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Linhas guias para o uso das fichas técnicas para os voluntários ARCHI 2010

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Linhas guias para o uso das fichas técnicas para os

voluntários ARCHI 2010

A QUEM SÃO DESTINADAS ESSAS FICHAS TÉCNICAS?

As fichas técnicas foram concebidas para serem útilizadas pelos voluntários a nível da comunidade.

Elas poderam ser também útilizadas pelos responsáveis, coordenadores, formadores, socorristas e acompanhadores que devem formar os voluntários comunitários - Ver mais longe a seção

consagrada à formação.

QUAL É O CONTEUDO DAS FICHAS TÉCNICAS?

Cada ficha contem os seguintes documentos:

1. Mensagens chaves sobre a doença ou o problema tratado na ficha.

2. Indicações à respeito o que o voluntário deve saber sobre a comunidade, e o que ele deve fazer.

3. Uma lista de controlo para o voluntário.

4. Indicadores para medir os progressos realizados.

5. Informações que o voluntário deve apontar e os pontos que devem aparecer no relatório concernante.

COMO SÃO ORGANIZADAS AS FICHAS TÉCNICAS?

As fichas técnicas são de dois tipos --- GERAIS e ESPECÍFICAS.

Fichas gerais:

Existem duas fichas gerais. Uma explica como conduzir as atividades de tipo “visita ao

domicílio” e o outro como fazer “actividades comunitárias”.

Quando decidem criar uma nova atividade no seio da comunidade, VOCÊ TEM QUE

ESCOLHER se sera uma atividade de tipo “visita ao domicílio” ou de tipo “acção comunitária”.

Cada voluntário comunitário deve dispor pelo menos duma das duas fichas gerais.

Nota: A ficha referente às acções na comunidade pode também ser útilizada como guia para a educação pelos jovens que se dirigem a GRUPOS (escolares, escoteiros, jovens).

Fichas específicas:

Existem 13 fichas técnicas específicas. Todas fornecem indicações essenciais sobre a doença ou

um problema (TEMAS) que os voluntários teram que enfrentar no seio da comunidade. Esses

témas são indicados no quadro a seguir. São distribuidos em duas colunas, seguindo a ficha geral que aconselhamos a útilizar.

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Ficha Geral: Linhas Guias Para As Visitas ao Domicílio

Ficha Geral: Linhas Guias Para A Acção Na Comunidade

---Vacinação Sistemática ---Campanhas de Limpeza

---Jornadas Nacionais de Vacinação (JNVs) ---Jornadas Nacionais de Vacinação (JNVs)

---Alaitamento Materno ---Água Limpa

---Mosquiteiros Impregnados ---Mosquiteiros Impregnados

---Promoção dos Preservativos ---Promoção dos Preservativos

---Recrutamento de Doadores de Sangue ---Recrutamento de Doadores de Sangue

---Diarreia ---Latrinas

---Aconselhamento e Teste Voluntários ---Educação Pelos Jovens Sobre o VIH/SIDA

---VIH/SIDA-Formação para Cuidados ao Domicílio

---Aconselhamento e Teste Voluntários

NÃO ESQUECE: Os voluntários precisam ter uma ficha técnica GERAL ou ESPECÍFICA

para cumprir o trabalho deles no seio da comunidade.

IMPORTANTE: Note por favor que as fichas técnicas ARCHI 2010 são fornecidas como

modelo às sociedades nacionais na Africa.

Essas últimas poderam adaptar as fichas de acordo às suas necessidades.

QUEM SÃO OS VOLUNTÁRIOS?

1. Os voluntários devem ser representativos dos membros da comunidade naqual intervem.

2. Eles podem ser professores, chefes espirituais, ávos, mães, país, jovens, aposentados. Qualquer membro da comunidade capaz de adquirir conhecimentos sobre um téma e de partilhar-los com outras pessoas pode ser um voluntário.

3. Os voluntários deviam intervir no seio da comunidade naqual vivem e de preferência trabalhar com as famílias na vizinhancia deles.

4. Os voluntários comunitários não deviam trabalhar dum modo regular fora da sua própria comunidade com a excepção dos casos de emergência ou de catástrofe, ou em caso duma manifestação especial.

5. Os voluntários deviam escolher um “substituto” capaz de aprender a fazer o que eles fazem. O voluntário “substituto” pode continuar o trabalho quando o voluntário está ausente.

6. Os voluntários “substitutos” que adquiriram uma experiência suficiente podem depois, por sua vez, tornar-se voluntários.

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COMO OS VOLUNTARIOS DEVIAM TRABALHAR?

