A
PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ADMINISTRAÇÃO
ÁREA
DE CONCENTRAÇÃO:
POLÍTICAS
E
GESTÃO
INSTITUCIONAL
TURMA
ESPECIAL
MESTRADO
INTERINSTITUCIONAL
UFSC/UA/CIESA
CINTHIA
DA
CUNHA MENDES
PROPOSTA
DE
CONFIGURAÇÃO
DE
INDICADORES
PARA
AVALIAÇÃO
DOS
ATIVOS
DE
CONHECIMENTO
EM
UMA
*
INSTITUIÇÃO
DE
ENSINO
SUPERIOR:
UM
ESTUDO
DE
CASO
DO
`
INSTITUTO
DE
ENSINO
SUPERIOR
FUCAPI/CESF
FLORIANÓPOLIS
2002
PROPOSTA
DE
CONFIGURAÇÃO
DE
INDICADORES
PARA
AVALIAÇÃO
DOS
ATIVOS
DE
CONHECIMENTO
EM UMA
INSTITUIÇÃO
DE
ENSINO
SUPERIOR:
UM
ESTUDO
DE
CASO
DO
INSTITUTO
DE
ENSINO SUPERIOR
FUCAPI/CESF
Dissertação apresentada ao
Programa
de Pós-Graduação
em
Administraçãoda
UniversidadeFederal de Santa Catarina
como
requisitoparcial à obtenção
do
graude
Mestreem
Administração, área de concentraçãoem
Políticas e Gestão Institucional.
Orientadora:
IlseMaria
Beuren,
Dr”.
FLoRIANÓ1>oLIs
PROPOSTA
DE
CONFIGURAÇÃO
DE
INDICADORES
PARA
AVALIAÇÃO
DOS
ATIVOS
DE
CONHECIMENTO
EM UMA
INSTITUIÇÃO
DE
ENSINO
SUPERIORz
UM
ESTUDO
DE
CASO
DO
INSTITUTO
DE
ENSINO
SUPERIOR
FUCAPI/CESP
Esta dissertação foi julgada
adequada
para a obtençãodo
Título de Mestreem
Administração (área de concentraçãoem
Políticas e Gestão Institucional) e aprovadaem
suaforma
final peloPrograma
de Pós-Graduaçãoem
Administraçãoda
Universidade Federal deSanta Catarina,
em
18 de abril de 2002.Prof. Dr.
Nelson
ColossiCoordenador
Apresentada à
Comissão
Examinadora, integrada pelos Professores:M/É
Wu/14
Prof. Dr”. IlseMaria Beuren
Orientadora
QA
Prof. Dr.Rol
ermann
Erdmarm
Membro
M
Prof. Dr. Antí/Tio Cezar
Bomia
A
Deus, pela sua presença,aos
meus
pais, aquem
devo,mais que
a vida, as condições para vivê-la,a
minha
irmã,Maria
Cecília, pelocompanheirismo
e pela força,a
minha
família, pelacompreensão quando
deminha
ausência.À
FUCAPI,
pela oportunidade, pelo investimento, pela permissão da realizaçãoda
pesquisa e usodo
nome
e, por acreditarno
desenvolvimento de seus profissionais,A
Niomar
Pimenta, pelo apoio incondicional.À
UFSC
e aoPrograma
de Pós-Graduaçãoem
Administração,em
repetir a iniciativa,em
permitir a experiência, a troca e o conhecimento.Ao
CIESA,
por apoiar a iniciativa e ampliar as oportunidadesde capacitação profissional
na
região.A
minha
orientadora IlseMaria
Beuren,pela amizade, pela paciência, pela exigência, pelo
exemplo
e estímulo frente aos desafios.Aos
colegasdo
mestrado, pelo companheirismo,-
em
especial,
Dalton Vilela,
Graça
Gil, Ricarda Pinho,Márcia
Maduro
eAugusto
Rocha.Aos
colegas de trabalhoda
FUCAPI
eCESF,
pela
amizade
e apoio nasminhas
ausências, pela solidariedade,em
especial,aos coordenadores de curso e direção, pela concessão das entrevistas,
Emília Melo,
minha
substituta paraque eu
pudesse freqüentar as aulas,Izáida Castro, pelas palavras amigas
e estímulo a
minha
auto-estima,professores Eliana Migliorin, Iamara Cavalcante,
Tayana
Conte eLeandro
Harraquian,pelo apoio
na
reta final, suportando todo o estresse,Bibliotecários, pela paciência nos atrasos e durante a consulta bibliográfica.
Aos
colegasda
lista competitive-knowledge eda
Sociedade Brasileira de Gestãodo
Conhecimento, pelas contribuições..
Enfim,
a todos que, diretaou
indiretamente,contribuíram
com
o envio de artigos, matérias, recortes elinks sobre o
tema
gestãodo
conhecimento; nomeá-los nestemomento
pode
oferecer o riscodo
esquecimento, omeu
muito obrigada.e
é
com
eleque
setem
LISTA
DE
FIGURAS
... ._LISTA
DE
ABREVIATURAS
E
SIGLAS
... _.RESUMO
... ._ABSTRACT
... ._ l 2 3 4 ,___E
o\ooo\1INTRODUÇÃO
... _. 111.1
TEMA
E
PROBLEMA
DE
PESQUISA
... ._ 111.2
OBJETIVOS
... _. 13 1.3IUSTIFIÇAÇÃO
DO
TRABALHO
... _. 14 1.4ORGANIZAÇÃO
DO
ESTUDO
... .. 1ó ›-›-lo-fl \‹oÓ°O0FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
... ..2.1
ADMINISTRAÇÃO DAS
ORGANIZAÇÕES DE
ENSINO SUPERIOR
... _.2.1.1 Breve histórico da evolução das instituições de ensino superior ... _.
2.1.2 Gestão da IES do setor privado ... ._ 24
2.2
A
GESTÃO
DO
CONHECIMENTO
... ._ 282.2.1 Contextualização do conhecimento na nova economia ... ._ 28
2.2.2
Definindo
a gestão do conhecimento ... ._ 332.2.3
Reflexos
do novo modelo de gestão no ambiente acadêmico ... ._ 352.3
ABORDAGEM
DAS METODOLOGIAS DE
GESTÃO
E
AVALIAÇÃO DOS
ATIVOS
DE
CONHECIMENTO
... _. 372.3.1 Criação de conhecimento - Ikujiro
Nonaka
e Hirotaka Takeuchi ... ._ 382.3.2 Gerenciando e avaliando ativos intangíveis - Karl Erik Sveiby ... ._ 41
2.3.3 Avaliação do capital intelectual - LeifEdvinsson e Michel Malone ... _. 43
2.3.4 Gerenciando O conhecimento e alavancando o capital intelectual -
Thomas
Stewart ... ._ 472.3.5 Gerenciando o capital intelectual -
Thomas
Davenport e Laurence Prusak ... ._ 512.3.6
As
sete dimensões da gestão do conhecimento - José Cláudio Cyrineu Terra ... _. 532.4
A
ORGANIZAÇÃO ACADEMICA
COM
BASE
NO
CONHECIMENTO
... _. 572.4.1
O
ambiente organizacional das IES ... _. 582.4.2
A
gestão estratégica do conhecimento nas IES ... _. 60METODOLOGIA
... ._ 643.1
PERGUNTAS DE
PESQUISA
... ._ 643.2
DEFINIÇÃO CONSTITUTIV
A
E
OPERACIONAL
DE
TERMOS
E VARIÁVEIS
... ._ 643.2.1 Definição constitutiva de termos e variáveis ... ._ 64
3.2.2 Definição operacional de termos e variáveis ... _. 65
3.3
DELINEAMENTO
DA
PESQUISA
... _. 673.4
OBJETO
DE ESTUDO
E
ELEMENTOS
DE
INVESTIGAÇÃO
... _. 693.5
COLETA
E
ANÁLISE
DE
DADOS
... ._ 713.5.1 Tipos de dados ... _. 71
3.5.2 Instrumento de pesquisa ... ._ 72
3.5.3 Coleta e análise de dados ... _. 73
3.6
LIMITAÇÕES
DE
PESQUISA
... ._ 75DESCRIÇÃO
DO
ESTUDO DE CASO
... _. 774.1
APRESENTAÇÃO
DA MANTENEDORA
E
DA
IES ... _. 774.1.1 Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica -
FUCAPI
... ._ 774.2.2 Indicadores de avaliação do Monitor de Ativos Intangíveis ... ..
