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Estrutura fundiaria, modernização e distribuição da renda na agricultura matogrossense

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Academic year: 2021

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(1)ESTRUTURA FUNDIARIA, MODERNIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO-DA RENDA NA AGRICULTURA MATOGROSSENSE.. Manoel Pereira de Andrade. Orientador: Prof. Rodolfo Hoffmann. Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, para obtensão do ti tule de Mestre em Agronomia, Area de Concentração: Economia Agrâria.. PIRACICABA Estado de São Paulo dezembro - 1989. _.

(2) A553e. Andrade, Manoel Pereira de Estrutura fundiãria, mQdernização e distribuição da renda na agricultura Matogrossense. Piracicaba, 1989.. 20lp.. Diss. (Mestre) - ESALQ Bibliografia.. 1. Agricultura - Inovação - Mato Grosso 2. Agri­ cultura - Renda - Distribuição - Mato Grosso 3. Pos se da terra - Aspecto politico-s6cio-econômico - Ma to Grosso 4. Renda - Distribuição - Mato Grosso I� Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Pi­ racicaba. CDD 339.2.

(3) ESTRUTURA FUNDIARIA, MODERNIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NA AGRICULTURA MATOGROSSENSE. Manoel Pereira de Andrade. Aprovado em 04. 05.1990 Comissão Julgadora:. Prof. Dr. Rodolfo Hoffmann Prof. Dr. Oriowaldo Queda Prof. Dr. José Juliano de Carvalho Filho. ESALQ/tJSP ESALQ/USP FEA/USP. �a !ldL�. Prof. Dr.�do//o Hoffmann Orientador.

(4) iii. AGRADECIMENTOS. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuiram. com. seus. estimulos, suas. criticas. e. suas. atenções, tornando possivel este trabalho. Aos pelas. Funcionarios. e Professores da ESALQ/USP. contribuições e ensinamentos.. E aos Estudantes pela. solidariedade. Aos pelo. colegas. companheirismo. e. do. curso de. Economia. participação. Agrária. efetiva. no. desenvolvimento das diversas tarefas ao decorrer do curso. A Grosso, de. Fundação. Universidade. Federal. do. Mato. Departamento de Agronomia e, em especial, ao Grupo. Estudos Rurais da Amazônia que não mediram. esforços. e. incentivos para a consolidação da presente dissertação. Ao. IBGE e EMATER-MT,. por terem facilitado o. acesso aos dados. Ao CNPqjCAPES/FINEP, pelo suporte financeiro. Ao. professor Rodolfo Hoffmann,. que de forma. lãcida e exigente me fez chegar ao final deste trabalho..

(5) iv INDICE. LISTA DE FIGURAS....................................... vi. LISTA DE TABELAS...................................... viii RESUMO. • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . . • • • • • • • • • • . • • • • ••. xi i i. ABSTRACT. • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. "XV' i. 1.. 2.. INTRODUÇAO E OBJETIVOS............................. 1. 1. 1. Introdução.................................... 1. 1.2. Objetivos..................................... 5. INTERVENÇAO DO ESTADO NA AMAZONIA LEGAL............ 8. 2.1. Antecedentes Hist6ricos....................... 8. 2.2. Periodo Pós 64................................ 18. 2.3. Operação Amaz ônia .................... '. ...... .. 25. 2.4. MEDICI:. 3.. Integração,. Segurança. e. Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 32. 2.5. Ocupação Privada e Expontânea da Amazônia..... 37. EVOLUÇAO. DA. ESTRUTURA. FUNDIÁRIA. DO. ESTADO. DE MATO GROSSO..................................... 43. 3 • 1. Introdução.................................... 43. 3.2. Fonte de Dados e Medidas utilizadas........... 47. 3.3. Estrutura da Posse da Terra................... 54.

(6) v 3.4. Posse. 4.. 5.. da. Terra. no. Periodo. 70-80. nas. Microrregiões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 63. 3.5. Estrutura Fundiària dos Municipios em 1980.... 72. MODERNIZAÇÃO DA. AGRICULTURA NOS. MUNIC!PIOS. DO. ESTADO DE MATO GROSSO.............................. 80. 4 • 1.. 8O. Introdução.................................... 4.2. Indicadores de Modernização................... 92. 4.3. Identificação dos Fatores..................... 96. 4.4. Valores dos Fatores ........................... 101. 4.5. Zonas Diferenciais de Modernização ............ 107. DISTRIBUIÇÃO DA POSSE. DA. TERRA, MODERNIZAÇÃO E. DISTRIBUIÇÃO DA RENDA... • . • . . . . . . . • . • . . . . . . . . • . . . .. 115. 5. 1. Introdução.................................... 115. 5.2. Dados utilizados e Questões de Metodologia .... 124. 5 .3. Distribuição da Renda......................... 13 O. 5.4. Medidas de Pobreza ..........•................. 145. 5.5. Relação. entre. Modernização,. Estrutura. Fundiària e Distribuição da Renda ............. 156. CONCLUSOES. . . . . . . • . . . . . . . . . • . . . . . • . . . . . • . . . . . . . . . .. 165. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..........................•.. 173. ANEXO 1................................................ 183. ANEXO 2................................................ 189. 6..

(7) vi. LISTA DE FIGURAS. Figura 2.1. Localização espacial da Amazônia Legal.... Figura 3.1.. Histograma do contraste da distribuição dos. c~~abcl~cimcntos. e. respectivas. areas dos estratos I e V.. Mato Grosso,. 1980. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Figura 3.2.. Localização espacial das. Representação. grafica dos. indice de Gini segundo a. 58. microrregiões. no Estado. Mato Grosso, 1980............. Figura 3.3.. 10. valores. 65. do. classificação. adotada por CAMARA (1949). Mato Grosso, 1980. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Figura 4.1.. Representação fatores. grafica dos valores. de modernização.. dos. Mato Grosso,. 1980. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Figura 4.2.. Grupamentos valores. de. municipios segundo. dos fatores. de. Zonas. diferenciais. do. modernização.. Estado.. Histograma da distribuição das de. familias. cujo chefe tem. 109. Mato. Grosso, 1980 ..•..•.........•.......•..... Figura 5.1.. 104. os. Mato Grosso, 1980 ....•................... Figura 4.3.. 78. pessoas atividade. 114.

(8) vii principal. na agropecuãria conforme seu. rendimento. familiar. per. capita. (em. salãrios minimos). Mato Grosso, 1980 ..... Figura 5.2.. Histograma de. da distribuição das pessoas. familias cujo chefe. principal. tem. atividade. na uyropecuãria conforme seu. rendimento salãrios. familiar minimos),. per. capita. nos municipios. (em de. Rio Branco e Água Boa, em 1980 ........... Figura A.2.. Técnica. 139. de rotação ortogonal com. 143. dois. fatores.... . .. . ......... .. ...... .. . .. ... .. 201.

(9) viii. LISTA DE TABELAS. Tabela 3.1.. Distribuição de estabelecimentos e suas respectivas. áreas. ocupadas.. Mato. Grosso, 1970/75/80...................... Tabela 3.2.. Distribuição. percentual. estabelecimentos respectivas. dos. agropecuários. e. áreas ocupadas, segundo. a. área total. Mato Grosso, 1970/75/80...... Tabela 3.3.. Variação. relativa. estabelecimentos. e. do. 56. número. respectivas. 59. de áreas. ocupadas por grupos de área total. Mato Grosso, 1970/75/80....................... Tabela 3.4.. Área. média. dos. 60. estabelecimentos. agropecuários e sua respectiva variação percentual por estratos de área. total.. Mato Grosso, 1970/75/80.................. Tabela 3.5.. Porcentagem. da. correspondente. área 50%. de. estabelecimentos menores (50-),. aos 5%. maiores. (5+). distribuição. aos. total. e o da. estabelecimentos. indice de. Gini. posse da terra agropecuários. da. pelos no. Brasil e no Estado de Mato Grosso. Mato. 61.

(10) ix Grosso, 1970/75/80....................... Tabela 3.6.. Nümero,. are a. total. e area media. 62. dos. estabelecimentos nas seis microrregiões do. Estado. (nümeros. porcentagens em. rela~ão. absolutos. e. ao total). Mato. Grosso, 1970/75/80....................... Tabela 3.7.. Varia~ão. e area seis. relativa do nümero, ârea total media dos. estabelecimentos nas. microrregiões do. Estado.. Mato. Grosso, 1970/75/80....................... Tabela 3.8.. 66. propor~ão. Indice de Gini,. 68. da area total. correspondente aos 50% estabelecimentos menores. (50-). e aos 5% maiores. (5+),. nas microrregiões homogêneas do Estado. Mato Grosso, 1970/75/80.................. Tabela 3.9.. Distribui~ão. da. posse. municipios,. de. acordo. Agropecuârio:. terra. com. o. nos Censo. nümero e porcentagem dos. estabelecimentos porcentagem. da. 71. (N) ;. ârea. dos estabelecimentos. e (A);. area media (m) e area mediana (D). Mato Grosso, 1980.............................. Tabela 3.10.. Distribui~ão. da. posse da. municipios,. de. acordo. terra com. o. nos Censo. 73.