1. Os voluntários deviam aceitar trabalhar 4 ou 5 horas por mês.

2. Os voluntários deviam visitar as mesmas famílias todos os meses para os conhecer devidamente, apontar as mudanças que aconteceram (novos nascimentos, nova gravidez, novas necessidades) e passar regularmente as mesmas mensagens todos os meses.

3. Os voluntários devriam viver perto das famílias das quais são responsàveis.

4. Os voluntários podem trabalhar em qualquer momento durante o mês. O importante é que o voluntário visite todos os meses as famílias da sua responsabilidade. Essas visitas podem precisar uma ou vàrias horas, mas não deviam ultrapassar 5 horas por mês.

5. Os voluntários devem poder intervir em todas as famílias da comunidade. Isto quer dizer que, numa comunidade duma centena de famílias, precisa-se de 7 à 10 voluntários.

6. Segundo as avaliações e as observações feitas em alguns países, um voluntário pode se encaregar de 10 à 15 famílias que representam 100 à 150 pessoas.

NOTA: é importante que todos os voluntários conheçam a sua população alvó, quer dizer as 150 ou famílias que têm em sua carga. Um trabalho regular com as mesmas famílias permite a cada voluntário medir os progressos realizados. Està possibilidade de medir o seu próprio trabalho é importante para a fidelizaçãodos voluntários.

QUAL E A COMPOSIÇÃO A PREVER DE 10 A 15 FAMILIAS (APROXIMADAMENTE 100 A 150 PESSOAS NO TOTAL)?

Segundo os dados demogràficos (que podem ser diferentes em alguns países), podemos esperar encontrar no seio duma população tipica de 100 pessoas:

20 crianças menores de 5 anos (podendo eventualmente ter fébre ou diarreia). 5 à 7 mulheres gràvidas (que teram que ser vacinadas contra o tétano e precisaram

cuidados prenatais).

5 à 7 bebês lactentes (que devem estar à mamar ao seio e vacinados).

Nota: segundo à taxa de infeção pelo VIH/SIDA na zona, a população vai contar com um certo número de pessoas que vivem com o VIH/SIDA que precisaram suporte no domicílio.

Formação para a útilização das fichas técnicas ARCHI 2010

ONDE A FORMAÇÃO VAI TER LUGAR?

A formação deve ter lugar tanto perto da comunidade quanto possível. O ideal seria que todos os voluntários comunitários sejam formados no seio da sua própria comunidade.

É preferível que os voluntários não tenhem de deixar a sua própria comunidade para receber a formação e por vez seja, se for necessário, o treinador a ir para a secção local ou no seio da comunidade para assegurar a formação. Isto vai permitir reduzir o custo da deslocação e da alocação do alojamento.

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QUEM FAZ A FORMAÇÃO?

A formação pode ser feita pelos responsáveis, coordenadores, formadores, socorristas e

acompanhadores localizados a nível da secção local a mais próxima da comunidade e que sabem útilisar as fichas técnicas .

Outros parceiros podem participar na formação, tais como agentes de saúde locais, parteiras tradicionais, representantes de ONGs. Assim podem se familiarisarem com os esforços desenvolvidos pela Cruz Vermelha na comunidade.

QUE E O ACOMPANHADOR?

À medida que, no seio das comunidades, as Sociedades Nacionais esforcem-se instalar redes de voluntários mais densas, tornara-se cada vez mais necessário identificar os responsáveis dessas redes. Podiamos útilisar o termo “acompanhador” para nomear essas pessoas. Que podem também ajudar no recrutamento e na formação.

O termo “acompanhador” parece apropriado pois que às redes de voluntários deviam ser semelhantes às “EQUIPAS”. É necessário formar os voluntários, encoraja-los, reconhecer o trabalho deles, segui-los, etc. São os acompanhadores que têm que cumprir essas diferentes tarefas. Não são necessariamente supervisores ou patrões. Os voluntários não são pagos, e devriam beneficiar duma atenção especial. Um “acompanhador” têm que facilitar o trabalho dos voluntários e encorajar, apoiar e lisonjear-los. (ver o projecto junto à ficha de descrição do posto de acompanhador).

Algumas Sociedades Nacionais útilisaram outras denominações para nomear os “acompanhadores” ou as pessoas que cuidam à ver as funções de acompanhador serem asseguradas ao nível mais próximo possível da comunidade.

DE QUANTOS ACOMPANHADORES PRECISAMOS?

A relação numerica entre “acompanhadores” e “voluntários” varia duma Sociedade Nacional para a outra. Vai depender em grande parte do número de redes de voluntários comunitários activos num districto e do número de districtos que um acompanhador pode supervisar. Esta relação dependera também da densidade da população, das distancias entre comunidades e do nível de desenvolvimento dessas redes.

EM QUE CONSISTE A FORMAÇÃO DOS VOLUNTARIOS?

