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Direito Civil Do Direito das Obrigações Exercício sobre OBRIGAÇÕES Prof. Ovídio Mendes FSA / 8

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Questões de Concursos Públicos

As questões de concursos públicos, invariavelmente, seguem determinados padrões de respostas. Para além da simples memorização de regras, exploraram a diferenciação, muitas vezes sutil, entre conceitos e suas aplicações práticas.

Questões apresentadas em concursos públicos.

A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46:

"Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...)

III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...)

VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores."

Concurso: Procurador – PGE-SE (Procuradoria Geral do Estado de Sergipe)

Ano: 2017

Caderno: Prova Objetiva

Questão: 27

Aplicação: CESPE (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília) Disponível em:

http://www.cespe.unb.br/concursos/PGE_SE_17_PROCURADOR/arquivos/323_PGESE_001_01.pdf

Assinale a opção que apresenta o conceito de condição, no âmbito dos negócios jurídicos: A) Cláusula que sujeita o negócio ao emprego das técnicas de domínio do devedor. B) Cláusula que submete a eficácia do negócio jurídico a determinado acontecimento. C) Acontecimento futuro e certo que suspende a eficácia de um negócio jurídico. D) Imposição de obrigação ao beneficiário de determinada liberalidade.

E) Cláusula que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor.

Fundamento legal: Artigo 121 do Código Civil: Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”. Futuro incerto é evento que está por acontecer, sem que sua data possa ser estimada com certeza, seja pela dependência das partes de fato alheio às suas vontades, como um fenômeno natural ou a vontade de terceiro (condição causal), seja porque o implemento da condição depende do arbítrio de uma das partes, que aguarda determinado acontecimento (condição potestativa).

A) Cláusula que sujeita o negócio ao emprego das técnicas de domínio do devedor (das partes). C) Acontecimento futuro e certo (incerto) que suspende a eficácia de um negócio jurídico. D) Imposição de obrigação ao beneficiário de determinada liberalidade (desconceitualizada). E) Cláusula que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor (desconceitualizada).

Concurso: Procurador – Prefeitura de São José dos Campos, SP

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Download: http://www.e-law.net.br/concursos/vunesp-2017-prefeitura-sao-jose-dos-campos-procurador.pdf

Questão: 01

Aplicação: Fundação Vunesp

Os negócios jurídicos são divididos em três campos de análise: existência, validade e eficácia. Acerca do tema, assinale a alternativa correta.

A) A manifestação volitiva contaminada por coação autoriza a declaração de inexistência do negócio jurídico, já que a vontade integra o campo da existência.

B) Condição, termo e encargo são elementos de eficácia que se classificam como acidentais ou facultativos. C) Todos os denominados vícios de consentimento conduzem o negócio à declaração de nulidade, tornando mister o ajuizamento da pertinente ação no prazo estabelecido pelo Código Civil.

D) Segundo o Código Civil, é inadmissível o reequilíbrio do negócio eivado do vício da lesão, restando como única opção o desfazimento do negócio e a restituição de eventuais valores despendidos.

E) A forma do contrato constitui elemento de validade. Nesse sentido, se um contrato exigir forma escrita em instrumento público, e esta exigência não for observada, fadado está o negócio à declaração de anulação. Fundamento legal: Artigos 121 a 137 do Código Civil. Ver também Título I – Os planos do Negócio Jurídico (http://e-law.net.br/elaw-direito-civil-das-obrigacoes-planos-do-negocio-juridico).

A) A manifestação volitiva contaminada por coação autoriza a declaração de inexistência (invalidade) do negócio jurídico, já que a vontade integra o campo da existência. A vontade integra o plano da existência, mas a vontade qualificada integra o plano da validade.

C) Todos os denominados vícios de consentimento conduzem o negócio à declaração de nulidade

(anulação, podendo o negócio ser convalidado, cfe. artigo 157, § 2°, do Código Civil: “Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito”), tornando mister o ajuizamento da pertinente ação no prazo estabelecido pelo Código Civil.

Conhecido o vício de consentimento que atinge o negócio jurídico em razão do erro ocorrido na sua

celebração, terá a parte o direito potestativo de propor a ação anulatória, cuja natureza é desconstitutiva. O prazo é decadencial de quatro anos contados da celebração do negócio jurídico, para que seja decretada a anulação deste com efeito ex nunc [“de agora em diante”]

Declaração de nulidade versus Anulação.

