• Nenhum resultado encontrado

MARCELO SALVADOR FILARDI

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MARCELO SALVADOR FILARDI"

Copied!
71
0
0

Texto

(1)

MARCELO SALVADOR FILARDI

ESTUDO ISOCINÉTICO DA FORÇA DAS

MUSCULATURAS EXTENSORA E FLEXORA DO

JOELHO APÓS RETIRADA DO TERÇO MÉDIO DO

TENDÃO PATELAR E DOS TENDÕES DOS

MÚSCULOS SEMITENDÍNE0 E GRÁCIL PARA

RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO

ANTERIOR DO JOELHO

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina- para obtenção do Titulo de Mestre em Ortopedia e

Traumatologia

SÃO PAULO 1 9 9 7

(2)

e flexora do joelho após retirada do terço médio do tendão patelar e dos músculos setnitendineo e grácil para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho - São Paulo, 1997.

p.51

Tese(Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina.

1.Força muscular - Estudo isocinético. 2. Reconstrução LCA. - Tendão Patelar, Semitendineo e Grácil

(3)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

COORDENADOR: Prof. Dr. Flávio Faloppa

Livre-Docente e Chefe de Clinica da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior

ORIENTADOR : Dr. Ricardo Dizioli Navarro

Prof. Adjunto Doutor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia

Co-orientador: Dr. Moisés Cohen

(4)

Pág.

I - INTRODUÇÃO 01

II- LITERATURA 03

III - MATERIAL E MÉTODO 10

IV - RESULTADOS 22 V - DISCUSSÃO 33 VI- CONCLUSÕES 40 VII- RESUMO 41 en SUMMARY 43

VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

(5)

ocasiões, estimulando a todos no desenvolvimento da mente e no culto ao corpo; exemplo de trabalhadora, possuidora de uma energia admirável, modelo para qualquer pessoa e, principalmente, para nós, seus filhos.

Ao meu pai, Cantidio Salvador Filardi,

que sempre nos mostrou de maneira metafórica sua concepção de vida , nos ensinando a pelejar por ela, com frases como "mantenha o buriti na testa, olhando sempre para o horizonte", "vá devagar para chegar depressa", "calma que as coisas acontece", "tem que fazer força para subir a ladeira", mostrando-nos que a vida muitas vezes não é como gostaríamos, porém temos que mostrando-nos sacrificar e abdicar de momentos de prazer para realizarmos um trabalho

À minha esposa, Adriana Gianella Filardi,

que entrou em minha vida há pouco tempo e que, desde o começo, é uma torcedora do meu sucesso, sempre alegre e de pensamento positivo, trazendo-me tranqüilidade para exercer meu trabalho

(6)

mais que um ortopedista, um apaixonado pelo Ortopedia e Traumatologia e, principalmente, um educador nato, alicerce-mestre do que hoje representamos.

Possuidor de um grande coração, aprendemos a admirá-lo cada dia que passa, e a agradecer por podermos estar próximo ao senhor

(7)

meus pais científicos a quem serei sempre grato pelo incentivo que me deram durante a residência e pela a oportunidade de poder

me especializar em outro país, por sua indicação, bem como suas famílias, que cederam um tempo precioso do convívio para estarem

nos orientando. Um especial agradecimento ao Dr. Moisés Cohen, uma das maiores força de trabalho que conheci, em quem me espelho.

(8)

nosso Chefe do Grupo de Joelho da Escola Paulista de Medicina -UNIFESP, por sua disponibilidade para ensinar e por seu crédito a nossa geração, a quem agradeço os ensinamentos e dedicação.

(9)

Aos meus irmãos: Cantidio, Claudia, Caio e Daniela pelo carinho fraterno e dedicação profissional.

A Maria Cecilia E Caldeira, que de maneira direta sempre incentivou o nosso crescimento e vibrou com nossas conquistas.

Aos colegas, Profs. Drs. Caio Augusto de Souza Nery e Reynaldo Jesus Garcia Filho, Livres Docentes do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo - Escola

Paulista de Medicina, pelo apoio constante, incentivando o

crescimento dos mais jovens e dando orientações importantes para que este trabalho pudesse se realizar.

Ao Prol: Dr. Flavio Faloppa, Livre Docente e Chefe de Clinica da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, pelo incentivo e cobrança constantes, sem o que este trabalho não se teria realizado.

(10)

com os quais dividi muitas horas de trabalho e alegria.

Aos Drs. Luís Aurélio Mestriner, Mário Carneiro Filho, Antônio Altenor Bessa de Queiroz, Marcas Vinícius M. Luzo e Gerson de Andrade Souza, colegas do Grupo de Joelho e Artroscopia do

Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade

Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, pelo apoio e cooperação na realização deste trabalho.

A Roseli N Pereira Paschoa, secretária da Pós-Graduação do Departamento de Ortopedia e Traumatologia, pelo apoio constante.

A Angela Conte de Carvalho, secretária do Grupo de Joelho do Departamento de Ortopedia e Traumatologia, por sua dedicação.

Ao Prof. loiro Reis Jr. coordenador da língua portuguesa do Colégio Pio XII e Colégio Santo Américo, pela revisão gramatical e redacional deste texto.

(11)

desde residente, pela diagramação e digitação desta tese.

A Prof. Dr". Linamara Batistela, Diretora da divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clinicas-Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Dr Gilson Tanalca Shinzato, Médico Assistente do Laboratório de Avaliação Músculo Esquelético da DMR-HC-FMUSP; Sr Adilson Gonçalves e Isabel Cristina da S.P. Sampaio pelo apoio, dedicação e ensinamentos na realização desta tese.

Aos meus amigos Antônio Carlos do Valle Rodrigues, Eclzard Dias Marotzke, José Carlos P. de Mello Freire, Renato Mordilcian os quais torcem para o sucesso um do outro a mais de vinte anos.

Aos Professores e Residentes sem os quais não seria possível a realização desta tese.

