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VII-007 GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA E PARTICIPATIVA PARA O CONTROLE DA MALÁRIA

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VI Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

VII-007 – GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA E PARTICIPATIVA PARA O

CONTROLE DA MALÁRIA

Ellen Barbosa de Andrade(1)

Engenheira Civil pela Universidade do Amazonas – UA. Especialista em Saneamento Ambiental pela UA – UFPb e em Metodologia de Avaliação de Impactos Ambientais pela UA-Universidade do Tenessee. Professora Adjunto IV do Departamento de Hidráulica e Saneamento da UA. Chefe do Departamento de Hidráulica e Saneamento da UA (1985-1987 e 1991-1994). Gerente e membro da equipe técnica do Laboratório de Saneamento da UA.

Annunziata Donadio Chateaubriand

Engenheira Civil pela Universidade do Amazonas – UA. Mestre em Engenharia Agrícola/ Irrigação e Drenagem pela Universidade Federal de Viçosa. Especialista em Saneamento Ambiental pela UA – UFPb. Professora Adjunto IV do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade de Tecnologia/UA. Gerente e membro da equipe técnica do Laboratório de Saneamento da UA.

Endereço(1): Av. Efigênio Sales, 1980 - Condomínio Monte Líbano, Casa 93. Aleixo. Manaus – AM. CEP

69.060-001 – Brasil – (0XX92) 236.6988 ou (0XX92) 9981.7690 - e-mail: ellenandrade@zipmail.com.br RESUMO

Este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência positiva para o controle da malária, realizada no período de 1999 a 2002, no Tupé, localidade da área rural do município de Manaus, por meio de ações integradas e participativas desenvolvidas pela população ribeirinha local, pela FUNASA, pela Escola Municipal São João e pelo Laboratório de Saneamento da Faculdade de Tecnologia da Universidade do Amazonas (LS/FTUA). Essa experiência resultou numa expressiva redução da quantidade de casos de malária, até que, a partir de novembro de 2000, a ocorrência dessa doença, no Tupé, manteve-se praticamente nula, para todas as espécies de plasmódio, não havendo ocorrência de nenhum caso de malária até junho de 2002, como resultado da continuidade dessa gestão.

PALAVRAS-CHAVE: Controle de Malária, Gestão integrada, Educação ambiental, Tupé, Comunidades ribeirinhas.

INTRODUÇÃO

“A malária é na atualidade o mais importante problema de saúde pública na Amazônia brasileira” e, por outro lado, “as causas determinantes para a situação epidemiológica da malária na Amazônia, tanto nas áreas rurais como urbanas, não estão centradas nos vetores e nos plasmódios, mas com toda a certeza nos problemas sociais e econômicos com os quais estamos convivendo há décadas”, conforme afirmação feita pelo Prof. Dr. Wilson Alecrim, no ano de 2000, nos Anais da 7a Reunião Nacional de Pesquisa em Malária (citado por

BARROSO, 2001).

No ano de 2000, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)/Ministério da Saúde, foram registrados 611.042 casos de malária no Brasil, dos quais 99,4% na Amazônia Legal. Diversos fatores contribuíram para que essa doença se tornasse endêmica na região amazônica , entretanto, destacam-se:

a) os modelos econômicos, de ocupação e de desenvolvimento da região, caracterizados, principalmente, por grandes movimentos migratórios e por significativos impactos ambientais,

b) as características naturais da região, especialmente o clima e a hidrografia; c) as condições de vida e as carências básicas das populações amazônicas; d) as políticas públicas inadequadas para o controle regional da malária.

No Amazonas, os ciclos econômicos da borracha e da Zona Franca de Manaus provocaram intensa migração para a capital desse estado. A partir desses dois marcos econômicos, Manaus cresceu desordenadamente, recebendo pessoas oriundas de cidades do interior amazonense e de outros estados brasileiros, as quais se estabeleceram, prioritariamente, na orla do Rio Negro e nas margens dos igarapés, ocupando ainda, de forma mais dispersa, as outras áreas desse município. Tanto na área urbana, como na área rural, de Manaus e dos

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demais municípios amazonenses, a maioria das habitações ribeirinhas são bastante precárias, não dispondo de instalações hidro-sanitárias adequadas e, portanto, de um modo geral, a população usa diretamente os cursos d’água, em diversos momentos do dia, inclusive nos horários de maior densidade do vetor de malária. As comunidades amazônicas, apesar de informadas sobre o mecanismo de transmissão da malária, resistem em alterar seus hábitos na convivência com as águas, ainda que somente em determinados períodos diários, o que também têm contribuído para a ocorrência dessa doença.