Declaração de nulidade: Reconhece a inexistência de produção de efeitos jurídicos no negócio jurídico.

Código Civil, artigo 166: É nulo o negócio jurídico quando: I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV – não revestir a forma prescrita em lei;

V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Ato anulável: Em regra, desconstituição de efeitos produzidos com eficácia retroativa. O Ato anulável

produziu efeitos até a anulação, mas tais efeitos são anulados.

Código Civil, artigo 171: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I – por incapacidade relativa do agente;

II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

D) Segundo o Código Civil, é inadmissível (admissível) o reequilíbrio do negócio eivado do vício da lesão, restando como única opção o desfazimento do negócio e a restituição de eventuais valores despendidos.

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Código Civil,

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

(…)

§ 2° Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

E) A forma do contrato constitui elemento de validade (eficácia). Nesse sentido, se um contrato exigir forma escrita em instrumento público, e esta exigência não for observada, fadado está o negócio à declaração de anulação.

Concurso: Oficial de Justiça Avaliador Federal – TRT – 14ª Região (RO e AC)

Ano: 2016

Download: http://www.e-law.net.br/concursos/fcc-2016-trt-14-oficial-justica

Questão: 47

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC)

Sobre o negócio jurídico, na forma estabelecida pelo Código Civil, é INCORRETO afirmar: A) A impossibilidade inicial do objeto sempre invalida o negócio jurídico.

B) Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

C) Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

D) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizaram e não for necessária a declaração de vontade expressa.

E) No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

Fundamento legal: Artigo 106 do Código Civil: “A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado”.

B) Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (Art. 114, Código Civil)

C) Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. (Art. 112, Código Civil)

D) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizaram e não for necessária a declaração de vontade expressa. (Art. 111, Código Civil)

E) No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato. (Art. 109, Código Civil)

Concurso: Juiz Substituto – TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco)

Ano: 2015

Download: http://www.e-law.net.br/concursos/fcc-2015-tj-pe-juiz-substituto.pdf

Questão: 2

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC)

O negócio jurídico celebrado durante a vacatio de uma lei que o irá proibir é

A) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de fraude. B) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.

C) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. D) válido, porque a lei ainda não está em vigor.

E) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem pública.

Fundamento legal: O artigo 8°, § 1°, da Lei Complementar N° 95, de 26 de fevereiro de 1998, estabelece: ‘A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de

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pequena repercussão.

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral’.

Já o artigo 5°, inciso XXXVI, da atual Constituição Federal, determina que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Ora, se o negócio jurídico foi celebrado antes da entrada em vigor da nova lei, ainda que no período de vacatio, mas em acordo com as normas legais vigentes, então configura-se como ato jurídico perfeito.

Concurso: Juiz Substituto – TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco)

Ano: 2015

Download: http://www.e-law.net.br/concursos/fcc-2015-tj-pe-juiz-substituto.pdf

Questão: 5

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC)

Considere o seguinte texto de Miguel Maria de Serpa Lopes: Da estrutura jurídica da EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS − Como a própria denominação o indica, a exceptio non adimpleti contractus constitui uma das modalidades das exceções substanciais. Pertence à classe das exceções dilatórias, segundo uns, embora outros a entendam pertinente à categoria das exceções peremptórias. Como quer que seja, convém assinalar, antes de tudo, que a exceptio non adimpleti contractus paralisa a ação do autor ante a alegação do réu de não ter recebido a contraprestação que lhe é devida, estando o cumprimento de sua obrigação, a seu turno, dependente do adimplemento da prestação do demandante (in Exceções Substanciais: Exceção de contrato não cumprido (Exceptio non adimpleti contractus) − p. 135 − Livraria Freitas Bastos S/A, 1959).

Por isso, o autor pode concluir que ela só encontra e só pode encontrar clima propício, A) em qualquer modalidade de contrato consensual.

B) onde não existir uma vinculação bilateral. C) onde houver uma vinculação sinalagmática. D) nos contratos unilaterais.

E) nos contratos reais.

Fundamento legal: Artigo 476 do Código Civil.

A vinculação sinalagmática, característica do contrato bilateral, é o cumprimento recíproco das obrigações. O artigo 476 do Código Civil estabelece que “nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de

cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro”, regra que fundamenta o instituto da exceptio non adimpleti contractus, (interdependência, reciprocidade e simultaneidade no cumprimento

contratual).

