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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Batalha

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Escola Secundária com 3.º Ciclo

do Ensino Básico

da Batalha

Delegação Regional do Centro da IGE

Datas da visita: 23 e 24 de Março de 2009

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

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Escola Se cundária com 3º c iclo da Batalha  2 3 e 2 4 de Mar ço de 2009 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico da Batalha realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada nos dias 23 e 24 de Março de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização da Escola, Conclusões da avaliação por domínio, Avaliação por factor e Considerações finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Escola, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

Escala de avaliação Níveis de classificação dos

cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM– A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE– Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE– Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado Escola, encontra-se no sítio da IGE

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Escola Se cundária com 3º c iclo da Batalha  2 3 e 2 4 de Mar ço de 2009 II – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Secundária da Batalha, criada pela Portaria n.º 791/86, localiza-se na vila da Batalha, concelho do distrito de Leiria. As suas instalações, agrupadas em 3 blocos, dispõem de biblioteca (integrada na Rede de Bibliotecas Escolares), salas específicas, laboratórios e campo de jogos. Para a prática das actividades de Educação Física é utilizado o pavilhão gimnodesportivo da Autarquia, contíguo ao estabelecimento de ensino.

No presente ano lectivo a Escola acolhe 816 alunos, assim distribuídos – 412 no ensino básico regular: 18 turmas; 41 nos cursos de educação e formação nível 2: 3 turmas (electricista de instalações, instalação e operação de sistemas informáticos e assistente administrativo); 238 nos cursos científico-humanísticos: 12 turmas; 13 nos cursos de educação e formação nível 3: 1 turma (instalações e gestão de redes informáticas); 73 em cursos profissionais: 5 turmas (técnico de informático de gestão, técnico de contabilidade e técnico de gestão e programação de sistemas informáticos); 39 no ensino nocturno: 2 turmas de educação de adultos e 1 turma de 12.º ano recorrente. Estão sedeados no estabelecimento de ensino o Centro de Novas Oportunidades (abrangendo os níveis básicos e secundário, sendo frequentado por centenas de adultos nas diferentes fases do processo), o Centro de Formação da Batalha – Rede de Cooperação e Aprendizagem e o Centro de Competência “Entre Mar e Serra”.

A maioria dos pais dos alunos (74%) tem a escolaridade básica (sendo que 28,4% apenas possui o 1.º ciclo), 14,7% o ensino secundário e 5,6% detém uma licenciatura. A Acção Social Escolar abrange 41,8% dos discentes. Da população escolar oriunda do estrangeiro, destacam-se os alunos do Brasil (17) e dos países do leste europeu (10). Encontram-se referenciados 17 alunos com necessidades educativas especiais (2,2%). A percentagem de discentes que tem computador e Internet em casa é de 47,5%, mas 35% não possui nem computador nem Internet.

O corpo docente é constituído por 112 professores (9 detêm a categoria de professor titular), sendo que 71% pertence ao quadro de escola ou ao quadro de zona pedagógica. O corpo não docente engloba 1 psicólogo, 12 assistentes técnicos, 27 assistentes operacionais e 4 técnicas afectas ao Centro de Novas Oportunidades.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS BOM

A Escola procede, regularmente, ao tratamento e à análise dos resultados académicos nos órgãos e nas estruturas de coordenação e supervisão, o que tem permitido identificar áreas com menor sucesso e implementar algumas estratégias, nomeadamente diversificação da oferta formativa e apoios educativos, que têm tido impacto na melhoria dos resultados dos alunos.

No triénio 2005/06 a 2007/08 a taxa de sucesso global no 3.º ciclo tem-se mantido estável, entre 82% e 84%. Os resultados dos exames nacionais do 9.º ano, em Língua Portuguesa, apresentam uma progressão significativa (54,6%, 88,4% e 92,2%), posicionando-se, nos dois últimos anos lectivos, acima das respectivas médias nacionais (0,4% e 8,2%). Salienta-se, em especial, o bom desempenho dos alunos a Matemática, superando continuadamente os resultados nacionais em 13,0, 9,8 e 15,8 pontos percentuais. Relativamente ao ensino secundário, as taxas de transição/aprovação assinalam uma melhoria (à excepção da do 10.º ano, em 2007/08, com menos 17,4 pontos percentuais do que em 2006/07), destacando-se a crescente taxa de sucesso no 12.º ano (57,6%, 77,4% e 89,5%). Nos exames nacionais do 12.º ano, na disciplina de Português, os resultados mostram oscilações (10,8, 12,3 e 9,8 valores), enquanto que, em Matemática, se verifica uma melhoria contínua (6,9, 13,9 e 15,9 valores), situando-se, nos dois últimos anos, acima das médias nacionais, respectivamente em 3,3 e 1,9 valores. A organização tem procedido ao estudo das taxas de sucesso alcançadas por determinados discentes. Em 2007/08, as taxas de transição/conclusão daqueles a quem foram aplicados planos de recuperação foram de 43,9% no 7.º ano, 53,6% no 8.º ano e 77,4% no 9.º ano. Nesse ano lectivo, em

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relação aos 11 alunos que tinham o Português como língua não materna, registou-se uma taxa de transição de 63,6%. Quanto aos discentes com apoios socioeconómicos, os níveis de sucesso foram de 73% no 3.º ciclo e 79% no ensino secundário. Nos referenciados com necessidades educativas especiais, essa taxa já foi de 94,4%.