4.3
ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO
DOS
DADOS COLETADOS
NA
IES ... ..4.3.1
O
ambiente extemo ... _.4.3.2
O
ambiente intemo ... ... ..4.3.3
A
competência pessoal ... ..4.4
ANÁLISE
DA
REALIDADE
DA
IESÀ
LUZ
DA
METODOLOGIA
PROPOSTA POR
KARL
ERIK
SVEIBY
... ..5
PROPOSTA
DE
coNEIGURAÇÃo
DE
INDICADORES
PARA
AVALIAÇÃO Dos
ATIVOS
DE
coNHEcIMENTo
DE
UMA
IES
PRIVADA
... ._5.1
ESTRUTURA EXTERNA
... _. 5.2ESTRUTURA
INTERNA
... .. 5.3coMI>ETÊNc1A
PESSOAL
... .. 6CONCLUSÕESE
RECOMENDAÇÕES
... .. 6.1coNcLUSoES..¿
... ._ 6.2RECOMENDAÇOES
... ..REFERÊNCIAS
... ..ANEXOS
...Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figurall Figura 12 Figura 13 Figura 14
Representação do ensino superior privado no organograma do
MEC.
Características das empresas da sociedade do conhecimento ... ..
Modos
de conversão de conhecimento e o espiral do conhecimento ..Navegador de capital intelectual ... ..
Organograma da
FUCAPI
... ..Cursos oferecidos pelo
CESF
no período letivo 2002/1 ... ..Valor de mercado de
uma
empresa ... ..Exemplo
deum
monitor de ativos intangíveis ... ..Esquema
de análise dos dados obtidos na entrevista ... ..Avaliação do ambiente extemo ... ..
Avaliação do ambiente interno ... _.
Avaliação da competência pessoal ... ..
Estrutura de análise para a identificação de indicadores dos ativos de
conhecimento na IES ... ._
ABIPTI
ABMES
ABNT
CEEF
CEPI
CESF
CETAF
CIEAM
CONSEN
CONSUP
COTEC
CPqD
CTI
DEPED
DOU
ESPM/RJ
FEPEMM
FIEAM
FUA
FUCAPI
GC
GEICOM
IES
INEP
Associação Brasileira de Institutos de Pesquisas e Tecnologias Industriais
Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior
Associação Brasileira de
Normas
TécnicasCentro Educacional
FUCAPI
-
Lynaldo Cavalcanti de AlbuquerqueCentro Estadual de Ensino Profissionalizante .
Instituto de Ensino Superior
FUCAPI
Centro Tecnológico Ambiental
Centro das Indústrias do Estado do
Amazonas
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
Conselho Superior
Coordenação Geral de Análise Técnica
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
em
TelecomunicaçõesFundação Centro Tecnológico para Informática
Departamento de Educação
Diário Oficial da União
Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro
Fundação de Ensino e Pesquisa Mathias Machiline
Federação das Indústrias do Estado do
Amazonas
Fundação Universidade do
Amazonas
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
Gestão do Conhecimento
Grupo
Executivo Intenninisterial de Componentes e Materiais Instituição de Ensino SuperiorInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
INMETRO
Instituto Nacional de Metrologia, Nonnalização e Qualidade IndustrialISO
LDB
MCT
MEC
PCCS
International Standartizatíon Organization
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministério da Educação
Plano de Cargos, Carreiras e Salários
POLI/USP
Escola Politécnica da Universidade de São PauloPRODOM
Programa de Formação de Doutores e Mestres daFUCAPI
PROESP
SESu
Programade Formação de Especialistas da
FUCAPI
Secretaria de Educação Superior
SUFRAMA
Superintendência daZona
Franca deManaus
TI
` "UFPB
UFRGS
UFSC
ZFM
Tecnologia da InfonnaçaoUniversidade Federal da Paraíba
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal de Santa Catarina
MENDES,
Cinthia. Propostade configuração de
indicadorespara
avaliação dos ativosde
conhecimento
em uma
instituiçãode
ensino superior:um
estudode
casodo
Institutode
Ensino
SuperiorFUCAPI/CESF.
Florianópolis, 2002. 155p. Dissertação (Mestradoem
Administração) -
Programa
de Pós-Graduaçãoem
Administração, Universidade Federal deSanta Catarina.
Orientadora: prof* Ilse
Maria
Beuren. D1”. ~O
objetivo geral desta pesquisa consisteem
identificar quais são os indicadores para avaliaçãodos ativos de
conhecimento
em
uma
instituição de ensino superior privada.A
pesquisacaracterizou-se
como
tun estudodo
tipo exploratório-descritivo, através deum
estudo de casodo
Instituto de Ensino SuperiorFUCAPI/CESF
com
uma
abordagem
qualitativa.A
metodologia proposta por Karl Erik Sveiby foi utilizada para orientar o instrumento de coleta
de dados
na IES
em
questão, atravésda
categorização dos ativos intangíveisem
ambiente extemo, ambienteintemo
e competência pessoal.O
modelo
de Sveiby preconiza o uso deindicadores não-financeiros para avaliar o
desempenho
organizacional.A
partir dos dadoslevantados nas entrevistas, junto à direção e coordenações de curso e, baseada
na
proposta deSveiby, apresenta-se a análise dos dados coletados nas entrevistas,
com
ênfaseno
ambienteextemo
- análise demercado
(cliente, concorrência e políticas), mídia, receita versusinvestimentos, tecnologia
da
informação, processo seletivo; ambiente interno - análise dosrelacionamentos,
do
ambiente de trabalho,da
estrutura, valores e cultura organizacional, dosprocessos e
do
suporte tecnológico; competência pessoal análise das habilidades eexperiências,
do
treinamento e aprendizagem, das competências,da
iniciativa e dosincentivos.
