UNIVERSIDADE
DE
EVORA
RS
Y
AvALTAÇÃo
Do
pornr\crAl
Eor,rco
DA
zor\A
DE
EVoRA-
coNTRrBUrÇÃo rARA
A
RnuuÇÃo
DE
EMTSSOES
DE
COz
Rui Miguel
Gaspar Faustino
Dissertação para obtenção
do Grau
deMestre
emQualidade
eGestão do
Ambiente
Esta dissertação não
inclui
as críticas e sugestões feitas pelojúri
Orientador:
ProfessorAntonio
Heitor Reisrrl
UE
Outubro
2009I
AvALTAÇÃo
Do
porENcrAL
Eor,rco
DA
zoNA
DE
EvoRA
-
coNTRrBUlÇÃo
PARA A RBDUÇÃo
DE
EMrssÕrcs
DE
coz
Rui Miguel
Gaspar Faustino
Dissertação para obtenção do
Grau
deMestre em
Qualidade
eGestão
do
Ambiente
Esta dissertação não
inclui
as críticas e sugestões feitas peloiúri
Orientador:
ProfessorAntónio
Heitor Reisa\,o
Ao meu avô, que está sempre presente e que sei que teria imenso orgulho neste momento do seu neto
Agradecimentos
Primeiro,
gostariade
agradecerao meu
orientador, ProfessorAntónio
HeitorReis,
por todo
o
acompanhamento, dedicação,apoio
prestadoe
tempo
dispendido durante todaa
concepção deste trabalho, assim como todos os conselhose
sabedoria demonstrados.Tal
disponibilidadefoi
essencial parao
gostoe
interessena
realiz-açáodesta dissertaçáo,
bem como
na
aparente sensaçãode
levezade
espírito
durante amesma.
Agradeço ao Sr. Samuel Brírias pela simpatia demonstrada
e
fornecimento dasimagens das estagões e dos valores base para esta tese, aquando do
início
desta longa erecompensadora viagem.
Uma
palawa
de apreço também ao ProfessorRui
Salgado, queme
ajudou no esclarecimento de alguns valores necessiírios paruacontinuação do meutabalho.
Em
seguida, não posso deixar de agradecer a todos os meus amigos e colegas que sempre me apoiaram, antes e depois da vida universitiária, durante toda avid4
sem os quais este trajecto não teria sido tão rico quanto o verificado.Por
fim,
mas não menos importante,um
obrigadomuito
especial para os meus pais,pois
sema
sua paciência, ajudae
suporte, este percurso nãoteria,
detodo,
sido possível, bem como uma palavra distinta aos meus avós,tios
e primo, todos eles com um papel fundamental na formação de quem sou hoje.Resumo
Neste trabalho
é
analisadoo
potencialeólico da
regiãode
Évora,tendo
sido considerados quatro locais:Mitra,
Portel, Reguengos e Colégio Verney. Com os dados de potência obtidos, foram escolhidas duas turbinas existentes no mercado, de potênciasnominais
diferentes,para uma
análisemais
objectiva
do real
potencial
da
região. Apurou-se que,com
a
instalação de três turbinas menores, se obtém praticamente amesma potência, por um preço consideravelmente inferior.
Foi
ainda
possível
verificar-se que
a
quantidade evitada
de
COz paru
a atmosfera, ao considerar uma turbina de 5000W (B)
ou três 1000W (A),
é semelhante, concluindo-seque,
considerandoa
eficiência, potencial, preço
e
emissõesde
COz evitadas, a instalação de diversas turbinas r4 é a melhor opção.Este trabalho reveste-se de
particular
interesse considerandoo
facto
de ser do conhecimento geral que, nas regiões costeirase
montanhosas,o
potencialeólico
estrábastante estudado, ao passo que nas regiões interiores tal não acontece.
Palavras
-
Chave:
Potencial eólico; turbinas eólicas; Évora; vento; emissões de COz.ASSESSMENT OF
THE
POTENTIAL WIND
POWER
IN
EVORA
-
CONTRIBUTION
TO
THB REDUCTION
OF
CO2
EMISSIONS
Abstract
In
this work, we
assess the potentialwind
power
in
Évora, andfour
locations have been considered:Mitra,
Portel, Reguengos and Évora. Basedon the local wind
power potential,two
kinds
of
turbines were selected,for
a more objective analysisof
the region's
usefulwind
power.It
was foundúat
the option
for
three small turbines allows the extraction of the samewind
power that is extracted by the bigger turbine and at a considerably lower installation cost.It
was also found that the reduction in COz emissions to the atmosphere, when considering the casesof
one 5000W
(B) turbine and three 1000 W (.,4) turbines, is similar, therefore was concluded that, given the efficiency, potential, price and reductionof
COz emissions, the installationof
severalI
turbines is the best option.This
work
is
of
particular
interest becausein
coastal and mountain areas the wind potential is quite known, while this is not the case of inland areas.Índice
Agradecimentos Resumo lIt tv Abstract Lista de Íiguras Lista de tabelas Lista de símbolos 1. Introdução 1.1 Motivação .. . ... 1.2 Relevância e objectivos 1.3 Conteúdo e organização ... .2. A sustentabilidade das energia renováveis
-
a energiaeólica
52.1
Aenergiaeólicaactualmente
...5
Y x xtYxvll
I
2.2 Aproveitamento da energia eólica.... .82.3 Estimativa do potencial sustentiível do país . 2.4 Descrição de um parque
eólico
...10
2.5 A variabilidade espacial dos recursos
eólicos
...1I
2.6 Parâmetros condicionantes do aproveitamento do potencialeólico
...12
2.6.1
Velocidadeedirecçãodovento
...12
2.6.2Orografia...
...13 2.6.3 Rugosidade eobstáculos
...15t5
2.6.4Edificios...
,.9 ...1 5 2.6.5 Barreiras vegetais...
2.6.6 Awores posicionadas aleatoriamente...
...162.6.8 Ocupação do solo 2.6.9 Declive do terreno 2.6.10 Dados do vento
2.6.11Capacidade da rede de transmissão
...
2.7 Factores a favor e contra a energia eólica .3. Aproveitamento da energia eólica através das turbinas eólicas 3.1 Extracção da energia do vento
3.2 Modo de funcionamento 3.2.1 Segurança... 3.2.2 Construção
...
t8
...18 19 .19 ....253.2.3 Nível de poluição sonora 3.2.4 Tamaúo
...
3.3 Potência máxima e eficiência 3.3.1 O limite de Betz .... 3.4 Especificações actuais de uma turbina ...314. A electricidade desde a turbina ao
consumidor
32 4.1 Produção a pequena escala-
micro-geração . ..
' ' ' ' ' '334.2 Custos
inerentes
...354.3 Possibilidades e barreiras
económicas
...36
4.4 Influência da rugosidade do terreno em redor das
turbinas
...""37
4.4.1 Classes e amplitudes de rugosidade...
..."J8
4.4.2Perfile tensões do campo dovento
...39.39 4.5.1
Mitra.
...
...41.S.ZPortel
... -... -...434.5.3
Reguengos...