As medidas adoptadas para a prevenção e a diminuição do abandono e absentismo escolares têm-se revelado eficazes. A promoção da educação cívica e do desenvolvimento pessoal e social constitui uma das linhas de acção da Escola, apesar de os alunos não participarem na elaboração de documentos estruturantes (projecto educativo e projecto curricular de turma) e nos conselhos de turma. Existe uma estratégia clara de regulação dos comportamentos, com informação organizada sobre a indisciplina nos últimos anos, procurando-se garantir um ambiente de tranquilidade. São implementados vários projectos e actividades com objectivo de valorizar as aprendizagens e elevar as expectativas e a satisfação da comunidade educativa, havendo uma adequada divulgação pública do trabalho realizado.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

A gestão do currículo constitui uma dimensão central do planeamento e do trabalho cooperativo dos docentes, assente numa adequada programação das actividades de ensino e aprendizagem, tendo em conta as orientações constantes dos documentos estruturantes da Escola. Este trabalho é desenvolvido, prioritariamente, ao nível de grupo disciplinar, através de práticas generalizadas na concepção e partilha de materiais didácticos e experiências pedagógicas, bem como na definição de estratégias de melhoria das aprendizagens. Estas tarefas asseguram o acompanhamento da prática lectiva, com impacto na estruturação dos processos de ensino e aprendizagem e na regulação dos procedimentos de avaliação, embora não tenham sido estabelecidas metas quantificáveis por disciplina, o que dificulta a orientação dos profissionais para os resultados e a consecução dos objectivos da organização. A supervisão do trabalho docente em contexto de sala de aula ocorre apenas em situações pontuais.

A Escola não demonstra uma prática coerente de articulação com o estabelecimento de onde provêm os alunos do 3.º ciclo (Agrupamento de Escolas da Batalha), com o objectivo de assegurar a sequencialidade das aprendizagens, pese embora serem realizadas algumas acções no âmbito da educação especial e da orientação para percursos alternativos.

As modalidades de apoio implementadas são diversificadas e a sua eficácia é monitorizada, verificando-se que, nos últimos três anos lectivos, a taxa de transição dos alunos do 3.º ciclo, a quem foram aplicados planos de recuperação e de acompanhamento, foi apenas de 60,8%, 64,5% e 54,9%, respectivamente.

A oferta curricular é abrangente, sendo fomentado o trabalho experimental e proporcionados saberes práticos e novas aprendizagens. Os Serviços de Psicologia e Orientação asseguram um trabalho consistente, articulado com as estruturas pedagógicas, instituições externas e famílias, garantindo o encaminhamento dos alunos, a reorientação das suas opções e o apoio na área da psicologia clínica.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR MUITO BOM

Existe articulação entre os diferentes documentos estruturantes da Escola, contribuindo para a consecução dos objectivos delineados. O planeamento realizado pelo Conselho Executivo é abrangente, assenta em procedimentos explícitos e tem em conta os contributos das estruturas internas e externas no estabelecimento de prioridades educativas e na revisão dos planos de acção. Estão definidos critérios para a gestão do tempo escolar, que garantem, de uma forma geral, tempos adequados ao desenvolvimento das actividades.

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A gestão dos recursos humanos é feita de acordo com os critérios fixados e as necessidades, revelando o Órgão de Gestão um conhecimento das competências profissionais e pessoais do pessoal docente e não docente, que é visível na distribuição de tarefas e na atribuição de cargos, nomeadamente do de director de turma. A formação contínua dos docentes é consistente com as prioridades determinadas. A gestão das instalações e equipamentos mostra-se adequada, pese embora a exiguidade e a insuficiência de alguns espaços. Destaca-se a biblioteca, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, importante pólo dinamizador de iniciativas e projectos diversos. A implementação de sistemas informáticos concorre para uma gestão eficiente dos recursos e para a celeridade da informação. Os responsáveis mostram capacidade na captação de verbas, principalmente através da adesão a projectos, expressa no aumento significativo das receitas próprias.

Existe uma estratégia intencional de envolver os pais e outros elementos da comunidade na vida escolar, que tem potenciado ligações ao meio local. A acção do estabelecimento de ensino tem em atenção as características da população discente, registando-se uma política de inclusão sócio-escolar.

