O desempenho da economia brasileira em 2011 permite concluir que o comércio varejista brasileiro e paranaense foram pouco contaminados pela crise dos países desenvolvidos.

Assessoria Econômica. Janeiro de 2011.

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Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 06

1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná

1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada 06 06 07 08 2. Mercado de Trabalho

2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense

2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego 09 09 10 11 12 13 14 3. Nível de Salário

3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

15 15 16 4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação 17 17 17 18

5. Taxa de Juros e Poupança 19

6. Mercado de Ações 20 7. Risco País 21 8. Variação do Dólar 22 II Atividade Empresarial 23 9. Comércio Varejista 9.1 Desempenho em Novembro de 2011 23 23

10. Abertura de Empresas no Paraná 28

11. Falências Decretadas no Brasil 29

12. Crédito: Demanda e Inadimplência 12.1 Demanda de Crédito

12.2 Inadimplência

30 30 30 13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

III Relações com o Exterior 32

14. Comércio Exterior Brasileiro 32

15. Comércio Exterior Paranaense 35

16. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 39 17. Dívida Externa Brasileira

17.1 Distribuição da Dívida:Governo e Setor Privado

40 40 18. Reservas Cambiais 41 IV Setor Público 42 19. Arrecadação do Governo 42 20. Superávit Primário 43 21. O ICMS no Paraná 44

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Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 06

02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 07

03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 07

04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 08

05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 19

06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10

07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 11

08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 12

09 Paraná: Empregos Gerados 13

10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 14

11 Brasil: Salário Mínimo 15

12 Paraná: Salário Mínimo 16

13 Índice de Preços 17

14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 18

15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 19

16 Poupança 19

17 Bolsa de Valores de São Paulo 20

18 Risco País 21

19 Variação do Dólar 22

20 Variação das Vendas em Novembro de 2011 24

21 Vendas em Novembro – 2011 Comparadas ao Mês Anterior 26

22 Vendas em Novembro – 2011 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 26

23 Vendas Acumuladas no ano de 2011 Comparadas ao ano de 2010 26

24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-PR 27

25 Abertura de Empresas no Paraná 28

26 Falências no Brasil 29

27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 30

28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 30

29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

30 Brasil: Balança Comercial 32

31 Brasil: Intercâmbio Comercial 33

32 Paraná: Balança Comercial 35

33 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 36

34 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2011 36

35 Paraná: Corrente de Comércio 36

36 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 37

37 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2011 37

38 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2011 37

39 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 38

40 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2011 38

41 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 39

42 Dívida Externa Brasileira 40

43 Brasil: Participação da Dívida Externa 40

44 Brasil: Reservas Cambiais 41

45 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 42

46 Participação da Carga Tributária no PIB 42

47 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 43

48 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 44

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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

Em 2011, o PIB brasileiro dos três primeiros trimestres foi bom em relação ao mesmo trimestre de 2010 mas, inferior ao trimestre imediatamente anterior. O 3. º tri/2011 teve crescimento zero sobre o 2.º. O 1.º tri/2011 foi maior que cada um dos três primeiros trimestres de 2010; o 2.º tri/2011 superou os cinco trimestres anteriores (ver números na página seguinte).

O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5%, deflacionado, sobre 2009. O 4.º trimestre de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento, com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise. Os dados do 1.º trimestre de 2011 superaram igual período de 2010 (*).

Os três principais setores da economia cresceram bastante em 2010, na ótica da oferta agregada: Agropecuária: 6,5%; Indústria: 10,1%; Serviços: 5,4%. Importante para o país foi o comportamento dos investimentos que cresceram 21,8% em relação a 2009, indicando que investidores- nacionais e externos- encontraram bases consistentes na economia brasileira para aplicação de capital produtivo e não somente o especulativo vinculado aos juros reais altos.

O Comércio no Brasil em 2010 cresceu 10,7% (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao aumento do consumo das famílias, em especial das classes C, D, e E.

No Paraná, o PIB real cresceu 8,3% em 2010, superando 2009 no qual o índice foi -1,2%. É o maior crescimento da década. A participação do PIB paranaense no PIB brasileiro foi de 6,0%, uma melhora em relação aos dois anos anteriores, quando atingiu 5,9% em cada ano.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 27/01/2012) Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 27/01/2012)

(*) Os dados referentes ao 3.º trimestre de 2011 estão na Tabela 2.

