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José Celso de Oliveira MALTA*, Angela Maria Bezerra VARELLA*

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Academic year: 2021

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Argulus chicomendesi sp. n. ( C R U S T A C E A : A R G U L I D A E ) PARASITA DE PEIXES DA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

José Celso de Oliveira MALTA*, Angela Maria Bezerra VARELLA*

R E S U M O — Uma nova espécie de Branchiura é descrita para o Brasil. Os espécimens foram coletados parasitando peixes da Amazônia brasileira. A nova espécie é caracterizada pela: coloração e desenhos da superfície dorsal da carapaça, tórax e abdômen; presença de espinhos em toda a margem externa da superfície ventral do abdômen (pléon); ornamentações das antenas, antênulas, maxilas, pernas, superfície ventral do corpo; forma e pigmentação das estruturas copulatórias acessórias do macho.

Palavras chaves: Branchiura; Parasita de peixes de água doce; rios Amazonas/Solimões; Aquacultura.

Argulus chicomendesi sp. n. (Crustacea: Argulidae) Parasite of Fishes from Brazilian Amazon.

ABSTRACT — A new species of Branchiura is described from Brazil. The specimens were collected from the fishes of the Brazil Amazon. The new species is characterised by: coloration; form and design of dorsal surface carapace, thorax and abdomen; spines in all external margin

and ventral surface of abdomen (pleon); ornamentations of the antennae, antennules, legs, ventral surface of the body; form and pigmentation of accessory copulatory structures from the male.

Key-words: Branchiura; Parasites of freshwater fishes; Amazonas/Solimões rivers; Aquaculture.

* Laboratório de Parasitologia de Peixes (LPP); Coordenação de Pesquisas em Biologia Aquática (CPBA), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Caixa Postal 478, Manaus, Amazonas, Brasil, CEP 69011-970. t e l . 55 092 643 3144 FAX 643 3240.

INTRODUÇÃO

A s u b c l a s s e B r a n c h i u r a é

formada pela ordem Argulidea, que

possui duas famílias: Argulidae e

Dipteropeltidae. AArgulidae têm três

gêneros: Argulus Müller, 1785; Dolops

Audouin, 1837 e Chonopeltis Thiele,

1 9 0 1 . A D i p t e r o p e l t i d a e u m ,

Dipteropeltis Caiman, 1912 (Bouvier,

1899; Wilson, 1902; Caiman, 1912;

Yamaguti, 1963). Vivem na superfície

do c o r p o , b a s e s d a s n a d a d e i r a s ,

cavidades bucal e branquial de peixes,

ocasionalmente de anfíbios e répteis.

Causam uma série de danos a seus

h o s p e d e i r o s , a t r a v é s de a ç õ e s

e s p o l i a d o r a s e t r a u m a t i z a ç à o de

tecidos com seus órgãos de fixação.

Quando parasitam a cavidade bucal e

branquial diminuem a capacidade

respiratória, com a retirada de sangue,

destruição dos tecidos, interrupção da

circulação sangüínea, oclusão dos

vasos aferentes, formação de coágulos

e h i p e r t r o f i a dos f i l a m e n t o s ,

f r e q ü e n t e m e n t e c a u s a m s é r i o s

prejuízos em c u l t i v o s de p e i x e s

(Ringuelet, 1943; Lemos de Castro,

1950; Kabata, 1970, 1985; Malta,

1981; 1982a; 1982b; 1983; 1984;

Malta & Varella, 1983).

Cerca de 150 e s p é c i e s de

Branchiura são conhecidas, 110 do

gênero Argulus. São cosmopolitas e

ocorrem tanto em água doce quanto

(2)

salgada, sendo 18 endêmicas à região

Neotropical. Dez espécies de Dolops

são endêmicas à região Neotropical

exceto uma, que ocorre na região

Etiópica. Seis espécies de Chonopeltis

são endêmicas à região Etiópica. Uma

espécie de Dipteropeltis é endêmica à

região Neotropical (Caiman, 1912a;

1912b; Ringuelet, 1943; Malta, 1981;

1982a). Para o Brasil são citadas nove

espécies do gênero Argulus, nove de

Dolops e uma de Dipteropeltis (Malta,

1998).

Os branquiúros não carregam

seus ovos em s a c o s , c o m o os

Copepoda, os depositam em substratos

sólidos: pedras, troncos, paredes de

a q u á r i o s e t a n q u e s , são e x í m i o s

nadadores podendo sobreviver por

muitos dias sem o hospedeiro. Durante

a época de reprodução ambos os sexos

abandonam o hospedeiro e saem a

procura de um local para postura (Wil­

son, 1902; Ringuelet, 1943).