A
interpretação dos dados pennitiu estabeleceruma
relação entre amétodo
degestão e avaliação de ativos intangíveis de Karl Erik Sveiby
com
as práticas gerenciaisda
FUCAPI/CESF.
A
partirda
pesquisa teórico-empírica desenvolveu-seuma
configuração
deindicadores para a avaliação dos ativos de conhecimento
em uma
instituição de ensinosuperior privada.
Com
efeito, trata-se de tuna solução adaptada auma
organização e contextoespecíficos, o
que
toma
diflcil realizar comparações. Contudo, o estudo contribui para adiscussão
do
tema
conhecimentona
gestão das IES, para o monitoramento dos indicadores dedesempenho
não-financeiros queagregam
valor aos serviçosda
IES,além
de serum
ponto departida para a exportação
da
proposta à realidade de outras organizaçõesno
mesmo
segmento.Palavras-chave: ativos intangíveis, gestão
do
conhecimento, indicadores de avaliação,MENDES,
Cinthia. Propostade
configuraçãode
indicadorespara
avaliação dos ativosde
conhecimento
em
uma
instituiçãode
ensino superior:um
estudode
casodo
Institutode
Ensino
SuperiorFUCAPI/CESF.
Florianópolis, 2002. 155p. Dissertação (Mestradoem
Administração) -
Programa
dePós-Graduação
em
Administração, Universidade Federal deSanta Catarina.
u
Orientadora: prof* Ilse
Maria
Beuren. Dr"'.The main
objectiveof
this research is to identifyhow
are the indicators of evaluationknowledge
assets in an institution of higher education of the private initiative.The
researchwas
characterized with a studyof
the exploratoiy-descriptive type, through a study of selectedcase, the higher education Institute
FUCAPI
-CESF.
A
Karl Erik Sveibymethodology
was
used to guide the instrument
of
data collection in HLI, through the categorical of the intangible assets in extemal structures, intemal structuresand
personal competence.The
Sveiby
model
precocity the useof
no-financial indicators to evaluate the organizationalevaluation. Starting
from
the data lifted in the interviews, close to the directionand
coursecoordination”s and, based
on
the proposal of Sveiby, itscomes
an
outlineof
analysis of thedata collected in the interviews, with emphasis in extemal structure - market analysis
(customer, competition
and
politics), media, revenue versus investments, informationtechnology, selective process; intemal structure - analysis
of
the relationships,work
atmosphere, structure, values
and
organizational culture, processesand
technological support;c) personal
competence
- analysisof
the abilitiesand
experiences, trainingand
leaming,competencies, initiative
and
incentives.The
interpretationof
the data, it allowed to establish arelationship
between
themanagement method
and
evaluation of intangible assetsby
Sveiby with the managerial practicesof
FUCAPI/CESF.
Startingfrom
the theoricand
empiricalresearch it
was
developed a configurationof
evaluation indicators of theknowledge
assets inan
institution of private higher education.With
effect, it is a customer solution to anorganization
and
specific context,what
turns difficult to accomplish comparisons.However,
the study contributes to the discussion of the
theme knowledge
in theHLI
administration, forthe
accompaniment of
no-financiers acting indicators thatadd
value to theHLI
services,besides being a starting point for the export of the proposal to the reality
of
anotherorganizations in the
same
segment.Key
words: intangible assets,knowledge management,
evaluation indicators, higher education1.
INTRODUÇÃO
No
presente capítulo, inicialmente, apresenta-seum
contexto sob o qual são definidoso
tema
eproblema
de pesquisa,bem
como
os objetivos a que se propõe o estudo.As
motivações
que
levaram à escolhado
tema
são apresentadasna
justificaçãodo
trabalho.Em
seguida, evidencia-se a orientação de
como
o estudo foi organizado.l.l.
TEMA
E
PROBLEMA
DE
PESQUISA
O
cenário de competitividade emudanças
crescentes traduz-seem
um
desafio
constante para os gestores contemporâneos.
Segundo
Meyer
Jr. eMurphy
(2000),no
sistemade educação superior brasileiro pode-se observar sua exposição à globalização, à expansão da
demanda,
à diversificação e à busca crescente pormaior
qualidade, eficiência e eficácia.As
mudanças,
por sua vez,provocam
forte impactona
vida das pessoas, quer pela adoção denovos
paradigmas, pela alteraçãoda
arquitetura organizacional das empresas ou, ainda, pelamodificação
dos conceitos de seus produtos e processos.Ampliam-se
as exigênciasdo
mercado.Além
disso, a visão generalista/especializadada formação
acadêmica,bem
como
a expansãodo
ensino superior brasileiroprovocam
fortesmudanças
no
ambiente educacional.As
Instituições de Ensino Superior -IES
lidamcom
aobsolescência
do conhecimento
que é geradono
âmbito acadêmico, frente à velocidade que omercado
exige para a atualização de seus profissionais. Por outro lado, a globalização e o usointensivo de tecnologia, tais
como
a Intemet e vídeo conferência,passam
a permitir que osserviços educacionais sejam oferecidos nas mais variadas localizações geográficas, acirrando
a concorrência
do
setor de serviços de educação e treinamento.Os
administradores e toda acomunidade acadêmica
(docentes e discentes) aindainsistem
em
velhas abordagens, e essaforma
improvisada de gestão e ensino demonstra-seineficaz frente aos
novos
desafios,não mais
se aplicando ànova
realidade. Faz-se necessáriauma
nova combinação
dos recursos existentes nas organizações.Some-se
a estas exigências, a relevância das alterações de caráter legislativocom
a Leide Diretrizes e Bases
da Educação
Nacional, cujo destaque consisteem
proporcionarmaior
As
organizações de ensino superior,em
especial asIES
privadas,possuem
características peculiares
que
as distinguem das demais empresas.Segundo Almeida
(2000),mesmo
alardeando modernidade, os gestores dasIES
privadas ainda nãoatuam
deforma
prática,
com
visão estratégica,na
elaboração de suas estratégias de ação. Portanto, para o realatendimento aos objetivos a
que
se propõe, a produção de conhecimento para uso democráticoda
sociedadeem
que estão inseridas, asIES
necessitam deuma
reformulação; requerendomudanças.
A
repercussão que asmudanças
impõem
ao ambiente dasIES
privadas caracteriza-se,de acordo
com
Meyer
Jr. (2000, p.l40), principalmente, "pela diversidade de instituições epela qualidade dos serviços prestados".
Nesse
cenário de mudanças, asIES
são pressionadasa promovê-las e, para Castro (2000, p.18), "a maneira pela qual as instituições de ensino seadaptam
ao ambienteem
que vivem,em
grande parte, determina o seu destino" .A
avalancha de infonnações, produzidas pela revolução tecnológica, traduz-senuma
irreversível
demanda
por ensino e aprendizagem, contudo,não no
sentido tradicionaldo
termo.
A
educação toma-se cada vezmais
uma
questãodo
desenvolvimentode
competênciase
um
meio que
permita levar a conhecer.Em
contraponto ao sistema tradicional,no
qual osconhecimentos são aprendidos individualmente, o futuro leva a
uma
educação inseridano
contexto social,
ou
seja, pela interaçãocom
o grupo e pelo compartilhamentode
experiênciasentre seus
membros.