...444.5.4
Verney
..-...454.6Tratanento dos dados e resultados
-
potencial eólico de cada local analisado...464.6 a) Curva de potência de uma turbina
eólica
...5/
4.6.1
Mitra
...54
.54 a) Potência média por iárea de varrimento
(Wm')
..--..54b) Energia por área de varrimento
(Whm-2;
...55
c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)5ó 4.6.1.230
Metros
...58
4.5 Locais analisados
a) Potência média por área de varrimento (Wm-2)...58
b) Energia por área de varrimento
(Whm-2)
....-....-.'.59
c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)60
4.6.2Portel
'...--.62
4.6.2.150
Metros
.---...62
a) Potência média por área de varrimento (Wm-')
...62
b) Energia por área de varrimento
(tVhrn'')
. . . ..63c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)óa 4.6.2.2 30
Metros
...66a) Potência média por área de varrimento (Wm-2). . . ... ... . . . 66
b) Energia por área de varrimento
(Whm-2)
...67
c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)ó8 4.6.3 Reguengos 4.6.3.150
Metros
...70a) Potência média por área de varrimento (Wm-')
...70
b) Energia por área de varrimento
(Whrn2)
...-...71c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)72 4.6.3.2 30
Metros
...-.74a) Potência média por área de varrimento
(W-')
...74b) Energia por área de varrimento
(Whm')
...75
c) Energia potencial disponível aüavés da turbina A e B (Wh)7ó 4.6.4.150 Metros ,78 78 78 82 a) Potência média por área de varrimento (Wm-2)
b)Energiaporáreadevarrimento(Whm-2)
...-79
c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)80 4.6.4.2 30 Metros a) Potência média por área de varrimento (Wrn2)
...82
b) Energia por iárea de varrimento (Whrnz)
...
.83c) Energia potencial disponível através da turbina A e B (Wh)84 4.6.5 Potencial eólico de cada local, considerando as perdas da
liúa
(9%) ... 864.6.5.1Mitra...
...86 4.6.5.1.150Metros
-....86 4.6.5.1.2 30Metros
...87 4.6.5.2Portel
...89 4.6.5.2.150Metros
...89
4.6.5.2.2 30Metros
...904.6.5.3
Reguengos
"""""""""'92
4.6.5.3.150Metros
-....92 4.6.5.3.2 30Metnos
...934.6.5.4VerneY
"""95
4.6.5.4.150Metnos
----.95 4.6.5.4.230Metos
...964.6.5.5 Resumo dos valores obtidos para cada calio
.."""
"""""""98
4.7 Análise dos resuladosobtidos
.."""""""98
5. Emissões de COz- tecnologias
associadas
lt2
5.1 Dados globais de potência
instalada
""""'103
5.2 Tecnologtas em desenvolvimento para redução decustos
...--....104
5.3 Factor de
capacidade
"""""'104
5.4
Poluição
"""""'104
5.5 Redução potencial das emissões de
coz
nos locaisanalisados
...ruS
5.5.t
Mitra
...105
5.5.1.1 50Metros
...105
5.5.1.230Mefros
...106
5.5.2portel
...108 S.S.Z.1 50Metros
...108 5.5.2.230Metros
...109
5.5.3Reguengos...
"""lll
5-5.3.150Metros
"""""""'l1l
5-5-3.230Metros
"""""""'II2
5.5.4Verney
""""""""1l4
5.5.4.150Metros
...114
5.5.4.230Metros
...115
5.5.5 Resumo da poupança de emissões de CO2, para cada local e altura. ....117
5.6 Análise dos resulados
obtidos
"""""""'I
186. O
futurc
da energiaetóüca
1237. Obscruações Íinais, conclusões e perspectivas
futuras
1277.1 Observações
finais
"""""""127
7'2 conclusões
""""""'
"""""130
7.3 Perspectivas
futuras
""""""132
l3s
RefeÉnciasLista
de
figuras
2.1 Capacidade eólica mundial.GW-r lcom extrapolação à data de publicação [2005]) ..ó
2.2 Parques eólicos nos EUA, Alemanha e Espanha, respectivamente
...
...102.3 Quinta eólica nos EUA, com agricultura na átea
...
2.4Duraçáo de uma campanha experimental vs. precisão nas estimativas 2.5 Orientações possíveis de linhas de cumeadail
I3
14t4
2.7 Rede eléctrica nacional-
Figura base; Figuradigitalizada
...172.8 Distribuição espacial dos usos do solo da
região
...17
Z.9Wapade declives da
região
...183.1 Deseúo esquemático de uma turbina eólica
moderna
...223.2 Partes de uma turbina eólica; Parque eólico 23 2.6Mapade altimetria da região 4.3 Micro-geração 3.3 Detalhe de uma turbina eólica 3.4 Diversas actividades do dia-a-dia e respectivo nível de poluição sonora 3.5 Esquema para determinação do Limite de Betz aplicado a uma turbina actual ...27
3.6 A produção da energia
eólica
...293.7 Velocidades do vento antes e depois de atravessar uma turbina .24 .26 ...29
4.1 Transmissão de electricidade para as turbinas eólicas; Diagrama de um sistema eléctricoconectado
àrede
...32
4.2lJmapequenaturbinaconstruídaespecificamenteparaumacasa
...33
.33 4.4 Sistema de conversão de energia eólica. A carga eléctrica é trocada por pequenas trocas na frequência do fornecimento, apresentando uma carga associada ao gerador, sob uma larga amplitude de velocidades do vento
...
...--.34
4.5 Turbina eólica conectada à rede, em funcionamento num grande sistema ... ...35
4.6 Vista aéreadacidade de
Évora
...404.7Vistaa)daestaçãodaMitra
....--...41
4.8 Vista b) da estação da
Mitra
...
....424.9 Vista c) da estação da
Mitra
...424.10 Vista d) da estação da
Mitra
...424. I
I
Vista a) da estação dePortel
. . ....434.13 Vista c) da estação de
Portel
...444.14 Vista d) da estação de
Portel
---444.15 Vista da estação de Reguengos ...
..
.. ' ' ' ' '454.16 Vista a) da estação do Colégio
Verney
.... . . ..464.17 Vista b) da estação do Colégio
Vemey
....
. . . . ..464.18 Turbina FD2.7-1000-10 (1000 W) (turbina
A)
...
...'...49
4.19 Turbina FD6.4-5000-16 (5000 W) (turbina B)
..'...
...504.20 Tipos de
turbinas
. - '... ... -.51.ZlCurradepotência
paÍaaturbinaA...
..-..514.22CurvadepotênciaparaaturbinaB...
...---...524.23 Potência média mensal (Wm-'), para aestação da Mitra, a 50
m
...54
4.24Energia (Whm-2) mensal, para a estação da
Mita,
a 50m
....---.-..564.25 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (!Vh), paÍaa estação da Mitra, a 50
m
--..--.574.26Potência média mensal
(Wm'),
paraaestação da Mitra, a 30m
...-...-..594.27 Energia (Whm-2) mensal, püaaestação da Mitra, a 30
m
..---...604.28 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estação da Mitra, a 30
m
....-.-...---614.29 Potência média mensal
(Wm'),
paraaestação de Portel, a 50m
...-.634.30 Energia (Whm-2) mensal, paraaestação de Portel, a 50
m
.-.-...-..644.31 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estação de Portel, a 50
m
...654.32 Potência média mensal (Wm-'), paruaestação de Portel, a 30
m
...67
4.33 Energia (Whm-2) mensal, para a estação de Portel, a 30
m
..--...684.34 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estação de Portel, a 30
m
...694.35 Potência média mensal (Wm-'), paÍaaestação de Reguengos, a 50 m
..'...
