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CENTRAL DE SERVIÇOS COM
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI
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Halexsandro de Freitas Sales
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CENTRAL DE SERVIÇOS COM
SOFTWARE LIVRE
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI
Jaboatão dos Guararapes, 2014 Edição do Autor
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Copyright© 2014 Halexsandro de Freitas Sales
Nossa recompensa se encontra no esforço e não no resultado.
Mahatma Gandhi Este livro foi produzido e publicado de forma independente pelo próprio autor e não possui qualquer vínculo com qualquer editora.
Sales, Halexsandro de Freitas.
Central de serviços com software livre: estruturando uma central de serviços com o GLPI/ Halexsandro de Freitas Sales. Jaboatão dos Guararapes: Edição do Autor, 2014.
566 p.
ISBN: 9788591806201
1. Tecnologia 2. ITIL 3. Informática 4. Negócios 5. Administração
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Dedicatória
Aos meus pais Heráclito e Anunciata que mesmo com todas as privações e dificuldades causadas pela vida, ainda assim, acreditaram na importância da construção da fortaleza família e se dedicaram de corpo e alma a criação e educação minha e de meus irmãos. A minha querida esposa Juliana, minha amada e amante. Por permitirme fazer parte de sua vida, por apoiarme, mesmo que o objetivo ainda não estivesse tão claro e principalmente, por presentearme com o que hoje se traduz em nossa joia mais valiosa: a pequena Íris que aqui também dedico por encharcarme o coração de amor em tão pouco tempo de sua chegada!ha
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Sumário
Agradecimentos...16
Sobre o autor...17
Prefácio...19
Introdução...21
Capítulo 1 - Um mundo além da TI...27
A evolução da informática...33
Perfil do Profissional de TI e das vagas de emprego...35
O fracasso da carreira...39
A pressão dentro da empresa...43
Qual o envolvimento da TI com o negócio?...46
Capítulo 2 - Padrões de mercado aplicáveis...51
A TI precisa realmente de um padrão de mercado?...54
Padrões de TI atualmente aceitos...57
ISO/ABNT...58
Representatividade nacional...59
ISO9000 Sistema de Gestão da Qualidade...61
BPM – Business Process Management...64
BPM CBOK...66
Alguns conceitos sobre BPM...66
BPMN – Business Process Model and Notation...67
BPM para a TI...68
COBIT...70
Porque adotar o COBIT...73
ISO/IEC27000...73 Objetivos da família 27000...74 ITIL®...74 ISO/IEC20000...76 Gerenciamento de projetos...79 Abordagem tradicional...79
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PMI... 80
Conceitos de Gerenciamento de Projetos...81
Capítulo 3 - Organize-se...85
Importância de uma ferramenta para controle...87
Dificuldades de implantação...88
Problemas a serem resolvidos...90
Falta de um protocolo de registro...93
Falta de acompanhamento...94
Falta de retorno sobre incidentes...94
Inexistência de uma ordem para atendimento...94
Criação de células especializadas...95
Falta de base de dados para erros conhecidos...95
Descrença por parte de usuários quanto a resolução...95
Gerenciamento de recursos humanos...95
Problemas que podem acontecer...96
Realização de solicitações informais...96
Desconhecimento ou inexistência do SLA...96
Desconhecimento dos meios de comunicação...97
Despreparo na utilização da Ferramenta...98
Falta de Apoio da Alta Gerência...99
Capítulo 4 - GLPI, uma ferramenta! Não a solução...101
GLPI por acidente...103
Características do GLPI...105
Autenticação...106
Notificações automáticas...106
Suporte a criação de regras de negócios...107
Gerenciamento de nível de acesso de usuários...107
Consulta a históricos...107
Pesquisa de satisfação...108
Geração de relatórios...108
Licenciado sob a GPL...108
Multientidades...109
Permite a gestão do ambiente por mais de um usuário...109
Gestão multilíngue...109
Exportação de relatórios em diversos formatos...109
Ferramenta própria para realização de backup...109
ServiceDesk ITIL®...109
SLA configurável...110
Recursos para Usuários do Sistema...110
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Consulta de histórico de Intervenções...110
Adição de comentários a pedido de intervenção...111
Ciclo de Aprovação da solução...111
Base de Conhecimento...111
Capítulo 5 - Instalação do GLPI...113
Pré-requisitos para dar seguimento no livro...116
Descrição do hardware a ser utilizado...116
Descrição do sistema operacional escolhido...119
Porque um GNU/Linux?...120
Porque a distribuição Debian?...122
Baixar a imagem e instalar o GNU/Linux Debian...124
Stable...124
Unstable...124
Testing...125
Gravar a imagem em um CD...127
Instalando o sistema GNU/Linux Debian...128
O ambiente Web...153
Instalando pacotes e ferramentas essenciais...153
Instalando os programas necessários...154
Instalando o GLPI...160
Adquirindo o instalador do GLPI...161
Criando o usuário para o GLPI no banco de dados...163
Continuando a instalação via Navegador...164
Capítulo 6 - Conhecendo o ambiente do GLPI...171
Tela de Login do sistema...172
Tela padrão do GLPI...174
Menu de Usuário...175
Menu principal...175
Menu secundário...175
Navegando entre as opções de menu no livro...176
Barra de ferramentas...177
Área de trabalho ou corpo da página...179
Conhecendo os menus do GLPI...180
Menu principal Ativos→ ...181
Menu principal Assistência→ ...182
Menu principal Gerência→ ...183
Menu principal Ferramentas→ ...183
Menu principal Administração→ ...184
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Menu principal Configurar→ ...185
Capítulo 7 - Uma empresa de faz de contas...187
Apresentação da empresa...188
Sobrevivendo ao caos...190
Deixar tudo como está e viver apagando incêndios...190
Abandonar o trabalho...191
Resolver os problemas definitivamente...192
Alinhe as expectativas para a TI...193
Dentro do caos, encontre a ordem...194
Capítulo 8 – Uma estratégia para implantação...197
Alinhamento da estratégia...198
Provedor de serviço...199
Provedor de serviço interno...199
Definição de Cliente...199 Definição de usuário...200 Central de Serviços...201 Definição de incidente...201 Definição de requisição...202 Definição de problema...202
Premissas para habilitar a Central de Serviços...203
Capítulo 9 – Definindo meios de comunicação...207
Os meios de Comunicação da Central de Serviços...211
Sistema...211
E-mail...211
Telefone...211
Cadastrando os meios de comunicação no GLPI...212
Habilitando a Comunicação GLPI Usuários→ ...218
Capítulo 10 – Definindo onde a TI atuará...221
Criando as localidades no GLPI...225
Capítulo 11 – Preparando o ambiente do GLPI...229
Estratégia básica de atendimento...230
Criando Status de Itens de Configuração...232
Cadastrando Fabricantes...233
