ESTUDO DOS POVOAMENTOS
DE ALGAS FOTOFILAS
DA ILHA DE S, MIGUEL (AGORES)
1-
RESULTADOS PRELIMINARES SOBRE A FACIESDE CORALLZJVA
ELONGATA
ELLIS & SOLLANDERPOT
M I A LUfSA F. CASTRO
e
MARIA DO Cl3U VIEGAS
SU'MARIO
Neste trabalho fazemos o estudo de duas praias da ilha de S. Miguel- A~ores: Vila Franca do Campo, na costa Sul e Porto Formoso, na costa Norte d a ilha.
f i nossa aten~Bo incidiu princi~al~mente na fkcies de Cora-
llim elongata
,,,,
,
,
,
,
,
,
no horizonte inferior intertidal ro- choso, tendo sido feita a identifica~60 taxon6mica das espkies encontradas assim como a aniilise qualitativa e ecoliigica dos povoamentos.ABSTRACT
In this paper we study two beaches in the island of S. Mi- guel- A~ores: Vila Franca do Campo, in the South coast and Porto Formoso, in the North.
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CI~U VIEGAS
We focused on the facies of Corallinu elongatcc,,,
.
,,,,,
,,-
in the lower horizon of the intertidal rocky zone, where we made the taxonmnic identification of the species we found as well as qualitative and ecological analysis of the associations.
0 s dados conhecidos sobre os povoamentos litorais dos A~ores sZio escassos e por isso nos propomos efectuar uma inventaria~zo dos rnesmos na zona intertidal da ilha de S. Miguel. 0 presente trabalho C a nossa prilmeira contribui@o e consiste fundamentalmente num estudo das esp6cies encontra- das em recolhas efectuadas nas praias de Vila Franca do Campo e Porto Forrnoso, em 18 de Novembro e 2 de Dezembro de 1980, respectiva~mente.
S5o apresentados apenas os resultados preliminares de duas esta~aes efectuadas, por a Universidade dos A~ores nfio dispor ainda de todos os meios tknicos necesshrios para urn estudo desta indole, apesar de toda a colabora@io prestada pel0 Prof. Sadat
XA
Muzavor, Director do Departamento de Ocea- nografia e Pescas, a quem desde j6 muito agradecemos.Por esse motivo, grande parte do trabalho labratorial foi realizado durante um curto estQio no Laboratbrio Maritime da Guia, onde o Prof. Luis Saldanha e toda a sua equipa n5o se pouparam a esfor~os para que em t50 pouuc tempo esse estudo chegasse a bom termo. Aproveitamos a aportunidade para a todos dirigir o nosso profundo reconhecimento.
Deixa~mos aqui expressa tamb6m a mais sincera gratidgo a todos que de algurna forma contribuiram para a elabora@io deste trabalho.
ESTUDO DOS POVOANIENTOS DE ALGAS FOT6FILAS (ILHA DE S. MIGUEL)
LOCAL DAS COLHEITAS
Como s e sabe (ver. fig. 1) a ilha tem u.ma configurac80 alongada, com orientacdo E-W e com a maioria da sua costa exposta a Norte e a Sul.
Na impossibilidade de fornecer os resultados de todas as estacBes jA prospectadas, ~eleccionh~rnos duas que d Mori nos pareceu apresentarem algumas diferen~as, tanto na compo- sic80 como na abundhncia de espkies, o que supomos ser devido Bs caracteristicas distintas que as duas costas apre- sentam, resultado entre outros factores dulma diferente expo- sicgo aos ventos dominantes,
as
correntes e mesmo natureza da costa, a Norte rnais escarpada que a SulMATERIAL E lWGTODUS
Em cada e s t a ~ g o foi recolhido material para posterior estabelecimento da zonacgo da praia (ver p.
. .
