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GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

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Academic year: 2021

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3º Simposio Iberoamericano de Ingeniería de Residuos 2º Seminário da Região Nordeste sobre Resíduos Sólidos

REDISA – Red de Ingeniería de Saneamiento Ambiental

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

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GESTÃO AMBIENTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

Emanuele Montenegro Sales (1)

Graduando em Licenciatura em Química pela UEPB, Graduando de Engenharia Química pela UFCG. Antônio Augusto Pereira (2)

Engenheiro Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Químico Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutor em Engenharia de Processos pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professor DR-A da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Mateus Cunha Mayer (3)

Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UEPB. Ályson Silvestre Santiago (4)

Graduando em Licenciatura em Química e Química Industrial pela UEPB.

Endereço (1): Universidade Estadual da Paraíba, Rua Baraúnas - Bairro Universitário, CEP: 351-58429-500 Campina Grande-Pb,email

:

emanuele.montenegro@gmail.com

RESUMO

O impacto das questões ambientais dentro das organizações e à importância crescente das empresas de sua causa para entender que essa atividade, ao invés de ser uma área que só fornece-lhe os custos pode tornar-se um excelente local de oportunidades para reduzir custos. Isto pode ser ativado, através da venda e reutilização de resíduos e aumentar as instalações de reciclagem, quer através da descoberta de novos componentes e novos materiais que resultam em produtos mais confiáveis e tecnologias mais limpas. Precisamos de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que consiste na prática do uso de várias alternativas para resolver o problema dos resíduos, de modo que todos tenham sustentabilidade econômica, ambiental e social. É necessário, portanto, a relação entre as medidas para reduzir a geração na fonte e os métodos de tratamento e eliminação, essas ações isoladamente não são capazes de resolver a destinação de resíduos sólidos. Esta pesquisa foi realizada somente sobre as fontes da literatura, a fim de aproximá-lo deve ser feito o manejo de resíduos sólidos nas indústrias onde eles possam ter um desenvolvimento sustentável. Concluiu-se que a adoção de uma gestão de resíduos sólidos nas empresas torna-se essencial para a boa administração destes em harmonia com relação aos cuidados com o meio ambiente, implementação de planos de gestão de resíduos sólidos, desde o início do processo de produção até o destino final de tratamento de resíduos

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3º Simposio Iberoamericano de Ingeniería de Residuos 2º Seminário da Região Nordeste sobre Resíduos Sólidos

REDISA – Red de Ingeniería de Saneamiento Ambiental

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

2 INTRODUÇÃO

A repercussão da questão ambiental dentro das organizações e o crescimento de sua importância fazem com que as empresas percebam que essa atividade, em lugar de ser uma área que só lhe propicia despesas, pode transformar-se em um excelente local de oportunidades de redução dos custos. O aumento da população mundial implica no aumento do uso das reservas do planeta, da produção de bens, e também da geração de lixo. Atrelado a isso, vem o aumento da poluição do solo, das águas (subterrâneas e de superfície) e do ar, levando a um contínuo e acelerado processo de deterioração ambiental. A maioria dos problemas ambientais que hoje ocorrem no mundo poderia ter sido evitada se a educação ambiental e a conseqüente conscientização ecológica fizessem parte das preocupações das sociedades desenvolvidas desde a revolução industrial. O desconhecimento dos efeitos ambientais de certas ações está na origem de grandes desastres ecológicos. Parece ser consensual a necessidade de disseminar, entre todos, desde a infância, uma nova consciência e mudança de atitudes, visando à construção de um desenvolvimento sustentável. Na busca pela melhoria da qualidade de vida, a indústria proativa assume o seu papel de co-responsável, tornando-se parceira de segmentos representativos da sociedade.

A repercussão da questão ambiental dentro das organizações e o crescimento de sua importância ocorrem a partir do momento em que a empresa dá-se conta de que essa atividade, em lugar de ser uma área que só lhe propicia despesas, pode transformar-se em um excelente local de oportunidades de redução dos custos. Isto pode ser viabilizado, seja através do reaproveitamento e venda de resíduos e aumento das possibilidades de reciclagem, seja por meio da descoberta de novos componentes ou novas matérias-primas que resultem em produtos mais confiáveis e tecnologicamente mais limpos.

“Essa repercussão fica fácil de ser compreendida se entender que qualquer melhoria que possa ser conseguida no desempenho ambiental da empresa, através da diminuição da geração de efluentes ou de melhor

combinação de insumos, sempre representará de alguma forma, algum ganho de energia ou matéria contida no processo de produção.”

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi desenvolvida exclusivamente mediante as fontes bibliográficas, visando à abordagem de como deve ser feito o gerenciamento de resíduos sólidos nas indústrias onde as mesmas possam ter um desenvolvimento sustentável.