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Cadastrando tipos de computadores...234
Cadastrando tipos de equipamentos de rede...235
Cadastrando tipos de impressoras...236
Cadastrando tipos de monitores...236
Cadastrando tipos de telefones...237
Cadastrando tipos de fontes de energia para telefones...237
Cadastrando domínios de rede...238
A sessão “Modelo” do GLPI...238
Cadastrando Sistemas Operacionais...240
Cadastrando versões do sistema operacional...241
Cadastrando service packs...241
Cadastrando categorias de softwares...244
Cadastrando tipos de licenças de software...246
Cadastrando Softwares...248
Cadastrando versões do software...249
Cadastrando Licenças...253
Cadastrando os demais Softwares...255
Gerenciando modelos no GLPI...258
Criando um modelo para o item computadores...258
Cadastrando componentes...262
Criando uma porta de rede para o modelo...266
Criando um modelo para o item Monitores...268
Cadastrando Monitores...270
Cadastrando computadores...272
Vinculando software a estações de trabalho...274
Vinculando softwares apenas a algumas máquinas...278
Conectando estações de trabalho a equipamentos...280
Cadastrando Modelos de Impressoras...282
Cadastrando cartuchos de impressão...284
Cadastrando Impressoras...287
Vinculando cartuchos e impressoras...289
Alimentando o estoque de cartuchos...290
Instalando o cartucho em uma impressora...292
Analisando o estoque de cartuchos...294
Desinstalar um cartucho em uma impressora...296
Atualizar contador de páginas impressas...298
Atualizar contador de impressora...299
Excluir permanentemente...299
Gerenciamento de Insumos...300
Gerenciamento de Telefones...302
Criando portas de rede para os telefones...304
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Cadastrando Aparelhos telefônicos...306
Gerenciando ativos de rede...307
Cadastrando Switch...307
Cadastrando Roteador Wifi...310
Cadastrando Firewall...313
Cadastrando servidores de rede...315
Interconectando equipamentos de rede...316
Ligando equipamentos às portas do switch...317
Capítulo 12 – Gerenciando usuários...319
Perfis de usuários do GLPI...320
Admin...320 Hotliner...320 Observer...321 Self-service...321 Super-admin...321 Supervisor...321 Technician...322
Cadastrando usuários no GLPI...322
Atualizando dados dos usuários...325
Atualização e reset de senha de usuários...327
Gerenciamento de senhas de autenticação externa...328
Formatando nome, sobrenome e datas...328
Gerenciando grupos de usuários...330
Criando grupos...330
Vinculando usuários a grupos...332
Remover usuário de grupo...335
Método 1...335
Método 2...337
Vinculando um usuário a um computador...338
Criando um perfil de usuário...341
Opções e parâmetros da interface simplificada...344
Atribuindo um novo perfil a um usuário...347
Alterando o perfil padrão de um usuário...348
Capítulo 13 – Criando um portfólio de serviço...351
Definição de Serviço...353 O dono do Serviço...354 Portfólio de Serviço...354 Funil de Serviços...355
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Catálogo de serviços...355
Serviços obsoletos...356
Identificando Serviços...357
Definindo um SLA...358
Relacionamento de Serviços de TI com os negócios...360
Tarefas de Serviços...365 Requisição...367 Incidente...367 Problema...367 Definindo prioridades...370 Matriz de prioridade...371
O Portfólio de Serviços da HJI Advocacia...373
Os serviços de TI da HJI Advocacia...373
Cadastrando Fornecedores no GLPI...374
Criando um Catálogo de Serviços no GLPI...376
Criando o Item Catálogo de Serviços...378
Criando a categoria Catálogo de Serviços...378
Criando item na base de conhecimento...379
Publicando itens na base de conhecimento...381
Criando categorias de chamados...385
Criando Itens de Categoria de Chamados...387
Configurando o calendário...393
Criando e aplicando SLAs aos chamados...396
Criando regras de negócio para chamados...397
Atribuição de SLA ao chamado com base em categoria...397
A regra de atribuição de SLA automático...398
Ambiente de teste da regra de negócio...402
Capítulo 14 – Gerenciando a base de conhecimentos...405
FAQ...408
A estrutura da base de conhecimento e da FAQ...409
Base de conhecimento ou FAQ?...411
O recurso de pesquisa da base de conhecimento e da FAQ...411
Criando categorias da base de conhecimento e FAQ...412
Criando uma Categoria e subcategoria...413
Publicando artigo na base de conhecimento...414
Liberando a publicação do artigo...416
Inserindo anexos nos artigos...417
Criando um título para os documentos...417
Anexando um arquivo...418
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Capítulo 15 – O ciclo de vida de um atendimento...421
Fluxo de atendimento...422
Como tratar atraso de terceiros...423
O cronômetro congelado...425
A Recepção é o primeiro passo...426
Abordagem por telefone...428
Abordagem por e-mail...429
O mapeamento da origem do contato...430
Classificação e categorização...431
Caso 1 – o usuário desavisado...431
Caso 2 – o usuário “esperto”...431
Conclusão dos casos...432
Resolução ou escalonamento...432
Validação e encerramento...433
A fila de chamados do GLPI...435
O Ciclo de Vida no GLPI...436
A Recepção...436
Registro, classificação e categorização...437
Registro – dados do formulário de abertura de chamados...440
Resolução/Escalonamento...447
Acompanhamento do chamado...448
Propor uma solução para o chamado...451
Aceitação da solução e encerramento do chamado...454
Registrando chamados relacionados...457
Gerenciando chamados recorrentes...460
Quem pode criar chamados recorrentes?...461
Criando um chamado recorrente...462
Criando modelos de Chamados...464
Personalizando o modelo de chamado...467
Capítulo 16 – Realizando empréstimos...471
Problemas da prática de empréstimos...472
Itens que podem ser emprestados...473
Cadastrando um item a ser emprestado...473
Reservando um item no sistema...475
Consultando a programação de reserva de um item...477
Capítulo 17 – Gerenciando plugins do GLPI...479
Pesquisando por plugins compatíveis...480
Baixando, instalando e habilitando um plug-in...481
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Instalando e habilitando um plug-in...483
Utilizando um plug-in...484
Capítulo 18 – Análise e exposição de resultados...487
Definição de Valor...488
Habilitando a pesquisa de satisfação...489
Gerando estatísticas com o GLPI...490
Gerando dados para um Dashboard...491
Utilizando filtros de pesquisas personalizados...497
Relatório de meio de comunicação...497
O que fazer para não ter de realizar todas essas tarefas?...499
Apêndice A - Backup e Atualização do Sistema...501
O que é importante copiar?...502
O que existe no diretório “../files”...502
Copiando a base de dados diretamente do GLPI...503
Realização de backup agendado no sistema...505
Exibição dos arquivos SQL no subdiretório “_dumps”...508