A formação devera por o accente sobre o que os voluntários comunitários teram que fazer no seio da sua própria comunidade. São os próprios membros da comunidade que vão escolher suas próprias atividades, e sera necessário decidir o melhor meio de realisar estas atividades:

VISITAS AO DOMICÍLIO ACÇÃO COMUNITÁRIA, OU

ATIVIDADES DE GRUPO (ver a seguir para mais pormenores)

Os formadores teram que explicar cuidadosamente o conteúdo de todas as fichas técnicas que podem ser útilisadas para uma comunidade. Todos os voluntários vão depois ser convidados a repetir, explicar e fazer uma demonstração do que vão ser as suas actividades como voluntário. Pode também ser útil pedir à um voluntário explicar à um outro voluntário as actividades que lhes esperam na comunidade.

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A formação devria, em toda a medida possível, basear- se na participação.

NOTA: Para arrancar à actividade da comunidade, só 2 ou 3 fichas técnicas são necessárias para

treinar os voluntários. A seguir, à medida que os voluntários progredirem, vão poder desejar iníciar outros problemas (então seram necessárias outras fichas técnicas ).

QUAL E A DURAÇÃO DA FORMAÇÃO?

A formação devria ser bastante curta, mas suficiente para permitir uma perfeita compreensão das fichas técnicas GERAIS e ESPECÍFICAS necessárias. Não devria precisar mais de 4 ou 5 horas. Isto pode ser chamado formação “pedagogica”.

Seria também necessário dar aos voluntários comunitários informações sobre a Sociedade Nacional, os seus principios e os seus objectivos. Isto pode se fazer no início e ao decorrer da carreira dum voluntário.

A formação “à decorrer no emprego” (quer dizer dispensada durante a carreira do voluntário) é um importante factor de motivação e pode se recorrer nisto para obter os voluntários melhor informados. Pode também contribuir na FIDELISAÇÃO dos voluntários.

A formação “à decorrer no emprego” pode permitir treinar pouco à pouco o voluntário sobre varios témas. O socorrismo é um desses témas. Podia se prever uma sessão mensal de formação de 2 horas sobre um aspecto dos primeiros socorros. Todos os aspectos do socorrismo podiam assim ser cobertos no espaço de 12 à 18 meses, e uma certidão ou um diploma de socorrismo podia ser entregue aos voluntários que teriam acabado a sua formação “à decorrer no

emprego”. Isto ajudaria também à motivar e encorajar os voluntários.

A FORMAÇÃO E CARA?

O custo da formação deve ser mantido ao nível mais baixo possível. Os voluntários comunitários não precisaram serem reembolsados ou receber uma alocação para alojamento pois que seram treinados no seio da sua própria comunidade. Sera bom prever incentivos para eles.

Os formadores poderam ter que se deslocar para secções locais, o que podera ter um custo.

os voluntários teram que receber exemplares das fichas técnicas que precisam. Sera também conveniente fornece-los uma braçadeira ou um braçal CV, papel e canete para tomar

apontamentos, e todo o outro matérial que precisaram para cumprir à actividade comunitária escolhida.

GRUP OS

Algumas Sociedades Nacionais já trabalham com os clubes, grupos de escoteiros, grupos confessionais, escolas e outros grupos de pessoas.

A educação feita pelos jovens para a prevenção do VIH/SIDA é muitas vezes feita com GRUPOS DE JOVENS nas escolas ou na comunidade. Pode se encarar outros grupos: professionais do sexo, policias, soldados, motoristas etc.

Os Bancos de Sangue são importantes parceiros para as atividades de “recrutamento de

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Os centros de depistagem do VIH/SIDA (centros de aconselhamento e de teste voluntários) são também parceiros importantes. Lá onde os tais centros existem, os voluntários comunitários podem mandar lá pessoas pertencendo às famílias alvó.

As pessoas que vivem com o VIH/SIDA representam também um grupo importante com o qual as Sociedades Nacionais podem trabalhar. Algumas já participam às atividades de cuidados ao domicílio e de formação. Podem ajudar a formação como também as atividades de apoio ao domicílio.

EM RESUMO:

1. Não precisam de todas as fichas técnicas para iníciar uma atividade voluntária na comunidade.

2. Podem adaptar as fichas técnicas em função das suas necessidades, manda-las traduzir e imprimir as vossas próprias fichas..

3. Útilisam acompanhadores ou seu equivalente para constituir redes de voluntários na comunidade.

4. Superar os custos organisandos a formação o mais baixo possível, isto é; a comunidade.

5. Os voluntários têm que ter um objectivo especifico (ficha técnica) e intervir num grupo cíblo específico (10 à 15 famílias) para poder medir o impacto da sua acção.

Referências

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