.).Depois, tendo em conta a homogeneidade macrcrscbpica do povoamento de algas fothfilas intertidais, procedemos B raspa- gem integral de duas hreas quadradas de 25 cm de lado, super- ficie que segundo SALDMA (1974) se revelou superior & hrea minima para este tipo de povoa~mento na Costa da ArrAbida. Nessas raspagens utiIizi4mos urn formgo corn urna I&mina de 3 cm de largura que nos permitiu destacar, com o minimo de destruicgo possivel, os povoamentos da superficie d a rocha. Esse material foi recolhido em sacos de plhstico etiquetados e conservado em &ua do mar com form01 a 10 %, neutralizado. J h no laboratbrio, e corn a ajuda duma coluna de crivos de malhas de: 600 pm, 1.18 mm, 2.00 mm e 4.75 rnm, proce- demos B crivagem do material, que foi separado por grupos
ESTUDO DOS POVOAMENTOS DE ALGAS FOTdFILAS (ILHA DE S. MIGUEL) taxonbmicos. Posteriormente foi identificado corn a u d i o do material bptico necessArio (lupa Wild Ma e microscbpio Leitz SM
LUX)
bem como da bibliografia adequada.FACTORES AMBIENTAIS
A influencia dos factores ambientais 15 notbria nestes povoa- meptos localizados numa zona que se pode considerar de tran- si@o entre o meio terrestre e o meio marinho.
P a r a uma melhor"caracteriza~60 do meio ambiente e na impossibilidade de apresentar dados referentes aos locais especi- f icamente estudados, ref erimos valores de dif erentes f actores obtidos em Ponta Delgada por M. BETTENCOURT durante o periodo de 1931-60 e por E. ALMEIDA no periodo de 1969-78.
Sggurido BETTENCOURT (1979) em Ponta Delgada predo- minam os ventos de Nordeste no periodo de Abril-Novembro e de Sudoeste nos outros meses, ocorrendo a maior frequ6ncia das calmas em Agosto e a menor em M a r ~ o , mes em que a velocidade media. 6 maior. Na fig. 2 apresentamos a rosa dos ventos de Ponta Delgada com os valores m a i o s anuais encontrados para cada rum0 e respectiva intensidade.
Da andlise do quadro I podemos salientar que os valores da temperatura da Agua do mar e da temperatura do a r variam corn regularidade ao longo do ano, sendo duma maneira geral a temperatura do mar superior
A
do ar, embora nos meses de Junho, Julho e Agosto, ou mesmo s6 Julho, se possa veri- ficar o contrtirio.Aos valores extremos da radia~Bo solar, que varia bastante durante o ano, n60 correspondem no mesmo mCs valores extre- mos tanto da temperatura m6dia do a r como da Agua do mar.
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CBU VIEGAS
Fig. 2 - Diagramas que representam a frequencia da direc@o do vento e a sua intensidade registadas em dois locais de Ponta Delgada. I - M a a s do periodo 19314% no Relvtio (36 m); P - 1MckEas do periodo 1969-78 na Nordela (72 m)
.
Ra&g% solar Eria top0 atmosf.
(cal./cm2) Temperatura do ar ("C) emperatura lo mar PC) Luz dura60 do dia (h min.) 9 horas 80 78 77 75 75 76 14 74 74 76 79 80 76 W horas
MARZA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CEU VIEGAS
ZONACAO DAS PRAIAS ESTUDADAS
VILA
FRANCA
DO CAMP0 (ver fig. 3)0 local estudado situa-se numa zona rocliosa que lirnita a Oeste uma pequena praia arenosa, na costa Sul da ilha.
Caminhando em direcgiio ao mar a rocha apresenta vgrios aspectos de acordo cam uma zona~Co vertical determinada pela presenga ou ausencia de espkcies caracteristicas de cada andar. Passamos assim gradualrnente da rocha nua na parte mais superior, tanto horizontal como verti~al~mente, para a zona de emersaes e imers6es continuas superpovoadas.
No andar supralitoral rochoso encontramos os gastrbpodes
Littorina saxatilis,
nas fissuras eOncidielb celtica.
0 aparecimento de
Chthamalus stellatus
marca o inicio do andar mediolitoral. Presos 21 rocha estiioPatella aspera
entre tufos de variadas algas, como sejam as cloroficeasUlva lactuca
eUlva rigida;
as feoficeasSphacelaria sp.
eFucus spiralis;
e as rodoficeasGelidium pusillurn, Pterocladia sp., Caulacanthus
sp., Gigartinu aciculari8, Laurencia pinwtifida, Sgmphgocla-
dium mccrcansZoides, Corallina eloltg,ata
eJaniiG rubens.