Restaurar o sistema de um ponto de backup...508
Atualização do sistema GLPI...509
A estratégia de atualização definida pelo projeto...511
Procedimento de Atualização do sistema...512
Copiando o que realmente interessa...512
Apêndice B - Integrando o GLPI ao LDAP...523
O protocolo LDAP...524
Ferramentas LDAP...525
OpenLDAP...526
Microsoft Active Directory...526
A parte boa dos disso tudo...526
Habilitando o suporte a LDAP no GLPI...527
O processo de autenticação via LDAP...527
Configurando a autenticação via LDAP...528
Testando a configuração com o servidor...532
Importando usuários do LDAP para o GLPI...533
Conclusão...536
Apêndice C - Automatizando registros por e-mail...537
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Premissas para utilização da função mailgate...537
Mailgate buscando mensagens no Gmail...539
Configurando o mailgate...541
Testando o mailgate...542
Melhorando a estratégia de atendimento...547
Conclusão...547
Apêndice D - Substituindo o MySQL pelo MariaDB...549
O projeto MariaDB...550
Característica s do MariaDB...551
MariaDB...551
Compatibilidade entre MariaDB e MySQL...551
Migrar pode ser preciso...552
Processo de migração...552
Antes de tudo, faça o backup...552
Remover o software MySQL...553
Instalando o MariaDB...554
Subindo o backup da base de dados do GLPI...558
Apêndice E - Nano, o editor de texto utilizado...559
Referências Bibliográficas...563
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Agradecimentos
A Deus por todas as coisas e situações boas em minha vida que me permitiram desfrutar de prazer e as difíceis que me permitiram aprender e crescer!
Aos milhares de profissionais e entusiastas em software livre que dedicam horas de suas vidas a projetos e pessoas ao redor do mundo.
A Roberto Cohen que, de bom grado, prestou inestimável ajuda neste projeto.
Agradeço ainda a todos os professores e mestres que tive em minha vida, autores dos bons livros que já li e todos os profissionais com quem já tive e ainda tenho contato, em especial, os profissionais que trabalham diretamente comigo hoje: Wanderlley, Hítalo, Orliecio, Thatiana e Musi. Todas essas pessoas contribuíram determinantemente em minha educação e formação.
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Sobre o autor
Trabalho com o Halexsandro há mais de quatro anos e desde o início da nossa trajetória apresentou um perfil dinâmico e inteligente, sempre buscando alternativas tecnológicas com base em softwares livres. Essa visão de negócio potencializou os nossos processos com baixo custo e produção eficiente.
Vale a pena conferir um trabalho de extrema relevância que permite retirar as organizações de um status de ilhas departamentais para um nível muito mais nobre, onde é possível funcionar como uma grande rede de conexões entre diversos departamentos com o mínimo de investimento.
Nelson Delospital, Gerente Administrativo, Construções e Comércio Camargo Corrêa, Brasil.
Trabalhamos juntos em um grande empreendimento em Vitória – ES. Pude observar de perto a competência e dinamismo deste profissional. Dentre várias fortalezas, posso corroborar, seu conhecimento na área de Sistemas e Gestão, objetividade e próatividade. Júlio César Rocha Ferreira, Coordenador de Projetos – CNEC WorleyParsons Engenharia S/A, Peru. É com muito prazer que escrevo algumas linhas sobre a presença do Halexsandro em nossa instituição (Salesianos de Dom Bosco) em Angola. Dentro os nossos numerosos projetos sociais, abrimos no ano 2009 um sobre os direitos humanos. Neste projeto destacamos o direito ao estudo e o direito a informação. Achamos importante desenvolvermos estes dois direitos por meio da disseminação da informática e decidimos abrir uma sala de aula com software e sistema operativo “open source”. A escolha caiu sobre o GNU/Linux Ubuntu. O nosso grande problema era montar uma sala didaticamente eficiente e ensinar e formar jovens angolanos de forma que eles mesmos pudessem formar outros jovens. Por graça do Halexsandro resolvemos os dois problemas e colhemos
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ainda mais frutos. Ele formou dois jovens os quais hoje trabalham como técnicos informáticos em empresas angolanas. Os formadores angolanos, por meio da paixão e competência do Halexsandro se envolveram completamente no projeto encontrando neste mestre uma ajuda para mudar sua atitude sobre o Linux de negativa para positiva e formarem assim cerca de 1.000 pessoas a utilizarem a suíte Ubuntu e a entrar no mundo “open source”, recebendo estímulos e conteúdos que melhoraram as atividades escolares de todos.
Agradecemos o Halexsandro por esta importante contribuição num Projeto que abriu novas mentalidades, oportunidades, ideias a centenas de jovens. Seu contributo voluntário, gratuito, solidário foi enorme e ainda hoje dá fruto. Pe. Stefano Francesco Tollu, Angola.
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Prefácio
Não conheço pessoalmente o autor desse livro. Tampouco no mundo digital. Fiquei surpreso e, claro, um tanto alegre e com um filete de satisfação por ser classificado como uma “autoridade no assunto” para escrever essa resenha. O importante não são os meus sentimentos, mas o fato que não tenho por que elogiar o autor ou mesmo bajulálo. Coubeme única e exclusivamente avaliar a qualidade do texto recebido e expressar minha opinião. E gostei. Bastante. Halexsandro não escreve para os grandes bancos e indústrias que contam com dezenas de funcionários de TI (o que não significa que não possam aprender com ele). Escreve para 95% da massa de empresas brasileiras formadas por quatro a dez pessoas em sua área de TI. Seu estilo de escrita permite manter uma conversa direto com o leitor, o que cria um nível de intimidade e aproximação muito bom.Nessa obra ele atalha caminhos e tempos, oferecendo um manual bêábá (todos apreciamos ler sobre a teoria, mas na hora de apresentar resultados, a experiência prática dos outros agiliza o trajeto e incrementa nossa produtividade) de como instrumentalizar o departamento de suporte para obter o máximo de proveito da tecnologia disponível. Ensina a montar um Service Desk de cabo a rabo reunindo as peças do software GLPI como um Lego: desde os passos da instalação do software, suas configurações até detalhes complexos como criação do portfólio de serviços, a administração da base de conhecimento e outros detalhes como a integração com LDAP. Para quem deseja acelerar o amadurecimento de seu setor de atendimento, ler o texto será feito o empuxe da decolagem de um jato: segurese, por que estará além do que espera em poucas horas de leitura. Bom proveito e parabéns ao autor pela iniciativa de reunir a teoria com a prática, resultando em algo que vale muito mais do que o preço de capa desse livro.
