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Fatores de risco para falha local necessitando de neurocirurgia de resgate após radiocirurgia de metástases cerebrais

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Fatores de risco para falha local necessitando de neurocirurgia de

resgate após radiocirurgia de metástases cerebrais

Risk factors for local failure requiring salvage neurosurgery after radiosurgery for brain

metastases*

Eduardo Weltman1, Reynaldo André Brandt2, Rodrigo de Morais Hanriot3, Flávio Eduardo Prisco4,

Frederico Rafael Moreira5, Wladimir Nadalin6

ABSTRACT

Objective: The aim of this study is to select the risk factors for local failure requiring salvage neurosurgery in patients with brain metastases treated with stereotactic radiosurgery in a single institution. Methods: The follow-up of 123 patients, with 255 brain metastases treated with radiosurgery at the Radiation Oncology Department of the Hospital Israelita Albert Einstein from July 1993 to August 2001, was retrospectively analyzed. The criteria for salvage neurosurgery were tumor volume enlargement, or tumor persistence leading to severe neurological symptoms, life-threatening situation or critical steroid dependence. We considered the case as local failure when the histopathologic evaluation showed morphologically preserved cancer cells (tumor recurrence, persistence or progression). We applied the Fisher’s exact test to evaluate the statistical correlation between local failure and primary tumor histology, volume of the brain metastases, prescribed radiosurgery dose, and whole brain radiotherapy. Results: Fourteen of 123 patients (11%) underwent salvage neurosurgery. Histology showed preserved cancer cells with necrosis and/or bleeding in 11 cases (9% of the total accrual), and only necrosis with or without bleeding (without preserved cancer cells) in three cases. The primary tumor histology among the 11 patients considered with active neoplasia was malignant melanoma in five cases (21% of the patients with melanoma), breast adenocarcinoma in three (16% of the patients with breast cancer), and other histology in the remaining three. Breast cancer diagnosis, non-elective whole brain irradiation, volume of the brain metastases, and the prescribed radiosurgery dose did not correlate with the risk of local failure. Patients treated with elective whole brain radiotherapy showed

fewer local failures, when compared to all patients receiving whole brain radiotherapy, and to the patients not receiving this treatment, with incidence of failure in 4%,7% and 14%, respectively, but this difference did not reach statistical significance. Malignant melanoma histology was the single risk factor statistically associated with local failure, both at univariate (p = 0.0381) and multivariate analysis (p = 0.0321). Conclusion: In our experience, the risk of local failure after radiosurgery for brain metastases requiring salvage neurosurgical intervention is greater in patients with malignant melanoma, and also suggests a trend to be greater in patients not treated with elective whole brain irradiation. Keywords: Radiosurgery; Neoplasm metastasis/therapy; Brain neoplasms; Neurosurgery; Risk factors

RESUMO

Objetivo: O objetivo deste estudo é selecionar os fatores de risco para falha local que requer neurocirurgia de resgate em pacientes com metástases cerebrais submetidos a radiocirurgia em uma única instituição. Métodos: Analisamos retrospectivamente a evolução clínica de 123 pacientes com 255 metástases cerebrais tratadas com radiocirurgia, no Departamento de Radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, entre julho de 1993 e agosto de 2001. Os critérios para indicação de neurocirurgia de resgate foram aumento do volume tumoral ou persistência do tumor causando quadro neurológico grave, risco de vida ou dependência de corticosteróides. Consideramos o caso como falha local quando a avaliação histopatológica mostrou presença de células

ARTIGO ORIGINAL

* Trabalho realizado no Hospital Israelita Albert Einstein.

1 PhD, Departamento de Radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil, Departamento de Radioterapia da Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil. 2 MD, Departamento de Neurocirurgia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil.

3 MD, Departamento de Radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil. 4 PhD, Departamento de Radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil.

5 Estatístico do Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil.

6 PhD, Departamento de Radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brasil, Departamento de Radioterapia da Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil.

Endereço para correspondência: Eduardo Weltman - Hospital Israelita Albert Einstein - Serviço de Radioterapia - Av. Albert Einstein, 627/701 - 3º subsolo - Morumbi - CEP 05651-901 - São Paulo (SP), Brasil. Fax: 55 (11) 3747-1412 - e-mail:eweltman@einstein.br