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NAS EMPRESAS

O resíduo industrial é aquele originado das atividades dos diversos ramos da indústria (metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, etc.). O resíduo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodo, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros e cerâmicas, etc. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do resíduo considerado tóxico.

As indústrias em geral produzem uma ampla gama de resíduos que possuem normas técnicas e legislação específica para a sua caracterização. Os resíduos sólidos industriais ainda podem ser classificados em: • Recicláveis: são aqueles que podem ser inseridos em um novo processo para serem transformados em um novo produto ou no mesmo;

• Não-Recicláveis: são encaminhados para disposição final, normalmente no solo, pois não puderam ser reciclados devido a fatores financeiros, tecnológicos e sociais.

As empresas devem possuir certa dose de criatividade e condições internas que possam transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios. Entre essas oportunidades, pode-se citar a reciclagem de materiais que tem trazido uma grande economia de recursos para as empresas; o re-aproveitamento dos resíduos internamente ou sua venda para outras empresas através de Bolsas de Resíduos ou negociações bilaterais; o desenvolvimento de novos processos produtivos com utilização de tecnologias limpas, que se transformam em vantagens competitivas e até mesmo possibilitam a venda de patentes e o

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3 desenvolvimento de novos produtos para um mercado cada vez maior de consumidores conscientizados com a questão ecológica.

A globalização dos negócios, a internacionalização dos padrões de qualidade ambiental esperadas na ISO 14.000, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a disseminação da educação ambiental nas escolas permitem antever que a exigência que farão os futuros consumidores em relação à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida deverão intensificar-se.

Uma produção mais limpa geralmente não exige qualquer investimento adicional, podendo ser obtida com as instalações existentes. O que se faz necessário é a atenção da gerência e o envolvimento da força de trabalho. Só no despertar de um interesse novo e criativo na forma como se usa a água, a energia e os materiais, é que as pessoas podem ter novas idéias de melhoria de processos, como separação de resíduos descartados, melhor monitoramento de emissões e processos, reciclagem, despejo de resíduos e exigências mais rigorosas com fornecedores.

Hoje, a tendência mundial, em especial nos países altamente industrializados, está baseada em:

•Redução da geração na fonte, geração zero ou minimização, que pode variar desde a alteração de práticas operacionais até alterações tecnológicas no processo produtivo;

•Reutilização de resíduos, que pode variar da simples utilização dos dois lados de uma folha de papel, passando pela reutilização de peças e componentes usados de produtos até profundas alterações no processo produtivo;

•Reciclagem de resíduos, que pode ser dividida em reciclagem interna e externa, em que a primeira utiliza os resíduos como matéria-prima a outro processo produtivo, e a segunda, além desta utilização, pode aproveitar os materiais contidos nos resíduos e transformá-los em outro produto.

Outro processo utilizado é a incineração de resíduos com aproveitamento de calor que visa à redução de volume e toxicidade dos resíduos, bem como pode ser obtida a recuperação energética dos materiais contidos nos mesmos.

Atrelada a tudo isso, a coleta seletiva assume papel importante na separação dos componentes que podem ser recuperados, na própria fonte geradora, mediante um acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de componentes. Ela deve ser baseada no tripé: Tecnologia, para efetuar a coleta, separação e reciclagem; Informação, para motivar o público-alvo; e Mercado, para absorção do material recuperado.

Logo após a segregação dos resíduos na coleta seletiva, os materiais que podem ser reaproveitados irão para a reciclagem, que é freqüentemente aplicada ao processamento de materiais em novos produtos, que podendo ou não, assemelham-se ao material original. A reciclagem não apenas reduz o volume de resíduos, ela também economiza energia, água e matérias-primas, e reduz tanto a poluição do ar como a da água.

Por ser o sucesso da reciclagem uma questão econômica, ela envolve os seguintes fatores (PLASTIVIDA, 1997, Wiebeck, 1997):

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4 •Existência de demanda de mercado para o resíduo;

•Proximidade da fonte geradora com o local onde será reciclado o material; •Quantidade de material disponível e condições de limpeza;

•Custo da separação, coleta, transporte, armazenamento e preparação do resíduo antes do processamento; •Custo de processamento e transformação do resíduo em novo produto;

•Existência de demanda de mercado para o produto resultante da reciclagem; •Existência de tecnologia (processo) para efetuar a transformação do resíduo; •Características e aplicação do produto resultante.

A necessidade de tratamento dos resíduos surge devido a fatores como a escassez de áreas para a destinação final dos resíduos, disputa pelo uso de áreas remanescentes com a população de periferia, valorização dos componentes dos resíduos como forma de promover a conservação de recursos e a inertização de resíduos sépticos. (Gerber, 1999).

