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ALIMENTAÇÃO E MOVIMENTO CORPORAL NA ESCOLA: UMA VISÃO AO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

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ALIMENTAÇÃO E MOVIMENTO CORPORAL NA ESCOLA: UMA VISÃO AO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Cristini da Rosa Turatti1 RESUMO: Neste texto pretende-se apresentar uma versão de uma pesquisadora na área de “Saúde em Educação” no que se refere ao corpo do aluno no espaço escolar. Para dar conta do que se objetiva, procura-se realizar uma reflexão sobre a obesidade infantil e o Diabetes Mellitus tipo 1, por serem duas patologias que acometem tanto crianças e adolescentes, quanto adultos no espaço escolar. Considera-se que a disciplina de educação física seja de grande importância para que o aluno possa se sentir cuidado e acolhido na escola, no que tange às suas necessidades especiais de cada patologia.

PALAVRAS-CHAVE: Alimentação Escolar; Movimento Corporal; Professor; Educação Física. 1. Introdução

O ser humano é composto de necessidades fisiológicas para se manter em atividades, sejam elas físicas ou biológicas. Esse artigo trata sobre a alimentação, mas especificamente a Alimentação Escolar, no que se relaciona ao movimento corporal de alunos com necessidades específicas, com o intuito de proporcionar uma visão acerca dessa relação, especificamente ao professor da disciplina de educação física, tanto no ensino fundamental quanto no médio.

Sabe-se que a alimentação é um dos componentes que mantém o bom desenvolvimento físico, psíquico e social do indivíduo, porque repõe, através dela, os nutrientes e sais minerais de que o indivíduo necessita para manter seu organismo em perfeito funcionamento. É assunto que aparece nas discussões pretéritas, atuais e, sem dúvida, serão tratadas nas futuras, pois, é um dos Direitos Humanos adquiridos, junto com a saúde, educação, moradia, escola, entre outros.

O consumo habitual de alimentos variados ou de uma alimentação define o comportamento alimentar ou o hábito alimentar de uma pessoa, sendo de grande importância no cotidiano, a fim de manter as funções biológica, físicas e psicológicas da mesma.

Uma alimentação adequada traz vários benefícios ao organismo do indivíduo, a oferta dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento físico, que na infância e adolescência está em velocidade acelerada porque as funções bioquímicas promovem o crescimento do indivíduo, bem como a qualidade de vida que terá na atualidade e no futuro. A má alimentação, seja ela pelos tipos de alimentos ou mesmo por excesso ou por deficiência, atinge o aluno em todas as funções biológicas.

O movimento corporal, por ser atividade do organismo, necessita de substâncias para dar-lhe sustentação, é a partir da alimentação que se adquire. Estar alimentado é uma necessidade do ser humano, e direcionando ao aluno, o foco desse artigo, tem uma maior importância tendo em vista que o mesmo encontra-se em um processo de desenvolvimento cognitivo e físico, período que há grande consumo de energia. Direcionar essa necessidade também ao ato de movimentação corporal, com enfoque nas atividades da disciplina de Educação Física, fica saliente a preocupação de um cuidado especial aos alunos com direcionamento alimentar ou físico específico, sobretudo daqueles com Diabetes Mellitus tipo 1 e com Obesidade Infantil.

1 Mestranda em Educação, no Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Sul de Santa

Catarina, Campus Tubarão. Professora dos cursos de Nutrição, Medicina e Cosmetologia da UNISUL, Campus Tubarão. Endereços eletrônicos: cristini.turatti@unisul.com; cristuratti@yahoo.com.br.

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2. Alimentação e Movimento Corporal na Escola

Como o próprio subtítulo já expressou, esta seção está dividida em duas partes, alimentação e movimento corporal. Início falando da alimentação escolar, que compreende os alimentos oferecidos e consumidos no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo, bem como as ações desenvolvidas tendo como objeto central a alimentação e nutrição na escola. Por ser na escola pública uma alimentação gratuita, falo especificamente da oferecida nessa rede institucional. A rede particular de ensino não participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar do governo federal.

Esse tema, alimentação escolar, está disposto na Constituição Federal de 1988 no artigo 208, inciso VII, no Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 54, inciso VII (BRASIL, 2008) e na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBEN) artigo 4º, inciso VIII, “como direito de atendimento ao educando, no ensino fundamental público, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde”. Este texto foi alterado, quando entra em vigor o FUNDEB2, pela Lei n. 11.947, artigo 3º, de 16 de junho de 2009, que passa a garantir o direito à alimentação para toda a educação básica.

Acerca do direito à alimentação escolar, presente na Lei n. 11.947, disposto em seu artigo 2º as diretrizes da alimentação escolar, no inciso VI diz o que segue

O direito à alimentação escolar, visando garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social (BRASIL, 2009b).

Tal dispositivo legal foi referenciado na Declaração do III Congresso Internacional da Alimentação Escolar da América Latina, no ano de 2007, ocorrido em Recife/PE, quando é expresso do seguinte modo: “A oferta de alimentos no ambiente escolar deve estar adequada às necessidades alimentares e nutricionais específicas de cada faixa etária e as condições de saúde dos escolares”, em outros termos, cada escolar tem o direito, conforme tal documento, de receber uma alimentação de acordo com o que uma pessoa da sua idade precisa para se manter em condições de saúde física e mental.

Nesse sentido, a alimentação nas escolas é regida pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), e na Lei n. 11.947, de 2009 está disposto no artigo 4º, que tem por objetivo

contribuir para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo (BRASIL, 2009b).

O referido programa – PNAE - é o mais antigo dos programas sociais no Brasil, e um dos maiores do mundo na área de alimentação escolar, é o único com atendimento universalizado (BRASIL, 2010). Isso quer dizer que temos uma excelente estrutura legal brasileira, mas nem todos os locais no território nacional são cumpridos os objetivos que o mesmo dispõe.

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Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica. Leva para toda a educação básica, entre outros benefícios, a merenda escolar.

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Ao falar de alimentação escolar para professores, neste evento, não é nada fácil, e direcioná-la aos que trabalham com o movimento corporal é um desafio para quem é profissional da nutrição e está acostumada a falar aos pares, pois partimos primeiramente em definir essa tal alimentação escolar e sua importância, para, além disso, relacionar com as necessidades que o aluno precisa, seja ele um indivíduo saudável ou com necessidades específicas.

A falta de uma alimentação, seja ela escolar ou não, pode acarretar aos alunos déficit de desenvolvimento físico e cognitivo, bem como o bom desempenho dos movimentos corporais, muito exigidos no andamento das aulas que exigem maior gasto de energia, como as de Educação Física.

3. O aluno com necessidades específicas e a relação com a Educação Física

A escola é o espaço social por onde circula que concentra o maior número de pessoas com diferentes idades, características diversas e culturas. Nesse mesmo ambiente encontramos os profissionais da educação e os alunos com suas particularidades físicas, psíquicas e sociais. Ao mencionar as físicas nós, educadores, deparamos com diversas situações, entre elas relaciona-se a obesidade infantil e a Diabetes Mellitus, nas quais darei maior ênfase nesse artigo por ter alguns cuidados que considero serem pertinentes e estão intimamente relacionados com a alimentação e com a atividade física principalmente, na escola, ao que trata da disciplina de educação física.

Atualmente, a prevalência da obesidade vem crescendo significativamente em várias populações mundiais, entre elas inclui o Brasil. É de etiologia complexa e multifatorial, podendo estar relacionada ao ambiente, fatores emocionais e estilo de vida (ABESO, 2009). Segundo Fisberg (2005, p. 3) “a obesidade pode ser considerada como um acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo o corpo, causado por doenças genéticas ou endrócrino- metabólicas ou por alterações nutricionais”.

O desenvolvimento de obesidade infantil pode estar relacionado a fatores como aleitamento materno, peso ao nascer, obesidade dos pais, alimentação inadequada, sedentarismo (SBEM, 2005), sendo que os fatores de maior impacto são dois, a saber: o baixo nível de atividade física e o aumento da ingestão calórica. (ABESO, 2009).

Ao se deparar com fatores visivelmente identificáveis, os profissionais podem desde o início das atividades com a criança identificar o risco a obesidade, pois conforme refere ABESO (2009) a relação genética dos pais tem um percentual indicativo no estabelecimento dessa patologia, pois quando nenhum dos pais é obeso esta se expressa em apenas 9% de chance de desenvolvimento da obesidade, elevando-se para 50% com um dos genitores sendo obeso, e atinge o índice alarmante de 80% quando ambos são. Tais dados são alarmantes, uma vez que a criança poderá tornar-se obeso, dependendo, entre outras situações, dos hábitos alimentares da família.

O controle do peso na fase infantil pode ser visto na referencia indicativa de Vitolo e Compagnolo (2008, p. 340) onde “as atividades físicas realizadas pela criança na escola ou brincadeiras desenvolvidas no lar contribuem para a regulação do peso corporal”. Portanto, a escola tem um papel importante no controle, ou contribuição da redução desse peso excessivo, não descartando o desenvolvimento de hábitos saudáveis na família. Uma das formas de tratamento da obesidade infantil é a mencionada acima, pois é considerado um tratamento complexo e multidisciplinar.

As crianças obesas necessitam de apoio e estímulo dos pais e dos professores, para que elas não se sintam inferiores aos demais colegas por ser “gordo” e não conseguir desenvolver algumas atividades físicas. Para minimizar tal quadro, é importante incluir a criança obesa em atividades ligadas ao movimento corporal e orientar aos demais colegas do seu convívio

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social para que não façam gozações, não coloque apelidos, pois a frustrará3 (SANTANA, 2008). Alguns estudos ainda demonstram que crianças obesas são consideradas preguiçosas, feias, trapaceiras e mentirosas, podendo desenvolver sérios problemas psicológicos na atualidade e no futuro.

Sabe-se que um tratamento incluindo vários profissionais somente tem sucesso quando todos se inter-relacionam, a fim de obter o resultado esperado. Aqui, menciono o professor responsável pela atividade física, mantedor de um papel essencial na condição de obesidade, pois a disciplina de educação física é de frequência semanal e em quantidade adequada para estimular a prática de exercícios físicos.

A junção de alimentação adequada na escola e atividade física escolar pode ser um bom aliado para a perda de peso, pois o aluno frequenta diariamente tal espaço. Entretanto, algumas atitudes devem ser observadas como o aluno permanecendo períodos prolongados de jejum, inclusive, alguns deles indo para a escola sem a primeira refeição do dia, isto é, o café da manhã; com hábito de fazer dietas rigorosas e de baixa qualidade. Esses aspectos levam a uma modificação biológica do organismo, podendo ocasionar alterações nas atividades diárias na escola, como na aprendizagem e nas aulas de educação física.

Essas atitudes realizadas por muitas crianças e adolescentes nascem pela imposição do meio de vida atual, pressão da moda para estar em peso adequado ou abaixo – estereótipos sociais sem medir as consequências para crianças, adolescentes e adultos, levando-as a fazerem muitas loucuras, como por exemplo, as já citadas anteriormente.

Portanto, o professor que conhece o aluno e tem um bom relacionamento, de modo que possa ter a liberdade de conversar, explicar e acompanhar, contribui para a modificação de atitudes ajudando o aluno, portador de obesidade, a enfrentar as mudanças diárias, seja ela alimentares, de atividade física ou mesmo comportamentais.

Nas crianças e nos adolescentes vem-se apresentando um aumento das doenças crônicas, em especial a Diabetes Mellitus (DM), que requer conhecimentos que integrem os cuidados à saúde e a integração do indivíduo ao seu meio social. (ALMINO et. al., 2009).

O Diabetes Mellitus é considerado hoje uma epidemia mundial, sendo um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo, conforme dados do Ministério da Saúde (2011). Conceitualmente, “não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Essa hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos. (SBD, 2007, p. 11). O conceito é abrangente e inclui os tipos de diabetes como um todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011) e a American Diabetes Association (ADA, 2011), duas categorias etiopatogênicas mais comuns e discutidas: o Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e o

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Os dois tipos podem acometer as crianças, mas é o DM1 o

merecedor de atenção, por ocorrer mais frequentemente na infância, e ser uma situação específica de representação porcentual pequena, mas com significativa repercussão. O

Diabetes Mellitus tipo 1 é uma doença que apresenta sérias consequências para o indivíduo

portador, inclusive levado-o a morte, se não tratada.

Caracterizando propriamente o DM1 em doença de caráter autoimune, há a destruição completa das células betas das ilhotas de Langerhans no pâncreas, responsáveis em produzir o hormônio insulina. (IDF, 2011; SOUTO, 2010). Essa destruição das células betas é variável, sendo em maior velocidade entre as crianças. A insulina por sua vez é responsável por transportar a glicose para dentro das células. Essa glicose é o meio de energia que as células adquirem para manter o organismo funcionando. A utilização da insulina exógena é obrigatória em pessoas que possuem essa doença, por ela não ser produzida pelo organismo.

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Hoje fala-se muito em bullying, palavra cunhada na língua inglesa para menosprezar alguém pelo grupo social ou colegas (escolares ou de trabalho).

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Caso não ocorra a administração diária da insulina, o Diabetes Mellitus é rapidamente fatal. (OMS, 2011).

Para conviver com um individuo que tem o DM, esse necessita de conhecimento mais específico sobre a doença para lidar e ajudar nos cuidados. Quando direcionado ao aluno com essa necessidade bastante diferenciada na instituição escolar, todos que nela trabalham precisam estar providos desses conhecimentos. As características dessa patologia são os determinantes dos cuidados, pois apresentam importantes sintomas que devem ser levados em consideração.

As características são a hiperglicemia ou hipoglicemia. Essas trazem alterações físicas e comportamentais, que podem ser identificados facilmente pela observação de familiares ou de pessoas ligadas à criança.

Por outro lado, o excesso de glicose sanguínea é a chamada hiperglicemia, apresentando como sintomas a polifagia (excesso de fome) com emagrecimento, polidipsia (excesso de sede), dor de cabeça podendo evoluir para náuseas, cansaço, poliúria (vontade excessiva de urinar), dificuldade para respirar, hálito de maçã, vômitos e sonolência. (SBD, 2011a; ICDRS, 2011).

A hipoglicemia é o baixo nível de glicose sanguínea, caracterizado por ser inferior a 60 mg/dL, podendo variar nos indivíduos. Tem como sintomas a sensação de fome aguda; dificuldade para raciocinar; sensação de fraqueza com um cansaço muito grande; sudorese exagerada; tremores finos ou grosseiros de extremidades; bocejamento; sonolência; visão dupla; mudança na personalidade ou conduta, como choro e riso inapropriado; dificuldade na concentração e a confusão que pode caminhar para a perda total da consciência. Uma característica, geralmente, da criança com o Diabetes Mellitus tipo 1 é ser magro. (SBD, 2011a; ICDRS, 2011). Em alguns casos o processo da hipoglicemia é muito rápido, por isso a identificação dos sinais e sintomas devem ser precisos.

O conhecimento desses sinais e sintomas por parte das pessoas que estão ligados ao aluno é essencial para controlar a hipoglicemia ou a hiperglicemia que possa surgir, e assim, em alguns deles fazer os primeiros atendimentos e encaminhamentos para os procedimentos mais adequados, contribuindo para a segurança do aluno diabético.

Muitas vezes o professor nem sabe que o aluno apresenta ou possa apresentar esses sintomas na presença do diabetes e muito menos o que fazer nesses momentos. Portanto, é pertinente que o professor de Educação Física conheça profundamente os mecanismos fisiológicos decorrentes da atividade física no organismo do aluno, para que assim possa estar mais apto a identificar uma crise de hipoglicemia, característica bastante frequente. (SANTANA e SILVA, 2009).

O professor de educação física deve ter preocupação com o aluno diabético no que se refere à alimentação. Saber se ele comeu alguma coisa antes ou se já faz muito tempo a última refeição, é fundamental, pois a atividade física é um momento movimentação corporal, e em consequência no aumento do gasto de energia. Tais atividades podem facilitar o aparecimento de sintomas de hipoglicemia durante, logo depois ou horas após a aula. Nesse caso, se precisar, o aluno diabético tem direito de receber um lanche extra antes ou, se necessário, depois da atividade mais intensa como refere o Instituto da Criança com Diabetes do RS (2010) para evitar a hipoglicemia.

Todos os professores, incluindo aqui o professor de Educação Física, devem ter conhecimento e prática básica, para desenvolver os primeiros cuidados em uma eventual crise de hipoglicemia. Ao referir-se a prática básica digo os pequenos atos que devem ser realizados, para que possa solucionar o problema. Uma técnica ou orientação básica que todos devem saber para lidar com os primeiros sintomas da hipoglicemia são: utilizar uma colher de sopa de açúcar diluído em meio copo de água ou um copo pequeno de refrigerante comum (não diet) ou de suco de fruta (não diet). Por que enfatizar em não ser diet, pois nesse

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momento o corpo necessita de glicose e é principalmente o açúcar refinado o componente de mais rápida absorção pelo corpo. Podem-se dizer que são técnicas bem fáceis e práticas que melhoram ou amenizam o sintoma, onde permite que a instituição consiga entrar em contato com os pais e/ou buscar um tratamento adequado. Em contraponto ao já citado acima, na presença da hipoglicemia produtos como biscoitos, chocolates, entre outros alimentos ricos em gordura devem ser evitados, devido ser absorvidos com mais lentidão provocando a demora no aumento da glicemia, bem como o aumento exagerado horas após seu consumo (SBD, 2011b). Quando se faz a relação dos cuidados referente a hipoglicemia é importante salientar que o aluno deve sempre manter em sua mochila algum alimento rico em carboidrato simples, como bala, açúcar, pirulito, no intuito de sanar os sintomas de hipoglicemia. Estas são orientações simples que ajudam muito na hora da crise, podendo salvar a vida da criança ou do adolescente.

4. Considerações finais

O conhecimento sobre as situações específicas que aqui relatei, duas que devem ser levadas em consideração, por considerar a escola e suas atividades importante no convívio social e também na melhora da patologia da criança. A escola tem o dever de acolher a criança com necessidades especial, sobretudo nas que referi neste texto, uma vez que é um espaço de socialização do aluno com tal ou tais patologia/s.

A escola há que se preparar para cuidar melhor do aluno obeso ou com Diabetes

Mellitus tipo 1, uma vez que há especificidades para cada patologia e é pertinente que o aluno

sinta-se acolhido e cuidado durante o período que permanece na escola. Alguns dos problemas podem aparecer nas aulas de educação física, por esse motivo enfatizei tal disciplina a fim de que os profissionais desta área sensibilizem-se para inteirar-se quanto aos sintomas destas patologias. Além disso, contribuir para minimizar os problemas de convivência com o grupo de colegas sem tais características físicas.

Referencias

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Escola aos Alunos da Educação Básica. Lei Federal n. 11.947, de 16 jun. 2009b.

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educação básica no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.

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