Concurso: Analista Judiciário – TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso)

Ano: 2015

Caderno: Prova Objetiva

Questão: 42

Aplicação: CESPE (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília) Disponível em: http://www.cespe.unb.br/concursos/TRE_MT_15/arquivos/210TREMT_002_01.pdf No que se refere aos negócios jurídicos, assinale a opção correta.

A) A reserva mental, emissão de uma declaração não querida em conteúdo e resultado que tem por objetivo enganar o outro contratante, é, por si só, motivo de nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico firmado. B) Quando as circunstâncias reais do negócio jurídico divergirem do conteúdo escrito do contrato, deverá ser respeitada mais a intenção consubstanciada na declaração de vontade do que no sentido literal da linguagem.

C) O termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito.

D) Para a caracterização do estado de perigo como defeito do negócio jurídico, é imprescindível a constatação do chamado dolo de aproveitamento pelo agente a quem o desequilíbrio desfavorece.

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do pacto, é correto afirmar que sua ausência invalida o ajuste por vício na legitimidade.

Fundamento legal: Art. 112 do Código Civil; “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem”.

A) A reserva mental [= intenção], emissão de uma declaração não querida em conteúdo e resultado que tem por objetivo enganar o outro contratante, é, por si só, motivo de nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico firmado.

C) O termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito.

D) Para a caracterização do estado de perigo como defeito do negócio jurídico, é imprescindível a constatação do chamado dolo de aproveitamento pelo agente a quem o desequilíbrio desfavorece. Art. 156 do Código Civil de 2002: “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da

necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa”. Assim, o estado de perigo é defeito do negócio jurídico, verdadeiro vício do consentimento, que tem como pressupostos: (i) a “necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família”; (ii) o dolo de aproveitamento da outra parte (“grave dano conhecido pela outra parte”); e (iii) assunção de “obrigação excessivamente onerosa”. A afirmação está incompleta.

E) Sendo a outorga do cônjuge no contrato de promessa de compra e venda de imóvel requisito de validade

do pacto, é correto afirmar que sua ausência invalida o ajuste por vício na legitimidade.

A proposição está incorreta, pois a outorga conjugal é dispensada nos casos de separação total de bens

Reserva Mental, o quê é isso?

“Sobre o tema da vontade, Roberto de Ruggiero [Instituições de Direito Civil. Campinas: Bookseller, Vol. I, 1999, 6ª ed. atualizada, p. 322.] leciona que ‘antes de mais nada é preciso que exista uma vontade interna, devendo tratar-se de uma vontade séria, que provenha de pessoa capaz, não podendo basear um negócio jurídico em uma determinação feita de brincadeira ou por uma criança. Mas enquanto se conserva interna, a vontade não opera no mundo jurídico; deve passar para o exterior, exteriorizando-se por modo visível. O direito não põe obstáculos ao modo de manifestação; admite em regra geral, todos os modos que, segundo o uso e o costume, constituem meio idôneo para tornar conhecido aos outros um desejo íntimo: a palavra, a escrita, os sinais, dado comportamento e até o simples silêncio, quando ele exprima o pensamento interno; só para casos determinados se exige que a declaração seja feita por uma fonte preestabelecida’.

A vontade, entretanto, pode ser exteriorizada de forma expressa ou tácita. A vontade expressa se observa por meios sensíveis, como a palavra escrita ou oral, bem como por sinais; na manifestação tácita se praticam atos ou fatos que não se destinam propriamente a exteriorizar uma vontade, mas esta se deduz do comportamento da pessoa, indiretamente, devendo tais atos ser necessariamente concludentes e unívocos. As declarações de vontade podem, ainda, ser classificadas como receptícias ou não-receptícias, caso, respectivamente, devam ou não ser notificadas ao declaratário para que o negócio surta efeitos. As primeiras ocorrem com frequência no âmbito das obrigações; as segundas se observam, por exemplo, na promessa de recompensa, na aceitação de letra de câmbio e na revogação de testamento.

A manifestação de vontade poderá se observar ainda pelo simples silêncio, conforme se depreende da análise do art. 111, do Código Civil brasileiro, que dispõe: ‘O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa’” (Mariana Ribeiro Santiago, Reserva mental e inexistência do negócio jurídico, disponível em http://conteudojuridico.com.br/artigo,reserva-mental-e-inexistencia-do-negocio-juridico,25673.html. Acesso em 03/04/2018).