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO

(Em R$ Milhões) Período Brasil Paraná Participação PR / BR (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior( %) Variação Real (%) 1 2 3 4 5 6 7 2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 -0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.031.864 13,9 5,2 179.270 10,9 4,3 5,9 2009 3.185.125 5,05 -0,6 189.269 5,5 -1,2 5,9 2010 3.674.964 15,3 7,5 220.368 16,4 8,3 6,0

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Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores

TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Sub-Setores 2010 2º Tri * 2010 3º Tri * 2010 4º Tri * 2010 Var (%) 2011 1º Tri * 2011 2º Tri * 2011 3º Tri AGROPECUÁRIA 49.757 43.538 37.706 6,5 46.242 62.377 46.635 INDÚSTRIA 223.784 243.342 243.721 10,1 223.612 243.193 252.698 1. Extrativa mineral 23.017 28.044 28.018 15,7 29.539 35.493 37.231 2. Transformação 129.758 140.210 138.980 9,7 122.908 131.068 133.951 3. Construção civil 45.153 48.306 49.441 11,6 45.419 50.085 53.753 4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 25.857 26.782 27.282 7,8 25.746 26.547 27.762 SERVIÇOS 521.438 538.623 593.400 5,4 547.797 588.292 591.746 1. Comércio 100.961 104.032 108.625 10,7 104.815 111.126 113.786 2. Transporte, armazenagem e correio 40.185 39.660 43.803 8,9 42.136 44.428 46.229 3. Serviços de informação 25.591 26.438 27.686 3,8 24.759 26.898 26.863 4. Atividades imobiliárias e aluguel 62.356 63.533 66.189 1,7 66.477 68.820 70.264 5. Administração, saúde e educação públicas 123.913 124.422 156.815 2,3 128.601 142.592 137.720 6. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 58.244 62.255 64.092 10,7 64.063 65.961 66.289 7. Outros serviços (2) 110.188 118.282 126.191 3,6 116.946 128.468 130.595

Impostos líquidos sobre

produtos 132.118 137.936 149.153 12,5 144.421 149.665 155.628

PIB : preços de mercado 521.438 538.623 593.400 7,5 547.797 588.292 591.746

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 27/01/2012)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 27/01/2012) (1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

(*) Valores atualizados

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL Período Sobre o Trimestre Anterior * Sobre Mesmo Trimestre do ano Anterior * 2008 3º Tri 1,5 7,1 4º Tri -4,2 1,0 2009 1º Tri -1,7 -2,7 2º Tri 2,0 -2,4 3º Tri 2,5 -1,5 4º Tri 2,4 5,3 2010 1º Tri 2,0 9,3 2º Tri 1,6 8,8 3º Tri 1,0 6,9 4° Tri 0,7 5,3 2011 1º Tri 0,8 4,2 2º Tri 0,7 3,3 3° Tri 0,0 2,1

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Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada

A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno, resultante da soma de formação de capital fixo e variação de estoques; e 4) saldo da balança comercial, resultado de exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

O 3.º tri-2011 comparado ao anterior aponta queda nos seguintes componentes da demanda agregada: consumo do governo, investimento. O consumo de famílias e a balança comercial melhoraram. O consumo de famílias, indicador mais importante da demanda agregada supera os oito trimestres anteriores, mas demonstra queda na velocidade; o investimento (público e privado) que cresceu nos 2 últimos trimestres, caiu no 3.º/2011. A demanda agregada total dos três primeiros trimestres de 2011 supera igual período de 2010. A balança comercial negativa está, em parte, vinculada à valorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, aos rescaldos da crise em economias desenvolvidas e vantagem comparativa dos preços de bens importados. Aproximadamente 25% da demanda final brasileira ocorre sobre importados, que aqui chegavam com as vantagens da desvalorização do dólar no 1.º semestre de 2011 (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º semestre, há inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia da crise de julho/agosto de 2011, mais intensa em países da União Europeia e EUA. O novo cambio facilita exportações a partir de setembro.

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 27/01/2012) (*) Valores atualizados

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de Demanda 2009 4º Tri * 2010 1º Tri * 2010 2º Tri * 2010 3º Tri * 2010 4°Tri * 2011 1°Tri * 2011 2°Tri * 2011 3°Tri Consumo das famílias 521.661 532.301 548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 Consumo da administração pública (ou Governo) 216.507 170.540 186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 Investimento Bruto Interno 164.653 166.767 197.407 214.320 184.518 192.708 220.639 217.323 Formação bruta de capital fixo 166.938 164.627 178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 Variação de estoque -2.285 2.140 19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 Balança Comercial -7.211 -14.039 -5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 Exportações 85.685 84.459 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 Importações (-) 92.896 98.497 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 Demanda Agregada Total 895.610 855.569 927.097 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

Os dados de 2010 demonstram excelente desempenho, indicando superação da crise de 2008 e desempenho melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação, indicativo do aquecimento verificado na economia.

O desempenho do ano de 2011 mostra queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- devido a grande concentração de dispensas em dezembro, principalmente de trabalhadores temporários. Os principais empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*); 2.º) comércio; 3.º) indústria de transformação; 4.º) indústria da construção civil; 5.º) agropecuária.

Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 24/01/2012)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor 2007 2008 2009 2010 2011 INDÚSTRIA 588.853 393.179 195.070 916.427 467.374 Extrativa Mineral 9.762 8.671 2.036 17.715 19.510 Transformação 394.584 178.675 10.865 544.367 215.472 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.752 7.965 4.984 20.034 9.495 Construção Civil 176.755 197.868 177.185 334.311 222.897 SERVIÇOS 1.007.446 1.040.793 815.409 1.640.369 1.394.680 Comércio 405.091 382.218 297.157 611.900 452.077 Administração Pública 15.252 10.316 18.075 10.417 17.066 Outros Serviços (*) 587.103 648.259 500.177 1.018.052 925.537 AGROPECUÁRIA 21.093 18.232 -15.369 -1.375 82.506 OUTROS 0 0 0 0 0 TOTAL 1.617.392 1.452.204 995.110 2.555.421 1.944.560

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Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense

Em 2010 houve expressivo crescimento na criação de empregos no Paraná, aliás, o mesmo perfil da economia brasileira, indicando uma inversão nas restrições no mercado de trabalho verificadas em 2009. Em 2010 os destaques foram: outros serviços, indústria, e comércio

varejista. Em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi atendida, devido a qualificação

insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da remuneração e benefícios paralelos como: assistência-saúde, vale-alimentação, transporte e perspectiva de carreira; há pouco tempo, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Os números de dezembro/2011 estão abaixo do esperado, cabendo destacar os desligamentos de mão-de-obra temporária ao final do mês. No acumulado do ano, os empregos criados foram menores que os do ano anterior. Os números de 2011 refletem, em parte, as restrições nas economias europeias e EUA e , portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal no final do ano, voltadas à proteção e geração de emprego.

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 24/01/2012)

(1) Industria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil.

(2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,

alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Industria(1) Serviços Agropecuária e Outros Total Comércio Varejista Comércio Atacadista Administração Pública(2) Outros Serviços(3) 2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903 2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 Jan 8.652 -565 799 74 4.807 144 13.911 Fev 6.210 28 863 -41 7.511 -861 13.710 Mar 10.889 2.128 907 86 7.075 2.112 23.197 Abr 10.367 3.419 83 28 5.745 951 20.593 Mai 10.261 2.830 377 -23 4.847 839 19.131 Jun 4.149 873 111 25 3.469 1.819 10.446 Jul 6.440 2.008 261 -69 3.713 370 12.723 Ago 8.693 3.994 522 -11 7.804 395 21.397 Set 5.409 4.016 340 53 4.528 -308 14.038 Out 4.791 5.618 684 -21 4.119 -237 14.954 Nov 152 8.216 597 -8 3.784 -2.488 10.253 Dez -13.685 -1.258 -740 -16 -7.611 -4.945 -31.870 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Jan 9.878 -1.042 879 -29 5.460 -192 14.954 Fev 7.641 1.246 1.161 738 9.873 -858 19.801 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927 Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 24/01/2012)

(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED: 1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*)

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos) Mês Saldo Mensal Brasil Paraná 2011 Jan 152.091 14.954 Fev 280.799 19.801 Mar 92.675 13.927 Abr 272.225 20.837 Mai 252.067 16.789 Jun 215.393 6.777 Jul 140.563 8.830 Ago 190.446 14.251 Set 209.078 13.157 Out 126.143 11.569 Nov 42.735 5.663 Dez -408.172 -34.186

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2011

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 24/01/2012)

TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2011

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos) Setores Brasil Paraná Saldo em Nov Saldo em Dez Saldo em Nov Saldo em Dez Extrativa Mineral 129 64 31 -2 Ind. Transformação -54.306 -146.004 -2.488 -14.516

Serviços de Utilidade Pública -171 -1.309 121 -4

Construção Civil -22.789 -77.479 -1.174 -4.590 Comércio 107.920 -7.785 7.471 -3.515 Serviços 53.999 -84.096 3.766 -8.116 Administração Pública 250 -17.481 3 -198 Agropecuária -42.297 -74.082 -2.067 -3.245 TOTAL 42.735 -408.172 5.663 -34.186

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 24/01/2012)

(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Saldo do Comércio (*) Variação em Relação ao Mês Anterior (%) Saldo Acumulado no ano 2010 --- --- --- Jan 234 113,15 234 Fev 891 280,77 1.125 Mar 3.035 240,63 4.160 Abr 3.502 15.38 7.662 Mai 3.207 -8,42 10.869 Jun 984 -69,31 11.853 Jul 2.269 130,58 14.122 Ago 4.516 99,03 18.638 Set 4.356 -3,54 22.994 Out 6.302 44,67 29.296 Nov 8.813 39,84 38.109 Dez -1.998 -91,84 36.111 2011 --- --- --- Jan -163 1.225,76 -163 Fev 2.407 1.476,68 2.244 Mar 1.300 -45,99 3.544 Abr 3.676 182,77 7.220 Mai 2.894 -21,27 10.114 Jun 1.428 -50,66 11.542 Jul 2.156 50,98 13.698 Ago 3.324 54,17 17.022 Set 4.850 45,91 21.872 Out 4.693 -3,24 26.565 Nov 7.471 59,19 34.036 Dez -3.515 -147,05 30.521

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2. MERCADO DE TRABALHO 2.6. Taxa de Desemprego

O desemprego em dezembro: 4,7%, é o menor índice do ano e a menor taxa mensal desde a reformulação da pesquisa em 2002. No ano, o desemprego verificado foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego encontram lugar de trabalho na economia. Em 2010, o desemprego médio no ano no Brasil foi o menor desde 2006. Verifica-se atualmente para alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo, considerando-se os que chegam em busca do primeiro emprego.