4. LIDERANÇA MUITO BOM

O projecto educativo apresenta uma visão clara para o desenvolvimento da organização, que passa pelo envolvimento da comunidade, pela promoção da igualdade de oportunidades e pela inovação e abertura ao exterior. Os planos de acção traçam metas claras, embora esteja apenas quantificada a que se refere ao sucesso global dos resultados académicos (75%).

A oferta formativa é diversificada, abrangente e responde aos interesses da comunidade educativa, revelando-se uma marca distintiva da Escola no meio local e regional. As lideranças manifestam-se na capacidade de organização e de mobilização de recursos. No entanto, alguns líderes das estruturas intermédias não assumem plenamente as suas funções de coordenação. Os diferentes profissionais demonstram empenho na execução das tarefas, fomentando uma cultura de trabalho e de responsabilização.

Existe abertura à inovação, patente na variedade de actividades de enriquecimento do currículo, na implementação de projectos nacionais e internacionais e no investimento estratégico nas tecnologias de comunicação e de informação. O estabelecimento de diferentes protocolos e parcerias contribui para o reconhecimento externo da organização.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA

[CLASSIFICAÇÃO] BOM

A Escola tem vindo a incrementar práticas de avaliação interna abrangendo resultados académicos, documentos orientadores e determinadas áreas específicas. Embora os pontos fortes e fracos da instituição não se encontrem claramente identificados, a reflexão efectuada tem concorrido para a definição de acções pontuais de melhoria em certos sectores e domínios. A adesão ao projecto Rede de Escolas de Excelência mostra a vontade do estabelecimento de ensino em conhecer-se para melhorar as suas práticas, podendo sustentar o desenvolvimento de um processo, global e consistente, de auto-avaliação.

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IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

A Escola elabora, periodicamente, um conjunto relevante de indicadores de sucesso académico, designadamente classificações por disciplina, taxas de transição por turma, ano de escolaridade, cursos e níveis de ensino e taxas de abandono. Estes dados, bem como os resultados dos exames nacionais (9.º, 11.º e 12.º anos), são analisados nos órgãos e nas estruturas educativas e comparados com os obtidos em igual período do ano anterior e com os referentes nacionais. A reflexão tem permitido identificar áreas onde se verifica menor sucesso e implementar estratégias de melhoria (p. ex., percursos alternativos de formação, sala de estudo para todas as disciplinas do ensino secundário e aulas de recuperação).

Nos últimos três anos a taxa de sucesso global, no 3.º ciclo, tem-se mantido estável (2005/06: 82,4%; 2006/07: 83,5%; 2007/08: 83%). Nos exames nacionais do 9.º ano, o desempenho dos alunos em Língua Portuguesa, traduzido em classificações de nível 3 ou superior, apresenta uma progressão ao longo do triénio (54,6%, 88,4% e 92,2%), posicionando-se, nos dois últimos anos lectivos, acima das médias nacionais (88% e 84%). Relativamente aos exames de Matemática, é de sublinhar que os resultados têm superado continuamente os nacionais (2005/06: 51%/38%; 2006/07: 38,8%/29%; 2007/08: 72,8%/57%). No ensino secundário as taxas de transição/aprovação, no último triénio, registam uma melhoria (à excepção da do 10.º ano, em 2007/08), salientando-se a evolução da taxa de sucesso do 12.º ano: 57,6% em 2005/06, 77,4% em 2006/07 e 89,5% em 2007/08. Nos exames nacionais, na disciplina de Português, os resultados mostram oscilações (10,8, 12,3 e 9,8 valores), tendo sido inferiores às médias nacionais em 2005/06 (11,7 valores) e em 2007/08 (10,4 valores). Na disciplina de Matemática houve uma melhoria progressiva (6,9 valores em 2005/06, 13,9 valores em 2006/07 e 15,9 valores em 2007/08), ficando, nos dois últimos anos, acima dos referentes nacionais, respectivamente em 3,3 e 1,9 valores.

No ano lectivo de 2007/08, as classificações obtidas nos exames nacionais foram inferiores às internas finais nas disciplinas de História (menos 1,3 valores), Física e Química (menos 2,4 valores), Biologia e Geologia (menos 3,2 valores) e Português (menos 3,5 valores). Para atenuar estas discrepâncias, foram reformulados os parâmetros de avaliação das disciplinas de carácter experimental.

As situações de abandono escolar estão devidamente identificadas, sendo feito um levantamento dos dados por ano de escolaridade e curso. Globalmente, a taxa diminuiu de 2006/07 para 2007/08 (5,2% e 4,6%), em resultado da diversidade de oferta educativa e da acção das diferentes estruturas de apoio.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

Os alunos são auscultados sobre aspectos da organização escolar através de inquéritos aplicados no âmbito do processo de avaliação interna, da participação nos órgãos em que têm assento e do diálogo em contexto de sala de aula, particularmente com o director de turma. Contudo, não é fomentado o seu envolvimento directo nos conselhos de turma e na elaboração do projecto educativo e do projecto curricular de turma. Não são feitas reuniões periódicas entre os delegados de turma e o Conselho Executivo, embora exista algum espaço de diálogo e sejam tidas em conta algumas sugestões apresentadas (p. ex., funcionamento dos balneários). Os discentes conhecem os seus direitos e deveres constantes do regulamento interno, sendo divulgados no início do ano lectivo. São-lhes dados a conhecer os critérios de avaliação, os quais constam, também, da plataforma Moodle 1.