Sabe-se que a malária em seres humanos está relacionada à coexistência de três elementos básicos - o plasmódio, as pessoas e o mosquito vetor - e que as ações sobre tais elementos determinam a ocorrência, a permanência, o controle e a erradicação dessa doença.

Se, há muito tempo, a malária é amplamente conhecida em suas causas, consequências, profilaxia e tratamento, por que essa doença permanece endêmica na Amazônia?

Apesar de, periodicamente, ocorrerem investimentos expressivos, na aplicação de inseticidas, na distribuição gratuita de medicação e em outras ações dos órgãos públicos de saúde, por que as comunidades amazônicas continuam padecendo de malária?

Atualmente, diversas instituições desenvolvem estudos e experiências, ainda na busca de respostas adequadas e definitivas para tais indagações. Contribuindo nesse sentido, este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência positiva para o controle da malária, realizada no período de 1999 a 2002, no Tupé, localidade da área rural do município de Manaus, por meio de ações integradas e participativas desenvolvidas pela população ribeirinha local, pela FUNASA, pela Escola Municipal São João e pelo Laboratório de Saneamento da Faculdade de Tecnologia da Universidade do Amazonas (LS/FTUA).

MATERIAIS E MÉTODOS

Essa experiência foi realizada ao longo do Igarapé do Tupé (Figura 1), onde estão dispersas aproximadamente 70 habitações, na sua maioria de construção precária, sem energia elétrica e sem instalações hidro-sanitárias (Figura 2). Portanto, é prática comum daquela população utilizar intensivamente os cursos d’água como banheiro, cozinha e lavanderia, como fonte de abastecimento e de alimentação (pesca), como via de transporte e para trabalho e lazer.

Essa estreita relação dos ribeirinhos com a água, justifica a escolha do local de construção de suas casas, geralmente às margens de cursos d’água, e explica a enorme dificuldade de mudanças de comportamento, visando evitar o contato das pessoas com os criadouros e focos de mosquitos, mesmo que seja apenas nos horários de maior densidade desses vetores de malária (amanhecer e pôr do sol).

Os moradores do Tupé, em sua maioria, são posseiros e não nativos, e têm sua subsistência baseada no Figura 1: Vista parcial do Tupé, destacando o

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pouco especializados. Têm baixa renda, pouca escolaridade e condições de vida similares às de outros ribeirinhos da região amazônica.

O deslocamento para o Tupé é feito por via fluvial, em canoas ou barcos, uma vez que não existe nenhum acesso terrestre entre a área urbana de Manaus e aquela localidade.

Por estar relativamente próximo à área urbana de Manaus e por suas características ambientais, especialmente a beleza do cenário natural, o Tupé tem sido um dos locais mais procurados para lazer e turismo da população manauara e de visitantes brasileiros e estrangeiros. Tal afluência de frequentadores encontrava-se ameaçada pelo alto índice de malária observado naquela comunidade, colocando em risco as atividades comerciais ali desenvolvidas, especialmente na Praia do Tupé.

De 1998 a meados de 2000, verificou-se uma alta incidência de casos de malária na população do Tupé, com relatos de até 15 recaídas. Em 1999, registrou-se um total de 261 casos (FUNASA), o que provocou a mudança de domicílio de alguns de seus moradores, que deixaram aquela localidade, mas que, por outro lado, despertou nos demais moradores do Tupé a vontade de mudar esse quadro, que interferia no aproveitamento dos alunos da escola local e, principalmente, ameaçava a sobrevivência daquela comunidade.

Nesse período, a disposição da comunidade do Tupé somou-se aos esforços de outras instituições (Figura 3), no sentido de reduzir e controlar a ocorrência de malária naquela localidade, quais sejam:

a) a Escola Municipal São João, construída em 1997, que atende os moradores do Tupé e adjacências; b) o Laboratório de Saneamento da Faculdade de Tecnologia da Universidade do Amazonas-LS/FTUA, por

meio do Programa Tupé que, desde 1997, contribui para a conservação ambiental da Área de Relevante Interesse Ecológico do Tupé e para a melhoria das condições de vida de sua comunidade; e

c) a Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, por meio do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal (www.funasa.gov.br, 2001), iniciado em meados de 2000.

Figura 3: Atividade de educação ambiental para o controle da malária, realizada pela FUNASA, pelo Laboratório de Saneamento da Universidade do Amazonas e pela Escola Municipal São João, na comunidade do Tupé.

Esses esforços consistiram em ações de controle de malária (Quadro 1), realizadas a partir de 1999, tendo em vista os métodos de controle de malária convencionais, as características naturais do Tupé e as potencialidades e limitações das pessoas e das instituições envolvidas.

Quadro 1 : Métodos convencionais de controle da malária x métodos de controle aplicados no Tupé, Manaus-AM, a partir de 1999.

