THESE
APRESENTADA
EM
AGOSTO DE 1865
E
SUSTENTAD
AEM MARÇO
DE
1867
U
FUinnillE
Dl
BIIIIA
PARA
OBTKít
o
g:\áodé
doutor
em
medicina
POR
AUGUSTO
CSZAR TORRES BARRENSE
EX
2." CIRURGIÃODK
COMMISSÃO 1)0 CORPO DS SAÚDEDO
EXERCITO,fllllio
legitimo
do
Capiíât»Cezar Torres
llarrense
e
D.
Custodia
Alaria<laConceiçà» Barrense,
NATURAL
UA
WMMjMêA
JOA
BARUA
(Província da Bahia)
BAHIA:
TYP.
DA
CONSTITUIÇÃO DE
F. A.DE
FREITAS,Ruidas Campellasn.* 40,1'andar.
FALCUDÂBE DE
MEDICINA
DA
BAHIA.
—
_'*g>g)Gg. u^...O
Exui. Sr. Coiis.Dr.João
Baptista dos Anjos.VICE-DIRECTOR
#
Kx.ni. Sr.Conselhero
Vicente Ferreira
de Magalhães»
LENTES PROPRIETÁRIOS.
ANNO.
OS SENHORES DOUTORES. MATÉRIASQUE LECCIONÃO.
Cons. VicenteFerreirade Magalhães . Physica emperal, e particularmente cm suas
applicaçõesa Medicina. Francisco Rodrigues da Silva
....
Chimica eMineralogia. AdrianoAlves dc LimaGordilho. . . Anatomia descriptiva.2."
ANNO.
Anlonio Mariano do Bomfiin
....
Botânica e ZoologiaJerónimo Sodré Pereira Physiologia. Antonio de Cerqueira Pinto Chimica ergamca.
AdrianoAlves de Lima Gordilho. . . Anatomiadescriptiva, sendo osalumnos
obri-gadosadissecçõesanatómicas. 3.o
ANNO.
Elias José Pedroza Anatomiageral cpathologica. JosédeGf«» S.queira Pathologia geral.
Jerónimo Sudré Pereira Phy-mlogia. 4*
ANNO..
Cons.Manoel Larfisláo Arauhas Dantas Pathologia externa. AlexandreJoséde Queiroz . . • • Palholo»ia interna.
MaSs
Moreira Sampaio...
Partos, moléstias de mulheres pejadas edc imninoSreccm-nascidos.5,"
ANNO.
Alexandre José de Queiroz....
Pathologia interna.nn„rahMSa
ó-José Autonio de Freitas Anatomia topog. aphica, Medicina operatória o app.relhos.
Joaquim Antonio d'OliveiraBotelho. . Materi»medicae therapeutica.
6.o
ANNO.
Domingos RodriguesSeixas Hygiene, e Historia da Medicina. Salustiano Ferreira Souto Medicina legal.
Antonio José Ozorio Pharmar-ia.
Clinicaexterno do3, e*. Nntonio Januari°.dcFaria Clinica internado5.e
XENTES
OPPOSITORES.
José Affonso Paraizo dc Moura. . .
Augusto Gonsalves Martins . . .
Domingos Carlos daSilva . . . •} SecçãoCirúrgica.
Ignacio José da Cunha
....
Pedro Ribeiro de Araujo....
Rozendo Aprigio Pereira Guimarães. SecçãoAccessoria. José Ignacio de Barros Pimentel. .
VirgilioClimaco Damazio . . . •
Demétrio Cyriaco Tourinlio . . .
Luiz Alvares dos Santos fSecção Medica.
JoãoPedro daCunha Valle. . . .
SECRETARIO—
O
Sr.Dr. tinci
minto Pinto
da
Silva.OFFICIAL
DA SECRETARIA—
O
Sr.Dr.
Thomaz
d'Aquino
Gaspar.
Those-\
SAUDOSA
MEMORIA
DE
MINHA
MAE
Uma
lagrima.A'
MEMORIA
DE
MEU
PADRINHO
A'
MEMORIA
DE
MEUS
TIOS
E
TIAS
A'
MEMORIA
DE MEUS AVO
S
A'
MEU
PAE
Muita amizadee gratidão.
A
MEUS
IRMlOS
A'
MIMAS
IRMÃS
Muita amizade.
iOS
PARENTES
QUE
ME
ESTIMAM
Muita dedicação.
et*»**
A'
MECS
AMIGOS
.Amizade.
A'
MEUS
RESPEITÁVEIS
MESTRES
Respeito.
A*
MEUS
COLLEGAS
TRATAMENTO
DOS
ESTREITAMENTOS
liRETRAES
PRIMEIRA PARTE.
DiSSERTflÇÃO.
Aimi, on rencontre, dans les maladies de Pa paieil urinaire, ainsi bien que danscelles Hes autres systemes de reconomie, uneserie
nombreu e de phenomiues moibidés, á l'e-gard des quels ou n'a pu jusqu'ici ni saisir la
liaisonqui lesunilauxalterationsorgauiques,
ni delermiuer celles de ces derniéres qui
coincidem averetix et qui ont souventnn
siége differeni,
meme
f.trteloígné.( Ctviale ) Maladiesdesorganes
genito-urinair's).
ANATOMIA DA
URETRA.
NTES
fie entrarmosno
desenvolvimentodo
ponto,que
vai serobjecto
de
nossa dissertação,convém
que
façamosalgumas
consi-derações sobre a anatomia
do
órgão,onde
se levanta ogrande theatrodas manifestações mórbidas,
que
constituem os estreitamentos ure-traes; sobreapathologiadeste;,comprehendendo
aetiologia.asympto-tomatologia, a
anatomia
pathologica, e finalmente a pathogenia,que
muito
interessa a lherapeutica da moléstiaem
questão.Terminaremos
pelo tratamento dos estreitamentos orgânicosda
uretra, ponto principal desta dissertação.A
uretra é o canal excretorda
urinaedo
esperma: ellatem
porlimite o orificio vesical, eo
meato
urinário.Civiale a dividio
em
porção fixa e porção movei; a primeira vaedo
orifício visical ao ligamento pubiano, asegunda
deste aomeato
urinário. Outros
porém
adividem
em
trezp irções: esponjosaou
bul-bosa,
membranosa
ou
musculosa, e prostatica.A
porção esponjosada
uretra, a mais extensa das trez,tem
um
comprimento
em
geralde
quatro ou cinco pollegadas.O
tecidoespon-joso,
que dá
onome
a esta porção eforma
quasi exclusivamente assuas paredas, é constituído por duas
membranas
e porum
tecidocel-lulo
—
eréctilno
seu intervallo.As
duasmembranas
sãouma
externa,e outro interna, a interna, reconhecida hoje
uma
verdadeira paredemuscular, graças aos trabalhos
de
M.
M. Reybard, Deville, eJaquemet,apresenta-se debaixo
da fórma de
fibras circulares, tendoa sua inseriynzetfta, e cobre ura plano vasculoso. E' á contração
de
suas fibras,que
é divida a difíiculdadedo
cathcterismo, etambém
osestreita-mentos
espasmódicos.A
membrana
externaéde
natureza fibrosa epouco
elástica; pela uniãodeliacom
a interna seforma no
logar,onde
o bnllo abraçaaure-tra,
uma
dobra,que Amussat
cliama colleto fibrosodo
bullo.O
bullo, corpo pyriforme situadona
linhamedia
e entre asapo-nevroses superficial e
media do
perineo, é coberto pelosmúsculos
bullo—
cavernososem
uma
extensãode
sete a oito linhas; depoisde
formarem
parte as paredesda
uretra, eleva-se quatro a cinco linhas, e vaesituar-se
na
goteira longitudinal,formada
pelos corpos cavernososna
parede
inferior.Além
do
tecido esponjoso,que fórma
esta porçãoda
uretra, ellaé ainda constituída pelamembrana
muscosa,e tecidosub-mucoso.