Os processos de tratamento alteram as características, a composição e as propriedades dos resíduos, com o objetivo de reduzir sua toxicidade, seu volume ou de destruí-lo. Existem várias formas de se tratar um resíduo a exemplo da conversão de constituintes agressivos em formas menos perigosas ou insolúveis, alteração da estrutura química de determinados produtos, tornando mais fácil sua assimilação pelo meio ambiente, a destruição química de produtos indesejáveis e a separação da massa de resíduos dos constituintes perigosos, com a conseqüente redução do volume e periculosidade.

Existem vários tipos de tratamento de resíduos, que podem ser divididos da seguinte forma:

Tratamento físico: Separação e redução do volume por processos físicos. As técnicas que se classificam como tratamentos físicos são: adensamento, desaguamento, leitos de secagem, filtração, centrifugação, adsorção, etc.

Tratamento físico-químico: Inertização e redução da toxicidade. As técnicas que se utilizam da combinação dos processos físicos com os químicos são: encapsulamento e neutralização.

Tratamento químico: Consiste na separação e redução de volume e toxicidade. As principais técnicas são: precipitação, oxidação, redução, co-processamento, incineração, recuperação eletrolítica, gaseificação, etc. Tratamento biológico: Consiste na redução da toxicidade, através de técnicas biológicas, sendo as mais comuns o land-farming, a digestão anaeróbia, a compostagem, e mais recentemente uso de plantas enraizadas, etc.

EFEITOS DA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A deposição a céu aberto em lixões, ou até mesmo a deposição em aterros controlados e sanitários não constituem a solução mais adequada para a problemática da destinação desses resíduos. A disposição dos resíduos, mesmo que em locais apropriados projetados e monitorados não são eficazes, pois representam uma disposição vigiada de um problema não solucionado (Valle, 1995). Além disso, a capacidade dos lixões e aterros está próxima da saturação (particularmente nos grandes centros urbanos), e há a dificuldade para encontrar novas áreas para a disposição dos resíduos.

Para as empresas geradoras dos resíduos, esta alternativa apresenta também desvantagens, pois, de acordo com a legislação ambiental, elas são responsáveis pelos mesmos indefinidamente, mesmo que o resíduo seja transferido de local, mudado de mãos ou de depositário, ou mudado de forma, mantendo suas características nocivas. Os resíduos sólidos possuem valor econômico agregado, podendo, então, ser reaproveitados. O reaproveitamento desses resíduos pode se dar através da reciclagem (Demajorovic, 1995).

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5 O resíduo disposto inadequadamente sem qualquer tratamento pode poluir o solo, as águas superficiais e subterrâneas e contaminar o ar, interagindo com o homem. A poluição do solo é a forma mais direta de contaminação, pois altera as características físicas, químicas e biológicas do solo. As águas podem ser contaminadas diretamente pelos resíduos, pela proximidade do local de tratamento/disposição pela percolação do solo e lixiviação, contaminando a água subterrânea.

A poluição do ar é causada pela disposição de resíduos sem controle, que geram gases e odores, bem como pela queima inadequada. Atualmente, os processos produtivos industriais são muito diversificados, capazes de originar uma variedade de subprodutos e resíduos sólidos. Esses, normalmente, não retornam aos processos produtivos como forma de recuperar matéria e energia, mas sim são lançados ao meio ambiente de maneira desordenada interferindo nos sistemas naturais.

ATERROS INDUSTRIAIS

Processo de disposição de resíduos industriais no solo baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas que permitam uma confinação segura em termos de proteção ambiental.

Os aterros para disposição de resíduos sólidos possuem impermeabilizações, cujas principais funções são as de isolá-los do meio ambiente. A importância desses aterros com impermeabilização advém da necessidade que o gerador de resíduos tem de preservar a saúde pública e a natureza de forma geral, pois a emissão de poluentes acarreta um alto teor de risco, tanto nas águas (superficiais ou subterrâneas) quanto no solo e no ar da região.

É importante que o produtor se preocupe em desenvolver ações de controle no processo de geração, transporte, tratamento e disposição, buscando garantir a curto, médio ou longo prazo a preservação ambiental, a recuperação da qualidade das áreas por ele degradada.

PROGRAMAS DE GESTÃO DE RESIDUOS

De acordo com os conceitos amplamente difundidos pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNT (2000), as decisões técnicas e econômicas tomadas em relação aos resíduos estocados baseiam-se em informações preliminares, que levam em consideração principalmente os aspectos de saúde ocupacional, qualidade ambiental, exeqüibilidade da medida e custos envolvidos.

O CNTL sugere um programa de gestão de resíduos para as empresas de modo a que elas possam adotar um conceito de produção mais limpa, através da sustentabilidade econômica e ambiental.