(12)
(13)

I - INTRODUÇÃO

A crescente prática de atividades esportivas tem acarretado um aumento no número de lesões do ligamento cruzado anterior (LCA), conhecido por muitos como "ligamento do atleta".

Diversas técnicas descritas há muitos anos têm sido resgatadas à luz de novos conhecimentos da biologia e da biomecânica articular do joelho e várias estruturas já foram utilizadas para substituir o LCA, mas este tema permanece controverso.

Embora não se conheça ainda estrutura capaz de reproduzir o LCA de forma original, dentre as várias opções, o terço médio do tendão patelar e os tendões do semitendineo e grácil são os enxertos de maior escolha por parte dos cirurgiões para a substituição desse ligamento.

Apesar de largamente utilizados, há criticas em relação à retirada de tendões autólogos, por não estar bem estabelecido o grau de perda funcional das estruturas remanescentes.

A preocupação com a evolução da força muscular extensora e flexora após a retirada do terço médio do tendão patelar e dos tendões dos músculos do semitendineo e grácil, em pacientes

(14)

submetidos a reconstrução do LCA, motivou a realização de testes de avaliação isocinética com o objetivo de analisar as forças musculares do joelho operado comparadas com as do lado normal. O teste consiste em analisar dinamicamente as forças de contração por meio de máquina, a qual regulamos com velocidades angulares pré-determinadas de acordo com nosso protocolo.

O teste isocinético nos traz, de maneira objetiva e numérica, a

avaliação dos resultados obtidos e, com isso, conseguimos

determinar de maneira mais precisa o que ocorre com a força das musculatura extensora e flexora dos joelhos por nós estudados.

(15)
(16)

II- LITERATURA

HISLOP & PEIRRINE (1967) apresentaram o método do teste isocinético pela primeira vez. Mostraram poucas informações sobre ação muscular.

MURRAY, WARREN, OTIS, IKROLL,

WICKIEWICZ (1984), após reconstruções do LCA utilizando o tendão patelar, relataram que houve déficit de 17% da força do quadriceps em relação ao lado normal, com 2 anos de pós-operatório, em avaliação com teste isocinético.

LOPRESTI, KIFtKENDALL, STREET, DUDLEY (1988) realizaram teste de avaliação isocinética em seus pacientes operados pela técnica da reconstrução do LCA com uso do terço médio do tendão patelar e observaram déficit da musculatura extensora de 12 % nos homens e de 20 % nas mulheres, em comparação com o joelho normal, com o mínimo de 2 anos de evolução.

(17)

ROCHCONGAR, MORVAN, JAN, DASSONVILLE, BELLOT (1988) avaliaram a força isocinética dos músculos extensores e flexores do joelho de 189 jogadores jovens, praticantes de futebol, com idades que variavam entre 13 e 28 anos, e concluíram que não há diferença entre lado dominante e não-dominante.

SETO, OROFINO, MORRISSEY, MEDEIROS,

MASON (1988) relataram que em pacientes submetidos a

reconstrução do LCA com terço médio do tendão patelar e com 5 anos de pós-cirúrgico, houve um déficit de 33% da força muscular extensora e de 14% da força flexora do joelho quando comparado com o lado normal, por meio de testes de avaliação isocinética.

BORGES (1989) analisou 280 indivíduos normais, sendo 140 homens e 140 mulheres. Observou diminuição da força muscular nos homens com mais de 30 anos e nas mulheres com mais de 40 anos de idade, embora não houvesse diferença entre o lado dominante e o não-dominante, sendo a diminuição equivalente nos dois grupos.

(18)

ELMQUIST, LORENTZON, JOHANSSON,

LANGSTROM, FAGERLUND, FUGL-MEYER (1989)

realizaram testes isocinéticos em pacientes operados pela técnica da de reconstrução do LCA e observaram déficits de 20 % da musculatura extensora após reconstrução com o terço médio do tendão patelar com evolução mínima de 2 anos.

HARTER, OSTERNING, STANDIFER (1990)

estudaram a evolução na musculatura da coxa (quadriceps e flexores) do lado operado e do contralateral normal em 46 pacientes com idades que variaram de 18 a 49 anos (média de 23,7 anos), submetidos a reconstrução ligamentar. Em 30 pacientes, utilizaram o terço médio do tendão patelar e, em 16, os tendões dos músculos semitendineo e grácil duplos.

O seguimento variou de 24 a 101 meses, com média de 48 meses. Utilizaram a CybexR II (dinamômetro com interface com Cybex data reduction computer) e analisaram-se as forças máximas

com velocidades angulares de 120 graus/seg., realizando 5

repetições. A análise das forças de flexão e extensão foi considerada no ângulo fixo de 45 graus.

(19)

Em ambas as técnicas, os resultados foram semelhantes. Nos dois grupos, houve perda de força isocinética, principalmente da extensão, e pouca perda da força isocinética à fiexão.As perdas são muito parecidas, independentemente do tipo de enxerto utilizado. Referem a importância da reabilitação apropriada e do acompanhamento adequado do paciente.

KANNUS & JÁRVINEN (1990) realinram testes isocinéticos e mostraram que, no joelho normal e no que apresentava lesão do LCA grau I, os resultados estavam dentro da normalidade e a atrofia no quadriceps era comum nas lesões crônicas desse ligamento.

ROSENBERG, FRANKLIN, BALDWIN, NELSON (1992) realizaram o teste isocinéfico em pacientes submetidos a reconstrução do LCA com o terço médio do tendão patelar, com evolução de 2 anos de pós-operatório. Demonstraram que ocorre um déficit de 18% da musculatura extensora.

(20)

YASUDA, OHKOSHI, TANABE, KANEDA (1992) relataram déficit de 25% da musculatura extensora em joelhos de homens e de 30% nos de mulheres após a reconstrução do LCA com o terço médio do tendão patelar. Usaram testes isocinéticos no seguimento dos pacientes, que variou de 3 a 7 anos. Relataram também a não realização de qualquer tipo de exercício ou teste isocinético para mensurar a força da musculatura extensora antes dos 6 meses de pós-operatório, pois a força de contração do quadficeps provoca anteriorização da tíbia (gaveta anterior) e pode alterar as propriedades biomecânicas do enxerto.