...714.36Energia(Whrn2)mensal,paraaestaçãodeReguengos,a50m...---...72
4.37 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), paÍa a estação de Reguengos, a 50 m
...
...-...734.38 Potência média mensal (Wm-'), paÍaaestação de Reguengos, a 30 m
...75
4.39 Energia (Whm-2) mensal, paraaestação de Reguengos, a 30 m ...
...-...76
4.40 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estação de Reguengos, a 30 m
...
...----...774.41 Potência média mensal
(W.'),
para a estação do Verney, a 50m
...79
4.43 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), para a
estação do Verney, a 50
m
... ......8/
4.44 Potência média mensal (Wm-'), para a estação do Verney, a 30 m ... ...
...
...8-34.45 Energia (Whm-2) mensal, paraaestação do Verney, a 30
m
...84
4.46 Energia potencial extraível através das duas turbinas analisadas (Wh), paraaestação do Verney, a 30
m
...85
4.47 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (!Vh), com as duas
turbinas, paÍa a estação da Mitra, a 50 m, considerando as perdas da linha (9 %) .87
4.48 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duas
turbinas, pdra aestação da Mitra, a 30 m, considerando as perdas da linha (9 %) . .88
4.49 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duas
turbinas, para a estação de Portel, a 50 m, considerando as perdas da linha (9 %)
...90
4.50 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duasturbinas, pdraaestação de Portel, a 30 m, considerando as perdas da
liúa
(9%)
...91
4.51 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duasturbinas, para a estação de Reguengos, a 50 m, considerando as perdas da linha (9 %)
...93
4.52 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duasturbinas, paÍa a estação de Reguengos, a 30 m, considerando as perdas da linha (9 %) ...94
4.53 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duas
turbinas, pdra a estação do Verney a 50 m, considerando as perdas da
liúa
(9 %) ... ... ...964.54 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (Wh), com as duas
turbinas, paÍa a estação do Verney, a 30 m, considerando as perdas da linha (9 %) ..97
m
m
5.1 Total mundial da energia eólica instalada
5.2 CO2 poupado paÍa a atrnosfera (kg), com cada turbina , para a estação da Miffa, a 50
...106
5.3 CO2 poupado paÍa a aünosfera (kg), com cada turbina, paÍa a estação da Mitra, a 30
...107 5.4 COz poupado para a afnosfera (kg), com cada turbina , para a estação de Portel, a 50
5.5 CO2 poupado paÍa a atmosfera (kg), com cada turbina, para a estação de Portel, a 30
m...
...1105.6 CO2 poupado para a afnosfera (kg), com cada turbina , para a estação de Reguengos,
a 50
m
... ...1 125.7 COz poupado para a atmosfera (kg), com cada turbina, paÍa a estação de Reguengos,
il3
5.8 CO2 poupado para a atmosfera (kg), com cada turbina, para a estação do Verney, a
50 m
...
.. ...1 t 55.9 CO2 poupado para a atrnosfera (kg), com cada turbina , paÍa a estação do Verney, a
30
m..
...1t6
5.10 Emissões de COz evitadas (kg), para a estação da Mitra, considerando a instalação
de trêsturbinas de 1000 W ou uma de 5000 W
...
...119
5.1
I
Emissões de COz evitadas (kg), para a estação de Portel, considerando a instalaçãode três turbinas de 1000 W ou uma de 5000 W
5.12 Emissões de COz evitadas (kg), para a estação de Reguengos, considerando a
instalação de três turbinas de 1000 W ou uma de 5000 W ..120
5.13 Emissões de COz evitadas (kg), para a estação do Verney, considerando a
instalação de três turbinas de 1000 W ou uma de 5000 W
...
...1206.
I
Ilustração do processo necessário à obtenção da licença de estabelecimento de umLista
de tabelas
2.
I
Relação entre a tecnologia e o custo, em dólares americanos, por kW instalado. . . ó2.2: Pontos de ligação à rede eléctrica e potências
planeadas
...17
3.1 Componentes de uma turbina e sua
função
...314.1 Classes de rugosidade e amplitudes associadas ... ... 38
47
4.2 Zo e 2,"ç de cada estação
4.3 Especificações da turbina FD2.7-1000-10 (1000 W) (turbina
A)
...
...49
4.4 Especificações da turbina FD6.4-5000-16 (5000 W) (turbina B) ..4.5 Ãrea(rn')"eficiência
(%)decadaturbinaanalisada
...534.6 Potência média mensal (Wrn''), paÍa aestação da Mitra, a 50 m ... .. 4.7 Energia(Whm'2) mensal, para a estação da Mitra, a 50 m
.54
4.8 Energia potencial mensal através das 2 turbinas analisadas (Wh), paÍa a estação da
50
...55
Mitra, a 50 m
4.9 Potência média mensal
(W--'),
para aestação da Mitra, a 30m
... ....584.10 Energia (Whm-2) mensal, paraLestação da Mitra, a 30
m
...59
4.11 Energia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estaçãoda Mitra, a 30
m
...-60
4.12 Potência média mensal (Wm-'), paraaestação de Portel, a 50
m
...62
4.13 Energia (Whm'2) mensal, paraaestação de Portel, a 50m
...634.14 Energia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), pdraaestação
de Portel, a 50
m
...64
4.15 Potência média mensal (Wm-'), paÍaaestação de Portel, a 30
m
...66
4.16 Energia (Whrn2) mensal, paÍaaestação de Portel, a 30
m
...67
4.17 Energia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), paÍa a estaçãode Portel, a 30
m
...684.18Potênciamédiamensal(W.'), pdraaestaçãodeReguengos,a50m...70
4.19 Energia (Whm'2) mensal, paÍaaestação de Reguengos, a 50 m .. 71
4.20 Energia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), pdru a estação
de Reguengos, a 50 m ...
...
... ...724.21 Potênciamédiamensal(W.'), paraaestaçãodeReguengos,a30m...74 4.22Energia (Whm-2) mensal, pdraaestação de Reguengos, a 30 m ...
...75
4.23 Energia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), para a estação
de Reguengos, a 30 m ...
...
... ...764.24Potênciamédiamensal(Wm-2), paÍaaestaçãodoVerney, a50
m
...78
4.25Energia (Whm-2) mensal, para a estação do Verney, a 50m...
...79
4.26Eneryia potencial mensal através das duas turbinas analisadas (Wh), paÍaa estação
doVerney,a50m...
...80
4.27 Potência média mensal (Wrn''), paÍaaestação do Verney, a 30
m
...82
4.28 Energia (Whm-2) mensal, paÍa a estação do Verney, a 30m
... ... ... ...834.29 Energia potencial mensal afravés das duas turbinas analisadas (Wh), paÍa a estação
do Verney, a 30
m
...844.30 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação da Mitra, a 50 m, considerando as perdas da linha
(e%)...
...86
4.3
I
Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duasturbinas analisadas (Wh), para a estação da Mitra, a 30 m, considerando as perdas da linha
(e%)...
...87
4.32Bnergia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação de Portel, a 50 m, considerando as perdas da linha
(e%\...
...8e
4.33 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação de Portel, a 30 m, considerando as perdas da linha
90 4.34 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), paraaestação de Reguengos, a 50 m, considerando as perdas da
liúa
4.35 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação de Reguengos, a 30 m, considerando as perdas da
liúa
(e%)...
