Revista Brasileira de Geocienclas 18(4):424-432, dezembrode 1988
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GRANITO PEDRA DO SAL E SUAS FEICOES DE CISALHAMENTO
THEODOMIRO GAMA JUNIOR, PAULO SERGIO DE SOUSA GORAYEB e FRANCISCO DE ASSIS MATOS DE ABREU·
ABSTRACT THE PEDRA DO SAL GRANITE AND RELATED SHEAR FEATURES. Detailled petrostructural investigation of the Pedra do Sal Granite revealed the existence of narrow and discontinuous mylonitic zones. They correspond to NE-SW and NW~SEdextral and sinistral shear zones, respectively. The low angle stretching lineation is parallel to the shear zones. It can be identified protomylonite, mylonite, ultramylonite, and pseudotachylite from the undeformed granite to the centre of the shear zones. The analysis of the microstructures permitted the recognition of five petrographic-structural domaines, in which it can be observed the progressive textural and mineralogical transformations. The six principal mineral phases behaved differently under deformation. Quartz is recrystalized and shows essentially ductile deformation. Plagioclase and microcline by theirturn show a brittle-ductile behaviour and have been recrystalized only at advanced stages of deformation. Finally, amphibole and titanite are esencially brittle. Besides the mylonitic foliation, other identified microstructures are microfactures, kinkbands, pressure shadows, microboudinage, bending and stretched minerals followed' by comminution and dynamic recristalization. These features suggest a progressive brittle-ductile shearing process related to a major strike-slip motion under metamorphic condictions varying from low amphibolite to high greenschist facies. RESUMO Zonas milonfticas estreitas e descontfnuas foram reveladas por meio de investigagao pe-troestrutural detalbada no Granito Pedra do Sal. Correspondem a zonas de cisalhamento NE-SW (dextral) e NW -SE (sinistral). Uma1in~iiode estiramento de baixo Angulo 6 paralelaitszonasde cisalhamento. Po-dem ser identificados protomilonitos, milonitos, ultramilonitos e pseudo taquiJitos desde0granito Indefor-made ate0 centro das zonas. A analise das microestruturas possibilitam reconhecer cinco domfnios petro-gntfico-estruturais, nos quais se podem observar as transformacees texturais e irtineral6gicas progressivas. As seis fasesmineral6gicas principais comportaram-se diferentemente durante a deformacao. 0 quartzo 6 recriatalizadc e mostra deformll9li.o essencialmente ddctil. 0 plagioclasio e a rrucroclina, por sua vee, moe-tram comportamento rdptil-drlctil e sao recristalizados apenas em es~giosavancados dadeforma~ao.·Fi nalmente,0 antib6lio e a titanita sio essencialmente ntpteis.
i\l6m
da folill9ao milonltica, outras microes-truturas identificadassao
microfraturas,kinkbands, sombras de pressso, microbudinagem,encurvamento e minerals estirados, sucedidos por cominuicdc e recristalizacao dindmica. Estasfei~sao sugestivas de urn processo de cisalbamento progressivo nlptll-ddctil, relacionado a urn movimento principalmente de trans-correncia, sob condicees metam6rficas variando def~.ciesanfib6lito baixo para xistos verdes alto.I NTRODUCAO Na regiao costeira do Estado do Piauf, aproximadamentea 11 km a norte da cidade de Parnalba, aflora, na ponta da Pedra do Sal, urn corpo de rocha granftica que se destaca em meio aos sedimentos recentes da praia e as 4guas do Oceano A1Iantico (Fig. 1). Por isso olio
e
possfvel defmir suas dimenslio nem suas re~s de contato com as rochas adjacentes.Nos trabalhos anteriores, muito poucas informa<;6es geol6gicas slio encontradas sobre este corpo. As investiga<;oos de campo e os estodos petrogrdficos permitiram a caracterizacao de feigoos estruturais ligadas a urn evento de cisalhamento fragil-ddctil, que impOs modificacoes importantes nos arranjns texturais !gneos preterites.
Este artigo se propOO descrever as caracterfsticas mineral6gicas e microestruturais peculiares do Granito Pedra do Sal e, de forma especial, analisar as tramas relacionadas aos efeitos do cisalhamento fragil-ddctil concentrado em zonas preferenciais de deforma<;ao. Pretende-se ainda discutir a posigliodo corpo no contexte geologico regional.
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CONTEXTO GEOL6GICO REGIONAL As relagOes geol6gicas de campo entre0 Granito Pedra do Sal e as rochas regionais adjacentes nlio slio conhecidas, pois este corpo se encontra circundado por sedimentos praieiros recentes.. As informacoes da geologia de s\lperffcie, em afloramentos do Granit6ide Chaval, situado a cerca de 60kma SE e 40 km a S do Granito Pedra do Sal, indicam que toda a Mea de ocorrencia desse lit6tipo foi envolvida por processos tectonicos e gera<;liode elementos estruturais que, de acordo com as datagoos pelos metodos KIAr em biotita (Almeida et aI. 1968) e Rb/Sr em rocha total (Araujo Neto, em prep.),estlio relacionados ao Evento Brasiliano.
