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O Menino e as Folhas de Papel

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Academic year: 2021

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JORNALINHO DO CAMPO

Ano III · Número 15 · Maio 2007 · Assinatura anual: 10 · Distribuição Gratuita (Escolas, Jardins-de-Infância e Entidades ligadas à Saúde, Protecção e Educação da Criança, carenciadas) Carlos Caseiro (Coordenador Geral e Autor dos Te x t o s ) · Susana Pereira / Andreia Gil (Ilustrações)

Maria José S. de Albergaria ( P s i c ó l o g a ) · M. Filipe ( P r é - i m p r e s s ã o ) · Impriluz Gráfica ( I m p r essão)

CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal

Av. do Colégio Militar, Lote 1786, 1549-012 LISBOA · Tel. 217 100 000 · Fax 217 166 123 e-mail: jornalinho@cap.pt · ccaseiro@cap.pt

Edições

O Menino

e as Folhas de Papel

De 2 a 10 de Junho, o Jornalinho do Campo e o Atelier Rural,

vão estar na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.

Não faltem!!!

Como tantas vezes acontecia, todos os nossos amigos da “Quinta das Maravilhas” estavam reunidos, em conversa, no celeiro, quando chegou o Tio João Nabiça.

O Xoné aproximou-se dele e perguntou-lhe: - “Tio João, temos estado aqui a conversar sobre algu-mas coisas, que vemos e ouvimos na tele-visão, e estamos com uma dúvida: a palavra solidariedade quer dizer que somos todos muito amigos uns dos outros, não é?”

O Tio João tirou o chapéu – que sempre anda com ele –, coçou a cabeça e disse-lhes: - “Bem, lá que é bonito serem todos muito amigos uns dos outros, isso é verdade, mas solidariedade; ‘ser-se solidário’, não é bem isso. Mas vou contar uma história que vos mostra bem o que represen-ta a palavra solidariedade.

“Era uma vez um menino que vivia numa aldeia, muito bonita rodeada de montes e vales muito verdes. O pai do menino era o carteiro daquela região e todos os dias, ele, via o pai carregado de cartas e postais, que distribuía pelas pessoas da aldeia e pelas outras aldeias que ficavam em redor.

Desde pequenino que o pai lhe ensinara a conhecer as letras e, mal entrara para a escola, ele, aprendera a ler e a escrever, porque adorava imaginar pequenas histórias que depois escrevia

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numas folhinhas de papel, muito brancas e li-sinhas, que lhe davam numa grande fábrica de papel que havia ali mesmo ao pé da aldeia. Quando não estava na escola, a fazer os tra-balhos de casa, ou a ajudar os pais a dar de comer aos coelhos ou às galinhas, lá esta-va ele a escrever…, a escrever, que parecia nunca se cansar.

Um dia pensou que outros meni-nos também gostariam de ler as histórinhas que ele escrevia e pediu

ao pai que, quando distribuísse as cartas e

os postais, entregasse, também, as folhas escritas, muito bem

dobradinhas, nas casa onde morassem outras crianças, pois, certamente, elas iriam gostar do que ele lhes enviava.

Os dias foram passando e, cada vez, seguiam mais folhas com as histórias do menino. Iam chegan-do sempre a mais lugares, já iam além das aldeias que ficavam em rechegan-dor, e até já chegavam à cidade que ficava tão longe que nem se via no horizonte. Eram tantas, as folhinhas, que o pai do menino arranjou um saco, grande, verde da cor dos campos, onde, finalmente, cabiam todas. Os meninos que recebiam as histórias, ficavam muito contentes e também escreviam ao meni-no mostrando-lhe que gostavam muito do que ele lhes contava naquelas folhinhas e, havia, até, alguns, que lhe mandavam desenhos muito bonitos que também eles sabiam fazer.

Mas iria acontecer uma coisa que deixaria o menino muito triste: a fábrica, grande, de papel que ficava junto da aldeia, ia mudar-se para um lugar distante. Ainda lhe deixaram muitas folhas, mas com o correr dos dias, com tantos meninos a pedirem que ele lhes enviasse mais histórias, as folhas de papel foram-se acabando e chegou o dia que menino já só tinha folhas para uma última história.