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As iniciativas promovidas na Formação Cívica, na Área de Projecto e nos clubes e projectos estimulam o desenvolvimento da cidadania, para o que concorre a participação dos alunos em diversas campanhas de preservação ambiental (p. ex., sensibilização para a recolha do lixo no recinto da feira) e de solidariedade (p. ex., angariação de donativos; aquisição de cadeiras de rodas; corridas solidárias), bem como em actividades da educação para a saúde. Quanto à associação de estudantes, a sua acção privilegia a organização de eventos dirigidos aos finalistas.

A valorização dos saberes e do conhecimento é visível na implementação de quadros de mérito, na participação dos discentes em iniciativas da comunidade (p. ex., monitores de outros alunos do concelho no âmbito do projecto Eco-escolas; co-organização de um festival jovem) e em projectos nacionais e internacionais, bem como na divulgação das suas actividades (p. ex., publicitação na Internet dos trabalhos realizados pelas turmas dos cursos de educação e formação).

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

Os alunos têm, em geral, um comportamento disciplinado dentro e fora do espaço da sala de aula e cumprem as regras de funcionamento da Escola. No entanto, existem alguns casos pontuais de indisciplina, genericamente confinados a determinadas turmas, que têm sido objecto de procedimento disciplinar (16 processos em 2007/08). Existe uma acção intencional e preventiva, em consonância com o objectivo estabelecido no projecto educativo, de diminuir as situações de indisciplina. Nas aulas de Formação Cívica trabalham-se as temáticas relacionadas com o comportamento. No presente ano lectivo, os alunos do 12.º ano, na disciplina de Área de Projecto, estão a elaborar um estudo sobre práticas de bullying. Existe um bom relacionamento entre os elementos da comunidade educativa, respeitando-se os direitos e os deveres de cada um.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

São desenvolvidos projectos e actividades que estimulam e valorizam as aprendizagens, o que tem contribuído para melhorar, notoriamente, a satisfação dos elementos da comunidade educativa. Efectuam-se estudos com o objectivo de responder às expectativas dos alunos e do meio local, nomeadamente quanto à oferta de percursos formativos e área de especialização, procurando-se garantir a empregabilidade e, também, o prosseguimento de estudos.

A Escola dá visibilidade ao trabalho realizado, fazendo a divulgação, junto da comunidade, dos resultados académicos dos alunos, através dos órgãos de comunicação social locais e de cerimónias públicas para entrega de diplomas e prémios. Incrementa, igualmente, alguns mecanismos para o conhecimento do percurso dos discentes que frequentaram os cursos de educação e formação, como forma de avaliar o impacto das aprendizagens e reforçar positivamente a imagem da organização.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

O projecto curricular da Escola estabelece as linhas gerais da organização pedagógica, as opções curriculares, os critérios de distribuição do serviço lectivo e de avaliação das aprendizagens, bem como as orientações para as áreas curriculares disciplinares e não disciplinares e os projectos curriculares de turma.

A articulação entre anos e níveis de ensino é facilitada pela estabilidade do corpo docente, garantindo-se a continuidade das equipas educativas. A prática generalizada da avaliação diagnóstica em todos os anos de escolaridade permite consolidar estratégias de diferenciação pedagógica. A coordenação dos professores de cada disciplina é assegurada, principalmente ao nível do grupo disciplinar, através da realização frequente de reuniões de trabalho, onde são elaboradas planificações, partilhados materiais, aferidos instrumentos de avaliação e discutidos os resultados. Porém, não foram determinadas metas quantificáveis por disciplina, o que dificulta a orientação dos profissionais para a consecução de objectivos consistentes.

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A concepção dos projectos curriculares de turma (que existem também no ensino secundário) assegura alguma coordenação das actividades, ainda que a interdisciplinaridade seja concretizada, de forma pontual, em algumas disciplinas. Nas turmas dos cursos de educação e formação e dos cursos profissionais este trabalho é feito, de forma sistemática, nas reuniões periódicas/semanais dos conselhos de turma.

Relativamente à articulação com o Agrupamento de onde provêm os alunos do 3.º ciclo, são desenvolvidas algumas acções no âmbito da educação especial e da orientação para percursos alternativos, embora não existam práticas regulares com o objectivo de realizar a sequencialidade das aprendizagens entre os 2.º e 3.º ciclos.

Na transição entre ciclos há um especial apoio aos alunos e às suas famílias, sendo orientados pelos serviços de psicologia nas opções a tomar, em articulação com os directores de turma, através da divulgação de actividades de formação e de esclarecimento.