Os dados provindos dos estudos geocronol6gicos (metodo KIAr e Rb/Sr) dos testemunhos de sondagem executados pela Petrobras (Cordani et al, 1984), entre os Granito Pedra do Sal e os afloramentos de rochas cristalinas do Craton Slio Lufs (a SeSE da capital maranhense), indicam tambem a incidencia daquele evento.
A analise da informa<;lio gravimetrica (Lesquer et al, 1984, Abreu, em prep.) mostra que a estruturacao geol6gica de todo esse segmento crustal, no qual se insere 0 corpo em estudo, segue urn padrlio NE-SW com eixos de anomalias gravimetricas positivas e negativas.
Sedimentos faneroz6icos da Bacia Sedimenlar do Parnalba, relacionados As unidades liloestratigr4ficas Serra Grande, Pimenteiras e Cabecas, ocorrem um pouco mais a sul, marcando0 relevo emcuestada borda dessa bacia.
A Formacao Barreiras de idade terciaria tern distribuicao areal importante recobrindo as regioes a sui e leste do local de afloramento do Granito Pedra do Sal.
Estruturalmente, a regilio
emarcada por urn forte padrao
NE-SW em feigoos gecmetricas penetrativas meso e macrosc6picas. Dentre elas merecem destaque a foliag§o milonftica, estatisticamente tombada para NW, e as linea<;6es de estiramento e mineral com baixos valores de mergulho, orientadas NE-SW.Esses elementos configuram urn sistema direcional denominado por Abreu et al. (1988). de Cinturiio de Cisalhamento Noroeste do Ceara, 0 qualleria prosseguimento para oeste ate as proximidades da capital maranhense, onde ocorrem rochas relacionadas ao denominado Craton S§o Lufs (Fig. 2). 0 corpo granftico Pedra do Sal, registrando. a
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Centro de Geociencias.UFPA,Departamento de Geologia, Geoqufmica e Petrologia. Caixa Postal 1611, CEP 66000, Belem, Par'.RevistaBrasuelradeGeociencias,Volume18,1988
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2·55' 2'50' 2· 45' I 41·40' 5Km ICOBERTURAS QUATERNA RIAS
SENTI DO DE MOVIMENTO
ZONA DE CISALH AMlNTO
L;NEACJi.O DE ESTIRAMENTO
FRATU R AS
FOLl A CJi.O MILONITI CA
QRANITO PEDRA DO SAL CANAR lA S 41·45' e PONTO DE AMOSTRAGEM
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F.M.Silvei ra _Ine dira )426
RevutaBrasdeira deGeocirncias,Volume18, 1988 irnJX>si~ao poueo pronunciada de elementos estru turais , seriaassirn parteintegrant edessamegaunidadetectonlca,
A borda sui e sudoes te do Craton Sao Luis 6 tam bem orlada PJfurncinturaodecisalhamento denominado Zona de Ctsalhamenio Tentuga/ (Has ui et 0/. 1984), onde ponteiam alguns corpos granfticos dentre as quais se destaca 0 Grani t6ide Ney Peixoto. Villas (1982) rnoslro u que esta impresso oes te corpo uma tenue folia~ao melam6rfica bern comoapresentouidadeisocro nica Rb/Sr de 521±4 1 Ma, com fW OiniciaJ O,7076 ± 0,029 para 0 mesmo. Tal resultado rnostra compatibilidade com a atuacao do Evento Brasileiro tambemnessaarea.
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GRA N I TO PEDRA DO SALo
corpo granfticoPedro do Sal foi cartografado em detalhe .0 longo de seus 3.000 m2 de Mea aflorante. Suas principais feir;Oes mesoestruturais berncomo a posil¥ao das amostrascolhidas, cerca de40exemplares ,esteo indicadasnafigura 1.
Na .escaJa mesosc6pica identificam-se dois aspectos estrutirrais distintos.0 primeirorepresen tadopor uma trama tipicament eIgnea, isotr6pica, que6superpos ta por uma outra anisotropica, milonftica. EstaUltima seencontradistribulda ao Iongo de faixas de cisalhamento descontInuas, com larguras decimetricas a centimetricas e comprimento da ordem de dezen as de metros. Dessas faixas de distribuil¥ao nao-penetrativa foram estudadas nove, como indica 0 mapa (Fig. 1). Mostramurncara ter detranscorrencia e asprincipais se orientamentreN 20-4O"E,comrnergulhoentre55-700 NW
(MopaGcoh::io icodo arcsu, 198tjCOlto et 01.19 79 ,
Abreu _em p",poro~ao,modificodo s)
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TERESINA.