As
artérias,que
se distribuem nesta porçãonascem
da
pudenda
interna, e são muito
pequenas
e delgadas.A
porçãom
jmbranosa
está afastar! ida symphise pubiana
dezescisá vinte millimetros. Para Boyer, Ducarsp, e Blandin o seu
com-primentovariaen re dez e doze linhas,; Malgaigne
achou
cinco a oito linhas.A
sua extructura nãoéigualáda
porçãoesponjosa. Debaixoda
raucoza,
que
forra as suas paredes, encontrão-secamadas
de
fibrasmusculares pallidos,
umas
circulares, outras longitudinaes; por fóraexistem os músculos
de
Wilson, reuniãode
fibras muscularesverme-lhas bastante compactas,
dando
grande
si lidez á esta porção.A
porçãoprostalica éconstituída pela parte
da
uretra,que
êabraçadapelaprós-tata.
Sua
extensão é muito variável. Baver dizque
ellatem
quinze adezeseis linhas; Tloqnetquinze; Malgaigne seis a
dez
linhas.Em
uma
próstata doente tem-se encontrado
duas
pollegadasde
extensãode
mais que
no
estado normal. Para o catheterismo, éimportam
conhe-cer estas alterações,
que
influemna
mudança
da
direçãodo
canal.Quanto
a>diâmetro, é elle maisconsideráveldo que
osdasoutras
por-ções
qo
estado normal; elle ésempre augmentado
nas hypertrophiasda
próstata e nos estreitamentos antigos.A
próstataéum
corpo glandular,que
estáem
relação atrazcom
o recto, adiante
com
o baixo fundoda
bexiga, a uretra, esymphise
pubiana; ella segrega
um
liquido amarellado,que
é execretado pordose canahculos, abertos doslados
do
verum
montamum;
em
suafacesuperiorexiste
uma
chamfradura onde
se alojaa uretra.Uma
membra-na
fibrosacom
grande
quantidadede
fibras musculares provenientesda
bexiga, a envolve, dotando-ade grande
solidez eespessuraDepois
de
descritas as diversas porçõesem
que
a uretra seacha
dividida,
vamos
estudal-aaindaquanto
a sua direcção,comprimento,
Ciiiore e faces.
No
estadode
flacidez, a uretra apresentaduas
curvaduras,aue
fazem-na
comparar
aum
S. Destas curvaduras, sóé
permanente,
aque
cumprehende
a
porçãofixada
uretra, a outra desappareceno
estado ueerecçaodo pems.
3
Até hoje
não
setem
podido avaliarcom
certezaocomprimento
dã
órelra, Malgaigneachou
no
estadode
flacidez cinco a seis pol lega-das;no
estadode
erecção oito, Reylard eLallemand no
vivoseis,Amus-sat sete aoito,
Velpeau
seis aeete, Bayer dezadoze.A
uretranão
éum
canal
uniforme no
seu todo.M. Sappey
em
suas experiênciaschegou
aos resultadosseguin-tes: a uretra apresenta-se dilatada
em
tres partes, estreitadaem
qua-tro, os pontosestreitadosnão tem
a mesm.! capacidade,nem
amesma
fórma.
Nas duas
facesda
uretra, interna, e externa, nota-se,na
primei-ra
uma
membrana
mucosa
delgada e transparente,algumas
dobrasiongitudinaes, duas linhas esbranquiçadas nasfaces superioreinferior
do
canal: a linha inferior se terminana
extremidade posteriordo
ve-rum
mortamur.
Na
partemedia
destaeminênciaseobserva os orifíciosdoscanaes ejaculares;
lateralmente as aberturas dos conductos
ex-cretores
da
próstata, adiante os das grandulas de Cooper.Espalhadas na
mucosa
uretral n on'rão-se as lacunasde
Mar-fjagni, dobras asvezes bastante desenvolvidas
onde
apontada
sonda
pôde
penetrar, e dissimular a existênciadeestreitamentoA
faceexter-na
corresponde superiormente áchamfradura
longitudinal dos corposcavernosos;
embaixo
e lateralmente ella é separadada
pelle porteci-do
cellular, e pela aponevrose inferiordo
perinêo; a porção sub-pu-biana é coberta pelo escroto; amembranosa,
eparteda
sponjosaestãoem
relaçãocom
obulbo, e o.^ músculos ischio-cavernosas; a prostaticainferiormente
com
o recto, e superiormentecom
a face posteriorda
symphise
pubiana.As
artérias,que
vão a uretra,nascem
dosramos
vesicaes inferiores, das artéria- cavernosas, e da dorsaldo
virg>; as
veias sSo satélites das artérias e formão o plo.oprostatico; os nervos
nascem do
pudendo
interno edo
plexohypogastrico.PATHOLOGIA DOS
ESTREITAMENTOS
DA
URETRA.
DEFINIÇÃO. DIVISÃO.
Chama-se
estreitamentoda
uretraa
diminuição passageiraou
permanente do
canalda
uretraem
um
ou mais
pontos.Amussaí,
Le-roy d'Etiolles, lleybard, e outros
dividem
os estreitamentosem
espas-módicos, inflam matorios, orgânicose mecânicos;
Ch
Bell,Sdmering,
eCooper
só admittiamduas
divisões, estreitamentos espasmódicosou
dilatáveise orgânicos ; Beclard,imflam
matorios, e orgânicos,es-tes
em
bridas, callosidades,endurecimentos
submucosas; ulcerações,vegetações e varices. Aceitamos a primeira destas divisões
por
ser ámais
geralmente seguida.Trataremos
particularmente dosestreita-mentos
orgânicos.ESTREITAMENTOS ORGÂNICOS
DA
URETRA.
DEFINIÇÃO. ETIOLOGIA.
Estreitamento orgânico
da
uretra éum
estadomórbido
caracteri-zadopela diminuição
permanente
ou progressiva $0 an;i|> presida
pela retracção gradual de
um
tecido palhologicoem um
ou maispon-tos,
dando como
effeitoimmediato
a diffícnldade ou impossibilidadeda
sahidada
urina.A
etiologia dos estreitamentos orgânicoscomprehende
dons
gru-pos de can<as predisponentes e occasionaes.E
tre as causaspredis-ponentesfigurão,
como
tendoalguma
importância, aidade, a habita-ção e o Iem
p -ramento.Na
mulher
os estreitamentos uretraes s~m muilos raros; a lareirada uretra, sua fácil dilatação, seu
compri
nenlomenor,
euma
organí-sação sirnpres expiicão cabalmen'e a veidude desta asserção, li' oho-mem, quem
gosado
privilegioexclusivo dos estreitamentos.Na
infân-ciaob^ervão s4poucos c sos,
em
quanto que
sãom
úto frequentes nosadultos, e nos velhos E' nas grandes cidades, focos
de
civilisacão~edevassidão; nosclimasquentesfinalmente,
que
as estatísticasnos apon-tâo osinrmmeros
factos de estreitamentos orgânicosOs homens
de
temperamento
nervoso, ou sanguin >o, de imaginaçãoexaltada são
mui-to predispostos a conlrahir estreitamentos.As
causas occasionaespodem-se
reduzir aduas
classes: as
feri-das e as inflammações, isto é, cansas traumáticas, e inflaramaiorias
As
primeirastem
sido divididasem
trez grup »s; no primeiroeslãoas feridas,as ulceras, quer espontâneas, quer produzidas
por
gangre-nas, inflammações, catheterismo, corpos estranhos, cauierisação
exei-são, e ruginação;
no
segundo, estão asferidas porinstrumentoscortan-tes; as roturas por
manobras
sobre o penis;no
terceiro, as contusõespor pancadas ou
queda
sobreo perinèo. Estas diversas soluçõesde
con-tinuidade
dão
em
resultado quasisempre
as coarctações ore"traesQual-quer
que
seja a causa, o resullado é odesenvolvimento de um'
tecidoneterologo, ou
de
natureza fibroide, seg tndoM
ReylardNinguém
hoje duvidada grande
influencia,que tem
as
inflamma-ções
na
ehologiados estreitamentos.Cooper
e Delpech dizião-em
cem
casos, noventa enove
são produsidos por inflammações.As
injecções
cáusticas tao preconisadas pelos sectários
do
methodo
abortivo
da
ble-norrhagia são
sem
duvidaalguma
uma
das causas mais poderosasde
estreitamentos; o
mesmo
sepôde
dizer dasulcerações, e dospequenos
abcessos
do
tecido cellularsubmucoso
das paredesuretraes.
NUMERO.
SEDE.Muitos cirurgiões, entre elies
Lallemand,
eHunter
affirmão terencontrado
>
seis e seteestreitamentos
n
uma
mesma nretra.TLeroY
d
Etyolles dizque
raras vezespoderão exceder á dons.Segundo
5
os estreitamentos orgânicos
apparecem
em
maiornumero
nos pontosseguintes: orifício exterior
do
canal; região anteriorda
porçãoespon-josa
na
curvada
sub-pubianaou
na
juncçãoda
porçãomembranosa
com
abulbosa. São estespontos a sedede
predilecçãodosestreitamen-tos orgânicos
da
uretra; entretantoellesprdem
se apresentarindife-rentemente
em
todo o trajecto uretral.Em
geral os estreitamentosatacam somente
amucosa
uretra'; poucasveses vãoaté acamada
sub-mucosa.
E'raríssimo ocaso,em
que
toda aespessura das paredes éin-vadida.
rATIIOliENIA.
ANATOMIA
PATHOLOG1CA.
O
práticosnão
estão de accordona
questiíoda
verdadeiranatu-resados estreitamentos. Entretanto,didivergência das epiniões
nas-cerão theorias diversas,
que
procurarãoexplicaraformaçãodo
tecidodos estreitamentos. E'assim
que Saemmering,
Lallemand, e M.Civia-le
entendem, que
os productos pla.ticos,que
sedesenvolvem
naspa-redesuretraes, longe de organisarem-se tornam-se engorgitados,
es-pessos e duros, fazem saliência para dentro
do
canal, dahi adimi-nuição
do
calibreda
uretra.Outros sustentam,
queainflammação
produza ulceração das pare-des, eque
estas se cicatrisando, se transformamem
excrecencias, ve-jetações, e fungosidacles,dando
em
resultado os estreitamentoscha-mados
bridiformes, valvulares, carnosos efungosos.Diante dos importantes trabalhosde micrografos notáveis entre elles A. Reybard, estas doctrinas não são acceitaveis
na
cirurgiahodierna; a sua theoria,
fundada
em
grandenumero
de
factos, verificados porsuas observações e experiências, é hoje a maisgeral-mente
seguida: não ha transformaçãode
tecidos,como
antigamentese pensava;aslesões
da mucosa
uretral, occasionadas, quer porulce-rações,
quer
por inflammações dão origem aum
derramamento de
lymphaplastica,
que
se organisando,constitueum
tecido anormal, o qual depoisde
passar por diversosgráosde
transformação degenera-seem
um
tecidodanaturesa
das cicalrises. Este,gosandoda
proprieda-dade de
retrahir-se, tende a estreitaro canalda
uretra.Os
tecidos primitivos, a custados quaes estesedesenvolve, privados doselemen-tos
de
sua nutrição, se atrophião, edesapparecem
porum
trabalhode
absorpção intersticial.
O
tecidode nova
formação émenos
espesso, emais
consistente,que
onormal: muito retractil, elástico, e extensi-vel; sua corvaria, ora éesbranquiçadaou
acizentada, oranão
é alte-rada.Os
estreitamentospodem
ser longosou
curtos, relativamenteasua disposição e extenção; dilatáveis
ou
não
dilatáveis,conforme
ográo
de
organisação.Diversos
phenomenos
consecutivospodem
complicar amarcha
já por
demais
assustadora dascoarctações. E'assimque
a dilataçãodo
c
adiante elo
mesmo
sãophenomenos,
que
preludiam agrande
epo-peia dos soílrimentos,
que experimentam
os desgraçados, atacadosde
estreitamentos.
A
urinademorada
atrazdo
obstáculo vaepouco
apouco
dila-tando o ponto correspondente ao canal até formar
um
novo
reser-vatório,onde
vem
depositar-segrande
quantidade deste liquido;as-im
se explicam as incontinenciasde
urina nos affectados desta nolestia.Não
páraahio
cortejode
accidentes. Estanova
bolsa uretral>elo contacto
do
liquidoirritante inflamma-se;donde
resultamulce-ação, dilaceração
da
membrana
mucosa,
abcessos, infiltraçõesuri-nosas, engorgitamentos
da
próstata, nephrites, dilatação dosurete-res, e
um
escorrimento blennorrhagico devidoainflammação
chronica das paredesuretraes.SYMPTOMATOLOG
A.O
cortejo variado dephenomenos, que
constitue oquadro
sym-ptomatico dos estreitamentos orgânicos, apresenta-se
em
geral"do
modo
seguinte: ocomeço da
moléstia passa quasisempre
desaperce-bido para o doente; poucoá
pouco
o jorroda
urina vaediminuindo
atétornar-se feliforme.
O
doenteemprega
muitotempo
em
urinar—
disu-ria—
tem
incontinência, aqualpode
serfalsa ou verdadeira E' falsa,quando
o doentedepois de ter urinado sente escorrerem involunta-riamentealgumas
gottas,que
estavamaccumuladas
por detrazdo
es-treitamento; è verdadeiraquando
o fluxo urinário se dâ"constante-mente
a pesar dos exforcosdo
doenteem
querer contel-o,A
inconti-nência
da
urinasobrevem
todavezque
adilatação posterior seestende ao colloda
bexiga, cuja força contracl.il setem
aniquilado.A
urina étambém
modificadaem
sua forma, ora ê achatadacomo
alamina de
faca,ora jorraem
spiraes, biiurça-se,um
dosramos
cabe perpendicu-larmente,
em
quantoque
o outroseguea direcção normal.A
disuriaéa difficuldadeque
tem
os doentes de urinarem.A
medida
que
os estreitamentos vão progredindo, a urina encontraobstáculo
em
sahir, odoente éobrigado aempregar
exforços paraalli-viara bexiga,
donde
resultam desordensno
canal intestinal,na
muco-sa rectal e
na
circulação.A
disuria é o primeiro gráoda
retençãoparcial
ou
completada
urina; schuria,quando
a urina sahe golta agotta; stranguria,
quando ha
impossibilidadeda
micção.A
urina retardada,em
seo reservatório pelas diversas causas,que
apontamos,
experimenta alteraçõesem
seos elementos; íorna-seamo-1 iacal, aquosa e turva; deixa muitas vezes depor
um
sedimento
cin-zento; é purulenta;
pode
mesmo
contersangue, ou matérias viscosas.Um
corrimento uretralfornecido pelospontos lesadosda
uretra étambém
observado;nada tem
de contagioso; secreladoá noite, aceu-mula-sena
entradado meato
urinário, eforma
oque
sechama
gotta militar.A
dor éum
phenomeno
constante. Ellase faz sentirno
actode
urinar,
no
coito,eno
cathetcrismo; é as vescs branda; outras vezesmuito
activa.Segundo M.
Reybard,ellaé divida a dilatação bruscado
canal, e a
compressão da
membrana
mucosa.DIAGNOSTICO.
Ossymptomas
observados, e os signaescommemorativos
podem
por si sósjustificar a existência de
um
estreitamento.Em
occasiõesduvidosas
porem
o calheterismoda
uretra seráde
grande proveitopara o pratico,
que
duvidoso, receia emittirum
juisomenos
exacto.Para
um
diagnostico perfeito,convém também
precisara sede, o
nu
mero,
aforma, e anaturesado
estreitamento; poisque no
tratamentoisto
muito
interessa E' o calheterismo,que
ainda auxiliará o pratico.Digamos
em
poucas palavras omodo
porque este se pratica: odoente deitado
em um
leito, ou recostado aum
movei, o operador secollocaráao lado esquerdo ou de frente,
com
amão
esquerda seguraopenis
na
parte posteriorda
glande, omantém
entre os dedosmédio
eanular
da
mesma
mão,
deixando livres para arregaçar o prepúcio owllegar
co
indicador;com
a direita introduz asonda
até a união das torçõesbulbosae membranosa,
ahi elle abaixa o pavilhãoda
sonda
'fimde
dar asuapontaa direcçãoda
porção ascendenteda
uretra, pa~a não irde encontroao fundo do bulbo.
No
ponto estreitado asonda
não
deve
ser impellidacom
força e sim branda, e gradualmente,re-cuando-a
quando
encontrar resistência, eimpellida de novo até ven-cer-seo obstáculo. Isto seconhece pela sensaçãoda
resistênciaven-cida, e pela difficuldade,
quando
setenta retirar o instrumento.O
catheterismonem
sempre
é praticadode
uma
maneira fácil;circunstancias ha,
que
difficultam esta operação, tão simples ápri-meira
vista; aqui éum
estreitamentocom
o diâmetro pequeníssimo, oucom
oorifício desviadoem
relação ao eixodo
canal; alli aobli-quidade,
ou
a sinuosidadedo
canaloppoem
uma
barreira invencível;acolá contracções espamodicas.
Quanpoa
aberturado
orifício não corresponde ao eixodo
canal,tem
se aconselhadooseguinte: 1.°oemprego do
» onduclor deDucamp,
2.° asvellas
de
ponta recurvada, 3.° enchero conductorde
vellasfi-nas, eempnrral-as succesivamente,
L°
ousode
vellas metallicas.No
caso
de
obliquidade, ousinuosidades, o operadordeve empregar
vellaslinas
de
pontade
botão, econserval-asuma
ouduas
horasno
canal.As
contracções espasmódicasda
uretranão
são admittidas por muitoscirurgiões; entretauto na presençade
factos,que
altestama suaexistência real,não
sepode
duvidar,que
ellas existam, e frequen-temente.Succede
quasisempre que
estastomam
por origem a dor, iue provoca asonda na mueosa
urelral.O
doente experimentadores,iue elle traduz por
um
ardorou
pruridoe após esteoespasmo
sema-lifesta
no
ponto estreitado.Não
admittiremos aopinião d'aquelles,que
dão a tecidopro-8
vou,
que
amembrana
internado
corpo esponjoso,eo
propio corpoes-ponjoso
podiam
explicar taesphenomenos.
M.
Jacquemet
em
suasdissecçõesreconheceo a estructura musculosa daquella
membrama,
eatransformação carnosa
que
soffria o corpo esponjoso,quando
sehy-pertrophia.
Para
evitar taes inconvenientes, isto é, os espasmos,aconselha-se: 1.° injectar antes
um
liquido oleaginoso, e conserval-ona
uretradurante a introducçãodas sondas; 2,*
demorar
asonda
duranteal-guns
dias; 3.° usarde
um
cathelerrigido, devolume
correspondente a diâmetrodo
canal estreitado; 4.°empregar
sondasde
grosso calibre, fazer pressões sobre a abertura para vencer a resistênciade
suaspa-redes.
Os
methodos
seguidosna
exploraçãodo
canal da uretra differemtanto
na
qualidade dos instrumentos usadoscomo
no
modo
de
em-pregal-os*
Digamos
resumidamente
os processos.Uns empregam
son-das cónicasde metal ou
de goma.
Duccamp
ecom
ellegrande
nume-ro
de
cirurgiõesusavam de
vellaschamadas
exploradorasou
de
(em-p
rente ),em
cuja extremidadehuma
ampola
de
cêra, susceptivelde
amolecer-sepelo calorda
uretra; por estemeio
pretendiaDucamp
reconheceras coractações, o
numero
delias, o logaronde
existem, aforma
porque se apresentam, e a sua naturesa. Ch. Bell explorava auretraz
de
detrás para diante, vice-versacom
hastes metallicas Oliva-res.PROGNOSTICO.
Os
estreitamentos orgânicosda
uretra constituemuma
moléstiasempre
grave,não
sendo tratadoscom
todo cuidado.Os
estreita-mentos
antigos são osmais perigosos.O
cemprimcnto,
onumero,
e a sede influem muitono
prognostico; os estreitamentosdomeato
uriná-riosão
menos
perigososque
osdasoutrasporçõesda
uretra.Muitos e.treitamentos
n'uma
uretrafazem
pressentirum
pro-rgnóstico desfavorável pêrao doenle.
SEGUNDA
PARTE.
TRATAMENTO.
O
tratamento dos estreitamentos orgânicosda
uretrapode
se di-vidirem
geral, elocal.Um
tratamento geral para os estreitamentos orgânicos éuma
formalidade,
que
todos as paaticosdispensam,sem
que
a scienciaper-ca cousa alguma. Delpeche
M.
Reybad
disião: a naturesaé impotente,para curar
um
estreitamento; aindamesmo
ajudadodo
tratamentomedico
omelhor
dirigido. Entretantonunca
serámal
lembrada
uma
medicação,
que
tenha por fim preparar o organismo, e combatterou
minorar
a influenciade algum
vicio geral,que
possa complicar a9
marcha
do
tratamento. Paramodificer a susceptibilidáde nervosade
alguus doentes e prevenir osaccessos febris
convém
applicar banhos,chlysteres, sangrias e narcóticos.
Nunca
sedeverá operarno
invernoa
não
serobrigadopelo estado perigosodo
doente.TRATAMENTO
LOCAL..
A
therapeutica racional dos estreitamentos orgânicosda
uretracomprehende
trezprocessos geraes: dilatação,cauterisação, e incisão,dosquaes sedirivam
muitos processos secundários.DILATAÇÃO.
Os
instrumentos dilatadoresda
uretrapodem
serde
duasnatu-resas: instrumentos
que
por sna propriedade hygrometricaaugmen-tam
de volume,
e instrumentos Qxos.Na
primeira classe, as bugias,ou
vellas,na
segunda,as sondas.As
bugiaspodem
serfeitas de cordade
tripta,pergaminho
enrolado,marfim
e muitas outras substanciasdeforma
cilíndrica, cónica, ou furiforme; macissas ou ouças, rectas,ou
curvas, differindodassondas por não teremcomo
estasuma
ou
duasaberturas,
na
ponta.As
bugiaspodem
ainda apresentarum
ou
mui-tos pontos bastante desenvolvidos, bugias
de
ventre, de n , olivaresou
semi-olivares.
As soudasou
algahaspodem também
sercurvas, rectas;de
chumbo,
estanho, prataougoma
elástica.A
dilataçãopode
ser lenta, progressiva, e brusca.Na
dilataçãolenta, uns
conservam
os instruoientosna
uretra duranteum
tempo
mais ou
menos
longo; outrossomente
algunsminutos—
dilataçãoper-manente, no
primeiro caso; dilatação temporiano
segmdo.
O
cirur-giãocomeça
porintroduziruma
sonda de pequeno
calibre,que
depoisde
demorada
algum tempo na
uretra é substituídaporoutra maisvolu-mosa,
eistogradualmente
ateacompleta dilataçãodo
canal.A
dilata-ção progressiva só differe
da
precedenteno tempo
dedemora, que deve
teras velas
no
canal.Aqui
velasmais
finassubstituindo velas mais grossastanspoem
ocanal, e só
devem
serdemoradas
alguns minutos, oualgumas
horas.Occasiões
ha
em
que
a dilatação temporária é preferida ádila-tação
permanente;
quando
o instrumento poder ser introduzido eti-rado
sem
difficuldadeeincommodo
para o doente,convém
empregar
a primeira;
mas
quando
o contrario se der, e ainda mais asonda
provocar espasmos, dores, e reacções sympathicas, é prudente usar
da
dilatação
permanente.
A
dilataçãobruscanão
é maisempregada.
Mayor
firmadono
seoaxioma
—
quanto maisduro
econstricto o estreitamento, tanto maisvo-lumosa
deve
sera sonda, e mais considerável a força de impulsão—
pretendeu generalisar este processo,
proclamando
a sua superioridadedelle sobre os outros
meios de
tratamento.Com
algaliasde
duas aquatrolinhas
de
diâmetro,Mayor
franqueava todos os estreitamentos.IO
M.
Reilardreprovando
adilatação forçada diz ecom
rasãoque
auretra por mais extensível
que
seja,nunca
poderá
ser distendidabruscamente a
não dar-se a roturade
suas paredes, accidenteque
trazsempre
consigo a producçãode caminhos
falsos.As
injecções forçadas pormeio do
mercúrio, e as insuflaçõesd'agua
ou de
arde
Ducamp
sãotambém
empregadas
como
dilatado-resda
uretra.As
injecções se fasemcom
o instrumentoseguinte—
um
lubo metallico
de
7a8mill.de
diâmetro, ede
16al8centrim
de
comprimento,
aberto nas extremidades, e guarnecidode
um
manda-rim.
A
extremidadesuperiorem
formade
funil, é fechada, eapre-senta duas aberturas, por
onde entram
duas cânulas,em
cujas pontasse vê
uma
válvuladepergaminho.
Introdusido o instrumento até oponto estreitado e retirado o
mandarim,
pela abertura faz se entraruma
vela flexível,comprime-se
a uretra atrazdo
estreitamento, e lixando oinstrumento, injecta-se o liquido.O
dilatadormecânico
deM.
Reylard secompõe
de dous
ramos
elásticos
que
se afastam pormeio de
uma
manivela.Uma
escalagra-duada
serve de indicar o gráo de distensão,que
se deseja.Segundo
M.
íieylard, o seo dilatador não provoca ainflammação
da
uretra edá ao canal maiores dimenções.
O
modo
de
obrar das sondas, as modificações,que
soffrem oste-cidas mórbidos, e os resultados
da
dilatação constituemum
dospon-tos mais importantes
da
therapeutica dos estreitamentos.Vamos
ex-por
resumidamente
as diversastheorias,com
que
se pretendeeluci-dar a questão.
Uns
entendem, que
a curatem
logar pela resoluçãodo
tecido mórbido; as sondas favorecendo a atrophia deste tecido,resli
uem
aos tecidosnormaes
as propriedadesde
que
elleseram
do-tados.
Os
princípios existen'esem
sua espessura são absorvidos, e ocanal
reassume
a suacapacidade normal.Outros sustentam,
queas
sondasprovocam
a irritação das pare-des uretraos, irritaçãoqne tem
a propriedadede
absorver os princí-pios mórbidos, depositados nos tecidos, edesengorgital-os.Ainda
ha
quem
pense,que
as sondas impellidascom
forçacomprimem
oste-cidos, ulcera-os, e mortifica-os
Taes
opiniões ahideixamos
sem
comentário. Eliasnão
sãosus-tentáveis peranteos
conhecimentos
adquiridos sobre a naturesados
estreitamentos.
A
theoria de M. Reylard satisfazcompletamente
as exi-gênciasda
sciencia.Segundo
esteillustre cirurgião, a retractiíidade,propriedade essencial ao tecido
de nova
formação,não
é aniquiladapelas sondas, cuja acção é toda mecânica, e
nada
tem
de
vital,como
pensavam
alguns;obrando
mecanicamente,
diminuem
de
alguma
sortea propriedade rectraclil destestecidos.
A
elasticidade resultadoda
acçãocombinada
da
extensibilidade eda
retractiíidade, é a propriedademais importante,de
que
ellesgo-sam.
E'em
consequência delia,que
os estreitamentosobedecem
á
acção dilatadoradas sondas, acção esta,
que
é neutralisada pela11
A
retraelilidadc, resistindo a acção dos instrumentos constitue averdadeira causa daincurabilidade destes.
E'
a
dilatação lenta e continua, a mais garalmenteempregada.
A
dilatação encaradacomo
meio
de cura dos estreitamentos orgânicos,erelativamente aos
demais
processos apresentaresultadosimmcnsos,
que
—
è preciso confessal-o— constituemuma
das maisimmorredora>
glorias
da
cirurgia.CAUTERISAÇÃO.
A
primeiraepocha
desteprocesso datado
século 15. Feri,A
Pare, e F.deHilden
forão os primeirosque
o praticarão. Aperfeiçoadode-pois por Hunter,
Harnotte
Ducamp,
gosoude
credito durante muitotempo;
hoje a pesarda
bella fheoria deDucamp
no
emprego da
cau-terisação, ella estáquasi esquecida.
No
modo
depratica!-a pode-se proceder de diante para tras,do
centro paraaperiferia, edetrazpara diante
—
cauterisação directa,late-ral,e rctrog ada.
Era
nos estreitamentos infranqueiaveis, queHunter
empregava
acauterisação directa. EverardIlone suhstitnioao portaeaustico de
Hun-ter
uma
vela parianitrato,meio
bastatite perigoso, enunca
empre-gado.
O
porta cáusticode
M.
Leroy c omelhor
instrumento eque
sedeve empregar quando
se quizer uzar da cauterisação. Elie secom-põe de
um
tubodegomma
elástica de curvadura fixa,com
duasvirolasnas extremidadese
com
um
obturadorque
tapa a extremidadeinter-na do
tubo.O
nitratoda
prata se acha dentro deuma
capsulade
pla-tinae ficaem uma
hase.
Depois
de
um
minuto
dedemora,
tempo
sufticiente para acau-terisação, oinstrumento é retirado pora de
novo
secontinuarcom
trez dias de intervallo.A
cauterisação lateral e retrograda são semelhantesá precedente,differindo apenas
no
modo
porque os instrumentos e o cautério sãodirigidos.
Quando
se querempregar
oprocesso lateral,convém
usardo
porta cáusticode
Ducamp,
ou das sondasde
cauterisar deLalle-raand.
M.
Leroy d'Esticl!e nos estreitamentos franqueiaveisemprega
a cauterisação retrogradacom
o porta cáustico—
olivar.Na
cauterisação,como
na
dilatação, muitas theorias se debatem,cada
qualprocurando
explicar a acçãodos diíTerentesagentes decau-terisação. Para
uns
a cauterisaçãopromove
ainflammação
do
tecidoinodular,
inflammnção
providencial,que tem
por fim a resoluçãodo
tecido mórbido. Para outros ella associada á dilatação
não
destroe ostecidos,
mas
amolece-os ámaneira
de
um
modificador, favorecea absorpção dos princípios infiltrados e facilitaa dilatação pelassondas.A
cauterisação èum
meio
de
tratamento bastante perigoso.A
dor, a retenção
de
urina, e ashemorrhagias
acompanham-na
IS
falia
de
precisãona
sede dos instrumentos, obrigando ooperador
an-dar muitasvezes as apalpadelasno
actoda
operação, explicamde
al-guma
sorteos poucos successos destemethodo.
Âccresce aiida,que
aescara, ou a inflammação, produzida pelo cáustico
obstme
o canaldando
em
resultado a retençãoda
urina, ouque
a substanciacáus-tica
da
vela se disprenda, ou quebre-seem
fragmentos,que
irãofazer grandesdestruições
na
uretra.Ás
experiênciasde M.
Rey
lard provão evidentemente,queaci-cratris rectractil
formada
pela cauterisação produz estreitamento láonde
não havia os mais leves traçosde
coractação,que
arecahida éinevitável
quando
se eauterisa o canal ou se associa esta a dilitação.Quanto
a epochada
appariçãodo
estreitamento variaconforme
a di-latação ècontinuaou
interrompida.URETROTOMIA.
A
uretrotomiaéuma
operaçãoque
consistena incisão das paredesda
uretracom
o fim de destruir os estreitamentos e prevenirou
fasercessar os accidentes,
que
elles cíeterminâo.A.incisão
pode
ser superficial, istoé, atacarsomente
amembra-na mucosa da
uretra—
coarctotomia.Qiando porem
a encisão foralem
da
mucosa
teremos auretrotomia interna.A
uretrotomia externa,que
é
uma
variedadedo
processo geral, está hojeadoptada na
Françaena
Inglaterra.Ella consiste
n'uma
incisão,que
partindoda
peite vaiatéamu-cosa.
A
uretrototomia não éuma
conquistada
cirrugiamoderna;
ellaera praticada nos primeiros
tempos
da
arte cirúrgica. Esquecida eabandonada
até 1812,quando
Arnottna
Inglaterrafel-a erguerdo
es-quecimento,
em
que
jazia, eAmussatna
Françaem
1825.Os
instru-mentos empregados na
nretrotomia sãochamados
uretromosou
esca-rificadores; a sua discrição seráfeita ámedida que formos
tratandode
cada
um
dos processosem
particular,COARCTOTOMIA.
Na
coarctotomia,a incisão socomprehende
os tecidosmórbidos.Grande
numero
de
instrumentostem
sido inventados paraestaopera-ção, entreelles existemoscoarctotomos
de Amussat,
Ricord,Leroy
eReylard,
osquaes
secompõe,
com
poucas modificaçõesde
uma
son-da
curvaou
recta,fendidaem
um
dosseos lados,tendo no
seuinte-rior
uma
haste terminadaem
lamina
cortante. Esta occultana
occa-siâo
de
introdusir-se oinstrumento,torna-se saliente ao niveldo
es-treitamento.Quando
a coarctotomiatem de
serfeitade
diante para traz,con-vém
seguiras regrasseguintes—
odoente deitado,o operador segurao
instru-13
mento,
o introduzno
mcato; impelle-osuavemente
até o orifíciodo
estreitamento,
onde
depoisde
o feixar,impnrra
a haste,que
fran-queiandoo
obstáculo o cortaem
um
ou mais
pontos.Nos
estreitamen-tos infranqneaveis, a dilatação previa é indispensável,
como
meio de
facilitar a entrada
do
instrumento.Depois
da
operação concluída,convém
muitouma
sonda
no
ca-nal, para impedirque
a ferida se sicatrise por primeira intenção.A
coarctotomiacom
quanto muito preconisada pelo.> cirurgiõesantigos, está hoje
abandonada,
como
perigosae inefficar.Na
opiniãodeM.
Reibard, a reprodução dos estreitamentos é infallivelna
coar-ctotomia;
—
assondasem
contactocom
um
estreitamento escarificadoalem
deromperem
amembrana
mucosa
desligam-nado
tecidoespon-joso,
que
irritadopelapresença daquella inflamma-se. Estainflamma-<;ão por muito
branda
(piesejado
logaraexsudação de lympha
plás-tica,
que
Urnde a transformaí-aem
tecido fibroid e retractil.A
io-flammação
muitointensa se termina por -uppíiração, ,onde oresulta-do
será adistruiçãodo
corpo esponjoso,e por consegninteuma
cica-triz.
Quer n'um
quer
n'outro casoo estreitamento reapparece.UR
ETROTG
Ml
,*.INTERNA.
Processo
de
M. Reibard.No
processode
M. Reibard, a incisão sódeve
interessar aes-pessura das paredes
da
uretra até o tecido cellular submuscoso.O
uretrotonomais
empregado
pelo aiUhor secompõe
de
duas peças—
a primeira é
uma
cânulade
25
cent.de
comprimento
aberta nas.extremidades, e apresentando de
um
ladouma
fenda, poronde
sahé.a
lamina
cortantedo mandarim,
aponta
desta cânula édispostade
maneira que
possa ser obliterada porum
pequeno
capus,ou
receber a porçãocurvade
uma
sonda,conforme
quiser ooperadorum
instru-mento
rectoou
curvo.Na
extremidade externa existemum
anel eum
botão
que servem de
fixar omandarim
a sonda;um
reguladormo-vei
marca
opontoda
uretra,que
se querattingir.O
mandarim, segunda
peça
do
instrumento, é de forma mais oumenos
achatada, eapresenta unidas inferiormente duas hastes das quaesuma
sustenta alamina
que
tem de
faserasincisões, presaporum
parafuso.Um
outro regula-dormarca
o gráode
aberturado
instrumento, e duas hastesde
açoque
se recurvão peloaproximamento
das duas extremidades, dilatãoauretra e facilitfio aincisão.
Convém
antesde
operar os doentes submettel-os aum
trata-mento
preparatóriocom
o fimde
enfraquecer as influencias sympa-thicas,de que
é suceptivel o estado particularda
uretra-, assimcomo
também
dilatar o ponto estreitado, poisque
o uretrotomotem
de
franqueal-o, e
mesmo
servirá paraembotar
a sensibilidade exageradatão
commum
em
alguns indivíduos.co-14
arctotomia, ooperador atravessa oestreitamento
como
uretrotomo;distende o penis, alongando-otantoquanto poder sobre a cânula afim de diminuiraespessura e a largura das paredes uretraes, epratica a
secção
imprimindo
aomandarim
movimentos brandos
e ligeiros.As
incisõesdevem
ser feitas nas parteslateraesda
uretra, pontoonde
asparedessãomaisespessas enãoha
perigode
offender asarté-rias bulbosas; ellas
devem
ter4a5millim.de
profundidade sobre6
a 7 centim. de extenção.
No
tratamento consecutivo á operação,M.
lleibard deixanos bordos
da
feridauma
sonda. Estamantendo
osbordos da ferida separados, fal-os cicatrisar
de
modo
aaugmentar
o diâmetrodo
ponto e*streitado.E' assim
que
M. Reibarddizterconseguido cicatrises largas flexí-veis e pouco retractis.A
hemorrhagia
e oderramamento
de sangue
na
bexiga, a formação de coágulos sanguíneos, ainfiltração urinosa,a febre,os abscessos,
ea
flebitesão as complicações,qus
podem
agra-var otratamento.URETROTOIU1A ENDOSCÓPICA.
Processo
de M. Desornemaux.
A
uretrotomia endoscópica éempregada
nos estreitamentosin-franqueaveis,
quando
o catheterismo é impossível.Nos
estreitamen-tos
acompanhados de
retenção completada
urina, o processoendos-copico é muito vantajoso; pois
que
apuncção
da
bexigapode
serdes-pensada; nos estreitamentos franqueiaveis, o
endoscopo
aindo auxiliao
pratico; aqui ellepode
com
a vistaacompanhar
todas as peripéciasda
operação,vantagensque
não se encontra nos processos ordinários.O
instrumentoaque
dão onome
de endoscopo
édestinadoprin-cipalmentea observação
do
interiorda
uretra, e secompõe
das peçasseguintes
—
uma
sonda
de prata recta, tendoem
um
dos lados,uma
abertura,
um
tubocom
um
pequeno
orifício central, poronde
sepode
ver todo interiorda
uretra—
um
espelho inclinado a 45.°também
com
um
orifício central, euma
lentilha,plano—
convexa.A
ultima partedo
instrumento constade
uma
lâmpada
degasogenio
dentro de
um
tubode
chaminé, eum
espelhoconcavo
servindode
reflectir a luzna
lentilha convergente.Asincizões sãofeitas
com
istylêtes, facasde
corteum
pouco
con-vexo
terminadoem
botão,ede
cabo curvo.Convém
paraque
asin-cisões sejãocompletas,
que
o operador tenha maisde
um
istylêtede
corte
em
sentido differentedo
primeiro, e outro Olivar para aexplo-ração
do
orifício; sobretudjquando
se tratarde
estreitamentos fili-formes.Dilatada a porção
da
uretra anterior ao ponto estrutado, é fácilintrodusir sondas
de
calibre considerável,que tem
agrande
van-tagem de
offerecerao olhodo
observadorum
campo
visualmais
vasto;un-IS
lada
de
oleo, a introduz até o orifício externodo
estreitamento.À
aberturalateral
da
sonda deve
ficardo
ladoda
mão
direitado
operador parana
occasiãode
introduzir oistytête,poder
manejal-oa vontade.A
extremidade da sonda
elle adapta asegunda
peçado
instrumento,tendo
o cuidadode
voltar para amão
esquerda a lentilhaconvergen-te.
Assim
reunida a primeira partedo
endoscopo, e sustentada ho-risontalmente pelo operador,um
ajudante fixa ásegunda
peçado
instrumento a
tampado
e o tnbode
chaminé.Isto feito oendoscopo seapresenta
montado,
eo operadornão
tem mais do que
terminar a parte mais importantedo
processo en-doscopico—
a incisão dos estreitamentos.Supposta já praticada a exploração
do
canal, ooperadorsusten-tando o
endoscopo
com
amão
esquerda, introduzcom
a direitaum
istylêtena
fenda lateralda
sonda, ecom
movimentos
brandos impressosao cabo deste, fal-o penetrarna
espessura do tecidodo
es-treitamento
que
é cortadodediante para traz.As
incisõesdevem
ser pouco profundas ecomprehender somente
os tecidos mórbidos.
Quando
elles são muito rígidos, M.Desormeaux
faz duasa quatro incisões Por
meio do
exame
endoscopico, ocirurgiãoconsegue
muitas veses faser incisões no logar,onde
os estreitamen-tos apresentão maisespessura eno
caso de desviodo
canalno
pontoonde
se possaremediar
a direcçãonormal
deste.A
operaçãotermi-nada,
recommenda
M.Desormeaux
quo se conservena
uretra atéaci-eatrisação
da
feridauma
sonda degoma
elástica de fortj diâmetro.Piquenas hemorrhagias, e febre decarater
brando
são ascomplicaçõ-es,
que
setem
observadona
urelrotomia endoscópica.URETROTOMIA
EXTERNA.
BOUTONNIERE
OUOPERAÇÃO DA
CASA.Como
a cauterisação ea urelrotomia, aboutommière
datatam-bém
de epocha
muito remota. Phases eAmussat
faliam deliaem
suasobras. Preconsisada pelos mais celebres cirurgiões Collot, Bertrand,
Hunter
eDeschamp,
esquecida eabandonada
durante muito tempo,hojese acha
em
fim aperfeiçoadaporM.
Symeum
dos seosmais
ar-dentes propugnadores.
O
processo de M.Syme
e cuja descripçãovamos
ligeiramente traçar, éo
seguinte:—
odoente deitado,como
parauma
das operações
de que
já tratamos, o operador introduz,segundo
as regrasjaindicadas para o catheterismo,uma
sonda
até opontoestrei-tado. Esta entregue a
um
ajudante, ooperador levanta os testículos,distende as partes
com
amão
esquerda, ecom
a direitaarmada
de
um
bisturi fazna
paredeperinealda
uretrauma
larga incisão,que
comprehenda
todas as suascamadas
até o catheter. Retirandoum
pouco
este, introduzna
uretrauma
tenta—
cânula, e sobreesta cortao estreitamento
de
diante para traz, fazendouma
incisão,que
vàal-gumas
linhasalem do
ponto estreitado.16
Alguns
cirurgiõesaconselham,que
se façaa incisãona
partepos-terior
do
estreitamento; para elles o conductor éuma
circunstanciadispensável parao
bom
êxitoda
operação.M.
Reibard ao contrariosustentaa conveniência
do
catheterismo,avistadas defficuldades,que
surgem no
actoda
incisão. Elietambém
recommenda
a distencãopre-via
do
canal pormeio
dasinjecçõesde mercúrio.Convém
demorar no
canal asonda
com
ofimde
separaros lábiosda
ferida paraque
nãohaja reunião por primeira intenção, emesmo
para pr;venir a irritação
que
apassagem da
urinapode
provocar.A
boutonniere,
oomoa
uretrotomia interna,é hoje geralmenteemprega-da,
como
es!a,ellatem
assuas vantagens, eósseosinconveni.3ntes^-fistulasurinariaselodos os acctdentes
da
dilatação. Para M. Vidal, o processo deM.
Symeé
superiorao d \M
Reibard; para outros elle émuito
perigoso, e sóaconselhadoem
casos muito excepcionaes.PUNCÇAO
DA
BEXIGA.
i
Toda
vezque
se der a retençãoda
urina, eque
a bexigaem
completo esiadodeplenitude,
ameaçar
os diasdo
doente, apuncção
da
bexigaé aconselhada.Os
antigos recorriam a esta operaçãoem
casos análogos.Ella
pode
ser feitaem
trez regiões—
hypogastrica,re-ctale permeai.
Os
instrumentosempregados compõe-se de
um
bistu-ri, e
um
trocaterrectoou
curvo.A
puncção hypogastrica, aúnica hojeempregada,
era feitaanti-gamente no
pontoque
corresponde a direcçãodo bordo
externo e in-feriordo musculo
recto,onde
abexiga se acha despidada
folhaperi-tomalque
a envolve.Tendo-sedado
agumas
vezes a lesãoda
artériaepigastrica nesteponto, os cirurgiões escolheram para logar
da
pun-cção a linha alva
uma
polegada acima da symphise do
púbis.O
doen-te
no
decubitus dorsalcom
a cabeçae o peitopouco
levantados; asco-xas dobradas sobreo
abdomem
ooperador perfura a paredeabdomi-nal
dando
ao instrumentoforte impulsão, capazde
penetrar as pare-desda
bexiga ate o seo interior,oque
ooperador reconhece pela fal-tade
resistência,que
encontrano
instrumento, e poralgumas
gottasde
urina,que
sahem
pelo rêgodo
instrumento.Feita apuncção, retira otrocater, deixando a canuola
na
feridaa-té evacuar
completamente
a bexiga.As
puncçôes perineal e rectalestãointeiramenteabandonadas.
O
manual
operatório e idênticoem
todas ellascom amudança
so-mente
dos logares,onde
sedeve
faser a incisão.Nos
casosem
que
a
puncção
perineal tiver de serempregada,
o cirurgiãoreconhecendo
asSECÇÃO
CIRÚRGICA.
PROPOSIÇÕES.
Phleguiào
diffaso.I.*
—
0
phlegmão
diffuso,chamado também, phegmão
erysipe-latoso, erysipelaphlegmonosa,phlegmão
gangrenoso, éuma
inflam-mação,
que
ataca o tecido cellular,emprimindo-lhe
grandesdesor-dens.
!2.a
—
As
causasdeterminantesdo phlegmão
diffuso são muito va-riáveis.3.8
—
Nas mulheres
e nos meninos, éellemuito
raro. 4.a—
Para muitoscirurgiões, é
uma
moléstia contagiosa. 5.a—
No
phlegmão
diffusodistingue-setrez períodosbem
cara-cterizados
—
periodode inflammação
—
periodode
mortificação, epe-ríodo
dee
liminação das escaras.6.a
—
O
phlegmão
diffusonão
pode
ser confundidocom
ophle-gmão
simpleseaersipela adematosa.7.a
—
A
angioleucite e a phylebite são duas moléstias differentesdo
phlegmão
diffuso.8.a
—
O
prognostico éem
geral grave.9
a—
A
primeiraiudicaeão a preencher éremover
pormeios apro-priados a causa productorado
mal.10.a
—
O
tratamentomais
frequentementeempregado
consisteem
praticarincissõesprofundas mais
ou menos, conforme
a sededo
phleg-mão.
II.a
—
O
tratamento geralnão
deve ser dispensado.12.a
—
Na
maioriados casos, amorte
é a consequência
da
suppu-ração,
que
esgota as forçasdo
doente.SECÇÃO
MEDICA.
Acção
phisiologica
e tlierapentiea
do
iodo.1/
—
0
iodo éum
metalloide simples,que
existena
turesasem-pre
em
estadode combinação.
2.°
—
Na
economia
animal, os seos effeitospodem
ser geraes e locaes.3.a
—
O
iodoéum
ante séptico porexcellencia.4.a
—
As
alterações produsidas por elle sãode
trez ordensprimi-tivas
—
secundarias, e terciárias.5.a
—
Os phenomenos
socundariossão caracterisados porpertur-bação da vista, zunido nosouvidos, circulação apressada, e
sephala-gia, accidentes,
que
constituemum
estado particular—
aembriaguez
iodica.
6.a
—
A
absorpçãodo
iodo, e sua rápida iliminação estão hoje provadas por experiências concludentes.7.a
—
No
terceiro graódas alterações,que
o iodo provocaobser-va-se
um
estadomórbido
caracteristicochamado
por unssaturaçãoiodica, por outros iodismo constitucional.
8.a
—
O
iodo éempregado
com
muita
vantagem
nas papeirasresultantes
da
hypertrophiada
glândula thyroide.9.
'—
Nos
symptomas
terciáriosde
siphiles é elleum
poderosomedicamento.
10.a
—
E'também
de grande proveito nas moléstiasde
pelle. 11.a—
No
tratamentoda
hydrocele a tincturade
iodo éempre-gada
por velpeaucom
resultados satisfatórios.12:a
—
A
exemplo de
Velpeau, injecções iodadas forãotambém
SECÇÃO
AGCESSORIA.
Vinhos medieinaes.
1.a
—
Em
phar
macia,chama-se
vinho medicinal o resultadoda
dissolução
de
uma
ou
muitas substanciasmedicamentosas no
vinho.2.»
—
Os
vinhosque
entrãona
conficção deste preparado,podem
ser
de
tresqualidades—
vinhosvermelhos—
brancos, e vinhosde
licor.
3.a
—
E' pormeio da
destillação,ou do
alcocometro deGay-Lus-sac,
que
seconhece
o gráo alcoometrico dos vinhos.4.a
—
A
agua, o álcool, ealgumas
substancias entre ellas o paócampeche
são as matérias, deque
ordinariamente lançãomão
os falsificadores dos vinhos.5.
'—Para
abóa
conservação dos vinhos,convém
que
elles se-jão purificados a todas as substancias estranhas, contidas nelles.6.a
—
Os
meios de
purificalos variãoconforme
aqualidadedelles.7.a
—
Os
vinhos nãodevem
a sua propriedade dissolvente somen-te áagua
e oálcool.Os
outros corpos,que
entrãona
sua composição,também
dão-lhe propriedades dissolventes importantes.8.a
—
Na
preparação dos vinhos medieinaes,não
é indifferentea escolha destes.
Os
mais ricosem
álcool são os preferidos.9.a
—
A
naturesada
substancia,que
sequer dissolver, influetambém
na
escolhados
vinhos.10.a
—
Na
preparação dos vidhos medieinaes,convém
empregar
substancias seccas. Entre os vegetaes, as plantas
ante—
sconbuticassãoas únicas
empregadas
verdes. 11.3—
E' pormeio da
maceração,e das tincturas alcoólicas,
que
se fabricão os vinhos medieinaes.
HIPPOCRATIS
APHORISIII
1.
°—
Morborum
acutorum
nonomninó
tatoe suntpredictiones,ne-que
mortis,neque
sanitatis.2.
°—
Non
febricitanti appetitus dejectus et oris ventriculemorsusettenebricosa vertigo et os
amarescens
sursum
purganteopus
esse,indicat.
3.
°—
Si quissanguinem
mingatetgrumos
est urinoe stillicidiumhabeat etdolor incidat
ad
imunventrem,
etperinaum,
partescirca-vesicam laborant.
4.°-—
Quibus
in urina arenosa subsident, illisvesica calculola-borat.
5.°
—
In febribus abscessus quinon
solvantarad
primasjudica-tiones,
morbi
longitudinem significant.Mulieri menstruis dificientibus, et naribus
sanguinem
fluere,bo-num.
Remettida
acommissão
revisora. BahiaFaculdade
de
Medicina14 de
Agostode
1865.Dr.
Gaspar.Esta these está
conforme
os estatutos. Bahia21
de
Agostode
1865.
Dr.
Moura.
Dr.
J.Sodré.
Valle
Júnior.Jmprima-se, Bahia e