No horizonte inferior deste andar
Corallina elongata
cons- titui uma fkcies emboraJania rubsns,
seu epifito, se apre- sentasse tambhm em grande quantidade. Sobre os talos das algas, sobretudo deCorallinu elongata,
observa~mos uma grande quantidade de moluscos:Tricolia pullus, Rissoa sp., Cingula sp.,
Barleeia unifasciata, Skeneopsis phorbis, Rissoella cf.
opalina,Bittium r&icubtum, ColumbeJla rustica, Cardita trapezia
eLa-
saea rubra.
No povoa.mento algal apareciam poliquetas diversos(Nereis sp., Fabriciu sabella
e alguns ARECIIDAE) bem como nemertineos, os isbpodesSphaeroma monodi
eDinamene biden-
tata
e ainda os anfipodesHgale schmidti
ePleonexes ferox.
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CdiLT VIEGAS
No horizonte superior e mMio do andar mediolitoral regis- taxnos a presenca de vhrios exemplares mortos de Velella velelh, espkie zooplancthica que supomos terem sido arrastados pelo vento e pela corrente de %mark.
PORT0 FORMOSO (ver fig. 4 )
Porto Formoso C uma praia situada na costa Norte da ilha, com uma grande extensgo de areia limitada de ambos os lados por uma zona rochosa elevada, formando o conjunto uma pequena enseada.
As colheitas realizaram-se numa superficie vertical do substrako rochoso situada a Este, encontrando-se o mar espe- cialmente batido B data das colheitas.
No nivel batimktrico mais elevado do substrato rochoso existe vegetagBo de caracteristicas terrestres, seguindo-se logo abaixo uma zona macroscopicamente nua e mais pr6ximo do mar povoamentos litorais mas de caracteristicas jh marinhas. No andar supralitoral encontramos bem fixas B rocha as espkies Melaraphe neritoides e
Littorim
saxatilis.0 inicio do andar .mediolitoral C marcado pela existencia de Chthamalus stellatus, seguido de exemplares de Patella aspera e vhrios aglomerados com as seguintes algas: cloroficeas Ulva Wtuca, Entermorpha sp. e Cbdophora sp.; a feoficea Petalmia fascia; e as rodoficeas Polg~~onira. sp., Ceramium rubmm e Corallina elongata. Entre os talos das algas encon- tramos Lasaea rubra, larnelibrhnquios, e Hgak s t e b b i ~ i , an- fipodes.
ESTUDO DOS POVCUMBNTOS DE ALCTAS FOTdFILAS (ILHA DE S. MIGUEL)
Fig. 4 - Esquema do code transversal (A, Bi da praia de Porto Formoso.
Rodoficeas
Ly Chthadus stellatus
4 Meh~aphe neritoides
@'
Littdna saxatilisMARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CBU VIEGAS
ANALISE QUALITATIVA
Do total de 60 espkies encontradas nos quadrados de ras- pagem, repartidas pelos diferentes grupos taxonbmicos como mostra 'o Quadro
II,
os grupos mais representados em nfimero de espkies siio os CrustIceos (21,7 %) e os Moluscos (21,7 %),seguidos das &gas (20,O %) e dos Poliquetas (18,3 %).
Analisando separadamente as duas estacBes encontramos para Vila Franca do Campo um total de 54 espbcies, repar- tidas bastante uniformemente relativamente aos grupos mais representados. Assi4m os CrustAceos e os Moluscos apresentam igual percentagem, ou seja 22,2 %, de novo seguidos das Algas (20,4 %) e dos Poliquetas (18,5 %). Para Porto For7moso o total de espkies foi de 16, sendo o grupo mais representado o das Algas (31,3 %), depois os Poliquetas (25,O %), os Mo- luscas (18,8 %) e por fim os CrustIceos (6,3 %). Regista-se assim uma notdria diferen~a na composi~tio qualitativa das duas e s t a ~ a e s embora em ambas a dominlncia seja animal. No Quadro 111, para alkm dos nossos resultados, referimos os obtidos por oultros autores tambbm em povoamentos de
Corallina de diferentes locais, para os grupos taxondmicos mais representados. Estes coincidem mas com uma ordem de domi- n6ncia em todos os casos diferente da que nds obtivemos.