Das 21 espécies de Branchiura

que ocorrem na região Neotropical,

d e z foram r e g i s t r a d a s na r e g i ã o

Amazônica: quatro de Argulus, cinco

de Dolops e uma de Dipteropeltis.

Apresentaram uma sazonalidade de

ocorrência com os maiores índices de

infestação na estação de cheia e os

menores na seca. Cerca de 30 espécies

de peixes foram registradas como

hospedeiras naturais de Branchiura.

A l g u m a s e s p é c i e s a p r e s e n t a r a m

especificidade parasitária: A. pestifer

só o c o r r e u em p e i x e s do g ê n e r o

Pseudoplatystoma; D. striata só

ocorreu em três espécies de dois

gêneros da família Anostomidae. En­

tre os grandes grupos de peixe os

S i l u r i f o r m e s foram os q u e

a p r e s e n t a r a m a m a i o r p r e s s ã o

parasitária por Branchiura, seguidos

pelos Characiformes e Perciformes.

Q u a n t o ao h á b i t o a l i m e n t a r d o s

hospedeiros, os herbívoros foram os

que apresentaram os maiores índices

de i n f e s t a ç ã o , s e g u i d o s p e l o s

carnívoros e finalmente os detritívoros

(Malta, 1981; 1982a; 1982b, 1983;

Malta & Varella, 1983; M a l t a &

Santos-Silva, 1986).

A p e s a r da i m p o r t â n c i a dos

branquiúros como patógenos, estas

espécies são pouco conhecidas e não

são facilmente identificadas (Kabata,

1985). Existem descrições que são

obscuras, causando dificuldades na

identificação e várias espécies foram

descritas mais de uma vez

(Rushton-Mellor, 1994a; 1994b; 1994c). Apesar

do gênero Argulus ter mais de 120

espécies, ser marinho e de água doce

e ter d i s t r i b u i ç ã o c o s m o p o l i t a .

Desafortunadamente, mesmo exames

superficiais revelam que o grupo

contém muitas espécies nominais com

o estatus taxonômico questionável

(Benz et ai, 1995).

MATERIAL Ε MÉTODOS

Os peixes foram coletados no

lago Janauacá situado acerca de 70 km

de Manaus, Estado do Amazonas, na

margem direita do rio Solimòes entre

as coordenadas geográficas 3

o

25' S e

60° 13'W, no rio Negro próximo à

Manaus e no rio Guaporé próximo à

Pimenteiras. Os aparelhos de pesca

u t i l i z a d o s n a s c a p t u r a s foram

malhadeiras, redinhas e linha de mão.

Também foram coletados nas estações

(3)

de Aquacultura do INPA e a da estrada

A M - 0 1 0 , M a n a u s - I t a c o a t i a r a no

Estado do Amazonas. Os peixes foram

coletados, examinados e devolvidos

aos tanques. Um lote de peixes foi

c o m p r a d o na s e g u n d a e s t a ç ã o ,

transportados para o laboratório de

parasitologia do INPA, em Manaus e

m a n t i d o s em tanques de cimento

amianto de 1000 litros.

Todos os p e i x e s foram

e x a m i n a d o s c u i d a d o s a m e n t e : na

superfície externa do corpo; base das

nadadeiras; cavidades branquial e

b u c a l . P o s t e r i o r m e n t e , foram

numerados, identificados, pesados e

medidos (comprimento padrão).

Os branquiúros foram retirados

dos peixes utilizando finas pinças e

pincéis e transferidos para formol 5%

tamponado com bórax ou álcool 70%.

Lâminas permanentes, com montagem

total foram p r e p a r a d a s u s a n d o o

método de fenol, orange G (publicado

em Monoculus n.15 de novembro de

1987). L â m i n a s e s c a v a d a s com

g l i c e r i n a e á l c o o l 7 0 % foram

utilizadas para montagens provisórias

com crustáceos inteiros, dissecados e

d i a f a n i z a d o s em h i p o c l o r i t o de

sódio 5%.

Os desenhos foram feitos com o

auxílio de câmara clara. As medidas

foram o b t i d a s com u m a o c u l a r

m i c r o m é t r i c a e e x p r e s s a s em

milímetros, são dadas as amplitudes

mínimas, máximas e a média entre

p a r ê n t e s e s . Os p e i x e s foram

depositados na Coleção Ictiológica do

Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia, em Manaus. Os tipos fo­

ram d e p o s i t a d o s na C o l e ç ã o de

Invertebrados do Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia (INPA-CR),

Manaus, Amazonas, Brasil e Museu de

Zoologia da Universidade de São

Paulo (MZUSP), São Paulo, Brasil.

Material examinado

Argulus chicomendesi sp. n.

