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CONTRIBUINDO PARA O NATAL FELIZ DO INDIVÍDUO ALBERGADO*

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Academic year: 2021

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CONTRIBUINDO PARA O NATAL FELIZ DO INDIVÍDUO ALBERGADO*

ALMEIDA, Ludymilla Pereira Rodrigues De1; DORNELES, Letícia Lopes2; LIMA, Maíra Ribeiro Gomes De3; FERREIRA, Pedro Afonso Barreto4; NOGARA, Ângela Lima Pereira5.

Palavras-chave: Idosos, Albergue, Enfermagem.

Introdução

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) até o ano 2025 a população de idosos no Brasil crescerá 16 vezes, contra cinco vezes da população total, classificando o país como a sexta população do mundo em números de idosos. Assim, pode-se afirmar que envelhecer não é mais exceção, mas uma regra (SANTOS et al., 2008).

Chaimowicz (1997) lembra em meio a importantes desigualdades regionais e sociais que os idosos não têm encontrado amparo adequado no sistema público de saúde e previdência; como conseqüência, acumulam seqüelas de doenças, desenvolvem incapacidades e perdem autonomia e qualidade de vida.

Embora a velhice seja cada vez mais abordada pela mídia, o tema instituição asilar ou lar de idosos é, normalmente, um assunto polêmico; estas são, muitas vezes, vistas como “depósito ou morredouro” para onde os idosos são encaminhados e condenados a viver até a morte (ANACLETO et al,2005). Este pensamento pode estar associado ao cotidiano dos asilados, caracterizado por um grande distanciamento do “mundo externo” (GROISMAN, 1999).

Atualmente observa-se o aumento do número de Instituições de longa Permanência para Idosos, o que pode ser explicado, em parte, pelo aumento do

*Resumo revisado pela Profª Ângela Lima Pereira Nogara, associado ao Projeto de Extensão “Contribuindo para o Natal Feliz do Albergado; Código CAJ 693.

1Acadêmica do Curso de Enfermagem da UFG/Campus Jataí –GO. Email:

ludy_enfermagemufg@yahoo.com.br

2Acadêmica do Curso de Enfermagem da UFG/Campus Jataí –GO. Bolsista do Programa de Educação Tutorial

do Curso de Enfermagem – Campus Jataí. Email: leticiahtinha24@hotmail.com

3Acadêmica do Curso de Enfermagem da UFG/Campus Jataí –GO. Email:

maira_ribeiro_@hotmail.com

4Acadêmico do Curso de Enfermagem da UFG/Campus Jataí –GO. Email:

pedroafonsoferreira@hotmail.com

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número de idosos e dificuldades apresentadas pelos familiares em cuidar dos idosos. Os principais objetivos dos asilos seriam: oferecer ambiente seguro e acolhedor para idosos cronicamente debilitados e funcionalmente dependentes, garantir serviços de atenção bio-psicossocial que atendam as necessidades das pessoas idosas em estado de vulnerabilidade, restaurar e manter o máximo grau de independência funcional, preservar a autonomia, promover o conforto e a dignidade diante de doença terminal, oferecendo suporte aos seus familiares, estabilizar ou tornar mais lenta a progressão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), prevenir e reconhecer intercorrências agudas e iatrogenias. Neste contexto o Enfermeiro tem como função planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar o serviço de enfermagem. Para tanto, deve conhecer o processo de envelhecimento de maneira a garantir que todo esse processo atenda integralmente as necessidades expressas e não expressas do idoso residente, tentando manter ao máximo os princípios de autonomia e independência do idoso, capacitar a equipe de enfermagem a fim de habilitá-los a executar as ações do cuidado à pessoa idosa com sensibilidade, segurança, maturidade e responsabilidade (SANTOS et al, 2008).

A cidade de Jataí conta com um Albergue no qual a maioria de seus residentes são idosos, embora abrigue também outros adultos maduros, totalizando 68 residentes. O natal é sempre um momento permeado de emoções no qual muitos podem se sentir mais emotivos e vulneráveis a diferentes sentimentos eu vão desde a alegria, até mesmo de tristeza e abandono. No intuito de minimizar sentimentos negativos, um grupo de alunos sob supervisão de professor propôs atividade natalina, com intuito de proporcionar momentos de alegria e descontração aos residentes do albergue. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, no desenvolvimento do projeto de extensão “Contribuindo para o Natal Feliz do Albergado”.

Metodologia

As atividades desenvolvidas no referido projeto foram planejadas por um grupo de alunos do curso de enfermagem da UFG do Campus Jataí, que cursavam a disciplina de Bases do Cuidar do Indivíduo e da Família II, sob supervisão da professora da disciplina. Todavia, para implementação das atividades, o projeto

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contou com a participação de outros professores e alunos do curso de enfermagem da mesma instituição, bem como alunos do curso técnico de enfermagem do SENAC de Jataí, visto que um dos professores envolvidos na atividade é, também, docente no SENAC.