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40-0'0 ' 00 SAL CAMOCI M 10 0 KmC
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Cober luro oucter ncrlo e Terciario
Rochos Sedimenlores do Bodo do Porna'ba
Gronitos ntrusivoe tipo Meruoco
Sistema Ubojoro _Joibaros
Augen _gronifoides tipo Choval
Ccruuntce Suprocrustois Miloniticos
Gncies es, Migmatitos.Anfibolil os,Gronulit os Milonif izodos
Gnoisses e Gronifoides do Croton SOOLuis
Felhomentos
Ancm ol io s Gm vimetriccs Positives
Anomalias Grovimetricos Negotivos
Oescont inuidode s Grovlmemccs
Contotc e aectccrcos Figura2- Mapageologicoesquematico daporciionortedos Estadosdo Ceara. PtauleMaranluio
RevistaBrasileira deGeocimcias,Volume18,19 88
ate verticals,de moviment acaodextral.Algumasdessasfaixas
variam de dire~ao ate E- W e raramente invertem seu caimento. Existemoutras faixas menosexpressivasorientadas entre N40-600 W, de alto mergulho e com movimentacao sinistral. A lineacdo de estiramen to apresen ta valores de mergu lho normaJrnente baixos ate 100, sendo que localmente atingem 200.e pode ser observada com maior nitidez nas faixas de orientacdo NE com mergulho para 2200 Az.
Aproximando-se dessas faixas e adentrando as mesmas ,
observa-se uma varia~ao na granulometria e nos aspectos texturais das rochas. Nota-se que a partir de porcees
pra ticamentenso deformadas,comgranulacj o grossa amedia e textu ra fgnea preservada, passa-se gradativamente A ocorrencia de protomilonitos, milonitos e ultramilonitos nas partes mais internas das faixas, as quais se relacionam A intensificacao progressiva da deformacao fr:igil-dCictil cisalhante. Pseudotaquilitos ocorrem tambCm na forma de
finos Jeitos.
DDMi N IOS PETROGRAFICO-ESTRUTURAIS 0
entendimen to e a definicflo de rochas milonIticas tern sido revistos nosUltimos anos a partir dos estudos de Spry (1969), Higgins (1971) e Sibson (1977), demonstrando-se que
as
rochas nas zonas de cisalhamento sao deformadas plasticamente e sofrem simuitAnea recristalizacac dindmica (Bell & Etheridge 1973, 1976,White 1976, 1977, Mitra 1978, 1979, Whiteetai. 1980), sendo que,em muitoscasos,se pode acompanhar, progressivamente, as transformacoes acontec idas. As classificacoese ctiscussOesapresentadas neste trabalh o, esUiobaseadas nessas novas proposicoes de estudo pararoch asmilonfticas.A partir de criterios microestruturais, auxiliados por fei~Oes mesosccpicas, as rochas foram separadas em cinco domfnios estabeJecidos numa sequencia progressiva de deformacjo cisalhante, reducao do tamanho dos graos e recristalizacao dindmica: a. granito isotr6pico e levemente deformado; b. granite pouco deformado com infcio de recristalizacao;c. protomilonitos foliados com recristalizacao acentuada; d. milonitosfor tementefoliados;e. ultramilonitos.
Embora nao estejam relacionadas a esta sequencia progressiva da deformacao fragil-dtic til cisalhante tambem estao prese ntes finaslentes,milimerricas ,depseudo taquilitos.
Estes serao descrit os juntamente com os ultramilonitos (domfni oE). j:i que ocorrem intimamente associados.
Esta sequenciapode ser acompanhada transversalmente
as
faixas de cisalhamento,desde as porcees maisafastadas delas,
onde as fei~Oes primarias estiio presentes (domfnio A), ate0 seucentro,onde se impoeuma trama milonItica (domfniosDe E), conforme a sequencia da figura 3.~Essesdominios sefao descritosem detalhea seguir.
Domlnio A Asrochas destedominiosao tfpicos granites leucocraticos, com fndice de cor entre 5 e l l, e coloracao
rosada com leves tons cinza, Sao equigranulares e tern granulacgo media a grossa (Fig. 3 a, b). Petrograficamente,
sao granitos normals. situados na extremidade inferior do subcampo 3b (monzogranito) do diagrama de Streckeisen (1976). Apresentam textura granular hipidiom6rfica e xenom6r ficaconstitufdaessencialmen te por ~cali.feldspatos, plagioclasio e quartzo. As fases maflcas estao rep resent adas por anfib6lio e biotita, e como acess6rio s encontram-se
titanita,apatita e maisraramente opacose zircao.
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plagiocl asio 6 do tipo oligoc lasio (An"s)' representado por cristais norrnalrnente subedricos, com gerninacao do tipo albita, albite-carlsbad e albita-periclfnio. Alguns cristais se encontram microfraturados, encurvados e exibem umaextinc;ao ondulante fraca a moderada. No contato com 0 ~caJi- feJdspato sao enco ntrados intercrescimentos do tipo mirmequftico. Cristais de sericita, epfdoto e carbo natos ocorre m rar amente como produtos de alteracdo.