(Figs. 1 - 1 7 )

H o l ó t i p o : fêmea ( I N P A - C R

6 7 7 ) , da s u p e r f í c i e do corpo de

Colossoma macropomum (Cuvier,

1818) capturado no lago Janauacá,

entre as coordenadas geográficas 3

o

25' S e 60° 13'W, margem direita do

rio Solimões (Amazonas), Estado do

Amazonas, Brasil, 27-ix-1979, em

meio líquido. Parátipos: 50 fêmeas e

33 machos em meio líquido; uma

fêmea de Prochilodus nigricans

(Agassiz, 1829) da localidade-tipo,

J.C. Malta, 2l/i/l980, (INPA-CR 678);

uma fêmea e um m a c h o de

Pseudoplatystoma tigrinum

(Valenciennes, 1840) (da

localidade-tipo J.C. Malta, 14/ix/1979, (INPA-CR

679); dois machos de Hipophtalmus

edentatus Spix, 1829 da

localidade-tipo J.C. Malta, 14/ix/1979, (INPA-CR

680); três fêmeas de Pygocentrus

nattereri (Kner, 1860), da

localidade-tipo, J.C. Malta, 23/Í/1980, (INPA-CR

681); quatro fêmeas de Schizodon

fasciatus Agassiz, 1829 da

localidade-tipo, J.C. Malta, 23/Í/1980, (INPA-CR

685); duas fêmeas e um macho de

Brycon erythropterum (Cope, 1872)

rio Negro, AM, A. Varella, 30/ix/1982,

(INPA-CR 764); treze fêmeas e seis

machos de Brycon erythropterum,

Estação de Aquacultura do INPA, AM,

J.C. Malta, 14/vi/1983 (INPA-CR

(4)
(5)

7 6 5 ) ; d u a s f ê m e a s de Schizodon

fasciatus ( A g a s s i z , 1829) do rio

Guaporé, Pimenteiras, RO, J.C. Malta,

28/xi/1984 (INPA-CR 766); quatro

fêmeas e sete machos de Colossoma

macropomum d a e s t a ç ã o d e

Aquacultura de Itacoatiara, AM, C.

Fischer, 12/x/1997 (INPA-CR 767);

oito fêmeas e n o v e m a c h o s d e

Colossoma macropomum da estação

de Aquacultura de Itacoatiara, A.L.

Gomes, 07/Í/1998 (INPA-CR 768).

Seis fêmeas e três machos em lâminas

de Brycon erythropterum, Estação de

Aquacultura do INPA, AM, J.C. Malta,

14/VI/1983 (INPA-CR 769).

Fêmea(Figs. 1 - 12 e Tab. 1),

η- 10

C o m p r i m e n t o total d o s

exemplares examinados (ct) 4,1 - 6,4

(4,8)mm (Fig. 1) (Tab. 1). Superfície

dorsal de cor levemente esbranquiçada

com desenhos formados por pontos de

pigmentos castanhos. Carapaça em

forma de coração, m a i s larga que

longa. Comprimento da carapaça (cc)

2,6 - 2,9 (2,8)mm (Tab. 1). Relação

comprimento total/comprimento da

carapaça (ct/cc) 1,5 - 2,3 (1,7). Lobos

l a t e r a i s da c a r a p a ç a c o b r e m os

s i m p ó d i t o s e um terço d o s

endopóditos e exopóditos do primeiro

Tabela 1. Medidas em milímetros de dez fêmeas de Argulus chicomendesi sp. n. (em negrito amplitudes mínimas, máximas e as médias)

M. V. D.P. Exemplares medidos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Comprimento total (ct) 6,4 5,0 4,5 4,4 4,1 4,4 4,2 4,8 4,5 5,2 4,8 0,45 0,67

Comprim. carapaça(cc) 2,8 2,8 2,9 2,7 2,7 2,8 2,6 2,9 2,9 2,8 2,8 0,01 0,07

Comprim. abdôm. (ca) 0,8 0,9 0,9 0,9 0,7 0,8 1,0 0,8 0,8 0,7 0,8 0,01 0,09

Largura carapaça (Ic) 2,8 2,7 2,4 2,2 2,2 2,6 2,4 2,3 2,7 2.0 2,4 0,07 0,26

Largura abdômen (Ia) 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,8 0,6 0,6 0,7 0,6 0,7 0,01 0,08 cc/b 1,0 1,0 1,2 1,2 1.2 1,1 1.1 1.3 1,1 1,4 1,2 0,02 0,12

ct/ca 8,0 5,6 5,0 4,9 5,9 5,5 4,2 6,0 5,6 7,4 6,0 1,31 1,14

ca/Ia 1,3 1,5 1,1 1,3 1,2 i,o 1,7 1,3 1,1 1,2 1,3 0,04 0,20

CC/CA 3,5 3,1 3,2 3,0 3,9 3,5 2,6 3,6 3,6 4,0 3,4 0,18 0,42

CT/CC 2,3 1.8 1,6 1,6 1,5 1,6 1,6 1,7 1,6 1,9 1,7 0,05 0,23 (M=média; V=variança; D.P.=desvio padrão)

(6)

par de p e r n a s ( p e r e i ó p o d o ,

toracópodo) e a metade anterior dos

simpóditos do segundo par.