Para a RM de Curitiba, os dados do IPARDES em 2011, são melhores que 2010. Há uma queda consistente no desemprego também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras no contexto econômico. A RM de Curitiba apresenta em 2011, mês a mês, desempenho melhor que o brasileiro.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 26/01/2012) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 27/01/2012)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO Período Taxa de Desemprego Variação % Brasil RM Curitiba (1) 2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 Jan 7,2 5,4 Fev 7,4 5,6 Mar 7,6 5,5 Abr 7,3 5,0 Mai 7,5 5,2 Jun 7,0 4,8 Jul 6,9 4,3 Ago 6,7 4,5 Set 6,2 3,5 Out 6,1 3,4 Nov 5,7 3,4 Dez 5,3 2,8 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil

O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 28/10/2011)

O salário mínimo –SM-, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito Federal); os estados foram divididos em regiões, num total de 50 regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país.

A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999. Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram que não houve perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial. (2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000. Consulta em 27/10/2011).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Início da Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07 2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41 2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21 2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77 2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32 2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81 2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54 2012 622,00 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 28/10/2011) S A LÁ R IO M Í N IM O - B R A S IL X P A R A N Á R$ 817,78 R$ 765,00 R$ 629,65 R$ 548,70 R$ 475,20 R$ 437,80 R$ 545,00 R$ 510,00 R$ 465,00 R$ 260,00 R$ 415,00 R$ 380,00 R$ 350,00 R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00 R$ 500,00 R$ 600,00 R$ 700,00 R$ 800,00 R$ 900,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Paraná Brasil ______________________________________________________________________________________________________________________ (1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: ( IPCA acumulado de Maio a Março)

I) R$ 817,78 – Técnicos de nível médio (grupo 3).

II) R$ 763,26 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8).

III) R$ 736,00 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do

comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9).

IV) R$ 708,74 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Data de Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07 2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63 2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00 2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04 2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53 2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22 2011(3) 817,78 6,89 507,93 1,61 1/5/2011 5,21(*)

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4. NÍVEL DE PREÇOS 4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores: 1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil, obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo (2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS Índice Entidade Elaboradora Período de Coleta: dias Base Geográfica Renda Familiar Uso Principal 1) IPCA (1) IBGE 1 a 30 (mês civil) 11 Capitais (*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em Curitiba

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4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação no Brasil em dezembro de 2011: 0,50%, possibilitou a viabilização da meta inflacionária no limite estabelecido para o ano, ou seja, 6,5%. Esse valor é superior ao acumulado do ano anterior, que chegou a 5,91%. Devido aos altos índices mensais da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, há uma expectativa de que no mesmo período de 2012, os números serão menores, o que poderá contribuir para a redução no índice anualizado. A crise mundial nos países desenvolvidos além de desaquecer a economia global, poderá reduzir a cotação das commodities no exterior, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações brasileiras. Ainda: a queda dos juros SELIC adotada pelo BACEN, poderá influenciar na contenção inflacionária interna. Por outro lado, o dólar –US$ valorizado a pressionar o real- R$, se mantido, permitirá algum impacto positivos nas exportações de alguns segmentos.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 06/01/2012) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 09/01/2012)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO Perío do Brasil Meta de Inflação ção (%) Curitiba IPCA (IBGE) (%) IPC (IPARDES) (%) 2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09 Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses 2011 6,50 4,5 5,81 Jan 0,83 0,83 5,99 0,91 0,91 5,81 Fev 0,80 1,64 6,01 0,10 1,00 5,47 Mar 0,79 2,44 6,30 1,25 2,27 6,17 Abr 0,77 3,23 6,51 1,06 3,35 6,39 Mai 0,47 3,71 6,55 0,25 3,62 6,51 Jun 0,15 3,87 6,71 -0,02 3,59 6,55 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Dezembro)

Alimentação e Bebidas 1,23

Vestuário 0,80

Despesas Pessoais 0,68

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Dezembro)

Artigos de Residência -0,87

Transportes 0,00

Educação 0,05

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Dezembro)

Salvador 0,98

Recife 0,77

Rio de Janeiro 0,66

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Dezembro)

Porto Alegre 0,19

São Paulo 0,40

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5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A SELIC iniciou 2011 em 10,75%/ano. A política de redução da inflação utilizou aumento dos juros como um dos principais instrumentos. Aumentos sucessivos fizeram com que em julho atingissem 12,50%. Em 31/08, o COPOM adotou 12%; em outubro, baixou para 11,50%. Em novembro/dezembro, adota 11%, invertendo a política em relação a jan-jul, ante os receios de recessão global na seqüência da crise nos países do Euro e EUA. Em jan-2012, o BACEN/COPOM mantém a política de redução: 10,5% Essa queda dos juros é uma forma de blindar a economia e não comprometer o desempenho.