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neoplásicas com morfologia preservada (recidiva, persistência ou progressão tumoral). Aplicamos o teste exato de Fisher para avaliar a correlação estatística entre probabilidade de falha local e histologia do tumor primário, volume das metástases cerebrais, dose prescrita de radiocirurgia e radioterapia de cérebro total. Resultados: Quatorze dos 123 pacientes (11%) foram submetidos a neurocirurgia de resgate. O estudo histopatológico mostrou células neoplásicas preservadas acompanhadas de necrose e/ou sangramento em 11 casos (9% de todos os casos) e somente necrose com ou sem sangramento (ausência de células neoplásicas preservadas) em três casos. A histologia do tumor primário dos 11 pacientes com neoplasia ativa foi melanoma maligno em cinco casos (21% dos pacientes com melanoma), adenocarcinoma de mama em três (16% dos pacientes com neoplasia de mama) e outras histologias nos outros três casos. Diagnóstico de neoplasia de mama, radioterapia de cérebro total de forma não-eletiva, volume das lesões cerebrais e dose de prescrição da radiocirurgia não apresentaram correlação estatística com risco de falha local. Pacientes tratados de forma eletiva com radioterapia de cérebro total mostraram menos falhas locais quando comparados com todo o grupo de pacientes que receberam radioterapia de cérebro total e com os pacientes que não receberam este tratamento, com 4%, 7% e 14% de falha, respectivamente; porém esta diferença não alcançou significância estatística. Melanoma maligno como histologia primária foi o fator isolado que mostrou correlação estatística com falha local, tanto na análise univariada (p = 0,0381) como na multivariada (p = 0,0321). Conclusão: O risco de falha local necessitando de neurocirurgia de resgate após radiocirurgia para metástases cerebrais foi maior para pacientes com melanoma maligno e também sugere uma tendência a ser maior em pacientes não submetidos eletivamente a radioterapia de cérebro total. Descritores: Radiocirurgia; Metástase neoplásica/terapia; Neoplasias cerebrais; Neurocirurgia; Fatores de risco

INTRODUÇÃO

O tratamento de pacientes com metástases cerebrais inclui medidas gerais de cuidados clínicos e tratamento com corticosteróides; medidas específicas, como radioterapia de cérebro total (RCT) e quimioterapia; e tratamentos focais, como radiocirurgia estereotáxica (RCE) e neurocirurgia (NC). Os pacientes que recebem cuidados clínicos inespecíficos sobrevivem algumas semanas, ao passo que aqueles em tratamento específico e focal apresentam sobrevida média

prorrogada por vários meses(1). A associação de

tratamento focal e RCT, com RCE ou NC, leva a um controle de metástases cerebrais mais duradouro para

pacientes que apresentam lesão única(2) ou de duas a

quatro lesões(3).

Tanto a RCE como a NC são métodos eficazes para se obter controle local estável em certos pacientes com metástases cerebrais. A RCE apresenta melhor relação

custo-efetividade(4) e menos limitações em relação a

localização, número de lesões, índice de desempenho,

ou condições clínicas gerais(5). Já a NC apresenta a

vantagem de alívio mais rápido dos sintomas e obtenção

de material para diagnóstico histológico definitivo(6).

A escolha do melhor tratamento focal ainda não foi completamente definida e depende, em muitos casos, das habilidades da equipe do centro especializado e das preferências pessoais.

A RCE controla mais de 80% das lesões

metastáticas tratadas(2-13); entretanto, não é possível

fazer o controle local de algumas lesões, que necessitam de NC de resgate em situações críticas. Em nosso hospital, os critérios adotados para esta cirurgia são aumento do volume tumoral (devido a proliferação de células neoplásicas, edema, sangramento ou necrose) ou persistência do tumor, causando sintomas neurológicos graves, risco de vida ou dependência importante de corticosteróides (com conseqüentes efeitos colaterais graves). A avaliação histopatológica mostra células neoplásicas com morfologia preservada (CNP), geralmente com necrose (NEC) ou sangramento (SAN), em espécimes de pacientes tratados com cirurgia e diagnóstico de resistência tumoral (recidiva, persistência ou progressão).

O objetivo deste estudo foi selecionar fatores de risco para falha local que requer NC de resgate, especialmente em casos de resistência tumoral.

MÉTODOS

Pacientes e Características do Tratamento

De julho de 1993 a agosto de 2001, 123 pacientes com 255 metástases cerebrais (recentemente diagnosticadas ou recidivantes) foram submetidos à RCE no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Brasil. Utilizamos o sistema de planejamento para tratamento

estereotáxico F. L. FisherTM, versão 2,21 e 3,1X, e o

acelerador linear VarianTM 600C (com um pico de

energia de fótons de 6 MV) para os procedimentos de RCE. Foram tratadas de uma a seis lesões por paciente (mediana de duas lesões por paciente por tratamento). Nove pacientes foram tratados duas vezes e dois indivíduos foram tratados três vezes, com um total de 139 procedimentos. A idade variou de 28 a 83 anos, com mediana de 61 anos (tabela 1).