...e3
4.36 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação do Verney, a 50 m, considerando as perdas da
liúa
4.37 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas através das duas
turbinas analisadas (Wh), para a estação do Verney, a 30 m, considerando as perdas da
liúa
(e%). .96
4.38 Energia potencial poupada com origem nas centrais eléctricas (!Vh), para cada
estação, altura e turbina, considerando as perdas da
liúa
(9 %)...
... ...984.40 Preço, por componente, de uma turbina de 5000 W ... .
4.41 Preço total de três turbinas de 1000 W ... ...
...99
4.42Preço total de uma turbina de 5000 W ....
100 100
5.1 Distribuição da potência eólica
mundial
....'...103
S.2Kgde COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estaçãoda Mitra, a 50
m.
... ...1055.3 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estação
da Mitra, a 30
m.
...106
5.4 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estação
de Portel, a 50
m.
...1085.5 Kg de COz potencialmente poupados paÍa a atmosfera, com cada turbina, na estação
5.6 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estação
de Reguengos, a 50 m. ...
...
...1 II
5.7 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estação
de Portel, a 30 m.
de Reguengos, a 30 m.
...
5.8 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbina, na estação
doVerney,a5Om.
...114
5.9 Kg de COz potencialmente poupados para a atmosfera, com cada turbinq na estação
do Verney, a 30
m.
...115
5.10 Poupança de emissões de COz, para cada estação, altura e
turbina
...1175.11 Emissões de COz evitadas, considerando a instalação de três turbinas de 1000 W
ou uma de 5000 W
...
...1l8
5.12: Emissões de CO2 evitadas, com cada turbina, por
m2
...121
5.13: Média das emissões de COz evitadas, com cadaturbina, porm2
...121Lista
de
símbolos
A
-
área (m2) km2-
quilómetros quadrados ha-
hectares dB-
Decibéis(dB)
P-
pressão (Pa) Q-
caudal (m3s-1)T
-
temperatura
(§
oC-
Celsius v-
velocidade (ms-r)Wr-potência (W)
kW-
QuiloWatt
MW
-
MegaWatt GW-
GigaWatt Z-
altura
(m)
p-
massavolúmica
(Lg--')
Constantes
R
-
constante universal dos gases: 8,31(Jmol-tK'l)
R,-
mistura de gaseslltg-lft;
Massa
Molecular
Nz-14
Oz-
16Acrónimos
AU
-
Avaliação de Impacto Ambiental CGE-Centro
de Geofisica de Évora DGE-
Direcção Geral de EnergiaDGGE
-
Direcção Geral de Energia e GeologiaDIA
-
Declaração de Impacto Ambiental EWEA-
European Wind Energy AssociationFER-
Fontes de Energia RenováveisMCOTA
-
Ministério
das Cidades, Ordenamento doTerritório
e Ambiente RECAPE-
Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de ExecuçãoPDM
-
Plano DirectorMunicipal
Abreviaturas
Betz-
Coeficiente de Betz (0,59) COz-
Dióxido
de carbonoNz-
Azoto02-
Oxigénio oisp-
DisPonível 666-
Médio, média 661- Mráximo, máxima ,ef, 0-
ReferênciaCapítulo
I
Introdução
"O
vento éafonte
de energia mundial com crescimento anual mats rápido, com tacas de desenvolvimento anual na ordem dos 30 oÁ. " [t]-Com as crescentes preocupações ambientais, e devido à aproximação
do limite
do consumo dos combustíveis fósseis, a energia eólica ganhou vantagem como fonte de energia renovável[/.
A
tecnologia da utilização do vento para gerar electricidade é a queverifica
um desenvolvimento maisrápido a
nível
mundial.
Esta energiaé
produzida, geralmente, através de turbinas com3
lâminas, situadas no topo de altas torres, funcionando como ventoinhas, mas de um modo contriário-
ao invés deutilizar
electricidade para produzir vento, as turbinas utilizam o vento para gerar electricidade[/.
Desde
aproximadarnente1980, diversos testes
e
pesquisasneste
âmbito ajudaramà
redução dos custosda
energiaeólica
desde8
cêntimospor
kWh,
até 416cêntimos, actualmente (relativamente ao dólar ameri cano,2007) ttl .
A
energia eólica cresceu fenomenalmente naúltima
década graças sobretudo àspolíticas
e
incentivos
governamentais,
envolvendo
colaboração
com
parceirosindustriais
eshatégicos,tendo em vista
o
desenvolvimentode
tecnologias
menos dispendiosas,o
fomento
do
crescimento
do
mercado
e,
ao
mesmo tempo,
da identificação de novas aplicações possíveis parao
vento Ü1.1.1
Motivação
A
importância do desenvolvimento sustentável, económica e ambientalmente, érelevante, mas não é um objectivo
fácil
de atingir.A
energia eólica pode ajudar, tendonas últimas décadas sido alvo de um grande desenvolvimento.
É uma fonte de energia limpa, sem emissão de COz ou
outos
poluentes fosseis, como o carvão e o gás. O tempo de retomo de uma furbina é de apenas alguns meses.Adicionalmente, os recursos eólicos são vastos e oferecem
um
grande potencial, sendo queo
potencialeólico é mais
do
dobro
relativamenteà
procurade
electricidade em2002.
O
grande potencial eólico, combinadocom a
sua competitividade económica efinanceira com o passar dos anos, torna este fonte energética uma fonte importantíssima na competição com os combustíveis fosseis.
No
futuro,
será mesmo capaz de prevenir perturbações económicas, quando chegar a altura em que a exploração dos combustíveis fósseisdecline,
assumindo, então,um
papel ainda
mais
importante
no
âmbito
do desenvolvimento sustentável.Assim, a importância deste trabalho prende-se
com
a necessidade de avaliaçãodo
potencial eólico,
nomeadamentena
região
de
Évora,
sendoque,
mesmo menor relativamentea
ouüas regiões,como
as zonas costeirase
montanhosas, merece um estudo e uma análise, tendo em conta a importáncia crescente e competitividade desta energia comparativamente às fontes fosseis. Com a avaliação do potencialeólico
serápossível
inferir
a competência da região de Évora neste sector, de modo à capacidade eólica poder ser considerada uma fonte altemativa de energia viável e sustentiível.Após
a
anrílisedo
potencialem
cada zona, será também possível entender aquantidade
de
COz não emitido paÍa
a
atmosfera,devido
à
nattxezalimpa
e
sem emissões da energia eólica.1.2
Relevância
eobjectivos
Este trabalho
tem em vista
a
aniílisedo
potencialeólico na
regiãode
Évora, através da avaliação de dados fornecidos pelo Centro de Geo/ísica de Evora. Tendo em contao
ano
de
2007,foram
estudadasquatro
estações:Mitra,
Portel,
Reguengos eColégio Luís Verney (Evora). Para essas estações, e para dados registados de
l0
eml0
minutos, calculou-se a velocidade do vento para 50m
e 30m
dealttra
acima do solo,tendo
em
conta
a
altura
a
que se sifua
a
estaçãoe
as
característicasdo
terreno envolvente (frise-se que os valores utilizados de P foram considerados iguaisa
105 Pa (pressãonormal
de referência),devido
à
inexistência detais
valoresno
CGE).
