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(1)

Curso de

Logística Urbana

Prof. Leise Kelli de Oliveira

Universidade Federal de Minas Gerais

2014

(2)
(3)

Agenda

 Introdução

 Revisão sistemática da literatura científica em logística

urbana no Brasil

 Diagnóstico em Logística Urbana

 Centro de Distribuição Urbano

 Espaço Logístico Urbano

 Entrega Noturna

(4)

O que é Logística

Urbana?

(5)
(6)

Elementos para

prosperidade das cidades

Mercadorias

Pessoas

Informação & Dinheiro

(7)

Desafios

 Competitividade

 Sistema logístico eficiente: sistema just in time

 Transportadores: Melhor serviço com baixo custo

 Embarcadores: Atendimento à janela de tempo

(8)

Desafios

 Aumento do transporte de carga urbana

Congestionamento;

Impactos ambientais negativos;

Acidentes;

Consumo de energia

Intervenção do poder

público é necessária!!

(9)

Congestionamentos em

áreas urbanas

(10)

Funções da

logística urbana

Eficiência e meio

ambiente

Século XX

Século XXI

Trade-off entre um sistema

eficiente de transporte de carga e

um sistema ambientalmente

amigável

Logística urbana com um sistema

eficiente e ambientalmente

(11)

Século XX

Qualquer redução no impacto ambiental não é parece

possível sem a inserção de inovações logísticas e a

logística reversa (J. Cooper, 1991 apud Taniguchi,

2011)

Taniguchi , E. (2011) Concept of City Logistics. Lecture. XXV ANPET. Belo Horizonte.

(12)

Século XXI

 Inserção de novas tecnologias

ICT (Tecnologia de Informação e Comunicação),

e-commerce (B2B, B2C)

Desenvolvimento de ITS (Sistema Inteligente de

Transporte)

SCM (Gerenciamento da cadeia de abastecimento),

ERP (Planejamento de Recursos da Empresa) e CRP

(Programa de replanejamento contínuo)

(13)

O que é Logística

Urbana?

 Taniguchi et al. (2001) definem logística urbana como

um processo de total otimização das atividades de

logística, realizadas por entidades (públicas e

privadas) em áreas urbanas, considerando fatores

como tráfego, congestionamento e consumo de

energia na estrutura do mercado econômico.

 Baseia-se em uma compreensão dos problemas que

incluem custos de distribuição, sociais e ambientais.

Taniguchi, E.; Thompson, R.G.; Yamada, T.; Duin, R.V. (2001) City Logistics: Network Modeling and

(14)

Definindo Logística

Urbana

 Logística Urbana visa a redução das deseconomias para tornar a

totalidade do sistema mais efetivo através de soluções

inovadoras que reduzam os problemas logísticos gerados pela

distribuição nas áreas urbana e melhoria da qualidade.

 As técnicas e projetos nessa área permitem o envolvimento de

agentes públicos e privados, no intuito de reduzir o número total

de viagens/veículos nas áreas urbanas e/ou diminuir seus

impactos negativos.

 Nos projetos até hoje conduzidos, pode-se observar que a

maioria deles proporcionou um incremento na rentabilidade das

companhias de transporte por veículo, além de alcançar

(15)

Definindo Logística

Urbana

Munuzuri et al. (2005)

 Logística Urbana é o termo utilizado para denotar

conceitos logísticos específicos e práticas envolvidas

na distribuição em áreas urbanas congestionadas

com seus específicos problemas, como atrasos

causados por congestionamento, local não apropriado

para estacionar, dentre outros.

Munuzuri, J.; Larraneta, J.; Onieva, L.; Cortés, P. (2005) Solutions applicable by local administrations for urban logistics improvement. Cities, v. 22, n.1, p. 15-28.

(16)

Definindo Logística

Urbana

 Logística Urbana é um conceito que cerca o domínio das

idéias, estudos, políticas, modelos e métodos que

permitem alcançar os seguintes objetivos:

Reduzir o congestionamento e aumentar a mobilidade

através do controle do número e dimensão dos veículos de

carga que operam nos centros urbanos, reduzindo o número

de viagens “vazias” e melhorando a eficiência da

movimentação de carga;

Reduzir os níveis de poluição e barulho, contribuindo para

alcançar os objetivos determinados pelo protocolo de Kyoto

e melhorar a qualidade de vida dos habitantes.

Ricciardi, N.; Crainic, T.G.; Storchi, G. (2003) Planning

Models for City Logistics Operations. Dipartimento di

(17)

Definindo Logística

Urbana

 Os esquemas de logística urbana incluem uma ou

mais das seguintes alternativas:

Sistemas de informação avançados e sistemas de

cooperação de transporte de carga;

Terminais logísticos públicos;

Compartilhamento de veículos de carga;

Sistemas subterrâneos de transporte de carga;

Controle de acesso das áreas urbanas.

Taniguchi, E.; Thompson, R.G.; Yamada, T.; Duin, R.V. (2001) City Logistics: Network Modeling and

(18)

Definindo Logística

Urbana

Holguín-Veras (2003): muitas das iniciativas de logística

urbana são implementadas em pequenas cidades,

onde o congestionamento é relativamente baixo.

Logística Urbana tem potencial de alcançar mais

eficiência no processo de distribuição urbana

reduzindo o tempo de operação dos veículos, a

distância total percorrida e restringindo a capacidade

destes veículos.

Holguín-Veras, J. (2003) Modeling Commercial Vehicle Empty Trips with a First Order Trip Chain Model. Transport

(19)

Características da

Logística Urbana

 Total otimização considerando fatores como o

ambiente, congestionamento, segurança, consumo de

energia, dentre outros

 Utilização plena de técnicas de informação

avançadas

(20)

Pilares para a

Logística Urbana

Sustentabilidade Mobilidade Qualidade de Vida

Competitividade Global Eficiência Cordialidade Ambiental Diminuição dos Congestionamentos

Confiança Segurança Conservação de Energia

(21)

Pontos essenciais

 Tecnologia de comunicação e informação e sistema

inteligente de transporte

 Planejamento da cidade

 Planejamento do uso da terra

 Planejamento do transporte de carga urbano

 Subsídios e encargos adicionais para o público

(22)

Companhias de

logística urbana

Envolvidos na Logística

Urbana

Embarcadores Moradores Poder público transportadores

(23)

Objetivos e comportamentos

de cada envolvidos

• Objetivo: maximizar o lucro de transporte

• Comportamento: Propor o preço para o transporte de mercadorias e transportar as mercadorias ao cliente sem atrasos

Transportadores

• Objetivo: minimizar o custo de contratação de transporte ( = preço mais o custo de oportunidade devido ao atraso na entrega)