Na
última década, a tecnologiaavançou
e o conhecimento evoluiu muito,em
curtoespaço de tempo. Essa
complexidade do
mundo
real exigiu novas formas de transmissãodo
conhecimento
existente.Quanto
ao papelda
tecnologia, são incontáveis as críticas ao seu uso,quando,
na
verdade, a revolução tecnológicano
ambienteacadêmico
representouum
avançono
âmbito educacional, principalmente, atravésdo
ensino suportado pela mídia. Contudo, atecnologia
fomeceu
apenas a base, agindocomo
facilitadora desse processode
transferênciado
novo.Por
si só, os avanços tecnológicos representamum
forte aliado à obtenção deum
considerável
número
de infonnações que, dissociadas deum
propósito,não
produzem
qualquer significado.
É
nessemomento
que a gestãodo
conhecimentovem
atuarcom
o objetivo de agregarvalor a essas informações.
O
tema
gestãodo
conhecimentotem
significadoamplo no
contextodas organizações. Muitas vezes, e' entendido
como
a simples gerência daquilo que osindivíduos
que
compõem
uma
organizaçãoconhecem, ou
seja, a percepção das pessoas acercados fatos ocorridos.
No
entanto, não se trata apenas de interpretação pessoal dos fatos,mas
desenvolvimento de novas competências.
Em
síntese, refere-se à transfonnação dasinformações que,
em
grande volume, circulam pela organização,em
elementos gerenciais úteis,em
conhecimento.Por sua vez, o conhecimento deve ser entendido
como
o conjunto de informações queexpressam
mn
significado.Nesse novo
contexto organizacional, o aprendizadoassume
um
papel de destaque,
do
qual depreende-se que asIES
encontram-seem
posição estratégica devantagem
para atender aosnovos
anseiosda
sociedadedo
conhecimento, considerando-se queas organizações educacionais são, por excelência, organizações
do
conhecimento.Assim, a organização,
na
visão deSenge
(1999), éum
organismo vivo e, pormeio
de sua interaçãocom
o meio, exigiráum
clima apto à sinergia entre as pessoas, reconhecendo-ascomo
o grande diferencial competitivo dessanova economia
- a erado
conhecimento.As
experiências pessoais, as habilidades
do
aprendizado individual eem
grupo, a utilização dosinúmeros recursos tecnológicos indispensáveis ao processo de
tomada
de decisão,bem
como
o talento dos colaboradores, a rede de contatos,
enfim,
todos esses elementosconvergem
parauma
nova
e revolucionária definição de ativos organizacionais.Esses ativos
passam
a ser determinantesda
estratégia organizacional e seu uso, sob condições de concorrência,podem
proporcionar vantagens competitivas aos seus usuários.No
entanto, parauma
cultura fortemente baseadana
tendência industrial-capitalista, a questão écomo
promover
a identificação desses ativos intangíveis, queagregam
valor à atividadeprodutiva,
mas
que não
são identificados claramentena
arquitetura de produtos e processosdas empresas. .
Dentro dessa perspectiva, a pergtmta de pesquisa que
motiva
o presente estudo é aseguinte: quais são os indicadores
para a
avaliação dos ativos de conhecimentoem uma
instituição de ensino superior privada?1.2.
OBJETIVOS
O
objetivo geral desta pesquisa consisteem
identificarum
conjunto de indicadoresOs
objetivos específicos aque
se propõe a pesquisa são os seguintes:0 caracterizar ativos de conhecimento
em uma
instituição de ensino superior;0 verificar as práticas gerenciais pertinentes à gestão
do
conhecimentono
ambientede
uma
IES
privada;0 identificar metodologias de avaliação dos ativos de conhecimento existentes
na
IES;
0 investigar as ações relacionadas à criação, armazenamento, localização e
compartilhamento
do conhecimento
em uma
IES
privada;0 apresentar
uma
configuração
de indicadores para omonitoramento
de ativos deconhecimento
em uma
IES.1.3.
.IUSTIFICAÇÃO
DO TRABALHO
O
estágio inicialem
que
se encontram os estudos relacionados aotema
gestãodo
conhecimento, sobretudo
no
âmbito acadêmico, alavancou a presente pesquisa, visando,primeiramente, à identificação dos ativos de conhecimento
no
ambienteacadêmico
deuma
IES
privada, para, então, apresentaruma
configuração de indicadores demonitoramento
desses ativos, para esse
ramo
de atividade.A
área educacional,como
uma
organização aberta,também
recebe influências dasmudanças
ocorridasno meio
ambiente, taiscomo
globalização, avanço e difusão de novastecnologias, competitividade de mercado,
tomando-a
altamente concorrida.Além
disso,mudanças
intemas são provocadas, quer por reaçãoem
cadeia às alteraçõesno macro-
ambiente,
ou
ainda, desencadeadas por ações de melhoria e aperfeiçoamento dos processosinternos. `
Com
efeito, externaou
internamente, o grande ator demudanças
é o serhumano.
Pelo seu desenvolvimento, acüunulo de novas experiências, capacitação e interaçãocom
o meio,também
exercem
fortes e decisiva alteraçãono
ambienteda
organização.No
ambiente acadêmico, observa-se que a educação jácomeça
amudar
por forçada
ação dessas variáveis, e a formação acadêmica,
em
especial a formação superior, deveráexigir cada vez
mais
dos profissionais envolvidos nesse processo.A
formação
de cidadãoscom
postura flexível e crítica e a reformulaçãoou
substituição dos projetos pedagógicosempresarias privadas. Principalmente,
no que
conceme
anão
ignorar o impacto da revoluçãotecnológica pela qual atravessa a sociedade. Refere-se, portanto, a adaptar o uso dos recursos
tecnológicos e práticas gerenciais aos processos das IES, visando assegurar a sua
sobrevivência
num
mercado
competitivo.Destacando-se as
IES
privadas, ainda que nãovisem
o lucro, nesse caso refere-seàquelas
sem
fins
lucrativos, cujo aporte financeiro deve-se à presençada
entidademantenedora, assim
mesmo,
atuam
em
ambiente de acirrada concorrência.O
conhecimento
deixou de ser instrumento exclusivo das instituições de ensino.Entretanto, a ausência de estudos e pesquisas-
que contemplem
otema
gestãodo
conhecimento,
como
uma
ferramenta gerencial,no
âmbito educacional, constitui-seem uma
lacuna a ser preenchida.
O
fato por si só já justifica a razão desta dissertação. Contudo, considerando-se ademanda
pela discussão de temasque
são aordem
do
dia dasmodernas
organizações empresarias, inclusive as educacionais, ratificam a importância
do
presenteestudo.