Com essas velocidades,e
depois
de
fazer
uma triagem dos
valores insuficientes
para conseguir colocar uma turbina em funcionamento e do número de horas que a turbina passaria parada,foi
possível calcular a potência respectiva de cada altura e estação.Após esses cálculos, mensais,
foi
taÍnbém possível obter os valores respectivos da energia, mensal e anual.Para cada local e altura, em seguida, e posteriormente à escolha de duas turbinas existentes acfualmente
no
mercado, ponderou-seo
valor
de
potênciaobtido com
aeficiência
calculada
das
mesmas
turbinas. Note-se
aqui
QUê,devido
as
baixas velocidades verificadas na região, a eficiência é, igualmente, consideravelmente baixa.Através das turbinas escolhidas para este trabalho, e considerando os valores do
potencial
eólico
em
questilo,tentou inferir-se
a
rentabilidadeda
instalaçãode
uma turbina de maiores dimensões ou de diversas menores.Para finalizar este âmbito, note-se que os valores obtidos foram analisados tendo em conta as perdas actuais médias da linha eléctrica de transporte.
Com os dados obtidos, para além do potencial eólico de
Évorq
pretendeu ir-se, contudo, um pouco mais além; assim,foi
ainda objecto de análise a quantidade de COz potencial qtrc não seriaemitido
para a atrnosfera, considerandoo
potencial da energia eólica estudado.1.3
Conteúdo
eorganização
O presente trabalho divide-se em sete capítulos, cada um contendo diversos sub-capítulos. No primeiro capítulo faz-se uma pequena introdução genérica, procedendo-se, também, ao ponto da situação
relativo à
actualidade da energia eólica, bem como osobjectivos que se pretende atingir e relevância actual do tema abordado.
No
segundo capítulo demonstra-sea
sustentabilidade das energias renováveis, com especial incidência sobre a energiaeólic4
bem como a sua viabilidade, avaliação dos recursos energéticos e estado actual. Procede-se ainda a uma estimativa do potencialeólico do
país, descrevendoo
funcionamento deum
parqueeólico
na actualidade. O capítulo termina referindo a variabilidade espacial dos recursos eólicos, bem como osparâmetros condicionantes do aproveitamento do potencial.
Como
basedo
terceiro capítulo tem-se
o
aproveitamentoda
energia eólicaatravés
das
turbinas actuais.
Refere-se
o
modo
de
extracção,
bem como
o funcionamento. Paraterminar,
é
analisadaa
potência miáximae
eficiência
de
umaturbina,
genericamente,terminando
o
capítulo
a
mencionar
as
especiÍicações dasturbinas eólicas actualmente.
A
ideia base do quarto capítulo assenta na electricidade desde umaturbina
até aoconsumidor comum, aludindo ainda à importância da pequena escala, ou micro-geração.
O
capítulo continuacom
a
referência aos custos inerentes, possibilidadese
barreiras económicas da instalação de turbinas eólicas. Segue-se,aind4
a alusão à importância da rugosidadedo
terrenoem redor
das turbinas eólicas, bem comoa
anrílise dos locaisdeterminados
para
a
avaliaçãodo
potencial
eólico
nestetrabalho.
Após referir
asturbinas escolhidas, de modo a obter uma análise mais real,
o
capítulo termina com aevidência dos resultados obtidos para cada local estudado, considerando, igualmente, as
perdas que se verificam nas
liúas
eléctricas de transporte.O
qúnto
capítulo refere a importância das tecnologias associadas à redução dasemissões de COz e outros gases de efeito de estufa, bem como a contribuição da energia eólica para esta redução. São apresentados os dados globais de potência instalada e as
tecnologias em desenvolvimento nos dias que correm. O capítulo avança demonstrando a quantidade de COz que seria evitada para a atmosfera (ponderando o potencial eólico calculado), prossegue com uma análise dos preços tendo em conta a instalação de três turbinas menores ou uma maior, aludindo, ainda, ao factor de capacidade e à poluição.
No
capífulo seis é referido, sucintamente,o
futuro
da energia eólica, sendo nocapítulo
seguinte apresentadasas
observaçõesfinais
e
conclusões derivadas deste trabalho, bem como algumas considerações referentes perspectivas futuras.Capítulo
2
A
sustentabilidade
das energias renováveis
-
a
energia
eólica
O
conceito
de
sustentabilidade,
ol
desenvolvimento sustentável,pode
ser definido, amplamente, como o actos deviver,
produzir e consumir, de um modo que vá de encontro às necessidades verificadas, não comprometendo a capacidade das gerações futuras de agirem de igual modo sustentado í2l.A
geração distribuída assume, actualmente,um
importante papel nos sistemas energéticos modernos.O
progressotecnológico
permitiu uma
grande variedade de soluções rentáveis e de ponderação, comparando alguns anos atrás, em que se pensava que somente grandes estações centralizadas seriam viáveis /3/.A
ascensãoda
indústria
de
geração centralizada
está
associadacom
areestruturação
do
sector eléctricoe
o
sentidodo
mercado nos dias que correm. Comtudo
isto, assistiu-se a diversas oportunidades de negócio a investidores privados, não institucionais, em fornecer energia à rede, resultando num novofluxo
capital no ramo, advindo de sectores que, tradicionalmente, não investiamna
áreadaenetgiat3l.A
avaliação do potencial energético é um passo necessário, mas não suficiente: épreciso assegurar
não só
o
potencial, como tambéma
viabilidade. Assim,
é
preciso avaliara
competição entre diferentes tecnologias, demodo a
entender qual,em
cada zona, uso e procura, é a opção mais favorável, tendo em conta um conjunto de critérios, incluindo o custo, fiabilidade e segurança ao nível de fornecimento r3l.A
previsão do potencial eólico é, actualmente, umtópico
de discussão bastante importante,devido
à
importância económicae
segurança.Assim,
num
ambiente demercado, previsões erradas podem levar a distorções
,os
pt"çot
13l.2.1
A
energia eólica actualmente
A
civilização actual depende da distribuição de energia, a uma grande escala. As trocas internacionais de combustíveis fosseis dos poucos países que exportaÍn grandes quantidades representavam4
%
das trocas mundiais,
em
2003.
As
linhas
deDiversos conflitos podem ser atribuídos ao desejo pelo consumo do petróleo. O facto
do
carvão e petróleo serem baratos depósitos de grandes quantidades de energiafacilmente
acedidapermitiu
o
nípido
crescimentode
diversas cidadescom
pouca atenção no quediz
respeito a preocupações ambientais. Algumas falhas ocasionais dos sistemas de distribuiçãotêm
tido
severas consequências, nomeadamente derrames depetróleo, a larga escala[2].