Escreveu-a. No final dizia que aque-la seria a última vez que recebiam histórias dele, pois as folhinhas, infe-lizmente, tinham-se acabado.

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O menino com o desgosto ficou doente, tão doente que os pais tiveram que o levar ao doutor que ia lá à aldeia e às aldeias que ficavam em redor. O doutor abanou a cabeça, não podia fazer muito. O menino adoecera com o desgosto de já não poder enviar as histórias que imagi-nava e escrevia, e a cura não era fácil.

As meninas e os meninos que recebiam as histórias, bem perguntavam ao pai do menino, quando ele aparecia a dis-tribuir o correio. Mas ele só levava as cartas e os postais, do costume, mais nada.

Mas um dia aconteceu um milagre. O pai do menino chegou a casa com algumas folhas de papel. E no dia seguinte trouxe mais. E, todos os dias, trazia mais e mais. Chegavam de todos os lados, milhares, branquinhas, às cores, lisas ou com riscas. Todos mandavam folhas para que o meni-no pudesse continuar a escrever as histórias que imaginava.

E o menino pôs-se outra vez bom de saúde, tornou a rir e, cheio de alegria, começou novamente a enviar as folhinhas, que voltaram a ser tantas, que já quase não cabiam no saco, grande, verde da cor dos campos, que o pai arranjara.

E o menino nunca mais deixou de escrever e enviar as suas histórinhas, porque as crianças da aldeia, das aldeias em redor e, até, da cidade que ficava tão longe, que nem se via no horizonte, nunca mais deixariam

acabar as folhas. Isto, meus amiguinhos – disse o Tio João ao acabar a história – é o que se chama um acto de solidariedade. E fiquem sabendo que o menino, cresceu, fez--se adulto e ainda hoje continua a escrever histórias para crianças.”

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Soluções

provérbios,

adivinhas,

curiosidades

da Pimpim

Hoje trago-vos Provérbios. São frases populares cheias de sabedoria. Vamos lá ver se vocês sabem

o que eles nos dizem

I – “A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha!”

II – “A cavalo dado não se olha o dente!”

III – “Longe da vista, longe do coração!” IV – “Homem prevenido vale por dois!” V – “É cão que não conhece o dono!” VI – “Mais depressa se apanha um

mentiroso do que um coxo!”

VII – “As conversas são como as cerejas!” VIII – “Diz-me com quem andas, dir-te-ei

quem és!”

IX – “Quem corre por gosto, não se cansa!”

Charada

1) C__R__LI__A (nome) 2) __A__DA__ (passarinho) 3) __ __P__L (para escrever) 4) L__CO__O__I__A (… do comboio) 5) __E__ __ (dá luz) 6) __ __C__C__ (animal engraçado)

7) __A__E__ __A (para sentar) 8) __AN__I__A (música)

9) P__A__ __A (dá flor) 10) __A__ __R (no Verão) Olá minhas meninas e meus meninos. Estão todos bem e de saúde. Espero que

estejam todos de boa saúde. Mas, como sei que alguns estão doentinhos, dese-jo, para eles, rápidas melhoras. Cá estou novamente com as coisinhas que eu gosto tanto de escrever para vocês se divertirem. BEIJINHOS PARA TODOS!

A) Redondinha e encerada Deslizo como uma roda

Se me acendem o fiozinho Ilumino a casa toda.

B) No campo sou semeado Sou alto e vou rodando Conforme o Sol vai girando Lá estou eu, para ele virado.

C) Tenho pé mas sem sapatos E não é que eu não mereça Mas também tenho chapéu E nunca tive cabeça!

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As férias das aves

Passatempo: lê as pistas e tenta adivinhar as palavras que faltam completar (como na pista 3)

Esta página tem a colaboração especial de Joana Andrade da SPEA-Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Sabias que as aves também vão de férias? Chama-se migração aos movimen-tos regulares que as aves (e outros animais) realizam entre diversas partes do mundo onde vivem em diferentes alturas do ano. Isto porque, nesses locais, o clima varia de tal maneira entre estações, que se torna impossível para as aves aí permanecerem durante todo o ano. De uma maneira geral, as aves abandonam os locais de nidificação (a norte) no fim do Verão e durante o Outono, deslocando-se para as zonas mais a sul, onde encontrarão alimento para todo o Inverno. Por exemplo, muitas aves que nidificam no norte da Europa durante a Primavera e o

Verão, deslocam-se para o sul da Europa e para África para passarem o Inverno, regressando ao norte da Europa no início da Primavera, para construírem os ninhos e se reproduzirem.