MAITLAND, LOWE, STEWART, FUNG, BELL

(1993) verificaram que o teste com a CybexR pode causar

anteriorização da tíbia após reconstrução LCA. A força transmitida para esse ligamento durante o teste é dificil de ser analisada. Preconizam que a força muscular transmitida para a articulação não deve ser excessiva.

(21)

ANDERSON, SNYDER, LIPSCOMB (1994) apresentaram como principais objetivos da reconstrução do LCA a recuperação da estabilidade anterior, o retomo às atividades esportivas no mesmo nível de antes da lesão, a prevenção de lesões recorrentes e a diminuição das artroses pós-traumáticas.

Compararam os resultados dos objetivos acima

mencionados entre as reconstruções do LCA com o terço médio do tendão patelar e com o semitendíneo e grácil duplos e concluíram que os dois grupos apresentaram resultados semelhantes.

SAPEGA ( 1990), após um estudo populacional em indivíduos com joelhos normais, concluiu que o déficit de até 10 % em comparação com o joelho contralateral não tem relação com o lado dominante. Considerou essa diferença normal; o déficit entre 10% e 20%, subnormal, e acima de 20%, totahnente anormal.

(22)

DVIR (1995) apresentou estudo de diferentes autores relacionados ao equilíbrio da musculatura posterior da coxa em relação à anterior (flexão/extensão). Utilizou velocidades angulares de 30, 60, 180, 240, 300 graus/segundo para pacientes cujas idades variaram de 11 a 35 anos e mostrou, em joelhos normais, variações do equilíbrio flexão/extensão de 43% a 84%, (tendo a maioria dos

autores entre 50% e 65%), diferentemente dos 43% a 84%

(23)
(24)

III - MATERIAL E MÉTODOS

MATERIAL

Foram selecionados aleatoriamente e divididos em dois

grupos 30 pacientes submetidos a reconstrução do ligamento cruzado

anterior por cirurgiões do Grupo de Joelho do Departamento de

Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina-UNIFESP,

Serviço do Prof. Dr. José Laredo Filho.

Um grupo de 20 pacientes (66,7%), denominado por nós

GTP, teve seus ligamentos reconstruidos com o terço médio do tendão

patelar e o outro, de 10 pacientes (33,3%) denominado GST/GR,

recebeu o enxerto dos tendões do semitendineo e grácil duplos

(Gráfico 1). co uj — (-) z o GTP GST/GR e GTP 111 GSTIGR

GRÁFICO 1: Distribuição dos pacientes operados com relação ao

tipo de enxerto utilizado para reconstrução do LCA.

GTP - terço médio do tendão patelar

(25)

Quanto ao sexo, no GTP, 18(90%) eram do masculino e 2(10%), do feminino, enquanto, no GST/GR, 8(80%) eram do sexo masculino e 2(20%), do feminino (Gráfico 2).

GTP GST/GR

13 masculino $9 feminino

GRÁFICO 2 - Distribuição com relação ao sexo entre os grupos GTP e GST/GR

(26)

As idades variaram, no GTP, de 16 a 45 anos, com média de 24 anos, no GST/GR, a variação foi de 19 a 33 anos, com média de 27,5 anos (Gráfico 3).

28 27 26 25 24 23 22 GTP GSTIGR Ill GTP e GST/GR

GRÁFICO 3 - Distribuição com relação à idade média entre os grupos GPT e GST/GR.

(27)

Quanto à cor, no GTP, todos os pacientes eram brancos, e grupo GST/GR, 9(90%) eram brancos e 1(10%), não-brancos (Gráfico 4). 20 18 16 14 12 10 8 GTP GST/GR E3 BRANCOS at NÃO BRANCOS

GRÁFICO 4 - Distribuição com relação à cor dos pacientes nos grupos GTP e GST/GR.

(28)

Quanto ao lado operado, no GTP, 11(55%) sofreram intervenção no lado direito e 9(45%) no esquerdo; já no GST/GR, 9(90%) foram operado do direito e 1(10%) do lado esquerdo (Gráfico 5).

GTP GST/GR

e DIREITO e ESQUERDO

GRÁFICO 5 - Distribuição com relação ao lado operado dos pacientes dos grupos GTP e GST/GR.

(29)

O teste isocinético foi aplicado a partir de, no mínimo, 6 meses de pós-operatório, sendo que, no GTP, o tempo variou de 6 a 16 meses, com média de 14 meses e, no GST/GR variou de 6 a 18 meses, com média de 12,2 meses.

Utilizou-se o protocolo acelerado de reabilitação visando ao fortalecimento das musculaturas anterior e posterior da coxa e aprimoramento da sensibilidade proprioceptiva.

Nenhum paciente apresentou qualquer queixa com

relação ao joelho operado ou ao contralateral, o que acarretaria alterações de resultados no teste. Todos eles já haviam retomado a suas atividades fisico-recreativas.

(30)

MÉTODOS

O teste era iniciado por um pré-teste, que consistia em informações ao paciente, familiarização com a máquina de teste

isocinético (CybexR modelo 6000), aquecimento alongamento,

posicionamento, alinhamento e estabilização (Figs. 1, 2 e 3).

As informações eram dadas junto à máquina, para que o paciente pudesse visualizar o que ele realizaria durante o exame, e explicados os tipos de movimento que o mesmo iria executar com as diferentes velocidades angulares.

Após estar familiarizado com o esquema, iniciavam-se exercícios de alongamento, dando-se ênfase à articulação a ser examinada, seguidos de aquecimento em bicicleta ergométrica e/ou corrida em esteira.

Realizava-se teste com o perfeito posicionamento e adaptação do paciente e da articulação. A estabilização se fazia de forma criteriosa, para que pudéssemos analisar os grupos musculares em questão.