Os critérios de exclusão foram: mais do que seis

lesões, qualquer lesão > 30 cm3, índice de Karnofsky

(KPS) < 50, sintomas que demandam intervenção neurocirúrgica de emergência ou um prognóstico geral muito ruim devido à doença sistêmica de evolução rápida.

O tumor primário mais freqüente foi câncer de pulmão (carcinoma de células não-pequenas e carcinoma de células pequenas), com 45 casos (37%).

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Vinte e quatro pacientes (20%) tinham melanoma maligno; 19 (15%) adenocarcinoma mamário; 13 (11%) carcinoma de células renais claras; 10 (8%) adenocarcinoma colorretal; e 12 pacientes (10%) apresentavam outro tipo histológico de tumor primário.

como tratamento principal (sem RCE planejada), ou devido à progressão da doença metastática no CNS depois da RCE primária (sem RCT planejada). O esquema de tratamento para RCT foi uma dose total de 30 Gy administrada durante duas semanas (3 Gy/ dia, cinco dias/semana) para pacientes com índice de Karnofsky < 70, e 40 Gy administrados ao longo de quatro semanas (2 Gy/dia, cinco dias/semana) para pacientes com índice de Karnofsky > 70.

O seguimento incluiu exames clínicos e radiológicos. O exame físico geral e neurológico, e a TC ou RM, foram feitos de quatro a seis semanas depois do tratamento. Depois desta primeira avaliação, os pacientes foram examinados novamente a cada três meses durante o primeiro ano; a cada quatro meses no segundo ano, e depois, duas vezes por ano. Avaliou-se sobrevida geral, controle local e tempo de sobrevida sem doença. Todos os eventos clínicos desde a data da RCE até o óbito, ou a última avaliação clínica até fevereiro de 2002, também foram avaliados. O período de seguimento variou de seis a 98 meses depois da RCE e todos os pacientes foram acompanhados.

Critérios para Neurocirurgia e Características Histopatológicas

Os critérios para NC de resgate foram aumento do volume tumoral (devido a proliferação de células neoplásicas, sangramento ou necrose) ou persistência tumoral, causando graves sintomas neurológicos, risco de vida ou dependência de corticosteróides, o que acarreta importantes efeitos colaterais).

O tecido obtido foi analisado e a presença de CNP à microscopia definiu o tumor como resistente à RCE (recidiva, persistência ou progressão tumoral devido à proliferação de células neoplásicas), independente da indicação para NC de resgate (progressão ou persistência tumoral, necrose tumoral ou sangramento tumoral). Os achados patológicos foram então classificados de acordo com sua predominância, como mostra a tabela 2.

Métodos Estatísticos

Realizou-se o teste exato de Fisher para identificar os fatores de risco e sua associação com recidivas de tumor ativo na análise univariada. Todas as variáveis com p < 0,2, na análise univariada foram testadas em um modelo multivariado com análise de regressão logística, método stepwise. Os fatores que mantiveram significância no modelo multivariado foram interpretados como sendo independentemente preditivos de recidivas de tumor ativo.

Tabela 1. Pacientes com metástases cerebrais tratados por radiocirurgia

Período Julho de 1993 – Agosto de 2001

Pacientes e Procedimentos 123 pacientes: 70 homens / 53 mulheres;

138 procedimentos; 255 lesões tratadas

Idade 28 a 83 anos - Mediana: 61 anos

Tumores Primários Carcinoma de pulmão…...45 pacientes (37%)

Melanoma maligno...………. 24 pacientes (20%) Adenocarcinoma de mama … 19 pacientes (15%) Carcinoma renal....……... 13 pacientes (11%) Adenocarcinoma colorretal... 10 pacientes (8%) Outra histologia. ..………… 12 pacientes (10%)

Maior Volume da Lesão* 0.05 cm3 a 28.06 cm3 – Mediana: 2.70 cm3

< 5 cm3: 79 casos (64%); > 5 cm3: 44 casos (36%)

Dose Prescrita de Radiologia* 9 Gy a 22 Gy calculada como 50% a 100%

da isodose

> 15 Gy: 82 pacientes (67%) / < 15 Gy: 41 pacientes (33%)

Mediana e Moda: 18 Gy calculada como 80% isodose

Radioterapia de Cérebro Total Total de pacientes tratados: 87/123 (71%)

RCT eletiva: 44/123 (36%)

*Em casos com mais de uma lesão, foram considerados o maior volume e a maior dose. RCE: radiocirurgia estereotáxica; NC: neurocirurgia; RCT: radioterapia de cérebro total.

O volume das lesões tratadas variou de 0,05 cm3 a 28,06

cm3, com volume mediano de 2,70 cm3. Do total de

123 pacientes, com 255 lesões, 44 pacientes tinham pelo

menos uma lesão > 5 cm3 (36%), e o volume de todas

as lesões era < 5 cm3 (64%) nos outros 79 pacientes

(tabela 1).