R e g i ã o frontal ( c e f á l i c a ;

cefalotórax) (Figs. 1 e 2) suavemente

proeminente e bem delimitada pelos

sulcos (depressões) ântero-laterais e

pelo sulco cefálico posterior (Fig. 1).

Sulcos ântero-laterais com um suave

sulco lateral secundário no terço pos­

terior (Fig. 1). Costelas inter-ocularis

bem definidas, terço distai com uma

pequeníssima prolongação lateral em

ambos os lados. Olhos compostos

g r a n d e s , bem d e f i n i d o s ,

completamente evidentes, localizados

na mesma altura da junção entre a

região frontal e a porção principal da

carapaça (Fig. 1). Olho de náuplio

claramente visível na linha mediana

do corpo, um p o u c o à frente das

prolongações laterais das costelas in­

ter-ocularis (Fig. 1). Superfície ventral

da r e g i ã o frontal da c a r a p a ç a ,

ornamentada com pequenos espinhos

direcionados posteriormente, somente

na área t r i a n g u l a r entre as duas

antenas (Fig. 2).

Lobos laterais da carapaça (alae;

asas, áreas posterolaterals) (Figs. 1 e

2) bem definidos e arredondados,

separados por largo sinus (seio poste­

rior do pléon) que alcança um pouco

mais da metade da carapaça. Desenhos

dorsais (Fig. 1) formados por pontos

de piginentos castanhos definindo uma

faixa principal paralela às margens dos

l o b o s ; bifurca-se na altura das

inserções posteriores das costelas

interoculares e volta a se encontrar. Há

uma série secundária intrincada de

pequenas faixas interligadas (Fig. 1).

Relação comprimento da carapaça/

largura da carapaça (cc/lc) 1,0 - 1,4

(1,2). Áreas respiratórias (Figs. 2 e 3)

suavemente definidas na superfície

ventral dos lobos, ocupando cerca de

8 0 % da área dos l o b o s , p o u c o

evidentes. A anterior é menor, triangu­

lar, sendo 5,5 vezes menor (18% da

m a i o r ) . A p o s t e r i o r com um

estrangulamento na margem mediana

Tórax (péreon) (Figs. 1 e 2 ) ,

longo, grosso, bem definido, com

quatro somitos não individualizados,

sem uma forma definida devido a

grande massa de óvulos em seu inte­

rior. Desenhos formados por pontos de

p i g m e n t o s c a s t a n h o s em t o d a

superfície dorsal do péreon, exceto na

faixa mediana que é despigmentada

(Fig. 1). Esta faixa longitudinal é bem

definida e visível, tem cerca de um

quarto da largura do péreon. Começa

no sulco cefálico posterior e termina

na margem posterior do último somito

do péreon (Fig. 1).

Abdômen (pléon) (Figs. 1 e 2),

curto, de forma sub-retangular com

margens arredondadas, ligeiramente

mais longo do que largo. Relação

comprimento total/comprimento do

abdômen (ct/ca ) 4,2 - 8,0 ( 6 , 0 ) .

C o m p r i m e n t o do a b d ô m e n (ca)

variando de 0,7 - 1,0 (0,8), largura do

abdômen (la) 0,6 - 0,8 (0,7) (Tab. 1).

Relação comprimento do abdômen/

largura do abdômen (ca/la) de 1,0 - 1,7

(1,3) (Tab. 1). Par de espermatecas,

localizadas quase na região mediana,

bem visíveis e arredondadas (Figs. 1

e 2). Lobos afinando posteriormente

ao seio anal, com forma suavemente

arredondada nas pontas (Figs. 1 e 2).

Superfície v e n t r a l o r n a d a com

e s p i n h o s (Fig. 2 ) . Toda m a r g e m

(7)

s

(8)

externa do pléon ornada com uma

fileira de pequenos espinhos (Figs. 1

e 2). Seio posterior do pléon (sinus)

bem definido, com cerca de metade do

comprimento total do abdômen (Figs.

1 e 2 ) . R a m o s caudais p e q u e n o s ,

situados próximos à base dos lobos

a b d o m i n a i s (Fig. 4 ) . Duas faixas

p a r a l e l a s f o r m a d a s por t ê n u e s

pigmentos castanhos em toda extensão

do pléon.