O projeto ocorreu em quatro momentos. No primeiro momento foram realizadas reuniões com um mês de antecedência para o planejamento da atividade de natal; nestas foi decidido que o grupo ofereceria um lanche especial aos residentes e funcionários do albergue, realizaria atividade lúdica junto aos residentes, e faria entrega de presentes. No segundo momento foi realizado contato com o Albergue para escolha do dia no qual a atividade seria realizada, bem como busca de informações para escolha do presente que seria ofertado aos residentes; também, compra dos presentes e preparo da atividade lúdica e do lanche a ser oferecido. Foi decidido que os residentes seriam presenteados com um jogo de toalhas (banho e mão), uma vez que esta era uma necessidade dos residentes naquele momento; foi escrito o nome de cada residente em sua toalha, visando individualização do presente. O terceiro momento foi a implementação da atividade natalina, que ocorreu no dia 30 de novembro de 2011, no período vespertino. Os alunos foram divididos em três grupos, sendo um responsável pelo preparo do lanche na cozinha do albergue, outro grupo responsável pela responsável pela distribuição do lanche no refeitório, e o terceiro grupo ficou responsável pela distração e envolvimentos dos idosos em brincadeiras e danças. Estes dois últimos grupos ficaram, ainda, responsáveis por realizar visitas descontraídas aos alojamentos dos residentes com dificuldade de deambular, envolvendo dessa forma todos os internos. Ao final da refeição a turma se uniu novamente para a distribuição dos presentes aos residentes. E o quarto e último momento foi reunião de avaliação da atividade, que ocorreu logo após seu encerramento, visando identificar os pontos positivos e falhos para melhoria de atividades futuras.

Resultados e discussão

As atividades planejadas foram desenvolvidas junto aos residentes, sendo observada grande receptividade pela interação entre visitantes e residentes, com expressões de alegria, satisfação, prazer e troca de experiências de vida. Todavia,

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foi percebido que alguns poucos residentes tiveram dificuldades de se envolver nas atividades, mesmo no momento de recebimento do presente. Isto nos leva a refletir sobre o que poderia ser melhorado para momentos futuros, talvez uma avaliação anterior mais profunda sobre as preferências de cada residente quanto ao lazer, que pode ser influenciada pelo modo de vida anterior e presente.

Durante abordagem feita de maneira individual pôde-se observar necessidades dos residentes, principalmente por atenção e carinho. Certamente, a principal ação desenvolvida pelos alunos foi a de ouvir e conversar com os idosos e demais residentes, com a intenção de contribuir para minimizar carência de afetiva e emocional.

Durante avaliação final das atividades, o grupo de trabalho concluiu que as atividades promoveram momentos de descontração, alegria, afeto e aprendizado não somente aos residentes, mas também aos alunos e professores durante a interação com os residentes. Atividades como esta contribuem de forma significativa à formação profissional de enfermagem, visto que o cuidar envolve também atenção, compreensão e afeto.

Conclusões

O relacionar faz parte da vida humana, e atividades desta natureza contribuem para ampliar as relações entre os residentes, sejam eles idosos ou não; bem como entre os residentes e os funcionários e visitantes do albergue. Com isso é possível minimizar risco de solidão e tristeza comuns nesta fase da vida humana. Acreditamos que momentos de descontração e entretenimento podem minimizar carência afetiva e emocional contribuindo para a promoção da qualidade de vida dos idosos.

Atividades realizadas fora da sala de aula são importantes para complementar a formação profissional, proporcionando aos acadêmicos aprendizagem prático-científico que podem contribuir para melhoria da qualidade dos cuidados prestados aos idosos e demais pessoas que estejam sob seus cuidados; além de influenciar nos valores pessoais de cada um, e propiciar a interação entre os membros do grupo.

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A realização desta atividade evidenciou, ao grupo de trabalho, a necessidade que existe de realizar mais ações como esta com os idosos, pois eles necessitam de cuidado, apoio e atenção e não somente de atendimento médico e cura para doenças físicas.

Referências Bibliográficas

ANACLETO, M. I. C.; SOUZA, A. S. DE; BATISTA, C. L.; ANGELIS, G. DE; BRAGATTO, M. J. M.; PEREIRA, M. P.; MARTINS, N. E. S. Grupo com idosos: uma experiência institucional. Rev. SPAGESP v.6 n.1 Ribeirão Preto jun. 2005

CHAIMOWICZ, F.; A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública, Volume 31; Número 2; páginas 184-200; Abril 1997.

GROISMAN, D.; Asilos de Velhos: passado e presente; Estudo Interdisciplinar Sobre o Envelhecimento; Porto Alegre, Volume 2, Páginas 67-87, 1999.

SANTOS S. S. C.; Silva BT da, Barlem ELD, Lopes RS. O papel do enfermeiro na instituição de longa permanência para idosos. Revista de enfermagem UFPE online. 2008 julho./setembro.; 2(3):291-99.

Referências

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