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

O planeamento curricular é efectuado de acordo com as orientações dos departamentos/grupos disciplinares e dos conselhos de turma, tendo em conta, também, a avaliação diagnóstica inicial. Os projectos curriculares de turma são objecto de uma avaliação periódica, em sede de conselho de turma, sendo redefinidas estratégias para superar as dificuldades identificadas.

O acompanhamento da prática lectiva realiza-se através da monitorização do cumprimento das planificações, da análise dos resultados escolares em cada turma, da elaboração conjunta de materiais de trabalho, incluindo matrizes comuns e fichas de avaliação, da partilha informal entre os docentes de práticas e vivências de sala aula e das assessorias implementadas no âmbito do Plano de Acção da Matemática. Por norma, não é feita a supervisão da prática lectiva em contexto de sala de aula, salvo em situações pontuais decorrentes de dificuldades no exercício das actividades.

A aplicação de critérios de avaliação comuns por disciplina, a análise comparativa dos resultados obtidos nas diferentes turmas do mesmo ano de escolaridade, o confronto com os resultados dos exames nacionais, bem como a auto-avaliação dos alunos, constituem as práticas mais frequentes de reforço da confiança na avaliação interna. No mesmo sentido, são aplicados testes intermédios disponibilizados pelo Gabinete de Avaliação Educacional e questões dos exames nacionais nas provas de avaliação interna.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

A Escola oferece modalidades de apoio diversificadas (aulas de recuperação, sala de estudo com actividades estruturadas por disciplina, aulas de apoio a discentes com o Português como língua não materna e tutorias). No presente ano, a atribuição de um tempo lectivo a todos os docentes, para o desenvolvimento de actividades de apoio pedagógico, tem permitido acompanhar alunos nas disciplinas em que revelam mais dificuldades.

Os discentes com necessidades educativas especiais de carácter permanente (17 no presente ano lectivo), particularmente com currículo específico individual (4), têm um acompanhamento sistemático por parte do docente da educação especial, em articulação com os Serviços de Psicologia e Orientação. Para além dos apoios de âmbito disciplinar, é facultada, também, a frequência de actividades funcionais de pré-profissionalização em empresas da região, tendo em vista a integração na vida activa. É monitorizada a eficácia dos apoios, o que possibilita uma visão do seu impacto no sucesso das aprendizagens, bem como a reorientação das medidas adoptadas. No entanto, a taxa de transição dos alunos do 3.º ciclo com planos de recuperação e de acompanhamento, no último triénio, foi apenas, respectivamente, de 60,8%, 64,5% e 54,9%.

A criação de cursos de educação e formação e cursos profissionais constitui uma estratégia diferenciada dirigida a grupos de alunos com capacidades, aptidões e interesses específicos. Os Serviços de Psicologia e Orientação, em articulação com as estruturas pedagógicas, instituições externas e famílias, garantem o apoio psico-pedagógico, a orientação vocacional e, em determinadas situações, a reorientação dos percursos, bem como o esclarecimento dos alunos e das famílias acerca das futuras opções de empregabilidade e de ingresso no ensino superior.

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2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

A Escola programa e desenvolve múltiplas actividades de natureza científica, cultural, artística e desportiva, que proporcionam aos alunos experiências de reforço das aprendizagens e de promoção dos saberes práticos. De referir as disciplinas da área artística (Fotografia, Artes Tradicionais e Oficina de Teatro), os clubes e os projectos. Os cursos de educação e formação (ensino básico e ensino secundário) e os cursos profissionais constituem uma alternativa curricular para os discentes com maiores dificuldades ou para aqueles que têm como prioridade a entrada imediata no mercado de trabalho.

São fomentadas práticas de trabalho científico, especialmente, através da atribuição, no horário das turmas, de aulas nos laboratórios e da concretização frequente de actividades experimentais, assumindo grande visibilidade no ensino secundário. A utilização de meios informáticos em contexto de ensino/aprendizagem, facilitada pela diversidade do equipamento existente, favorece uma atitude positiva dos alunos face às novas tecnologias de informação e comunicação. A adopção de critérios de profissionalismo e a promoção do “espírito empreendedor” é prosseguida através de várias iniciativas, destacando-se a realização de estágios profissionais e a divulgação dos trabalhos efectuados no âmbito do projecto internacional eTwinning.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

Os documentos estruturantes, nomeadamente o projecto educativo, o projecto curricular de Escola e o plano anual de actividades, definem, de forma articulada e coerente, as linhas orientadoras da acção educativa. No planeamento do ano lectivo são tidas em conta as propostas de actividades a integrar no plano anual (analisadas e aprovadas em conselho pedagógico), a reflexão dos diferentes órgãos e estruturas sobre as práticas educativas e as disciplinas onde se verifica menor sucesso, bem como as conclusões das equipas de trabalho quanto ao funcionamento de determinados sectores e áreas (p. ex., instalações, aspectos de segurança e horários dos serviços).