A n t ê n u l a s ( p r i m e i r o par de

a n t e n a s ) ( F i g . 5) com q u a t r o

s e g m e n t o s , os d o i s p r i m e i r o s

fortemente esclerotizados e ornados

c o m e s p i n h o e g a n c h o s ; os d o i s

últimos suavemente esclerotizados e

ornados com setas. Primeiro segmento

de forma triangular, posteriormente

em forma de um e s p i n h o g r o s s o

( e s p i n h o p o s t e r i o r i n t e r n o ) ,

ligeiramente curvado para o lado

externo. Segundo segmento, o maior,

com um forte gancho lateral, voltado

pósteroventralmente; um forte espinho

posterior externo de forma romboidal,

no terço ântero distal e um forte

g a n c h o a n t e r i o r , v o l t a d o

p ó s t e r o v e n t r a l m e n t e . Terceiro

segmento liso. Quarto segmento, com

cerca de um quarto do comprimento

do anterior e com três setas apicais.

A n t e n a s ( s e g u n d o p a r de

a n t e n a s ) (Fig. 5) com quatro

segmentos. Primeiro segmento o mais

r o b u s t o s e esclerotizado com um

espinho romboidal. Demais segmentos

tubulares decrescendo suavemente de

t a m a n h o . S e g u n d o e t e r c e i r o

segmentos com uma seta e o quarto

com três (Fig. 5). Um par de espinhos

mesiais (espinhos pós-antenais) um de

c a d a lado do c o r p o , v o l t a d o s

ligeiramente para o lado e x t e r n o ,

localizados próximos e posteriores à

base da projeção basal da antena, *

Maxílulas (primeiras maxilas)

(Fig. 2) formando fortes ventosas.

Hastes (costelas; raios) quitinosas de

sustentação (Fig. 6) das ventosas com

seis segmentos, o basal de forma

s u b t r i a n g u l a r e o m a i s l o n g o , os

demais de forma romboidal decres­

cendo suavemente de tamanho (Fig.

6). Periferia da ventosa com uma fina

membrana. Estilete bucal (estilete

p r é o r a l ; e s p i n h o p r é o r a l ; f e r r ã o ;

agulha) e bainha, visíveis entre as

ventosas, cone bucal (probóscide; tubo

b u c a l ) , sem o r n a m e n t a ç ã o ou

a r m a d u r a (Fig. 2 ) . M a n d í b u l a s

dentíferas parcialmente visíveis no

cone bucal.

M a x i l a s ( s e g u n d a s m a x i l a s )

(Fig. 2) f o r m a d a s p o r c i n c o

segmentos. Primeiro segmento (basal;

placa basal) de forma triangular,

margem posterior com três dentes

m a x i l a r e s s e m e l h a n t e s ( e s p i n h o s

romboidais). Área acima dos dentes,

com pigmentação determinando uma

região triangular distai, próximo ao

vértice anterior, área despigmentada

f o r m a n d o um c í r c u l o . S e g u n d o

segmento alongado, robusto, afina

suavemente em direção distal, a partir

da região média posterior, ornado com

e s c a m a s p e c t i n a d a s ( e s p i n h o s

c u s p i d a d o s ) , p o n t a s v o l t a d a s

posteriormente. Terceiro e quarto

segmentos com cerca da metade do

comprimento do anterior, com forma

r e t a n g u l a r , o r n a m e n t a d o s com

e s c a m a s p e c t i n a d a s ( e s p i n h o s

c u s p i d a d o s ) , p o n t a s v o l t a d a s

lateralmente. Quinto segmento (apical)

(9)

o m e n o r , o r n a m e n t a d o com um

gancho, uma garra e uma projeção em

forma de clava (Figs. 7 e 8). Primeiro

par de espinhos pós-maxilares na

mesma altura dos dentes maxilares,

segundo na altura do primeiro par de

pernas e ambos, voltados para parte

interna (Fig. 2).

P r i m e i r o ao quarto pares de

p e r n a s (pernas n a t a t ó r i a s , p e r n a s

torácicas, toracópodos, pereópodos)

(Figs. 9 - 1 2 ) birremes, simpóditos

(coxopódito e basipódito) com dois

segmentos endopóditos e exopóditos

ornados com setas plumosas. Primeiro

e segundo pares de pernas (Figs. 9 e

10) com um flagelo dorsal no segundo

s e g m e n t o o r n a d o com setas

plumosas: uma apical; duas setas

pequenas laterais e seis na margem

posterior do primeiro par e sete no

1,00 mm

Figuras 3-8. Argulus chicomendesi sp. n. 3 - áreas respiratórias; 4 - ramos caudais; 5 - antenas.; 6 - hastes quitinosas; 7 - maxila; 8 - detalhe do segmento distai da maxila.