Até julho, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava: crescimento da demanda agregada, preços maiores dos produtos alimentícios e inflação de 2010 próxima ao limite superior da meta de inflação: 5,91%. O aumento do emprego e da massa salarial justificavam os cuidados em conter preços e limitar / adiar o consumo. A capacidade produtiva da indústria em atender a demanda e o fato de 20% a 25% do consumo interno estarem vinculados aos importados, podem dificultar o controle da inflação, se o dólar mantiver a valorização.

O juro real (juro nominal menos inflação) está próximo de 5% (anualizado), valor elevado para um país emergente. Esse juro alto vinha contribuindo para a entrada de dólares especulativos, que chegavam visando lucrar em aplicações financeiras ( títulos do governo).

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 18/01/2012) Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança – Rentabilidade no Período) (Consulta em 06/01/2012)

(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 18/01/2012.

(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2009 2010 2011 2012 Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50

Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (**) Período Rentabilidade 2011 --- Jan 0,57 Fev 0,55 Mar 0,62 Abr 0,54 Mai 0,66 Jun 0,61 Jul 0,62 Ago 0,70 Set 0,60 Out 0,56 Nov 0,56 Dez 0,59 2012 --- Jan 0,58

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Federação do Comércio do Paraná 6. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa de novembro subiu 0,54% em relação a novembro: 57.466 pontos. Mantém-se os reflexos da crise no exterior e as incertezas no desempenho dos países do euro. As bolsas vem funcionando na forma de espasmos (ascendentes ou descendentes), que não permitem vislumbrar as tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas no contexto internacional. Dentre os fatores importantes que influenciam a BOVESPA e bolsas do resto do mundo, podem ser mencionados: incertezas na economia americana, elevação da crise nos países do euro, em especial os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). A materialização de ajuda à Grécia poderá influenciar em alguma melhoria nas bolsas mundiais. Em 08 de agosto, a BOVESPA caiu 8,08%, chegando a 48.668 pontos, valor que não ocorria desde a crise de 2008.

A economia brasileira dispõe de importantes parâmetros econômicos que, considerados isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. No entanto, considerando um ambiente globalizado e interdependente, as oscilações do resto do mundo se propagaram de forma rápida, restringindo o desempenho das bolsas e afetando o mercado acionário interno.

Os indicadores de conjuntura brasileira se demonstram estáveis, próximos ao 1.º semestre de 2011, muito por conta do contexto de limitações nas economias desenvolvidas. Há recomendações para a compra de ações em baixa, dado o espaço de valorização futura. Investidores do exterior continuam a aplicar no Brasil, em função da consistência econômica interna além do bom desempenho da maioria das empresas com papéis na bolsa.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 10/01/2012) (1) Cálculo anual com base na média de cada mês.

(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período Índice Bovespa (Pontos) (1) (2) Variação Percentual (%) 2005 27.543 23,38 2006 38.080 38,26 2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Jan 69.855 1,87 Fev 66.533 -4,75 Mar 67.255 1,08 Abr 67.429 0,26 Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04 Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54

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Federação do Comércio do Paraná

7. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos investidores mundiais em relação a capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147 pontos em agosto de 2011.

Em janeiro/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil atingiu 223 pontos, valor alto se comparado a cada mês do 1.º semestre/2011, e que surge na esteira da crise externa. Mesmo com os indicadores de crise externa nas economias desenvolvidas, intensificadas em agosto/2011, o Brasil dispõe de melhores condições de estabilização e credibilidade econômicas junto ao resto do mundo.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 09/01/2012)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS Período Risco País (*) (pontos) Variação (%) 2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Jan 175 -3,31 Fev 166 -5,14 Mar 172 3,61 Abr 168 -2,32 Mai 165 -2,38 Jun 176 7,32 Jul 147 -16,48 Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49 2012 --- --- Jan 223 3,24

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Federação do Comércio do Paraná

8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

Em janeiro, o dólar manteve a valorização sobre o real, com pequena alta em relação ao mês anterior, motivada pela maior demanda mundial pela moeda que constitui refúgio para aplicadores, especialmente num momento em que incertezas conjunturais afetam o desempenho de muitas economias. A valorização do dólar afeta empresas brasileiras com dívidas em US$, pois a conversão requer mais moeda nacional. O Banco Central optou por vender dólares em diversos momentos entre setembro-outubro, para conter a valorização no mercado interno.