A dose prescrita variou de 9 Gy a 22 Gy, calculada como 50% a 100% da dose máxima, de acordo com o tamanho da lesão, otimização do plano e localização do tumor. A dose mediana e modal prescrita foi 18 Gy, calculada como 80% da isodose. A dose prescrita foi maior que 15 Gy em 82 casos (67%) e menor ou igual a 15 Gy nos outros 41 pacientes (33%) (tabela 1).

Oitenta e sete pacientes (71%) receberam RCT em alguma etapa do tratamento, conforme decisão da equipe oncológica (tabela 1). Definimos RCT como um procedimento eletivo (RCTe) quando este tratamento terminou no intervalo de dois meses antes ou depois da RCE. Quarenta e quatro pacientes (36%) receberam RCT como uma parte eletiva do tratamento da doença neurológica. Apesar desse tratamento ser recomendado de acordo com cada caso, os pacientes com duas ou mais metástases cerebrais, tumor primário diferente de melanoma ou de câncer de células renais, idade menor que 60 anos, e sem diabetes ou doença vascular periférica tinham mais probabilidade de receber RCTe. Os outros pacientes foram tratados com RCT

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Os dados foram analisados pelo pacote estatístico

SAS(14). Todos os valores de p descritos foram

submetidos a teste bicaudal e os valores menores que 0,05 foram considerados significativos. Os resultados com p > 0,05 e p < 0,10 foram interpretados como uma tendência à associação. Calculou-se também o “odds ratio” e o intervalo de confiança de 95%. A análise de regressão logística multivariada foi utilizada para avaliar a influência de fatores de risco na probabilidade de falha local através de sete variáveis independentes, testadas na análise univariada. Os níveis de significância de 0,20 e 0,10, respectivamente, foram necessários para escolher e manter uma variável no modelo.

Como nosso objetivo era identificar os pacientes com risco de falha, utilizamos número de pacientes em vez de número de lesões em nossa análise estatística. A histologia do tumor primário (melanoma x outros; e mama x outros), a RCT (todas RCT e RCTe), a dose prescrita de RCE (< 15 Gy x > 15 Gy), e o volume da lesão cerebral (< 5 cm3 x > 5 cm3) foram testados para avaliar o risco relativo de falha local que requer NC de resgate. Analisamos cada fator dividido por histologia do tumor primário, RCT, dose de RCE e

volume tumoral (tabela 3 e tabela 4). Esses fatores foram submetidos à análise univariada (tabela 5) e multivariada (tabela 6).

RESULTADOS

As características clínicas e terapêuticas de 123 pacientes estão resumidas na tabela 1. A sobrevida geral mediana foi 8,3 meses (figura 1). Quatorze desses pacientes (11%) precisaram de NC de resgate e 11 (9%) apresentavam CNP no exame histopatológico. Os outros três (2%) apresentavam apenas NEC (tabela 2). Necrose (com ou sem CNP) foi o principal componente em metade (7/14) dos casos, CNP em seis casos (6/14), e em um caso (tabela 2) o principal motivo de falha local foi sangramento, o que levou a uma NC de resgate três semanas após a RCE (tabela 2, paciente 11).

O volume mediano das lesões metastáticas foi 2,7

cm3 em 123 pacientes avaliados; 3,7 cm3 no grupo com

melanoma; 2,4 cm3 no grupo submetido à cirurgia; e

4,1 cm3 no grupo com tumor ativo (tabela 3). Do total

de 123 pacientes com 255 lesões, 44 apresentavam pelo

menos uma lesão com volume > 5 cm3 (36%) e, nos

outros 79 pacientes, o volume de todas as lesões era < Tabela 2. Pacientes necessitando de neurocirurgia de resgate após radiocirurgia

Histologia do Radioterapia de Radioterapia de Maior volume Dose de Achados

# tumor primário cérebro total cérebro total da lesão* radiocirurgia* histopatológicos**

eletiva

1 Melanoma Sim Não 0.4 cm3 20 Gy NEC + CNP

2 Melanoma Sim Sim 5.1 cm3 18 Gy CNP + NEC

3 Melanoma Não Não 4.07 cm3 18 Gy CNP + NEC

4 Mama Sim Sim 1.3 cm3 18 Gy NEC

5 Mama Não Não 0.1 cm3 18 Gy NEC

6 Mama Sim Sim 2.7 cm3 15 Gy CNP + NEC + SAN

7 Mama Sim Não 2.1 cm3 15 Gy CNP + NEC

8 Bexiga Sim Não 5.8 cm3 15 Gy CNP + NEC

9 Pulmão Sim Não 2 cm3 15 Gy NEC + CNP

10 Rim Não Não 0.1 cm3 18 Gy NEC

11 Histiocitoma fibroso Não Não 19.8 cm3 15 Gy SAN + CNP

12 Melanoma Não Não 11.7 cm3 15 Gy NEC + CNP

13 Melanoma Não Não 0.6 cm3 18 Gy CNP + SAN + NEC

14 Mama Não Não 5.1 cm3 16 Gy NEC + CNP

*Em casos com mais de uma lesão, foram considerados apenas o maior volume e a maior dose para avaliação; **Achados hitopatológicos em ordem de predominância: CNP: Células neoplásicas com morfologia preservada ; NEC: Necrose; SAN: Sangramento.