(11) x Agropecuario:. indice. indice de Theil (T) ; total. de. Gini. (G) ;. proporção da area aos. correspondente. SO%. estabelecimentos menores (SO-) ; aos 10% maiores. (10+). aos. e. maiores. S%. (S+). Mãto Grosso, 1980.................. Tabela 4.1.. Tabela 4.2.. NTImero. das. familias. atividade. principal. utilizado. na analise. cujo na. chefe. tem. agropecuaria,. ponderada.. Mato. Grosso I. 1980.............................. Cargas. fatoriais, comunalidade de cada. variavel. e. 76. porcentagem. da. 97. variância. total correspondente a cada fator, ap6s a. na. fatorial. da. das correlações simples dos. 31. rotação,. matriz. indicadores ponderação familias. de pelo. cujo. principal. analise. modenização, nTIffiero de pessoas chefe. na. tem. com de. atividade. agropecuaria,. nos. municipios do Estado. Mato Grosso, 1980.. Tabela 4.3.. Valores. dos. fatores. dois. 98. de. modernização, nos municipios do Estado. Mato Grosso, 1980 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tabela S.l.. Familias. residentes. particulares. em. cujo chefe tem. domicilios atividade. 102.

(12) xi. principal vegetal. de. Brasil,. ncrmero de pessoas. pessoas. por. e. familia,. no. no Estado de Mato Grosso,. nas. microrregiões. acordo. extraç::ão. agropecuaria,. e pesca,. ncrmero. suas. na. com o. e. municipios,. Der'~~"~-L Af. Co::-~;Sv. de Ma to. i cc· •. Grosso, 1980 .•........................... Tabela 5.2.. Familias. residentes. particulares,. em. domicilios. cujo chefe tem atividade. principal na agropecuaria, vegetal. e pesca,. rendimento total, mensal. na extraç::ão. ncrmero de pessoas. e. por rendimento médio. familiar per capita segundo. as. microrregiões. Mato Grosso, 1980 .......•. Tabela 5.3.. Distribuiç::ão rendimento familias. das. residentes. principal vegetal. (50-) ;. em. para. domicilios. agropecuaria,. extraç::ão. rendimento. familiar. médio (m) e mediano (D), em. salarios minimos;. renda. capita. o. atividade. e pesca:. de. per. conforme. cujo chefe tem. na. per capita. indice. pessoas. familiar. particulares. indice de Gini. Theil (T);. recebida pelos. 129. (G);. porcentagem. pelos 50%. mais. 10% mais ricos. de. pobre. (10+). pelos 5% mais ricos (5+) no Brasil,. e no. 134.

(13) xii. Estado. de. Mato. microrregiões Grosso,. municipios,. suas de. suas. nas. municipios,. e. nas. Grosso,. Mato. de. e. microrregiões. acordo. com. o. Censo. Demográfico. Mato Grosso, 198 O . . . . . . . . . . . Tabela 5.4.. Distribuição rendimento. das pessoas familiar. familias. principal vegetal. per. residentes. particulares na. razão. (I);. indice. capita. em. o. para. domicilios. cujo chefe tem. atividade. agropecuária,. extração. propor~ão. dos pobres. e pesca:. (H);. conforme. de insuficiência de de. pobreza de. 137. renda. CP);. Sen. insuficiência de renda como porcentagem da. distribui~ão. renda total (r) e. pobres pelo Brasil, Grosso,. municipios, pobreza capita,. no Estado de. suas. nas. adotando. acordo. Mato. microrregiões uma. linha. de 1/4 de salário minimo de. dos. com. o. e. de per. Censo. Demográfico. Mato Grosso, 1980 •...•••.•.. Tabela. A.l. L50. Valores dos indicadores de modernização da. agricultura. nos. municipios. do. Estado. Mato Grosso, 1980 •••.....•.••.•.•. 184.

(14) xiii. ESTRUTURA FUNDIARIA, MODERNIZAÇAO E DISTRIBUIÇAO DA RENDA NA AGRICULTURA MATOGROSSENSE. Autor: MANOEL PEREIRA DE ANDRADE Orientador: Prof. RODOLFO HOFFMANN. RESUMO. O verificar. as. estrutura. principal. objetivo desta dissertação. relações entre a distribuição. fundiâria. e. o. processo. de. de. foi. renda,. modernização. a da. agricultura Matogrossense. utilizando Agropecuârios do. Censo. informações. de 1970,. Demogrâfico. microrregiões. dos. Censos. 1975 e 1980 e Tabulações Especiais de. homogêneas. 1980, do. para. estado,. os. municipios. foram. e. calculadas. medidas de tendência central e desigualdade da distribuição da renda e da posse da terra e obtidos indicadores do. grau. de modernização da agricultura. Para. caracterizar o grau de modernização. da. agricultura, em cada um dos 55 municipios matogrossenses em 1980,. foram. intensidade força com. obtidas de. variâveis. relacionadas. exploração da terra,. de trabalho, a. 31. modernização. a. com. produtividade. o grau de monetarização da produção das. relações. de. trabalho.. Dada. a da e a.

(15) xiv dificuldade. de. analisar. simultaneamente. grande. de variaveis,. método. dos componentes principais,. um. nümero. foi feita uma analise fatorial. tão pelo. partindo da matriz das. correlações simples entre as variaveis. Nessa analise foram consideradas variância. apenas total. interpretação. dois fatores que. das. variaveis.. 31. desses. captaram Para. 67,1%. da. facilitar. fatores foi feita uma. rotação. a. pelo. método VARIMAX, mantendo a ortogonalidade entre eles. Através agrupar. da. analise. fatorial. foi. os 55 municipios em 8 zonas distintas,. possivel de. acordo. com o grau e a natureza da modernização de sua agricultura. Essas. zonas. são formadas por um ou. caracteristicas. homogêneas. que. mais. nem. municipios. sempre. com. apresentam. continuidade geografica. As. relações. entre. desigualdade. a. distribuição de renda,. da posse da terra e a. da. analisadas por meio. agricultura. mültiplas.. foram. Essas. total. de. modernização de. regressões. regressões foram ajustadas utilizando-se. os dados referentes aos 55 municipios, nümero. da. pessoas. das. com ponderação pelo. familias. cujo. chefe. tem. atividade principal na agropecuaria. Os. confirmaram. a. existência de uma relação negativa entre a desigualdade. da. distribuição da. implicou na. da. analise. de renda e o grau de pobreza.. agricultura. indicadores. resultados. esta. relacionada. de pobreza, diminuição. A modernização. negativamente. significando que a da pobreza absoluta. com. os. modernização para. os. que.

(16) xv. permaneceram também da. na. agricultura.. Os. resultados. que a modernização da agricultura e a. posse. da. comprovaram desigualdade. terra estão associadas positivamente. desigualdade da distribuição de renda.. com. a.

(17) LAND. TENURE. STRUCTURE,. MODERNIZATION. AND. INCOME. DISTRIBUTION IN THE AGRICULTURE OF MATO GROSSO.. Author: MANOEL PEREIRA DE ANDRADE Adviser: Prof. RODOLFO HOFFMANN. ABSTRACT. The principal objective of this research to. analyse the relations between the income. the. was. distribution,. land tenure structure and the process of. agricultural. matogrossense modernization. Data (l970,. 1975,. demographic. from. 1980) census. and. of. the. counties Indicators. agricultural. calculate. measures. 6. 1980 of. inequality of the income distribution. land tenure distribution in each. and. censuses. special tabulations of the. were used to. central tendency and and. the. regions. of the. State. of the modernization leveI of. of. of. Mato. the. the. 55. Grosso.. agriculture. were also computed. The leveI. of. 31. agricultural. variables used to. characterize. modernization in each. of. the. the 55.

(18) xvii counties, in. 1980, were related to the intensity of. exploitation, leveI. of. the. productivity of the labour. monetarization in production. modernization difficulty. -;:'ha la.iJour. :I...i1. and. relations.. land. force,. the. finally,. the. Because. in analysing simultaneously so many. of. tile. variables,. a factor analysis by the method of the principal components was. carried. out,. starting from the matrix of the. simple. correlations between the variables. Only two factors, which explained. 67,1% of the total variance of the 31 variables,. were considered. factors,. a. To facilitate the interpretation of these. rotation. by. the. VARlMAX. method. was. made,. maintaining the ortogonality between them. Using. the factor scores it was possible. to. group the 55 cities in 8 different regions according to the leveI. and. agriculture. counties. the. nature. These. of. regions. the. modernization. were formed by. one. of. its. or. more. with homogeneous characteristics which not always. show geographical continuity. The. relations between the inequality of. income distribution, agriculture. of the land. modernization. were. tenure distribution analised. by. the and. multiple. regressions. These regressions were adjusted using the data referring to the 55 counties, weighting with the total number of persons in the families whose family head has his.