Para realizarem estas deslocações, as aves utilizam rotas migratórias, que são percursos estabelecidos que lhes permitem ultrapassar algu-mas das dificuldades da migração, por exemplo, a travessia entre continentes. As aves migradoras orientam-se sobretudo pelo sol, pelas estrelas e pelo campo magnético terrestre. Algumas recorrem também a referências na paisagem.

Dependendo da altura do ano em que as várias espécies ocorrem num local, é lhes atribuída uma categoria. Assim, temos as residentes, que são aquelas que ocorrem durante todo o ano, as invernantes, que só aparecem durante o Inverno, as nidificantes, que apenas se reproduzem e as migradoras, que ocorrem durante os períodos de migração.

1- Ave, muito comum nos nossos jardins, que tem o bico

amarelo e é toda preta.

2- Estação do ano em que estás agora.

3- Método utilizado para estudar os movimentos

migratórios das aves.

4- Nome que se dá a uma espécie que ocorre apenas durante

o Inverno numa determinada área.

5- Aquilo que reveste o corpo das aves.

6- Nome do continente para onde se deslocam as aves para

passarem o Inverno.

7- Ave aquática com pernas e pescoço muito compridos, que

tem um bico diferente das outras aves e é toda cor-de-rosa.

8- Ave que se reproduz no nosso país e que anuncia a

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PARABÉNS!!!

A Soraia de 8 anos vai receber uma t-shirt com o seu

dese-nho e nome, e para a Escola do 1º Ciclo de Casos Novos –

Alcaravela - Sardoal, vai um puzzle com o desenho da capa do

Jornalinho do Campo de Abril.

Com o patrocínio da empresa de material desportivo BulSport, amiguinha do Jornalinho, todos os meses tiramos à sorte – porque todos os desenhos são bonitos – um dos desenhos publicados nessa edição. O autor do desenho premiado recebe, como oferta, uma T-shirt com o seu desenho e nome impressos. A escola, jardim-de-infância, ou outra entidade a que pertença – para que todos se possam divertir – receberá um pequeno puzzle com a imagem da capa do Jornalinho. Na edição seguinte é sempre publicado quem teve a sorte pelo seu lado. Não esqueçam de enviar sempre o vosso nome e a idade.

Ana (4 anos) - Ourondo

Gonçalo (7 anos) - Lisboa

André (11 anos) - Entradas Andreia (10 anos) Entradas

Telmo (9 anos) - Castelo

Miguel (10 anos) - Vilares

Alexandre (8 anos) - Vilares

Mariana (9 anos) - Vilares Vanessa (6 anos) - Caxinas

Carlos (10 anos) - Urgeiriça

Ruben (11 anos) - Bugalhos José Eduardo - Rio Maior

José (10 anos) Alvações do Corvo

Joana (6 anos) - Lisboa

Ema (3 anos) - Ourondo

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Cupão de Assinatura Anual do Jornalinho do Campo (10¤)

Nome______________________________________________________________ Morada_____________________________________________________________ Cód. Postal _________-______ Localidade__________________________________ Concelho _______________________ Tel. ___________ NIF _________________ Nome e morada do destinatário da assinatura_______________________________ _________________________________________________________________

Os pagamentos devem ser endereçados à CAP – Jornalinho do Campo Av. do Colégio Militar, Lote 1786 • 1549-012 Lisboa • (NIF-501155350) Vale Postal Cheque Dinheiro NIB 003 300 000 148 014 198 007

(obrigatório o talão de dep. ou transf. junto do cupão)

Data ____/____/____ Assinatura _________________________________

Obrigado, em nome de todos os nossos amiguinhos espalhados pelo País!

Aqui está mais um desenho que já conhecem das páginas do Jornalinho.

Referências

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