E8TUDO DOS POVOAMENTOS DE ALGAS FOT6FILAS (ILHA DE 5 . MIGUEL)
QUADRO I1
ESPfiCIES ENCONTRADAS
As esp6cies fixas ao substrato e/ou coloniais assinalam-se com (X) e as encontradas somente na zona~lo das praias corn @).
ALGAS
CLoROFfCEAS
Ulvopsis grevillei (THURET) P. GAYRAL Ulva lactuca L I m Ulva r i ~ i d a C. AGARDH Enteromorphu sp. Cladophora sp. Chuetonampha sp. Chaetomorphu spl Sphacelaria sp. Halopteris sp.
Petaloniu fascia (MULLER) KUNTZE Fucus spiralis LINN1
RODOFfCEAS
Gelidium pudlum (STACKHOUSE) LE JOLIS Gelidium sp.
Pterocladia capillacea (G1MELI;N) BOENET
& THURET
Pterocladia sp. Cadacanthus sp. Gymnogongm sp.
Gigartina aciculares (WULFEN) LAMOU- ROUX Vila Franca do Camp X X X Port0 Formoso
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CfiU VIEGAS
Gigartinu sp.
Cmallinu elongata E T U S & SOLANDER
Janiu rubens (LINN*) LAMOUROUX Demtollthon postulatum ( U O U R O U X )
FOSLTE
Lomentaria articulata (HUDSON) LYNGBYE Ceramlum rubrum (HUDSON)
Ceramium sp.
Centroceras clavolatum MONTAGNE Callithamnion sp.
Acrosorium uncinatum (TURNER) Laurenciu pinnatifida LAMOUROUX Polysiphonia sp. P R O T O Z O A R I O S FORA&TIN@'EROS Cebicide sp. Spiroloculina sp. E S P O N G I A R I O S
CALCTSPONJA nZo identificada
DEMOSPONJAS
Hymeniacidon conf. sanguinea (GRANT) C N I D A R I O S
HIDRARIOS
Coryne vaginata HLNCKS, 1861
Hydractinia carnea M. SARS, 1846
Tridentata gracilis (IUSSAU, 1848)
Velella velella (LIiNN*)
Vila Franca do Campo
Port0 Formoso
ESTUDO DOS POVOAMENTOS DE ALGAS FOTdFILAS (ILHA DE S. MIGUEL) Q U f R O I1 ANTOZOARIOS Colynactis viridis A L L W , 1846 C T E N A R I 0 S niio identificheis P L A T E L M I N T A S niio identificheis A S Q U E L M I N T A S
NEMATODOS niio identifichveis
N E M E R T f N E 0 S niio identifichveis A N E L f D E O S
POLIQUETAS
Syllis arnica QUATREFAGES, 1865 Syllis gracilis GRUBE, 1840 SyUis hyalina (GRUBE, 1863) Syllis sp.
Odontosyllis ctenostoma CLAPARgDE, 1868 Brania pusilla (DUJAEDLN, 1839)
SYLLIDAE niio identificheis
Leptonereis glauca CLAPARfCDE, 1870 Nereis sp.
Perinereis conf. cultrifera (GRUBE, 1840) Platynereis dumerilii (AUD0UJ.N & M .
EDWARDS, 1833) NEREIDAE niio identifichveis
Theostom Oerstedi (CLAPARfCDE) SPIONIDAE niio identifichveis
Amphiglem mediterranea (LEYDX, 1851) Fabriciu sabella (EHRENBERG, 1837) Spirorbis sp.
Vila Franca
do Campo
Porto Formoso
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CnU VIEOAS QUADRO I1 0 L I G 0 Q U E T A S n5o identifictiveis S I P U N C U L f D E 0 S nlo idehtifichveis A R T R 6 P O D E S CRUSTACEOS CIRRPEDES
Chthamnlus stellatus (POLI, 1795) IWPODES
Paranthura nigropunctata (LUCAS, 1846) Eutydice affink HANSEN (HANSEN, 1905;
JONES & NAYLOR, 1967) Sphaerom monodi BOCQUET, HOESTLAND
& LEV1 Dy?uamene bidentata (ADAiNlS)
Munna sp. ANFIPODES Elasmopus sp.