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alcali- feldspato e do tipo microclfnio e se apresenta nonnalmente subautom6r fico e event uaJrnente xenom6 rfico . Contem Inclusoes de hornbl end a autom6r fiea e por vezes biotita e plagioclasiogeralmente corro fdo. Intercrescimentos per tfticos nao sao muito Irequentes mas. quando cstso presentes, sao do tipo filetes orientados . Efeitos de deformacao nos eristais de <flcali-feldspato tambem sao registrados,especialmentemicrofratu rase extincao ondulante Iraca.o
quar tzo ocorre nos interstfcios dos demais minerais na forma de cristais anedricos, normaJrnente com extin~ao ondulante fraca a moder ada e contatos curvos e retos, por vezes,suturados.Entre as fases maflcas, geralmente predo mina 0 anfib6lio prismatico e subedrico, frequentemente com macJamento
simples, com cores de pleocrofsmo variando de marrom-amareJado(X).verde-amarronzado(Y)everde-oliva
(Z). e com Angulo deextintyao em tome de 18°.0que pcrmite defini-lo como do tipo homblenda. A biotita ocorre como palhetas subedricas e anedricas, com formas irregulares e
cores de pleocrofsmo variando de mar ro m (Z=Y) e marrom- pilido(X).
Dentre os minerais acess6rios estao presentes titanita, zircao, apatita e opacos.0 primeirosedestaca por sua maior quan tidade e pela forma perfeitamente Iosan gular , ocorrendo disseminado narocha e como inclusOes nahom blend a. Dessa forma. as rochasdodomfnio A se caracterizam per aprese ntar uma textura fgnea tfpica de grani tos normais. Os efeitos da deformacao cisalhante fragil-ductil sao tenuese se observ am somente emalguns miner ais, especialmente no quar tzoenos feldspatos,soba formademicrofraturase extinc;ao ondulan te fraea a moder ada. Os efeitos de recri staliz acao sao quase irnperceptfveis, sendo reconhecidos apenas nos cristais de quartzo, que formam subgraos com limites suturados, e nas microfraturas.
Domlnio B Mesoscopicamente, as roch as deste domfnio apresentam pequenas diferencasem relacao ~do domfnioA. ressaltand o uma coloracao menos rosada e uma incipiente orientacao, Emsecoes delgadas,no entan to,as difere ncassao mais significativas, especialmenteem relacaoa seusaspec tos microestru turais. Estes sao destacados pela prese nce de porfiroclastos de microclfnio, plagioclasio, anfib6lio,e algum quartzo deformedos, envolvidospor uma matrizgranobldstica de granulacao mais fina (Fig.4),compostaprincipalmente por cristais de quartzo pouco orientados e JocaJmente estirados.
Os porfiroclastos tern forma arredondada e sao bern mais abundan tes que a matriz, de tal forma que quase se tocam (Fig.3c, d).
Os porfiroclastos de plagloclaslose mostram normalmente encurvados, desenvolvendo kinkban ds e microfraturamento interne, permitindo que suas Iamelas de geminacgo setomem irregulares, descontfnuas e truncadas, Ao longo das microfraturas ocorre m uma cominuicao e recristalizacao
diniimica do pr6prio plagioclasio na forma de agregados microcristalinos, com geracao de epfdoto. Alguma sericitizacao eobservadalocalmente.
Os cristais de microclfnio mostram comportamentosimilar aos de plagioclasio, apresentando extincflo ondulan te moderada a forte,formacaode subgraose microfraturas.Seus contom ossao irregularese mostramcontato sdenteados eate
rodeado s por agrega dos flnos, granulariza dos por recristalizacao (mortar). Essas fei~Oes sao tambem desenvolvidas ao longo das micr ofraturas, que, em alguns
casos, chegama segmentar oscristaisem doisou mais pedacos (Fig.5).
A hornb lenda deste domfnio, em cornparacao com a do ante rior. e muito similar, observa ndo-se apenas pequenas fraturas e raros eristais quebrados ou le vemente encurvados. Noentanto, aolongo das microfraturase nas bordas de alguns
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Simbolos des flguras
I!iJ
Plagioclosio@.
K_ Fercepcto { microcllnio , pertfttcocu noo } 1116101110#
~ HornblendeOr:P
oucrtzc~~l
Agregodos quartzo - teldepctc .~o_ Titanito
CD
Material vitreo, Nlveis unrcmncnucos (qz+ftbi)
pl-pl~9ioclcisio f- fetdspoto qz - qucr tzo
bi-biotite
RevistaBrasi/eira de Geocunctas, Volume 18, 1988
Figura 3 - Dominios petrogrdfico-estruturals no Granito Pedra do Sal mostrando a vartacao do deformaciiocisalhante nas faixas milonfticas.
a,
b. domfnio A - granito isotropico a levemense deformado;c,
d. dominio B - granitopouco deformado com infcio de recristalizacdo;e,
f. domfnioC - protomilonitos joliados com recristallzacdo acentuada:g. dominioD - milonitos fortemente foiiados;h, 'I,j.dom/nioE - ultramilonuos epseudotaquilitos.Osmesmos simbolossao adotadosnos figurasde4a8.cristais, chegam a se desenvolver pequenaspalhetasde biotita verde e cristais de epfdoto, que resullam da
transformacao
da hornblenda.Oquartzo mostra uma forte extingiio ondulante com a
formacao
desubgraos,
estiramento acentuado em certos locais (ri/J/Jon) e esta geralmente recrista1izado. Slio raros os cristais maiores deste mineral, posto que geralmente0 quebramento e a recristalizagao os transfonnaru em agregados granoblasticos, poligonizados ou nao. Alguns cristais, no entanto, estso parcialmenle preservados e, em seu nacleo, os subgraos slio rodeados por agregados poligonais de granulll\iiio bern mais reduzida (recristalizaeilo dinlimica).A biotita geralmente se encontra encurvada, retorcida e com bordas quebradas, ao longo das quais se recristalizam
palbetas menores de biotita e agregados microcristalinos de epidote. Essas palbetas mostram uma tonalidade mais esverdeada de pleocrofsmo.