Tabela 3. Dados de pacientes com metástases cerebrais tratados com radiocirurgia, necessitando de neurocirurgia de resgate ou não, e a correlação entre as variáveis de tratamento e tumor

RCT Todos os pacientes Melanoma Mama Operados Tumor ativo*

RCT 87/123 (71%) 17/24 (71%) 16/19 (84%) 7/14 (50%) 6/11 (55%)

RCT eletiva 44/123 (36%) 10/24 (42%) 8/19 (42%) 3/14 (21%) 2/11 (18%)

Volume (Mediana) 2.7 cm3 3.7 cm3 2.2 cm3 2.4 cm3 4.1 cm3

Dose de RCT (Mediana) 18 Gy 18 Gy 15 Gy 17 Gy 15 Gy

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5 cm3 (64%) (tabela 1). A incidência de NC de resgate foi 11% em ambos os grupos, com 11% de CNP no primeiro grupo e 8% no segundo (tabela 4).

A dose média de RC prescrita foi 18 Gy nos 123 pacientes avaliados e naqueles com melanoma, 17 Gy no grupo operado, e 15 Gy no grupo com tumor ativo (tabela 3). No grupo de pacientes que recebeu 15 Gy ou menos (41/123: 33%), 15% (6/41) foram submetidos a cirurgia e todos apresentavam CNP. No outro grupo, que recebeu dose maior que 15 Gy (82/123: 67%),

apenas 10% (8/82) foram operados e 6% (5/82) apresentavam CNP (tabela 4).

Dos 123 pacientes, 87 (71%) foram tratados com RCT como parte do tratamento do sistema nervoso central, e 44 pacientes (44/123: 36%) fizeram RCT como um procedimento eletivo. A RCT foi aplicada em 71% (17/24) dos pacientes com melanoma, e eletivamente em 42% (10/24) deles (tabela 2 e tabela 3). Portanto, ao se comparar com a soma total, uma porcentagem semelhante de pacientes com melanoma recebeu tanto RCT (71% x 71%) como RCTe (36% x 42%). Sete dos 14 pacientes operados (50%) receberam RCT, mas foi um procedimento eletivo em apenas três (21%) (tabela 3). RCT foi aplicada em seis dos 11 pacientes com CNP, mas eletivamente em apenas dois (18%) deles (tabela 3). Apenas dois dos 44 pacientes submetidos à RCTe (4%) apresentavam CNP, em comparação a 14% (5/36) no grupo que nunca foi tratado com RCT (tabela 4).

A histologia do tumor primário dos 14 pacientes operados foi melanoma em cinco casos (21% dos pacientes com melanoma), câncer de mama em cinco casos (26% das pacientes com câncer de mama), e outros tumores nos quatro casos restantes. Dentre os 11 casos com neoplasia ativa, cinco eram melanoma (20% dos Tabela 4. Radiocirurgia para metástases cerebrais: fatores de risco para neurocirurgia de resgate e falha local

Fatores de Risco para Neurocirurgia de Resgate Total* Operado** Tumor ativo#

Histologia do tumor primário

Melanoma 24/123 (20%) 5/24 (21%) 5/24 (21%)

Outro 99/123 (80%) 9/99 (9%) 6/99 (6%)

Histologia do tumor primário

Mama 19/123 (15%) 5/19 (26%) 3/19 (16%)

Outro 104/123 (85%) 9/104 (9%) 8/104 (8%)

Radioterapia de cérebro total

Não 36/123 (29%) 7/36 (19%) 5/36 (14%)

Total 87/123 (71%) 7/87 (8.0%) 6/87 (7%)

Eletiva 44/123 (36%) 3/44 (6.8%) 2/44 (4%)

Dose prescrita de radiocirurgia##

< 15 Gy 41/123 (33%) 6/41 (15%) 6/41 (15%)

> 15 Gy 82/123 (67%) 8/82 (10%) 5/82 (6%)

Volume##

< 5 cm3 79/123 (64%) 9/79 (11%) 6/79 (8%)

> 5 cm3 44/123 (36%) 5/44 (11%) 5/44 (11%)

*Todos os 123 pacientes foram considerados; **14 pacientes operados; #11 pacientes operados com amostra histopatológica mostrando células neoplásicas ativas; ##Em casos com mais de uma lesão, apenas a maior foi considerada.