As empresas por assimetrias que lhes tragam vantagem competitiva tem sido uma constante. Uma nova ordem mundial, nas últimas décadas, tem trazido a tona as questões ambientais e suas conseqüências, para um mundo que já não dispõe de capacidade suficiente de absorção desta carga poluidora. Colocam-se, então, as empresas numa situação de escolha. A procura de resultados finais, ecologicamente corretos, torna-se, com isso, uma restrição ou uma oportunidade, cabendo a competência administrativa decidir.

Muitos conceitos tentam definir produção limpa, a exemplo do introduzido pela UNIDO IE, em 1989: “... é a contínua aplicação de uma estratégia ambiental preventiva e integrada, aplicada a processos, produtos e serviços para aumentar a eco eficiência e reduzir riscos humanos e ao ambiente”.

Quando se refere a processos, este conceito salienta: “conservação de matérias primas e energia, eliminação de matérias primas tóxica e redução na quantidade e toxidade de todas as emissões e resíduos”. Em relação a produtos: “redução nos impactos negativos ao longo do ciclo de vida do produto, da extração da matéria

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6 prima até a disposição final”. E por fim, refere-se a serviços: “incorporação de conceitos ambientais dentro do projeto e execução dos serviços”.

Além de produção limpa é importante também conceituar eco eficiência, conforme citado acima. Segundo o WBCSD (World Business Council Suistainable Development), 1993, a eco eficiência “é alcançada pela entrega de produtos e serviços com preços competitivos, que satisfaçam as necessidades humanas e que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, através da redução dos impactos e dos recursos energéticos, bem como pela análise do ciclo de vida”.

Essa nova visão, mais holística, de se fazer produção limpa, traz no seu bojo um diferencial competitivo, o qual pode ser explorado tanto no processo produtivo quanto no nível mercadológico. Ottman, (1994, p.10) reforça esta observação dizendo que “a fatia aumentada de mercado é apenas um dos inúmeros benefícios em potencial do esverdeamento corporativo e de produto. Os mercadólogos também começam a descobrir que o desenvolvimento de produtos e processos de manufatura ambientalmente saudáveis não apenas fornece uma oportunidade para fazer a coisa certa, mas também pode aumentar a imagem corporativa e de marca, economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o intuito de satisfazer a necessidade dos consumidores no sentido de manter uma alta qualidade de vida”.

A disposição incorreta de resíduos no solo pode comprometer a paisagem, contribuir para a proliferação de vetores transmissores de doenças. A decomposição dos resíduos e a formação de lixiviados também podem levar à contaminação do solo e de águas subterrâneas com substâncias orgânicas, microorganismos patogênicos e inúmeros contaminantes presentes nos diversos tipos de resíduo.

O gerenciamento de resíduos sólidos consiste na prática de utilizar diversas alternativas para solucionar o problema dos resíduos, de tal forma que o conjunto tenha sustentabilidade econômica, ambiental e social. Sendo necessária, portanto, a articulação entre medidas de redução de geração na fonte e métodos de tratamento e disposição, visto que isoladamente essas ações não são capazes de solucionar os problemas de destinação de resíduos sólidos. (Philippi Jr., 2005).

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deve envolver, após a caracterização (classificação, quantificação) dos resíduos na fonte geradora, o manuseio, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, reuso ou reciclagem, tratamento e disposição finais adequados de acordo com as características e classe de cada resíduo identificado. A implantação de monitoramento nos locais de disposição de resíduos e prevenção e controle da poluição ambiental são a última fase e opção que se deve adotar em um programa de produção mais limpa.

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7 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A necessidade de tratamento dos resíduos surge devido a fatores como a escassez de áreas para a destinação final dos resíduos, disputa pelo uso de áreas remanescentes com a população de periferia, valorização dos componentes dos resíduos como forma de promover a conservação de recursos. Os processos de tratamento alteram as características, a composição e as propriedades dos resíduos, com o objetivo de reduzir sua toxicidade, seu volume ou de destruí-lo.

CONCLUSÕES

A adoção de uma gestão dos resíduos sólidos nas empresas se faz essencial para a completa harmonia na administração destas no que diz respeito ao cuidado com o meio ambiente, implantando planos de gerenciamento de resíduos sólidos desde o início do processo produtivo até a destinação final e tratamento dos resíduos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MISSIAGGIA, R. R. Gestão de Resíduos Sólidos Industriais. Porto Alegre/RS, 2002.

2. ROLIM, M. A. Reciclagem de Resíduos de Eva da Indústria Calçadista. Porto Alegre/RS, 1999.

3. PEREIRA, M. F; SCHENINI, P. C. Reciclagem de resíduos sólidos: uma contribuição para o desenvolvimento sustentável. In: Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental. 16 a 18 set. 1996, Porto Alegre/RS, 1996.

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