A nova cotação do dólar já não favorece tanto as importações brasileiras; beneficia os exportadores, considerando a desvalorização do Real-R$ de mais ou menos 20% de agosto para janeiro/2012. Nesse momento, verifica-se uma insuficiência de dados que permitam estabelecer as tendências da cotação do câmbio para o ano de 2012. O dólar valorizado pressiona os preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na economia brasileira. A valorização do dólar está ocorrendo em diversas economias.

Anteriormente, no 1.º semestre, quando a queda do US$ prevalecia, foram adotadas algumas providencias pelo governo brasileiro: 1.º) permitir aos exportadores manter parte de suas receitas no exterior; 2.º) elevar tributação-IOF de 2% para 6%- sobre os dólares destinados a aplicação financeira interna; 3.º) adicional de IOF nas compras externas com cartão.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 06/01/2012)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período 2009 (R$) 2010 (R$) 2011 (R$) 2012 (R$) Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676 Fev 2,3475 1,8765 1,6604 Mar 2,4113 1,7992 1,6640 Abr 2,2891 1,7693 1,6186 Mai 2,1361 1,7307 1,5739 Jun 1,9432 1,8247 1,5870 Jul 1,9334 1,7998 1,5591 Ago 1,8361 1,7481 1,5543 Set 1,8821 1,7433 1,6032 Out 1,7786 1,6804 1,8804 Nov 1,7580 1,7036 1,7499 Dez 1,7285 1,7044 1,7922

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II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho em Novembro de 2011

1. INTRODUÇÃO

O varejo do Paraná em novembro foi positivo nos três indicadores utilizados para mensuração: mês anterior, mesmo mês do ano anterior e acumulado no ano. O mês de novembro teve 24 dias úteis, enquanto outubro teve 25. No período, não houve uma data comemorativa importante para vendas do comércio, tal como o “dia das crianças” em outubro, mas o mês contou com o estímulo do final de ano. Ocorre também em novembro o estímulo do emprego temporário de final de ano, que pode ser traduzido em renda e demanda adicional. As vendas de vestuário e tecidos não crescerem, mesmo com a mudança de estação. Esses ramos do comércio poderão melhorar as vendas na sequência do verão e alterações significativas na temperatura.

A crise econômica externa permanece no segundo semestre, e os maiores impactos ocorrem em países europeus que tem o Euro como moeda e nos EUA, cuja economia ainda não se recuperou totalmente da crise de 2008. Para reduzir efeitos colaterais restritivos sobre a economia brasileira, o governo iniciou em agosto uma política de redução dos juros. Mesmo assim, mais influenciados pela mídia, muitos consumidores adotaram precauções associadas às indefinições e incertezas advindas do contexto econômico externo e da interação das economias num ambiente de globalização.

2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO

O novo governo brasileiro que assumiu em janeiro/2011 optou no 1.º semestre por políticas restritivas na economia via elevação dos juros, aumento do IOF e redução das despesas públicas, demonstrando os cuidados em relação à inflação. A sobrevalorização do real-R$ contribuiu para que a participação dos bens importados para o consumo interno fosse de 20% a 25% (variável que ajudava a segurar a inflação interna). Esse contexto permitiu conter o crescimento do varejo no 1.º semestre em comparação com 2010, mesmo considerando que os efeitos não foram uniformes em todos os ramos do varejo. Havia um consenso de que ao longo do ano os efeitos restritivos se ampliassem. Mas, na seqüência da crise externa pós julho-2011, o governo brasileiro decidiu flexibilizar a economia, demonstrando preocupação com uma possível estagnação: a taxa SELIC caiu para 11,0 % em novembro e o governo optou por uma combinação de políticas com o objetivo de blindar a economia interna quanto à crise externa e reduzir as restrições ao desempenho do sistema produtivo. Algumas referências importantes para o crescimento das vendas em novembro foram:

1) continuidade do aquecimento do mercado de trabalho, elevação da média de remuneração em alguns segmentos (com a insuficiência de mão-de-obra qualificada) e expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada;

2) manutenção do financiamento habitacional;

3) ascensão de renda das classes D e E, detentoras de elevada propensão a consumir. A desvalorização do R$ em relação ao US$, se permanecer em 2012, poderá incrementar exportações e reduzir importações, melhorando a balança comercial.