Concurso: Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 18ª Região (GO) (Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região Goiás)–

Ano: 2013

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Questão: 50

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC) Na obrigação de dar coisa certa:

A) se, antes da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos.

B) até a ocorrência da tradição, a coisa pertence ao devedor, com seus melhoramentos, pelos quais poderá

exigir aumento no preço.

C) os acessórios não estão abrangidos por ela, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

D) se esta se deteriorar, ao credor não é dado recebê-la no estado em que se encontra, com abatimento do preço.

E) se, depois da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos.

Fundamento legal: Artigo 237 do Código Civil: “Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus

melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.

Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes”.

A) se, antes da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos. (fica resolvida a obrigação para ambas as partes) – Artigo 234 do Código Civil.

C) os acessórios não estão abrangidos por ela, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso – Artigo 234 do Código Civil.

D) se esta se deteriorar, ao credor não é dado recebê-la no estado em que se encontra, com abatimento do preço – Artigo 235 do Código Civil.

E) se, depois da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos. Após a tradição a coisa pertence ao credor, não tendo o devedor nenhuma responsabilidade pela sua manutenção. Interpretação do artigo 237 do Código Civil.

Concurso: Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 11ª Região (AM) (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas)

Ano: 2012

Download: http://www.e-law.net.br/concursos/fcc-2012-trt-11-analista-judiciario.pdf

Questão: 50

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC)

Um fundo de comércio, uma biblioteca e um rebanho são uma universalidade de A) direito, direito e de fato, respectivamente.

B) direito. C) fato.

D) fato, fato e de direito, respectivamente. E) fato, direito e de direito, respectivamente.

Fundamento legal: Inicialmente, cabe destacar que, para parte majoritária da doutrina, fundo de comércio tem o significado de estabelecimento comercial (estudo significativo sobre o instituto está disponível em Gilberto Melo, A dificuldade e subjetividade na conceituação de fundo de comércio, disponível em http://gilbertomelo.com.br/a-dificuldade-e-subjetividade-na-conceituacao-de-fundo-de-comercio/ - acesso em 05/04/2018).

Artigos 89-91 do Código Civil:

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

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Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

Questão elaborada a partir da teoria das obrigações. Considere as seguintes afirmações:

I. No atual Código Civil vige a teoria dualista, que caracteriza o direito das obrigações por dois momentos distintos: o momento da obrigação propriamente dita (schuld, ou dever) e o momento da responsabilidade civil (haftung). Entretanto, poderá haver casos de responsabilidade sem obrigação propriamente dita, como o do fiador que somente será responsabilizado caso o afiançado deixe de cumprir a obrigação originária. II. A obrigação é uma relação jurídica pessoal, econômica e transitória que vincula o devedor ao credor e obriga àquele a cumprir determinada prestação positiva ou negativa em favor deste. Ocorrendo

inadimplemento, o credor poderá executar o patrimônio do devedor para satisfação de seu interesse.

III. Nas obrigações o objeto mediato é o conteúdo da obrigação e o objeto imediato é a prestação, que pode ser uma obrigação de dar, fazer ou não fazer.

Está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III.

B) I e II. C) I e III. D) II e III.

E) Nenhuma das opções anteriores.

Fundamento legal: Ver elaw-direito-obrigacoes-titulo-i-capitulo-i-obrigacao-de-dar-coisa-certa.pdf

Concurso: Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT – 11ª Região (AM) (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas)

Ano: 2012

Download: http://www.e-law.net.br/concursos/fcc-2012-trt-11-analista-judiciario.pdf

Questão: 52

Aplicação: Fundação Carlos Chagas (FCC)

Considere as seguintes assertivas a respeito da obrigação de dar coisa certa e da obrigação de dar coisa incerta:

I. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.

II. Em regra, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados. III. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.

IV. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero. Nas coisas determinadas pelo gênero, em regra, a escolha pertence ao credor.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III.

B) I, II e IV. C) I e III. D) II, III e IV. E) II e IV.

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I. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Artigo 237 do Código Civil.

II. Em regra, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados. Artigo 233 do Código Civil.

III. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Artigo 246 do Código Civil.

IV. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, em regra, a escolha pertence ao credor (devedor). Artigos 243 e 244 do Código Civil.

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