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Cordialmente , Roberto "El" Cohen
Diretor do 4HD, autor dos livros "Implantação de Help Desk e Service Desk", "Gestão de Help Desk e Service Desk" e "Os melhores artigos de uma década de Help Desk e Service Desk".
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Introdução
Bem, embora estas sejam as primeiras palavras que você esteja lendo neste livro, são as últimas que nele escrevo. O processo de escrever um livro não é de fato tão fácil como eu imaginava na época em que resolvi iniciar essa aventura, mas também não é tão difícil quanto os outros dizem. Existiram sim, noites adentro investidas em pesquisas e páginas escritas de forma a fazer o melhor trabalho possível. Mas não houve sofrimento por conta disso. Cada segundo estudando e escrevendo compensaram imensamente pelo conhecimento obtido e desenvolvido. Se você dissesse para mim que eu escreveria um livro ou algo parecido, algum tempo atrás, eu o chamaria de louco. Se você soubesse como converti as horas que tive para realização deste trabalho, talvez você me chamaria de louco. Mas aprendi que a vida é o resultado das escolhas que fazemos no dia a dia. Por menor que sejam, essas escolhas influenciam o restante de nossas vidas.
Este trabalho partiu do princípio de documentar alguns processos na empresa em que trabalhava como responsável pelo departamento de informática. Aceitei o desafio de elaborar uma documentação contemplando tudo o que havia implantado na Central de Serviços em TI da empresa, de forma a viabilizar sem grandes impactos a minha saída para um novo projeto, garantindo assim a continuidade do trabalho que vinha sendo desenvolvido.
Com a evolução do projeto, percebi que o problema de treinar sucessores na carreira de TI não se encontrava em ensiná los como proceder com questões técnicas. Aos poucos fui me deparando com a realidade que rodeia a área de TI e que, por motivos diversos, eu mesmo nunca havia percebido: os problemas eram fatores de nível de gestão e conhecimentos que iam além das questões técnicas de TI.
Iniciei, então, estudos em áreas alheias a informática, de forma a compreender melhor o ecossistema onde a TI está embutida e desenvolver minha percepção em busca de um nível mais elevado de empatia aos problemas da empresa que fossem
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alheios a TI, mas que a TI pudesse ser utilizada como ferramenta de auxílio e superação. Consegui, dessa forma, ter uma visão externa ao cenário em que meu departamento se encontrava e ainda mapear algumas lacunas que eram necessárias de serem preenchidas no que tangia as competências profissionais da equipe que eu liderava até então.
O resultado deste trabalho está longe de ser a solução de todos os problemas da área de TI e ele sequer nasceu com este intuito. O objetivo final é apenas auxiliar os profissionais de TI para que construam bases mais sólidas entre eles, seus departamentos, seus clientes e usuários. A utilização do GLPI nessa jornada visa orquestrar essa evolução de uma forma mais organizada, proporcionar aos profissionais de TI e usuários de TI uma plataforma mais harmoniosa para troca de informações e controle de seus processos e ambientes.
Diante das dificuldades que mapeei no perfil profissional da área de TI, decidi por não apenas apresentar o GLPI e seus recursos. Para garantir um melhor resultado na implantação de uma Central de Serviços em uma empresa, parti do princípio de que poucos profissionais de TI sabem de fato o que suas empresas fazem para sobreviver ou como alavancam seus negócios e que tão pouco entendem como podem ajudar os negócios dessas empresas por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação e comunicação.
Peço que, por favor, não me tome como arrogante ou prepotente ao ler o parágrafo acima. Muitas coisas escritas neste livro foram lições que aprendi durante o desenvolvimento deste em minhas pesquisas. Estou longe de ser uma referência à área de TI. Estamos – profissionais de TI – em uma estrada que não tem fim. A tecnologia e sua aplicação aos negócios ou meio científico não possui limites e, na minha opinião, apenas os tolos são donos da razão. Apenas posso afirmar que o conteúdo deste trabalho pode sim ajudar e orientar muitos profissionais da área de TI que ainda possuem deficiências em entender a razão primária das coisas em suas organizações. O livro está dividido em duas partes:
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Primeira parte A primeira parte se desenvolve do capítulo 1 ao 3 e tem por objetivo apresentar o cenário da TI nos negócios, a perspectiva de mercado e a atual situação em que se encontram os profissionais de TI de modo geral. São apresentadas ainda as principais normas aplicadas às áreas de TI que são voltadas ao gerenciamento de serviços de tecnologia da informação. O intuito desta parte do livro é introduzir o conceito de qualidade em prestação de serviços e amadurecer o profissional de TI de forma que este passe a dar mais atenção e valor ao mundo a sua volta, colocando a TI no papel do “melhor amigo” do negócio e não como o negócio de fato ou apenas um recurso para o negócio. Os temas abordados de forma alguma finalizam os assuntos apresentados, estes apenas atiçam a curiosidade para o leitor ir à busca de algo novo ao perceber a situação em que se encontram. Segunda parte A segunda parte do livro é focada de fato na execução de seu objetivo: a implantação de uma Central de Serviços com o GLPI. Para viabilizar a execução de todo o conteúdo apresentado, realizei simulações com pessoas de diferentes níveis de conhecimento em informática na tentativa de obter a menor dificuldade possível.
O conteúdo desta parte do livro o guiará da instalação de um servidor GNU/Linux com serviço de hospedagem de páginas em PHP e um banco de dados MySQL, passando pela parametrização do sistema GLPI e chegando a entrega de serviços aos seus usuários finais.