(10)

segundo. Primeiro par de pernas (Fig.

9): primeiro segmento com espinhos e

duas pequenas setas p l u m o s a s na

margem média posterior; segundo

segmento e endopódito com espinhos

multicuspidados (escamas). Segundo e

terceiro pares de pernas com uma

fileira de p e q u e n o s e s p i n h o s n a

m a r g e m a n t e r i o r do e x o p ó d i t o e

e s p i n h o s no p r i m e i r o e s e g u n d o

s e g m e n t o s e m e t a d e a n t e r i o r do

endopódito (Figs. 10 -11). Quarto par

de p e r n a s (Fig. 12): p r i m e i r o e

segundo segmentos com espinhos;

p r i m e i r o s e g m e n t o com o lobo

natatório (expansão do coxopódito)

evidente, com margens arredondadas

e e x t r e m i d a d e p o s t e r i o r afilando

posteriormente e ornado com sete

setas plumosas; segundo segmento

com quatro setas plumosas na margem

p o s t e r i o r e m e t a d e a n t e r i o r do

endopódito com espinhos.

Macho(Figs. 13 - 17 e Tab. 2),

n = 9

C o m p r i m e n t o total d o s

exemplares e x a m i n a d o s (ct) 3,1

-3 , 5 ( -3 , l ) m m , sendo 55 - 7 6 ( 6 5 % )

menor que a fêmea (Fig. 13 e Tab. 2).

Superfície dorsal de cor levemente

e s b r a n q u i ç a d a com d e s e n h o s

formados por pontos de pigmentos

castanhos, mas com coloração mais

s u a v e e d e n s a q u e n a s f ê m e a s .

C a r a p a ç a em forma de c o r a ç ã o ,

ligeiramente mais larga que longa.

Comprimento da carapaça(cc) 1,4

-1,8 ( l , 7 ) m m (Tab. 2 ) . R e l a ç ã o

comprimento total/comprimento da

carapaça (ct/cc) 1,6 - 2,3 (1,9).

R e g i ã o frontal ( c e f á l i c a ;

cefalotórax) (Fig. 13) mais definida

que na fêmea e bem delimitada pelos

sulcos (depressões) ântero-laterais e

pelo sulco cefálico posterior. Lobos

laterais da carapaça (alae; asas, áreas

p o s t e r o l a t e r a l s ) ( F i g . 13) b e m

definidos arredondados; separados por

largo e curto sinus (seio posterior do

pléon) que mede cerca de 2 0 % do

comprimento da carapaça. Muito mais

curtos que os da fêmea, cobrem a

metade anterior dos simpóditos do

primeiro par de pernas (pereópodo,

toracópodo) e o terço anterior dos

simpóditos do segundo par. Desenhos

dorsais da carapaça formados por

p o n t o s de p i g m e n t o s c a s t a n h o s ,

semelhantes aos da fêmea, mas menos

densos. Áreas respiratórias (Fig. 13)

suavemente definidas e podendo ser

vistas, parcialmente, na superfície dor­

sal dos l o b o s , nas fêmeas só são

visíveis ventralmente.

Tórax (péreon) (Fig. 13) menor,

mais estreito e menos proeminente que

o da fêmea. F o r m a d o p o r quatro

s o m i t o s bem d e f i n i d o s e

i n d i v i d u a l i z a d o s . Sem d e s e n h o s

d e f i n i d o s , m a s com p i g m e n t o s

c a s t a n h o s p o u c o d e n s o s em toda

extensão, exceto em alguns pontos, ao

l o n g o da linha m e d i a n a , o n d e

concentram-se formando m a n c h a s

escuras. Faixa longitudinal mediana

do péreon com pouca definição e

pouco visível.

Abdômen (pléon) (Fig. 13) de

forma oval e l i g e i r a m e n t e m a i s

(11)

Figuras 9 - 12. Argulus chicomendesi sp. η., fêmea (vista dorsal): 9 - perna 1; 10 - perna 2; 11 - perna 3; 0,1 mm - perna 4.