Tecnologia Custos
por
kW
instalado ($) Ciclo combinado gás/óleoCiclo combinado avançado
gás/ó1eo
Carvão
Ciclo
de gaseificação do carvão Despejos e lixeiras Geotérmica Biomassa Células de combustível Nuclear Solar térmica Solar fotovoltaica $44s $576 $1092 $1306 $139s $1708 $1732 s2041 $2188 $2946 $42s2Tabela 2.1: Relação entre a tecnologia e o custo, em dólares americanos, por
kW
instalado í2l.Potencialmente,
o
impacto ambiental
mais
prejudicial
na
utilização
dos combustíveis fosseis é a possibilidade das alterações climáticas, devido à libertação deCOz extra. Esta
ameaçaé
reconhecida mundialmente,
e
a
maioria dos
paísestransgressores possuem algumas políticas que permitam minimizar
aa
eaça[2].A
natureza menos concentradae
dispersadas fontes
renováveisde
energiapermite
uma maior
independênciarelativamente aos
sistemas centralizadose,
por conseguinte, sistemasde
distribuição
vulneráveis,incluindo a
hipótesede
sistemas sociais menos centralizados.Devido
à maior distribuição das fontes e possibilidade deestar mais perto do
Íim
autilizar,
o sistema de distribuição de energia torna-se uma rede maissignificativa
para a troca de energia emuito
menos vulnerável a perturbações dequalquer componente específica, seja
por
qualquer
conflito,
sobrecargaou
desastrenatwalt2l.
Considerada
uma fonte de
energia emergentehá
sensivelmente20
anos, aenergia
eólica
estabeleceu-secomo
um modo de
exploraçãoevolúdo e
global.
Os custos de produção decresceram cerca de 50%
nosúltimos
15 anos, aproximando-sedos
custos das energiasditas
convencionais.As
turbinas eólicas
actuais evoluíram drasticamente no que conceme ao seu poder, eficiência e fiabilidade &/.O
futuro
da indústria global eólica
é, pois,
bastante promissor: mesmo num cenário bastante convencional,o total
de
energiaeólica
instalada mundialmente terá capacidade para quadruplicar de 40 GW em 2003 para 160 GW em 2Ol2 t4l.Wodd w*rd po$§r. hstrllsd ryÊdtfÍGlY
(EffipohtÊd m
lffilypnd
üeoÍrddseol'úB à00ft,}160 t40 tI0 tm 80 60 10 10 0 , t I a
,
.,,
l?90 [9t5
1000 2ffi§
1010 endofycr
Figura
2.1:
Capacidade eólica mundial.GW-r (com extrapolação à data de publicação2.2 Aproveitamento
da
energia
eólica
O
vento
resultado
deslocamentode
massasde ar,
derivadodos efeitos
dasdiferenças
de
pressão atmosféricaentre
duas regiõesdistintas
e
é
influenciado
por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo I5l.A
energia eólica assenta na conversão da energia do vento em formas mais úteis, como electricidade, usando turbinas de vento, sendo que estas transformama
energia cinética do vento em energia mecânica t6l.A
maior parte da energia eólica é gerada na forma de electricidade, ao converter a energia inerente à rotação das pas de uma turbina em corrente eléctrica, através deum
gerador eléctrico. As turbinas eólicas convertem a energiacinética
do
vento em
energia mecânica; esta energiapode
serutilizada
em diversas actividadesou
para
alimentar
um
gerador
que
a
transforma
em
energiaeléctrica, podendo
posteriormenteser
injectada
na rede
elécüica
e
disfibúda
aoconsumidor tr/.
A
tecnologia das turbinas eólicastem
assistidoa
uma grande evolução, muitodevido
aos avanços tecnológicosdos
materiais,da engeúaria, da electónica
e
da aerodinâmica.Por
noÍna,
os
aerogeradores esüio agrupadosem
determinados locais, onde as condições do vento são favoráveis, denominando-se por Parques Eólicos.A
electricidadepor
eles produzidaé
incorporadana
rede eléctricae
distribuída aosconsumidores da mesma forma que a produzida nas centrais térmicas convencionais.
A
energia produzida
por
qualquer
aerogeradoraumenta
substancialmentecom
avelocidade
do
vento.
Assim, os
aerogeradores são instaladosem
zonascom
maior potencialeólico,
ou
seja,em
zonasmais
ventosas.Como
a
velocidadedo
vento
éafectada
pelo
relevodo
solo,e
aumentacom
a
altura acimado solo,
as furbinas sãomontadas em torres extremamente elevadas Z/.
A
disponibilidade
e a
velocidade
do
vento são
determinantes
pma
asustentabilidade económica de
um
projecto de
produçãode
energia eléctricaa partir
deste recurso renovável.Assim, é
indispensável proceder a uma avaliaçãodo
recurso antes deiniciar o
projecto. Outro aspecto importante é a altura datorre
que suporta aturbina eólica, pois a turbulência
do
vento é maiorjunto
aosolo:
sea
altura da torre aumentar de 10 para 50 metros a quantidade de energia fornecida pelovento
duplicat?.
A
energia pode, igualmente,ter
uma aplicação descentralizada,isto é,
apenasutilizada para
fornecer electricidade
num dado local, longe
da
rede
eléctrica
dedistribúção
ao consumidor t7l.A
energia eólica é renovável, considerada limpa, e não contribui para o efeito deestufa nem com agentes tóxicos paraaatmosfera, desde que utilizada como alternativa à
electricidade produzida pelos combustíveis fósseis IZ.
2.3
Estimativa do potencial energético sustentável
do país
O cálculo do potencial sustentável do país constitui uma informação da máxima relevância no acfual contexto nacional, em que se identificam as contribuições miíximas
das fontes de energia renováveis (FER) com vista à redução das emissões poluentes e ao
cumprimento da Directiva
Comunitiriana
sequência do protocolo de Quioto e eventual necessidade de aquisição de certificados verdes por parte das empresas portuguesas /8/. Emborao
planeamentodo
reforço da
rede eléctrica nacional estejajá
em
curso, doponto
de
vista
da
maximizaçáo
da
produção
dos
aproveitamentoseólicos
e
da optimização dos recursos infraestruturais poderão, eventualmente,existir
discrepâncias pontuaisem
algumas regiões.Assim,
considera-seque
o
mapeamentodo
potencialeólico
sustenüível
pode
constituir
uma
contribuição, embora
modesta,
para
a fundamentação deste planeaÍnento rel.As
recentes estratégias adoptadaspor
Portugal
no
que
respeitaas
energias renováveis em geral eà
eólica em particular, traduzemo
factodo
aproveitamento daenergia
eólica constituir
o
factor mais
relevante
no
cumprimento
das
directivascomuniüári u,
['o],na
sequência da ratificação do protocolo de Quioto[U.
Deste modo, anecessidade de preparar infra-estruturas (e.g. capacidade da rede de transmissão), bem como metodologias que permitam uma penetração máxima de energia eólica no sistema electroprodutor, encontram-se
ainda
em
estudoou em
fase
de
desenvolvimento.A
legislação e as tarifas publicadas, bem como as solicitações públicas para ligação à rede de transmissão, permitem prever queo
aproveitamento do potencial eólico do país seja objecto de grande desenvolvimento nos próximos anos [e/.2.4
Descrição
de
um parque
eólico
A
mair; económica aplicação das turbinas eólicas consiste em grupos de grandes máquinas(de 700
kW
paracima)
dispostosa
curta
distância, denominados ParquesEólicos.