Como disse, embora meu objetivo inicial fosse apresentar apenas a implantação do ambiente GLPI, percebi que era necessário muito mais para que essa fosse realizada de uma forma eficaz e eficiente. Logo, o livro está cheio de referências às melhores práticas de mercado como a ITIL® e a ISO/IEC20000. Essas e outras práticas são apresentadas na primeira parte do livro de forma a alinhar o conhecimento do leitor sobre a existência e função dessas e são citadas em várias etapas da segunda parte do
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livro, de forma a elevar o nível de entendimento e justificar a criação de certos conceitos e aplicação destes na Central de Serviços.
Apêndices
Os apêndices desenvolvidos no fim do livro visam auxiliálo, indo um pouco mais a fundo nos temas abordados ao longo do livro e que não foram tão esclarecidos a fim de não causar impacto negativo a didática proposta. São temas relacionados à rotina de backup, integração do GLPI com o LDAP, entre outros temas que acreditei serem válidos para o leitor, mas que não justificavam ser abordados no livro de forma a manter o ritmo de aprendizado na parametrização do GLPI. Conclusão Ao fim da leitura deste livro e da absorção dos conceitos nele apresentados, o leitor terá conhecimento suficiente: para a implantação de uma Central de Serviços em TI focada em entregar resultados ao seu cliente, para a elaboração de procedimentos e normas de TI, para a elaboração de um catálogo de serviços, para definição de SLA de forma madura e que de fato agregue valor para as partes interessadas e terá conhecimento das noções sobre o gerenciamento e entrega de serviços em TI, além de noções claras quanto a criação de indicadores que retratem metas, métricas e objetivos da Central de Serviços.
Ferramentas utilizadas
Este livro foi todo construído com software livre. Foi montado com a utilização de: • GNU/Linux Ubuntu, • GNU/Linux Debian, • LibreOffice, • GIMP, • InkScape,
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• Gnome DIA, • GLPI, • MySQL e • MariaDB; A única exceção existente está relacionada ao Apêndice, em que tratamos da integração do GLPI com o Active Directory da Microsoft®;
Normas, padrões, livros e artigos citados
Em todo o livro é possível encontrar citações dos materiais consultados. Uma visão completa das citações pode ser encontrada no final do livro para consultas do leitor.
Direito de marcas e nomes de empresas citados
As marcas citadas neste livro pertencem as suas empresas e não existe nenhum vínculo real entre essas e a obra. As situações em que os equipamentos apresentam problemas são fictícias e de forma alguma tem a intenção de denegrir a imagem dos produtos, marcas ou seus proprietários. As mesmas apenas foram utilizadas por serem muito bem conhecidas no mercado internacional. A empresa HJI Advocacia não existe até o lançamento deste livro e sua sigla é a junção das primeiras letras de meu nome, minha esposa e minha filha. Seus funcionários são todos fictícios e qualquer coincidência deve ser tratada como tal. Encarecidamente agradecido, Halexsandro de Freitas Sales
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Capitulo 5
nstalação do GLPI
Para tudo que se faça na vida, é preciso darse o devido respeito. Tudo tem seu limite. Os limites são as coisas que demonstram que excedemos e os excessos nem sempre são bem vindos. Se por um lado exceder as expectativas de um superior seja algo maravilhoso, exceder nossos limites físicos nem sempre será tão bom assim.
Quando tratamos de coisas físicas, os excessos tendem a gerar desgastes. Alguns desgastes podem ser recompensados durante a vida e outros não. Quando penso em hardwares, gosto sempre de fazer uma analogia ao corpo humano. Você pode
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| 114 | Capítulo 5 – Instalação do GLPI
alcançar picos de esforços em alguns momentos da vida, mas viver com seu corpo acelerado por ela inteira, pode lhe causar problemas irreparáveis no futuro. É necessário tomar a devida atenção ao dimensionar um equipamento para comportar um serviço. Este pode aguentar vários picos de operação durante o dia, mas certamente começará a apresentar problemas se estes picos permanecerem o dia inteiro.
Na maioria dos livros que já li sobre implantação de servidores GNU/Linux, uma coisa é quase certa de estar presente nestes: você pode usar uma máquina de configuração mais humilde. Concordo com isso, mas o que muitas pessoas fazem é utilizar máquinas quase que sucateadas para levantar serviços que podem passar a ser críticos para a empresa ou para um departamento.
Uma grande utilidade para servidores GNU/Linux é a de servidor proxy de internet, de forma a realizar NAT, filtro de conteúdo, dentre outras funcionalidades “parecidas”. Uma distribuição muito famosa no passado foi a “Coyote Linux”, que embora nunca a tenha utilizado, li diversos artigos dizendo que esta poderia rodar diretamente na memória da máquina, dando um boot apenas pelo disquete – dependendo da sua idade, é possível que você nunca tenha utilizado um disquete na vida. Existiam casos em que esta rodava “perfeitamente” – segundo os artigos – em um computador com processador 486 DX II.
Essas implantações ficaram famosas por garantirem a utilização de hardwares que antes seriam descartados das empresas.
Os serviços rodavam até o fim da vida útil deste hardware, que finalizava seu ciclo com o dano de algum componente que não fosse possível substituir ou que o custo do mesmo não justificava sua aquisição, sendo então, providenciada a troca do equipamento por um mais novo. Estes danos se davam, como quase a totalidade deles, de
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI | 115 | forma inesperada e o resultado disso era a interrupção brusca do serviço de internet da empresa. A questão é que a internet não era assim tão trivial nesta época. Poucos serviços já haviam de fato convergidos para a rede mundial, logo, ficar sem internet um ou mais dias, não representava um prejuízo de fato para as empresas. Nesta época, um email não possuía valor algum. Hoje o cenário é bem diferente. A internet é trivial para a atividade da maioria das empresas ao redor do mundo. A indisponibilidade deste serviço pode acarretar em grandes prejuízos financeiros para as empresas atuais. Aqui não vou falar diferente dos outros livros. Um servidor com GNU/Linux realmente exige muito pouco de um hardware. Mas vou falar um detalhe que a maioria das literaturas não menciona: a segurança dos seus dados e a garantia de continuidade dos serviços exigem muito mais de um hardware. Não exige mais no sentido de capacidade, mas de qualidade, de forma a garantir a integridade e operação destes serviços.
Você não precisará se preocupar com isso para os nossos testes neste livro, mas, se for implantar um novo serviço em uma empresa, repense sobre estes aspectos. Do que adiantará levantarmos um ótimo serviço em uma máquina sucateada, garantindo a redução do custo de implantação, se em apenas um mês de operação, este sair do ar por conta de um HD danificado?