Em nosso estudo, analisamos os déficits em porcentagem da flexão e extensão do joelho em diferentes velocidades angulares

(31)

(torque máximo a 60 graus/seg., trabalho total a 60 graus/seg.,

potência máxima a 180 graus/seg., potência máxima a 300 graus/seg.)

e a relação do equilíbrio dos flexores com relação aos extensores na

velocidade angular de 60 graus/seg. do lado operado e do

não-operado.

Consideramos normais os testes que apresentavam déficit

de até 10% de diferença com relação ao joelho normal. Acima de

10% eram considerados anormais, sendo que, entre 10% e 20%, eram

pouco acima do normal e, acima de 20%, bem acima do normal.

A relação flexão/extensão foi considerada normal nos

valores entre 35% e 65%, sendo que valores inferiores e superiores

foram considerados anormais.

O examinador, em todos os momentos, estimulava o

paciente a executar os exercícios com força máxima. Realizavam-se

seqüências de cinco repetições, com intervalo de 30 a 60 segundos

para descanso, conforme nosso protocolo.

Após o término do teste o paciente fazia exercícios de

alongamento por períodos de 10 a 15 minutos, para depois ser

(32)

O estimulo visual que as máquinas atuais fornecem faz com que o paciente, diante da tela do computador, perceba terem sido inadequadas algumas das repetições; desta forma, ele se sente estimulado a fazer mais força na repetição seguinte. Todos foram

orientados para que o exame se realizasse com a musculatura

descansada e nunca após atividade fisica intensa (Fig.4).

Todos os dados foram coletados pelo computador já acoplado à máquina de CybexR modelo 6000 e documentados por impressão para análise pormenorizada dos dados.

(33)

MÉTODO ESTATÍSTICO

Dada a natureza das variáveis em causa, usamos testes

não-paramétricos, pois estes não exigem a normalidade da

distribuição das variáveis.

Quando comparamos os grupos para cada uma das variáveis, usamos o teste de Mann-Whitney.

Quando a comparação foi feita entre os lados operados e não operados dentro de cada grupo, usamos o teste de Wilcoxon.

O nível de significância para rejeição da hipótese de nulidade foi fixado sempre em um valor igual ou menor que 0,05(5%).

Nas comparações estudadas, sempre houve um sentido determinado para a resposta da variável, razão pela qual o valor crítico sempre foi testes monocaudais.

Quando a estatística calculada apresentou um valor significante, usamos um asterisco ( * ) para caracterizá-lo; e N.S. quando não significante.

As médias foram calculadas e apresentadas apenas a titulo de informação.

(34)

Como anteriormente descrito, por não conhecermos a distribuição das variáveis estudadas, não calculamos os desvios-padrão.

(35)

ABREVIATURAS

Fig.

- Figura

GST/GR - Grupo de pacientes operados em que utilizamos

os tendões dos músculos semitendineo e grácil

para

a

reconstrução

do ligamento

cruzado

anterior.

GTP

- Grupo de pacientes operados em que utilizamos

o terço médio do tendão patelar para a

reconstrução do ligamento cruzado anterior.

LCA

- Ligamento cruzado anterior

seg.

- Segundo

(36)
(37)

IV-RESULTADOS

Resultados referentes ao déficit em porcentagem do torque máximo da flexão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR, com variação de -27% a 35% (média de 1,90 %) no GTP e de -8% a 30 % (média de 6,80 %) no GST/GR (Tabela I).

TABELA I - Dados referentes ao déficit em porcentagem do torque máximo da flexão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR. GTP -15 9 24 1 -27 -21 1 -3 4 -1 -7 7 4 35 10 13 12 o -9 2 1,90 Média U calo= 82.50; z(U) -- 0,770(N.S.) Valor critico = 1,645 GST/GR 11 -5 4 8 30 21 10 1 -4 -8 6,80 Média

A análise do teste de Mann-Witney mostrou-se não-significante com relação aos valores dos grupos GTP e GST/GR

(38)

Resultados referentes ao déficit em porcentagem do trabalho total em flexão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupo GTP e GST/GR, com variação de -29% a 46 % (média de 2,10 %) no GTP e de -17% a 41 % (média de 13,40 %) no GST/GR (Tabela II).

TABELA II - Dados referentes ao déficit em porcentagem do trabalho total em flexão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupo GTP e GST/GR. GTP GST/GR -5 16 -3 2 12 18 6 20 -17 41 -21 38

o

8 -4 14

o

-6 -17 -6 7 5 46 18 7 14 4 -29 6 2,10 Média 13,40 Média U calc= 57.50;z(U)= 2.870*

V alor critico = 1,645 z(U) > V alor critico significante

A análise do teste de Marm-Witney mostrou significantes os valores do GTP em relação ao GST/GR.

A média do GTP está dentro do normal, enquanto a do GST/GR está fora da normalidade.

(39)

Resultados referentes aos déficits em porcentagem da potê ncia máximo da flexão com velocidade angular de 180 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR, com variação de -22% a 35 % (média de 1,10 %) no GTP e de -25% a 41 % (média de 4,40 %) no GST/GR (Tabela III).

TABELA III - Dados referentes ao déficit em porcentagem da potê ncia máxima da flexão com velocidade angular de 180 graus/seg. nos grupos GTP e GR. GTP -3 20 -14 19 -22 -10 6 13 -10 -7 -2 8 -5 35 7 -6 7

o

-6 -8 1,10 Média GST/GR 12 -12 3 11 18 41 7 3 -14 -25 4,40 Média U calc. = 89.50; z(u) — 0,462(N.S.) V alor critico = 1,645

A análise do teste de Mann-Witney mostrou não serem significantes os valores do GTP em relação ao GST/GR.

(40)

Resultados referentes aos déficits em porcentagem da potê ncia máxima da flexão com velocidade angular de 300 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GT, com variação de -67% a 55 % (média de 4,95 %) no GTP e de -30% a 35 % (média de 1,20 %) no GST/GR (Tabela IV ).