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MÉTODOS DE CONTROLE CONVENCIONAIS (OPAS/OMS,

2000) A

ÇÕES DE CONTROLE APLICADAS NO TUPÉ

Uso de mosquiteiros. Parcialmente utilizado, uma vez que a maioria da população não possui renda para adquirí-los. Aplicação residual / espacial

de inseticidas e larvicidas químicos.

Borrifação parcial das casas existentes (FUNASA), pois algumas estavam sempre fechadas e, em outras, os moradores rejeitaram essa borrifação (manchas, mal estar, etc.).

Capacitação de líderes comunitários e de agentes de

saúde contratados e voluntários.

Capacitação de dois comunitários em diagnóstico (microscopista), tratamento e borrifação, contratados pela FUNASA e pela SEMSA.

Capacitação de três professores da Escola Municipal São João e da equipe do LS/FTUA.

Conscientização da comunidade de modo a reduzir o contato

homem-vetor-parasita .

Mobilização e conscientização ampla da comunidade do Tupé, para mudança de hábitos, de modo a evitar sair de casa nas horas do dia de maior densidade do mosquito, e para seguir rigidamente o tratamento radical ou curativo (Escola Municipal São João, comunidade e LS/FTUA).

Atividades educativas, formais e informais, mobilizando e conscientizando a comunidade sobre as características da doença (sintomas, contágio, diagnóstico e tratamento), sobre as caraterísticas do mosquito vetor e do parasita, e sobre o monitoramento da ocorrência da malária (Escola Municipal São João, comunidade e LS/FTUA).

Diagnóstico

Viabilização de diagnóstico no Tupé por meio da construção de um Posto de Saúde Comunitário (comunidade) e da doação de um microscópio (FUNASA), além de contratação (SEMSA) e treinamento (FUNASA) de uma comunitária como microscopista.

Tratamento. Indicação e acompanhamento do tratamento curativo dos doentes, em visitas às casas da comunidade, de modo a garantir o seu rígido cumprimento (FUNASA e comunidade).

Transformação física permanente ou temporária do meio natural e construído, de modo a originar condições

desfavoráveis ao desenvolvimento de vetores e

evitar o contato homem-vetor- parasita.

Não realizadas no Tupé, por falta de recursos públicos e da comunidade, para execução da infra-estrutura de saneamento básico necessária, apesar do LS/FTUA ter elaborado projetos de módulos sanitários residenciais, bem como de banheiros públicos e de cozinhas e padaria comunitárias, além dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de energia para a Praia do Tupé.

Medidas profiláticas (individual e coletiva )

Implantação de sistema de registros da ocorrência de malária, no posto de saúde local, para fins de monitoramento da ocorrência dessa doença e para adequada aplicação de ações de controle (FUNASA e LS/FTUA).

Realização permanente de diagnósticos no Tupé, a partir de março de 2000, visando identificar portadores assintomáticos, oligossintomáticos e sintomáticos (FUNASA e comunidade).

Outras medidas convencionais, tradicionalmente recomendadas, não foram aplicadas no Tupé, devido sua inviabilidade cultural, econômica e técnica, como por exemplo, o uso de substâncias mosquito-repelentes e de telas nas aberturas das edificações, aplicação de aerossóis dentro de casa, vedação das casas e de suas frestas, dentre outras.

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RESULTADOS

A metodologia participativa propiciou o exercício da cidadania, por parte de todos os envolvidos nesta experiência, especialmente nos moradores do Tupé que, a partir dos resultados alcançados, tomaram consciência da sua capacidade de solução para os problemas locais.

Qualitativamente, observa-se a melhoria das condições gerais de saúde e, portanto, de vida dos moradores do Tupé, a partir da conscientização e da participação comunitária no controle da malária.

No Quadro 2 constam os resultados quantitativos relativos a essa experiência de controle de malária no Tupé, os quais também estão representados na Figura 4.

Quadro 2 : Quantidade total de casos de malária, ocorridos no Tupé, no período de janeiro de 1998 a junho de 2002. ANO JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL 1998(1) 06 07 07 14 17 13 38 36 45 16 09 11 219 1999(1) 28 13 13 19 17 23 23 33 56 06 24 06 261 2000(2) - - 20 45 30 13 21 09 12 05 00 01 156 2001(2) 01 00 00 00 00 00 00 01 01 00 00 00 03 2002(2) 00 00 00 00 00 00 - - - - - - 00

(1) Fonte: Registros da FUNASA

(2) Fonte: Registros do posto de saúde comunitário do Tupé

Figura 4: Ocorrência de malária no Tupé, no período de janeiro de 1998 a junho de 2002.