A titanitaocorredisseminada na rocha e como inclusoes no anfib6lio, mantendo sua forma original.
Nas rochas deste domfnio, a deforffill\ilio cisalhante juntamente com os processos de
cominuicao
e recristaliza¢o imprimem modificag6es significativas na trama fguea original, a qual ainda pode ser identificada. As feig6es microestruturais estlio representadas pelos porfiroclastos microfraturados e pelos cristais de quartzo estirados em meio a uma matriz fma de agregados granobllisticos seriados ou nao. As transformacoes mineral6gicas incipientes das fases maficas , slio tambem aspectos importantes neste domlnio,RevistaBrasdeirade Geociencias,Volume 18,1988
Dominio C As rochas desse domfniodiferem das dos domfnios anteriores por apresentarem a superimposicao de uma trama anisotr6pica marcante, relacionada aoincremento progressivo da deformacao cisalhante e da recristalizacao dindmica (Fig. 3 c,I).
Mesoscopicamente, caracterizam-se por apresentar coloracao cinza-es brenquicada, granulacao fina e notavel estirament o dosminerais, compondo uma foliacao milonftica do tipoS. Esta 6 definidapela relacao entreosporfiroclastos
de feldspatos estirados, envolvidos por minerais maflcos e cristais de quartzo fitados. Ressalta-se urna outra superffcie em posicgoobUqua A anterior, a qual 6 descrita como uma foliacao de cisalhamento do tipo C. A relacao entre s e e imprime urnarranjosigmoidal
a
foliacao representando urna feic;ao estrutural noravel entre as rochas deste domfnio (Fig. 6). Nota-se tambem a presence de faixas desconrfnuas,irregularmentealtemadas, nas quais aconteceu a scgregacao dominante de minerais maficos ou felsicos, levando A cornposicao deurnbandamentoincipiente,
Emse~aodelgada,a foliacao S 6 definidapela orientaceo de porfiroclastos ocelares de feldspatos eanfib6lio,palhetas de biotita marrom, cristais de quartzo fitados e lentes, constitufdas por minerais microcristalinos, A folia~ao C 6 representada por cordoes orientados de cristais mi crocrista-linos (quartzo, feldspatose epidoto) e pequenas palhetasde biotitaverde, geradas a partirdastrensformacdesdoanfib6lio edabiotitamarrom.
Nestedomfnio sedestacam faixas estreitas, descontfnuase irregulares, de granulacao fina, constitufdas pre dominante-mente por cristais de quartzoe feldspatos em meio a outras ineqiiigranulares fonnadas por porfiroclastosdeplagiocldsio, microclfnio,hornblenda etitanitaenvolvidosnuma matriz tina quartzo- feldspatica com palhetas de biotita. Essas feicoes chegam a ressaltar urn bandamento quando se intercalam faixasde quartzofitadocom outrasmaisricas em maflcos.
Os porfirocJastos estdo extremamente deformados
individualmente, com formas amendoadas e geralmente
apresentando recristalizacao em suas bordas.Alguns cristais
de plagioclasio e microclfnio, por exemplo, exibem
microfalhamentos com deslocamentos sucessivos tao regulares que chegam a curvar 0 cristaI. A recristalizacso se torna
acentuada e parte dos porfiroclastos seagregam
a
matriz. A segmentacao dos cristais e a formacao de kinkbands sao microestrut uras freqiientes. Comparativamente, no entanto, nota-se que a hornblenda e a titanita nso apresentam tao marcadamente essas fei~6es e nao mostram estiramento, indicandourna resistencia rnuitomaiorAdeformacao,Nas faixas felsicas destacam-se duas fei~6es microestruturais dos cristais de quartzo. Uma 6definida por cristais muitoestirados,Ientifonn es e lineares(ribbon quartz), acompanhando a orientacao da rocha,e outra representada por agregadosmicrocristalinos,formandopequenas lentes em contatos subdenteados ou poligonizados, resultantes da recristalizacac de graos maiores. .
As faixas maficas sao fonnadas principalmente de porfirocJastos de hornblende, orientados ou nao, transfonnados nas bordas e nas microfraturas para biotita verde e epfdoto, Nas faixas mais deformadas, esta transforrnacaose encontraem urnestagio tao avancado queos cristais de hornblenda tendern a diminuir de tamanho e quantidade(Fig.7).