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Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ 3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de novembro de 2011 consta a seguir:

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM NOVEMBRO DE 2011:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2010 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Nov) (%)

1. Materiais de Construção 13,09 1. Materiais de Construção 19,24 1. Cine-foto-som 20,93 2. Concessionárias de veículos 10,74 2.Óticas 13,51 2. Tecidos 15,39 3. Lojas de Departamentos 9,54 3. Calçados 6,99 3. Óticas 13,32 4. Móveis, decorações e 8,23 utilidades domésticas 4. Móveis, decorações e 5,41 utilidades domésticas 4. Móveis, decorações e 11,58 utilidades domésticas

5. Autopeças e acessórios 6,02 5. Farmácias e perfumarias 5,08 5. Calçados 11,46

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2010 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Nov) (%)

1. Livrarias e papelarias -8,77 1. Concessionárias de veículos -10,52 1. Concessionárias de veículos 0,78 2. Calçados -4,96 2. Cine-foto-som -6,53 2. Autopeças e acessórios 4,04 3. Combustíveis e Lubrificantes -3,36 3. Livrarias e papelarias -3,19 3. Farmácias e perfumarias 5,13 4. Vestuário -2,13 4. Tecidos -2,77 4. Livrarias e papelarias 6,27 5. Supermercados -1,59 5. Combustíveis e Lubrificantes 1,01 5. Supermercados 6,32

4.3 Pólo pesquisado e Ramos de maior e menor crescimento em jan-nov de 2011:

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Materiais de construção: mantém bom crescimento no ano, estimulado por financiamento,

renda e promoções de lojas.

5.2 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo em 2011 está

relacionado a: ocupação de imóveis novos, demanda reprimida e melhoria de renda. TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM NOVEMBRO DE 2011

Variação das Vendas: Outubro-2011 em relação a RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 1. Mês anterior 3,79 7,51 2,28 5,32 3,00 0,30 4,29

2. Mesmo mês ano anterior -1,42 7,19 12,10 14,03 10,92 -2,53 3,97

3. Acumuladas no ano 3,75 10,85 13,09 12,41 12,58 2,99 7,45 4. Soma do desempenho 6,12 25,55 27,47 31,76 26,50 0,76 15,71 RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) Maior crescimento Combustíveis e Lubrificantes 13,94 Calçados 32,67 Cine-foto- som 38,94 Óticas 41,11 Tecidos 41,68 Móveis, decorações, utilidades domésticas 22,37 Menor crescimento Autopeças e acessórios -3,74 Concessionárias de veículos -5,85 Combustíveis e lubrificantes -0,38 Livrarias e Papelarias -10,19 Supermercados -2,96 Óticas -3,80

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5.3 Concessionárias de veículos: crescimento menor em 2011; mesmo assim, vendas superam

igual período de 2010. As condições de financiamento se restringiram e os incentivos fiscais diminuíram. A retirada do adicional de IPI de carros importados sem montadoras no Brasil, poderá melhorar desempenho em novembro. Após formação de estoques em agosto, montadoras adotaram férias coletivas e reduziram a produção . A crise externa fez exportações caírem.

5.4 Combustíveis e lubrificantes: queda na safra de cana e opção pelo açúcar com preço

ascendente, impediram ao etanol preços competitivos com gasolina, de maior rendimento por km. O governo reduziu o etanol na gasolina a partir de outubro: de 25% para 20%.

5.5 Supermercados e hipermercados: boas vendas no ano, com maior crescimento em Londrina

e Oeste.

5.6 Farmácias e perfumarias: Os genéricos – de menor preço – tem crescente participação nas

vendas; a guerra de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas farmácias e pequenas redes.

5.7 Autopeças e acessórios: melhor desempenho no interior que na região metropolitana.

5.8 Óticas e cine-foto-som: oferecem lançamentos que estimulam o consumidor; o dólar em

início de valorização, poderá afetar as vendas. Trabalham com larga margem de importados, mas enfrentam a concorrência de “produtos piratas”.

5.9 Livrarias e papelarias: desempenho sazonal, com ótimas vendas em fevereiro e julho.

Disponibilizam inovações em informática, mais CD’s e DVD’s. As vendas em jan-out de 2011 superam igual período de 2010.

5.10 Calçados e vestuário: vendas muito boas em 2011, na esteira de melhoria de renda,

emprego e ascensão social. Em outubro, fraco desempenho. Poderá ter o incentivo das liquidações de outono-inverno, mas enfrenta a concorrência de supermercados e lojas de departamentos, que vendem produtos assemelhados.

5.11 Lojas de departamentos: mantém crescimento no ano. Oferecem extensa gama de bens,

muitos típicos de outros ramos, aspecto que favorece seu desempenho, pela concentração de opções. Tem grande poder de negociação com indústrias e atacadistas.

5.12 Tecidos: mantém boas vendas no ano incentivadas por imóveis novos, reformas e melhoria de

renda. Vende mais no interior e menos na RM . Expandiu opções de oferta: cortinas, carpets, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc. Cabe destacar o fechamento para dezembro das Casas Huddersfield em Londrina, de tecidos para roupas pessoais, instalada há 52 anos na cidade.

6. CONCLUSÃO

O varejo do Paraná cresce no ano, mas de forma contida no 2º semestre, considerando a conjuntura vigente. O governo flexibiliza políticas para enfrentar aspectos da crise global e reduzir limitações na economia que poderiam repercutir no comércio, num contexto onde o consumidor adota cuidados quanto a inflação. Afora os investimentos vinculados ao PAC e Copa de 2014, permanecem fatores de aquecimento importantes: emprego, massa de salários e remuneração média, consumo crescente das famílias (em especial, classes D e E), e a manutenção do financiamento habitacional.