Um problema deste tipo, além de parar o serviço bruscamente, levando a baixo a credibilidade da TI, leva ao risco da perda de dados, caso o processo de backup esteja falho. Se você não se preocupou com o hardware a ser utilizado, é quase certo que o backup não seja uma de suas prioridades também. Aqui no livro vamos considerar uma escala mínima para o hardware em questão, mas esta escala deve crescer de acordo com sua demanda. Não peque pensando apenas na reciclagem de máquinas que iriam para o lixo. Antes de reabilitálas, verifique se estão realmente em condições de uso para produção. Tome um cuidado especial com memórias e discos rígidos, estes são os
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| 116 | Capítulo 5 – Instalação do GLPI grandes vilões quando computadores são reaproveitados. Não estou querendo dizer que não deva se preocupar com o meio ambiente e o consumo indevido de recursos de TI. Muito pelo contrário. O que quero é que você tenha amadurecimento suficiente para prover soluções que de fato atendam a empresa. Ao utilizar equipamentos desgastados para serviços críticos, você apenas eleva os riscos da operação de TI no ambiente. Você será tido como um rei, até o dia em que os problemas começarem a aparecer.
Pré-requisitos para dar seguimento no livro
Para garantir que você utilize este livro da melhor forma possível e que consiga de fato aplicar todos os passos nele descrito, com exceção dos Apêndices, você necessitará de alguns itens importantes daqui para frente:
• Computador com uma configuração mínima a ser descrita
abaixo para instalação do servidor.
• Computador para você acessar o servidor e executar os
testes necessários. • Conexão com a internet para baixar o sistema operacional, sistema GLPI e demais aplicativos necessários ao ambiente. Essas são as recomendações para executar as atividades tal como estão neste livro. Você poderá, é claro, realizar a instalação do servidor em sua própria máquina e ainda baixar os aplicativos para instalação desconectada. Mas estas características não serão abordadas aqui. O objetivo é proporcionar ao leitor um grau mínimo de dificuldade para iniciar o ambiente do sistema e depois apenas aprofundar o seu conhecimento no sistema GLPI.
Descrição do hardware a ser utilizado
Para implantação do GLPI, será necessário um hardware que atenda as expectativas, de forma a manter o Sistema em nível de operação o maior tempo possível, garantindo ainda a integridade
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI | 117 | e segurança das informações nele contidas. Para que o Sistema seja realmente utilizado por todos, o mesmo deve estar sempre disponível, ou, pelo menos, disponível o tempo necessário para que não haja perda de credibilidade por parte dos usuários. Neste caso, vale lembrar que toda a gestão da TI estará disponível através do mesmo, logo, tornase válido dizer que: se o Sistema parar, o Departamento de TI também parará ou, pelo menos, sofrerá perda de desempenho. A indisponibilidade do Serviço colocaria em descrédito todo o Serviço da Central de Serviços. O Hardware que comportará o Servidor deve prover os seguintes recursos:
Processamento, memória, espaço em disco e conexão de rede com banda suficiente para comportar a carga causada pela demanda de acessos dos usuários. Logo, a correta estimativa da quantidade de usuários finais que o sistema terá, implicará decisivamente na especificação e dimensionamento do hardware a ser utilizado. Para tanto, é preciso que o Departamento de TI esteja definitivamente alinhado com a Empresa para que se possa prever este nível de informação.
São tempos difíceis economicamente, onde é necessário curvarse por várias vezes para conseguir alcançar um objetivo final. Dado fatores externos, a previsão poderá falhar devido a uma súbita mudança de estratégia da Empresa, mas é preciso estar alinhado ao ponto de também se conhecer o perfil de mudança de estratégia. Isso fará total diferença pra a aquisição ou até virtualização de um Servidor, pois a ideia é que os investimentos trabalhem sobre retorno garantido e, sempre que possível, gerem lucro.
O Servidor terá de comportar decentemente as seguintes cargas de aplicativos: • Sistema Operacional moderno; • Serviço HTTP com suporte a PHP;
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• Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD);
• Arquivos do Sistema GLPI;
• Arquivos de Plugins do GLPI;
• Crescimento de dados da Base de Dados utilizada pelo
Sistema;
• Arquivos de usuários (documentos e termos de aceite);
• Arquivos de configuração de ativos de rede;
• Documentação do ambiente de TI;
• Documentos relativos à base de erros conhecidos e FAQ.
Cada um dos itens citados consome espaço em disco, memória e demandam por processamento, além é claro, de servirem a usuários conectados, ou seja, necessitam de largura de banda de rede. É necessário conhecer o consumo de cada recurso, de forma a poder mensurar a capacidade do servidor que receberá o Sistema e, logo de início, mapear gargalos que possam surgir.
Saber que às vezes é passivo do sistema apresentar problemas de performance devido a alta demanda. O problema é não conhecer onde está ocorrendo estes gargalos. Para a iniciativa do livro, vou recomendar uma configuração básica de hardware que lhe permitirá usar todos os exemplos aqui contidos. Contudo, para uma operação real, é necessário que se tome mais cuidados.
A tabela a seguir traz uma configuração mínima para o servidor. Repare que se trata de uma configuração básica, que utilizaremos apenas para testes. Descrição de Hardware Capacidade Processador >1.0GHZ Memória >256MB HD >20GB Rede 10/100 Tabela 5.01: Configuração de hardware
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI | 119 | Descrição do sistema operacional escolhido
O Sistema GLPI funciona em qualquer plataforma que dê suporte a linguagem PHP e seus módulos (conectores de banco de dados, agentes de email e conectores de diretório LDAP). Sua única limitação fica por conta do desenvolvimento único para trabalhar com o banco de dados MySQL exclusivamente. Mas isso não limita sua utilização, já que o MySQL é disponibilizado em versões para diversos Sistemas Operacionais e seu desenvolvimento é “apoiado” pela Oracle.
NOTA: No Apêndice D deste livro é apresentado o processo
de substituição do MySQL pelo MariaDB. Uma alternativa interessante para garantir que você e sua Central de Serviços estejam sempre Livres de verdade.
Várias distribuições GNU/Linux estão migrando os bancos de dados apresentados em seus repositórios de MySQL para MariaDB. Isso para os usuários destes sistemas operacionais é quase que transparente, pois o MariaDB tende a ser totalmente compatível com o MySQL.
Apesar de ser um Software Open Source (código fonte aberto), é possível adquirir serviços de suporte especializado diretamente pela Oracle ou algum de seus parceiros.