A partirdeste domfnio atramaanisotr6pica,representada pelas foliacoes miloniticas s e e , impOe-se de forma tao rigorosa e sistematica que a textura fgnea preterite nao pode ser mais reconstitufda e as rochas representam tfpicos protomilonitos. Nestesvalern das foliacoes SeC, os cristais responderam l\ atua~ao da deformacao de maneira fragil e dtictil, Assim, os porfiroclastos de feldspatos tornaram -se ocelares e intensamente microfraturados enquanto 0 quartzo
sofreu importante estiramento. A atua~ao dosprocessos de cominuicao e recristalizacflo dinfunica foi significativa
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enquanto asrrensformacoes mineral6gicas passaram a exercer urn importante papel na definicao da trama anisotr6pica, chegando at6 a segregar minerais, originando urn aspecto bandadonarocha.
Dominio D Estedomfnioestalocalizadona parte central das faixasde cisalhamento. Asrochasapresentam diferencas notaveis na coloracao e granulornetria quando comparadas aquelas dosdomfniosanteriores.Sao cinza-esc uras, afaniticas, com raros porfiroclastos isolados em uma matriz de
granulacao fina. Desenvolve uma conspicua folia~ao
milonftica a qual, em amostra de mao, 6 de diffcil recnhecimento em virtude da significativa reducso na granulometria. Em secoes delgadas, porem, 6 facilmente identificada (Fig. 3 g). Loca1mente, leitos segregados de quartzo, descontinuos e milimetricos, estao distribufdos paralelos A foliacao. Com 0 acrescimo progressive na
intensidade da deformacao, as foliacoes SeC tendem a se paralelizar,embora localmenteseobservemfatias lentiformes, preservadas da deformacao, isoladas entre a folia~ao milonfticamais evolufda. Neste caso, a relacaoSIC pode ser ainda reconhecida(Fig. 8a). Localmente, tambem se observa
que a foliacao S 6 microdobrada ao curso seguinte do
processo dedeformacao progressiva.
A lineacao de estiramento nao
e
muito evidente,embora possa ser reconhecida pelaorientacao dos oceloselentes.Ao microsc6pio, observa-se que os porfirocJastos sao principalmente de plagioclasio, rnicroclfnio e raramente homblenda, os quais estao isolados em uina matriz fina, microcristalina.Osporfir oclastos estdo bernmais estirados do que os do dornfnio anterior, destacando-se sob a forma de'
amendoas e lentesdelgadas chegando atea constituirribbons e micro boudinage em cristais de plagioclasio. Ao redor de cristais de feldspatos comurnentese desenvolvern agregados recristalizados bernfmos, defmindotexturasmortar,enquanto nas rerminacoes de porfiroclastos rotacionados se formam sombras de pressao assirnetricas constitufdas por quartzo e feldspatos(Fig.8b).
As feicoes indicativas de comportamento fnlgil e fragil-ductil sao representadas por microfraturas conjugadas que seccionam os cristais,de modoque urn porfiro clastose segrnenta em vdrias lentes menores, asquais foram isoladas por agregadospolicristalinos(recuperacao).
A hornblenda se apresenta na forma de lentes muito deformadas e com significativa transformacao para biotita
verde e epfdoto. Em urn estagio avancado dessa
transforrnacao, este mineral chega a desaparecer completamente. Alem de todas essas fei~6es, observa-se a presence de urn bandamento milimetricc representado por alternanciasde faixas ricas em biotita e epfdotocom faixas quartzo-feldspaticas.
Asrochas deste domfnio se caracterizamporurnamudanca na coloracao, significativa reducao do tamanho dos grsos, recristalizacflo dinfunica dos cristais e diminuicac do angolo entre as foliacdes SeC, classiflcando-se como verdadeiros milonitos. Astransformacoes mineral6gicas,que acompanham esta progressao da deformacao cisalhante, foram tambem nota veis.
Dominio E As rochas deste dornfnio tamb6m se Jocalizam nas porcoes centrais das faixas de cisalhamento. Apresentamcoloracaocinza-escuroa preta, texturaafanftica, granulacfio finfssima a vltrea, constitufndo ultramilonitos e pseudotaquilitos (Fig. 3h, I,j). A foliacflo milonftica tende a desaparecer devido ao estagio avancado de cominuicao em que se encontra a rocha e d~ Iugar a urn aleitamento composicional observado sornente nas sccccs delgadas.Essa microestrutura 6 defmida pela alterndncia de faixas descontfnuas vftreas, escuras, com outras microcristalinas claras. As porcoes vftreas permeiam irregularrnentea rocha, deixando rastros turvos que invadem as partes
430
Figura4 -
A
specto
texturalmostrando aretacao
entre as porfiroclastos [microclinio, plagioclasio,
anfibOlio e algum quartzo) envo/vidos por uma matriz granob/ds tica mais fina recristalizada (domfnio BI.Stmboloscomo na Figura3
Figura 5 - Porfir oclastos de plagioc/dsio e microclinio seccionados pormicro/ a/has com recristali zacd o 00 iongo
delas e formacaodekinkband(dominio B).Simbolos como
na figura3
IOmm L...---I
RevistaBrasiJeiradeGeocuncias, Volume18,i988
O.9mm
, I
Figura 6 - Aspecto mesoscoplco do retacao
entre as foliacoes
s
ee
em rochasdo dominicC. Stmboloscomo nafigura 3
Figura8- a.Fattalentiformedemilonitoscom
foliariio interna C envo/vida pew; S; b.