Antes de tudo, a pesquisa pretende suscitar a relevância
do
desenvolvimentodo tema
gestão
do
conhecimento, explorando o elementohumano
e o desenvolvimento tecnológico.O
presente estudo desenvolveu-seno
sentido de contribuir para a discussão daspráticas de gestão
do
conhecimentono
ambienteacadêmico
deuma
IES
privada, a qualtêm
como
missão, transmitir e produzir conhecimento para o desenvolvimentoda
sociedade.A
escolha
do
tema
gestãodo
conhecimento deve-se,em
grande parte, a amplitudedo
termo.Não
se trata, portanto, de termo
confinado
ao ambiente acadêmico. Destemodo,
o termo converge de grande importânciaquando da
identificação dos ativos de conhecimentoem
IES
privada,bem
como
da
propostaem
apresentaruma
configuração de indicadores demonitoramento
desses ativos, pelos seus gestores.
O
que
se pretende é destacar o uso deuma
ferramentagerencial, a gestão
do
conhecimento,no
ambienteda
gestão educacional.Sob
o aspecto teórico, intenta-seque
este estudo possa representaruma
contribuiçãosistematizada sobre o
tema
gestãodo
conhecimento, através das abordagens apresentadasna
fundamentação teórica.
A
relevância, ainda sob o ponto de vista teórico, consistena
identificação de ativos de conhecimento,
em
organizaçõescom
características peculiares,como
asIES
privadas, através de suas práticas gerenciais.No
que
diz respeito à contribuição prática, considerando-se a proposta deuma
configuração
de indicadores demonitoramento
dos ativos de conhecimento, presentesna IES
privada, espera-se que esta pesquisa possa oferecer suporte,
como
instrumento de consulta,mercado. Contudo,
há
de se destacar a relevância dos ativos de conhecimento apresentadosnessa pesquisa,
bem
como
dos indicadores para o seu monitoramento,como
determinantesdo
diferencial competitivo
da
IES, ampliando o resultadoda
investigação e propiciandoum
melhor
planejamento das atividades acadêmicas gerenciais.Em
síntese, a pesquisa pretende tomar-seum
ponto de partida para a discussão daspráticas gerenciais,
comuns
às organizações empresariais,no
universo acadêmico.1.4.
ORGANIZAÇÃO
DO
ESTUDO
Considerando-se o
problema
de pesquisa apresentado,bem
como
os objetivos a que se refere, o estudo foi organizadoem
seis capítulos,além
das referências e anexos, permitindoque
os assuntos sejam tratados deforma
estruturada e seqüencial.No
primeiro capítulo apresentam-se os aspectos introdutórios que caracterizam otrabalho. Incluindo a definição
do
tema
eproblema
de pesquisa, dos objetivos, geral eespecíficos, a sua contribuição teórico-empírica e a descrição de
como
o estudo estáestruturado.
No
segundo
capítulo é descritoum
breve histórico sobre a estrutura e organizaçãodo
ensino superior brasileiro, o
que
permite visualizar a evoluçãodo
setor ao longodo
tempo.Em
seguida, registra-se a relevânciado
tema
gestãodo
conhecimentona nova economia
eno
ambiente das
modemas
organizações, incluindo-se, os reflexos dessanova
prática gerencialna
área educacional.Ao
final, o capítulo contempla as abordagens relevantes aogerenciamento
do
conhecimento e à avaliação de ativos intangíveis nas organizações,no
qualse
fundamenta
o presente estudo.O
terceiro capítulocompreende
a descrição dos procedimentos metodológicos adotadosna
presente pesquisa.São
detalhadas as perguntas de pesquisa e apresentadas asdefinições, constitutivas e operacionais, dos termos e variáveis.
Na
seqüência, realiza-se o delineamentoda
pesquisa e a apresentaçãodo
objeto de estudo e elementos de observação.Além
disso, faz-se o registro dos procedimentos para a coleta e a análise de dados.Ao
final,expõe-se as limitações encontradas
em
razãoda
naturezada
pesquisa realizada.O
quarto capítulo corresponde à apresentação e análisedo
estudo de caso selecionado.Primeiramente, apresenta-se a
IES
privada e a sua Instituição mantenedora, considerando-se oestreito relacionamento entre
ambas
e a forte influênciada
cultura organizacionalda
metodologia adotada
como
referencial teórico à realizaçãodo
estudo.Nesse
sentido, sãodescritas as informações relevantes à definíção
do Monitor
de Ativos Intangíveis de Karl ErikSveiby. Então, parte-se à apresentação dos ativos de conhecimento identificados
na
pesquisa,a partir
da
estrutura organizacional, das práticas gerenciais eda
avaliação realizada pela IES,evidenciados nas entrevistas realizadas junto à coordenação de cursos e direção
da IES
selecionada.
Ao
final, realiza-seum
resumo
das respostas obtidasem
relação à metodologiaapresentada.
No
quinto capítulo apresenta-seuma
proposta de configuração de indicadores,relevantes ao
monitoramento
dos ativos de conhecimentona IES
escolhida.No
sexto capítulo expõe-se as conclusõesdo
trabalho,em
resposta aosquestionamentos
da
pesquisa e, evidencia-serecomendações
a estudos futuros sobre a2.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Neste capítulo, realiza-se a revisão bibliográfica sobre a criação, a gestão e a avaliação
de ativos de
conhecimento
que,em
sua totalidade, está voltada a abordagens de organizaçõesempresariais, excetuando-se o ambiente
acadêmico
desse contexto.Assim,
o estudo busca,na
medida
do
possível, estabelecer correlações entre os ambientes corporativos e o universo dasIES.
O
levantamento bibliográfico deste capítulo apresenta-seem
quatro partes distintas.Na
primeira parte são abordados os aspectos relativos a administração das organizações de ensino superior mediante a defmição de tennos gerais,da
estrutura 'organizacional eda
regulamentação a
que
está expostoo
sistema de ensino superior brasileiro.A
segunda
parte contextualiza anova
economia,denominada na
literatura gerencial deera
do
conhecimento,bem
como
as suas implicaçõesno
ambiente corporativo.É
analisadoainda, o impacto
de novas
metodologias de gestãono
ambiente acadêmico.Na
terceira partesão apresentadas as teorias de gestão
do
conhecimento, particularizando-se as metodologiasde criação, gerenciamento e avaliação dos ativos de conhecimento.
Uma
perspectivada
formação
deuma
IES
com
baseno conhecimento
é apresentadana
quarta parte.2.1.
ADMINISTRAÇÃO DAS
INSTITUIÇÕES
DE
ENSINO SUPERIOR
A
análise deum
ramo
de
atividade econômica,o
qual carecede
estudosmais
aprofundados de suas peculiaridades,
o
ensino superior privado, evidenciou a necessidade deum
breve levantamento histórico sobre omomento
de criaçãoda
administração superiorbrasileira,
bem
como
de seusdesdobramentos
e abertura à iniciativa privada.A
bibliografia existente para estudosdo
ensino superior volta-se,em
grande parte,para abordagens sobre a universidade pública brasileira.
É
vasta a literatura acerca das questõesque
afligem
ao ensino superior públicono que
tange a sua autonomia, a suacontribuição social e, nos últimos anos, quanto ao
abandono
aque
têm
sido submetidas àsuniversidades brasileiras, por parte
do
govemo
federal.H
Desse
modo,
diante das limitações quanto ao estudodo
aspecto gerencialdo
ensinosuperior brasileiro, realizou-se tuna breve descrição, a partir
do
período jesuítico, atéa
vigência
da
leimagna
que
regula a educação superior, das condiçõesque
permearam
a criaçãoensino superior privado, a história
deve
ser contadaem
paralelo à evoluçãodo
setor público.Assim,
o ensino superior privado é caracterizadoquando comparado
ao ensino superiorpúblico, pelos aspectos legais
que
o regulamou
ainda, pelas limitações impostas aoburocrático sistema público
da
educação superior brasileira.2.1.1.