(12)

Tabela 2. Medidas em milímetros de dez machos de Argulus chicomendesi sp. n. (em negrito amplitudes mínimas, máximas e as médias)

Μ V D.P. Exemplares medidos 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Comprimento total (CT) 3,1 3,3 3,1 3,1 3,5 3,1 3,2 3,1 2,7 3,1 0,04 0,21

Comprim. carapaça(CC) 1,5 1,6 1,8 1,7 2,0 2,0 1,4 1,5 1,5 1,7 0,05 0,22

Comprim. abdôm. (CA) 0,8 0,9 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 0,8 0,8 0,8 0,00 0,06

Largura carapaça (LC) 1,3 1,4 1,6 1,3 1,8 1,6 1,5 1,3 1,1 1,4 0,05 0,21

Largura abdômen (LA) 0,5 0,5 0,5 0,4 0,7 0,4 0,5 0,4 0,4 0,5 0,01 0,10

CC/LC 1,2 1,2 1,2 1,3 1,1 1,3 0,9 1,2 1,4 1,2 0,02 0,12

CT/CA 3,9 3,9 3,9 3,9 4,4 3,9 3,6 3,9 3,4 3,8 0,07 0,27

CA/LA 1,6 1,6 1,6 2,0 1,1 2,0 1,8 2,0 2,0 1,7 0,09 0,29 (M=média; V=variança; D.P.=desvio padrão)

c o m p r i d o q u e l a r g o . R e l a ç ã o

comprimento total/comprimento do

abdômen (ct/ca) 3,4 - 4,4 (3,8) (Tab.

2). Largura do abdômen (la) 0,4 - 0,7

(0,5) (Tab. 2). Relação comprimento

do abdômen/largura do abdômen (ca/

la) 1,1 - 2,0 (1,7) (Tab. 2). Par de

testículos pouco definido, do mesmo

formato que o abdômen, ocupando

cerca de 90% da área abdominal. Lo­

bos afinando posteriormente ao seio

a n a l , com forma l a n c e o l a d a n a s

extremidades. Seio posterior do pléon

bem definido, com cerca de 42% do

comprimento total do abdômen. De

cada lado da linha mediana do pléon

há u m a série d e c o n c e n t r a ç ã o de

pigmentos, formando manchas escuras

em t o d a e x t e n s ã o . M a x í l u l a s

( p r i m e i r a s m a x i l a s ) s u a v e m e n t e

visíveis em vista dorsal nos machos.

P r i m e i r o ao quarto p a r e s d e

p e r n a s (pernas n a t a t ó r i a s , p e r n a s

torácicas, toracópodos, pereópodos)

(Figs. 13 - 17) birremes, simpóditos

(coxopódito e basipódito) com dois

segmentos endo e exopóditos ornados

com setas p l u m o s a s . P r i m e i r o e

segundo pares de pernas (Figs. 14

-15) com um flagelo dorsal no segundo

segmento, ornado com setas plumosas,

uma apical e cinco laterais, a mais

(13)
(14)

e x t e r n a é a m e n o r as d e m a i s

aumentam gradativamente de tamanho

até a quarta.

Primeiro par de pernas (Fig. 14)

com u m a p e q u e n a seta p l u m o s a

apontando para a margem externa, um

desenho em forma de círculo e duas

faixas transversais paralelas formadas

por tênues pigmentos castanhos no

primeiro segmento. Segundo par de

p e r n a s (Fig. 15) com o p r i m e i r o

segmento e o exopódito com espinhos

na margem anterior e com um desenho

de forma i r r e g u l a r no p r i m e i r o

s e g m e n t o f o r m a d o s por t ê n u e s

pigmentos castanhos. Terceiro par de

p e r n a s ( F i g . 16) com p r i m e i r o

segmento e o exopódito com espinhos

na m a r g e m a n t e r i o r , s e g u n d o

segmento com espinhos somente no

quinto posterior. Simpóditos (primeiro

e s e g u n d o s e g m e n t o s ) (Fig. 16)

m o d i f i c a d o s e p o s s u i n d o u m a

elevação em forma de xícara (estrutura

copulatória acessória) na margem pos­

terior. Quarto par de pernas (Fig. 17)

com uma pequena seta próxima à sua

inserção ao tórax; primeiro segmento

com duas faixas paralelas transversais

de p i g m e n t o s , lobo n a t a t ó r i o

(expansão do coxopódito) evidente e

com margens arredondadas, ornadas

com cinco setas plumosas e com forte

pigmentação em toda sua extensão.

Segundo segmento (Fig. 17) com duas

faixas paralelas de pigmentos, margem

posterior com três setas plumosas.

S i m p ó d i t o s ( p r i m e i r o e s e g u n d o

segmentos) (Fig. 16) modificados no

ponto de oposição da elevação em

forma de xícara (estrutura copulatória

acessória) do terceiro par de pernas.

Modificações do quarto par de pernas

do macho inclui uma forte projeção

anterior com uma abertura mediana,

tendo o formato interior da letra "U".

No terço distai de sua base uma área

pigmentada que se eleva suavemente

em d i r e ç ã o distai com b o r d a

arredondada, toda sua base com setas

plumosas direcionadas posteriormente

(Fig. 16).