• Comportamento: Escolher a transportadora de custo minimo

Embarcadores

• Objetivo: maximizar a receita do pedágio • Comportamento: Implantar praças de pedágio

Operadores de autoestradas

(24)

Objetivos e comportamentos

de cada envolvidos

• Objetivo: minimizar a probabilidade de exceder o limite ambiental de emissão de Nox pelos veículos de carga

• Comportamento: Denunciar ao poder público

quando a emissão de Nox na área exceder o limite ambiental

Moradores

• Objetivo: minimizar o número de áreas com problemas de emissão de NOx

• Comportamento: Implementar políticas incluindo pedágio urbano, restrição a veículos acima de 10 ton

(25)

Estrutura de um sistema cooperativo

de transporte em Motomachi,

(26)

Estrutura de um sistema cooperativo

de transporte em Motomachi,

Yokohama

 Iniciou em 2004;

 Objetivo: reduzir a emissão de CO2 e o congestionamento, além

de manter um bom ambiente nas ruas;

 Nenhum subsídio foi dado pelo poder público, além do

fornecimento do espaço público para estacionamento nas ruas;

 Cerca de 85% das mercadorias são entregues por um sistema

cooperativo;

 Coleta e entrega são realizadas pelo sistema

 Toda a área de Motomachi é coberta pelo sistema (1300 lojas e

500 residências)

(27)

Estrutura de um sistema cooperativo

de transporte em Motomachi,

Yokohama

 Transportadora neutra participa das coletas e entregas de mercadorias

 Motomachi Shopping Street Association dá suporte financeiro de 2,4 milhões de iens/ano

 Cada transportador paga 150 ienes/entrega

 (1 iene ≈ R$ 0.0217)

 1000 – 1200 entregas são negociadas por ano  Excelente liderança

 Número de caminhões reduziu:

(28)

Motomachi shopping

street

(29)
(30)
(31)
(32)

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA

LITERATURA CIENTÍFICA EM

LOGÍSTICA URBANA NO BRASIL

Oliveira, Leise Kelli (2013) Uma revisão sistemática da literatura

científica em logística urbana no Brasil In: XXVII Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes. Belém

(33)

Objetivo

Apresentar uma revisão sistemática da literatura

científica sobre logística urbana desenvolvida por

pesquisadores brasileiros, fornecendo uma visão global

das publicações e permitindo identificar possibilidade de

(34)

Revisão sistemática

internacional

 Desenvolvido por Wolpert e Reuter (2012)

1971 ocorre a primeira publicação na área

Foulkes (1979) detalha os problemas de distribuição

urbana e oportunidades para o Reino Unido

Cadotte e Rabicheaux (1979) apresenta questões

institucionais para a consolidação de carga urbana

McDermott (1980) define o movimento urbano de

mercadorias, englobando toda a distribuição de

produtos na área urbana de uma cidade com

população acima de 50.000 habitantes.

(35)

Revisão sistemática

internacional

 A temática ganhou ênfase com a publicação de

Ogden (1992) que discute aspectos da distribuição

urbana de mercadorias.

 De 1997-2006 foram publicados 23 artigos;

 A maioria dos artigos foram publicados após 2006,

principalmente na Conferência em Logística Urbana

(City Logistics Conference)

(36)

Revisão sistemática

internacional

 Quack et al. (2008) apontam que as publicações até 2007 focam em temas como:

 a cooperação em companhias de transporte,

 centros de consolidação,

 reorganização do transporte,

 melhorias no roteamento de veículos,

 comércio eletrônico,

 infraestrutura,

 estacionamento e facilidades para a descarga de mercadorias,

 inovações tecnológicas,

 licenciamento e regulamentação,

(37)

Revisão sistemática

internacional

 Wolpert e Reuter (2012) apresentam uma revisão da

literatura internacional da base do Science Direct e

Google Scholar com 92 trabalhos.

30,4% da literatura investigada são de natureza teórica

descritiva, predominando a natureza teórica na

literatura científica sobre logística urbana.

O interesse científico está crescendo apesar de existir

uma heterogeneidade na terminologia utilizada.

(38)

Metodologia

A revisão sistemática da literatura, sistematiza, explicita e

reproduz um método para identificar, avaliar e sintetizar

os trabalhos existentes concluídos, registrados e

produzidos por pesquisadores, acadêmicos e

(39)

Metodologia

Fase 1: Planejamento da revisão • Especificação das questões de pesquisa • Desenvolvimento do protocolo de revisão • Validação do protocolo de revisão Fase 2: Realização da revisão • Identificação das pesquisas relevantes • Seleção dos estudos

primários

• Avaliação da qualidade dos estudos

• Extração dos dados necessários

(40)

Metodologia

 Palavras chaves

 city logistics,

 logística urbana,

 distribuição urbana de mercadorias,

 carga urbana

 Plataforma de busca o Google Scholar e pesquisa nos anais

eletrônicos das principais conferências em transporte, desde

2004, ano em que foi concluído o primeiro trabalho em logística

urbana no Brasil

 Não foram consideradas nesta revisão monografias e

publicações em revistas sem classificação na CAPES

(41)

Resultados

 Foram observados trabalhos publicados envolvendo

logística urbana desde 2001

quatro teses: Dutra (2004), Oliveira (2007), Pereira (2008) e

Sanches Junior (2008)

15 dissertações: Pallavicine (2001), Melo (2002), Lamim

(2005), Liberato (2005), Barros (2005), Carrara (2007),

Fachhini (2008), Gasparini (2008), Santos (2008), Carnielle

(2009), Paula (2009), Correia (2011), Moreira (2012) e

Tancredi (2012) (Existem outras 3 dissertações defendidas,

identificadas que não estão na listagem)

42 artigos foram publicados em congressos nacionais e

internacionais

(42)

Resultados

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Núme ro d e pu bl ica çõe s

(43)

Teses

 Dutra (2004) destaca-se como o primeiro estudo que utiliza o

termo inglês city logistics em um estudo brasileiro. A autora

analisa a viabilidade da aplicabilidade dos conceitos de city

logistics para a realidade brasileira, tomando como exemplo o

setor de entregas parceladas.

 Oliveira (2007) deu continuidade ao estudo desenvolvido por

Dutra e avaliou a entrega de pequenas encomendas utilizando

dinâmica de sistemas.

 As metodologias propostas por Dutra (2004) e Oliveira (2007)

foram aplicados em Florianópolis (SC) e mostraram que o uso

dos conceitos de logística urbana podem reduzir o número de

veículos de carga para a entrega de pequenas encomendas,

bem como reduzir os impactos negativos advindos da atividade.

(44)

Tese

 Pereira (2008) desenvolveu um procedimento de

gestão da distribuição de bebidas em centros

urbanos, fundamentado nos métodos baseados em

atividades.

 Sanches Junior (2008) investigou a realidade da

logística da carga urbana no Brasil, utilizando o

método hipotético-dedutivo com técnicas

procedimentais da pesquisa exploratória e variáveis

quantitativas e qualitativas, para explicar o fenômeno

estudado.

(45)

Dissertações

 Pallavicine (2001) integrou o algoritmo de roteamento

Clarke e Wright a um SIG, concebendo uma heurística

para criar um conjunto de soluções alternativas para o

problema de roteamento de uma frota veicular e

determinar o cenário de menor custo de distribuição.

 Melo (2002) desenvolveu equações de demanda para

viagens de carga com o intuito de subsidiar a avaliação da

demanda por transporte de carga em área urbana.

 Lamim (2005) apresenta aspectos da distribuição urbana

de pequenas encomendas dos Correios para a cidade de

Florianópolis, relacionando conceitos de logística com a

atividade dos Correios.

(46)

Dissertações

 Liberato (2005) identificou as principais dificuldades

da logística de distribuição da carga urbana na

Região Metropolitana de São Paulo

 Barros (2005) explorou o potencial do Código de

Endereçamento Postal como unidade de referência

para estudos de previsão das necessidades de

(47)

Dissertações

 Carrara (2007) implementou uma alternativa operacional

para reduzir os problemas existentes no núcleo urbano,

ocasionados pelo fluxo dos veículos de carga,

 Fachhini (2008) identificou e priorizou os problemas

relacionados ao processo de distribuição urbana na área

central de Porto Alegre.

 Gasparini (2008) avaliou a demanda de transporte de

carga para polos geradores de viagem, especialmente

para shopping centers e supermercados, compreendendo

uma análise do perfil da movimentação, taxas de viagens e

modelos de geração de viagens, na cidade do Rio de

(48)

Dissertações

 Santos (2008) desenvolveu referenciais para melhorar o

uso de roteirizadores baseados em análises práticas e na

aplicação do conceito logística urbana, contribuindo para o

aumento da produtividade e menor impacto ambiental da

distribuição de cargas em áreas urbanas.

 Carnielle (2009) propôs um método de construção de um

sistema de informação para os administradores de cidades

brasileiras de pequeno e médio porte, que auxiliasse nas

decisões relativas ao tráfego de veículos de carga na zona

urbana.

 Paula (2009) analisou o processo de distribuição urbana

de mercadorias visando à otimização das rotas de

(49)

Dissertações

 Correia (2011) apresenta uma metodologia para avaliar os

impactos econômicos e ambientais de um esquema de

centro de distribuição urbano de mercadorias

 Moreira (2012) desenvolveu uma metodologia de coleta de

dados e informações sobre as características operacionais

e os problemas das empresas envolvidas no transporte de

cargas em áreas urbanas.

 Tancredi (2012) propõe um modelo capaz de identificar e

segregar veículos rodoviários de carga em vias urbanas,

por meio de técnicas de processamento e análise de

vídeos, gravados por câmeras posicionadas em diversos

ângulos em dispositivos de acessos a vias urbanas.

(50)

Trabalhos Qualitativos e

Quantitativos

1 2 4 3 5 1 2 3 1 1 1 7 1 2 6 5 7 5 6 0 2 4 6 8 10 12 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 P er centua l Qualitativo Quantitativo

(51)

Abordagem

55% 2% 6% 11% 26% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Conceitual Diagnóstico Estudo de caso

Modelagem Operacional

Pe

rc

(52)

Palavras Chaves

carga e descarga 2% carga urbana 12% CDU 7% city logistics 11% diagnóstico 2% distribuição de mercadorias 4% distribuição física 4% distribuição Urbana 9% entrega noturna 2% GLP 2% Logística urbana 16% mobilidade de suprimentos 2% mobilidade urbana 4% nomeclatura 2% PGT 2% produtos perigosos 2%

transporte urbano de carga 2%

veículos de carga 2%

(53)

Perspectiva para futuras

pesquisas

 modelagem matemática para avaliação das soluções de

logística urbana

 avaliação do nível de emissão de poluentes pelas

atividades de carga

 utilização de modos alternativos de entrega como veículos

elétricos

 investigação de implantação de zonas de baixa emissão

de poluentes

 avaliação da distribuição urbana em caso de desastres

naturais

Taniguchi, E.; Thompshon, R. G.; Yamada, T. (2014) Recent trends and innovations in modelling city logistics. 125:20, p. 4-14

(54)

Considerações Finais

 Logística Urbana fornece ferramenta para resolver os

problemas complicados da distribuição urbana

 Modelagem é necessária para avaliação das políticas

 Parcerias público-privadas é fundamental para

(55)

Diagnóstico em

Logística Urbana

(56)

Bibliografia

 Oliveira, L. K (2014) Diagnóstico das vagas de carga e descarga para a distribuição urbana de mercadorias: um estudo de caso em Belo Horizonte. Journal of Transport Literature, vol. 8, n. 1, pp. 178-209.

 Tedesco, G. M. I e Yamashita, Y. (2008) Procedimentos para elaboração do diagnóstico de um sistema de transporte. XXII ANPET. Fortaleza. 3-7 novembro 2008.

 Tedesco, G. M. I. (2008) Metodologia para elaboração do diagnóstico de um sistema de transporte. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília.

(57)

Introdução

 o diagnóstico do sistema em operação é usualmente

estruturado a partir do resultado da análise do estudo

crítico das condições operacionais, retratadas por

meio da caracterização da oferta e da demanda

manifesta, para, em seguida, confrontá-los com os

padrões operacionais, econômicos e sociais

planejados.

 não é possível identificar problemas sem uma correta

avaliação do sistema, ou seja, sem um diagnóstico

que reflita sua composição e como está este sistema.

(58)

Introdução

 O diagnóstico é uma etapa fundamental no processo

de planejamento, pois precede e define as demais

etapas, sendo vital à estruturação desse processo.

 O diagnóstico é o alicerce à construção do

planejamento. Para a elaboração desse diagnóstico é

preciso, inicialmente, definir o que é o objeto de

estudo, ou seja, o sistema de transporte que se

deseja diagnosticar.

 Posteriormente, é essencial compreender de que se

compõe esse sistema.

(59)

Procedimentos para realização de

diagnóstico em Logística Urbana

Definição do objeto de estudo Definição da área de estudo Caracterização do objeto de estudo Pesquisa e coleta de dados Comparação de dados e análise de resultados Elaboração do diagnóstico

(60)

Definição do objeto de

estudo

 A primeira etapa é a definição do objeto foco do

estudo.

 Deve ser definido qual é o tipo de sistema de

transporte a ser diagnosticado.

 No caso de logística urbana, objeto de estudo é a

distribuição urbana de mercadorias

(61)

Definição da área de

estudo

 Considerando-se que o objeto de estudo, é

necessário delimitar sua área de alcance ou de

abrangência (limites de sua área de

(62)

Caracterização do objeto

de estudo

Distribuição Urbana de Mercadorias Veículo Tipo Capacidade Ano Entrega Estacionamento Localização Tempo Geometria Disponibilidade Operação Tempo Quantidade de entregas Equipamento de suporte Frequência Embalagem Mercadoria Peso Volume Tipo Rota Origem Destino Sistema Viário Tempo de Viagem Envolvidos Operadores Logísticos Varejistas Poder Público População

(63)

Pesquisa e Coleta de

Dados

 Essa etapa é dividida em subetapas, que são:

Planejamento da pesquisa;

Execução da pesquisa;

Tratamento dos dados; e

(64)

Comparação de dados e

análise de resultados

 Após a coleta de dados, seu tratamento, avaliação da

qualidade e da viabilidade de sua utilização, eles se

encontram prontos para serem comparados aos

parâmetros definidos.

 Nessa etapa de comparação, os dados e suas

informações resultantes devem ser adequados à

escala em que se encontram os parâmetros, para que

possam ser comparados.

(65)

Elaboração do

diagnóstico

 Para a elaboração de um diagnóstico, é necessário

conhecer os parâmetros a serem utilizados para esta

avaliação e comparar os dados externos obtidos com

estes parâmetros.

(66)

Estudo de caso

 Diagnosticar os problemas de distribuição urbana de

mercadorias, na região central de Belo Horizonte, que

constitui a área de estudo

 Nesta região existem, aproximadamente, 550 áreas

destinadas à carga e descarga de mercadorias,

somando um total de 1.147 vagas regulamentadas à

operação.

(67)

Pesquisas realizadas

 Entrevista com os motoristas dos veículos de carga

491 entrevistas, consistindo numa amostra com erro de

5%.

 Pesquisa de rotatividade das vagas regulamentadas,

englobando 100% das vagas

 Pesquisa de contagem volumétrica classificada nas

entradas das duas principais regiões da Área Central,

Savassi e Hipercentro

(68)

Distribuição das

entrevistas

Área Número de Entrevistados Representatividade (%) Hipercentro 356 72,6% Savassi 28 5,7% Barro Preto 71 14,4% Lourdes 21 4,3% Área Hospitalar 15 3,0% Total 491 100%

(69)

Quantidade de áreas e vagas de carga e descarga

regulamentadas na região de estudo

0 100 200 300 400 500 600 700

Hipercentro Barro Preto Lourdes Savassi Hospitalar

(70)

Mapa de locais de contagem classificada de veículos de

carga no Hipercentro (esquerda) e Savassi (direita)

(71)

Resultados - Veículos

27% 24% 5% 4% 3% 6% 28% 3% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Mercedes-Benz Volkswagen Fiat Ford Hyundai Iveco Outros Não respondeu

P

er

ce

nt

ual

Principais fabricantes dos veículos que trafegam na Região Central

(72)

Resultados - Veículos

50% 42% 7% 1% 0% 7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% <3,5t 3,5t-5t 5t-10t 10t-15t 15t-45t Não respondeu P er ce nt ua l

Capacidade dos veículos

92% da frota tem capacidade menor que cinco toneladas, que atende à

regulamentação de peso máximo da restrição veicular existente nesta área

(73)

Resultados - Veículos

0% 5% 10% 15% 20% 1966 1973 1974 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 201 1 P er ce nt ua l

Ano de Fabricação do veículo

Ano de fabricação dos veículos abordados na pesquisa

A idade média da frota é de 5,76 anos, sendo que 69% dos veículos tem idade média inferior a 10 anos e 12% dos veículos tem idade superior a 20 anos de fabricação 89% dos entrevistados declararam dirigir

(74)

Resultados - Entrega

49% 12% 18% 7% 3% 0% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Não espera Até 10 minutos Entre 10 e 20 minutos

Entre 20 e 30 minutos

Entre 30 e 60 minutos

Mais que 1 hora

P er ce nt ua l

Tempo médio de espera para estacionar o veículo na Região Central

(75)

Resultados - Entrega

0 5 10 15 20 06h 08h 10h 12h 14h 16h M inut os

Variação do tempo médio de espera para estacionar o veículo na Região Central

(76)

Resultados - Entrega

Região Tempo Médio Global

Hipercentro 10,2 minutos Savassi 9,13 minutos Lourdes 6,9 minutos Barro Preto 8,3 minutos Hospitalar 7,0 minutos

Região Central 9,5 minutos

Tempos médios globais de busca de vaga em Belo Horizonte

(77)

Percentual de ociosidade na entrega,

por região, em Belo Horizonte

0% 20% 40% 60% 80% 100% Sem tempo ocioso

Até 10 minutos Entre 10 e 20 minutos Entre 20 e 30 minutos Entre 30 e 60 minutos Mais que 1 hora Não respondeu P er ce n tu al

(78)

Frequência de Entrega

56% 14% 11% 11% 4% 4% 0% 10% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

diário 3 x semana semanal 2 x semana mensal Quinzenal 3 x mês Não respondeu

P

erc

(79)

Grupos de veículos ocupando

as vagas de carga e descarga

Modelagem Matemática em Logística Urbana Prof. Leise Kelli de Oliveira 79

57,7% 35,7% 0,3% 0,7% 5,7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Veículo de Passeio Veículo de Carga Transporte de Valores Taxi Motos P erc entual

(80)

Percentual de ocupação

das vagas ao longo do dia

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 06 :30 07 :00 07 :30 0 8 :0 0 08 :30 09 :00 09 :30 10 :00 10 :30 11 :00 11 :30 12 :00 12 :30 13 :00 13 :30 14 :00 14 :30 15 :00 1 5 :3 0 16 :00 16 :30 17 :00 17 :30 18 :00 18 :30 19 :00 19 :30 20 :00 20 :30 P er ce n tu al

(81)

Percentual de operação de carga

e descarga nas vagas durante o

dia

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 06 :30 07 :00 07 :30 0 8 :0 0 08 :30 09 :00 09 :30 10 :00 10 :30 11 :00 11 :30 12 :00 12 :30 13 :00 13 :30 14 :00 14 :30 15 :00 1 5 :3 0 16 :00 16 :30 17 :00 17 :30 18 :00 18 :30 19 :00 19 :30 20 :00 20 :30 P er ce n tu al

(82)

Indicação da ocupação das

vagas de carga e descarga

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 6: 30 7:00 7:30 8:00 8:3 0 9: 00 9:30 10:00 11:00 :3011 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:3 0 18 :00 18 :30 19 :00 19 :30 20 :00 20 :30 P er ce n tu al

(83)

Percentual médio diária da ocupação

das vagas de carga e descarga para

operação

Região Percentual Médio

Hipercentro 11% Savassi 4% Lourdes 4% Barro Preto 2% Hospitalar 3% Região Central 4,8%

(84)

Tempos médios de permanência, em

operação, nas vagas de carga e

descarga

Região Tempo Médio Global

Hipercentro 58 minutos Savassi 71 minutos Lourdes 79 minutos Barro Preto 54 minutos Hospitalar 69 minutos

(85)

Resultados - Embalagem

29% 13% 10% 3% 3% 2% 1% 0% 2% 2% 6% 28% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Alim ent os Bebid as Ves tuário M at erial Elét ric o Gas M óv eis C art a M at erial de C ons tru ç ão C os m ét idos M at erial de Es c rit ór io N ão res ponde u Out ros prod ut os Per cen tu al

(86)

Resultados - Rota

Principais origens: Belo Horizonte (39%) Contagem (35%) Principais vias: Via Expressa (24%),

Av. Amazonas (23%), Av. Antonio Carlos (8%)

(87)

Tempo médio de viagem

16% 17% 41% 18% 8% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Menor que 20 minutos Entre 20 e 30 minutos Entre 30 e 60 minutos Maior que 60 minutos Não respondeu Per cen tu al

(88)

Entrada e saída de veículos

de carga no Hipercentro

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 6: 45 7:15 7:45 8:15 8:45 9:15 9:45 10:15 10:4 5 11 :15 11 :45 12 :15 1 2 :4 5 13 :15 13 :45 14 :15 1 4 :4 5 15 :15 15 :45 16 :15 1 6 :4 5 17 :15 17 :45 18 :15 1 8 :4 5 19 :15 19 :45 20 :15 mero d e v eíc u los

Entrada de veículos Saída de veículos

(89)

Entrada e saída de veículos

da região da Savassi

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 6: 45 7:15 7:45 8:15 8:45 9:15 9:45 10:15 10:4 5 11 :15 11 :45 12 :15 1 2 :4 5 13 :15 13 :45 14 :15 1 4 :4 5 15 :15 15 :45 16 :15 1 6 :4 5 17 :15 17 :45 18 :15 1 8 :4 5 19 :15 19 :45 20 :15 mero d e v eíc u los

Entrada de veículos Saída de veículos

(90)

Resultados - envolvidos

13% 44% 44% 7% 8% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

sem ajudante 1 ajudante 2 ajudantes mais que 3 ajudantes sem resposta

P er ce n tu al

52% dos motoristas são da categoria autônomo

11% das entregas são realizadas pelo próprio motorista

(91)
(92)
(93)

Desafio

 Desenvolver um diagnóstico da logística urbana em

Palmas!

 Parceria Universidade-Prefeitura é fundamental

 Resultado: subsídio para políticas públicas

(94)

Como resolver o

problema???

(95)
(96)
(97)
(98)
(99)
(100)
(101)
(102)

Centro de Distribuição

Urbano

(103)

Introdução

 Quak (2008) destaca que os CDU’s estão entre as

iniciativas de Logística Urbana, que visam melhorar a

sustentabilidade das cidades pela mudança da

infraestrutura física utilizada pelo transporte urbano de

cargas.

 O conceito de CDU não é um novo, uma vez que ele já foi

estudado na década de 1970.

 Os CDU’s foram desenvolvidos, inicialmente, no Reino

Unido e mais tarde na Holanda e Mônaco, fazendo parte

da política nacional de muitos países europeus (Karrer e

Ruesch, 2007) .

(104)

Introdução

 Esse conceito foi um tópico proeminente na década de 1990 em

relação às atividades da Logística Urbana, com destaque para a

Itália que, no ano de 1990, foi o primeiro país a estabelecer uma

estratégia nacional de CDU, sendo seguida pela Alemanha, em

1992, e pela França, em 1993.

 Apesar do elevado interesse nos CDU’s, evidenciado pelas

numerosas pesquisas realizadas na década de 1990, destaca-se

que houve poucos modelos implementados, sendo que muitos

destes tiveram suas operações encerradas em virtude do baixo

volume movimentado e de insatisfação com os níveis de serviço

apresentados.

 Browne et al.(2005) ressaltam que, dos 200 modelos de CDU

planejados ou executados na Alemanha, apenas cinco

(105)

Introdução

 Dablanc (2007) salienta que muitos projetos

envolvendo a instalação de um único CDU não

tiveram sucesso em grandes cidades com alta

densidade populacional e elevada concentração de

atividades comerciais, administrativas e culturais.

 Crainic et al. (2009a) ressaltam que, nestas cidades,

geralmente, os veículos que possuem permissão para

realizar as entregas, ou seja, que atendem às

restrições de peso e tamanho, viajam longas

distâncias até os pontos onde estão localizados os

clientes.

(106)

Vantagens

 Benefícios sociais e ambientais

operações de transporte na área urbana com menor

emissão de poluentes,

 Melhoria no planejamento e operações logísticas;

 Potencial de ligação com outras políticas de

(107)

Benefícios

 a redução no número de viagens e da distância

percorrida pelos veículos de carga,

 a melhoria nas taxas de utilização do veículo

(peso/volume) nas entregas realizadas pelo

 redução no custo de transporte unitário nas entregas

ao consumidor final,

 redução da quantidade de veículos presentes na área

atendida pelo CDU e oportunidade para melhoria do

faturamento com cargas de retorno.

(108)

Desvantagens

 aumento de custos

 existência de apenas um CDU pode trazer

dificuldades na realização de toda a movimentação

de produtos tendo em vista as varrições no tipo e

exigências de manuseio e estocagem.

(109)

Indicadores de

desempenho

 o número de rotas realizadas dos centros de distribuição até os seus clientes,  distância percorrida pelos veículos envolvidos neste modelo,

 número de veículos,

 tempo total de realização das rotas,

 número de produtos entregues por ponto de destino,  quantidade de carga por veículo,

 frequência e tempo de estacionamento nas vagas destinadas à carga e descarga na cidade,

 consumo de combustível e emissão de poluentes dos veículos envolvidos no CDU

(110)

Estudo

 metodologia para avaliar os benefícios da

implantação de um centro de distribuição urbano de

mercadorias

Avaliação Modelo de Otimização Proposição de Cenários Modelo de Adesão Econômica •Número de viagens •Distância percorrida •Tempo de viagem •Ocupação da frota •Número de veículos •Tempo ocioso da frota

Logística Ambiental •Demanda •Estrutura da rede •Consumo de combustível •Emissão de poluentes

(111)

Conceito de CDU

Múltiplo

Legenda: Centro de Distribuição das empresas

Terminais de Apoio

Veículo Urbano de Carga

Veículo com maior Capacidade de Carga Fluxo de Produtos

(112)

Modelo de Adesão

 O modelo de adesão tem como objetivo avaliar a

adesão de transportadores e varejistas ao centro de

distribuição urbana de mercadorias

 esta avaliação é fundamental pois um dos principais

fatores de insucesso das experiências com CDU em

algumas cidades europeias decorreu da inexistência

de uma análise prévia da demanda potencial dos

varejistas em relação a este esquema (Rooijen e

Quak, 2010).

(113)

Modelo de adesão

 Preferência Declarada

 Atributos – Transportadores

 Ocupação do Veículo: quantidade de carga (peso e/ou volume) transportada por veículo. Supõe-se que o CDU melhore os níveis de ocupação de carga dos veículos;

 Estacionamento: local para as operações de carga e descarga no centro urbano. Supõe-se que a potencial redução do número veículos de carga nos centros urbanos com o CDU pode melhorar as condições de

estacionamento;

 Parceria: prestação do serviço em cooperação com outras empresas

transportadoras. Supõe-se que o CDU exija o compartilhamento de cargas entre os transportadores;

 Investimento: alocação de recursos em novas tecnologias para distribuição de carga no centro urbano. Uma das consequências do CDU é a

necessidade de investimentos em novas tecnologias como o GPS (Global

(114)

Modelo de adesão

 Atributos varejistas

 Custo: dispêndio financeiro dos varejistas para o alcance de seus objetivos. Supõe-se que uma das consequências do CDU seja o aumento nos custos em virtude do acréscimo de mais um estágio na cadeia de suprimentos;

 Prestação de Serviço: forma com que os varejistas são atendidos por seus fornecedores. Supõe-se que o CDU proporcione a melhoria dos serviços prestados através de maior flexibilidade operacional como, por exemplo, a possibilidade de fracionamento do pedido realizado e redução do número de entregas;

 Confiabilidade: credibilidade dos varejistas em relação aos serviços prestados pelas transportadoras. Supõe-se que o CDU melhore a confiabilidade do serviço com, por exemplo, o aprimoramento na pontualidade das entregas;

 Estoque versus Exposição: quantidade de produtos armazenados em contra posição com a quantidade de produtos expostos. Supõe-se que o CDU

proporcione o aumento do espaço de exposição de produtos por meio da redução das áreas de armazenagem.

(115)
(116)
(117)

Cenários analisados

 100% de adesão, onde foi considerada uma configuração em

que o uso deste esquema é obrigatório, isto é, totalmente

regulamentado pela administração pública local;

 82% de adesão, representando uma situação em que a adesão

não é obrigatória, mas conta com subsídios governamentais que

visam diminuir os custos econômicos do sistema;

 60% de adesão, representando uma situação sem a presença

dos incentivos governamentais;

 47% de adesão, representando uma situação pessimista, em

que não haveria a adesão da maioria dos varejistas ao esquema

de CDU em virtude da ausência de melhoria da prestação do

serviço.

(118)

Avaliação econômica e

ambiental

Número de Terminais de Apoio Percentual de Adesão Número de Veículos Distância Total (Km) Tempo Total (h) Ocupação da Frota Número de Rotas Utilização da Frota Consumo de Combustível (l) Emissão de Poluentes (ton) 47% 138 8.957 1.025 94% 446 93% 1.699 4,54 1 60% 124 8.145 933 95% 454 94% 1.611 4,31 2 82% 105 6.810 787 95% 478 94% 1.483 3,97 3 100% 87 5.206 651 96% 495 94% 1.314 3,51 4 47% 137 8.811 1.023 94% 446 93% 1.692 4,53 5 60% 125 7.962 931 95% 456 93% 1.608 4,30 6 82% 105 6.538 784 95% 478 93% 1.468 3,93 7 100% 86 4.859 644 96% 497 94% 1.289 3,45 8 47% 137 8.810 1.024 94% 447 93% 1.687 4,51 9 60% 126 8.020 932 94% 459 92% 1.618 4,33 10 82% 104 6.564 785 94% 481 94% 1.471 3,94 11 100% 86 4.882 644 95% 500 94% 1.288 3,45 12 47% 143 8.771 1.024 94% 448 89% 1.686 4,51 13 60% 126 7.911 932 94% 459 92% 1.597 4,27 14 82% 105 6.420 782 94% 483 93% 1.445 3,86 15 100% 86 4.735 644 95% 501 94% 1.266 3,39 16 47% 138 8.697 1.024 93% 451 93% 1.677 4,49 17 60% 126 7.865 933 93% 464 93% 1.596 4,27 18 82% 105 6.318 782 94% 485 93% 1.432 3,83 19 100% 88 4.554 641 94% 507 91% 1.239 3,32 20 Estrutura Parâmetros Econômicos Ambientais Cenários Analisados 1 2 3 4 5

(119)

Principal conclusão

 Os resultados apontaram que o modelo desenvolvido

pode trazer uma substancial melhoria para os

agentes envolvidos na distribuição de

mercadorias, como a sociedade, transportadores e

varejistas, comprovando que o CDU se constitui como

uma importante iniciativa para otimizar os

processos logísticos na cidade analisada em

virtude dos resultados dos parâmetros econômicos e

ambientais apresentados.

(120)

Para conhecer o trabalho

completo

 OLIVEIRA, Leise Kelli de e CORREIA, Vagner de

Assis. Proposta metodológica para avaliação dos

benefícios de um centro de distribuição urbano

para mitigação dos problemas de logística urbana.

J. Transp. Lit. [online]. 2014, vol.8, n.4, pp. 109-145.

(121)
(122)
(123)
(124)
(125)
(126)

Espaço Logístico

Urbano

(127)

Espaço Logístico Urbano

Área localizada na área central de uma cidade que possibilita a

descarga de veículos de carga, e a continuação da distribuição das

mercadorias até os clientes finais por veículos menores e menos

poluentes.

O objetivo principal de um ELU é reduzir a distância total percorrida

por veículos de carga dentro dos centros urbanos, diminuindo assim

os impactos negativos da circulação destes veículos nas áreas

centrais da cidade.

(128)

Espaço Logístico Urbano

Esquema de distribuição da Chronopost antes da criação do ELU Concorde:

Esquema de distribuição da Chronopost depois da criação do ELU Concorde:

Em cerca de dois anos:

• Aumento de eficiência; • Economia de 41.000km ; • A emissão de 16,5t de CO2 foi evitada; • 20.800 km de congestionamento não ocorreram;

(129)
(130)
(131)
(132)
(133)
(134)
(135)

Espaços Logísticos

Urbanos

La Petite Reine:

Fonte: Dablanc, 2011

Em doze meses:

• 600.000 TKU deixaram de serem transportadas por vans na cidade;

• 89 TEP não foram consumidas por motores;

• A emissão de 203 toneladas de CO2 e

84 Kg de partículas foi evitada; • Criação de 50 postos de trabalho.

(136)
(137)
(138)
(139)
(140)
(141)
(142)
(143)
(144)

Cenários

144

Cenário 1:

• Caminhões pequenos que saem de CDUs na região metropolitana e entram no hipercentro da cidade para realizar entregas de forma não consolidada e não sincronizada (situação atual).

Cenário 2:

• Grandes caminhões que saem de CDUs na região metropolitana e chegam até os ELUs no início do dia para realizar descarregamento, as mercadorias são consolidadas conforme o seu destino e, por fim, são transportadas por meio de triciclos até seus clientes (situação proposta).

(145)

Cenários

145

Cenário 3:

• Considerando a existência de

situações intermediárias, nas quais

parte dos clientes têm suas

necessidades atendidas pela

situação vigente, Cenário 1, e o restante é atendido por meio dos

ELUs, Cenário 2 (situação

intermediária).

Esse

cenário

traz

consigo

uma

variedade

de

configurações, cada uma associada à porcentagem de

clientes que são atendidos pelo ELU e ao restante que é

atendido diretamente por caminhões.

(146)

Modelos Matemáticos

146

Cenário 1: Roteamento de veículos

– premissas:

Manter a origem do transporte no CDUs;

Não é exigida a consolidação de cargas;

Os caminhões entregam mercadorias diretamente

aos clientes.

(147)

Modelos Matemáticos

147

 Cenário 2: Instalação de ELUs

– premissas:

Manter a origem do transporte no CDUs;

Transporte realizado por grandes caminhões só até às 7

horas;

Consolidação de carga conforme o destino no ELU;

Tipos diferentes de mercadorias são transportados;

(148)

Coleta, Tratamento e

Formatação de Dados

148

 A coleta de dados foi feita em várias frentes;

 Locais:

CDUs - Correia, 2011;

Clientes e possíveis ELUs - CMC de 2011;

Distâncias - georreferenciamento (Google Maps e

ArcGis);

(149)

Coleta, Tratamento e

Formatação de Dados

149

 Demanda:

Dados cedidos por uma transportadora (anônima por

sigilo da informação);

Calçados : cerca de 4 meses de dados;

Vestuário: cerca de 1 ano de dados;

Tratados conforme origem, destino e atribuídos aos

clientes proporcionalmente ao seu tamanho.

(150)

Coleta, Tratamento e

Formatação de Dados

150

 Custos:

Caminhões - Planilha de Custos dos Veículos Mais

Utilizados de Setembro de 2013 (NTC, 2013);

Triciclos - Peres et al. (2012);

Instalações - IPEAD (2013) e PBH (2013);

Mão de obra - Calculador (2013);

 Emissão de CO

2

:

Estudo de emissão de poluentes do IPEA

– Carvalho

(2011).

(151)

Resultados

151

Custo total(diário) R$16.021,71

Número de caminhões utilizados (Accelo 815) 28

Distância percorrida pelos caminhões (Accelo

815) 828,87 km

Carga média (Accelo 815) 74,42%

A emissão de CO2 (Accelo 815) 482,25 Kg de CO2

(152)

Resultados

152

Custo total(diário) R$13.509,80

Número de ELUs utilizados 2

Número de caminhões utilizados (Truck) 9

Número de triciclos utilizados 9

Distância percorrida pelos caminhões (Truck) 273,29 km Distância percorrida pelos triciclos 415,42 km

Carga média (Truck) 84,64%

A emissão de CO2 (Truck) 240,26 Kg de CO2

A emissão de CO2 (triciclos) 6,02 Kg de CO2

(153)

Resultados

153

Cenário 3:

3A - 10% com roteamento e 90% utilizam ELU;

3B - 25% com roteamento e 75% utilizam ELU;

Cenários 3A 3B

Custo total(diário) R$15.255,49 R$14.927,66

Número de ELUs utilizados 2 2

Número de caminhões utilizados (Accelo 815 e Truck) 15 (7 e 8) 16 (9 e 7)

Número de triciclos utilizados 8 7

Distância percorrida pelos caminhões (Accelo 815 e

Truck) 405,14 km

464,70 km

Distância percorrida pelos triciclos 530,02 km 410,11 km

Carga média (Accelo 815 e Truck) 60,72% 69,12%

A emissão de CO2 (Accelo 815 e Truck) 298,19 Kg de CO2

329,62 Kg de CO2

(154)

Resultados

 Análises:

 Cenário 1:

 O custo fixo dos caminhões utilizados é alto;

 Menor carga média – em torno de 10% menor que o Cenário 2;  Cenário 2:

 O custo fixo de instalação de ELUs é alto;  Menor distância percorrida;

 Cenário 3:

 Proporcionalmente, os custos do roteamento são maiores:

 Cenário 3A: 10,0% dos clientes e 20,6% dos custos;

 Cenário 3B: 25,0% dos clientes e 32,1% dos custos.

(155)

Resultados

155 0 100 200 300 400 500 600

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3A Cenário 3B

K g d e C O2

Emisão de CO2 para todos os cenários

Accelo 815 Truck Triciclo

R$ 12.000,00 R$ 12.500,00 R$ 13.000,00 R$ 13.500,00 R$ 14.000,00 R$ 14.500,00 R$ 15.000,00 R$ 15.500,00 R$ 16.000,00 R$ 16.500,00

Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3A Cenário 3B

Custos Totais

(156)
(157)

Entrega Noturna

A busca por soluções para os problemas da distribuição urbana tem incentivado a realização de estudos em todo o mundo; porém, no Brasil, pouco tem sido feito nesse sentido

É fundamental avaliar as condições das cidades brasileiras para que sejam idenficadas alternativas que possam culminar em melhorias da eficiência e mitigação dos problemas oriundos da distribuição urbana. Uma das iniciativas que tem tido sucesso em algumas

cidades européias é a distribuição noturna de mercadorias.

Essa alternativa é hoje implantada no Brasil somente na cidade de São Paulo. Porém, a afirmação de que essa alternativa também trará bons resultados em outros centros urbanos brasileiros é bastante superficial, isso por que as características culturais, econômicas e físicas são muito diferentes.

(158)

Entrega Noturna

Segundo a CET-SP (2003), a alteração da rotina do abastecimento da cidade, através da realização de entrega noturna de mercadorias, apesar dos acréscimos nos custos decorrentes de encargos trabalhistas, permite um aumento de produtividade de até 50% por veículo, o que cobre com folga seus custos adicionais e permite uma redução no preço final do frete.

A CET-SP recomenda que a entrega noturna seja adotada como uma meta uma vez que todo este empenho leva ao abastecimento da cidade de forma adequada e responsável. Como forma de amenizar os problemas gerados, se propõe aos empresários acordos e parcerias com fornecedores, clientes e funcionários.

(159)

Benefícios da Entrega Noturna

(CET-SP, 2003)

 Rota sem pontos de congestionamento, o que permite um real planejamento das entregas;

 Temperatura amena, que propicia, juntamente com a ausência de congestionamento, menor incidência de situações estressantes aos motoristas, reduzindo as faltas por motivo de saúde;

 Maior liberdade de circulação e estacionamento, uma vez que as restrições à circulação de caminhões e ao estacionamento de veículos para a

realização de carga e descarga só ocorrem no período diurno;

 Maior velocidade média de circulação e, portanto, menor tamanho da frota;  O cliente (estabelecimento recebedor) passa a ter tempo adequado para

conferência correta da mercadoria, bem como para a realização de

(160)

Aspectos da Distribuição

Noturna

 Entrega no período da noite com veículos de baixo

ruído;

 Permite que caminhões de grande porte circulem na

cidade, nos locais em que existe restrição durante o

período do dia.

(161)

Benefícios da

Distribuição Noturna

Redução dos atrasos dos serviços logísticos usando a capacidade livre das vias urbanas

durante a noite;

Redução do tempo de viagem;

Redução da emissão e consumo de energia (menos congestionamento durante a noite e

acesso direto às lojas);

Aumento da eficiência logística em termos da utilização de veículos de grande porte e mão

de obra;

Consolidação de mercadorias;

Contribuição positivia para a segurança viária.

(162)

Benefícios da

Distribuição Noturna

Para o operador de transporte os principais benefícios são obtidos por meio da utilização de veículos de grande porte e da redução do tempo

de viagem durante a noite, aspectos que podem contribuir para a diminuição da frota necessária.

As vantagens para a sociedade são a redução do tempo de viagem para todos os veículos durante o dia e a redução do número de

veículos de carga operando nos centros urbanos.

Os varejistas podem ser beneficiados com uma melhor organização no recebimento das mercadorias e redução da pertubação aos

clientes.

Além disso, a redução do tempo de viagem conduz a um menor consumo de energia e emissão de poluentes.

(163)

Benefícios da

Distribuição Noturna

Em Barcelona (Espanha), em cerca de 20 localidades da cidade e na região metropolitana, as mercadorias são entregues durante a noite e

a solução é estendida para 140 supermercados em toda a Espanha.

A entrega noturna se concentra entre 23h e 24h e entre 5h e 6h. São empregados veículos de 40 toneladas para a realização do serviço sendo utilizados equipamentos adaptados para a redução do

barulho dos veículos, bem como na carga e descarga de mercadorias.

Para cada 7 caminhões que circulam durante o dia, apenas dois caminhões de grande porte circulam na

cidade no período da noite

(164)

Envolvidos na

Distribuição Noturna

O poder municipal é um dos principais agentes envolvidos, sendo responsável pela estrutura necessária para a implementação da

entrega noturna. Além disso, é responsável pelas restrições de acesso a determinadas áreas e pelos fatores de ruído.

O operador de transporte é responsável pelas negociações com os fornecedores para adaptar os equipamentos utilizados (no caso, caminhões e equipamentos de carga/descarga de operação mais

silenciosa) e com os varejistas para garantir o recebimento das mercadorias durante o período noturno.

Os varejistas precisam definir mecanismos para receber os produtos durante o período noturno. Uma equipe

dedicada precisa estar no local se uma entrega é planejada ou uma solução técnica precisa ser encontrada.

(165)

Aspectos a serem considerados

na Distribuição Noturna

A aceitabilidade da entrega noturna pode diferenciar de país para país;

Soluções técnicas para equipamentos de baixo ruído são disponíveis;

Financiamento público pode incentivar o uso de equipamentos de baixa emissão de ruído;

(FORKET; EICHHORN, 2004) Os limites de ruído existentes precisam ser respeitados;

Regulamentação de locais de acesso precisam ser considerados e adotados;

Espaço urbano para as entregas precisa estar disponível; Organização do recebimento da mercadoria.

(166)

Fatores de Sucesso

Regulamentação dos equipamentos de ruído utilizados, como um selo de qualidade; Abertura do poder público para esquemas alternativos de distribuição;

Pesquisa para desenvolver equipamentos de baixo ruído e melhoria da organização;

(FORKET; EICHHORN, 2004) Varejistas precisam estar aptos a receber a mercadoria no período noturno; Infraestrutura como rampas, locais de carga e descarga e pavimento adequado

para produzir menos ruído;

Treinamento de motoristas e entregadores;

Contrato entre transportadores e varejistas garantindo que a mercadoria será transportada com equipamento silencioso;

Cooperação entre fornecedores e transportadores garantindo que os veículos estejam equipados com equipamentos de baixa emissão de

(167)

Principais impactos da

distribuição noturna

Tipo Impacto Pontos de Interesse para a distribuição urbana

Congestionamento Positivo Transferir as entregas para as horas de menor

tráfego diminui o congestionamento.

Segurança Viária Positivo Diminuir o número de caminhões e vans reduz o

risco de acidentes.

Ambiente Positivo

Mesmo quando caminhões não alteram o itinerário, não tê-los durante os períodos de tráfego intenso reduz a emissão de poluentes.

Vitalidade social Moderado

As condições de moradia melhoram devido à redução dos caminhões nas ruas. Contudo, à noite, os níveis de ruído podem ultrapassar o aceitável, devendo ser combatida com medidas regulatórias.

Vitalidade

Econômica Positivo

Motoristas não ficam “presos” nos

congestionamentos, permitindo entregar mais produtos em menos tempo.

De Munck e Vannieuwenhuyse (2008) apud Verlinde et al. (2010)

Referências

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