sombras depressiio00 redordeporfiroclasto
de fetdspotos. Sfmb%s como na figura 3
b)
Figura 7- Cristae de hornblenda recristauzados. nos bordas e nas
microfraturas. para pequenas palhetas de biotita verde e epfdoto
(domfnioC).Sfmb%s como nafigura3
O.36 mm hb bi
q
z+f
7\..J.AI/ f ImmRevista Brasdelra de Geociencias,Volume 18, 1988
microcristalinas. Nessas porcoes vftreas sao frequentes microfal has com aspecto essencialmente frigil. As PO~Oes claras constituembandasmilirnetricasformadaspor agregados
micro a criptocristalinos, felsfdcos. Elas desenham microdobras com padrao geornetrico irregular, que
provavelmenterepresentam estruturas defluxomilonftico. Os porflroclas tos sao raros, pequenos e principalmente de
feldspa tos, hombl enda etitanita,
CONCLUSOES Nos Ultimos anos t€m-se intensificado os estudos sobre rochas milonfticasface aimportanc iaque as
mesmas vern alcancando no entendimento dos processos evolutivos deterrenosmetam6rfi cosem diversos cinturOes de
cisalhamento no mundo, tais como no noroes te da Esc6cia (Cow ard & Park 1987), sudeste da Africa (Coward 1980, Daly 1986), centro - nor te de Goias (Costa 1985, Goraye bet 01.1988) e na Amazonia oriental(Araujoet01. 1988).
o
processo de cisalhamento se mani festa peloaparecimento de faixas elou zonas milonfticas cuja
penetra tividade 6fun~aodo posicionamento espaco-temporal
doslit6tipos presentes no cinturao,
o
noroeste do Ceara configura urndesse exemplosa nlvel regional, tendo ali se estabelecido urna entidadegeotectonicacom movirnentacao dextralcujoslimites,apenas esbocados, se entendedesde a regieo de Sobral(Ceara) atequase Sao Lufs,
no Maranhao(Abreuet 01. 1988).Neste contextose posiciona
o Granito Pedra do Sal, no qual estao present es faixas de cisalhamento direcionais estreitas, distribufdas de forma mio
penetra tiva. Essas faixas milonfticas represe ntamoslocaisde
maiorconcentracdode defor macao esepode acompanhar por
elas,progre ssivamente,modificacoe stexturais emineralogicas
importantes, que permitirarn a separacao de cinco domfnios hornogeneos, config urando de A a E uma sequenciaclassica
de deformacao progressiva heter ogsn ea, por cisalhamento
simples, Iragil-dncul. As modlflcacoesda trama originalsao causadas pela paulatina reducao do tamanh o dos graos
constituintes, variando a granulometriade grossa afina,pela
segmentacdo e individualizacdo de novos graos a partir de cristais maiores, microfrarurame nto, microboudinage,
encurvame nto, lenticularizacdo e estirame nto de cristais, acompanhados de comirruicao e recristalizacaodinamica,
A deformacao cisalhante gero u toda uma gama de
transformacoes textur ais e mineraI6gicas na rocha original, urn monzogranito com seis fases minerais importantes (oligoclasio, microclfnio, quartzo, hom blenda, bictita e
titanita). Duran te a deformacao, a maioria dessas fases se reequilibrou aos novos parametres de
P-T
em condicoes metam6rficas na tra ns icao da f~cies xisto ver de alto a anfibolito.Acompanhando essas feic;Ocs rnicrotex turais , verifica-se
urn comportamento diferenciado entre esses minerais em resposta
a
def ormacao cisalhante.a
quart zo tem.comportamento essencialmente drictil, apresenta ndo-se a
parti r do domfnio B, com marcanteestiramentoe significativa
43 1
recristalizacao, 0 que se acentua intensamente nos dornfnios subseq iientes; os feldspatos, a princfpio,sao essencialmente
frageis, destacando-se feic;oes em kink e micro fraturas,tor -nando-se frageis-ducteis nos estagiosmaisevolufdos da de-formacao, mostrando encurvamen to e segmentacao,acompa -nhado de Ienticularizacao e recristalizacao nas bordas( mor-tar) ,atese transformarem em lente s eamendoas,A homblen
-da e a titanita ,por outrolade, nao sedeformamductilmente,
tendend o a preservar ate 0 dornfnio mais evolu fdo um c
om-portarnento fragi],Na homblenda,no entanto, a partir do do
-mfnio C ocorre umatransformacaoemsuas bordas elinhasde
fra turas parabiotitaverdee epldoto. Essa recristalizacao tam -bern ocoreenabiotita marromrpnmarie), aqual ternurnc
om-portamento plastico e tend e a desaparecerjuntament e coma homblend a com0 progressodadeformacaocisalh ante,
Os pseudotaquilitos ocorre m associados com os ultramilonitos e provavclmente resultam da at~ao de processostard ios emcondicoes frageis.