Os contributos da Autarquia e de outras instituições locais são igualmente importantes na concretização dos planos da organização, com destaque para a realização de estágios dos alunos que frequentam cursos profissionalizantes. A comunidade está devidamente informada sobre as actividades, em particular através da página da Escola, da plataforma Moodle, da Rádio-Escola, do jornal escolar ”Alfabeto”, da Newsletter “Contacto” e, ainda, da existência de uma hora mensal na Rádio Batalha dedicada aos assuntos escolares.

Estão estabelecidos princípios para a gestão do tempo (p. ex., início e termo das actividades e horário de funcionamento de clubes, salas de estudo e aulas de recuperação), sendo assegurada a ocupação plena dos alunos em caso de ausência temporária dos docentes. No entanto, os horários são motivo de alguma insatisfação por parte dos discentes devido a não estarem suficientemente articulados por forma a todos frequentarem as aulas de apoio para que são indicados e os clubes em que se encontram inscritos. As áreas curriculares não disciplinares no 3.º ciclo – Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica – são devidamente planeadas, tendo em conta os objectivos expressos nos documentos orientadores e os interesses manifestados pelos alunos.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

Existem critérios para a distribuição do serviço docente, os quais se baseiam em princípios de equidade e continuidade pedagógica. O Conselho Executivo tem igualmente em conta o conhecimento das competências pessoais e profissionais para a atribuição de cargos, em particular do de director de turma, cujo perfil está determinado.

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Na gestão dos assistentes operacionais vigora, por norma, o princípio de rotatividade de funções. Verificam-se algumas dificuldades em assegurar o funcionamento pleno de todos os sectores da Escola, levando a que alguns encerrem à hora do almoço (bar e papelaria). A oferta de formação para esses profissionais, desde há dois anos, tem-se revelado insuficiente face às necessidades sentidas. Os serviços de administração escolar encontram-se, neste momento, numa fase de reestruturação, com vista à implementação da gestão por processos. Alunos e encarregados de educação mostram-se satisfeitos com a qualidade do atendimento prestado.

O estabelecimento de ensino, em parceria com o Centro de Formação, elabora, anualmente, um plano de formação para os docentes, que responde eficazmente às necessidades, nomeadamente no âmbito das didácticas específicas e das tecnologias de informação e comunicação. A integração dos profissionais, colocados pela primeira vez na Escola, é devidamente assegurada, salientando-se, no caso dos professores, o papel do delegado na orientação de matérias relacionadas com a respectiva disciplina.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As instalações encontram-se em razoável estado de conservação, mas os espaços são insuficientes, não garantindo a realização adequada de algumas actividades. Refira-se, por exemplo, a inexistência de salas específicas para apoios e a exiguidade da sala de atendimento dos encarregados de educação. O Conselho Executivo procura fazer uma gestão adequada dos meios disponíveis, tendo em conta que os espaços são partilhados com o Centro de Novas Oportunidades, o Centro de Formação da Batalha e o Centro de Competência “Entre Mar e Serra”. A Escola dispõe de equipamentos educativos diversificados, em particular no âmbito das tecnologias de informação e comunicação, sendo implementados vários sistemas informáticos que são usados em contextos de aprendizagem e como meios de comunicação por parte dos docentes, não docentes, alunos e encarregados de educação. A biblioteca escolar, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, é um espaço dinâmico, apresentando um plano anual que contempla distintas actividades, designadamente ao nível da difusão da informação, da dinamização/formação de utilizadores, da promoção da leitura e da escrita, do apoio ao desenvolvimento curricular e de iniciativas abertas à comunidade. Procede-se regularmente à avaliação das acções nas diferentes áreas, verificando-se, em geral, uma boa adesão por parte dos utentes, em particular dos alunos do 3.º ciclo.

São concretizadas medidas preventivas de segurança – plano de emergência e evacuação e controlo das entradas e saídas dos alunos –, mas, no período nocturno, a vigilância não é suficientemente assegurada. Os laboratórios dispõem dos meios adequados de combate a incêndio.

A elaboração do orçamento da Escola tem em conta as prioridades estabelecidas no projecto educativo e as orientações do Conselho Geral. Os responsáveis demonstram capacidade na captação de receitas, em especial através de candidaturas a projectos (da ordem de 292 000€, em 2008).