TABELA IV -Dados referentes ao déficit em porcentagem da potê ncia máxima da flexão com velocidade angular de 300 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GT. GTP -17

o

-67 30 -31 -31 -5 17 55 7 12 4

o

-6 4 2 -13 -42 3 -21 4,95 Média U calc = 87.50; z(u)= 0,550 (N.S.) V alor critico = 1,645 GST/GR -9 -30 -30 29 3 35

o

-21 30 5 1,20 Média

A análise do teste de Mann-Witney mostrou-se não-significante quanto aos valores do GTP em relação ao GST/GR

(41)

Resultados referentes aos déficits em porcentagem do torque máximo da extensão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR, com variação de 8% a 54 % (média de 33,10 %) no GTP e de 10% a 37 % (média de 22,10 %) no GST/GR (Tabela V ).

TABELA V -Dados relacionados ao déficit em porcentagem do torque máximo da extensão com velocidade angular de 60 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR. GTP GST/GR 9 37 22 10 41 14 34 16 44 32 12 15 39 12 12 34 49 19 48 32 8 21 33 52 42 28 33 31 50 54 33,10 Média 22,10 Média U cale = 58,50; z(u)= 1,826*

V alor critico = 1,645 z(u) > V alor critico: - significante

A analise do teste de Marm-Witney constatou serem significantes os valores do GTP em relação ao GST/GR.

(42)

Resultados referentes aos déficits em porcentagem da potê ncia máxima da extensão com velocidade angular de 180 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR, com variação de 2% a 45% (média de 21,3 %) no GTP e de -11% a 28 % (média de 6,4 %) no GST/GR (Tabela V I).

TABELA V I- dados referentes ao déficit em porcentagem da potê ncia máxima da extensão com velocidade angular de 180 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR.

GTP 6 8 18 17 37 8 32 2 40 21 11 8 26 45 31 3 26 13 37 36 21,30 Média GST/GR 28 6 -5 1 19 4 -7 15 14 -11 6,40 Média U cale = 43,50 ; z(u) .= 2,486*

V alor critico = 1,645 z(u) > V alor critico: - significante

A análise de Mann-Witney mostrou significância dos valores do GTP em relação ao GST/GR.

A média do GTP encontra-se anormal, enquanto a do GST/GR está dentro da normalidade.

(43)

Resultados referentes ao déficits em porcentagem da potê ncia máxima da extensão com velocidade angular de 300 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR, com variação de -5% a 52% (média de 18,70 %) no GTP e de -15% a 30 % (média de 4,10 %) no GST/GR (Tabela V II).

TABELA V II - Dados referentes ao déficit em porcentagem da potê ncia máxima da extensão com velocidade angular de 300 graus/seg. nos grupos GTP e GST/GR.

GTP 1 4 14 27 35

5

-5 12 52 21 13 9 23 42 23

o

24 16 37 21 18,70 Média GST/GR 30 3 5 -3 -13 13 4 14 3 -15 4,10 Média U calc = 47,00, z(u) = 2,332*

V alor critico = 1,645 z(u)> V alor critico significante

A análise do teste de Mann-Witney mostrou-se significante quanto aos valores do GTP em relação ao GST/GR

A média do GTP está anormal e a do GST/GR encontra-se dentro da normalidade

(44)

Resultados referentes a relação flexão/extensão dos joelhos normais nos grupos GTP e GST/GR com velocidade angular de 60 graus/seg., com variação de 33% a 64 % (média de 49,90 %) no GTP e de 46% a 63 % (média de 52,70 %) no GST/GR (Tabela V III). TABELA V III - Dados relacionados a relação flexão extensão dos joelhos normais nos grupos GTP e GST/GR com velocidade angular de 60 graus/seg. GTP 50 53 61 33 46 55 45 44 40 47 54 55 64 51 62 47 44 46 52 48 GST/GR 49 61 48 43 53 55 63 46 51 58 49,90 Média 52,70 Média U cale= 78,00; z(u) = 0,968(N.S.)

V alor critico = 1,645 z(u) <V alor critico: N.S.

A análise do teste de Mann-Witney mostrou não significantes os valores do GTP em relação ao GST/GR.

(45)

Resultados referentes a relação flexão extensão dos joelhos operados nos grupos GTP e GST/GR com velocidade angular de 60 graus/seg., com variação de 50% a 116% (média de 76,00%) no GTP e de 51% a 91% (média de 64,10 %) no GST/GR (Tabela IX ).

TABELA IX - Dados referentes a relação flexão extensão dos joelhos operados nos grupos GTP e GST/GR com velocidade angular de 60 graus/seg. GTP GST/GR 64 62 77 50 107 76 74 52 75 93 63 65 92 69 98 58 58 68 116 103 70 73 54 47 55 51 65 69 66 91 76,00 Média 64,1 Média U cale= 64.00; z(u) = 1,584(N.S.) V alor critico = 1,645

A análise do teste de Mann-Witney mostrou não-si em relação ao GST/GR

A média do GTP apresenta-se anormal, enquanto, no GST/GR, está dentro da normalidade

(46)

Resultados referentes à relação flexão/extensão dos joelhos normais e dos operados no GTP com velocidade angular de 60 graus/seg., com variação de 33% a 64 % (média de 49,00%) no grupo não-operado, e de 50% a 116 % ( média de 83,50 % ) no grupo operado (Tabela X ).

TABELA X - Dados referente a relação flexão/extensão dos pacientes normais e operados no grupos GTP com velocidade angular de 60 graus/seg.. GTP normais GTP operados 50 64 53 62 61 77 33 50 46 107 55 76 45 74 44 52 40 75 47 93 54 63 55 65 64 92 51 69 62 98 47 58 44 58 46 68 52 116 48 103 49,00 Média 83,50 Média T cale = 0,00 T critico = 52,0 83,50=1,70 x > 49,00

A análise do teste de Wilcoxon mostrou significantes os valores do GTP normal em relação ao GTP operado

No GTP operado, os valores encontram-se anormais, enquanto no GTP normal, estão dentro da normalidade.