Dexamine spiniventris (A. COSTA, 1657) Hyale stebbingi (CHEVREUX, 1888) Hyde schmidti (HELLER, 1866) Micrdeutopus alglcoh DECLA VALLE Pleonexes ferox CHEVREUX, 1901 Caprelkz acanthifera LEACH, 1814 Caprella sp.
DECAPODES
Xaiva bigutata (RISSO, 18l6)
Planes minutus (LINN*, 1758)
Jila Franca do Campo - Porto Formoso (Continua)
ESTUDO DOS POVOAMENTOS DE ALGAS FOT6FILAS (ILHA DE S, MIGUEL)
QUADRO I1
Vila Franca do Campo
PANT6PODES
Anoplodactylus virescens (HODGE, 1864) M O L U S C O S
GASTR6PODES
Patella aspera LlWYlRCK, 1819 Tricolia pullus (L1NN.E)
Melaraphe neritoides (LINNi, 1767) Littorina saxatills (JOHNSTON, 18433 Rissoa parva (da COSTA)
Rissoa membranacea (ADAMS) Rissoa sp.
Cingula cingillus (MONTAGU)
Cingula pulcherrima (JEFFREYS, 1848) Cingula sp.
Barleeia rubra ADAMS
Barleeia unifasciata (MONTAGU, 1803) Skeneopsb planorbis (FABRrCIUS) Rissoella diaphana (ALDER, 1848) Rissoella conf. opdina (JEFFREYS, 1848) Bittiurn reticulatum (da COSTA)
Columbella rustica LINNIE MURICIDAE 60 identifidveis Oncidiella celtica (CUVIER, 1817) LAMELIBRrnQuIOS
Cardita trapezia UNNl3 Cardita cdyculata LINm Lasaea mbra (MONTAGU, 1808)
Porto Formoso El 1
n
(Continua)23
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CaU VIECAS Q W R O I1 B R I O Z O A R I O S C I W T O M O S CrkM eburnea
(m,
1758) Amathka lendigera (-1, 1761) QUEIIL6STOMOS Membranipora membranacea ( L m , 1758)Celleporella hycrlina (LINN@, 1767)
E Q U I N O D E R M E S OFIURfDEDS
Ophiactis virens (M. SARS, 1857)
Larvas de diptero
Vila Franca do Carnpo
Port0 Formoso
MARIA LUfSA B. CASTRO e MARIA DO CPU VIEGAS
DISCUSSAO
0s resultados obtidos revelam jii uma diferenca nitida na composi~iio dos povoamentos das duas praias estudadas.
Devemos salientar que & data da colheita o hidrodinamismo em Porto Formoso era muito elevado, caso muito frequente na costa Norte, possivelmente resultante duma maior exposigiio aos ventos dominantes. Como consequencia do elevado hidrodi- namismo nota-se, na distribuiciio do povoamento em Porto Formoso, uma tendencia a formar placas enquanto que em Vila Franca do Calmpo reveste faixas continuas. Outro facto que nos leva a supor que o hidrodinamis~mo
C
menos acentuado em Vila Franca do CampoC
o aparecimento nesta praia de especies caracteristicas de ambientes calmos, como sejam Fucusspiralis e Gigartina acicularis.
Provavehente relacionado ainda com es te factor, regis- tamos em Vila Franca do Campo um nfimero muito superior de espCcies (54) comparativamente a Porto Formoso (16), sendo os grupos taxon6micos mais representados tambkm diferentes, em Vila Franca do C a p o siio os Crusthceos e os Moluscos enquanto que em Porto Formoso siio as Algas e os Poliquetas. Mais conclus6es seriio apresentadas ?I medida que sejam estudadas a s atmostras das estacSes jh efectuadas e a efectuar num futuro pr6xim0, com vista ?I inventaria~go pretendida.
ESTUDO DOS POVOAMBNTOS D 1 ALGAS POT6li'ILAS (ILHA DE S. MIGUEL)
A N G W (R.), 1980-Sistematica de las Algas Marinas de la Costa Vasca. Sociedad Cultural INSUB. San Sebastian 1 5 3 pp.
BELLAN (G.), 1978 - Une petite collection d'annelides polych&tes recolthes dans l'lle de Slo Miguel (Archipel des Acores). Bolm. Soc. port. Cgn. nat. 18 : 57-67.
BELLAN-SANTINI (D.) , 1969
-
Contribution l'btude des peuplements infralittoraux sur substrat rocheuz (gtude qualitative et quantitative de la frange sup6rieure). Recl. Trav. Stn. mar. Endoume. 47, 63 : 'EM pp. (Th2se Univ. A&-Marseille-
1967).-
, 1970-
Methodologie pour l'btude qualitative et quantitative des peuplements de substrat dur. Thalassia Jugoslavica. Zagreb. 6 :129-137.
BELLANSANTINI (D.) & DESROSIE%S (G.), 1976 -Distribution du Ben- thos de substrat dur dans un golf soumis B de multiples pollutions (golf de Fos). Stn. mar. Endoume. IIZes Joum6es $td. Pollutions. Split, C.I.E.S.M. : 153-157.
BETTENCOURT (M.), 1979- 0 clima dos Aqxes como recurso natural, espeeialmnte em agricultura e ind6stria do turismo. 0 clima de
PortlrgaE, (18) : 100 pp.
B O U W R (E.), 1940 - Dkapodes marcheurs. Faune de Fr., 37 : 404 pp. CAMPBELL (A,), 1976 -The Seashore and Shallow Seas of Britain and
Europe. Hamlyn publ. Group. Ld., England : 320 pp.
CEEVREUX (Ed.) & FAGE (L.), 1925- Amphipodes. Faune de FT., 9 :
488 pp.
DARWIN (C.), 1854-A monograph of the sub-class Cirripedia. Rau Society, London : 664 pp.
FAUCHkLD (K.), 1977 - The polychaete worms. Definitions and Keys to orders, families and genera. Nat. Hist. M u . Los Angeles County. Science series 28 (3) : 188 pp.
.
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO CIHJ VIEGASFAUCHALD (K.) & REIW3R (A,), 1975 - Clave de Poliquetos Panameiios con la inclusion de una clave para todas las familias del Mundo. Bol. Inst. Oceamgr. Univ. Oriente, 14 (1) : 71-94.
FAUVEL (P.), 1923-Polych6te.s errantes. Faune de Fr., 5 : 488 pp.
- , l927 - Polych6tes sedentaires. Faune de Fr., 16 : 494 pp. GAYRAL (P.), 1966- Les Algues des cdtes franpises. ed. Doin, Paris :
632 PP.
GIOVANNINI
CB.),
1965-
RBvision des esp6ces benthiques mediterranben- nes du genre Hyale. Rec. Trav. Stn. m r . Endourne, 37 (53) : 277-340.GRAHAM (A.), 1971 -British Prosobranch and other operculate Gastropod Molluscs. Synopses of the British Faunu, 2 : 112 pp.
HAYWARD (P.) & R Y L W (J.), 1979 - British Ascophoran Bryozoans.
Synopses of the British Fauna, 14 : 312 pp.
HIDALGO (J. G.), 1870 - Moluscos Marinos de Espaiia, Portugal y las Baleares, 1 : 380 pp.
HINCKS (T.), 1880-A History of the British Marine Polyzoa. 2, 83 est. HOLDICH (D.), 1068 --A systematic revision of the genus Dynamene
(Crustacea: Isopoda) with descriptions of three new species. Ptibl.
Staz. 2001. Napoli, 36 : 4014%.
K O m E R (R.), 1921 -&hinodermes. Faune de Fr. : 210 pp.
LUCAS (M.), 1076 - L a Cirrip6des de l'Europe. Les Ndurdistes Belges :
60 PP.
MARTINS (F.) , 1966 - Pequeno contributo para o estudo da Malacologia dos Acores. AtlrZntida, 10 (2) : 103-108.
MASCARENHAS (M.) 1974
-
Estudo do Povoamento de Corallina mediter- ranea ARESCHOUG. Relatch% de estdgio. Fac. Cidn. Lisboa : 44 pp.MATEUS (A.), 1973-E@es de Nomenclatura Zool6gica. Publ. Centro
ESTUDO DOS POV(ULMENT0S DE ALQAS FOT6FILAS (ILHA DE 5. MIGUEL)
MYERS (A.), 1969-A revision of the Amphipod genus Microdeutopus
(COSTA) (GAMMARIIDEA: AORIDAE). Bull. Brit. Mus. (Nut. Hist.).
Z O O ~ O U ~ . 17 (4) : 91-148.
NAYLOR (E.), 1972 -British Marine Isopods. ed. Academic Press : 86 pp. NEWTON (L.), 1Wl- A handbook of the British Seaweeds. The Trustees
of the British Museum, Lofidon : 478 pp.
MCKL1S (M.), 1.950 -iMollusques testacb marins de la cate occidentale d'Afrique. Manuets Ouest-Africains, 2 : 269 pp.
NOBRE (A,), 1932-Moluscos Marinhos de Portugal. 1 : 446 pp.
-
, 1936 -Moluscos Marinhos de Portugal. ed. Minho, Barcelos, 2 :378 pp., 6 est.
NOGUEIRA (M.), 1967 -Bases para a determinacfio dos Pant6podes das costas portuguesas. Arq. Mus. Boc., (21, 1, 15 : W-338, 18 est. a R 1 S (J. M.) & PICARD (J.). 1964 - Nouveau manuel de bionomie ben-
thique de la mer Mediterrank. Recl. Trav. Stn. mar. Endoume,
31, (47) : 137 pp.
POORE (G.), 1980 -A revision of the genera of the PARANTHURIDAE (CRUSTACEA: ISOPODk ANTHURIDEA) with a catalogue of species. Zoo. Jour. Lin. Society, 68 : 53-67.
PRFNANT (M.) & BOBIN (G.), 1956 - Bryozoaires. I - Entroproctes, Phy- lactol&mes, CMnostomes. Faune de Fr. 60 : 398 pp.
- , 1966 - Bryozoaires. I1 - Chilostomes Anasca. Fame de Fr., 68 : 647 pp.
R Y L W (J.), 1965-Bryozoaires des eaux europ&mes. in Catalogue
des princiaples salissures marines. 21, Bryozoaires. ed. OCDE : 83 pp.
RYLAND (J.) & HAYWARD (PJ, 1977-British Anascan Bryozoans.
Synopses of the British Fauna (New series), 10 ed. Academic Press :
288 PP.
SALDANHA (L.), 1972 - Prepara@o e c o n s e r v a ~ o de animais marinhos.
MARIA LUfSA F. CASTRO e MARIA DO C*U.VIEGAS
-
, 1974 -Estudo do povoamento dos horizontes superiores da rocha litoral da costa da ArrAbida. Arq. Mus. Boc., 2.' ser., 5 (1) : 1-382.-
, 1981 - Fauna submarina atidntica. Portugal Continental, Agorese Madeira. Publ. Europa-Ambrica : 179 pp.
SAN MARTIN (G.), VlEITEZ (J.) & CAMPOY CA.), 1981
-
Contribucion a1 estudio de la fauna de Anelidos Poliquetos de las costas Espaiiolas: Poliquetos errantes recolectados en la Bahia de Palma de Mallorca. Bol. Inst. Espa. Oceano. 6 (1) : 61-87.SARS (G. 0.1, 1899 -An account of the Crustacea of Norway. I1
-
Isopoda.Publ. Bergen Museum : 270 pp., est.
SARS (M.), 1895 - An account of the Crustacea of Norway. I - Amphi-' poda. 2 vols. : 71J pp., est.
SOUTHWARD (A. J.) & CRISP (D. J.), 1963 - Balanes. in Catalogue des principales salissures marines. ed. OCDE. 1 : 46 pp.
TORTONBSE (E.), 1965
-
Echinodermata. Fauna d'ltalia. ed. Calderini, Bologna : 422 pp.XAVIER DA CUVA (A.), 1914 -Hidrop6lipos de Portugal. Mem. Estwl.
Mus. Zool. Univ, Coimbra, 161 : 101 pp.
-
, 1950-Nova contribuiqlo para o estudo dos Hidrop61ipos das costas de Portugal (colec@io do Museu Bocage). Arq. Mus. Boc..21 : 121-144.
ZAREQUIEY-ALVAREZ (R.), 1968