Breve
históricoda
evoluçãodas
instituiçõesde
ensino superiorA
apresentação deste breve históricodo
sistema educacional brasileiro foi centradano
relato cronológico das ações jesuíticas até a vigência
da
Lei de Diretrizes e Basesda
Educação
Nacional- LDB.
Uma
preocupação constante diz respeito àabordagem do
ensinosuperior brasileiro
sempre
voltado à perspectiva das instituições particulares e,quando da
ausência de relatos específicos sobre a sua participação histórica, contrastando-se
com
oensino superior ministrado pelas instituições públicas.
Na
assertiva de Bello (1998), a históriada
educação brasileiratem
iníciocom
achegada
dos jesuítas,acompanhada
pela imposição dos seus costumes,da
religiosidade e seusmétodos
pedagógicos, adaptadas aos habitantesda
nova
terra. Suas primeiras açõesforam
no
sentido
do
estudoda
fé.Com
a expulsão dos jesuítas peloMarquês
dePombal,
instala-se ocaos
no
país.O
período pombalino,que
se estende até a chegadada
família real ao Brasil, veio,segundo
Piletti (1996), reestruturar a organização escolar para servir aos interessesdo
Estado,
em
contraposição ao objetivo das escolasda
Companhia
de Jesus, interessadasem
servir a fé.
No
entanto, tudo oque
Pombal
conseguiu foi desarticular o ensino, estagnando a educaçãono
país.Para
Lima
(1979), a vindada
família real portuguesa para o Brasil,em
1808,representou o
marco
realdo
descobrimentodo
Brasil.Devido
à transferênciada
sededa
monarquia
portuguesapara
estas terras, D. JoãoVI promoveu
a organização de toda aestrutura administrativa
do
país. É, nesta época,que
tem
início afonnação
das bases paraa educação superior brasileira. Ainda,segundo
Lima
(1979, p.l03), "a 'abertura dos portos',além do
significado comercialda
expressão, significou a pemiissãodada
aos brasileiros detomar conhecimento
deque
existia,no
mundo,
um
fenômeno
chamado
civilização e cultura".De
acordocom
Santos e Silveira (2000), foina
época dos saberes Lmiversais, séculoXIX, que nasceram
as primeiras escolas brasileiras de ensino superior, concentradas nasfaixas litorâneas e de mineração
do
país, urna vezque
estes pólosforam
os agentes deQuando
da
independência políticado
Brasil,em
1822,pouco
significativasforam
as alteraçõespromovidas no
formatodo
sistema educacional.No
lugar deum
instrumento de democratização republicana,Buarque
(2000) ressaltaque
as escolas superiores representavam apenasuma
“escada” para ascender aos estratos aristocráticos.Segtmdo Schwartzman
(1982),foram
a expansãoda
economia
cafeeira, o crescimentoda
atividade industrial e osnovos
arranjos sociais, a base para apassagem
àépoca
dos saberestécnicos.
As
classesmédias
urbanas,conforme
observaCotrim
(1997), fugindodo
trabalhonas fábricas,
normalmente
assurniam funçõesem
bancos, repartições públicas e comércio.Dessa
fonna, acalentavam cursaruma
escola superiorcomo
meio
de ascensão social.As
carreiras
mais
procuradaseram
as das profissões liberais, taiscomo
a Medicina, Advocacia,Jornalismo e Engenharia.
No
entanto, é válido ressaltar ainda,que
nesse cenário, era total a regulamentaçãodo
Estado
na
organização e funcionamento dos estabelecimentos de ensino superior privados.Diante
do
exposto,Sampaio
(2000, p.l18)afirma
que
nos anos 20, várias geraçõesmobilizaram-se
no
sentido deempreender
esforços para a criação deuma
universidadeno
país, cuja questão central recai sobre “a
autonomia da
instituição universitária (...) para o êxitodas reformas
no
ensino superior”.Para Santos e Silveira (2000), a iniciativa privada
na
organização de estabelecimentosde ensino superior só ocorreu
em
1891, principalmente,com
o reconhecimento de diplomasdas escolas superiores particulares.
Mais
tarde, apontaSampaio
(2000), apoiadona
Constituição
da
República (1889),que
descentralizava o ensino superiordo
poder central,delegando-o
também
agovemos
estaduais e a instituições privadas, o setor privadoexpande
sua atuação, criando condições para a ampliação
da
oferta educativa.Segundo
Bello (1998), foi aRevolução da
década de 30, omarco
de entradado
Brasilno
mtmdo
capitalista, através dos investimentosno mercado
intemo ena produção
industrial.O
novo
cenáriodemandava
pessoas melhores habilitadas para atuarno
mercado
de trabalho e, portanto, exigiado
Estadoo
direcionamento de investimentos para a educação.A
reforma educacional ocorreriasomente no
govemo
provisóriodo
ex-presidenteGetúlio Vargas,
em
1931, sob o título deReforma
FranciscoCampos
(primeiro ministroda
Educação do
Brasil) e dispunha, entre outros, sobrecomo
deveria ser organizada auniversidade
no
país.A
Reforma
referia-se aos decretos, sancionados pelogovemo
provisório, para a organização
do
ensino secundário e das escolas superiores ainda existentes.À
época, assinale-se ainda, mantinha-se superlativa a regulamentaçãodo
govemo
sobre ode trabalho.
Segundo Balbachevsky
(1999), aReforma
foiampla
e atingiu a educaçãoem
todos os seus níveis, estabelecendo o formato legal para a organização das Lmiversidades.Em
funçãoda
instabilidade política deste período, GetúlioVargas
instala o EstadoNovo
eproclama
uma
nova
Constituição, através deum
golpe de Estado.Segundo
Romanelli(1993), a orientação educacional
da
Constituição, outorgadaem
1937, era para o ensinovocacional e profissional.
A
ênfase estavana
polaridade entre o ensino intelectual ministradoàs classes
mais
favorecidas e o ensino profissional, àsmenos
favorecidas.Data
dessa época, acriação
do
Serviço Nacionalde Aprendizagem
Industrial-
SENAI
e a regulamentaçãodo
ensino secundário e industrial.
Com
ofim
do
EstadoNovo,
outorga-se,em
1946, urnanova
Constituição.Conforme
relato de Bello (1998), o
Govemo
cria, então,uma
comissão parapromover
uma
ampla
reforma
na
educação nacional, distribuídaem
três comissões: ensino primário, ensinomédio
eensino superior.
Muitos
debates forarnpromovidos
em
defesado
anteprojeto apresentado para a educação superior, questionando a responsabilidadedo
Estado e a participação dasinstituições de ensino superior privado.