(19) xviii main actvity in agriculture. The. results. of. this. analysis. showed. the. existence of a negative relation between the inequality the. income. agricultural poverty. distribution. and. the. poverty. leveI.. The. modernization is related negatively with. indicators,. meaning. that. a. consequence. modernization was a reduction in absolute poverty to. of. the of those. who remained in the rural sector. The in. agriculture. results also showed that. modernization. and. land. inequality. in. distribution are positively associated the income distribution.. the with. tenure. inequality in.

(20) 1. INTRODUÇAO E OBJETIVOS. 1.1. Introdução Neste transformações produtiva. trabalho. ocorridas. da. agricultura. será feita uma na. recentemente do Estado de. análise. das. estrutura. Mato. Grosso.. Será abordado o periodo pos 64, especialmente a. década. melhor. de 70,. procurando oferecer subsidios. compreensão. das relações entre a. para. modernização. uma da. agricultura, distribuição da renda e da posse da terra. Mato Grosso é o terceiro Estado da Federação, em. área,. com. 881.001. krn~. correspondendo. a. 10,35%. do. territorio nacional e 17,7% da Amazônia Legal (1). Embora. a. inicio do século XVIII, ainda. sua. ocupação. tenha. ocorrido. o Estado de Mato Grosso,. no. em 1980,. possuia uma baixa densidade demográfica (em torno de. (1) A Amazônia Legal (criada em 06/01/1953, Lei n. 1.806) é composta pela superficie total dos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Tocantins e pelos territorios de Amapá e Roraima, mais a porção ao Leste do Meridiano 44 do Estado do Maranhão, com uma área aproximada de 5 milhões de km2 (4.978.274 km 2 ) , representando quase 60% do territorio nacional..

(21) 2. 1,3. habitantes. por. km~. de acordo com os dados. do. Censo. Demografico de 1980). Entretanto, a partir da década de 50, o. Estado vem sofrendo mudanças que tem alterado. significativa. sua. apresent~ndo. nas. social. estrutura. ~ltimas. décadas um dos. crescimento populacional do pais.. de. forma. e. econômica,. maior~q. indices de. Este crescimento mostra-. se mais intenso a partir de 1970, refletindo o deslocamento das frentes de ocupação. Apesar escassamente caracteriza. de. povoada, por. uma. apresentar-se o. Estado. situação. fortes tensões sociais.. desordenada. agricola,. aliado. de. uma. Mato. fundiaria. região. Grosso. se. tumultuada. por. Nada menos de 250 focos de tensões. foram catalogados (MATO GROSSO, ocupação. como. causada aos. 1985, pelo. interesses. p. 7), fruto de uma avanço dos. da. fronteira. capitalistas. em. transformar o meio de produção natural, a terra, em reserva de valor (ver SAYAD, lembrar,. contou. especialmente priorizar. a. 1977).. com partir. o. Tal diretriz,. apoio do. do. Estado. inicio da. os grandes projetos,. que. década. em detrimento. produção (2). Segundo QUEIROZ (1983), estes se. nunca e demais passa, de da. 70,. pequena. problemas. acumulando desde a epoca em que o processo de. a. vem. ocupação. (2) Pronunciamento do Ministro do Planejamento em setembro de 1973, a um grupo de empresarios: "Ate aqui, a Transamazônica· deu ênfase à colonização, mas a necessidade de evitar uma ocupação predat6ria, com consequente processo de desmatamento e a manutenção (continua •.. ).

(22) 3. tornou-se mais intenso, na década de 1960, e culminou com o fechamento,. em 1966, do orgão responsavel pela condução do. processo de. ocupação e titulação de terras,. Departamento. na. época,. de Terras do Estado de Mato Grosso.. ficou, até 1977, sem nenhum. o. O Estado. orgão executor de sua pclt.t.ica. agrãria, até a implantação do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso - INTERMAT (3), neste mesmo ano. na. Reproduzem-se contradições no pais.. fronteira. Amazônica. do modelo econômico que vem sendo. as. implantado. "Os programas governamentais conjugados ao estilo. do desenvolvimento recente do pais, ocasionaram substancial incorporação. de. terras. agropecuarios.. Ademais,. em. extensos este. estabelecimentos estilo. mesmo. desenvolvimento produziu uma rapida aceleração do migratorio para partes da. de. processo. Amazônia Legal" (MUELLER,. 1981,. p. 61).. Este fronteira. da. incentivos. fiscais. modelo. Amazônia. para alguns produtos,. de desenvolvimento Matogrossense,. e juros subsidiados,. adotado baseado. esteve. na nos. voltado. principalmente aqueles que encontram. ( ••• continuação) do equilibrio ecologico nos levam a convidar as grandes empresas a assumir a tarefa de desenvolver esta região". (3). O INTERMAT foi criado pela Lei n. 3.681 de 28/11/1975 e veio à substituir o Departamento de Geografia e Geologia da Secretaria de Agricultura em 23/11/1976 através do Decreto n. 775..

(23) 4. aceitação no mercado externo, os que são matéria prima para indàstria e os que são fonte de energia. Além dessa problemática da fronteira agricola na Amazônia para. esse. Matogrossense,. estudo. ú primeiro é. resistência dia,. há dois fatores que nos atraem â. crescente organização. dos trabalhadores rurais verificada no. dia-a-. em cada acampamento, em cada movimento de ocupação de. terras e nas manifestações dos trabalhadores. de. e. fronteiras,. lado,. os. a. os. do outro,. policiais. e. os. seus. empresários agricolas (CARVALHO, coloniza9ão ocupa9ão. na. legal. regiões. luta ocorre de forma explicita:. camponeses;. grileiros,. Nas. Amazônia,. ou. de. um. latifundiários,. os. novos. aliados,. 1980 e KOTSCHO, 1981). liA. melhor,. e/ou produtiva do. solo,. abertura das grandes rodovias federais,. as. condições. permitidas. de pela. se transformou. ponto de encontro de interesses sociais diferentes. lado,. os. no. Por um. a massa de camponeses pauperizados, especialmente no. Nordeste,. encontrava. na. coloniza9ão a possibilidade. afirmar suas formas especificas de reprodu9ão, OCUpa9ão. da. terra. através. que permite a reprodu9ão. do. de da. trabalho. familiar. Por outro lado, o capital,tratava de canalizar em seu. favor. a. mais-valia. disposição. através. fundiária. fundadora. projetos. agropecuários. 107) •. de. que o. Estado. incentivos. colocava. fiscais. e. da. sua. à. renda. e institucional que a implantação possibilitava". (SORJ,. 1980,. de p..

(24) 5. o. segundo. parcela do Governo, importância pais.. para. fator. o. reconhecimento,. por. que a Reforma Agraria é de fundamental consolida~ão. a. da democracia. em. nosso. O I Plano Nacional de Reforma Agraria - PNRA chega a. afirmar. em. sua carta de. inten~ão,. potenciais da Reforma Agraria, sem terra,. posseiros,. assalariados. rurais. e. contingente,. somar-se-ia um. que. não. principal, fun~ão. a. os. beneficiarios. formados por. trabalhadores. 7. minifundiarios,. de. embora. 6. que. arrendatarios, parceiros, parte dos. contingente. em. é. tenham. milhões. na. de. n~mero. somariam. familias.. indefinido de. agropecuaria. sua. um. A. esse. familias atividade. são beneficiarios potenciais da Reforma Agraria da precaria e incerta. absor~ão. urbanas junto às cidades pequenas e médias. nas. atividades. (BRASIL,. 1985,. p. 24).. 1.2. Objetivos O tema central deste trabalho para. o. Estado. distribui~ão. de. sobre. moderniza~ão. agraria mencionar. e. Mato. da renda,. moderniza~ão. revisão. de. Grosso,. as. é. rela~ões. que. entre. a. a estrutura fundiaria e o processo. da agricultura. Será. realizada, também, uma o impacto da politica. governamental. tecnolõgica da agricultura sobre a a. verificar,. distribui9ão da renda no. setor.. e. da. estrutura Cabe. aqui. o presente estudo faz parte de uma série de.

(25) 6. trabalhos Estados. (4). com. este. do Brasil,. mesmo. objetivo,. para. diversos. sob a orientação do professor. Rodolfo. Hoffmann. Sera agricultura expansão,. do. Estado. tendo. governamental,. caracterizada a estrutura produtiva. a. de Mato. como. Grosso. referência. a. partir de 1964,. e. analisada. politica. da sua. econômica. em especial a década de. 70.. Procura-se, para. uma. com. este. trabalho,. melhor compreensão das relações de. contribuir produção. na. apresentar. no. agricultura matogrossense. Para. isso se faz conveniente. segundo capitulo uma retrospectiva fronteira na Amazônia Legal, sentido. da expansão. recente da. sobretudo a Matogrossense, no. de facilitar o entendimento do processo. hist6rico. da ocupação da região. !: abordado o "modelo" de intervenção do. Estado,. processo. p6s 64, produtivo;. marco da incorporação da Amazônia as. consequências. penetração do capital monopolista, e. as. principais. contradições,. ao pela. geradas. nacional e estrangeiro, por. ele. desenvolvidas,. expressas pelo acnmulo de tensões sociais. No. terceiro. capitulo. são. descritos. os. principais aspectos da evolução da posse da terra no Estado de. Mato. Grosso,. sendo. utilizados. dados. dos. Censos. (4) Jã foram realizados estudos para os estados da Bahia, São Paulo e Paranã por TRONCOSO LEONE (1988), KIYUNA (1989) e DEL GROSSI (1989), respectivamente..

(26) 7. Agropecuarios de 1970, 1975 e 1980. São desagregadas. para. as. microrregiões. No. quarto. efetuadas analises homogêneas. e. seus. municípios. capitulo. transf0~--:'t.;;,;:ÕE:S r.:::~~rj ::1.:;.,:; !:;:l.. guerra,. levando. governamentais dos. anos. em. analisam-se. agricultura brasileira no. conta. os. principais. Posteriormente,. são. p6s-. instrumentos. de desenvolvimento para o setor,. 60.. as. a. partir. apresentados. indicadores de modernização da agricultura,. 31. utilizados. no. processamento da analise fatorial e no zoneamento do Estado em função dos graus de modernização. analisar. os. municipios. níveis de. Com isso, pretende-se. de modernização. Mato Grosso. da. agricultura. com base nos dados. nos. do. Censo. um. breve. Agropecuario de 1980. No hist6rico. do. ültimo. capitulo. apresenta-se. debate sobre o desenvolvimento. ditribuição de renda.. Em seguida,. econômico. trata-se da metodologia. utilizada e das limitações dos dados do Censo. Demografico.. A seguir procura-se caracterizar a distribuição de a. pobreza· na. agricultura. de. e. Mato. Grosso.. através de regressões mültiplas ponderadas,. renda e. Finalmente,. analisam-se as. relações entre a modernização da agricultura r as medidas de desigualdade caracteristicas 1980.. da. posse. da. terra. e. da distribuição de renda,. as no. principais Estado,. em.

(27) 8. 2. INTERVENÇAO. DO. No recente. da. ESTADO. AMAZONIA LEGAL. presente capitulo é estudada. fronteira. Matogrossense,. NA. e. da. Amazônia. a. Legal,. expansão. sobretudo. a. seus reflexos nas caracteristicas s6cio-. econômicas da região. Na hist6rica. da. seção. 2.1. ocupação. é. uma. feita. retrospectiva. neste. da Amazônia. século.. seç:ões 2.2,. 2.3 e 2.4 trata-se do "modelo" de. do. p6s 64,. Estado,. Nas. intervenç:ão. quando é acelerada a incorporaç:ão. da. Amazônia ao processo produtivo nacional. A pela. penetraç:ão. estrangeiro,. e. seç:ão 2.5 mostra as consequências do. capital. as. principais. desenvolvidas, expressas pelo. monopolista,. nacional. contradiç:ões,. ac~ulo. geradas. por. e ele. de tensões sociais.. 2.1. Antecedentes Hist6ricos O. amazônica, profundas. processo. de. ocupaç:ão. particularmente no Mato Grosso, transformaç:ões. em suas atividades. da. fronteira. tem. provocado econômicas,.

(28) 9. sociais e culturais.. Este processo,. interven~ão. do aparato do Estado,. modifica~ão. no. avan~o. no. espa~o. regional.. desenvolvimento. das. que contou com vem provocando. Na. intensa. agricultura,. rela~ões. forte. ha. um. capitalistas. de. produ~ão.. Uma importante medida no sentido de uma politica de desenvolvimento, dúvida, o imperativo no Artigo. n. 199 da. constitucional das. rendas. Territorios recursos. constitui~ão. tributarias. sem. de 1946: tal dispositivo. investimentos da ordem da União. e Municipios localizados. e. dos na. Amazônia.. ser aplicados através de um. Esta importante iniciativa. de. Estados,. Econômica, cujo periodo minimo de. de vinte anos.. foi,. constitucional, a partir do disposto. determinava. deveriam. Valoriza~ão. antes de 1964,. implantar. nos Esses. Plano. dura~ão. 3%. de. seria. materializou-se. através da Lei n. 1.806 de 06 de julho de 1953, que criou o Fundo. de. Valoriza~ão. Superintendência. do. Plano. Econômica de. da. Amazônia. Valoriza~ão. e. a. Econômica. da. Amazônia - SPVEA. Além disso, a Lei de 1953 define a região geopolitica da Amazônia Legal. A. figura 2.1 mostra a. localiz~ão. espacial da. Amazônia Legal. Com a. constitui~ão. da. SPVEA,. em 1953, cria-. se a espectativa de revitalizar o desenvolvimento da região Amazônica, meio século,. que. permaneceu em ritmo lento durante cerca de. apos a fase aurea da Borracha,. que durou. de.

(29) 10. Figura 2.1. Localização espacial da Amazônia Legal..

(30) 11 1850 a 1910. As atribuições principais da SPVEA (Artigo n. 25. da. Lei. n.. 1.806). consistiam. em. elaborar. os. planejamentos quinquenais que compunham o Plano e enviã-Ios ao Presidente da Repnblicai alterar e rever o plano e fazer a proposta anual do orçamento geral. Contudo, algumas. iniciativas. desenvolvimento grande estilo,. antes mesmo de 1946, o Estado tomou de. politica. da Amazônia.. quanto. ocupação. à. "O primeiro planejamento. de iniciativa governamental para o. e em. dominio. do espaço amazônico a cargo do Brasil, foi mandado executar pelos Diplomas Legais 17. de. abril,. ambos de 1912,. Hermes da Fonseca. do. Plano. politica. que, do. 2.543-A e 9.521,. Defesa da na. poder. verdade,. no. em 05 de janeiro e. governo. do. Borracha era a. denominação. não se reduzia a. pnblico. sobre. aquele. Marechal. uma. ação. produto,. pois. consubstanciava todo um amplissimo programa visando tirar a Amazônia florestal,. da. posição de mera produtora enquadrando-a. de. em novo estilo de. matéria. prima. vida". (REIS,. 1972, pp. 38-39). O Borracha, do. Plano. foi. aprovado. pelo. Congresso. da. realizado no Distrito' Federal, sob a presidência. Ministro da Agricultura Pedro de Toledo,. em agosto. de. 1911. Apesar de ser denominado Plano de Defesa da Borracha, tratava-se de um plano geral de desenvolvimento da região. Esse. plano foi sancionado. no. ano. seguinte.

(31) L. 12 atraves. da. Lei. n.. 2.543-A. e. pelo. Decreto. n.. 9.521,. abrangendo sete setores basicos: heveicultura e extração da borracha;. industrialização;. imigração; sacrde; transporte;. produção agricola, alimentar e pesca. As setorial,. politicas. aprovado em 1912,. da região,. contidas. no. Plano. Pluri-. visavam equilibrar a economia. que estava em colapso devido à baixa brutal. de. preços da borracha, provocada pela concorrência da produção dos seringais plantados pelos Ingleses na Malasia. SANTOS. (1977,. p.. 12) mostra a evolução. da. renda interna e da população num periodo que compreende 170 anos,. confirmando. Amazônia. a. dimensão. da. capita. a. partir crise. fase. de. de 1910.. declinio. da. Economia. No sentido. de. ressaltar. instaurada,. a preços constantes.. apresenta a. da. renda. per. Nota-se que de 1910 a 1915. renda per capita caiu bruscamente,. a. a. passando a recuperar-se. lentamente a partir deste marco. "A diversos quer mal. setores,. dos resultados desse. quer quanto aos projetos. quanto a medidas institucionais, implementado e que,. potencialidades, não. analise. o. seu. Plano. substantivos,. mostra que ele. antes mesmo de ter revelado. mudanças no Governo Federal. aperfeiçoamento e feed-back,. mas. nos. foi suas. acarretaram, o. insõlito. cancelamento" (SANTOS, 1977, p. 257). Outra em. decorrência. de. medida tomada pelo Estado uma serie de convênios. Brasileiro com. os. EUA,.