Figura 1. Curva de sobrevida atuarial de Kaplan-Meier para os 123 pacientes estudados.

Tabela 5. Fatores de risco para falha local*: análise univariada

Fatores de Risco para Neurocirurgia de Resgate Valor de p** Odds Ratio IC 95%#

Histologia primária (Melanoma x Outro) 0.0381 4.08 1.13 – 14.75

Histologia primária (Mama x Outro) 0.3733 2.25 0.54 -9.34

Radioterapia de cérebro total (Sim x Não) 0.2962 0.46 0.13 – 1.61

Radioterapia de cérebro total eletiva (Sim x Não) 0.3246 0.37 0.08 – 1.80

Dose prescrita de radiocirurgia## (> 15 Gy x < 15 Gy) 0.1774 0.38 0.11 – 1.32

Volume## (< 5 cm3 x > 5 cm3) 0.5205 1.56 0.45 – 5.44

*Pacientes operados com amostra histopatológica mostrando células neoplásicas ativas. **Nível de significância: p<0.05, Teste exato de Fischer bicaudado; #IC 95%: intervalo de confiança de 95%; ##Em casos com mais de uma lesão, apenas a maior foi considerada.

Probabilidade de sobrevida após radiocirurgia Sobrevida Mediana 8.3 meses Meses Mediana

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pacientes com melanoma), três eram câncer de mama (16% das pacientes com câncer de mama), e os outros três casos tinham outros tipos de tumor. Todos os cinco pacientes com melanoma que foram operados apresentavam CNP no espécime cirúrgico, e este achado foi observado em apenas 6% (6/99) dos pacientes com tumores diferentes de melanoma (tabela 4).

O teste exato de Fisher e a regressão logística foram aplicados na análise univariada da associação entre fatores de risco e falha local (tabela 5). Os fatores preditivos não significativos foram dose prescrita de RCE (15 Gy x > 15 Gy), e volume (< 5 cm3 x > 5 cm3). O melanoma maligno, como histologia primária, foi o único fator de risco estatisticamente significativo associado à recidiva local de tumor (p = 0,0381; teste exato de Fisher bicaudado). Os casos de melanoma apresentavam uma probabilidade quatro vezes maior (OR = 4,08; IC 95% = 1,13-14,75) de desenvolver recidiva local de tumor do que os casos sem melanoma (tabela 5).

Aplicamos também a análise de regressão logística multivariada, modelo stepwise, para avaliar a influência dos seguintes fatores de risco na recidiva de tumor cerebral: dose prescrita de RCE, volume da lesão, RCT, RCTe, e histologia primária. Este procedimento (tabela 6) identificou um modelo preditivo final limitado a um risco maior de recidiva local de tumor entre os pacientes com melanoma, comparados àqueles com outra histologia primária (p = 0,321; OR = 4,08; IC 95% = 1,13-14,75). Obteve-se o valor de p = 0,98 através do teste de Hosmer-Lemeshow, o que mostra que o modelo estava adequado para a análise dos dados.

DISCUSSÃO

Tem-se discutido o papel do tratamento focal de metástases cerebrais nas últimas duas décadas e a

escolha entre NC e RCE ainda é controversa(15,16). A

excisão cirúrgica ainda é uma terapêutica importante

para pacientes selecionados e com grandes tumores(15)

ou para pacientes sintomáticos(6), e fornece material

para avaliação histopatológica. A cirurgia já é indicada no tratamento de metástases cerebrais há muitos anos e sua maior vantagem é o alívio imediato dos sinais e

sintomas neurológicos(6). Os pacientes com metástase

cerebral única, tumor primário controlado, sem evidências de doença sistêmica, tumor primário não

sensível à radioterapia, e bom desempenho na avaliação (índice de Karnofsky > 70), são os melhores candidatos para ressecção cirúrgica e RCT. Tais pacientes apresentaram sobrevida e independência funcional mais longas do que os pacientes tratados apenas com RCT(17).

Um dos maiores estudos sobre ressecção cirúrgica de metástases cerebrais foi realizado no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, entre janeiro de 1974 e dezembro de 1993. A evolução clínica de 709 pacientes submetidos a ressecção de metástases cerebrais foi analisada em sete trabalhos, dividindo o número total

de acordo com o tumor primário: melanoma maligno(18),

carcinoma de células renais(19), sarcoma(20), carcinoma

de pulmão de células não-pequenas (CPNPC)(21), câncer

de mama(22), e carcinoma colorretal(23). Analisou-se a

sobrevida dos pacientes com doença cerebral recidivante

de carcinoma colorretal e CPNPC(23,24). Apresentando

algumas características particulares em cada situação clínica, os resultados indicaram que a ressecção cirúrgica em um subgrupo selecionado de pacientes é eficaz em relação ao controle local do tumor, à maior sobrevida e preservação da qualidade de vida, independente da

histologia do tumor primário(24-30).