Com
apromulgação da
Lei 4.024 dedezembro
de1961, prevaleceram as propostas apresentadas pela Igreja Católica e das
IES
particulares.Nesse
período (anos30
a 60), consolida-se a participaçãoda
iniciativa privadano
ensino superior, inclusive
com
a criação das universidades católicas, aindaque
sob a paralelaexpansão
do
ensino público, pormeio da
criação das universidades estaduais.Conforme
aponta Bello (1998),
mesmo com
a expansãodo
ensino privado, o poder público continuavacrescendo, respondendo por
73,3%
do
ensinono
país. Contextualizando, trata-se deum
período de crise
também,
àmedida
que
a oferta nas instituições, públicas e privadas, erainsuficiente
em
contrastecom
ademanda. Ademais,
porque a educação profissionaltambém
foi ampliada
na
Reforma
de 1931, gerando urnanova
gama
de clientes para a educaçãosuperior.
O
Golpe
Militar,em
1964,põe
fun às iniciativas de se revolucionar a educaçãobrasileira,
em
ftmçãodo
posicionamento ideológicodo novo
regime deGovemo.
Balbachevsky
(1999) aponta ainda,que o
período militar representaum
novo
período deexpansão
da
demanda
pelo ensino superior. Neste período, aindasegundo
Balbachevsky(1999, p.60), multiplicavam-se os estabelecimentos de ensino superior, caracterizados por
estabelecimentos de
maior
porte, pormeio da
aglutinação de escolas isoladas (setor público) einstituições de
pequeno
porteno
setor privado, “muitas das quais resultantesda
transformaçãoEm
sua ordenação cronológica, Bello (1998) citacom
destaque alguns atos legais quemarcaram
a evoluçãodo
ensino superior brasileiro:a)
em
1966, o Decreto-lei n° 53 estabelece a reforma universitária, caracterizando-acomo
Instituição de ensino e pesquisa;b)
em
1968, o Decreto n° 63.341fixa
os critérios para a expansãodo
ensino superior;a Lei n° 5.540
fixa
asnormas
de organização e funcionamentodo
ensino superior esua articulação
com
a escola média; o Decreto-lei ln°405
fixa
asnormas
para incremento de matrículasno
ensino superior; ec)
em
1970, o Decreto n° 68.908 resolve a crise doschamados
“excedentes”com
acriação
do
vestibular classificatório,fixando
as condições para o ingressona
Universidade.
Todos
esses fatos contribuíram para que,na
década de 80,mudanças
ocorressemno
sistema de ensino superior, tais
como:
retenção,no
nível médio, de candidatos a educaçãosuperior; e, por conseguinte, redução
no
número
de matrículas efetuadas.Em
contrapartida, cresce a concorrênciano
setor privado,em
face de reduzidaclientela. Esteepisódio é
um
marco na
dinâmicada
iniciativa privada, considerando-se que éo
mercado que
determina a abertura denovos
cursos, sinalizando para as áreas demandantes.E,
também, porque
amanutenção do empreendimento
de ensinoda
iniciativa privada, assimcomo
em
qualquer outra organização, deve-se fundamentalmente à geraçãodo
lucro.A
partirda
década de 80,afirma
Balbachevsky (1999), a expansãoda
iniciativaprivada ocorre mediante a proliferação de instituições isoladas, contrastando
com
aestabilidade, seguida de redução,
no
número
de matrículas efetivadasna
rede privada de ensino superior.Os
anos70
iniciam amudança
da configuração do
ensino superior privado,mas,
conforme Balbachevsky
(1999, p.76), é partirdo
finalda
década de 80, “o período deauge
da
expansãodo
ensino privado”.A
idéiada
iniciativa privada era deque
maioresestabelecimentos e oferta diversificada seriam
mais
competitivos.Isso posto, verifica-se que,
mesmo em
períodos de retraçãona demanda, há
mn
dinamismo no
setor privadoem
refonnular estratégias e identificarnovos
nichos.É
adinâmica
do
setor privado,que Balbachevsky
(1999) identifica através de açõescomo:
a) adesconcentração regional (atendimento a regiões
menos
favorecidas); e, b) diversificaçãoda
carteira de cursos (ampliaçãodo
leque de carreiras) apresentada por esse setor.Nesse
contexto, inscrevem-se asmudanças
ocorridasna
regulamentaçãodo
ensinobrasileiro, a partir
da promulgação da
Lei n° 9.394, de20
dedezembro
de 1996, conhecidaNacional.
Dessa
forma, o ensino superior passa a ser normatizado pelaLDB
e pelos decretos- leis, portarias, resoluções e regulamentações especificas. Foicom
apromulgação
daLDB
que a educação superior entrounum
novo
ciclo de expansão acelerada, pela introdução deimportantes inovações
no
sistema de ensinono
Brasil.O
ensino superiorno
Brasil passa a ser ministrado, segundo apregoa a Lei n° 9.394 de20
dedezembro
de 1996,em
seu artigo 45,“em
instituições de ensino superior, públicas e privadas,com
variados graus de abrangênciaou
especialização”. Já quanto à organizaçãoacadêmica, as instituições
passam
a ser classificadasem
Universidades, CentrosUniversitários, Faculdades Integradas, Faculdades e Institutos Superiores
ou
Escolas Superiores.Foi só através
do
Decreto n° 3.772, de 14 demarço
de 2001, que foi aprovada aestrutura regimental
do
MEC
- Ministérioda
Educação, órgão responsável por toda a políticaeducacional
no
país, subsidiado diretamenteem
suas decisões peloCNE
-
Conselho Nacionalde Educação.
A
área de competênciado
MEC,
no
que se refere à educação superior,ficou
assim estabelecida: definição
da
política nacional de educação,bem como
da
educaçãoem
geral, exceto ensino militar; adoção de avaliação e pesquisa educacional e realização e
estímulo à pesquisa e extensão universitária.
Na
Figura 1, foidado
o destaque apenas àestrutura relacionada ao ensino superior
no
que concerne, sobretudo, às instituições isoladas.i; '-1 ‹ 1 i.. , _ .,s'-<:~¬~ =-›¿-11=ez~.z- Í , ×\_`
Q
«Q lt iV°=¬››ffl‹‹°t,‹r,rfl,f‹›fl=‹r‹›rl Ii . I ¡'z›,«.¡,,,',,,××.' 'z ,-11 ' [S°«s‹›‹=riar¢e,E¢vêâââârr$v»~fI°‹| -1¡,à‹›|_z;uàà1¢¢, Ensino-Superior5
' iFigura
1-
Representação do
ensino superiorprivado
no
organograma
do
MEC
Fonte:
MEC
(www.mec.gov.br).Ao
Gabinetedo
Ministro conferem, entre outras atribuições, assistir ao Ministro nasatribuições que lhe
forem
conferidas,bem
como,
à Secretaria Executiva, auxiliar o MinistroIntegram ainda a estrutura ministerial, a Secretaria de
Educação
Superior responsávelpor planejar, orientar, coordenar e supervisionar o processo de fonnulação e implementação
da
política nacionalde
educação superior,promovendo,
ainda,o
intercâmbio entre as IES,visando a melhoria
da
educação.Quanto
às instituições, são destacadas as Instituições Isoladas, objeto de estudo destapesquisa,
bem
como
as universidades federais,em
razão das diferentes abordagensque
sãoexploradas
na
relação entre o setor público/privado. Contudo, o presente estudo é direcionadoao ensino superior ministrado pelo setor privado.