Tradicionalmente, observava-se que a ocorrência de malária, no Tupé, era maior no segundo semestre, período da vazante dos rios locais, favorável ao estabelecimento e à permanência dos criadouros do mosquito transmissor de malária (A.darlingi), conforme indicam as curvas da Figura 4, referentes a 1998 e 1999. No primeiro semestre, período das cheias desses cursos d’água, as frequentes e intensas precipitações pluviométricas na região, provocam enxurradas que dificultam a formação dos criadouros desse mosquito, reduzindo a ocorrência dessa doença.

0 10 20 30 40 50 60

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses Quantidade de caso s 1998-FUNASA 1999-FUNASA 2000-POSTO TUPÉ 2001-POSTO TUPÉ 2002-POSTO TUPÉ

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Entretanto, no início do primeiro semestre de 2000, observou-se um crescimento expressivo na quantidade de casos de malária no Tupé, indicando que, no segundo semestre desse ano, período favorável à maior ocorrência de malária, poderia haver um surto de grandes proporções dessa doença naquela localidade.

Ainda em meados de 2000, com a intensificação das ações integradas e participativas para o de controle da malária no Tupé, observou-se expressiva redução da quantidade de casos – aproximadamente 70% , de abril a junho de 2000 - após o que, essa redução continuou ocorrendo gradativamente, até que, a partir de novembro desse mesmo ano, a ocorrência de malária no Tupé manteve-se praticamente nula, não havendo registro de nenhum caso até junho de 2002 (Figura 4).

Na Figura 5, observa-se que houve maior ocorrência de malária por infecção pelo Plasmodium vivax que, apesar de ser uma forma benigna dessa doença, pode levar a sucessivas recaídas e/ou recrudescências. A infecção por Plasmodium falciparum, a forma mais grave de malária, foi a segunda maior ocorrência em 2000, com picos em abril, julho e agosto.

Figura 5: Ocorrência mensal de malária no Tupé, no ano 2000, em totais mensais e em função da espécie de plasmódio.

A gestão integrada e participativa para o controle de malária no Tupé levou à redução e à eliminação da ocorrência dessa doença por infecção de quaisquer espécies de plasmódio a partir de 2001(Figura 6).

Figura 6: Ocorrência anual de malária no Tupé, nos anos 2000 e 2001, em totais anuais e em função da espécie de plasmódio. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 QUANTIDADE DE CASOS

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MESES/2000

P. vivax P. falciparum P. malariae Total/ mês

0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0 QUANT IDADE DE CASOS 2 0 0 0 2 0 0 1 T I P O D E P L A S M Ó D I O P . v iv a x P . f a lc ip a r u m P . m a la r ia e T o t a l

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CONCLUSÕES

A metodologia de trabalho, essencialmente participativa , envolvendo e integrando a UA, a FUNASA, a Escola Municipal São João e, principalmente, a comunidade do Tupé, foi decisiva para a redução e o controle da ocorrência de malária no Tupé, uma vez que possibilitou a superação das limitações individuais e viabilizou o cumprimento dos objetivos comuns.

Para manter os resultados alcançados no controle da malária no Tupé, é imprescindível a realização contínua e permanente de algumas das ações mencionadas neste trabalho, destacando-se:

a) as atividades educativas para conscientização e mobilização daquela comunidade; b) o acompanhamento dos doentes para cumprimento rígido do tratamento; e

c) o diagnóstico local de toda população da área de risco, para identificação e cura de portadores da doença (sintomáticos, oligossintomáticos e assintomáticos).

Constata-se, portanto, o que afirma BARROSO (2001) “não precisamos controlar ou erradicar os mosquitos transmissores de malária para obtermos o controle da endemia, pois podemos perfeitamente conviver com a sua existência, uma vez que passam a ter importância secundária em regiões onde não existam casos ou onde os casos são prontamente diagnosticados e tratados”. No entanto, apesar da transmissão interrompida , as ações de controle devem ser contínuas pois essas regiões “estão vulneráveis à re-introdução da doença mais por pressão das áreas endêmicas mais próximas do que pela existência de mosquitos transmissores.”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. OPAS/OMS. Ações de saneamento para o controle da malária na América do Sul. Reunião Técnica FUNASA: Ações de saneamento para o controle da malária. Manaus-AM: 2000. 3 transparências: p&b.

2. TELAROLLI JÚNIOR, R. Epidemias no Brasil: uma abordagem biológica e social. 3 ed. São Paulo: Moderna, 1995. p. 60-66.

3. BARROSO, W. J. Porque a malária é endêmica no Brasil? Medicina: Conselho Federal, Brasília-DF, ano XIV, n.128, p. 14-15, maio/jun. 2001.

4. www.funasa.gov.br Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal. 30.out.2001. 2 p.

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