O papel da RCE no tratamento de metástases

cerebrais foi demonstrado na década de 80(13). Doze

lesões inoperáveis e resistentes à radioterapia foram tratadas com um acelerador linear modificado, com doses fracionadas únicas que variaram de 20 Gy a 30 Gy. Essas lesões apresentaram uma redução do volume de realce e do edema, com melhora dos déficits motor

e sensorial. Loeffler et al.(11) confirmaram estes dados

ao tratar metástases cerebrais recorrentes e descreveram respostas neurológicas e radiológicas significativas e rápidas em sua série, ao obter controle local em todos os pacientes, com um seguimento médio de nove meses. A melhora neurológica propiciou sobrevida mais longa

e melhor qualidade de vida(10).

A RCE tem sido usada para tratamento de pequenas

metástases cerebrais com resultados positivos(2-4,10). Uma

revisão de 116 pacientes com metástases cerebrais únicas, submetidos à RCE com raios gama (gamma knife), em cinco instituições, concluiu que a RCE é

eficaz para controlar este tipo de metástase(2). Foi feita

ressecção cirúrgica de tumor tratado com radiocirurgia devido à hemorragia, necrose ou recidiva tumoral em

dez pacientes (8,6%)(2). Os autores também observaram

Tabela 6. Fatores de risco para falha local*: análise de regressão logística multivariada

Variável Coeficiente Logístico valor de p* Odds Ratio IC 95%#

Histologia Primária (Melanoma x Outro) 0.7029 0.0321 4.08 1.13 – 14.75

*Pacientes operados com amostra histopatológica mostrando células neoplásicas ativas. **Nível de significância: p < 0.05; #IC 95%: Intervalo de confiança de 95%.

(7)

que RCTe apresentou resultados favoráveis em termos de controle local do tumor em metástases cerebrais de melanoma e carcinoma de células renais, tanto na

análise univariada como na multivariada(25).

No Tokyo Women’s Medical Center obteve-se uma taxa de controle local de 82% durante o período médio

de seguimento de 5,5 meses(8), ao passo que o

Karolinska Institute, em uma experiência de 16 anos

de acompanhamento, apresentou 94%(9). Menos de

10% desses pacientes morreram devido à evolução do

tumor tratado com RCE(8,12) ou à doença neurológica

secundária(10). A RCE foi tão eficaz quanto a cirurgia

em termos de controle local, com a vantagem de tratar lesões não acessíveis na cirurgia e múltiplas

metástases(7). Mehta et al.(16) compararam o desfecho

de 454 pacientes com metástases cerebrais únicas submetidos apenas à RCT (181 casos), RCE (135 pacientes) ou NC (46 casos). Observaram que tanto a ressecção como a RCE propiciaram maior sobrevida e independência funcional, com pequenas diferenças no resultado entre as duas modalidades. A ressecção acarretou um aumento de 1,8 vezes no custo e os autores concluíram que “a RCE parece ser o procedimento com melhor relação custo-efetividade.” A fase II do estudo clínico RTOG 9508 comparou RCT apenas com RCT + RCE em 333 pacientes com metástases cerebrais e demonstrou diferença significativa na sobrevida geral entre esses dois grupos em cada uma das seguintes categorias:

1. metástases cerebrais únicas;

2. classe RPA I (grupo de pacientes com o melhor prognóstico)(33);

3. idade acima de 50 anos;

4. carcinoma de células não-pequenas e qualquer carcinoma espinocelular.

Os resultados deste estudo mostraram que todos os subgrupos de pacientes no grupo RCTe + RCE tinham maior probabilidade de ter um índice de desempenho estável ou melhor do que aqueles do grupo que recebeu apenas RCT. O controle local após um ano foi 82% no grupo RCT + RCE e 71% no grupo apenas RCT (p = 0,01), o que sugere uma melhor qualidade

de vida no primeiro grupo de pacientes(26).

Portanto, o tratamento focal (RCE e NC), com ou sem RCT, pode controlar as metástases cerebrais, melhorar a qualidade de vida e, talvez, prolongar a sobrevida. A RCE tem uma melhor relação

custo-efetividade(16) e apresenta menos restrições quanto a

localização, número de lesões, índice de desempenho,

ou condição clínica geral(7). Já a NC apresenta as

vantagens de alívio mais rápido dos sintomas e fornecimento de material para diagnóstico histológico

definitivo(6). A escolha do melhor tratamento focal

ainda não está totalmente definida e depende, em muitos casos, da equipe do centro especializado e das preferências pessoais. O conhecimento desses fatores de risco para falha local depois da RCE pode ajudar na conduta geral desses pacientes e no processo de tomada de decisão entre RCE e NC.