2.1.2.
Gestão das
IES
do
setorprivado
A
gestão dasIES
apresenta características ímicas.Morais
e Serra (2001) destacamsuas
metas
estruturais difusas e implícitas, a autonomia, a heterogeneidade, oempreendedorismo,
a avaliação periódica dedesempenho,
a exigência deum
mínimo
controleadministrativo, o
comportamento acadêmico
e o clima organizado, fortemente influenciadopelos valores
da comunidade
científica.A
heterogeneidade éuma
das principais característicasdo
sistema de ensino superiorbrasileiro.
Balbachevsky
(1999) afirrna que a principal fonte dessa diversidade são osobjetivos díspares perseguidos pelas IES,
embora
seja excessiva a regulamentação estatal.O
sistema
também
é altamente estratificado,conforme
pesquisa realizada pelaFundação
Carnegie, sobre a profissão
acadêmica
no
mundo,
em
1992
(Balbachevsky, 1999). Ainda, deacordo
com
Balbachevsky
(1999), é possível distinguirem
três, a estratificaçãodo
ensinosuperior brasileiro.
No
topodo
estrato, tem-se apequena
concentração de instituições públicas(universidades), fortemente caracterizadas pela:
a) endogenia e isolamento - fator que leva a baixa renovação institucional e a ausência
do
pluralismo temático;b) rígida organização departamental -
impede
a institucionalização de programas denatureza interdisciplinar; e
c) excessiva dependência
do
Govemo
- reduzida interaçãocom
o setor produtivo eexploração
do
potencial para a geração de recursos pormeio
de parcerias ecooperação.
Em
mn
segundo
estrato, está a maioria dasIES
públicas federais e estaduaispesquisa, através dos
programas
de pós-graduação.O
que, por sua vez, coloca-asem
desvantagem na
competição por verbas de pesquisa.Na
base, finalmente, está aimensa
maioria dasIES
brasileiras, sobretudo, de caráterprivado.
São
instituições orientadas a nichos demercado ou
ademandas do
ambienteempresarial; relativo
compromisso
com
a qualidadeda formação que
ofertam e,na
áreada
pós-graduação, destaque à pós-graduação lato sensu voltada ao aperfeiçoamento profissional.
A
par dessas considerações, o estudo aponta ainda a existência deuma
espécie de“muro
invisível”que
mantêm
distantes os dois primeiros extratos (forte presença deIES
públicas)
da
sua base(commn
asIES
privadas),no que
se refere aos contatos entreinstituições e/ou profissionais.
Ademais,
a pressão exercida pela sociedade e asmudanças
ocorridasno
ambienteaceleram a necessidade de reformas
no
âmbito educacional.Repensar
as formas de regulamentação,monitoramento
das atividades,bem
como
a estrutura dos sistemaseducacionais configura-se
como
uma
necessidade a ser suprida. Principalmente, pelainiciativa privada
que
estámelhor
organizada e aparelhada para implementar mudanças.Com
aLDB
(1996),autonomia
Lmiversitária,como,
por exemplo, competência para acriação e extinção de cursos,
remanejamento
de vagas, entre outros, são prerrogativas quepermitem, às instituições privadas,
maior
agilidadeno
atendimento ademanda
por ensinosuperior.
O
trabalho de Knight e Knight (1997), por sua vez,vem
reforçar a idéia deque
ainformática e as
comunicações
serão a chave para oaumento da
produtividadedo
setoreducacional. Seja através
do
uso das tecnologias de infonnação e telecomunicações, tantoem
sala de aula quanto
no
ensino à distância,que
despontam
como
grandes oportunidades para ainiciativa privada.
Assim,
o setor privadotem
largavantagem
em
prover o ensino high tech,considerando-se
que
esse setor émuito mais
competitivo, podendo, ainda, apropriar-se denovas
tecnologiascom
maior
rapidez.As
IES
são relevantes repositórios de conhecimento para a sociedade.Na
perspectivade Lundvall (2001), é crescente o consenso de
que há
uma
necessidade demudanças
radicaisno
sentido de minimizar a distância entre a teoria e aquiloque
realmente aconteceno
mundo
real.
A
reformulaçãodo
sistema educacional vigente é vagarosa.O
que
existe éum
fossoprofundo entre os investimentos públicos e privados orientados para a capacitação
da mão-de-
obra
em
atividade.No
decorrerdo
processode
industrialização brasileira, por exemplo, a educaçãoformação
era requerida pelaexpansão
das atividades produtivas.Mercados
globais e regionaispor educação
têm
se desenvolvidocom
grande velocidade,demandando
agilidade desse setor.Na
última década, o setor privado,no
Brasil,tem
passado por inúmerastransformações, ora por força legal, ora pela pressão
do
mercado,ou
ainda,em
ftmçãodo
desempenho
demonstrado
na
avaliaçãodo
ensino superior realizada pelo órgão reguladordo
ensino, o
MEC.
Houve
a expansão quantitativado
ensino superior,no
entanto, odesafio
aponta para igual
amnento na
qualidade das condições de oferta dos cursos.No
entanto, essas proposições indicamuma
assimetria entre os discutidos padrões dequalidade exigidos para a oferta de cursos pelas
IES
e a revoluçãono
sistema de ensinosuperior, especialmente, nas
IES
particulares.Embora
presas à uniformidadedo
sistemaeducacional vigente, as
IES
particulares atravessamuma
verdadeira revolução,no
sentidoestrito de transfonnação radical
da
estrutura. Entre outros questionamentos, é necessárioargüir, até
que
ponto oExame
Nacional de Cursos (conhecidocomo
°Provão”) é o indicadormais
adequado
à expressãoda
qualidadeda
educação superior.A
avaliação realizada peloMEC
está orientada,em
síntese, para a melhoriada
qualidade dos serviços prestados pelas IES.
Segundo Cardoso
(2000), trata-se de criaruma
nova
cultura para o serviço educação.Algo
inadiável emais
transparente aos olhosda
sociedade.
O
que
ogovemo
faz é exigir, de maneira injusta,que
asIES
particulares sejampadrões de referências, assim
como
algumas IES
públicas, oque
nem
sempre
é o desejável.Trata-se de
uma
tentativa de conter a expansãodo
ensino superior privado, tornando o sistemaavaliativo
mais
burocrático.Faz-se mister repensar o sistema de educação
na
sua íntegra. Para Trigueiro (2000),no
caso brasileiro,
novos
critérios de qualidade,que
rompem
o academicismo,devem
fazer partedo
modelo
legal, a saber: índices de qualidade de vida, os valoresem
uso, custo deprodutos/processos “de ponta”,
além
de questões éticas.Na
verdade, são dignas de registro asalterações promovidas, principalmente,
no
âmbito dasIES
privadas, quanto à exigência detitulação
do
corpo docente, ampliação e atualizaçãoda
infra-estrutura laboratorial einvestimentos
em
acervo bibliográfico, visando a adequação às novas exigências legais.Contudo,