Etimologia: o nome específico é

uma homenagem a Francisco Mendes,

o grande líder popular amazônida, de­

fensor dos povos da floresta. Deriva da

junção dos dois nomes de como era

c o n h e c i d o : C h i c o M e n d e s :

chicomendesi.

DISCUSSÃO

Das nove espécies do gênero

Argulus citadas para o Brasil, quatro

ocorrem na A m a z ô n i a b r a s i l e i r a :

Argulus multicolor Stekhoven, 1937

que parasita Rhaphiodon vulpinus

Agassiz, 1829; Pygocentrus nattereri

(Kner, 1860); Colossoma

macropomum; Cichla temensi

(Humboldt, 1833) e, Satanoperca

jurupari ( H e c k e l , 1840); Argulus

pestifer Ringuelet, 1948 que parasita

Pseudoplatystoma tigrinum e P.

fasciatum (Linnaeus, 1776); Argulus

juparanaensis Lemos de Castro, 1950

que p a r a s i t a Megalodoras s p .

Eigenmann, 1925 e Pseudoplatystoma

fasciatum além de Argulus amazonicus

(15)

Figuras 14-17. Argulus chicomendesi sp. n., macho (vista dorsal): 14 - perna 1; 15 - perna 2; 16 - perna 3; 17 - perna 4.

(16)

de Cichla ocellaris B l o c h &

Schneidert, 1801 e C. temensis (Malta,

1998), e n c o n t r a d o p a r a s i t a n d o ,

também, Osteoglossum bicirrhosus

( V a n d e l l i , 1829) ( o b s e r v a ç ã o do

primeiro autor deste trabalho).

A p e s a r de ter em c o m u m o

hospedeiro (tambaqui, Colossoma

macropomum) e o local de coleta, a

fêmea de Argulus chicomendesi difere

da de Argulus multicolor, por ser bem

menor, menos da metade do tamanho;

no formato das hastes quitinosas de

sustentação; na cobertura do primeiro

e segundo pares de pernas pelos lobos

laterais da carapaça nos desenhos da

carapaça, tórax, abdômen; no formato

do abdômen; nas ornamentações das

a n t ê n u l a s , a n t e n a s , m a x i l a s e na

distância entre as maxílulas.

O m a c h o de Argulus

chicomendesi difere de Argulus

multicolor (descrito de apenas um ex­

emplar): por ser menor; no formato

nos desenhos da carapaça, tórax,

abdômen; no formato da carapaça, do

a b d ô m e n ; n a s o r n a m e n t a ç õ e s das

a n t ê n u l a s , a n t e n a s , m a x i l a s ; na

distância entre as maxílulas; em todo

o sistema de modificações sexuais do

terceiro e quarto pares de pernas.

Uma segunda espécie que tem

a l g u m a s e m e l h a n ç a com A.

chicomendesi é Argulus elongatus

Heller, 1857 (descrito de apenas um

exemplar fêmea). A nova espécie

difere: por ser menor; nos desenhos e

coloração dorsais da carapaça e do

m e t a s s o m o ; por a p r e s e n t a r lobos

laterais da carapaça (alae; asas, áreas

p o s t e r o l a t e r a l s ) bem definidos

arredondados e separados por largo

sinus (seio posterior do pléon), na

outra espécie ambos são ausentes;

tamanho do abdômen menor; formato

e s i n u s do a b d ô m e n d i f e r e n t e s ;

maxilas armadas com três d e n t e s

maxilares semelhantes (ausentes na

segunda espécie); presença de flagelos

nos dois primeiros pares de pernas

(pereópodo, toracópodo), ausentes na

outra espécie.

A combinação dos caracteres de

Argulus chicomendesi a l i a d o s ao

formato e composição dos desenhos

dorsais da carapaça, metassomo e

abdômen; presença de espinhos na

margem externa do abdômen (pléon)

tanto no macho quanto na fêmea;

pernas com ornamentações, estruturas

copulatórias acessórias e pigmentação

típicas e ornamentação das maxílulas

são características exclusivas desta

espécie.

Argulus chicomendesi foi a

primeira espécie que apresentou um

alto índice de infestação em peixes

cultivados na Amazônia. Em 1983,

apresentou uma infestação maciça em

Brycon cf. cephalus (Günther, 1869),

na Estação de Aquacultura do Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia,

Manaus, Estado do Amazonas. Em

1998, esta mesma espécie foi coletada

parasitando o tambaqui {Colossoma

macropomum), em uma Estação de

A q u a c u l t u r a n o m u n i c í p i o de

Itacoatiara, esta infestação era baixa,

cerca de, dois a quatro branquiúros por

hospedeiro.

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Aceito para publicação em 19/07/2000

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