Consriderandoa
capacidade,um
parqueeólico
podevariar,
desde alguns até centenas de tvtW de potência.Um
parque eólico é modular, o que significa que consiste em pequenos módulos, ou turbinas, sendo possível aumentar oudiminuir
o tamanho do parque, confo.rme desejado. Podem ser adicionadas mais furbinas, consoante a demanda por electricidade aumente.Um
parque eólicotípico
apenasutiliza
cercade
I
%
da sua iárea, sendo que a restante percentagem éutilizadapaÍa
diversas práticas de agricultura ou pastagem /ry.As
turbinas eólicas são, geralmente, instaladasem
pequenos gruposde
2 a
5unidades,
ligrdas
à
rede,
ou
em
maiores
grupos,de
10
a
30, com uma linha
detransmissdo cledicada, até
um
ponto de
ligação adequado,perto
deum
cabode
alta tensão.A
agri.cultura nos parques eólicos é extremamente popular entre os agricultores,devido ao
seu terreno continuara
serutilizado
para diversas culturasou
pastagens, sendo queo
gadonão
é
perturbadopela
actividade das turbinas.Um
parque eólicotípico
de 20 turbinas podeatingir
uma extensão superiora
I
km2, mas apenasI
Yo daárea é
utilizarlo
para hospedar as turbinas, infra-estruturas eléctricase
acessos;a
ârea restante pode ser utilizada com outros propósitos, como a agricultura ou pastagens, ou mesmo habitat natwal tt I .Figura 2.'.1.:Parqtes eólicos nos
EUA,
Alemanha e Espanha, respectivamenteÜ1.-*:A,*
rtrtrtrt,ilirlrirt:;iliii liitt::,t:tl
:t:.,t:tt tt,',ii
:.:::.::::::::::::::::|::: . ::::::.:]] l - ]l il: ] ] :
F'igur a2.3: Quinta eólica nos
EUA,
com agricultura na érea ['J .2.5
A
variabitidade
espacial dos
recursos
eólicos
Os
re,cursoseólicos
apresentamuma
acenfuadavariabilidade
espacial. Em Portugal veri:fica-seque
a
média anual da
velocidade,a
direcção,a
intensidade de turbulência,os
padrões sazonaise
o
perfil diário
da
velocidademédia
do
vento
sepodem altera: substancialmente para distâncias reduzidas
e
características orogriíficas relativamente suaves.Assim,
a sua caracterização espacialmente detalhada assume umcaúrcter imperativo. Sendo Portugal um país caracteizado por orografia essencialmente complexa, a avaliação do potencial eólico é, normalmente, apenas
válida
em pequenasareas
em
redor
dos
mastros
anemométricosinstalados
para medição
do
vento-(normalmente 5x
5km).
Esta limitação leva a que os potenciais promotores, noinício
dos
seus prc{ectos, necessitem-
salvo
excepções-
de
proceder
à
rcalizaçáo de campanhas e>rperimentais de medição do vento /e/.Como regra geral, pode dizer-se gue,
dois
locais
situados
a
distâncias compreendidas entre 15e
30km
um do outro,
em areas espacialmente extensas com característicasorogriíficas
suaves, deverão
ter
exposição
semelhanteaos
ventos dominantes. IJm regiões planas esta distância poderáir
até cerca de 90 1mrt121. Se forem consideradas regiõescom
características orográficas complexas, então estas distâncias serão apenas da ordem dos5 a 8 km
f13l,pois
nestes casos devem ser consideradas perturbaçõesdo
escoamento atmosférico induzidas pela orografia e,em
alguns casos,pela rugosidade vegetal e obstrículos existentes Iel.
Nos últimos
anos,tem
sido frequenteo
aparecimento de projectos de parqueseólicos
de
grandes dimensões-
elevada capacidadee
número
de
aerogeradores-á*+dqt,
P'*
T Z:f;::::::::
englobando iíreas
muito
vastas. Estesimplicam
a instalação de mais do que um mastro anemométricodentro
da
áreaque
englobao
parqueeólico e a
aplicaçãode
novas metodologias de avaliação da produção energética, comopor
exemplo, a utilização demapas
de
recurso construídosà
custade
dadosde
várias estações anemométricas -mapas de recurso compósitos r14.2.6
Parâmetros condicionantes
do
aproveitamento do potencial
eólico
A
caracterizaçáodo
recurso
eólico num dado local,
dependede
diversos parâmetrosque
condicionamde forma, mais
ou
menos determinante,o
escoamento atmosférico deum
dadolocal ou
de uma dada região I/5/, sendo os seguintes os mais relevantes neste tipo de estudos:o
Velocidade e direcção do vento;o
Orografra local;o
Obstáculos e rugosidade-
vegetação e uso do solo.A
correcta
caracteizaçãodo
escoamento atmosfériconum
dado
local
passa,necessariamente,
pela
medição
da
velocidade
e
direcção
do
vento.
As
campanhas experimentaisde medida
são, normalmente, realizadasnos locais onde
se pretendeinstalar
os
parqueseólicos
durante,pelo
menos,doze
meses consecutivos, embora sempreque
possível, estadeva
ser prolongadapor
períodos superioresde forma
areduzir as incertezas associadas à variabilidade
inter
anual do escoamento atmosferico telJ0ü+6 IÊ .vl -?B r.l ü L §.
$
$
rI
Iá
Í$
5ü
5üff
#á ítffiÜ,Figura 2.4: Duração de uma campanha experimental vs precisão nas estimativas['o].
As
medidas são, normalmente, obtidasa
alturas que podemir
desdea
altura meteorológica de referência, 10 m, e 80 m, sendo no entanto desejável, que estas sejam obtidas tão próximo quanto possível do rotor das turbinas a instalar Iel.2.6.2 OrograJio
A
orografia constituium
dos elementos mais importantes na caracterizaçáo do escoamentoatmosférico
de
um
dado local,
dada
a
sua
elevada
dependência da complexidadedo
terreno
em
análise (terrenoplano,
elevaçõesde
declive
suave ou terreno montanhos o) Pl .As
montanhas podem alterar as característicasdo
escoamentoatnosférico
dediferentes
formas.
O
aquecimentodas
encostasdas
montanhasdurante
o
dia
earrefecimento durante
a noite
fazemcom
queo
ar
adjacenteà
montanha aqueça ou arrefeça por condução e mistura.A
diferença de temperatura que se faz sentir entre o arperto da
montanhae
o
ambiente circundantevai
dar origem
a
fenómenosde
brisa.Quando
a
estabilidadeestatica
é
neutra,
o
escoamentosobre
as
montanhas cria gradientes de pressão na direcção do escoamento que juntamente com atrito por fricçãoà
superficie
pode produzir
separaçãodo
fluxo
tt'|.
Este fenómeno
vai
provocar turbilhões em esteira a montante ou a jusante da montanh4 podendoatingir
distânciasde
vrírias
vezesa
altura da
montanha, consoanteo
declive
da
mesma. Quando aseparação ocorre a jusante da montanh4 a esteira produzida pode
ir
atél0
ou 20 vezes aaltura
do
cumeda
elevação, enquanto que, quando ocorrea
montante,os
turbilhões produzidos aninhom-se na base da mesma e são constrangidos pela sua presença. Nestecaso, a esteira não vai além de duas vezes a altura da montanha. Este fenómeno é quase
inexistente em elevações de inclinação suave, e neste caso, existindo concentração das
liúas
de
corrente,verifica-se
um
aumentoda
velocidadedo vento
e
consequente aumento de energia que podeir
até 2 vezes o valor obtido sem a perturbação do terrenoü81.