(32) 13 denominado "Acordo de Washington", de impacto na· Amazônia. Legal,. Borracha. S.A.,. foi. a. criação do Banco. em 1942 (Decreto-lei n.. de. região da. Crédito. da. de 09. de. 4.451,. junho), cujo fundo era constituido por capital brasileiro e norte. americano,. e que tinha a função de operar de. forma. exclusiva no comércio interno e externo da Borracha. seguindo. recomendações feitas na Conferência. Nacional da Borracha, 1946,. realizada na cidade de São Paulo, em. o Estado transformou, de. de 30 de agosto de 1950,. acordo com a Lei n. 1.164,. o Banco. no Banco de Crédito da Amazônia,. de Crédito da. Borracha. ampliando as suas funções. crediticias. Esta mesma Conferência Nacional determinou. a. criação da Comissão Executiva de Defesa da Borracha (Lei n. 86. de setembro de 1947),. crise. com a finalidade de solucionar a. existente no setor,. provocada pelo grande. efeito da Segunda Guerra Mundial, absorção. da. ind~stria. estoque,. e a baixa capacidade. nacional,. bem inferior à. de. produção. efetiva. A recursos. correspondente. dispositivo Quinquenal, foi. SPVEA nunca chegou a receber o ao. constitucional. enviado. aprovado.. que. lhe O. fora. seu. volume. de. atribuido. no. primeiro. em 1955 ao Congresso Nacional,. "Vârios. fatores. levaram. posteriormente, ao caminho do descrédito. p~blico.. a. Plano nunca SPVEA,. Com o seu. Plano Quinquenal engavetado no Congresso Nacional, passou a.

(33) 14 entidade 'criada agência. a. planejar e. repassadora. de. funcionar. dotação. como. autêntica. orçamentaria,. cuja. consignação era estipulada de conformidade com a força, com expressão politica e parlamentar de cada unidade amazônica. Estava a SPVEA desvirtuada de suas verdadeiras finalidades. A sua fragilidade jã se fazia sentir em todos os setores da economia. regional,. dependente,. em grande parte,. da ação. governamental" (BRASIL s. d., s. p.). O dentro. dos. demonstra as. limites. de. 40. agricultura produção. de medidas que foram. fixados. na. elaboradas. constituição. de. um certo comprometimento do Estado em. atividades. década. conjunto. 1946. dinamizar. econômicas na região amazônica,. que até. era. e. em. uma. parte. de. sua. de. baseada. no. subsistência,. destinada. ao. extrativismo, com. grande. autoconsumo dos. produtores. e. a. um. mercado local fragil, pouco articulado com o resto do pais. liA Amazônia permanece até o inicio da segunda metade do século XIX como uma economia de extrativismo, com quase. nenhuma integração ao mercado nacional.. grande. expansão,. entre 1870 e 1912,. propiciada. Mas. a. sua. pela exportação de. borracha. não consegue dar origem a uma. economia. dinâmica do ponto de vista capitalista, em função de varios fatores:. em. primeiro. lugar,. a. pr6pria. retração. exportações face aos problemas do mercado internacional; região produção. não. desenvolveu. juntamente. comercial de alimentos,. com. a. borracha. das a uma. de que passou a depender.

(34) 15 externamente;. não. criou. o. peculiar sistema de aviamento, dos produtores diretos; e. estrutura. a. excedente para. a. devido. assalariamento,. que possibilitava o acesso. o dominio. do. capital. comercial. de comercialização atomizaram o. uso. internamente e permitiram sua evasão para compra. Assim,. a. década. de. de bens e serviços e. região 1940,. remessa. de. permaneceria estagnada até o quando então se. nacional, através da. produ~ão. ao. fora, lucros.. inicio. vincularia. ao. do. da. mercado. de borracha e fibras (malva e. juta)" (HOFFMANN et alii, 1985, p. 23). A trajet6ria da politica agraria do Estado de Mato. Grosso. federal. em. retrata o caminho palmilhado matéria. concentradora.. de ocupação,. de forma. pela. instância. excludente. e. "Desde seu estagio primeiro de ocupação, no. ano de 1719, até os atuais, o Estado de Mato Grosso tem sua estrutura. fundiaria. assentada. em. propriedades. latifundiarias" (MATO GROSSO, 1985, p. 8). A. (1). politica. de colonização (1), assumida. de. A colonização dirigida no Brasil tem seu registro por volta de 1750 com a vinda de casais açorianos para varios trechos do litoral de Santa catarina e Rio Grande do Sul. O objetivo do governo português, ao trazê-los, era completar a ocupação do litoral sul. Por um bom tempo (1824-1930), a colonização dirigida no Brasil esteve estreitamente ligada à imigração européia, principalmente italianos e alemães. Entretanto, outras nacionalidades contribuiram para a colonização do Brasil, entre elas Japão, Russia, Polônia e outras. A partir de 1930, a politica governamental nessa esfera é voltada para a colonização com brasileiros, e nesse sentido tiveram (continua .•• ).

(35) 16. forma. decisiva. retomada. a partir da. década de. 40,. estabelece. do crescimento do Estado que havia,. a. basicamente,. sido freado a partir do fechamento das minerac;::ões no século XVIII.. "Com. 1940,. dc!-se. Federais, de. 1941.. vista a reativar a. produc;::ão. agricola,. Colônia~. :ll.gr:t.col~s. através do Decreto n. 3.059, de 14 de. fevereiro. ênfase. formac;::ão. à. Não obstante,. de. em território compreendido. atual Estado, nenhuma colônia surgiu apesar do 48,. de marc;::o de 1941,. reservou suas. após. pelo. Decreto n.. a partir do qual o governo estadual. 200.000 ha à União para que esta ai estabelecesse. colônias" (OLIVEIRA, 1982, p. 56). Paralelamente ao esforc;::o do Estado em. ativar. a colonizac;::ão oficial, a partir de 1949, com a aprovac;::ão do Código. de. Terras de Mato Grosso (Lei. n.. 336,. dezembro) e sua reformulac;::ão em 1951 (Lei n. dezembro) ,. regulariza-se. a. de. 6. de. 461, de 10 de. transferência. de. terras. devolutas ao dominio privado. Este processo de colonizac;::ão, no passado (2),. beneficiou as autoridades e os. individuos. economicamente bem estabelecidos.. ( ... continuac;::ão) destaque as colônias nacionais. Para tanto, diversos órgãos foram responsc!veis pela colonizac;::ão dirigida no Brasil no periodo ate o fim da década de 60. (TAVARES, 1972, pp. 27-32). (2) De acordo com os arquivos da Coordenadoria do Desenvolvimento do Mato Grosso de 1943 a 1964 foram implantadas, em Mato Grosso, 32 colônias agricolas, sendo 15 oficiais e 17 particulares..

(36) 17. Segundo. o Diagnóstico Geral da Situação. Fundiãria do Estado de Mato Grosso (1979), os colonizadores do. passado. não. reorientando próprios,. os. cumpriram. os. contratos. projetos. de. acordo. pri~cipalm~~tc. ~n. que. com. se. firmados,. os. interesses. refere. infra-. à. estrutura. A anãlise da colonização efetuada pelo Estado permite. que. objetivos Estado. se confirme o seu. estabelecidos,. de. Mato. Grosso,. pouco. êxito,. já que não houve,. segundo. os. por parte. do. nenhuma preocupação. com. um. zoneamento agricola que respeitasse os recursos naturais. e. o. à. meio. ambiente,. pequena produção, de. escoamento. uma. uma. assistência. técnica. adequada. uma localizacão que permitisse condições. da produção para os centros consumidores. infra-estrutura. bãsica. que. incluisse. e. escolas,. hospitais, abastecimento de bens de consumo etc. Logo idos de 1964, a. após. a Segunda Guerra Mundial,. o Estado do Mato Grosso não se preocupou com. politica. fundiãria,. concedendo. titulos definitivos de propriedade, originando. o. preocupado. mais. fenômeno. dos. indiscriminadamente sobre. extensas ãreas,. latifündios,. pois. alguns. estava. em fortalecer uma politica financeira. que arcar com um processo de ocupa cão ordenada de sua territorial.. até os. Nesse periodo dá-se inicio,. processos. de. colonização. do base. empiricamente, a. oficial. nos. atuais. municipios de Rondonópolis, Jaciara, Rio Branco e outros do.

(37) 18. Oeste. Matogrossense.. Foram. processos que se. mais com a politica partidaria do que, politica agrária (MATO GROSSO, foram. desconsiderados. trabalhadores,. 1985,. grandes. destituidos. d~. preocuparam. efetivamente, com a p.. 8). Desta forma,. contingentes. poder aquisitivo. para adquirir terras sob regime de. de. suficiente. mercado.. A pOlitica de venda de terras em Mato Grosso, executada pelo Departamento de Terra e Colonização, de. forma. protecionista,. corrupção. do. e. marcada. liA falta de discriminação das terras. Estado,. como. fraudulenta. deu-se por. devolutas. a inexistência de cartas geográficas precisas,. as. existentes. atualmente,. resultante. das. aerofotografias, pelas quais pudesse o Estado conhecer suas terras;. a. falta. plantas. cadastrais das terras tituladas e. particulares, falta. de. de preparo e atualização. permanente. de. pertencentes. a. a fim de se controlar as vendas;. idoneidade. de profissionais que. demarcações de áreas sem se afastarem de seus contribuiram terras. para. que. o. Estado. inexistentes - Titulos. expedisse. bem como a. procederam. às. escrit6rios, titulos. sobrepostos" (MATO. de. GROSSO,. 1979, p. 49).. 2.2. periodo P6s 1964. São estratégias. analisadas,. nesta seção,. as principais. de politica econômica adotadas pelo Estado p6s.