(47)

Resultados referentes à relação flexão/extensão dos joelhos normais

e dos operados no GST/GR com velocidade angular de 60 graus/seg.,

com variação de 43% a 63 % (média de 52,70 %) no grupo

não-operado e de 47% a 91 % (média de 64,10 % ) no grupo operado

(Tabela X I).

TABELA X I - Dados referentes à relação flexão/extensão dos

joelhos normais e operados nos grupos GST/GR com velocidade

angular de 60 graus/seg.. GST/GR normal 49 61 48 43 53 63 46 51 58 52,70 Média T cale = 3,50* T crítico = 8 64,1 1,21x> que 52,7 GST/GR operado 70 73 54 47 51 65 69 66 91 64,10 Média

A análise do teste de Wilcoxon mostrou significantes os valores do GST/GR normal em relação ao GST/GR operado.

(48)
(49)

V-DISCUSSÃ O

A escolha do enxerto ideal para substituir o LCA ainda é muito discutida, uma vez que nenhuma estrutura orgânica ou inorgânica reproduz convenientemente o referido ligamento. Podemos utilizar vários tipos de enxerto como o terço médio do tendão patelar, uma parte do tendão quadricipita1, o tendão do músculo semitendineo duplo, triplo e quádruplo, ou, como em nosso estudo, os tendões dos músculos semitendineo e grácil duplos. Todos esses enxertos são biomecanicamente mais resistentes que o ligamento original, porém não sabemos quanto sua retirada vai alterar a ação do joelho operado.

Preocupados objetivamente com as funções musculares Hislop & Perrine (1967) descreveram uma máquina que testava a força isocinética, sem, contudo, apresentar informações muito precisas com relação aos resultados.

Em nosso estudo, utilizamos uma máquina de testes isocinéticosde última geração(CybexR modelo 6000) e, conseqüentemente, os resultados foram apresentados de forma mais precisa. Avaliamos dois grupos de pacientes bem determinados com relação à área doadora dos enxertos. No

(50)

primeiro grupo, o GTP (terço médio do tendão patelar), a área era a do aparelho extensor, enquanto a do segundo, o GST/GR( tendão do semitendineo e grácil duplos) era a do aparelho flexor; com isso, analisamos os danos ocorridos à flexão e à extensão do joelho.

V ários autores apresentaram trabalhos mostrando a perda isocinética da extensão do joelho, como Murray et al.(1984),que relataram a perda de força isocinética de 17%, com 2 anos de pós-operatório nos casos operados com o terço médio do tendão patelar.

Lopresti et al. (1988) encontraram déficits menores com relação aos citados por Murray et al. (1984), quando analisaram os resultados obtidos no sexo masculino; consideraram esses valores anormais.

Elmquist et al. (1989) também demonstraram o déficit dos extensores do joelho após reconstrução do LCA com o terço médio do tendão patelar. Rosenberg et al.(1992) e Y asuda et al.(1992) publicaram resultados semelhantes aos de Elmquist et al.(1989).

Seto et al.(1988) relataram déficit de 33% e 14%, respectivamente, das musculaturas extensora e flexora do joelho em relação ao joelho normal; utilizaram testes isocinéticos em pacientes submetidos a reconstrução do LCA com o terço médio do tendão patelar, após 5 anos de seguimento.

(51)

Em nosso estudo se analisamos somente o GTP, houve um déficit extensor, o que corrobora os trabalhos anteriormente relatados, porém não encontramos déficit de flexores, como citado por Seto et al.(1988).

Caso analisemos individualmente os pacientes, podemos inferir que a maioria deles até ganharam força flexora após a cirurgia, provavelmente por estarem exercitando mais o lado operado, em especial a musculatura flexora, que é precocemente trabalhada.

Borges (1989) relatou que não há diferença entre as forças dos lados dominante e não-dominante. Dvir (1995) citou em seu livro vários autores que concluíram ser o lado dominante importante para avaliação isocinética em membros superiores, mas de nenhuma importância nos inferiores.

Rochcongar et al. (1988) concluíram, após realizarem testes isocinéticos em um grupo de jogadores de futebol, que não houve diferença entre os lados dominante e não-dominante.

Com base nesses resultados, não relacionamos o lado operado com a dominância do paciente.

Em nosso protocolo, consideramos normal os pacientes apresentarem um déficit de até 10%, dado respaldado pelo trabalho de Sapegga (1990).

A relação flexão/extensão foi considerada normal nos valores de 35% a 65%. Esses dados diferem ligeiramente da literatura. Dvir (1995)

4

(52)

considerou os valores normais entre 60% e 65 %, e K annus et al. (1990) relataram como normal a relação flexão/extensão entre 50% e 80%. O padrão da normalidade ainda deve ser melhor estudado para cada grupo, pois são controversos esses valores.

Considerando somente o lado normal dos pacientes avaliados por nós, a relação flexão/extensão apresentou médias de 49,90% no do GTP e de 52,70% no GST/GR, para os quais estatisticamente não foram significantes as diferenças. O menor e o maior valor foram respectivamente de 33% a 64% da relação flexão/extensão, considerando os joelhos normais; e com base nesses valores, elegemos como normal aquele compreendido entre 35% e 65% pois nosso grupo se mostrou diferente da literatura nas médias analisadas, apresentando valores inferiores.

Nosso trabalho se assemelha ao de Harter et al.(1990) quanto à avaliação dos déficits isocinéticos em dois grupos: em 30 pacientes, utilizaram o terço médio do tendão patelar e, em 16, o senütenclineo e grácil duplos. A análise, contudo, era feita com velocidade angular de 120 graus/seg. e, tanto na extensão quanto na flexão os valores mensurados eram estipulados num ângulo fixo de 45 graus.

Em nosso estudo, analisamos as forças obtidas em diversas velocidades angulares e o valor considerado para a análise sempre foi o

(53)

máximo conseguido na realização dos exercícios durante as 5 repetições . Acreditamos que a análise do valor máximo é mais fidedigna, pois cada indivíduo pode ter sua força máxima em um determinado ângulo.