Devido M poucas informacoes geol6gicas acerca do corpo granftico, no que se refere a suas relacoes com as rochas
regionais e a falta de dados petroq ufmicos, torna-se diffcil avanc;arem consideracoes petroge neticas . No entamo, com base nas
informacoes
disponfveis sobre outros granit6idesregionalmente conhecidos, duas possibilidades podem ser
aventadas: 8. 0 corpo corresponderia a uma facies do
Granit6ide Chaval, talvez suas
por
coes
maisexteroas; ou b.constituir -se-ia urn pluton independente semelhan te ao Grani t6ide Ney Peixoto. Considerando-se que a homblenda
fora das zonas de cisalhamento mantem sua feic;ao fgnea inalter ada etendo por base um tinico resultado de datacaode Almeida et 01. (1968) sobre esse mineral, de 627 ±19 Ma,
pode-se considerar este dado como representando a idade mfnima do corpo. Umaoutra alternativ a
6
que esta idade serelacionaria ao processo de cisalhamento presente no
co
rpo,
que teri a abertoa estru tura cristalina da homblenda i\perda de argonio. Afora asinterpretacoespossfveis sobre0 posicio
-nament o do corpo,0 fato6quenomesmo seencontra r
egis-trado airnposicaodo Evento Brasiliano,como deresto ae on-tece por todo0 Cinturiiode CisalhamentoNoroe ste do Ceara.
Agradecimentos Durante os trabalho s de pesquisa que
resu ltaram nessa nota, OSautores tiveram 0 apoio financeirc do Proje to EstudosGeol6gicos,GeofCsicos eGeocronol6gicos
no Craton Sao Lufse suas Iaixas mar ginais de dobrament o (CG-UFPA-Finep) e do Convenio Inleruniver sidades Subin/UFRN/UFC/UFPA . Na parte logfstica e operacional,
foram de gra nde importancia tambem os concursos dos
depar tamentos de Geologia e Geoqufmica e Petr ologia da
UFPA ,por suasexc ursoes curric ulares.Os autores contaram
ainda coma colabo racaodosprofessore s-pesquisadoresOdete Fatima Machado de SilveiraeRonald oLimaLemos, e0apoio
tecnico dos Srs, Carlos Albert ode OliveiraLopese Eduar do
Soares.
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MANUSCR ITOS48
Recebtdoem30 de Junho de 1988
Revls ioaeeltaem 21 desetembrede .988
ERRATA
PARTICIPANTESINSCRITOSNO ISGAM
ONDESELE
I. VASCONC ELOS.ANA OSMIRO 2. SINDING-LARSON.R.
3. WEINB ERG ,ROBERTOFERREZ
4. SCHLAG, CHISTIA N F.O.
5. SCISLEWKI.G1LBERTO
.6. REGO.BEATRIZMARIA S.
7. PARAD A. MICHEL ANGEL 8. PRATES.SONIA
9. COUTO,PEDR O ALMEIDA
10. KLEMD.CH AMBER II. PER EIR A.HILT ON
12. NARDI.LAUROVALENTIMSTOLL
Rua Amelia Teles,367/402
13 . CAMPELO.ROBERTO
RuaViscondedeItaporai -Amaralina
I. WADJI NN Y.AHMED
CompagnieMiniere deTouissit
5.RueIBNTo rail
Casablanca- Morocco
2. SOARES F1LHO .CLAUDEMIROPIRES RuaLaurode Freitas, 127 -SaoCristovao 41500- Salvador-Bahia-Brazil
INC LUSO ES
LEIA-SE
VASCONCEL.oS.ANA OSMIRA
SINDING-LARSEN.R.
WEINBERGER.ROBERTOFERREZ
SCHLAG. CHRIST IAN F.O.
SCISLEWSKI .GILBERTO
REGO.BEATRIZ MARTINS S.
PARA DA.MIG UEL ANGEL
PRATES.SONIA
NUCLEBRAs
COUTO. PEDRO ALMEID A
KLEMD.REIN ER
PEREIR A.HELTON
NARDI .LAURO VALENTIMSTO LL Rua Amelia Teles, 367- Apt" 403
CAMPELO. ROBERTO
Rua Viscondede Itaboraf -AmaraIina
3. RUHLM AN N. FRANC;:OIS
COGEMA
2,ruePaulDautier,BPn~4
79141 Velizy -Villa Coublay-France
4. ALONSO.JOSEMANUELDOMINGUEZ
Av. 7 deSeternbro,1894/901 - Vil6ria 40 120- Salvador-Bahia - Brazil
... a'principalcontri buicao da Geoqufmica para ainddstria mineralnaoestc1: nosmodelosem si rnesmos, masem enfatizarasperturb ecaes
geoqufm icasdossistemasrochososessociadoseosdepositos.