A falha no sistema nervoso central depois da radiocirurgia para metástases cerebrais está associada a vários fatores de risco conforme a literatura médica. Os riscos descritos com mais freqüência são volume da lesão tratada(4,7-8,27-30), dose de RCE(27-31), RCTe(2,28,32-33) e

histologia do tumor primário(4,6,18,34). As metástases

recorrentes são consideradas menos responsivas à RCE

do que aquelas diagnosticados recentemente(7). O

padrão de realce também está relacionado ao controle local, e as lesões com realce em anel têm menor probabilidade de serem controladas do que aquelas

com realce homogêneo(27-31).

Neste estudo, o volume médio de todas as 255 lesões

tratadas foi 2,7 cm3 e 4,1 cm3 em casos de CNP (tabela

3), mas o volume não foi estatisticamente associado a recidiva local (tabela 5). A dose de RCE > 15 Gy resultou em apenas 6% de falha local, e a dose de 15 Gy, em 15% (tabela 4), o que sugere que a dose de RCE pode estar associada ao controle local; entretanto, as análises estatísticas univariada e multivariada foram negativas para esta hipótese (tabela 5 e tabela 6).

Evitar a RCTe no tratamento de pacientes com metástases cerebrais pode estar associado a recidiva tumoral, tanto no local da RCE como em outros locais

no cérebro(28,32-36). Além disso, o uso de RCE primária

isoladamente foi associado com maior probabilidade de déficit neurológico e pior qualidade de vida, especialmente se a doença metastática estiver restrita

ao cérebro(28). Entretanto, Wronski e Arbit encontraram

incidência comparável de recidivas de tumor cerebral, com ou sem RCTe, depois da excisão cirúrgica de

metástases cerebrais de melanoma maligno(18).

Apesar de se observar uma tendência para melhor controle local entre os pacientes tratados com RCT neste estudo (tabela 3 e tabela 4), esta associação não alcançou significância estatística nas análises univariada ou multivariada. Não analisamos a qualidade de vida, mas uma tendência crescente para NC de resgate pode ter um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes não tratados com RCT.

Vários autores mostraram que a taxa de controle local das metástases cerebrais de melanoma maligno

tratadas com RCE é semelhante(7,10,12,25,30), ou mesmo

melhor(1) do que em outros tipos de tumor primário, e

(8)

metastático(12.29). Depois da RCE, 90% das lesões tratadas foram consideradas controladas, inclusive lesões persistentes que não causaram maiores

sintomas(12-31). McWilliams et al. revisaram a literatura

médica sobre este assunto e concluíram que RCE é menos invasiva do que a NC, sendo uma opção interessante para pacientes com lesão metastática

cerebral única(37). Já alguns autores verificaram que o

controle local é pior em pacientes com melanoma em

comparação com outros pacientes(27,31,34), mesmo ao se

aplicar doses maiores de RCE(34). Petrovich et al.

concluíram que os pacientes com metástases cerebrais de melanoma têm um padrão diferente de falha quando comparados a indivíduos com outros diagnósticos. Neste estudo, a causa de morte foi doença sistêmica em 50% dos pacientes com melanoma e em 70% dos pacientes com outros diagnósticos. Já as alterações no sistema nervoso central foram a causa de morte de 42% dos indivíduos com melanoma e de 23% dos pacientes

com outros diagnósticos(35).

Em nosso estudo, a probabilidade de falha local levando à NC de resgate depois da RCE aumentou significativamente em pacientes com metástases cerebrais de melanoma maligno, tanto na análise univariada (p = 0,0381) como na multivariada (p = 0,0321). Ainda não há uma explicação clara para esta taxa mais elevada de falha local, que pode ser considerada secundária à resistência relativa do

melanoma maligno à radioterapia(38) ou à sua maior

probabilidade de sangramento(36). Neste estudo,

entretanto, o único caso em que o sangramento estava diretamente relacionado à falha local e que necessitou de NC de resgate foi um paciente com um histiocitoma fibroso maligno, o que enfraquece a última hipótese em nosso avaliação.

Concluímos que o risco de falha local que requer NC de resgate após a RCE é maior em pacientes com melanoma maligno. NossoS dados sugerem que todos pacientes com metástases cerebrais tratados com RCE deveriam se beneficiar com a RCTe, devido a uma tendência a menor falha local e conseqüente NC de resgate.

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