Nosso estudo está parcialmente acorde com o trabalho de Harter et al.(1990), pois mostram que, em ambas as técnicas analisadas, ocorre déficit extensor; apesar de eles mostrarem uma perda de força flexora, em nosso estudo não houve esse déficit. Inferimos que esse fato confraria a lógica, pois o correto seria concluir por perda da força flexora quando retirados os tendões flexores e perda da força extensora quando da extração dos tendões extensores.

Não sabemos explicar o porquê desse déficit isocinético extensor, visto não se agredirem os músculos extensores. Essa incógnita para tal fato dificulta a escolha do enxerto com base no raciocínio de se utilizar o terço médio do tendão patelar em praticantes de modalidades esportivas que solicitem mais os tendões flexores ou o inverso, que seria a utilização dos tendões dos músculos flexores nos esportistas cuja musculatura extensora seja mais exigida.

As técnicas mostraram déficit extensor, principalmente em velocidade angular baixa; não houve perda flexora de maneira significante em ambas as técnicas realizadas.

(54)

É interessante notar que, quando utilizamos testes isocinéticos em velocidades angulares altas (180 e 300 graus por segundo), executamos movimentos tanto de extensão quanto de flexão, que normalmente não estamos habituados a realizar e que, portanto, é necessário haver uma boa coordenação motora para estender e flexionar a perna em grande velocidade, provocando, dessa maneira, uma resistê ncia da máquina suficiente para registrar os dados no computador.

Em velocidades angulares altas, não houve déficit da extensão no GST/GR, como podemos verificar nas tabelas V I e V II, embora tenha havido déficit anormal no GTP. Acreditamos que esse resultado é o esperado, pois, em velocidade angular alta, a resistê ncia exercida pela máquina é menor e, com isso, a musculatura consegue executar de forma mais fácil a flexão e a extensão do joelho.

Não determinamos, por meio dos testes isocinéticos, se o atleta pode ou não retomar a suas atividades normais, porém podemos dar uma idéia mais precisa do que está acontecendo com sua força muscular estudada e, desta maneira, projetar o que poderá ocorrer se tentar executar determinadas atividades estando a musculatura despreparada para isso.

O ideal seria que, na avaliação pós-operatória do paciente com reconstrução do LCA, o teste isocinético fosse realizado, pois é,

(55)

indubitavelmente um importante instrumento de mensuração. Observe-se, entretanto, que ele deverá ser realizado somente após o 6°- mê s de cirurgia, como registraram Y asuda et al.(1992) e Maitland et al.(1993), pois, antecipado desse período, principalmente em velocidades angulares baixas, poderá acarretar uma anteriorização da tíbia em relação ao fê mur e conseqüente frouxidão do enxerto.

Apesar de analisarmos um número grande de dados referentes ao teste isocinético, um dos pacientes que apresentou maior déficit no GTP foi um jogador de voleibol (recreativo) que referia sentir-se muito bem quando jogava, mas que, analisados seus dados de forma isolada, muito provavelmente não teria seu retorno à atividade esportiva autorizada antes de ganhar mais força isocinética.

Acreditamos que os testes de avaliação isocinética, bem como outros afins, serão cada vez mais solicitados para tentarmos transformar as sensações subjetivas em dados objetivos, entretanto acreditamos também não podermos jamais subestimar a relação médico paciente ou prescindir da intuição para a consecução do tratamento adequado para cada um.

(56)
(57)

V I-CONCLUSÕ ES

1- Quando se retiram dois tendões flexores do joelho nas reconstruções do ligamento cruzado anterior, a força extensora é a mais comprometida nas velocidades angulares baixas.

2- A perda da força flexora do joelho operado, em comparação com o contralateral normal, não foi estatisticamente significante no grupo de

joelhos reconstruidos com o tendão patelar (GTP) nem naquele em que se utilizaram os tendões dos semitendineos e grácil duplos (GST/GR).

3-A relação da porcentagem das forças flexão/extensão está mais próxima do normal no GST/GR do que no GTP.

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

(58)
(59)

Para trabalho prospectivo foram selecionados aleatoriamente 30 pacientes submetidos a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA), sendo que, em 20 deles utilizou-se o terço médio do tendão patelar (GTP) e, em 10, os tendões dos músculos semitendineo e grácil duplos (GST/GR).

Com relação ao sexo, no grupo GTP, 18(90%) eram do masculino e 2(10%), do feminino. No grupo GST/GR, 8(80%) eram do sexo masculino e 2(20%), do feminino. As idades variaram de 16 a 45 anos, com média de 24 anos no GTP, e de 19 a 33 anos, com média de 27,5 anos no GST/GR. No GTP, todos eram brancos e, no GST/GR, 9(90%) eram brancos e 1(10%) não-brancos.

Todos os testes foram realizados após o sexto mês de pós-operatório, sendo que, no GTP, a média foi de 14 meses e, no GST/GR, de 12,2 meses.

Realizamos testes de avaliação isocinética com velocidades angulares pré-determinadas em protocolo, objetivando avaliar as musculaturas extensora e flexora do joelho operado comparadas com o as do lado contralateral normal.

(60)

Concluímos que, em ambos os grupos (GTP e GST/GR), a força extensora é a mais comprometida e que a retirada dos músculos flexores não compromete a força flexora, fenômeno cujas causas

(61)

VII- SUMMARY

In order to do prospective work thirty patients were selected at random to be submitted to the ACL reconstruction, so that, in twenty of them the medium third of patellar tendon was used and in ten, the tendons of Semitendinosus and Gracilis muscles.

In relation to sex, in group GTP, 18 (90%) were males and 2 (10%) were female. In group GST/GR, 8 (80%) were male and 2 (20%) were female. The age varies from 16 to 45 years old, with an average of 24 years in group GTP, and 19 to 33 years old , with an average of 27,5 years old in GST/GR. In GTP, everyone was white and in GST/GR, 9 (90%) were white and 1 (10%) were not white.