O Sistema Operacional a rodar nossa aplicação terá de ser leve para exigir o mínimo possível de recursos computacionais, possibilitando uma virtualização, caso seja a escolha necessária. As virtualizações hoje são uma realidade dentro de muitas empresas. Essas viabilizam que sejam fornecidos mais serviços em cima do mesmo hardware, viabilizando, principalmente, as implantações que não possuam muitos recursos financeiros para acontecerem.
O sistema tem ainda de oferecer compatibilidade com o protocolo TCP/IP e possuir compatibilidade com um Servidor HTTP que suporte a linguagem de programação PHP (www.php.net) e seus mais diversos módulos e compatibilidade
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com o MySQL, pois também será a plataforma para hospedar o SGBD utilizado pelo GLPI.
Embora não seja uma boa prática colocar aplicação e banco de dados sob os mesmos recursos, trabalharemos dessa forma para otimizarmos os custos de implantação e facilitar a didática pretendida neste livro. Porque um GNU/Linux? A principal resposta é a mais simples: porque é uma opção de software livre, existindo ainda a opção de serem gratuitos. Isso garante a implantação de um ambiente de alta performance e de baixo custo ao mesmo tempo.
Essas duas características viabilizam a implantação desta solução em qualquer ambiente. Por não existir investimento financeiro, não significa que o mesmo deve ser feito de qualquer forma. O grande diferencial será a viabilização de uma solução para a Central de Serviços em TI, garantindo total conformidade com as diretrizes de segurança e melhores práticas de mercado.
Foi escolhido o Sistema GNU/Linux como plataforma de implantação devido a sua vasta documentação de fácil acesso, nível de segurança proporcionado, estabilidade, compatibilidade com as mais diversas arquiteturas de hardwares, alta disponibilidade e baixo requisito de hardware, podendo ser executado em máquinas virtuais com poucos recursos – não confundir poucos recursos com baixa qualidade.
Existem hoje várias versões de GNU/Linux no mercado. Umas possuem desenvolvimento 100% colaborativo (inteiramente feito por uma comunidade hacker, podendo haver ainda recursos financeiros injetados por empresas que se interessem em seu desenvolvimento), parcialmente colaborativo (um misto entre comunidade hacker e empresas de tecnologia cuidando de ferramentas específicas ou fornecendo equipes de desenvolvedores, designers, hospedagens de serviços, etc.) e outras versões quase que exclusivamente Corporativas (onde a
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maior parte de seu desenvolvimento – quase que 100% – é feito pelo apoio de uma ou mais empresa do ramo de tecnologia). Neste último caso, citase a Red Hat (Red Hat Enterprise) e o Canonical (Ubuntu) como as maiores entre elas.
As versões são formalmente chamadas de distribuições e cada uma com suas características peculiares, todas com dois bens em comum: são munidas de um kernel Linux e ferramentas GNU.
O Kernel Linux foi desenvolvido inicialmente pelo finlandês Linus Torvalds, foi baseado no kernel do sistema Minix e posteriormente distribuído sob a licença GPL (www.gpl.org).
Após sua liberação em 1991, o kernel Linux passou a ser desenvolvido por milhares de pessoas ao redor do mundo, o que facilitou sua rápida distribuição e aceitação em diversos nichos do mercado.
O Kernel continua e sempre continuará disponível gratuitamente e de forma aberta, tornando possível que qualquer pessoa ou entidade o altere e redistribua de acordo com suas necessidades, desde que respeitando os termos de sua licença de distribuição.
Além dessas características, o kernel Linux ainda possui a possibilidade de vir compilado com o “Net Filter”, que é um poderoso firewall de código fonte aberto e de livre e gratuita distribuição. O Net Filter possui uma interface de comandos chamada Iptables e seus recursos podem ser facilmente expandidos por meio de seus módulos, que podem tanto vir com a distribuição (é garantido a chegada dos recursos mais utilizados) quanto serem recompilados junto ao kernel (o que demandará um maior conhecimento).
Com a utilização do Net Filter, não necessitaremos de adquirir um software de firewall para mantermos a segurança básica do Servidor.
O projeto GNU, por sua vez, teve início com Richard
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Stallman em 1983 com a intenção de se recriar um sistema baseado nos antigos Unix, que estavam tendo seus códigos fechados por seus fabricantes. A ideia inicial do projeto era a de se criar o máximo de ferramentas compatíveis com o ambiente Unix e agrupálas a um kernel que seria posteriormente desenvolvido.
O projeto correu a passos largos, porém o kernel GNU de fato ainda não estava pronto quando, então, surgiu o Kernel Linux. O que as pessoas começaram a fazer foi unir o kernel Linux a várias ferramentas GNU de forma a tornar os dois projetos algo realmente utilizável e que fosse de fato 100% composto por software livre.
Utilizandose dessa técnica – unir kernel Linux ao software GNU – começaram a surgir pequenos projetos e comunidades, dando então origem as primeiras distribuições GNU/Linux no mundo.
Uma distribuição GNU/Linux nada mais é que um projeto de desenvolvimento de um sistema operacional munido do kernel Linux e de ferramentas GNU, com uma cultura única e objetivos declarados.
O kernel das distribuições será “sempre” o Linux, o que altera com muita frequência são os softwares GNU contidos por padrão. Existem distribuições que são voltadas para desktops, outras para servidores, algumas outras para uso em meio acadêmico ou iniciação científica. Cada distribuição tem o seu perfil e objetivo definidos. É preciso pesquisar e às vezes testar algumas para que você encontre a que melhor lhe atenda.
NOTA: Deixei a palavra “sempre” entre aspas devido ao fato
de ultimamente alguns projetos estarem dando suporte a outros kernels, tal como o próprio projeto Debian.
Porque a distribuição Debian?
Debian tratase de uma distribuição GNU/Linux desenvolvida por uma comunidade muito ativa
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(www.debian.org), que teve início em 16 de Agosto de 1993. Possui atualmente suporte a 63 idiomas, dentre eles o Português do Brasil. Possui suporte nativo a 3 tipos de kernels de código fonte aberto: Linux, FreeBSD, Hurd e é licenciada pela GPL.