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA O estabelecimento de ensino tem uma acção claramente virada para a comunidade, procurando envolver encarregados de educação e outros parceiros na vida da instituição, através de diversas iniciativas. Neste âmbito, destacam-se as reuniões com o Órgão de Gestão e os directores de turma, a abertura solene do ano lectivo, os eventos culturais dirigidos à comunidade promovidos pela biblioteca escolar e as actividades abertas ao meio. É disponibilizada informação detalhada, prioritariamente pela via informática, sobre os documentos estruturantes, a vida escolar e o percurso de cada aluno. Pese embora estas medidas, a participação dos pais não é ainda a desejada, verificando-se um baixo nível de preverificando-senças nas reuniões e nos eventos para que são convidados. A Associação de Pais tem desenvolvido uma acção pouco interventiva na resolução de problemas e os representantes dos encarregados de educação, por norma, não participam nas reuniões dos conselhos de turma. A Autarquia, outras instituições e empresas locais constituem um recurso importante na concretização das actividades escolares.

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Escola Se cundária com 3º c iclo da Batalha  2 3 e 2 4 de Mar ço de 2009 3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

Os documentos estruturantes expressam princípios de equidade e justiça, havendo por parte dos vários actores a percepção de que existe igualdade de tratamento, por exemplo ao nível da constituição das turmas e da elaboração de horários. Todavia, a equidade não está plenamente salvaguardada, tendo em conta que, por sobreposição de horários, nem todos os alunos podem frequentar os clubes.

Os responsáveis desenvolvem uma política de inclusão em relação aos discentes provenientes de países cuja língua materna não é o Português e aos que apresentam necessidades educativas especiais ou outras dificuldades de aprendizagem. Os apoios prestados visam garantir a igualdade de oportunidades e a oferta educativa diversificada responde aos interesses dos alunos. Os apoios económicos disponibilizados e a ajuda das instituições locais, nomeadamente da Autarquia e da Caixa de Crédito Agrícola, são um contributo importante para a promoção da justiça social.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

O projecto educativo, sob o lema “Ser, Educar, Inovar”, define os grandes objectivos da Escola, os quais têm associados planos de acção, estabelecendo metas (p. ex., diminuir a taxa de abandono), embora não se apresentem quantificadas. No que respeita aos resultados académicos, o conselho pedagógico determinou, como meta global, a obtenção de 75% de sucesso. Contudo, esta orientação não se reflecte nos planos de acção dos departamentos/grupos disciplinares.

Existem critérios para a oferta formativa disponibilizada, a qual é diferenciada, abrangente e adequada aos interesses dos destinatários, constituindo um factor importante de atracção de alunos, em particular do ensino secundário, sendo, ao mesmo tempo, uma marca distintiva da Escola no meio local e regional. A aposta na promoção da igualdade de oportunidades, o desenvolvimento da cidadania e a melhoria das aprendizagens num contexto criativo e inovador, em articulação com a comunidade, constituem linhas estratégicas para a organização. Porém, a reestruturação da rede escolar (com a próxima constituição do Agrupamento das Escolas Secundária com 3.º ciclo e Profissional de Artes e Ofícios da Batalha) é encarada com um factor que pode condicionar o futuro da Escola, demonstrando os responsáveis dificuldades em responder ao desafio que lhes é colocado.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Os líderes do estabelecimento de ensino e dos diferentes órgãos e estruturas conhecem as suas áreas de acção, realizam as actividades de acordo com linhas previamente definidas e revelam motivação no desempenho das suas funções. O Conselho Executivo tem uma acção empenhada na mobilização dos vários actores para o cumprimento das tarefas, na conjugação de esforços para a resolução dos problemas e na promoção da imagem externa da organização, designadamente no âmbito das parcerias e dos projectos desenvolvidos. As lideranças intermédias têm um papel importante na articulação dos professores, na mobilização dos seus parceiros e na promoção do trabalho cooperativo, fomentando uma cultura de responsabilização. Porém, só alguns coordenadores de departamentos estabelecem orientações globais para as disciplinas e garantem o acompanhamento do trabalho realizado pelos docentes.

O psicólogo e os assistentes técnicos e operacionais mostram empenho na execução das tarefas. O absentismo do pessoal docente e não docente não é expressivo, sendo as ausências colmatadas através do plano de ocupação plena dos tempos escolares dos alunos e da rotatividade de funções entre os elementos do pessoal não docente.

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

A Escola está aberta a iniciativas inovadoras, sabendo mobilizar os recursos necessários. Merecem destaque os projectos nacionais e internacionais, tais como: Academia Cisco (no âmbito do Programa

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Cisco Networking Academy), Clube Eco-Escolas, ESCXEL – rede de escolas de excelência, eTwinning, Biblioteca Escolar e Desporto Escolar. A plataforma Moodle, a Gestão de Actividades TIC na Educação (GATo) e o e-mail são ferramentas comuns na troca de informação e de materiais pedagógicos, envolvendo docentes, alunos e pessoal não docente. Com o objectivo de poupar energia e reduzir os desperdícios, está ser implementado um projecto concretizado num financiamento para instalação de painéis solares. A dinamização de diversos clubes (p. ex., Saúde, Línguas, Informática e Ciência) tem contribuído para o desenvolvimento de novos contextos de aprendizagem. A adequação da oferta formativa às necessidades da população escolar mostra que os responsáveis estão atentos à realidade local e procuram novas soluções que respondam eficazmente aos problemas existentes.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