Ali tests were done from the sixth month on counting from the day of surgery, so that in GTP the average was 14 month and in GST/GR, 12,2 months.

Isolcinetics evaluation tests with angled speed pre determined in protocol were made, aiming to evaluate the muscle of operated lcnees compared to the normal side.

We conclude that, in both groups (GTP and GST/GR) the extension strength is more compromised and that the removal of the flexion's muscle does not weaken the flexion strength, the cause of which still lacks analysis.

(62)
(63)

1. ANDERSON, A.F., SNYDER, R.B., LIPSCOMB, A.B. - Anterior Cruciate Ligament Reconstruction Using the Semitendinosus and Gracilis Tendons Augmented by the Losee Iliotibial Band Tenodesis. Am J. Sports. Med., 22(5):620-6, 1994.

2. BORGES, O. - Isometric and isokinetic knee extension and flexion torque in men and women aged 20-70. Scand. J.

Reahab.Med., 21:45-53, 1989.

3. DVIR, Z. - Isokinetics - Muscle Testing, Interpretation and Clinical Applications. P ed. New York, Churchill

Livingstone, 1995. 199p.

4. ELMQVIST, L.G., LORENTZON, R., JOHANSSON, C.,

LANGSTROM, M., FAGERLUND, M., FUGL-MEYER, A. - Knee extensor muscle flinction before and after

(64)

reconstruction of anterior cruciate ligament tear. Scand. J. Reahab. Med., 21:131-9, 1989.

5. HARTER, R.A., OSTERNING, L.R., STANDIFER, L.W. -

Isolcinetic Evaluation of Quadriceps and Hamstrings Synrunetry Following Anterior Cruciate Ligament Reconstruction. Arch. Phys. Med. Rehab., 71:465-8, 1990

6. HISTOP, H.J. & PERRINE, J.J. - The isokinetic concept of exercise. Phys Ther. 47:114-7, 1967.

7. ICANNUS, P. & JÃRVINEN, M. - 1Cnee Flexor/Extensor Strength Ratio in Follow-up of Acute Knee Distortion Injuries. Arch. Phys. Med. Rehabil., 71:38-41, 1990

8. LOPRESTI, C., KIRKENDALL, D.T., STREET, G.M.,

DUDLEY, A.W., - Quadriceps insufficiency following repair of the anterior cruciate ligament. J. Orthop. Sports Ther., 9:245-9, 1988.

(65)

9. MAITLAND, M.E. , LOWE, R., STEWART, S., FUG, T., BELL, D. - Does Cybex testing increase knee laxity atter anterior cruciate ligament reconstructions. Am. J. Sports. Med., 21(5): 690-5, 1993.

10. MURRAY, S.P., WARREN, R.F., OTIS, J.C., KROLL, M., WICKIEWICZ, T.L. - Torque-velocity relationships of the knee extensor and flexor muscles in individuais sustaining injuries of the anterior cruciate ligament. Am. J. Sports. Med., 12:436-40,1984.

11. ROCHCONGAR, P., MORVAN, R., JAN, J. DASSONVILLE, J., BELLLOT, J. - Isokinetic Investigation of Knee Extensors and Knee Flexors in Yong French Soccer Players. J. Sports Med. 9:448-50, 1988.

12. ROSENBERG, T.D., FRANICLIN, J.L., BALDWIN, G.N., NELSON, K.A. - Extensor machanism function after patellar tendon graft harvest for anterior cruciate ligament

(66)

13. SETO, J.L., OROFINO, A.S., MORRISSEY, M.C., MEDEIROS, J.M., MASON, W.J. - Assessment of quadriceps/hamstring strength, knee ligament stability, functional and sports activity leveis five years after anterior cruciate ligament

reconstruction. Am. J. Sports Med., 16:170-80, 1988.

14. SIEGEL, S. - Estatística não Paramétrico ( para as ciencias do comportamento) Ed. Maksow Books do Brasil Ltda. - Ed. McGran-Hill Ltda., 1975. Teste de Marm-Nhitney cap.6 - pg.131-44; Teste de Nilcoxon, cap. 5, pg.84-93.

15. YASUDA, K., OHKOSHI, Y., TANABE, Y., KANEDA, K. - Quantitative evaluation of knee instability and muscle strength after anterior cruciate ligament reconstTuction using patellar and quadriceps tendon. Am. J. Sports .Med., 20(4):471-5,1992.

4,

(67)
(68)

IX - ILUSTRAÇÕ ES

(69)
(70)

alu opu d o p o uSu zw cp sa a ol uo un tw `o lu atu uuo m so d

(71)

-Fig. 4 - Execução do teste e estimulo visual da máquina

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

Referências

Documentos relacionados

Esta laboriosa etapa es de gran importancia ya que permite comprobar si el hemistiquio tiene un origen tradicional (en el caso de que alguna versión fidedigna de la tradición oral

linguagem humana há, para Heidegger, um abismo e, pre- cisamente por isso, não pode ter lugar em seu pensamento uma pensamento da voz animal, pois, ao pensar o homem como Dasein

O pagamento da inscrição deverá ser efetuado em qualquer agência bancária ou terminal de autoatendimento, até o dia 23 de março de 2012, com o boleto

No método dos volumes finitos, se os valores das propriedades de transporte nas faces dos volumes de controle não são conhecidos, é necessário obtê-los através de

Com foco na criação de uma cultura científica, o PIBIC‐EM é dirigido aos estudantes do  ensino  médio  e  profissional  com  a  finalidade  de: 

Para a abordagem sistêmica quando o relacionamento amoroso está em crise, um dos itens que devem ser in- vestigados é a relação conjugal dos pais de cada parceiro, para verificar

Sendo assim, procuro entender o panorama desta época e por que aconteceram alguns movimentos voltados para a saúde dos escravos; identificar quem era Luis Gomes

Para categoria da Tabela 01 deve ser inserido informações de emissões de GEE de dados da empresa, como consumo de energia elétrica, consumo de combustíveis, liberações de