Um dos principais objetivos do Debian é se manter o mais livre de erros (Sistema sem Bugs) de software possível. Seus desenvolvedores priorizam a estabilidade do sistema, não importando se para isso seja necessário retardar a liberação de uma nova versão de alguma aplicação. A estabilidade e segurança vêm sempre em primeiro lugar na cultura de desenvolvimento do Debian. Outro fato importante do desenvolvimento do Debian é que seus desenvolvedores não colocam por padrão ferramentas que possam transgredir de alguma forma os limites da licença GPL a qual o mesmo é distribuído, mas tomam o cuidado de deixálo compatível com os padrões POSIX caso haja necessidade de alguma instalação de software Comercial no Sistema. Isso garante que o Sistema seja, inquestionavelmente, livre e flexível, de forma a atender todas as demandas de seus usuários. Tal fato traz o conforto de trabalharmos com um Sistema Operacional robusto, moderno, de alta performance e de baixo custo de implantação. O instalador do Debian pode ser obtido de forma gratuita diretamente no site de desenvolvimento do Sistema. Com o Debian em especial, é possível termos um Sistema Operacional minimalista, ocupando a menor quantidade de recursos possíveis, deixandoos disponíveis para os processos que executarão sobre o mesmo. Esse é o caso do Apache, MySQL e demais aplicativos que serão necessários para utilizarmos o GLPI.
Além das características citadas acima, o Debian possui ainda um espetacular software de gerenciamento de pacotes de aplicações (aptget) com mais de 29.000 pacotes rigorosamente testados, compilados e disponibilizados, além de uma forte
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| 124 | Capítulo 5 – Instalação do GLPI política de atualização e distribuição dos mesmos. Isso facilitará muito a configuração do Sistema e abstração de complexidade de gerenciamento e manutenção de um Servidor GNU/Linux. Se você nunca instalou um sistema GNU/Linux em sua vida, não se preocupe com isso. Aqui será abordado passo a passo a instalação e configuração necessária para que o GLPI funcione perfeitamente.
Baixar a imagem e instalar o GNU/Linux Debian
O Debian pode ser facilmente obtido no site da equipe de desenvolvimento do sistema (http://www.debian.org). Não é necessário nenhum documento assinado ou qualquer outro tipo de contrato entre usuários e empresas que utilizarem o sistema e a equipe de desenvolvimento. O sistema é de livre distribuição e pode ser, inclusive, redistribuído por outras pessoas ou empresas sem qualquer comunicado prévio ao grupo de desenvolvedores, conforme previsto na GPL.
O Debian é distribuído em 3 versões simultâneas: Stable (estável), Unstable (instável) e Testing (teste):
Stable
É a versão estável atual do Debian. Todos os programas contidos nos diretórios oficiais da versão foram rigorosamente testados e são lançados para os mesmos apenas correções de novas falhas descobertas. Essa é a instalação recomendada para ambientes de produção, onde o sistema não pode apresentar falhas.
É comum não encontrarmos algumas aplicações nessa distribuição devido a mesma possuir erros conhecidos que prejudiquem o sistema. Nestes casos, os desenvolvedores removem a aplicação dos repositórios principais, evitando que usuários os instalem em seus Sistemas e tenham perda de produtividade. Unstable
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Estruturando uma Central de Serviços com o GLPI | 125 | A versão instável representa o futuro do projeto. Tratase da nova versão que sairá para os usuários (a futura Stable). Nela são feitas as instalações de novos aplicativos ao longo de seu ciclo de desenvolvimento e os mesmos vão amadurecendo e tendo seus bugs documentados e solucionados quando possível. Testing Quando uma versão unstable chega ao fim de seu ciclo de desenvolvimento, ela se torna uma versão testing. A partir deste momento ela para de receber novas aplicações e são feitos testes mais específicos e voltados à estabilidade e correção de falhas. Aplicações, que não se encontram adequadas aos critérios de segurança e integridade do sistema, são removidas nessa fase por não possuírem a maturidade necessária para garantir a conformidade estabelecida pela equipe de desenvolvimento. Ao fim deste ciclo, a distribuição estará madura e estável ao ponto de ser liberada sob o título de Stable, recebendo um novo número sequencial para controle de versão.
Fora as versões das distribuições, a equipe disponibiliza ainda diferentes imagens de CDs e DVDs para download. A diferença entre elas, além do tamanho, é a finalidade de uso. É possível baixar um conjunto de DVDs com mais de 4GB de programas cada um, como também baixar poucos megas bytes de arquivos para criar um Pen Drive inicializável.
O grupo de desenvolvimento organiza os pacotes da seguinte forma: os pacotes eleitos, tanto pelos desenvolvedores quanto usuários como mais populares, estarão sempre nas primeiras mídias e os menos populares vão ficando para as mídias seguintes.
Como estamos produzindo um servidor que poderá ser colocado em operação após seus estudos – e eu espero de coração que isso aconteça – a distribuição a ser utilizada será a recomendada pela equipe para um ambiente de produção (stable). Por tanto, a mesma será baixada através do site do projeto
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| 126 | Capítulo 5 – Instalação do GLPI Debian. Na página inicial do projeto já é possível obter uma imagem mínima de instalação. Vamos utilizar essa imagem em todo nosso livro. Tratase de uma imagem mínima, mas que é o suficiente para termos um sistema GNU/Linux básico. Após a instalação do sistema operacional, faremos alguns ajustes para que possamos realizar a instalação dos demais softwares necessários diretamente pelo serviço “aptget” do Debian. Não se preocupe, apenas se concentre em digitar todos os comandos, exatamente como apresentados. Acesse o site do projeto Debian (www.debian.org), no topo da página, no canto direito, clique em “Baixe o Debian”. Imagem 5.01: Link de download do Debian Salve o arquivo em um diretório de sua preferência. Imagem 5.02: Download da imagem do Debian
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Atualmente (26/05/2014), a versão mais recente é a 7.5.0. Pode ser que quando você for realizar o download, esta versão não seja mais a atual e exista outra no lugar dela. Se o primeiro número da versão for o “7” (sete), não há com o que se preocupar. Tudo aqui se aplicará perfeitamente.
Caso a versão já seja a 8, ou alguma posterior, você terá problemas para realizar os passos de configuração dos repositórios do sistema. Não é nada demais, mas aconselho que você estude um pouco mais sobre o APTGET e a configuração de repositórios do Debian.
Gravar a imagem em um CD
Após o download do arquivo, tornase necessário graválo em um CD para que este possa ser utilizado no processo de instalação em um computador.
Para “queimar a imagem”, como o processo é conhecido, será necessário que se utilize de um software de gravação de CDs e DVDs. Praticamente todos os aplicativos de gravação de discos atuais executam este processo.
Neste exemplo será utilizado o software Brasero. Este software vem por padrão em muitas distribuições GNU/Linux e sua interface é perfeitamente simples.
Imagem 5.03 – Painel do aplicativo Brasero
Basta selecionar a opção “Gravar imagem”, selecionar o