(38) 19 1964. que, com base no modêlo de economia. mesmo. tempo. econômico, com. os. que contribuiram para. aberta. ao. o. sistema. comprometeram profundamente o aparelho. estatal. interesses. modernizar. (3),. do capital monopolista. estrangeiro. e. nacional, favorecendo a sua intensa acumulação. Este dependente, renda,. na. traduziu-se monopolização. latifündios,. no. indüstria,. na. camponeses,. e. fatos,. modelo de no. desenvolvimento processo de. da. capitalista. concentração. propriedade da. terra. pelos. aumento da subordinação da agricultura expropriação. das nações. indígenas. e. na destruição dos recursos naturais.. da. à. dos Estes. portanto, significam, de um lado, o desenvolvimento. das relações capitalistas de produtivas,. e. de. produção. das. e. forças. outro o desenvolvimento das relações. e. contradições de classe no campo e na sociedade. "Desde o primeiro momento,. o governo militar. instalado com o golpe de Estado de 1964 foi levado a adotar uma isto. política de portas abertas para o capital estrangeiro, é,. para. estatal,. em. atuação,. foi. multinacionais epoca. de. o suas. imperialismo. condições. O. conjunto. econômicas. e. posto à serviço das empresas e nacionais. desenvolvimento. Desse modo. do. aparelho. políticas. de. imperialistas,. inaugurou-se. uma. intenso. e. capitalista. generalizado, na indüstria e na agricultura, na cidade e no (3). Ver OCTAVIO IANNI. Ditadura e Agricultura - o desenvolvimento do capitalismo na Amazônia. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1979, p. 20..

(39) 20. campo.. Dai. a politica agressiva e repressiva,. em. termos. econômicos e politicos, no sentido de superexplorar a força de. trabalho. pratica,. do proletariado. a. ditadura. CU!"F.!:'omlss::J;:;. ~~~;Àr"iC.os. e. ind~strial. estava com. dando. as forças. agricola.. Na. seguimento. aos. imperialista.:;. que. participaram do Golpe de Estado" (IANNI, 1979). A governamentais. implementação ap6s. das. politicas. beneficiou-se. 1964. de. econômicas um. contexto. conjuntural excepcionalmente favorá.vel. As Leis, Decretos e Atos. impetrados. constitucionais. impuseram-se vigentes,. Rep~blica,. Presidência da. sobre. os. conferiram. prerrogativas. legislativo,. principalmente. e regularizaram a repressão e a. contra os movimentos sindicais e populares, cidade.. Cabe. reforçou,. ressaltar,. em. muito,. a. à. consolidando, ainda mais, o poder. executivo em detrimento dos outros poderes, o. dispositivos. que. a. no campo e. Constituição. hegemonia. do. violência. poder. de. na 1969. executivo. sobre as demais instâncias do poder. Portanto, brasileiro. ap6s. estratégia. de. reformas. de. o. os mecanismos adotados pelo Estado. Golpe de 64 para viabilizar. desenvolvimento ordem. não. se. administrativa.. restringiram. "Não,. implantadas. foram politicas e econômicas,. Golpe. Estado. de. de. 1964,. e. passando. Institucionais promulgados desde então,. sua. as. nova às. reformas. a começar pelos. pelo Atos. dentre os quais se. destaca o AI-5 de 13 de dezembro de 1968. Foi a ditadura da.

(40) 21. burguesia. que. se. instalou. no. Brasil. em. 1964.. Com. a. ditadura, grande parte das "reformas institucionais" serviu para. aprofundar. brasileira.. o. Isto. carâter. é,. a. dependente. ditadura refez,. da. economia. "modernizou". "aprimorou" as "in=::tituições" e as "estruturas". ou. econômicas. e políticas do Brasil,. de modo a garantir altos indices de. acumulação de capital;. ao mesmo tempo que se desenvolvia a. concentraç:ão ou. e a centralização do capital,. influência da empresa. estrangeira. sob o controle. ou. mUltinacional,. isto é, imperialista" (IANNI, 1979, pp. 24 e 25). As. politicas. militares. para. diretrizes. gerais para viabilizar. desenvolvimento esteve centrado, de para. exportação,. a. econômicas. agricultura. capitalista.. Esse. basicamente, seletiva. de. obedeceram aquela. governos às. mesmas. estratégia. padrão. de. de. acumulação. no incentivo à uma politica. para alguns ramos industriais. alguns produtos agropecuârios. algodão. dos. fibra média e longa,. como. soja,. e carne. e. amendoim,. bovina (Brasil,. 1969, p. 54).. Paralelamente. à disposição de. reorganização. do mercado financeiro, de reformas fiscais, de reformulação da. Lei de Remessa de Lucros e Incentivo. Estado implementou, agricultura. à. Exportação,. o. ap6s 64, um conjunto de medidas para a. que alterou fortemente as forças produtivas. e. suas relações sociais de produção. Dentre as pOliticas implementadas pelo Estado.

(41) 22. para esse setor, ressalta-se o Estatuto da Terra, ou Lei n. 4.504,. de 30 de novembro de 1964.. Estatuto. da. Terra,. A proposta,. de mudança da estrutura favoravel. que. contida no agraria, não. encontrou. conjuntura. possibilitasse. proporci~nar. uma transformação mais radical de. di~1~ibuiçã~. da propriedade da terra. Nos programas de desenvolvimento dos governos militares Agraria. (Castelo ainda. Entretanto, As de. Branco. se. e. Costa e. apresenta. Silva). como. Reforma. uma. alternativa.. nunca chegou a ser efetivamente. implementada.. poucas vezes em que o Estado valeu-se dos reforma. especificas, partir. a. agraria,. isso. sobretudo. em. foi. feito. areas de. instrumentos. em. localidades. tensões. sociais.. A. do governo Medici é deixado de lado qualquer menção. importante sobre a realização de uma reforma agraria. Desse momento em diante, de. modernização. venda de terras. toda a ênfase é dada para as da agricultura,. e para os. politicas. programas. e colonização, principalmente. de. nas regiões. Nordeste e Amazônia Legai. "No entanto, não estiveram em jogo, em nenhum dos governos militares,. propostas de transformação. de estrutura fundiaria.. O centro das diferenças. basica. refere-se. particularmente à realização de uma reforma agraria parcial no. Nordeste e a uma maior institucionalização do. de. colonização. afirmação. do. da. fronteira.. A partir de. sistema repressivo acompanhado. 1969,. pelo. processo com. a. "boom".

(42) 23. econômico, mais,. as. posições. reformistas. enfraqueceram. ainda. quando o governo passou a incentivar nas regiões. de. fronteira o investimento do grande capital do Centro-Sul. A partir desse momento, dâ-se uma simbiose crescente entre os d~. interesses. co~i~Yl ~~~cpolista. çL"Qnda. e a estratégia de. manutenção da estrutura fundiâria" (SORJ, 1980, pp. 72-73). Além do Estatuto da Terra, que marca o estilo , conservador. do processo de desenvolvimento da. agricultura. brasileira,. merece destaque o sistema Nacional de. Crédito. Rural, institucionalizado através da Lei n. 4.829, de 05 de novembro de 1965, e regulamentado pelo Decreto n. 5.380, de maio. de. 1966.. Esse instrumento de. politica. desempenhou. papel relevante na concessão de subsidios financeiros e nas facilidades crediticias.. "Por exemplo,. enquanto em 1965 o. total dos créditos de custeio e investimento a. 21,7%. da. renda interna agricola,. correspondiam. em 1975. essa. mesma. participação havia alcançado 74.4%" (SAYAD, 1980, p. 56). Nesta sociais. de. Nacional peculiares. (4). etapa de desenvolvimento das. produção, de de. Crédito. o. Estatuto da Terra Rural. tornaram-se. intervenção estatal (4).. No. e. relações o. sistema. instrumentos entanto,. não. No que se refere aos instrumentos de politica adotados pelo Estado pos 64, vale a pena ressaltar a importância que teve o Estatuto do Trabalhador Rural (Lei n. 4.214, de março de 1963), aprovado no governo João Goulart, principalmente no que diz respeito à modernização das relações de trabalho..

(43) 24. podem ser dissociados de outros instrumentos viabilizadores da. estratégia de política econômica,. partir de 1964.. que entra em vigor a. Neste sentido, a pesquisa agropecuaria e a. extensão rural foram instrumentos decisivos. "Parece-me. relevante enfatizar que. dos processos mOdernizantes, a. chamada. agricultura. organização. de. política. conservadora. assistência. capitalista,. sustentação. ha. oligarquicos. modernizantes,. de. lado. patrocinados pelo Estado para. interesses. necessariamente. ao. mas. ao. que. projeto. Assim entendemos,. também. uma. rurais,. não. dão de. uma. base. modernização. por exemplo,. a. generosa. fiscal e financeira à grande propriedade e. ao. capital comercial, principalmente nas regiões Nordeste e na "Fronteira esteja produção. agrícola",. necessariamente rural.. distribuição Nordeste Oeste,. ainda que tal apoio financeiro. do. articulado. Nesses casos, crédito. de. à mudança. grandemente. não. técnica associados. comercialização. rural. da à. no. e aos projetos agropecuarios na Amazônia e Centro a articulação financeira com a indãstria a montante. e a jusante é muito fraca. ou inexistente l ' (DELGADO,. 1985,. p. 60).. As desenvolvimento. principais que. diretrizes. propiciaram. esse. transformação da agricultura brasileira,. da. política processo. de de. em curso a partir. de 1964, estão perfeitamente delineadas nos diversos planos.

(44) 25. de desenvolvimento nacional e regional (5).. 2.3. Operação Amazônia Esta seção tem como marco a chamada "Operação Amazônia" ,. lançada em primeiro de. set.:2.r-b~o. d.e 2.966.. ~. !!'J.="ü. inicia um novo periodo de desenvolvimento do capitalismo na Amazônia, constituindo-se como elemento base da articulação Capital-Estado medidas. preconizadas. intensificar geral. na ocupação da região. pela. Diversas. "Operação. o desenvolvimento regional:. foram. as para. Amazônia". a reestruturação. da SPVEA e sua transformação na superintendência. Desenvolvimento Banco. da Amazônia - SUDAM;. de Crédito da Amazônia - BCA,. do. a reestruturação. do. com a modificação. de. sua linha de crédito de operação, passando a funcionar como agente. financeiro. da SUDAM,. sob denominação de Banco. Amazônia S.A. - BASA; adoção de uma fiscais;. da. politica de incentivos. implantação da Superintendência da Zona Franca de. Manaus - SUFRAMA;. e. o. reaparelhamento das Forças Armadas. na região da Amazônia Legal. "Mas. foi. principalmente desde 1966. que. se. iniciou uma fase de expansão mais acelerada das relações de produção e forças produtivas no extrativismo, agricultura e pecuãria da região.. Assim,. a SUDAM e o BASA,. criados. em. 1966, marcam o inicio de uma nova fase de desenvolvimento (5). Os Planos de Desenvolvimento, estudo no capitulo posterior.. p6s 64, serão objeto de.

(45) 26. extensivo do capitalismo na Amazônia. Isto porque, a partir desse ano,. a região Amazônica foi incluida,. cada vez mais explicita e profunda, econômico" Ou. 1964.. adotado seja,. capitalismo. na. o. de uma. forma. no contexto do "modelo. pela ditadura instalada no pais desde segredo da nova fase. Amazônia. estava. e. de. estA. expansão no. do. tipo. de. capitalismo dependente que o Estado brasileiro foi levado a adotar. de. uma forma mais ostensiva e. agressiva. desde. a. deposição do Presidente Goulart, em abril de 1964." (IANNI, 1979, p. 66). A. de. 27. SUDAM foi criada através da Lei n.. de outubro de 1966,. com o. objetivo. 5.173,. principal. de. planejar, promover e controlar a ação federal da Amazônia. De acordo com a Lei n.. 5.173, a SUDAM possui. as seguintes atribuições: a) elaborar o Plano de Valorização da. Amazônia. diretamente, p~blicas,. e. coordenar. ou. promover. a. sua. ou mediante convênio com 6rgãos ou inclusive. sociedades. de. economia. Econômica execução entidades mista,. ou. através de contrato com pessoas ou entidades privadas; b) mencionado. revisar,. uma. vez. por. ano,. o. Plano. no item anterior e avaliar os resultados da sua. execução; c) entidades. coordenar. as. atividades. dos. federais e supervisionar a elaboração. programas anuais de trabalho;. orgãos dos. e. seus.

(46) 27. d) programas. e. coordenar a elaboração e a. projetos de interesse para o. execução. dos. desenvolvimento. econômico da Amazônia a cargo de outros 6rgãos ou entidades federais; e) p~blicas. prestar assistência técnica. a. entidades. na elaboração ou execução de programas ou projetos. considerados prioritarios para o desenvolvimento a critério da. regional,. SUDAMi. f) coordenar programas de assistência técnica nacional,. estrangeira. ou. internacional,. a. 6rgãos. ou. entidades federais; g) programas Econômica. execução dos. fiscalizar a elaboração e a. e projetos integrantes do Plano da. Amazônia. desenvolvimento. econômico. ou. de. da. de. Valorização para. interesse. região a. cargo. de. o. outros. 6rgãos ou entidades federais; h). fiscalizar. o. emprego. dos. recursos. financeiros destinados ao Plano de Valorização Econômica da Amazônia, serviços. inclusive realizados. mediante. o. confronto. de. obras. com os documentos comprobat6rios. e das. respectivas despesas; i) empreendimentos. julgar. a. privados,. prioridade de. dos. projetos. interesse. para. desenvolvimento econômico da região visando à concessão beneficios. fiscais ou de colaboração financeira,. da legislação vigente;. ou. o de. na forma.

(47) 28 j) providências. relativamente. necessárias. transformação vista. sugerir,. à. à. Amazônia. criação,. as. adaptação,. ou extinção de orgão ou entidades,. tendo em. a sua capacidade ou eficiência e a sua adequação. às. respectivas finalidades: 1) promover e divulgar pesquisas, análises. visando. ao. reconhecimento. estudos. sistemático. e. das. potencialidades regionais; m) às. suas. praticar todos os demais atos necessários. funções. Amazônia,. de orgão de. planejamento. econômico. respeitada a legislação em vigor (BRASIL,. da. 1969,. pp. 55-74). Duas. iniciativas. relevantes. foram. empreendidas pelo Estado, em 1966, em consonância com novas diretrizes ditada. de. pela. desenvolvimento do capitalismo "Operação. fundamentalmente,. com. Amazônia", interesses. vindo do. na. região,. de. encontro,. capital. privado,. nacional e internacional. A primeira delas foi a criação do Banco. da Amazônia S.A.. setembro. de. 1966).. O. - BASA (Lei n. BASA passa a. 5.122, exercer. de uma. 28. de. função. decisiva, como agente financeiro, no processo de acumulação nos setores indutrial, comercial e agricola. Outra. medida. politica. de. ocupação. e. desenvolvimento da Amazônia, levada com afinco pelo Estado, no bojo da "Operação Amazônia",. teve como ponto de partida. a Lei n. 5.174, de 27 de outubro de 1966, que contém várias.

(48) 29 modalidades de isenções fiscais e deduções tributarias. Pela estavam. isentos. adicionais. de. a. financeiros. mencionada. Lei,. até. imposto sobre. que. estivam. obtidos. por. a. o ano. renda. sujeitos, empresas. de. e. os. 1982,. quaisquer resultados. situadas. na. area. Amazônica, obedecendo as seguintes regras: a) isenção de 50% para os empreendimentos que se. encontrassem. efetivamente. instalados. à. data. da. publicação da Lei; b) em 100% para os empreendimentos que: se. instalarem até o fim. do. exercicio. jã. instalados'à data da publicação. financeiro de 1971; da. Lei, que ainda não tivessem iniciado a fase de operação; ja iniciados àquela data, fim. do. exercicio de 1971 modernizassem ou. que antes do aumentassem. o. indice de industrialização de matérias primas, colocando em operação novas. ind~strias.. Por impostos dedicassem. e. outro. taxas às. lado,. foi concedida. federais às pessoas atividades. isenção. juridicas. industriais,. de. que. se. agricolas. e. pecuarias, ou de serviços basicos, com relação: a) dos. bens. de. à correção do registro contabil do seu ativo imobilizado e. ao. valor. correspondente. aumento de capital; b). ao. aumento. de. capital. com. recursos.

(49) 30 provenientes de reservas ou lucros em segurança. Também ficaram isentos de quaisquer ou. as importações de maquinas e equipamentos. taxas,. execução. impostos. de. empreendimentos de. importação beneficios. motores. concedidos. de. interesse,. maritimos, somente. os. bem. dois. para. como. a. primeiros. às pessoas juridicas. e. o. ãltimo extensivo às pessoas fisicas. As. deduções. tributarias. se. referiam. ao. Imposto Sobre a Renda e taxas adicionais, e possibilitavam: a) devido,. deduções de até 50% do valor. do. imposto. para intervenção em projetos agricolas, pecuarios,. industriais ou de serviços bãsicos; b) que. os. ampliar. deduções. de 75% do valor das. interessados adquissem,. com o fim. obrigações. especifico. de. os recursos do Fundo de Investimentos Privados. no. Desenvolvimento da Amazônia (LIMA, 1973, pp. 44-45). primeiro. O. Desenvolvimento. Plano. Quinquenal. da SUDAM (Decreta-lei n.. 60.296,. março de 1967) foi a primeira tentativa objetiva do. de de 3 de Estado. no. sentido de expandir para a Amazônia Legal as diretrizes. de. politica. imperou segurança. no. econômica vigentes no pais,. p6s. Plano Quinquenal foi a idéia da nacional ll ,. resultante. de. uma. 64.. O. que. IIdoutrina. de. mistura. de. segurança, integração e desenvolvimento. Essa. doutrina. se expressa. discurso do Marechal Castelo Branco. com. clareza. no. em Manaus, por ocasião.

(50) 31. da. instalação da I Reunião de Incentivo ao Desenvolvimento. Econômico. da Amazônia,. primeira. preocupação. brasileira Central. - nela. - tem. de. em 3 de dezembro do. pais. incluidas ser a. em as. de. de. 1966:. relação. vastidões. povoâ-Ia. " ... a. à. Amazônia. do. Planalto. racionalmente.. E,. portanto, fundamental ao interesse superior e permanente da Nação, que. conduzir as correntes migratórias internas, tanto a. historicamente promana do Nordeste,. origem. no Centro-Sul,. tempo,. a. quanto a que. num sentido que assegure,. ocupação humana da região,. a um. internas,. a. e interligação de. vivificação. das. só. a conquista gradual,. progressiva e planificada de seus espaços vazios. advirâ a expansão. tem. Pois dai. suas ilhas econômicas. faixas de. fronteiras. e. a. definitiva ligação da região com o resto do pais." Tal Rep~blica,. (antigo. foi. reunião, "promovida. Ministerio. seguinte,. Confederação Nacional da. do. da. Interior. representantes técnicos, estrangeiros. Ind~stria.. o navio Rosa da Fonseca zarpava. levando a bordo 430 pessoas,. dias,. pelo. Presidente. MECOR) e patrocinada pela Confederação Nacional da. Agricultura e pela dia. instalada pelo. do. e. do. outras altas. no rumo de Belém,. Manaus. entre governadores regionais,. EXército,. investidores. de. No. Marinha. Sul. do. e. Aeronautica,. pais,. observadores. autoridades.. Durante. cinco. com escala nas principais cidades. situadas na calha da Amazônia, o Rosa da Fonseca parecia um grande laboratório, uma universidade flutuante em regime de.

(51) 32. tempo integral. oito comissões especificas, constituidas de técnicos. dos. procuravam adotada. principais. o. na. 6rgãos. do. governo. federal. caminho correto para a nova politica Amazônia,. sacio-econômico.. objetivando o. Todos. seu. ser. desenvolvimento. os problemas de ordem. foram analisados e debatidos em. a. palestras e. prioritaria conferências". (BRASIL, s. d., s. p.). Alias,. a "Declaração da Amazônia", resultado. do foro instalado por Castelo Branco, foi. um. importante. subsidio. na. Quinquenal de Desenvolvimento. Desenvolvimento. da. SUDAM. em dezembro de 1966,. elaboração. do. I. Plano. Neste sentido, o I Plano de. tinha. como. meta. dinamizar. a. ocupação para reduzir o "vazio demografico" e, assim, criar condições de defesa da região e, propiciar. as. condições. ao mesmo tempo,. para. o. é claro,. desenvolvimento. do. capitalismo na fronteira da Amazônia.. 2.4. MEDICI: Integração, Segurança e Desenvolvimento A. presente. Amazônia,. seção faz uma. analise. da. quando. o. discurso. oficial era escudado na doutrina de "segurança. e. formação. que. inspirou. o. Estado. de politicas para a Amazônia.. 70,. a. ocupação. desenvolvimento",. no inicio dos anos. sobre. brasileiro. Neste sentido. na foi. fundamental o Plano de Integração Nacional - PIN, de acordo com o Decreto n. 1.106, de junho de 1970. O. PIN. tinha como meta conjugar a. idéia. do.

(52) 33. Governo. AutoritArio-Militar. de. "integração. nacional". e. ocupação do "espaço vazio" na Amazônia e as soluções para o problema das tensões sociais, no. Sul.. "O. principalmente no Nordeste e. lançamento do PIN foi precedido da visita. do. Presidente Médici ao l:úrdeste por ocasião da severa seca de 1970.. Segundo consta,. comovido com o que viu ali, decidiu. instituir o PIN para alterar a situação. explicitos. desse. econômica. e. Um dos. programa foi o de deslocar. especialmente a. objetivos. a. fronteira. fronteira agricola. para. as. margens do Amazonas" (MUELLER, 1981, pp. 11-12). O compreendia:. de. Integração. no sentido Leste-Oeste,. com. o Nordeste;. grande. eixo. para interligação. e da CuiabA-Santarem. eixo Longitudinal no sentido Norte-Sul, Planalto. Nacional - PIN. a construção da Transamazônica,. transversal Amazônia. Programa. da. (Br-165),. para conexão com o. Central e o Centro-Sul do Pais,. assim como. para. sua articulação com o sistema rodoviArio interamericano; a. implementação. responsabilidade Transamazônica. dos. oficial. escritõrio. e. de. na. região. Em associação com. de da a. seriam instalados nücleos, denominados. escola primAria,. do Banco. Colonização,. particular. e da CuiabA-Santarém.. iniciativa privada, agrovilas com:. Programas. e. do Brasil,. posto. de saüde,. posto de. igreja,. comunicações. e. posto do Ministério da Agricultura. Também obras. de. eram. atribuições. infra-estrutura nos setores. do de. PIN realizar irrigação. e.

(53) 34. portos. fluviais, e. executar levantamento sistemãtico, por. meio do projeto RADAM, da. SUDAM,. para. topografia,. nas regiões de atuação da SUDENE. obter mapas e cartas temãticas. cobertura vegetal, geologia. natureza e potencial dos. sol"~f. PIN. que. limitou-se,. rodovias. e. essência,. quase. objetivo. desenvolvimento", publicado. entanto, o. exclusivamente,. central. do. a. construir. colonização.. PIN,. "segurança. jã havia sido proposto em 1967, primeiro. o. sua. e geo-morfologia,. a implementar os projetos de o. de. e. Plano. ao. Em e ser. Quinquenal. de. ficaram incumbidos. da. Desenvolvimento (1967-1971) da SUDAM. Diversos. Ministérios. implantação. do PIN:. através. Departamento Nacional de Estradas. DNER,. do. coube ao Ministério dos. a responsabilidade da construção das. Transportes, e. Rodagem-. rodovias;. mas. cabe destacar,. também, o papel dos Batalhões de Engenharia. do. na. Exército. execução. de. rodovias. principalmente na Cuiabã-Santarém. Ministério estradas civis. na. Amazônia,. O principal objetivo do. do Transporte era "formar uma rede unificada de na. e. qual seriam levados em militares. visando. a. conta. os. interesses. integração. nacional". (MINISTlRIO DOS TRANSPORTES, 1972, p. 25). A. idéia. de. aliar. construção. a. Transamazônica. e da Cuiabã-Santarém à crise. nordestina. dominante. inicio. meandros. tecnocracia. no. brasileira.. dos. anos. 70,. nos. da é da. Em pronunciamento feito na Câmara.

(54) 35. dos Deputados, o Ministro dos Transportes, Mario Andreazza, afirma: assim. " •.. colocando a Amazônia e o Planalto Central, por dizer,. mais pr6ximos das demais regiões do pais. particularmente, Sall:.c:L:.!:!i!,. pé:la. rodovias,. em. poderosamente. e,. do Nordeste, a Transamazônica e a Cuiabaarticulação que farão com construção. para. a. no. colonização. influência dessas outras vias,. oütras. grandes. contribuirão. Oeste, também. de. areas. de. beneficiando, sobretudo, os. Estados do Amazonas e do Acre e os Territ6rios de Roraima e Rondônia" (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 1970, p. 17). O. PIN reserva as faixas de terras de até dez. quilômetros. às margens das rodovias federais. na. Legal. a. colonização,. para. colonização.. A. politica. de. estabelecida principalmente através do Estatuto e. regularizada. pelo. Decreto. n.. 59.428. Amazônia. da. Terra,. de 1966, ganha. um novo impulso com a implantação do PIN (6), especialmente nos anos de 1970 a 1973. Neste efetuada. principalmente. periodo, nas. margens. colonização. a. da. Transamazônica,. através dos Projetos de Integração e Colonização (6'). foi. - PICo. A. O Programa de Redistribuição de Terras e de Estimulo à Agroindãstria do Norte e do Nordeste - PROTERRA, instituido através do Decreto-lei n. 1.179, de 6 de jUlho de 1971, soma-se ao PIN, "com o objetivo de promover o mais fãcil acesso do homem à terra, criar melhores condições de emprego de mão-de-obra e fomentar a agroindãstria nas regiões compreendidas na area de atuação da SUDAM e da SUDENE" (Artigo 1. do Decreto-lei n. 1.179)..

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