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

TABELA 21 – VENDAS EMNOVEMBRO DE 2011 COMPARADAS AO MÊS ANTERIOR (OUTUBRO DE 2011)

Ramos de Atividade Mais Representativos do Comércio

RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) 1. Concessionárias de Veículos 11,48 6,07 7,66 9,96 43,19 -10,20

2. Móveis, Decorações e Utilidades

Domésticas -5,64 33,29 2,36 4,52 3,88 4,13

3. Autopeças e Acessórios 13,33 2,35 0,73 2,56 5,03 2,51

4. Materiais de Construção 19,32 1,10 3,89 20,09 1,43 -3,29

5. Lojas de Departamentos 11,33 3,00 4,64 - - -

6. Supermercados -1,09 -3,05 0,53 -3,77 1,20 -7,21

TABELA 22 – VENDAS EM NOVEMBRO DE 2011 COMPARADAS AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (NOVEMBRO DE 2010) Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) 1. Concessionárias de Veículos -16,42 -12,15 3,38 12,82 -2,73 -2,73

2. Móveis, Decorações e Utilidades

Domésticas -9,20 22,41 7,73 18,62 -3,44 0,99

3. Autopeças e Acessórios -2,75 5,96 5,10 13,56 8,84 4,25

4. Materiais de Construção 17,90 7,71 30,92 42,35 10,97 -16,83

5. Lojas de Departamentos 6,84 -4,56 0,34 - - -

6. Supermercados 2,66 2,74 -0,21 10,65 22,36 -9,29

TABELA 23 – VENDAS ACUMULADAS NO ANO DE 2011 (Jan-Nov) COMPARADAS A (Jan-Nov) DE 2010 Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) 1. Concessionárias de Veículos -1,09 -5,85 10,16 7,71 4,83 8,70

2. Móveis, Decorações e Utilidades

Domésticas 0,84 30,10 12,79 22,65 0,42 22,37

3. Autopeças e Acessórios -3,74 10,66 4,92 13,80 3,18 6,71

4. Materiais de Construção 7,82 9,52 27,67 18,44 16,78 0,45

5. Lojas de Departamentos 11,20 0,87 6,58 - - -

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

Fonte: Pesquisa Conjuntural do Comercio da Fecomércio-PR (Consulta em 06/01/2012)

TABELA 24 – VENDAS NOS PÓLOS DE COMÉRCIO PESQUISADOS PELA FECOMÉRCIO-PR

(Variação em Relação ao Mês Anterior)

Período RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 2009 Nov 1,04 0,25 4,71 -2,33 1,08 -4,58 0,32 Dez 13,90 17,04 20,22 7,19 10,89 10,94 14,21 2010 Jan -20,96 -14,53 -16,79 -9,40 -12,14 -15,73 -17,67 Fev -4,46 -4,40 -9,90 -0,16 -4,63 -6,68 -4,75 Mar 24,91 13,73 8,32 10,67 13,79 25,42 18,78 Abr -7,82 -2,85 -2,67 -6,70 -7,87 -7,52 -6,33 Mai 6,28 5,86 6,41 5,28 2,26 4,79 5,88 Jun -2,91 -1,66 -1,34 -0,06 -1,06 -7,13 -2,22 Jul 5,51 2,26 4,21 4,85 6,21 6,05 4,79 Ago 1,94 4,31 2,31 1,66 3,90 10,27 2,63 Set -1,54 -0,44 -1,74 -2,17 -2,40 -1,88 -1,33 Out -0,47 -3,00 0,08 1,89 6,49 -0,58 -0,24 Nov -1,26 5,15 2,27 2,56 -0,85 3,65 0,77 Dez 18,44 11,37 20,09 10,32 16,47 14,58 16,33 2011 Jan -22,15 -13,34 -12,22 -19,75 -15,42 -23,97 -19,00 Fev -0,05 -2,53 -4,20 -1,33 -3,87 -0,77 -1,39 Mar 6,19 5,43 3,93 10,36 6,59 6,04 6,27 Abr 0,15 5,86 -2,43 -3,11 -3,87 -1,33 -0,18 Mai 2,69 -0,50 1,48 2,81 9,79 0,59 2,33 Jun -6,36 -4,27 1,20 -1,05 -2,34 -0,68 -4,15 Jul 3,82 3,96 2,68 2,37 1,83 2,57 3,38 Ago 1,41 3,72 0,83 4,09 3,30 4,24 2,22 Set -1,61 -1,26 0,85 -1,43 -4,38 0,21 -1,34 Out -1,43 -0,39 -0,28 -0,31 2,90 0,37 -0,69 Nov 3,79 7,51 2,28 5,32 3,00 0,30 4,29

(Variação Acumulada no Ano)

Jan – Dez/10 Sobre

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