Encontram-se estabelecidos vários protocolos e parcerias com entidades públicas e privadas, que contribuem para a melhoria do serviço educativo e favorecem a afirmação e o reconhecimento público da Escola junto da comunidade, destacando-se a colaboração com a Autarquia, nomeadamente na realização de actividades conjuntas (p. ex., celebração do Dia da Floresta e o concurso “Ser Cidadão Activo”). A interacção com o meio local abrange outras instituições, como, por exemplo, o Governo Civil de Leiria, a Guarda Nacional Republicana e os Bombeiros Voluntários (no âmbito da segurança), o Centro de Saúde da Batalha (em acções de formação e tratamento de alunos) e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (acompanhamento de situações de risco). É igualmente de realçar o intercâmbio mantido com empresas locais (em algumas situações através da NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria) no acompanhamento de discentes que estão a efectuar estágios profissionais.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

A Escola desenvolve actividades de auto-avaliação que têm permitido alguma reflexão sobre práticas internas e a implementação de estratégias de melhoria. Os titulares dos cargos e os responsáveis dos clubes, dos projectos e de alguns sectores (p. ex., biblioteca) elaboram relatórios anuais, que são analisados em conselho pedagógico, donde resultam recomendações com vista à organização do ano lectivo seguinte. Também a informação recolhida sobre os resultados das aprendizagens é objecto de estudo pelos diversos órgãos e estruturas, sendo identificadas as causas geradoras de desempenhos insatisfatórios e as medidas que podem melhorar o sucesso educativo. Para a elaboração do projecto educativo foram identificadas situações problemáticas e condicionantes do processo de ensino e aprendizagem.

Encontra-se constituída uma equipa de avaliação interna, cujo trabalho tem incidido no projecto educativo, tendo sido aplicados inquéritos à comunidade educativa quanto ao grau de satisfação em relação a algumas áreas (p. ex., instalações escolares, segurança, meios de comunicação e aulas de substituição), bem como no plano anual de actividades (através da análise e do tratamento de dados disponíveis na plataforma GATo). Em paralelo, está a decorrer a análise de outros elementos no âmbito da adesão do estabelecimento de ensino ao Projecto Rede de Escolas de Excelência. A informação compilada e tratada pela equipa de avaliação é apresentada em conselho pedagógico e consta na plataforma Moodle. Contudo, alguns elementos da comunidade escolar mostram-se alheados deste processo.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

Existem práticas de avaliação interna em determinadas áreas, o que comprova a vontade da Escola em conhecer-se para melhorar o seu desempenho. Apesar dos pontos fortes e fracos da organização não se encontrarem claramente identificados, têm sido implementadas estratégias pontuais de melhoria, em particular ao nível dos processos de ensino e aprendizagem e do funcionamento de alguns serviços. Os responsáveis demonstram capacidade para identificar e aproveitar oportunidades, tendo

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em vista a concretização dos objectivos. Neste sentido é ilustrativa a adesão ao projecto Rede de Escolas de Excelência, que poderá contribuir para a estruturação de um processo de auto-avaliação global e sistemático do estabelecimento de ensino.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos da Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico da Batalha (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam a Escola e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 Bom desempenho dos alunos nos exames nacionais dos 9.º e 12.º anos da disciplina de Matemática, com resultados, nos dois últimos anos lectivos, acima das médias nacionais;  Trabalho realizado ao nível dos grupos disciplinares, com incidência na estruturação dos

processos de ensino e na regulação dos procedimentos de avaliação das aprendizagens;  Diversidade e abrangência da oferta formativa que responde adequadamente às necessidades

da comunidade;

 Investimento estratégico nas tecnologias de comunicação, com impacto na oferta diversificada de cursos nesta área e na divulgação eficaz da informação junto da comunidade;  Liderança determinada do Conselho Executivo, mobilizadora dos recursos para a melhoria

do serviço educativo.

Pontos fracos

 Resultados obtidos nos exames nacionais do 12.º ano de Português, com oscilações ao longo do último triénio (10,8, 12,3 e 9,8 valores), situando-se abaixo das médias nacionais em 2005/06 e 2007/08;

 Ausência de metas quantitativas/disciplina no âmbito dos resultados escolares, que dificulta a orientação consistente dos profissionais e a avaliação sustentada dos progressos realizados;  Insuficiente articulação com o Agrupamento de onde provêm os alunos do 3.º ciclo, que não

fomenta o desenvolvimento da sequencialidade das aprendizagens.

Oportunidade

 Próxima constituição em agrupamento da Escola Secundária com 3.º ciclo e da Escola Profissional de Artes e Ofícios da Batalha, que poderá potenciar na comunidade a rentabilização dos recursos existentes, designadamente dos equipamentos, bem como a partilha de saberes e experiências.

Referências

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