A
localizaçãode um
parque numaliúa
de
cumeadatem
algumas vantagens, uma vez que esta acfua como uma torre. Os efeitos de alrefecimentojunto
ao solo sãoparcialmente evitados
e
podeexistir
aceleraçãodo
vento
aumentando destaforma
aenergia disponível no local. Neste
tipo
de terreno são varios os efeitos a ter em conta e opeso
da
componentetérmica
pode ser
relevantedevido
aos ventos
de vale
e
de montanha que, eventualmente, se formam I9l.Pupendiffirlnr {Muito Bom} OblÍquo
tBonn]
Faralelo G,saüásret] E--*-*> F..--* {rr.* Concavo {Bom} --*m;-} -ri-,r'F
---}
,, .-.-.-_'tCo,rnrexo {Itfenos desej ál'el)
,rrr
Figura}.S:
Orientações possíveis deliúas
de cumeada?íJ.ffsoo
[---ra00 l---r a00 hw350 F::::I:i:!l: :i:::!:!:i 4t ^.Í1ffir
(m)2.6.3 Rugosidade e obstáculos
A
rugosidade de um dado local é outro dos parâmetros de entrada considerados indispensáveis nestetipo
de estudos, trma vez que influencia de forma determinante o escoamento atmosféricojunto
ao solo e, consequentemente, a energia disponível num determinado
local tel .Por rugosidade entende-se, no sentido mais geral do termo, o
tipo
de ocupação do solo característica de uma dada regiãoou
local-
vegetação, localidades, zonas decultivo,
etc.
O
local ideal é
caracterizadopor
rugosidade homogéneae
reduzida, sendo no entanto, mais frequente encontrar locais onde se encontram viíriostipos
de rugosidade que se interpenetram [el.2.6.4 Eddícios
Muito
emboranão
seja comum instalar
aerogeradoresnas proximidades
deediÍícios, este
posicionamento
pode ocorrer,
por
exemplo,
em
quintas
ou
na proximidadede
estruturas urbanísticas. Paraalém
disso,é
frequentea
instalação de mastros anemométricos em terrenos com obstáculos destetipo
durante as campanhas experimentaisde
caractenzaçio geral
do
vento.
As
perturbações produzidas pelosedifícios
aumentamem
altitude a jusante.
O
escoamentoé
obstruídopelo
edifício, formando uma esteira aindaa
montantedo
mesmo.Após a
pÍlssagempelo
obstiículo forma-se uma esteira emforma
de ferradura que se estende aindaa
alguma distância parajusante [el.2.6. 5 Barueiras vegetais
Em regra as barreiras vegetais são constituídas por
filas
de arvores posicionadas oblíquaou
perpendicularmenteao
local
que pretendem proteger.Existem
no
entanto algumas formas deminimizar
a influência das barreiras vegetais, tais como a escolha de um local afastado (para jusante) ou para os lados da barreira ou, emúltima
instância, autilização
de
uma
torre
suficientemente
alta
para
minimizar
a
perturbação
do escoamento /9/.O grau de perturbação do escoamento depende da
altur4
profundidade e porosidade da barreira vegetal. Como porosidade entende-se a percentagem de área aberta que se podever
quando seolha
através da barreira vegetal. Quantomais alta
é
a
barreira, maiordistância
atinge
o
escoamento
perturbado
a
jusante
do
obsüâculo
u2l
e,consequentemente,
maior
distância é necessiíria paÍa queo
escoamento recupere a suaenergia
irucialtel.
2.6.6
Árt
ores posicionadas aleotoriamenteA
existência
de
iírvores
posicionadasde forma
aleatória
num local que
àprimeira
vista
demonstre algum interesse do ponto devista
energético pode constituirum
problema.A
esteira produzidapor
estetipo
de obstaculo, emborade
intensidade mais fraca do que a produzida pelos obstáculos referidos anteriormente, prolonga-se por maiores distâncias.A
perda de velocidade pode variar entre3
Yo e 20 o/o, e a perda de energia produzida pode variar entre9
Yo e40
oá, dependendo estes valores dotipo
defolhagem e da distância ao ponto de interesse í12l.
No
caso de se escolher um local onde exista este tipo de obstaculo, deve considerar-se ahipótese
de
instalação
de
torres
anemométricasde
alturas
elevadasde
forma
aminimizar a inÍluênci
a
dabarreha tel .O
planeamento
do
aproveitamentoda
energia
eólica constitui uma
tarefa complexa, exigindo a identificação de um conjunto alargado de informaÇão tgl.2.6.7 Copacidode da rede eléctrico receptora
Uma
das preocupaçõese
dificuldades mais marcantesno
desenvolvimento deaproveitamentos de energia eólica é, sem sombra de dúvida, a do escoamento da energia eléctrica produzida.
O
facto das iíreas com maior potencial eólico se concentarem em regiões remotas e, na srur maioria,do interior do
país, conduzà
existência de limites baixos para a potência de origem eólica que se poderia injectar na rede eléctrica. Estalimitação
levaa
que, na maioria dos casos, hajaa
necessidade deconstruir
linhas degrande extensão
e
custo
paraligar a
rede pré-existenteàs
subestaçõesdos
parqueseólicos.
Os
custos
associadosà
construçãodas
linhas
são,
nestemomento,
ainda suportados, na sua grande maioria, pelos promotores, custos essesmuito
elevados, que colocam em causa muitos projectos rel.P*r*gal rl t ,r\
.*[
]." \-"P ; E x J Ê tn a :) 4 g. Ê-1 üsooü trl $ÂUS$ DLx, mlFigura 2.7: Rede EléctricaNacional
-
Figura Base; Figuradigitalizadattel.
EVORA Potência planeada
(Mw)
2004 2005 2006 2007 32 33 35Tabela 2.2: Pontos de ligação à rede eléctrica e potências planeadas t7l .
2.6.8 Ocupoção do solo A*icuBrr,r .,tguar Xuturiores llnrcstr tryuumirm IErrtffiE §ociâl (a) (b) 25 q Ponto de ligação (MW)
Figura2.8:
Distribuição espacial dos usos do solo da região [20J .tr€ÍI
.l!:y ra: ( il.i ii --..i. ,ii. L.r .:i. :ii ^
.,...
2,6,9 Declive do terueno
Tal como é do
coúecimento
geral, Portugal é um país cujo terreno apresenta na sua maioria uma grande complexidade, sendo excepção, quase única, a regiãointerior
central do Atentejo. É também verdade que a maioria dos locais interessantes do ponto devista do
aproveitamentoeólico,
se encontram nos pontos altos,e
nalgumas zonas costeiras, elas próprias também de orografia complexa (e.g. SW Alentejano, SotaventoAlgarvio
e
RegiãoW). O
declive do
terrenotem
umainfluência
não desprezáxelto
aproveitamentodo
potencial energéticodo vento,
querdo
ponto de vista do
próprio recurso eólico, quer do ponto devista
da instalação das turbinas no terreno, sobretudo com a actual tendência paruainstalação de máquinas de grandes dimensões [el.@
Figura2.9:
Mapa de declives da regláo tel2.6.10 Dodos da velocidode do vento
Após recolhidos e armazenados, os dados experimentais da velocidade do vento
passam
por um
conjunto
de
processos
de
controlo
que
validam
o
posterior processamento e caracteizaçáo do potencial eólico t2tl.A
ocorrência de falhas e erros nos registos de dados é, infelizmente, mais frequente do queo
desejável, podendo seroriginada por diversos motivos tais como: