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O SETOR DE FACÇÕES E O BAIXO NÍVEL DE EMPREENDEDORISMO EM ACARAPE (CE)

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Academic year: 2021

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O SETOR DE FACÇÕES E O BAIXO NÍVEL DE EMPREENDEDORISMO EM ACARAPE (CE)

Salomão Moreira Focna1

Resumo: O setor de facção de Acarape é uma das principais fontes de renda de boa parte da população do município. Ele se formou depois que a Yamacom - indústria de montagem de maquinas de costura industrial - inseriu a cidade no mercado têxtil, devido ao projeto de criação de cooperativas de costura no início dos anos 90. Nesse período foi instalado o Centro Tecnológico de formação de confeccionistas, o C.T.F.C. que foi responsável pelo treinamento de 1.427 pessoas, de 10 municípios do Maciço de Baturité entre o início do ano de 1994 e junho de 1996. Com o descumprimento do acordo firmado entre a Kao Lin e as cooperativas do maciço em 1997, estas foram desativadas e a região passou a abrigar uma população de desempregados. Grande parte das costureiras continuou trabalhando em suas cidades, produzindo em pequenos grupos para outros clientes e outros passaram a trabalhar em casa, sozinhos ou com alguém da família formando assim uma facção.

Procuramos neste trabalho realizar um levantamento de dados nos sites do SEBRAE, no Portal do Micro empreendedor e nos arquivos da prefeitura de Acarape sobre a formalização do setor e o baixo nível de empreendedorismo na região, e pesquisa da política econômica de estudo e do município.

Palavras-chave: Facção; Empreendedorismos; Acarape.

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Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de humanidades e letras, bolsista voluntário PIBIC/UNILAB, e-mail: salo.focna@gmail.com

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INTRODUÇÃO

Este pesquisa tem como objetivo fazer um levantamento sobre os ficcionistas micro empreendedores no município de Acarape e o motivo de muitos optarem por não formalizarem sua atividade, o que os deixa sem visibilidade na economia local.

Procuramos entender o real motivo dos faccionistas continuarem apenas reproduzindo os meios de produção adquiridos no período da Kao Lin, empresa do grupo Yamacom responsável por introduzir Acarape no setor de confecção na década de 90 e não inovarem seus processos produtivos. E também pesquisar quais são benefícios que esses ficcionistas recebem da prefeitura.

O municipal de Acarape dispõe estatuto do micro empreendedor individual, desde dia 27 de agosto de 2013, aprovado na sansão de lei de N° 467/2013 que institui

microempresa de pequeno porte do município. O estatuto mostra que a prefeitura se compromete unificar processo de registro e de legalização dos empresários e pessoas jurídicas, e criação de um banco de dados com informações e orientações, e colocar

instrumentos à disposição dos usuários preferencialmente via rede mundial de computação.

METODOLOGIA

Visita aos faccionistas de Acarape e aplicação de questionário demográfico, pesquisa sobre políticas econômica municipal e estadual de apoio ao faccionista, pesquisa no portal de micro empreendedor sobre faccionistas de Acarape.

Levantamento de dados nos sites do Sebrae, pesquisa nos arquivos da prefeitura de Acarape sobre a formalização do setor e o nível de empreendedorismo.

RESULTADOS EDISCUSSÃO

Os resultados alcançados na pesquisa realizada no portal de empreendedor individual, os dados mostram que existem 230 micro empreendedores cadastrados em todo o município de Acarape, e 35 micro empreendedores estão ligado ao setor das facções, mas segundo a pesquisa que realizamos onde entrevistamos mais de 60 faccionistas

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cadastrados e não cadastrados no município. A secretaria do SEBREA funcionou no município mas no decorrer de pesquisa não estava funcionando e não funciona esta fechado.

O municipal de Acarape dispõe estatuto do micro empreendedor individual, desde dia 27 de agosto de 2013, aprovado na sansão de lei de N° 467/2013 que institui

microempresa de pequeno porte do município. O estatuto mostra que a prefeitura se compromete unificar processo de registro e de legalização dos empresários e pessoas jurídicas, e criação de um banco de dados com informações e orientações, e colocar

instrumentos à disposição dos usuários preferencialmente via rede mundial de computação. O que não conseguimos identificar durante nossos estudos, é banco de dados computadorizados, pois dos poucos documentos que encontramos sobre as facções, encontravam-se armazenadas dentro de caixas na secretaria de educação em uma espécie de deposito.

E no artigo primeiro de estatuto de micro empreendedor individual de Acarape mostra que a lei estabelece normas gerais conferindo tratamento jurídico diferenciado, simplificando e favorecendo a ser dispensado ao micro empreendedor individuais, as

microempresas e as empresas de pequeno porte. Segundo a nossa pesquisa, esse benefício não é verificado entre micro empreendedor faccionista de acarape, maioria não estão registrados e não ganha benefícios como a lei ordena, e trabalho é de forma pregaria e os seus negócios é financiado por eles mesmo, com ajuda de famílias ou por credito bancário. Segundo o nosso questionário sócio econômico que realizamos com faccionista no Acarape, questionamos por qual motivo que eles continuaram reproduzindo não inovando, a resposta da maioria é por falta de ajuda financeira, e segundo eles não recebem nenhum apoio da prefeitura.

Os Cursos ofertados por governo do estado, em colaboração com prefeitura municipal de Acarape no ano 2013, foram beneficiados 242 pessoas com corsos diversos desde pintura na construção civil, doces e salgados, manutenção de computadores, marceneiro e outros cursos dentre eles foram ofertado do curso de corte e costura através de PRONATEC, onde 167 pessoas beneficiaram de curso de modelagem, operador de maquinas e costureiro industrial, e esse numero repetiu no ano 2014, e no ano 2015 foram ofertadas 95 pessoas com cursos na diferente área, mas não tem nenhuma vaga para corte e costura, e dados de 2016 não encontrado.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 12.513/2011, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica

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no país. O Pronatec busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda. E tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio presencial e a distância e de cursos e programas de formação inicial e continuada ou qualificação profissional. A iniciativa oferta cursos técnicos para estudantes matriculados no ensino médio, para quem concluiu o ensino médio, para estudantes da educação de jovens e adultos e, ainda, cursos de qualificação profissional.

A principal linha de financiamento na região do município é o Banco do Nordeste com Programa de Microcrédito Crediamigo que facilita o acesso ao crédito por

empreendedores pertencentes aos setores informais ou formais da economia (microempresas, enquadradas como Microempreendedor Individual, Empresário Individual, Autônomo ou Sociedade Empresária).

Alem de oferecer créditos o Crediamigo oferece aos empreendedores

acompanhamento e orientação para melhor aplicação do recurso, a fim de integrá-los de maneira competitiva ao mercado. Além disso, o Programa de Microcrédito abre conta corrente para seus clientes, sem cobrar taxa de abertura e manutenção de conta, com o objetivo de facilitar o recebimento e movimentação do crédito. Muitos dos faccionistas não conseguem financiamento no banco, porque a empresa não é legalizada, para conseguir financiamento tem que ter documentação da empresa. O que verificamos na pesquisa é empreendimento familiar, muita da confecção encontra considerados de parentes e familiares que para tira sustento.

Os faccionistas não recebem incentivo, apoio ou assistência na nossa pesquisa percebemos que essa atividade traz muita renda por município, precisa de apoio para poder crescer mais.

CONCLUSÕES

De acordo a pesquisa realizada podemos identificar que a falta de recurso financeiro dos faccionistas, é um dos principais fatores que contribuem para que o

empreendedorismo e a inovação não aconteça no município, mas que também a falta de apoio aos faccionista por parte do poder público, governo municipal que não dão apoio e

visibilidade ao setor como consta na lei de N° 467/2013, tem contribuído com a

desvalorização do setor de facções de Acarape e que com a união entre os faccionistas e a aplicação da lei 467/2013 poderia vir a melhorar o nível de empreendedorismo e a inovação, com apoio poderá acontecer.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os faccionistas que colaboraram para que este trabalho tivesse êxito, que dedicaram um pouco do seu tempo para nos atander e nos deram sua atenção, ao nosso orientador professor Dr. José Weyne de Freitas Sousa por sua contribuição na pesquisa, e ao PIBIC/UNILAB por nos ter proporcionado a possibilidade de trabalhar junto com a comunidade local meios de contribuir para o seu desenvolvimento. É um privilegio trabalhar nesse projeto, o trabalho correu muito bem sem grandes sobre saltos e sempre em ordem de cronograma estabelecido.

REFERÊNCIAS

MOREIRA, Maria Vilma Coelho. A Inserção da Mão-de-Obra Feminina na Indústria de Confecção no Ceará: o

Casodas Cooperativas de Confecções do Maciço de Baturité.1997.

Portal Pronatec, Ministério de Educação. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/pronatec

>. Acesso em 10 de março de 2016.

Portal do Empreendedor, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comercio Exterior. Disponível em: < http://www.portaldoempreendedor.gov.br/estatistica/relatorios-estatisticos-do-mei >. Acesso em 6 de julho de 2016.

Credamigo, Banco do Nordeste. Disponível em: < http://www.bnb.gov.br/crediamigo >. Acesso em 04 de agosto de 2016.

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